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O abdômen agudo é uma condição clínica caracterizada por um dor abdominal severa
que requer uma decisão terapêutica urgente.
Pode variar de doenças com risco de vida até condições benignas autolimitadas.
A tc mostra uma massa gordurosa ovoide inflamada (cabeça da seta) com alças
intestinais regionais normais. O tamanho da lesão sugere ser uma apendagite
epiploica, porém, a lesão não contém o anel hiperatenuante. Neste caso, é difícil
discriminar entre uma apendagite epipoploica e um infarto omental.
- DIVERTICULITE:
Se a dor se localizar no quadrante inferior esquerdo, o principal diagnóstico é
diverticulite no sigmoide. Na diverticulite, a US e a TC mostra diverticuloses com um
segmento da parede do cólon espessado e inflamação na gordura que circunda o
divertículo.
Diverticulite no sigmoide. A us demonstra um divertículo hipoecoico circundado por
um tecido gorduroso inflamado hiperecoico (setas amarelas).
-COLECISTITE:
Ocorre quando um cálculo obstrui o ducto cístico. A bile presa causa inflamação na
parede da vesícula biliar.
Os cálculos biliares estão frequentemente ocultos na TC, a us é o método de escolha
para a avaliação da colecistite.
O diagnóstico de vesícula hidrópica é exclusivamente feito quando não há compressão
da vesícula. Não confie em medições. Algumas vesículas biliares acontecem de ser
pequena e outras grandes.
Sinais de colecistite:
.espessamento da parede da vesícula
.vesícula biliar hidrópica
.Sinal de Murphy positivo
Us de uma vesícula biliar normal. O normal da parede da vesícula biliar aparece como
uma linha ecogênica fina na ultra-sonografia (imagem à esquerda). A espessura da
parede da vesícula biliar depende do grau de distensão da vesícula biliar e um
pseudoespessamento pode ocorrer no estado pós-prandial (esquerda).
A tc contrastada mostra a parede normal da vesícula biliar como uma borda fina com
densidade de tecidos moles.
Uma mulher com 43 anos de idade com colecistite calculosa. A tc contrastada mostra
uma vesícula biliar distendida (cabeça das setas) com a parede levemente espessada e
uma região com aumento da atenuação da gordura ao redor (asterisco). Há um cálculo
impactado obstruindo o pescoço da vesícula biliar.
Imagem à esquerda: Homem com 62 anos com colecistite calculosa. Us transversal
mostra uma vesícula biliar com paredes espessadas, distendidas, hidrópicas e não
compressível, com um cálculo intraluminal. Imagem à direta: TC contrastada
demonstra uma extensa inflamação de gordura (cabeça das setas) rodeando a vesícula
(seta).
CTSI
Inflamação pancreática
A .pâncreas normal 0pt
B .aumento do pâncreas 1pt
C .inflamação peripancreática 2 pts
D .1 coleção líquida peripancreática 3pts
E .> ou = 2 coleções líquidas peripancreáticas 4pts
Necrose pancreática
.nenhuma 0 pt
.<30% 2 pts
.30-50% 4 pts
.>50% 6pts
Máximo de 10pts
PANCREATITE INTERSTICIAL
Pacientes com realce normal (isto é, Balthazar A-C) sem necrose em tecidos
extrapancreáticos. Usualmente, é um processo autolimitado com a cura ocorrendo
sem intercorrências em cerca de 80% dos pacientes com pancreatite aguda. A imagem
mostra um realce normal de todo o pâncreas com somente uma leve infiltração de
gordura circundante. Não há coleções de líquido ou necrose (Balthazar C, CTSI: 2).
Pancreatite intersticial.
PANCREATITE NECROTIZANTE
Necrose do parênquima pancreático e/ou dos tecidos peripancreáticos ocorre em 20%
dos pacientes. Se caracteriza por curso clínico prolongado, uma alta incidência de
complicações locais e uma alta mortalidade. Há 3 subtipos de pancreatite
necrotizante:
.Necrose do parênquima pancreático sem necrose dos tecidos peripancreáticos
circundantes.
.Necrose de tecidos extrapancreáticos sem necrose do parênquima pancreático
ou necrose extrapancreático (EXPN).
.Necrose de ambos parênquima pancreáticos e tecidos peripancreáticos.
A tc mostra uma necrose pancreática aguda. Há 2 ou mais coleções líquidas e mais que
50% da glândula pancreática não realça (Balthazar E e CTSI 10). A detecção da necrose
pancreática na prática clínica é importante porque complicações fatais ocorrem em
pacientes com necrose pancreática.
Necrose pancreática: realce apenas na cabeça do pâncreas.
Necrose pancreática e peripancreática.
Limitações das imagens nas coleções peripancreáticas: Imagem pode não diferenciar
entre coleções estéreis ou infectadas. TC não pode diferenciar líquido de debris. RM é
superior que a TC na diferenciação entre líquido e debris sólidos. Ar está presente em
apenas 40% das coleções infectadas.
O manejo atual da pancreatite aguda tende a ser conservadora tanto quanto possível.
Nas primeiras duas semanas os pacientes com pancreatite aguda severa e falência de
múltiplos órgãos devem ser estabilizados na UTI. Intervenções devem ser atrasadas o
quanto possível. O que permite demarcação das coleções. Lembre que muitas coleções
irão se resolver espontaneamente.