ÁREA

jornal internacional O JORNAL DE QUEM FAZ A PETROBRAS

Novo diretor vai

reforçar a gestão
Jorge Zelada, que assumiu em
março a diretoria da Área
Internacional, concede
Fevereiro/Março de 2008

sua primeira entrevista

na qual revela planos
para manter o
crescimento
pág. 6 e 7
N°31
Ano III

Argentina deve ProAni

intensificar atividade rumo ao
de exploração mundo
pág. 9 pág. 5

■ Mexicanos querem seguir ■ Internacional cria método

o exemplo da Petrobras para incorporar ativos
pág. 3 pág. 10
EDITORIAL

A gestão como Lubrax obtém bons

instrumento resultados na Argentina
para integrar ESTRATÉGIA DE MARKETING E QUALIDADE DOS
LUBRIFICANTES ALAVANCAM AS VENDAS
A expansão experimentada

Banco de Imagem
pela Área Internacional nos
últimos anos é prova inequívoca
de que o crescimento da
Petrobras está no exterior. A
continuidade dessa linha de
atuação é coerente com a
maturidade atingida pela
empresa.
Aos 54 anos, a Petrobras não
pode mais ser uma empresa
apenas regional e o aumento da
sua presença no mundo
necessita de uma gestão que
contribua para ser reconhecida
como uma mesma corporação,
em todos os lugares onde está
presente. O diretor de Comércio de Downstream, Vilson
Integração de procedimentos, Reichemback, com a equipe de Marketing e
Lubrificantes da Petrobras Energía: trabalho premiado
respeitadas as particularidades
culturais, é um recurso de que a
Lubrax vem conquistando o local”, afirma Sanches. Em 2004, a
gestão pode se valer para
aumentar a convergência de O mercado da Argentina. O volu-
me de vendas dos lubrificantes
Petrobras recebeu o mesmo prêmio, na
categoria Otros bienes no durables.
objetivos, alinhados às metas do cresceu cerca de 200% nos últimos cin- Mais de 130 empresas, com mais tem-
Plano Estratégico, que preconiza co anos no país. Segundo Luiz Cláudio po de mercado e tradição em marketing,
uma forte presença internacional. Sanches, gerente geral de Abastecimen- participaram em diferentes categorias.
Trata-se de um desafio maior to (Inter-TEC/AB), a publicidade com foco Sanches destaca que o resultado posi-
para uma área que trabalha, em tecnologia e inovação, promoções nos tivo obtido na Argentina é fruto do tra-
como nenhuma outra, com canais de distribuição e palestras técni- balho desenvolvido há cinco anos entre
diferenças geográficas e cas aos recomendadores de lubrifican- profissionais da Petrobras Energia e a equi-
culturais, o que demanda um tes foram ações decisivas para a conquis- pe de marketing da Internacional, com
esforço de gestão ampliado e ta do mercado e o aumento das vendas. suporte da Inter-TEC/AB . Ele ressalta ain-
gera uma missão árdua para o Em reconhecimento aos resultados alcan- da a participação BR/GEI (Planta de Lu-
corpo técnico e gerencial. çados, a Associação de Marketing da Ar- brificantes Acabados da BR) no projeto.
gentina concedeu à Petrobras, pela pri- “A Petrobras Distribuidora prestou apoio
Temos a nosso favor a
meira vez, o Prêmio Mercúrio, na cate- na parte técnica, e a equipe de marke-
reconhecida competência da
goria de Insumos. “Essa distinção é im- ting local fez palestras para os donos das
força de trabalho e nosso portante, pois vem de uma associação trocadoras de óleo”, completa.
crescente aumento de portfólio,
proporcionando novas
possibilidades de interação com ÁREA
outras áreas e o fortalecimento
da Petrobras como empresa
jornal internacional
Gerente de Comunicação: Márcia Figueiredo
integrada de energia no Brasil e Editor Responsável: José Carlos Cidade
no exterior. Redação: Maria Augusta Seixas
Reportagem: Andreia Maia, Augusto Góes Tirre, Fernanda Mello,
Maria Tereza Lameiras e Miguel Perez
Jorge Zelada Diagramação e Tratamento de Imagens: SMPG/Daniel Tiriba
Diretor da Área Internacional Imagem de Capa: Montagem sobre foto Steférson Faria
2 Revisão: Fani Knoploch ● Fotolitos e Impressão: J. Sholna
Dúvidas e sugestões: Chave da Gerência ● Inter-Corp/COM - NIF9
 EM FOCO
Desenvolvimento de Negócios
tem novo gerente executivo

