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o trabalhador

da CM
L

29 de Setembro
Jornada Nacional de Luta
Setembro/Outubro 2010

Pág. 9

Reorganizar serviços da CML


Extinguir e encerrar?
Nº 141

Pág. 3

ANO XXXII

Formação Profissional do STML


em marcha Pág. 11
Editorial

Dia 29 de Setembro

Vamos à luta!
m ano após as eleições legislativas, de Setembro

U de 2009, com facilidade verificamos o aprofundar


das políticas de direita que condenaram o PS e o
seu líder, José Sócrates à perda de meio milhão de votos
e que conduziram ao fim da maioria absoluta que até
então detinham.
Esse sinal evidente que foi dado pelos trabalhadores e
povo português foi, mais uma vez, desprezado e esque-
cido.
Agora, o PS com a ajuda inestimável do PSD e por ve-
zes do CDS, aprofunda planos de austeridade, uns atrás
dos outros, enquanto projectos que deveriam combater
a crise, salvar o País da bancarrota, anular as injustiças
e devolver aos portugueses o nível de vida há tanto am-
bicionado. impostos, o IVA e o IRS, que diminuí as prestações so-
Infelizmente, depois das palavras vertidas por estes ciais, como o subsídio de desemprego, o abono de fa-
"defensores dos nossos interesses", ficam apenas os mília, etc.
factos, o mesmo é dizer, a triste realidade que afecta PS e PSD simulam uma "guerra entre ambos", quando
milhares de famílias portuguesas, com o aumento do de- na prática defendem os mesmos objectivos e principal-
semprego, da precariedade, da miséria, da pobreza e mente, os mesmos interesses.
exclusão social, ironicamente, no ano europeu para a s mesmas políticas de direita, que sustentam a teoria
sua erradicação.
PS e PSD, simulam uma crise política entre ambos,
A de "melhor Estado, menos Estado" está igualmente
em curso na Câmara Municipal de Lisboa. A reorgani-
mas a verdade é que o PS apresenta medidas e politicas zação defendida pelo PS e António Costa não é mais que
nefastas para o pais e para a esmagadora maioria dos uma redução e extinção de serviços públicos municipais,
portugueses e o PSD ajuda a aprovar essas mesmas entregando a sua exploração ao sector privado.
medidas.
Assim foi com a Lei de Orçamento de Estado 2010, que Mais uma vez, os interesses dos trabalhadores da
congelou os salários dos trabalhadores da administração autarquia, da população e da própria cidade de Lisboa,
pública e agravou as condições de aposentação. passam para um plano secundário, valorizando os inte-
resses privados da cidade, cujo único objectivo, como
Assim foi com o PEC 1 e PEC 2, que defende o conge-
todos sabemos é o lucro e não a satisfação das necessi-
lamento dos nossos salários e pensões até 2013. Que
dades do concelho e dos seus habitantes.
reduz drasticamente as verbas imprescindíveis e neces-
sárias ao funcionamento dos serviços públicos, com Contra todas estas malfeitorias que nos querem impor,
ênfase na área da saúde e da educação, colocando em é preciso demonstrar o nosso descontentamento, a nos-
risco direitos consagrados na Lei máxima de Portugal, a sa indignação e simultaneamente, defender os nossos
Constituição da República Portuguesa. Coloca em hasta direitos e salários, os nossos postos de trabalho e os ser-
pública a soberania e independência do nosso País, com viços públicos.
a venda ao desbarato de empresas do Estado funda- Dia 29 de Setembro, vamos à luta porque não existe
mentais (e de todos, portanto!), como a REN, os CTT, a outro caminho, que não o da contestação. Dia 29 de Se-
TAP, a GALP, entre muitas outras. tembro, saímos à rua, unidos, determinados e como
Assim foi com o plano de austeridade que aumentou os tal, mais fortes! ■

Director: Delfino Serras ■ Corpo Redactorial: Luís Dias, Vítor Reis, Mário Rosa, Mário Souto, Francisco Raposo,
o trabalhador
da C M L
Frederico Bernardino ■ Propriedade: Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa ■ Administração e
Redacção: Rua de São Lázaro, 66 - 1º Dtº 1150-333 Lisboa - Telfs. 218 885 430 / 5 / 8 - Fax 218 885 429 - Email:
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Gráficas, Lda ■ Periodicidade: Bimestral ■ NIF: 500850194 ■ Distribuição: Gratuita aos sócios do STML ■ Tiragem:
http://www.stml.pt 4.500 exs. ■ Depósito Legal: 17274/87 ■

2 O TRABALHADOR DA CML
Reorganização dos Serviços Municipais

Mais um processo obscuro


A menos de meio ano da data estabelecida para a sua conclusão, a anos na cidade, estão dois estudos,
reorganização dos serviços municipais continua selada nos gabinetes, um do Instituto de Ciências Sociais e
compreendendo-se cada vez mais que, num cenário de crise, se outro do Instituto Superior de Eco-
avizinham tempos difíceis para os trabalhadores da Câmara Municipal nomia e Gestão, que partem de um
de Lisboa. Sintomático parece ser o modo como se iniciou o processo principio comum (por sinal, proferido
de descentralização de alguns serviços para as juntas de freguesia. O num documento da autoria de am-
STML soube-o pela imprensa! bas) para justificar os problemas de

escentralização.

