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fizemos uma promoção, onde 8 pessoas foram escolhidas para assistir a pré-
estreia de Vingadores – Guerra Infinita aqui em Floripa comigo, e com direito a
combo de pipoca e tudo.
Fiquem ligados na página por que sempre vai rolar esse tipo de promoção!
Esse filme foi muito poderoso, pelo menos em relação à minha expectativa que
não estava lá muito alta. Eu escrevi uma pequena crítica e disse que ele tinha
me acertado profundamente, e que eu realmente me surpreendi do início ao
fim.
Confesso que estava receosa em relação à forma como eles iam distribuir os
personagens no roteiro, por que nesse filme se pretendia unir a maioria dos
personagens, e personagens de outros planetas, dimensões, cada um
com uma história muito particular, camadas profundas, histórias
completamente diferentes umas das outras, pensamentos que facilmente
poderiam divergir no âmbito de vários aspectos morais e culturais.
Se aqui no planeta Terra temos guerras e mais guerras por ideais que se
divergem, quanto a cultura, a religião, a política, imagina o quanto não seria tão
maior essas diferenças em nível cósmico?
Mas, além disso, o filme ganhou um tom muito mais filosófico, fazendo com
que os personagens fossem facilmente vistos como arquétipos.
O filme distribui os heróis em grupos, todos com o mesmo objetivo final, porém
com diferentes razões e opiniões.
Essa personagem, por mais que o objetivo final seja muito parecido, é
extremamente diferente dos quadrinhos. O Thanos dos quadrinhos, é um
Thanos muito mais egoísta e emocional.
Nessa trama original, a gente fica sabendo que Thanos é apaixonado pela
Morte (representada como uma entidade sempre coberta num manto com
capuz), almeja conquistar e oferecer-lhe a Terra e, para isso, precisa obter o
Cubo Cósmico, instrumento vital para seus planos.
Thanos também tem um papel simbólico dentro dessa narrativa. Ele é uma
espécie de acelerador de ciclos, se considerarmos a queda de uma
civilização, para o renascimento de outra. Thanos dizimava várias raças
de diversos planetas, e consequentemente transformava toda aquela
civilização, muitas vezes com muito sucesso. E esse é o seu maior
discurso durante o filme, e segue firme até o final. É realmente um
personagem com objetivos muito bem definidos.
O tom cômico fica com o grupo dos Guardiões das Galáxias, principalmente,
e sinceramente achei que ponderaram bem mais nas piadas, que
funcionam na maioria das vezes e isso é algo muito difícil, logo que os
personagens agem de forma “relaxada” em momentos muito tensos, como se,
sei lá, eles não estivessem realmente acreditando na magnitude do perigo que
está bem na cara deles.
Eu acredito que esse filme, e o filme do Pantera Negra também, são exemplos
perfeitos de como um filme de super- herói pode ser ao mesmo tempo visto
como entretenimento, mas também extremamente profundo e filosófico,
agradando não só o público que lê quadrinhos, e que espera por uma
adaptação digna, mas também a galera que ama e estuda cinema.