Fernanda Baroni
engenheiro elétrico na UN-Bahia. No ano seguin-

O Ricardo Abi Ramia

assumiu em março o
comando da gerência executi-
va de Novos Negócios (Inter-
DN), posição que desde julho
de 2004 vinha sendo ocupada
pelo engenheiro de equipamen-
tos, Luiz Carlos Moreira.
Abi Ramia vinha atuando
desde 2005 como gerente ge-
ral da Unidade de Negócio de
Exploração e Produção do Rio
de Janeiro. Atuou no exterior en-
tre 1999 e 2001, quando foi ge-
rente de operações da
Petrobras América, tendo nes-
se período ocupado por um ano
a presidência da empresa.
Em 2002 retornou para o
Brasil, assumindo a Gerência do
Ativo de Produção de Manati,
te, transferiu-se para a Unida-
de de Negócio de Exploração
e Produção do Rio de Janeiro
como gerente do Ativo de Pro-
dução de Albacora Leste.
Com larga experiência em
E&P, o novo gerente se formou
em engenharia elétrica na UFRJ
e ingressou na Petrobras em
1987. De 88 a 99 trabalhou na
Bacia de Campos tendo atua-
do até 1994 na área de equi-
pamentos submarinos e como
fiscal de Completação de Po-
ços e na área de equipamen-
tos submarinos.
Entre 1994 e 1999 esteve à
frente das gerências de Produ-
ção da Petrobras XVIII, e dos Nú-
cleos de Produção Sul e Marlim, O novo titular da Inter-DN, Ricardo Abi Ramia, foi gerente de
também na Bacia de Campos. operações da Petrobras América entre 1999 e 2001

Petrobras atrai atenção de parlamentares mexicanos

Thelma Vidales
Em meio à discussão sobre mudan-
ças na regulação petrolífera do México,
a Petrobras atrai a atenção de parlamen-
tares daquele país, que buscam na
Companhia inspiração para um novo mo-
delo no setor.
O presidente e dois integrantes da Co-
missão de Energia da Câmara dos Depu-
tados do México vieram ao Brasil, em fe-
vereiro, para dialogar com executivos da
Petrobras e conhecer as instalações da Com-
panhia. Recebido pela Área Internacional,
o grupo – composto por David Maldona-
do (presidente da comissão) e seus cole-
gas José Arévalo e José Orihuela – conver- Sérgio Machado, Presidente da Transpetro (centro), apresentou atuação da
sou com representantes do Abastecimen- subsidiária à Comissão de Energia, que também visitou Cenpes e o Edise
to e do DSG (Desenvolvimento de Sistemas
de Gestão) e visitou as instalações do Cen- Os debates sobre a modificação do cesso obtido nos onze anos desde a
pes e da Transpetro. marco jurídico que regula o setor petro- quebra do monopólio estatal. Caso haja
Os parlamentares também foram rece- lífero mexicano já duram mais de um ano, uma abertura do setor no México, a
bidos pela Agência Nacional do Petróleo, e tanto o governo federal quanto o Con- Petrobras, que está nesse país desde
Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que gresso examinam modelos adotados em 2003, poderá ampliar suas atividades na
regulamenta o setor petrolífero no Brasil, outros países. O caso do Brasil e da região, hoje limitadas a um contrato de
e pelo Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), Petrobras tem sido considerado um pon- prestação de serviços em dois campos 3
entre outras entidades. to de referência nas discussões, pelo su- operados pela Pemex.
MERCADO
Sustentabilidade
em alta
PETROBRAS CONQUISTA O PRIMEIRO LUGAR ENTRE AS GRANDES PETROLÍFERAS DO MUNDO
ma pesquisa classificou a
U Petrobras como a petroleira mais
sustentável do mundo, com índi-
ce de 92,25%. Foram analisados 387 in-
dicadores internacionais, como diminuição
em emissão de poluentes e em vazamen-
tos de óleo, menor consumo de energia e
sistema transparente de atendimento a for-
necedores. Governança corporativa, ética,
transparência e responsabilidade social tam-
bém foram medidos no segmento da in-
dústria de petróleo e gás.
Os critérios levaram em conta a ade-
quação a padrões internacionais, como
os da Organização Internacional do Tra-
balho (OIT), o Pacto Global da ONU, os
Objetivos de Desenvolvimento do Milê-
nio, o Índice Dow Jones de Sustentabi-
lidade e a apresentação do Balanço So-
cial e Ambiental segundo as orientações
da Global Reporting Initiative (GRI).
Os estudos foram realizados pela Ma-
A pesquisa completa está disponível no site www.management-rating.com/index.php?lng=en&cmd=210
Responsabilidade social foi um dos critérios que levou a Petrobras ao topo entre as empresas do setor de petróleo
4
Ranking das empresas O gerente executivo do Internacional Cor-
1º Petrobras:
2º Total:
92,25%
91,21%
porativo, Paulo Aquino, acredita que esse ran-
king confere à Petrobras uma exposição de
extrema importância, pois a coloca entre as
3º BP: 89,15%
grandes companhias de petróleo não ape-
4º StatoilHydro: 89,15%
nas em função dos volumes de reservas ou
5º Shell: 87,86%
de produção. “O reconhecimento de sua ges-
6º ENI: 78,55%
tão estratégica possibilita aos investidores per-
7º Repsol: 74,68%
ceberem a longevidade da empresa. Isso tam-
8º OMV: 73,39%
bém nos traz uma responsabilidade a mais,
9º Chevron: 72,87%
principalmente em relação aos aspectos de
10º ConocoPhillips: 72,35%
gestão de processos”, avalia Aquino.
11º ExxonMobil: 67,96%
12º Pemex: 66,93%
Evolução
nagement & Excellence (M&E), uma con- Desde o ano passado, quando foi publi-
sultoria espanhola especializada na ava- cada a última pesquisa, a Petrobras foi a em-
liação de bancos e fundos de investimen- presa que mais avançou. A pontuação de
tos, muito respeitada no mercado de in- 89,64%, em 2007, a deixou em segundo lu-
vestidores e entre as mídias norte-ame- gar, atrás da Shell (90,16%). O aumento de
ricana e européia. A pesquisa captou in- 2,61% aponta um progresso mais ágil, se
formações diretamente das companhias comparado ao de outras companhias mun-
e também de veículos de comunicação. diais no setor nos últimos três anos.
Geraldo Falcão Guta Seixas
 PROANI
ProAni: novos desafios à vista
EXPERIÊNCIA ARGENTINA SERÁ UTILIZADA PARA TRABALHOS NOS ESTADOS UNIDOS E ANGOLA
Guta Seixas
ois meses após a imple-
D mentação do ProAni na Ar-
gentina, os resultados dos três
últimos anos são positivos, como pla-
nejado: o primeiro fechamento contá-
bil foi satisfatório, as informações fo-
ram enviadas à sede na data progra-
mada, e as operações financeiras e suas
interfaces externas funcionaram con-
forme o previsto. Na área comercial,
a Petrobras Energia opera com os pra-
zos e volumes normais; a empresa com-
pra, vende, produz e controla de for-
ma organizada; as viagens a serviço
respeitam os processos; e os gesto-
res já exploram a capacidade de ob-
ter informações. “Construímos um
modelo único sustentado em uma fer-
ramenta tecnológica chamada SAP; fi-
zemos o primeiro roll out na Argenti-
na – uma unidade complexa – e ago-
ra mostraremos que o modelo é repli-
cável”, diz o coordenador do projeto,
Norberto Caputo, gerente de Adminis-
Luiz Gutavo Primo e Norberto Caputo lideram a aplicação do governo de processos
tração do Modelo de Negócio (Inter-
Corp-ADMN).
Vencida essa etapa, o ProAni iniciou lhando na sede cerca de 30 profissionais Estados Unidos e Angola, e a consolida-
a fase de estabilização, prevista para ir – líderes envolvidos nas disciplinas de su- ção na Petrobras Energia. Tudo isso si-
até 31 de março. Haverá uma gradual porte, líderes dos ciclos de processos e multaneamente. “Nossa meta é fazer o
desmobilização da equipe em Buenos das frentes de roll outs, e especialistas fun- kick off (lançamento) no início de abril, bus-
Aires e transferência de parte dos pro- cionais e da solução ProAni. “Alguns pro- cando o início das implementações ain-
fissionais para a sede, para dar conti- fissionais do projeto virão de Buenos Aires da em 2008”, adianta Caputo.
nuidade ao projeto, que passa a se cha- para o Rio de Janeiro. Também teremos Outra mudança se refere aos atuais
mar Governo de Processos. Caputo ex- profissionais de outras unidades e de ou- comitês Patrocinador, Coordenador e
plica que a equipe terá duas frentes de tras áreas da corporação, estes agora mais Executivo. O Comitê Patrocinador será
trabalho: realizar os roll outs envolvidos no dia-a-dia substituído pelo Comitê de Gestão da