D O termo prepara-
se para se instalar
no léxico dos trabalhado-
res da CML. Que o di -
gam aqueles que de -
sempenhavam funções
no "porta-a-porta" e "mo-
tocão", ou aqueles que
ligados a alguns serviços
de acção social se pre-
param para ver as suas
funções passarem a ser
desem penhadas pelas
juntas de freguesia. Se-
gundo o jornal Público,
em 9 de Junho, as novas
funções a assumir pelas
juntas de freguesia da
cidade apontam para um
reforço de 4 milhões de
euros, este ano, na ver-
ba a transferir pela CML.
A medida parece ser o
primeiro sintoma do pro-
cesso de reorganização dos servi- qual vai ser o futuro dos trabalhado- governação da cidade e recomendar
ços municipais em nome de um ter- res da CML directamente afectados a "descentralização": o peso de "uma
mo caro aos cidadãos – "descentra- com a transferência das funções instituição municipal central de gran-
lização" -, mas quase sempre tão que até aqui desempenhavam. de porte, com cerca de 300 departa-
nebuloso que só faz anunciar a alie- mentos e divisões, compor tan do
nação de serviços públicos aos inte- A "descentralização" aproximadamente 12 mil funcioná-
resses privados. A transferência de e o "peso" da CML rios" (cit. Qualidade de Vida e Go-
funções da CML para as juntas de verno da Cidade – Estudo sobre as
freguesia é evidentemente uma ma- Não deixa de ser curioso, que bases para um novo modelo de go-
no bra enca po tada para privatizar sempre que um novo executivo en- vernação da cidade de Lisboa, Fe-
serviços públicos, uma vez que ne- tra em funções, se procuram desen- vereiro de 2009, ISEG/UTL – ICS/UL).
nhuma junta de freguesia da cidade volver estudos e mais estudos para A estrutura municipal é pesada e
tem, no imediato, meios humanos e justificar, quase sempre, medidas gera, por vezes, problemas comple-
logísticos para assumir este tipo de que afectam gravemente a presta- xos, mais por motivos de desorgani-
competências. ção dos serviços públicos aos cida- zação do que de dimensão. Prova-
Mais, o que está subjacente a este dãos. Depois, a velha fórmula de ab- vel mente, uma reorganização de
tipo de "descentralização" é que não solvição dos governantes para não serviços bem estruturada, reforçan-
se acautelam nunca, nem os inte- concluírem as "reformas" apontadas do mesmo competências públicas
resses das populações, nem os inte- pelos doutos estudos são os blo - que têm sido alienadas (seja por via
resses dos trabalhadores (só assim queios sindicais ou um qualquer pre- da entrega a privados ou a através
se percebe que não tenha havido da ciosismo de ordem legal ou constitu- da criação de empresas municipais
parte do actual executivo camarário cional. ou de capital misto), solucionaria
uma palavra sobre o assunto com o O facto é que as "reformas" pro- parte dos problemas resultantes do
STML). Até à data, e apesar de já postas são normalmente más e vi- referido "grande porte". Aquilo que
termos pedido uma reunião de ur- sam única e exclusivamente atacar nos aflige é que quando se fala em
gência com o presidente da CML, aquilo que é público, justificando pri- es truturas pesadas se sublinhe,
continuamos sem saber em que va tizações e despedimentos. A imediatamente, o número de traba-
moldes se vai processar esta ope- exemplo, e sem pôr em causa os pro- lhadores para lhe atribuir a dimen-
ração dita de "descentralização" e blemas diagnosticados há largos são de "causa do problema". ■

O TRABALHADOR DA CML 3
CML insiste em não dar
solução ao problema de falta
de coveiros
stá a tornar-se insustentável a manu-

E ten ção do serviço público pres tado


pelos coveiros nos sete cemitérios de
Lisboa, isto porque o executivo camarário in-
siste em não querer resolver o problema gra-
ve de falta de coveiros e desta forma, prolon-
gar as dificuldades que dai decorrem.
Os responsáveis pela Câmara Municipal de
Lisboa escudam-se com mais um estudo para
aferição das "reais necessidades dos servi-
ços", com o propósito de adiar a resolução
deste problema. Para o STML só existe uma
forma de o resolver e que passa, obrigatoria-
mente, pela admissão urgente de trabalhado-
res para esta categoria profissional.
Exemplo do agravamento desta situação
são os relatos que chegam ao STML de covei-
ros que se vêem obrigados, contrariamente
ao que diz a lei, a trabalharem três semanas
seguidas sem folgar para, com sentido de
responsabilidade, não deixarem de responder
às "reais necessidades do município".
Os trabalhadores, depois de já terem pa-
ralisado 1 hora no passado dia 23 de Junho,
protestando contra esta situação, devem
agora mobil izar-se para uma forte partici-
pação na manifestação de 29 de Setembro e
juntar esta reivindicação, aquelas que levam
todos os outros trabalhadores a estarem em
luta neste dia! Devem preparar-se, igualmen-
te, para endurecer as formas de acção ne-
cessárias e imprescindíveis com o único pro-
pósito de exigir a resolução dos seus pro-
blemas. O STML, como não podia deixar de
ser, estará junto de todos os trabalhadores
coveiros, apoiando e organizando a sua luta.
Em defesa dos postos de trabalho e de um
serviço público de qualidade. A luta irá con-
tinuar! ■

