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A Alcoviteira

Ler com cabeça e coração – Página 240

1. A personagem apresenta-se em cena com As “moças que vendia”, seiscentos virgos


postiços, jóias e vestidos roubados, uma casa movediça, um estrado de cortiça e dois
coxins.Traz também consigo “almários de mentir” , “cofres de enleios” e “furtos
alheos”.

1.1 – Objetos: As “moças que vendia”, seiscentos virgos postiços, jóias e vestidos
roubados, uma casa movediça, um estrado de cortiça e dois coxins.
Conceitos: “almários de mentir” (mentira) , “cofres de enleios”(intriga) e “furtos
alheos”(roubo).

1.2 – Estes símbolos cénicos representam a sua actividade ligada a prostituição e o seu
carácter manhoso, enganador. Representam ainda os roubos que fazia.

2. Argumentos de defesa perante o Diabo –era uma mártir; levou açoites, sofreu muito
durante a vida.

3.
Brízida Vaz usa duas táticas de persuasão com o Anjo:
- a sedução: muda o seu tom de voz tentando seduzir o Anjo.
- usa vocabulário de cariz religioso: para o Anjo ter pena dela.

3.1 - Perante o Anjo, Brízida Vaz argumenta que fez coisas muito divinas, descrevendo-se como
apóstola, mártir e Anjo, que salvou todas as suas moças. O seu principal argumento reside no
facto de ter facilitado as relações entre padres e as raparigas.

3.2 - Quando fala com o Anjo, ela usa um vocabulário de cariz religioso para ele ter pena dela,
a deixar entrar na sua Barca e a achar uma boa pessoa: “apostolada”, “angelada”, “martelada”,
“converteo”.

4. – A acusação é tão evidente que nem o Diabo nem o Anjo precisam de a enunciar. Assim, o
Anjo mostra-se espantado por ela tentar entrar na Barca do Paraíso e revela-se aborrecido por
ela o estar a importunar, não se mostrando sensível às suas técnicas de persuasão.

5 – Com o campo semântico da mentira ela revela que é hipócrita, tenta fazer-se de vítima
perante o Diabo para convencê-lo do q lhe interesse. A forma como tenta seduzir o Anjo,
utilizando uma linguagem religiosa e deturpando-a revela ainda que é hábil e mentirosa.
6 – Com esta personagem, Gil Vicente critica um grupo social pertencente ao Povo, que
explorava mulheres e vivia de mentiras e roubos. Com esta cena critica ainda o Clero, na
medida em que um dos principais argumentos de defesa da personagem era arranjar meninas
para os Cónegos da Sé.

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