nas unidades do exterior
e fazer a evolução dos pro-
cessos, que consiste em
promover uma melhoria
contínua nos processos e
na ferramenta.
O gerente de Suporte à
Gestão (Inter-Corp/SG),
Luiz Gustavo Primo, tam-
bém à frente do Governo de
Processos, acredita que
até abril já estejam traba-
“
das atividades. O apro- Área Internacional, que incluirá em sua
veitamento dos profis- rotina os assuntos ligados ao Gover-
O aproveitamento sionais do ProAni é no de Processos. O Comitê Corpora-
fundamental para re- tivo será substituído pelo Comitê Fun-
dos profissionais
ter o conhecimento”, cional, que será formado pelos “donos”
do ProAni é informa. dos processos. Já o Comitê Executi-
fundamental Tão logo a equipe vo, tal como concebido no início, dei-
para reter o na sede esteja mobi- xará de existir, e em seu lugar será cria-
conhecimento" lizada e a infra-estru- do o Comitê de Coordenação, para que
tura montada, as pró- os principais gerentes envolvidos no Go-
Luiz Gustavo Primo ximas ações serão os verno de Processos possam discutir e
roll outs das unidades coordenar as ações.
5
 “Contem
CAPA

O novo diretor da Área Internacional,

Jorge Zelada, afirmou sua intenção
de colaborar para que a Petrobras
continue a se expandir no mundo.
Nesta entrevista, o engenheiro, que
trabalhou nos projetos das primeiras
plataformas da Bacia de Campos,
Comigo”
DIRETOR QUER PARCERIA COM
fala sobre como pretende agregar à
GERENTES E FORÇA DE TRABALHO
Diretoria Internacional sua
PARA FORTALECER GESTÃO
experiência de 28 anos de
DA ÁREA INTERNACIONAL
companhia. Segundo ele, gestão e
sinergia são alguns pontos-chave
para que a Petrobras seja
reconhecida como a mesma empresa
em todos os países em que atua.