CML antecipa-se aos tribunais


Tendo recaído sobre alguns trabalhadores dos ce- anos, é o facto de que no dia seguinte à acção de luta
mitérios suspeitas de prática de actos ilícitos no exercício desenvolvida nos cemitérios no dia 23 de Junho, tenha
das suas funções e estando estes à espera do início de sido exarado despacho de aplicação de penas discipli-
julgamento nos tribunais civis, a CML decidiu aplicar pe- nares contrariando até a proposta da instrutora do pro-
nas disciplinares antecipando desde já a presunção da cesso, que propunha a suspensão da aplicação de pena
culpa destes trabalhadores com base em indícios e não por um ano.
em factos. Estarão a tentar intimidar-nos? Afirmamos, desde já,
Curioso neste processo, que decorre há mais de dois que não o conseguirão! ■

4 O TRABALHADOR DA CML
EDIFICIO DO CAMPO GRANDE
Interessa é estamos todos
lá dentro!!!
á aqui referimos que há trabalhadores no Edifício

J Central do Município de Lisboa que efectuam diaria-


mente verdadeiras corridas para estacionarem os
seus veículos na garagem deste edifício. Se levarmos em
linha de conta que estas "corridas" são efectuadas com o
intuito de chegarem a horas ao seu local de trabalho e,
muitas vezes com crianças que são deixadas em escolas
e jardins-de-infância antes do horário de entrada no edi-
fício do Campo Grande, verificamos que a segurança e a
produtividade dos trabalhadores é amplamente colocada
em causa, ainda antes de estes entrarem no edifício.
Se considerarmos que às 8.30 horas da manhã já não
há lugares para os veículos particulares dos trabalhado-
res e, se repararmos que à mesma hora, os lugares des-
tinados para os gabinetes dos senhores vereadores estão
quase todos vazios, verificamos que há pesos e medidas
diferentes na gestão do estacionamento do Edifício do
Campo Grande. Soluções apresentadas pela autarquia: Muitas destas conversas, surgem na meia hora de es-
Zero! Ou será que o não encontro de soluções visa o en- pera por um elevador que "qual metro da China em hora
riquecimento da E.M.EMEL, que domina o estacionamen- de ponta?" consiga "enfiar mais um que se encolhe e não
to circundante e, assim, os trabalhadores da CML dão um respira até ao seu local de trabalho. Outros continuam a
forte contributo para os cofres desta empresa? aguardar pela sua vez com o consolo de, pelo menos, já
Mas não só quem trás o seu veículo para o trabalho so- terem "picado o ponto" nas cancelas que ficaram para trás.
fre! Outro problema que há muito se regista neste edifício Depois desta meia hora (ou mais) chega-se por fim ao
é o número de avarias que se verificam nos vários eleva- local de trabalho. Ligam-se os computadores que estão
dores que servem o edifício. No Bloco E (um dos mais cada vez mais obsoletos. Espera-se que estes cooperem
ocupados) há mais de dois meses que um elevador exibe com o trabalhador (que exista rede!) que, quer se queira,
a sigla DL (e não funciona), provocando congestiona- quer não queira, leva com um ar condicionado que funcio-
mento de trabalhadores nos vários pisos a várias horas, na mal e coloca em causa o seu bem-estar e produz-se
mas com especial ênfase, para a hora de entrada no tra- com as limitações impostas pela autarquia, que cada vez
balho, onde se chega a esperar mais de meia hora para menos investe nos trabalhadores e trata-os como se es-
se subir para um dos treze andares. Obviamente, entre os tes fossem os culpados de todos os males provocados
trabalhadores, o motivo encontrado para justificar a não pelas suas gestões.
reparação imediata destes elevadores avariados, está na O STML continuará a denunciar o mal-estar em cada
falta de capacidade financeira da autarquia. Mas surge local de trabalho com base na participação que os seus
logo de seguida a estranheza, porque são públicos os associados e de mais trabalhadores efectuem a este Sin-
gastos desmedidos com iniciativas, cujo retorno para a dicato, que estará sempre na linha dianteira da defesa de
Câmara e para a cidade são muito discutíveis. melhor condições de trabalho. ■

Fumar pode matar mais no Edifício do Campo Grande


Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa A queda de pedras de ambas as fachadas, sobre os lo-
O nunca questionou os princípios da lei que proibiu o
fumo em locais fechados, nomeadamente, nos vários lo-
cais destinados a quem fuma, quase transforma o cigarro
num mal menor, uma vez que existem tijolos que se têm
cais de trabalho da Câmara Municipal de Lisboa, por desprendido das paredes nos pisos superiores deste "no-
considerarmos a medida com contornos que visam a me- vo e moderno" edifício, que caem sobre os ditos espaços
lhoria das condições de trabalho e a saúde dos trabalha- azuis para fumadores.
dores e munícipes. Se considerarmos que estes espaços destinados aos
No entanto, não podemos deixar de demonstrar o nos- fumadores não possuem qualquer cobertura, também as
so espanto pelas condições encontradas pela gestão do condições climatéricas adversas colocam em causa os
edifício municipal do Campo Grande, para que os traba- trabalhadores fumadores do Edifício do Campo Grande.
lhadores fumadores possam fumar. Não tendo conhecimento que estas anomalias do Edi-
As localizações de espaços (azuis) para fumadores no fício Central do Município de Lisboa tenham o intuito de
Edifício Central do Município estão situadas em locais ex- motivar os trabalhadores para deixarem de fumar, o
teriores ao edifício, onde a vida dos fumadores é colo- STML exige à gestão deste edifício e ao executivo muni-
cada em risco superior, sempre que estes ali se dirigem. cipal um maior respeito por estes trabalhadores. ■
O TRABALHADOR DA CML 5
SIADAP
Até quando, Sr. presidente?
aplicação do SIADAP (nas res portugueses, mantendo ainda quadro legal; antes pelo contrário.