Qual a primeira palavra que lhe vem
à mente ao assumir uma Diretoria que tem
ligação com unidades de negócio em três
continentes?
Desafio. Parodiando o lema da Petrobras,
vamos trabalhar para transformar o nosso
desafio em energia.
Quais são suas expectativas à frente
da Diretoria Internacional?
A Área Internacional vem crescendo bas-
tante nos últimos anos, e minha expectativa
é dar o apoio necessário para continuarmos
nessa linha de crescimento. Pretendo con-
tribuir com minha experiência, dando o apoio
necessário aos processos de gestão. Acre-
dito que eles têm um peso importante na in-
tegração de uma área que convive com o de-
safio das diferenças geográficas e culturais.
Gostaria de poder contribuir também para a
melhoria contínua dos resultados.
Qual a sua opinião sobre a crescen-
te expansão da Área Internacional,
cuja atuação saltou de nove países, em
2003, para 27 países?
A Petrobras cresceu tanto nos últimos anos
que não lhe cabe mais ser uma empresa na-
cional ou regional. Isso está refletido na Mis-
são e na Visão da Companhia, o que consi-
dero um atrativo para toda a força de traba-
lho da Área Internacional. Mas podemos ver
esse crescimento também por outros parâ-
metros, que extrapolam a quantidade de paí-
ses. Proporcionalmente, a Internacional foi uma
das áreas que mais cresceram na Petrobras.
Temos o desafio de manter esse ritmo de cres-
cimento e explorar os negócios que ainda não
se concretizaram. O caminho do crescimen-
to da empresa é a internacionalização.
Qual a sua visão sobre o papel da In-
ternacional no Plano Estratégico?
Se a Área Internacional teve esse signi-
ficativo crescimento, fica claro que aí está
o espaço para caminhar e se desenvolver.
Então, acredito que, a cada revisão do Pla-
nejamento Estratégico, passaremos a assu-
mir uma parcela maior dos investimentos.
De que forma os investimentos no ex-
terior podem se tornar ainda mais sinér-
gicos com as atividades da empresa no
Brasil?
A cada nova atividade no exterior, a si-
nergia entre as atividades que compõem a
cadeia do petróleo tende a aumentar. Nos-
sa atuação no exterior está historicamente
ligada à exploração e produção, mas hoje
já atuamos em downstream, o que abriu mais
possibilidades de sinergia com as áreas de
negócio da empresa. Estamos falando de re-
finarias, fábricas de lubrificantes, terminais,
estações de distribuição, gás e energia. E
devemos buscar usar cada vez mais os mes-
mos critérios técnicos de avaliação e de ges-
tão, mas isso ocorrerá naturalmente.
Os investimentos no exterior devem se
estabilizar ou aumentar para dar continui-
dade à expansão internacional?
Para buscar o crescimento, os investimen-
tos devem aumentar gradativamente, assim
como os da empresa como um todo, já que
estamos falando de um espaço maior a per-
correr, que é o da internacionalização. Espe-
ramos que haja um crescimento, o que não
significa que a gente vá forçosamente ir au-
mentando o número de países. Acho que, de-
pois de todo esse trabalho bem-sucedido de
desenvolvimento de negócios no exterior, será

6
 Stéferson Faria

CAPA
Experiência diversificada
Jorge Zelada iniciou sua carreira na Petrobras em 1980, como engenheiro
de equipamentos, e participou do Grupo Executivo para Desenvolvimento da
Bacia de Campos (Gecam), atuando nos projetos das primeiras plataformas.
Nos últimos cinco anos, esteve à frente da Gerência Geral de Implementação
de Empreendimentos de Exploração e Produção e Transporte Marítimo da
Engenharia, responsável pela construção de plataformas de produção.
Na Petrobras Distribuidora, Zelada foi gerente de Desenvolvimento de Projetos de
Soluções Energéticas, que coordenava a implementação de projetos de energia para
clientes e de usinas termelétricas do Programa Emergencial do Governo Federal.
Zelada traz como assistentes Anna Jarczun Kac e Sócrates Marques da
Silva. Engenheira Química, Anna entrou na Companhia em 1987. Entre 2000 e
2007, atuou como gerente de Instalações de Superfície do Ativo de Marlim Sul
(UN-Rio). Sócrates, engenheiro mecânico, atua no Sistema Petrobras há mais
de 30 anos e está na Área Internacional desde 2001, como consultor de
negócios da Inter-TEC e da Inter-DN.

Novos desafios
Nestor Cerveró, que exerceu o cargo de diretor da Área Internacional nos
últimos cinco anos, foi nomeado pela Petrobras Distribuidora como novo
diretor Financeiro da subsidiária.

possível visualizar áreas e locais onde pode-
mos aumentar nossas atividades.
Então, intensificar a diversificação do
portfólio será prioridade?
Vai depender da oportunidade de negó-
cios e da análise do que for mais rentável.
Podemos investir em distribuição, por exem-
plo, ou em outras áreas, desde que se iden-
tifiquem oportunidades de crescimento que
aportem valor estratégico. Não estaremos
restritos a priorizar este ou aquele investimen-
to, mas, sim, investimentos que agreguem
valor estratégico e resultados positivos
para a Petrobras.
Que experiências de sua atuação no
upstream nacional o senhor vai trazer para
a Área Internacional?
A experiência em gestão de projetos pode
dar suporte às nossas unidades. Até agora,
na Internacional, temos tido muitos projetos
de parceria, o que está correto. Atuando como
operadores, estamos trabalhando com uni-
dades afretadas. Dependendo do ciclo de vida
dos campos, uma possibilidade é utilizar uni-
dades próprias. Temos capacitação no Bra-
sil em engenharia de construção e de mon-
tagem industrial. Penso que os fornecedo-
res nacionais poderiam também ser apoia-
dores dos projetos internacionais. Obviamen-
te, após uma análise dos aspectos compe-
titivos e de negócio.
O que o senhor espera do corpo ge-
rencial, técnico e administrativo?
Estou aos poucos entrando em contato
com as áreas e conhecendo os objetivos e
particularidades de cada uma. O que tenho
dito a todos aqueles com quem já tive con-
tato é que estou aqui como diretor para dar
suporte e todo o apoio ao desenvolvimen-
to daquilo que formos desafiados a reali-
zar, isso considerando tanto o nosso plano
de negócio como o planejamento estraté-
gico da Companhia. Espero o mesmo da for-
ça de trabalho, para que possamos, juntos,
desenvolver um trabalho alinhado. Contem
comigo, assim como tenho a certeza de que
posso contar com vocês.
Qual o maior desafio que a Internacio-
nal vai enfrentar nos próximos anos?
Acho que é a competição internacional.
O negócio de petróleo teve um forte aque-
cimento nos últimos anos. Os aspectos eco-
nômicos e conjunturais da nossa indústria fi-
zeram com que as operadoras no mundo pro-
curassem antecipar seus projetos, assim como
a Petrobras está fazendo também. Há uma
competição muito grande por todo tipo de
recursos para viabilizar o desenvolvimento des-
ses projetos. Estão incluídos aí os equipa-
mentos e materiais, bem como os recursos
humanos e a competência técnica. Esse ce-
nário tende a se acirrar ainda mais.
Quais são seus planos para a Área In-
ternacional alcançar os melhores resul-
tados?
Após ter conhecimento de todas as áreas,
quero fortalecer a parte de gestão. Sei que
todos estão fazendo o seu melhor, mas re-
forçar os aspectos de gestão é a maneira de
conseguir manter ou incrementar a integra-
ção entre as áreas. Na Área Internacional, isto
é ainda mais desafiante porque lidamos com
cenários muito distintos. Nossos profissionais
têm competência técnica e gerencial, e acre-
dito que meu papel é o de auxiliar a dar um
peso adequado à gestão corporativa.
Banco de Imagens Petrobras

7
 Lançada Universidade Petrobras Online
GESTÃO DO CONHECIMENTO
NOVO FORMATO OFERECE OPORTUNIDADES DE CAPACITAÇÃO VIRTUAL E MAIOR ABRANGÊNCIA
Cursos virtuais de gerencia-
mento de serviços em TI (ITLL),
em espanhol, e o de Formata-
ção de Documentos Petrobras
em ambiente Lotus Notes, em
espanhol e inglês, estão dispo-
níveis para empregados no ex-
terior, em suas próprias estações
de trabalho. A Universidade
Petrobras lançou a UP Online,
que oferece produtos e serviços
como cursos via web, avaliação
online, consultoria de educação
à distância, banco de professo-
res, projetos pedagógicos e ho-
mologação de fornecedores.
O endereço eletrônico da UP
Online é: http://www.rh.petrobras.
com.br/hotsites/Mini_Site_UP_On-
line/Inicial/inicial.htm. O primeiro
passo para entrar no “ambien-
te virtual de aprendizagem” é
solicitar uma senha e orienta-
Internacional Cone Sul investe em ferramenta
de gestão para integrar pessoas e negócios
Integrar pessoas e informa-
ções é integrar negócios. Com
essa idéia, a gerência de Inte-
gração de Mercados do Cone
Sul criou um espaço para tro-
ca de informações, asseguran-
do a agilidade, precisão e se-
gurança dos dados. Na comu-
nidade virtual, batizada de Co-
nosur-Integ, são disponibiliza-
dos informes gerenciais e ope-
racionais, calendários de even-
tos e notícias publicadas nos
principais veículos de comuni-
cação da América do Sul.
Cerca de 220 profissionais
do Brasil, Bolívia, Argentina, Pa-
raguai, Uruguai, Chile, Peru e
Venezuela estão cadastrados.
“Usamos a ferramenta Quick-
Place, da IBM, como um re-
positório único de dados rele-
8
ções à gerência local de RH.
O conteúdo do site é di-
vidido em cinco perfis, o que
facilita a localização dos as-
suntos de interesse. No per-
fil Aluno, por exemplo, podem
ser encontradas soluções
O mini-site da UP Online facilita a localização dos itens de interesse
vantes, de alto valor estratégi-
co”, explica Herval Cândido (In-
ter-CS/Integ/OGE), responsá-
vel por administrar o sistema.
“Nesse ambiente, de acesso
restrito, cadastramos o usuá-
rio de acordo com seu perfil e
necessidades de informação.
para auxiliar no desenvolvi-
mento pessoal e profissional
do empregado, enquanto o
perfil Gerente contém informa-
ções sobre necessidades de
capacitação e aperfeiçoa-
mento de líderes, além de
Isso garante que as pessoas
compartilhem o conhecimen-
to e seja mantida a seguran-
ça da informação", completa.
Algumas das vantagens
da ferramenta de gestão do co-
nhecimento são a redução do
tempo no controle das ativida-
questões sobre desenvolvi-
mento de equipes.
Próximos passos
Outros conteúdos necessá-
rios ao atendimento das unida-
des no exterior serão estuda-
dos pelo RH da Área Interna-
cional e pela Universidade
Petrobras, e poderão ser tra-
duzidos para qualquer idioma.
As próximas fases de im-
plantação da UP Online prevê-
em a criação do ambiente de
colaboração; a oferta de vídeo
sob demanda; repositório de
material didático digital; acer-
vo de teses, dissertações e tra-
balhos finais de cursos; e sala
de aula virtual, através da
qual os professores poderão
interagir com inúmeros alunos
dos pontos mais distantes do
Brasil e do exterior.
des e a integração entre as pes-
soas das unidades do exterior
e as do Brasil – de forma que
todas tenham o mesmo pano-
rama da situação atual e futu-
ra dos mercados de óleo, gás
e energia, por exemplo, e uti-
lizem a mesma linguagem.
“
Cadastramos
o usuário de
acordo com perfil
e necessidade de
informações”
Herval Cândido
 Petrobras Energia prioriza