A suas várias versões) conti-


nua a revelar-se um embuste
com custos directos para a grande
em aberto a promoção de uma peti-
ção que dentro em breve será entre-
gue na AR, exigindo a revogação
Deste modo, e como em última
ins tân cia devemos pedir explica -
ções a quem de direito, deixamos ao
maio ria dos traba lha dores portu - imediata do SIADAP. Senhor presidente da Câmara uma
gueses da Administração Pública e
per gunta: Até quando pretende
Local. A malha burocrática, a opaci- Aplicação do SIADAP manter o embuste da aplicação
dade dos objectivos definidos e a
viciação na distribuição de quotas
na CML continua do SIADAP na CML?
são motivos mais do que suficientes a resumir-se a um logro Várias vezes o Sr. presidente afir-
para denunciar um sistema de ava- mou em querer defender os interes-
liação que se resume pura e sim- Entretanto, pela experiência que ses dos trabalhadores da autarquia,
plesmente à inaplicabilidade. temos diariamente no contacto com como efectivamente reconhecemos
A reboque da crise, e apesar de os trabalhadores, vamos constatan- já ter acontecido em medidas produ-
to dos os indícios, o governo e a do que a aplicação do SIADAP na zidas já no decorrer deste mandato,
maioria parlamentar na Assembleia CML se continua a resumir a um lo- contudo e enquanto o SIADAP não
da República (AR) parecem preferir gro de proporções absolutamente
é revogado, para quando a aplica-
ignorar o assunto e deixar os servi- caricatas. Do não cumprimento dos
ção da opção gestionária? Um ins-
ços em roda livre, deteriorando as prazos à falta de discussão dos ob-
jec tivos, são muitas as violações trumento executivo que depende,
condições de trabalho dos funcioná-
rios e a prestação dos serviços pú- procedimentais que acentuam a ina- única e exclusivamente de vontade
blicos. Por isso mesmo, o STML não plicabilidade nos serviços da CML. política e que minimiza os efeitos
desarma nesta luta pela revogação Ou seja, de ano para ano, o proces- nefastos do SIADAP na vida de mi-
de um dos instrumentos legislativos so de avaliação não melhora nem se lhares de trabalhadores. Para quan-
mais ofensivos para os trabalhado- ajusta sequer ao disposto no próprio do esta decisão Sr. presidente? ■

6 O TRABALHADOR DA CML
SÃO FORTES E JUSTAS
AS RAZÕES DA LUTA
s efeitos nefastos da política de direita levada a de objectivos próprios, mas também pelo seu importante

O cabo pelos sucessivos Governos, nomeadamen-


te pelos últimos do Partido Socialista e de José
Sócrates, com o apoio expresso ou disfarçado do PSD e
contributo para a luta mais geral dos trabalhadores por-
tugueses dos Sectores público e privado.
Luta que forçosamente temos que continuar, reforçan-
do CDS-PP e sempre com o aplauso da Grande Capital, do e ampliando o espírito de unidade, unidade na acção
são cada vez mais visíveis e mais sentidos pelos traba- em concreto, a partir dos locais de trabalho, construindo
lhadores, pelo povo e pelo País. passo a passo a resposta dos trabalhadores, intensifi-
Feitas as contas desta politica injusta e imoral, facil- cando o esclarecimento e consolidando a mobilização
mente percebemos que continuam a ser os que menos para que essa resposta que se impõe, seja tão mais forte
podem e menos tem, a pagar a factura, cada vez mais e poderosa quanto possível.
pesada por força do agravamento dos impostos, do bru- E o próximo passo é já no dia 29 de Setembro com a
tal aumento do desemprego e da precariedade, dos Jornada de Luta Nacional convocada pela CGTP-IN, em
baixos salários e das pensões e das privatizações dos defesa do emprego, dos salários e dos serviços públicos,
serviços públicos. Tudo em nome da recuperação eco- contra o desemprego e as injustiças com greves e pa-
nómica do País, que as politicas do PS, PSD e CDS-PP ralisações e duas grandes concentrações. Uma no Porto
sistematicamente vão destruindo. e outra em Lisboa, no Marquês de Pombal, pelas 15H00.
Por isso, os trabalhadores e as populações resistem e Este é um momento importante e inadiável para os
lutam, sendo inteiramente justas as razões da luta que trabalhadores lutarem, para alargar a luta sindical e
vêm travando e amplamente justificada a necessidade
social!
do seu reforço e ampliação, dando combate firme e de-
terminado a estas políticas e às teorias da sua inevitabi-
lidade. VAMOS À LUTA!
Os trabalhadores do Município de Lisboa têm sido um
forte e convicto exemplo dessa firmeza, determinação e Libério Domingues
confiança não só pelas lutas que vêm travando em torno Coordenador da USL/CGTP-IN ■
O TRABALHADOR DA CML 7
8 de Julho

Dia
Nacional
de
Protesto
e Luta
entenas de trabalhadores da Câmara Municipal os serviços públicos portugueses! O que sabemos hoje