o aumento da rentabilidade
umentar a rentabilidade sem
A esquecer a responsabilidade so-
cial, colaborando com as socie-
dades e governos, e respeitando força de
trabalho, clientes e fornecedores. Este é
o grande desafio atual da Petrobras
Energia (Pesa) nas palavras do novo dire-
tor gerente executivo (DGE), Décio Oddo-
ne, que dedicou seu primeiro dia à frente
da empresa, em 1º de fevereiro, a comu-
nicar-se ao vivo com todos os emprega-
dos por videoconferência.
“Quero compartilhar a visão e o desa-
fio da empresa com vocês, e alinhá-los para
que juntos possamos conseguir os resul-
tados esperados pelos acionistas e por to-
dos nós. Temos de buscar novos concei-
tos, fazer mais com os mesmos recursos
Petrobras Energia
Diretor Executivo dialogou
com o público interno ao
assunir o cargo
e enfrentar o aumento de custos que afe-
ta toda a indústria”, disse Oddone.
O executivo citou os principais desafios
estratégicos da Petrobras Energia em seus
segmentos de negócio. Ampliar a produção
e as reservas é a prioridade no E&P, enquan-
to no downstream se busca aumentar a ren-
tabilidade. Em Gás e Energia, o foco é o de-
senvolvimento de novas soluções energé-
ticas, maximizando as sinergias com a hol-
ding. A manutenção da liderança da Com-
panhia na produção de estirênicos na Amé-
rica do Sul é prioritária em Petroquímica e
Fertilizantes, assim como a melhoria da efi-
ciência operacional deste segmento.
Ano-chave para a exploração
O novo DGE da Pesa também se re-
ARGENTINA
feriu aos objetivos específicos de todos os
países onde a empresa está presente – Bo-
lívia, Brasil (petroquímica Innova), Equador,
Peru e Venezuela. Destaque especial foi
dado à Argentina, sede da empresa. “O
ano de 2008 será chave para a explora-
ção. Vamos aumentar o ritmo de perfura-
ções em território argentino, e espero ter
pra vocês algumas boas notícias sobre isso
no final do ano”, adiantou.
O executivo elogiou a implantação, des-
de o ano passado, de um sistema de ges-
tão no qual profissionais oriundos de seg-
mentos de negócio distintos passam a ocu-
par assentos nas diretorias das compan-
hias controladas pela Pesa. “Caso haja duas
posições na diretoria, sempre que possí-
vel uma delas será ocupada por uma pes-
soa vinda de outra área, como jurídico ou
finanças. Assim, a gestão poderá ser feita
de forma mais integrada e eficiente”.
Comunicação direta
Décio Oddone aproveitou a ocasião
para anunciar o canal de comunicação
direta entre a força de trabalho e a alta
direção da empresa, pelo e-mail
dge@petrobras.com. “Queremos um
ambiente aberto, transparente em que as
pessoas tenham a capacidade de suge-
rir e criticar, de expressar e ser ouvidas,
numa comunicação permanente, fluída e
constante”, completou o executivo.

Setenta anos de investimentos no refino em San Lorenzo

Um dos marcos da industrialização da Argentina fez 70 anos em
San Lorenzo
fevereiro. É a refinaria de San Lorenzo, inaugurada em 1938 e ontem e hoje:
considerada à época a “mais moderna do mundo” nas palavras de sete décadas de
seus construtores. Localizada na província de Santa Fé, no centro- atividade com
investimentos
leste do país, a refinaria entra em sua oitava década de existência contínuos
dando mostras que se saiu bem no teste na passagem do tempo.
A capacidade de processamento da planta – adquirida pela Petrobras,
em 2002 – evoluiu de cerca de nove mil barris por dia, quando foi
inaugurada, para aproximadamente 38 mil barris diários na atualidade.
San Lorenzo passou pelo maior revamp de sua história em 2006, com
investimentos de US$ 450 milhões, e hoje produz gasolinas Podium,
Super e comum; combustível de aviação, diesel, querosene e asfaltos,
entre outros derivados. Para os próximos cinco anos, estão previstos
novos investimentos de porte, da ordem US$ 500 milhões. O montante
será destinado à unidade de hidrotatamento de produtos relacionados a
melhorar a qualidade do diesel; à unidade de hidroconversão, com o
objetivo de aumentar a rentabilidade do ativo; e a um novo revamp da 9
refinaria para adequá-la ao processamento de petróleo pesado.
 Aquisições de ativos
GESTÃO