C de Lisboa concentraram-se nos Paços do Con-


celho, no passado dia 8 de Julho, no âmbito do
Dia Nacional de Protesto e Luta convocado pela nossa
e que o STML / CGTP-IN denunciava naquela altura, é a
degradação de inúmeros serviços públicos com o conse-
quente encerramento e extinção de um número conside-
central sindical, a CGTP-IN. As principais revindicações rável de postos de trabalho, sendo agora o sector pri-
dos trabalhadores da autarquia passaram pela revoga- vado a efectuar a exploração dessas áreas de interesse
ção do SIADAP, a aplicação da opção gestionária, contra público mas agora sujeitas às suas regras, ou seja, tudo
a destruição dos serviços públicos municipais, agora dis- funciona em torno do lucro!
farçada por um processo de reorganização de serviços Os mecanismos criados em torno desta reforma, tinha
defendido pelo PS de António Costa. e continua a ter, o objectivo de, atacando os trabalhado-
8 de Julho foi um dia em que milhares de homens e res e os serviços públicos, criar as condições objectivas
mulheres fizeram ouvir o seu protesto e indignação um e subjectivas para a redução do aparelho do Estado, di-
pouco por todo o país, desde Bragança ao Porto, pas- minuindo serviços e o número de funcionários. Quem be-
sando pela Guarda, Coimbra, Portalegre, Lisboa, Évora neficia com estas medidas, como já afirmamos, é única
ou Faro, entre outras capitais de distrito. As palavras de e exclusivamente, o sector privado, o capital nacional e
ordem focaram um único objectivo, ou seja, a reprova- estrangeiro.
ção aos planos de austeridade do PS e do PSD, mais co- Os trabalhadores e os portugueses que deveriam be-
nhecidos por PEC 1 e PEC 2. neficiar de um serviço público, seja na área da saúde, da
As consequências das políticas de direita, afectam a educação, da justiça, da segurança social ou no sa-
esmagadora maioria dos portugueses, trabalhadores, re- neamento básico, na limpeza urbana, na manutenção da
formados ou aposentados, jovens e desempregados. O sua rede eléctrica, da entrega do seu correio, etc., etc.,
agravamento do custo de vida é apenas um dos resulta- passam para segundo plano.
dos mais visível! A precariedade, o desemprego, a po- Aliar esta reforma com o congelamento dos salários, o
breza, são agora características mais patentes e comuns desinvestimento em inúmeros serviços públicos ou de-
na nossa sociedade e que se perspectivam aprofundar fendendo a diminuição dos trabalhadores da administra-
caso o PS e PSD não sejam travados nas suas inten- ção pública através de medidas como a que define que
ções. pela aposentação de três trabalhadores, entra apenas
Com a desculpa da crise e/ou défice, criada pelo sec- um, quando em muitos serviços sai 4 ou 5 e não entra
tor financeiro e suportada pelos dinheiros públicos, o nenhum, percebemos melhor o profundo e atroz ataque
mesmo é dizer, o dinheiro dos nossos impostos, PS e que o PS e o PSD (mais o CDS) querem impor ao servi-
PSD, querem agora seguir e aprofundar o caminho da ço público português, aos seus trabalhadores e claro
exploração e da alienação dos direitos conquistados ao está, ao povo português.
longo de dezenas de anos por inúmeras gerações de tra- O aumento dos impostos, IVA e IRS, agrava indubi-
balhadores. tavelmente o cenário económico-social do povo portu-
Primeiro atacam o vínculo de trabalho, fazendo da pre- guês.
cariedade a regra e os vínculos efectivos a excepção, É este cenário e as políticas que lhe deram origem,
depois atacam os salários e aumentam os impostos. que é necessário derrotar e criar assim, novas condições
Quem não se lembra da "reforma da administração para a construção de um país mais justo, mais solidário
pública" defendida e implementada pelo governo do PS e humano.
/José Sócrates, com o famigerado SIADAP, a Lei da Mo- A génese do dia 8 de Julho defendeu estas matrizes,
bilidade Especial, a Lei das Carreiras, Vínculos e Remu- tal como acontecerá inevitavelmente no próximo dia 29
nerações ou da Lei da Reorganização dos Serviços Au- de Setembro.
tárquicos... Lutamos pelos nossos direitos e salários, lutamos con-
Afirmava há 5 anos o PS de José Sócrates, que esta tra a destruição dos serviços públicos, defendemos as
reforma teria um único objectivo: modernizar e melhorar conquistas de Abril. ■
8 O TRABALHA
29 de Setembro

Local de
concentração
Rua de Brancaamp
(junto ao Marquês de Pombal)
às 14H30

Jornada de Luta Nacional


dia 29 de Setembro, vai ser um grande dia de bancos de horas através da adaptabilidade dos horários