ÁREA INTERNACIONAL ADAPTA METODOLOGIA PARA INTEGRAR EMPRESAS AO SISTEMA PETROBRAS

Petrobras

PMI está sendo parcialmente

utilizado na integração da
Refinaria de Okinawa, no Japão

Crescer por aquisições tem sido uma opção para
ampliar a atuação internacional da Petrobras. Para
consolidar o Modelo de Gestão da Companhia, as
gerências de Suporte à Gestão e de Incorporação de
Empresas e Ativos (Inter-Corp/SG/IEA) contrataram
uma das maiores consultorias estratégicas do mundo,
de forma a estruturar o processo de integração de
empresas após a aquisição – ou PMI (Post Merger
Integration), como é conhecida esta operação no
exterior. Nesta entrevista, Luiz Gustavo Primo, (foto)
gerente de Suporte à Gestão (Inter-Corp/SG) e
responsável pela implementação da metodologia,
explica a importância do processo de integração para
o sucesso das aquisições da Área Internacional.

O que é a PMI e como atenderá à Área
Internacional?
A metodologia de Post Merger Integra-
tion é uma forma de integrar uma nova em-
presa ou ativo ao Sistema Petrobras, cap-
turando os valores percebidos na avaliação
do negócio adquirido. Em dezembro de
2007, iniciamos a construção dessa me-
todologia, com o apoio da consultoria Oli-
ver Wayman e a participação de profissio-
nais de diversas áreas da Petrobras.
Em que fase está esse trabalho?
As melhores práticas de PMI foram dis-
tribuídas aos profissionais indicados pelos res-
pectivos gerentes como subject
mater experts (SME). Esses líderes do pro-
cesso estão comentando o material e serão
reconhecidos como co-autores da metodo-
10 logia. Posteriormente, eles serão treinados na
metodologia a ser construída e poderão atuar
nos futuros processos de integração.
A PMI já será adotada na refinaria
Nansei Sekiyu, recém-adquirida em Oki-
nawa, no Japão?
O processo de integração da refinaria de
Okinawa teve início em novembro de
2007, antes do início da construção des-
ta nova metodologia. Por isso, não a es-
tamos aplicando plenamente. Mas muitos
aspectos observados nesta fase de cons-
trução da metodologia já estão sendo uti-
lizados naquela refinaria. De agora em dian-
te, nosso objetivo é empregar essa meto-
dologia em todos os novos processos de
integração de empresas e ativos.
Qual é a importância estratégica
dessa metodologia para a Companhia?
Os custos de integração de um ativo po-
dem chegar a 14% do valor da aquisição.
Além disso, em muitas aquisições serão in-
corporados ativos gerenciados por empre-
sas líderes da indústria do petróleo, em am-
bientes altamente competitivos, e esta é uma
excelente oportunidade de aprendizagem
e aperfeiçoamento de nossas práticas de
gestão. No futuro, essa metodologia irá pro-
porcionar uma implementação rápida e efi-
ciente das melhores práticas de gestão da
Petrobras nas empresas e ativos adquiri-
dos no exterior.
Quando teremos a construção des-
sa metodologia concluída?
O projeto de construção deve ser con-
cluído até final de março. Entretanto, essa
primeira versão da metodologia será con-
tinuamente aperfeiçoada.

Cineastas bolivianos
aplaudem a Petrobras
A
Petrobras foi reconhecida por
seu apoio ao desenvolvimen-
to do cinema na Bolívia duran-
te a cerimônia de comemoração do dé-
cimo quarto aniversário do Conselho Na-
cional de Cinema (Conacine).
Realizado em fevereiro em La Paz, o
evento contou com a presença do vice-
ministro de Desenvolvimento de Culturas,
Pablo Groux, e do diretor do Conacine,
Armando Urioste, além de vários cineas-
tas e instituições que apóiam a sétima arte
no país. A profissional de comunicação Va-
nessa Canudas recebeu o reconhecimen-
A profissional de comunicação Vanessa Canudas, da UN-Bolívia, recebeu a
homenagem de Armando Urioste, diretor do Conacine: apoio à sétima arte
to em nome da Petrobras, a única com-
panhia privada homenageada na ocasião.
Na Bolívia, a Companhia contribui para
a atividade cinematográfica: apóia o Fes-
tival Ibero-Americano de Cinema desde
seu início (1997), patrocina o Concurso
Nacional de Roteiro e também o Fundo
Nacional de Fomento ao Curta-Metragem.
Além disso, a Feira do Livro de San-
ta Cruz e La Paz também conta com o
apoio da Petrobras num concurso de Li-
teratura e Cinema que premia anualmen-
te a melhor adaptação de obra literária
para roteiro cinematográfico.
RELACIONAMENTO
Bem-vindo
ao Uruguai
Os turistas brasileiros que
chegam ao Uruguai de carro estão
recebendo as boas-vindas da
Petrobras. A iniciativa ganha corpo
por meio de um folheto – distribuído
na entrada do país, no Ministério do
Turismo e nos postos Petrobras –
com informações úteis para quem
vai conhecer, em quatro rodas, o
país ao sul do Brasil. Além de
sugestões turísticas, um mapa com
as principais rodovias e um pequeno
glossário, o folheto traz números de
telefones úteis e um resumo das
normas de trânsito, enfocando as
diferenças em relação ao Código de
Trânsito Brasileiro.
Por um lado, a ação de marketing
e comunicação facilita a vida do
visitante e, por outro, chama a
atenção do motorista para a
disponibilidade de uma rede de 89
estações de serviço com o padrão
de qualidade Petrobras. A iniciativa
recebeu apoio dos ministérios do
Interior e do Turismo do Uruguai,
além da Embaixada do Brasil no país.
11
 Velocidade máxima
GENTE