O luta para os trabalhadores portugueses. À se-


melhança do que se vai passar em muitos paí-
ses da Europa por iniciativa da CES (Confederação Eu-
ou ainda a Mobilidade Especial que pode levar-nos para
Quadros de Excedentes e para o Desemprego.
Em tudo concordam PS e PSD, a única coisa que os
ropeia de Sindicatos), no nosso país, a CGTP-IN dá voz divide é a luta pelo poder.
ao descontentamento dos trabalhadores promovendo ambém na CML os indícios não são bons, na linha
duas grandes manifestações em Lisboa e no Porto.
Aproveitando a crise do sistema capitalista, um pouco
T do que faz o PS no governo, também no executivo
camarário o PS é coerente. Para além da não aplicação
por todo o mundo e na Europa em especial, os gover- da Opção gestionária para 2010 para mudança de posi-
nos, tenham como intérpretes partidos sociais-demo- ção remuneratória, afirmam que por falta de condições
cratas, "socialistas" ou conservadores, aplicam a cartilha económicas além do corte no trabalho extraordinário
neo-liberal, protegendo a banca e as grandes empresas pelos mesmos motivos, em nome da Reestruturação de
monopolistas, e desferindo um ataque brutal aos que serviços que a lei impõe para 2010, a CML prepara-se
menos têm: os que vivem do rendimento do trabalho, para entregar vários serviços que presta actualmente,
desempregados, aposentados e pensionistas. Através pondo em causa o serviço público de qualidade e des-
do desmantelamento dos Serviços Públicos, pondo em truindo um sem número de postos de trabalho.
causa o acesso de todos a bens e serviços essenciais
O STML tem conhecimento de estudos elaborados por
(saúde, educação, energia, trabalho, etc.), alterando as
alguns "sábios" denominados "unidade de missão", cujo
leis de trabalho, no sentido da redução de direitos dos
preço cobrado por estes estudos e suportados pela au-
trabalhadores, redução de salários, aumento do tempo
tarquia, teríamos todo o interesse em saber! Estes estu-
de trabalho, aumentando a idade para a aposentação,
dos apontam para a entrega dos serviços de sanea-
fazendo da precariedade a regra na contratação.
mento à EPAL; da iluminação pública à EDP; da limpeza
Em Portugal, o governo PS em cooperação com o
PSD, apesar da aparente divergência, têm objectivos urbana e oficinas de manutenção (DRMM) a uma em-
comuns, que são a privatização dos serviços públicos e presa inter-municipal (?), os museus que restam à EGE-
o ataque aos direitos dos trabalhadores em geral e dos AC ou outra empresa municipal (?) além da entrega de
Funcionários Públicos em particular. outros serviços às juntas de freguesia.
Os trabalhadores da Administração Pública (Central, É uma situação que o STML e os trabalhadores envol-
Regional e Local) foram alvo, nos últimos 4 anos, duma vidos não podem tolerar.
campanha infame e sem precedentes contra os seus di- São motivos mais que suficientes para manifestarmos
reitos, a transformação do vínculo definitivo em Contrato a nossa indignação e dizermos não a estas políticas que
de Trabalho em Funções Públicas por tempo indetermi- levam à miséria e ao desemprego centenas de milhares
nado; a destruição das Carreiras; a introdução do siste- de portugueses.
ma de avaliação – SIADAP – por quotas, que permite Só com a união e a luta dos trabalhadores, estas polí-
que o funcionário fique 10 anos na mesma posição re- ticas serão derrotadas.
muneratória, podendo subir 4 posições numa carreira de Dia 29 de Maio saímos à rua com um único propósito:
40 anos, o agravamento e aumento da idade nas condi- Defender os nossos direitos, os nossos salários e o nos-
ções para a aposentação, a possibilidade da criação de so posto de trabalho. Unidos somos mais fortes! ■

DOR DA CML 9
Aprofundamento das políticas de direita
O PEC 3?
ano de 2010 tem sido si-