rumo aos cinemas

Arte sobre foto de divulgação Warner Bros. e ilustração de Marcus Vinicuius

Aperto no trem
Decorar frases prontas em outra língua pode ser
uma boa saída para conquistar a simpatia das pessoas
em terra estrangeira. Que o diga Guilherme Barbosa,
coordenador de Gestão de Portfólio (Inter-AFE/GP).
Durante uma missão na França, onde participou de
uma reunião com sócios da Petrobras, ele passou por
um embaraço que o fez reviver os tempos de escola.
“Estava num vagão do metrô rumo ao centro de
FÃS DE SPEED RACER AGUARDAM ANSIOSOS
Paris, quando uma senhora tipicamente francesa, bem PELO FILME QUE EXIBIRÁ MARCA PETROBRAS
vestida, com chapéu e sombrinha, me perguntou se o
trem iria a Paris-Central”, conta Guilherme. Ele diz que aixão antiga sempre pode vol- das as corridas jogando limpo”, lembra
não titubeou e respondeu no seu bom e fluente inglês,
já que sua performance em francês deixava a desejar. P tar. Ainda mais se um block- Michelle, que acredita que o filme refor-
buster de Hollywood ajudar a çará a imagem da Petrobras nos Esta-
Enfurecida, a senhora saiu do vagão resmungando reavivá-la. É o que se percebe entre fãs dos Unidos, como uma empresa ligada
e acusando-o de não ser um nativo. Se não bastasse, do antigo desenho animado Speed Ra- à tecnologia de ponta nos combustíveis.
Guilherme ainda teve que enfrentar os olhares cer, que terá versão cinematográfica lan- Nos países de língua espanhola, tan-
assustados dos outros passageiros. “Fiquei muito sem çada mundialmente em 9 de maio. Nes- to a série quanto o personagem princi-
graça. Ainda bem que outro estrangeiro me foi sa turma, espalhada pelo mundo, há mui- pal ganharam outro nome: Meteoro. O
solidário”, conta, aliviado. tos empregados da Petrobras, Arquivos pessoais sucesso, porém, foi igual. No
A partir daquele momento, ele passou a recorrer que estará presente no filme Paraguai, por exemplo, Mar-
ao seu francês do colegial. O dia começava com o por meio de um acordo com tha Perrot, do setor de abas-
cumprimento bonjour; para agradecer, dizia merci a Warner Bros. e a Village tecimento, lembra que ela e
beaucoup, e oui, mademoiselle para concordar à Road Pictures, e terá sua seus irmãos paravam tudo
Fernando de Roque
moda formal. “O francês tem uma resistência cultural à marca presente em vários para ver o seriado. “Também
presença de outra língua estrangeira. Não adianta momentos da trama. era o assunto do dia seguin-
insistir. Tirei expressões do fundo do baú”, brinca. Um dos fãs petroleiros de te na hora do recreio do co-
Graças às lições da escola, Guilherme conseguiu Speed, o geofísico brasilei- légio”, diverte-se.
degustar seu prato predileto – les moules au ro Fernando de Roque, Martha Perrot O fenômeno Speed Racer
roquefort en cocotte (mexilhões com queijo, atualmente na UN-Nigéria, chegou a unir várias gerações
servidos em panela de cobre) teve uma grata surpresa ao na Argentina. Ariel Di Pietro,
– no tradicional restaurante saber tanto do filme quan- dos Recursos Humanos da
Leon de Bruxelles, no to da participação da Com- Petrobras Energía, foi apresen-
Champs-Élysées. panhia. Suas primeiras lem- Michelle Gatica tado ao seriado por outro fã
“Esse pedido sei fazer branças do seriado remon- – seu pai –, que também o pre-
direitinho em francês. tam aos anos 1960. “Minha senteou com uma miniatura
E é um prato que família era a única da vi- do Mach 5, o lendário bólido
eu recomendo”, zinhança a ter tevê – na de Speed.
Ariel Di Pietro
completa. época um artigo de luxo –, “O carrinho causava inve-
o que fazia com que a molecada toda ja entre meus amigos”, orgulha-se Ariel,
enchesse a sala da minha casa pra ver que até hoje lamenta que seu irmão mais
Arquivo pessoal

a série”, diz Fernando. novo tenha quebrado a cobiçada minia-

A norte-americana Michelle Gatica, do tura. De qualquer forma, Ariel – que já
setor de documentação da Petrobras viu o trailer e não se cansa de buscar
America, também é fã incondicional. informações sobre o filme na internet –
“Speed se livrava de várias armadilhas garante que a família irá unida ao cine-
dos adversários e conseguia vencer to- ma assim que a produção estrear.
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