O nónimo das mais graves


ofen sivas aos direitos e
salários dos trabalhadores da ad-
ministração pública desde o 25 de
Abril de 1974.
No início do ano teve a aprova-
ção da Lei do Orçamento de Es-
tado 2010, que congelou salários
e agravou as medidas de aposen-
tação dos trabalhadores do Esta-
do. PS, PSD e CDS, uniram es-
forços e decidiram penalizar, uma
vez mais (como habitualmente fa-
zem, há já 34 anos!), os trabalha-
dores da administração pública.
Poucos meses depois, é apresentado o PEC 1, o pri- gualdades sociais e económicas do nosso Portugal.
meiro plano de austeridade de combate à crise, da auto- Um novo plano de austeridade, uma espécie de PEC 3,
ria do PS e que contou com a complacência do PSD e não está excluído até porque por diversas vezes, tem sur-
CDS. Importa relembrar algumas das medidas mais gra- gido na comunicação social, declarações de altos res-
vosas defendidas por estes autênticos representantes ponsáveis políticos, quer do PS, PSD ou até da Comissão
dos grandes grupos económico-financeiros, nomeada- Europeia, de que estas medidas são insuficientes, é ne-
mente: cessário portanto, apresentar e implementar novas a mais
1. Congelamento dos salários e pensões dos trabalha- opressivas medidas.
dores da administração pública até 2013; A crise de que tanto falam para justificar estas medidas
2. Redução do número de trabalhadores do sector pú- ou o défice excessivo, o tal criado pela injecção de mi-
blico, através da medida de: pela saída (aposentação) de lhões de euros no sector financeiro como os 4 mil milhões
três trabalhadores, entra apenas 1; de euros no BPN, não é suportada por todos e de forma
3. Congelamento das prestações sociais, como o sub- igual.
sídio de desemprego, o abono de família; subsídio de PS, PSD e CDS não apresentam uma medida prática
doença, etc.; que vise o sector financeiro, que continua a pagar 12% de
4. Redução das verbas destinadas ao Sistema Nacio- IRC, quando tem lucros diários na ordem dos 6 milhões
nal de Saúde e à área da educação. de euros! Continuam a não definir políticas consequentes
Como se estas medidas e referimos apenas algumas, de combate à fraude e evasão fiscal. Continuam a não
não bastassem, PS mais uma vez com o PSD, apresen- actuar nos paraísos fiscais e na economia clandestina.
tam o PEC 2, ou seja, um segundo plano de austeridade Mentem-nos descarada e hipocritamente, com falácias,
que aprofunda o ataque desenfreado à esma gadora com números, com estimativas, que servem um único
maioria dos portugueses, onde sobressaem as seguinte propósito, fazer-nos aceitar estas medidas como algo ine-
medidas: vitável, imprescindível e, simultaneamente, desmobilizar
1. Aumento do IRS e do IVA, nas suas várias taxas, in- toda e qualquer acção de luta resultante do crescente
cluindo a taxa mínima que diz respeito aos bens de pri- descontentamento que se faz sentir de norte a sul do país.
meira necessidade (taxa de 5% para 6%), como os bens Este descontentamento teve o seu ponto alto na gran-
alimentares, os medicamentos, os combustíveis e impli- diosa e histórica manifestação da CGTP-IN do dia 29 de
citamente o preço dos transportes públicos. Maio, com mais de 300 mil pessoas nas ruas de Lisboa.
2. Redução da despesa pública envolvendo o corte A necessidade de aumentar o tom do nosso protesto,
drástico de verbas destinadas a inúmeros serviços públi- de combater a passividade e o amorfismo, que só be-
cos que, sem as mesmas, dificilmente poderão continuar neficia quem nos quer roubar os direitos e salários, terá
a funcionar. forçosamente que crescer e neste sentido, o apelo à jor-
3. Alteração das regras de acesso aos subsídios soci- nada de luta nacional convocada para o dia 29 de Se-
ais como o subsídio de desemprego ou o subsidio social tembro pela CGTP-IN, de que o nosso sindicato faz par-
de desemprego, criando objectivamente entraves aos ho- te, é um passo fundamental para demonstrar ao governo
mens e mulheres que, descontando anos a fio para a se- e aos seus apoiantes, nomeadamente, o PSD, da neces-
gurança social, agora na situação de despedidos / de- sidade imperiosa de mudarem de rumo e começar a im-
sempregados, têm que reunir um conjunto de requisitos plementar políticas que efectivamente defendam os inte-
que violam descaradamente a sua dignidade pessoal e resses e as pretensões dos trabalhadores, dos reforma-
profissional, a sua privacidade e os condena de forma dos e aposentados, dos jovens e desempregados.
abrupta a uma situação de pobreza e miséria. Essa alteração de rumo só acontecerá se nos unirmos,
PS e PSD, com ou sem CDS, têm articulado esforços crescermos e em uníssono afirmarmos bem alto:
num único sentido, a saber, o aprofundamento das desi- BASTA! ■
10 O TRABALHADOR DA CML
Formação Jovens:
profissional uma
2010/2011
"geração perdida"?
fim de dar resposta aos
A anseios dos trabalhado-
res nesta importante vertente
que é a formação profissional
e, uma vez que a que é pro-
porcionada pela Divisão de
Formação da CML é mani-
festamente insuficiente, o
STML candidatou-se ao Pro-
grama 9.3.4. — Quali-
ficação dos Profissionais
da Administração Pública
Local, para os anos 2010/
2011, do Programa Opera-
cio nal Potencial Humano
(POPH), tendo visto agora
aprovada a sua candidatura,
mais uma vez em parceria
com a empresa Competir.
Assim, os trabalhadores
interessados em frequentar
as acções de formação de-
vem inscrever-se até 30 de
Setembro de 2010. Podem um relatório recente (Tendências Os jovens, hoje mais do que ontem,
fazê-lo através da página
electrónica do STML ou
através de fichas em papel,
N Mundiais do Emprego Jovem
2010) a OIT (Organização Inter-
nacional do Trabalho) lança o alarme
devem fazer ouvir as suas reivindica-
ções e lutar por um futuro digno e es-
tável, onde a possibilidade de constituir
que já começaram a ser dis- sobre a situação desfavorável dos jo- família, adquirir habitação, construir
tribuídas pelos vários locais vens na sociedade e no trabalho e re- uma vida, seja uma realidade e não
de trabalho, as quais podem vela que a crise económica teve um algo praticamente impos sível como
ser solicitadas aos delega- maior impacto sobre os jovens. Neste defendem aqueles que nos tem (des)-
contexto usa mesmo a expressão de governado nos últimos 34 anos, fala-
dos sindicais ou directamen-
"geração perdida". mos claro está, dos sucessivos gover-
te ao sindicato. Em Portugal a taxa de desemprego nos do PS, PSD, com ou sem o CDS.
O STML conta com a coo- jovem (21,6% no 1.º semestre de 2010) No dia 29 de Setembro, temos que
peração do Município no de- é o dobro da taxa global. Há mais de sair à rua!
senvolvimento de todo o pro- 550 mil jovens com vínculo precário, Combater a inevitabilidade, subja-
cesso de dispensa dos traba- correspondendo a 38% dos assalaria- cente às ideias impostas pelo governo
lhadores pelos diferentes dos até aos 35 anos. Um em cada dois
do PS (D). Afirmam todos os dias nos
serviços, através de proto- jovens com menos de 25 anos está
vários órgãos de comunicação social
colo existente. nessa situação, sendo as jovens mu-
lheres as mais penalizadas. Entre os 25 que o desemprego, a precariedade ou o
Os trabalhadores têm di- e os 34 anos essa proporção é de um aumento do custo de visa são conse-
reito à auto-formação, con- em cada três. quências irreversíveis e necessárias
forme está previsto nos De- Continuamos também a assistir à im- para o desenvolvimento do nosso país
cretos-Lei 50/98 e 174/2001. plementação de medidas que agra - e do nosso futuro. Como é possível
A carreira Técnica Superior varão esta situação como por exemplo acreditar nestas mentiras?
tem um crédito de 100 horas a facilitação do processo de contra- Organizar o nosso protesto é uma
e as restantes carreiras 70 tação a termo certo na função publica e questão imprescindível, neste sentido,
horas. a recente abertura de estágios a jovens unir-nos em torno do nosso sindicato, o
licenciados, sem qualquer possibilidade STML, torna-se vital para dar força às
A valorização pessoal e
de integração no serviço em que o rea- nossas aspirações, aos nossos interes-
profissional dos trabalhado-
lizem e sendo também um recurso a ses e, simultaneamente, defender os
res da Câmara Municipal de
mão-de-obra qualificada apostando na nossos direitos.
Lisboa constitui um dos gran- Unidos e organizados temos mais
redução de custos pelos baixos salários
des objectivos do STML. ■ praticados. força! ■
O TRABALHADOR DA CML 11
Bombeiros Sapadores
Quadro de pessoal atinge
mínimo histórico
Regimento de Sapadores

O Bom beiros é responsável


pela segurança de pessoas
e bens na Cidade de Lisboa. Por
esse motivo, a dotação do quadro
de pessoal foi ao longo dos anos
uma prioridade.
No exterior, o número de efectivos
sempre foi suficiente para assegurar
nas acções de socorro uma célere e
eficaz intervenção das companhias
operacionais, incluindo o destaca-
mento do aeroporto de Lisboa. Já no
plano interno, o quadro de pessoal
sempre assegurou um bom funcio-
namento dos serviços, nomeada -
mente as oficinas, as diversas sec-
ções, a central, o quadro monitor da
escola, a banda de música, o museu
e mais recentemente o NISAC.
O último ingresso data de 12 de
Setembro de 2005, já lá vão cinco
destino que nada acontecesse. em que uma viatura ligeira protege a
anos, a dotação real em 2007 era de
Nestes últimos meses assistimos a totalidade da Cidade (serviço exces-
916, em 2008 de 887, em 2009 de
viaturas de base ao combate a in- sivo para um só carro) enquanto em
859 e em 2010 já baixou a fasquia
cêndios urbanos, guarnecidas com 4 tempos transactos se contava habi-
dos 800 efectivos. Até ao final do
profissionais sen do a guarnição tualmente com 10 viaturas! Esta si-
ano calcula-se que se aposentem
mínima de 6 bombeiros, implicando tuação conduz por diversas vezes ao
pelo menos mais vinte elementos.
riscos acrescidos na intervenção e facto do munícipe ter períodos de es-
Entretanto, criaram-se alguns servi-
diminuição na sua capacidade de pera superiores a 2 horas e 30 minu-
ços novos e os 160 elementos sele-
resposta. Também condenamos o tos. Para quando, esta câmara pre-
ccionados para ingresso que aguar-
atraso no pequeno socorro (abertu- tende dar aos seus munícipes o ser-
dam ser chamados, já não vêm resol-
ras de porta, fechos de águas, etc.), viço de socorro a que tem direito? ■
ver o problema do quadro de pessoal.
Com uma formação que demora do-
ze meses, era preciso que em simul- VAMOS LUTAR PELOS NOSSOS DIREITOS
tâneo já estivesse a decorrer o está-
gio e a preparação de um novo in- Os Bombeiros Sapadores sabem que esta política é uma mentira. As suas
gresso. expectativas estão claramente defraudadas. As alterações das regras do
Nada disto acontece. Mesmo as- jogo fizeram ruir a estabilidade profissional, pessoal e mesmo familiar destes
sim, o Executivo da CML e o Coman- elementos.
do do RSB não parecem preocupa- Uma coisa é verdade, se não fosse a intervenção do STML, a Autarquia/
dos. Exemplo do que afirmamos é o Comando já tinham destruído a nossa carreira profissional. Se querem pou-
recente envio de equipas para parti- par dinheiro, não o façam à custa de quem trabalha, procedam a uma reor-
cipar no GRIF – Grupo de Reforço a ganização interna e vão verificar que há muito onde cortar antes de chegar
Incêndios Florestais. Reforçámos a a quem trabalha.
zona de Viana do Castelo (foto), e, Lutar em três frentes, nomeadamente, junto do Governo, para exigir a re-
embora tenhamos orgulho nos bons visão da Carreira (situação que já devia ter acontecido à dois anos) de forma
serviços que estes profissionais de- transparente e negociada; junto da CML, para exigir a reposição dos direitos
sempenharam, não nos podemos es- com dezenas de anos e que nos foram sonegados; e, por último, junto do
quecer do implícito desguarnecer da Comando do RSB, para exigir que este diálogue, publique o regulamento
Cidade de Lisboa. Como será que os interno e se coloque ao lado dos Bombeiros Sapadores.
habitantes de Lisboa reagiriam se E porque com estas políticas é preciso ter determinação, terminamos com
fossem confrontados com os núme- uma frase: "Geração que não luta, não vive, sobrevive". Dia 29 de Setembro
ros desta dura realidade? Para bem às 15h00 no Marquês de Pombal, estaremos na rua exigindo o respeito pe-
da Câmara e do Comando, quis o los nossos direitos e, principalmente, a resolução dos nossos problemas. ■
12 O TRABALHADOR DA CML
Representatividade da Autarquia
nos Conselhos Gerais das Escolas
colocada em causa por António Costa
novo modelo de gestão das Escolas Públicas Câmara Municipal de Lisboa e das Juntas Freguesia,

O levou a autarquia da cidade de Lisboa a estar re-


presentada em todos os Conselhos Gerais dos 50
agrupamentos e escolas não agrupadas existentes na
também as Associações de Estudantes, Associações de
Pais, Pessoal Auxiliar e entidades releantes, inseridas no
meio onde a escola se situa, fazem parte deste órgão.
área do Município. Na transição do modelo de gestão das O Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa,
escolas, a Câmara Municipal de Lisboa esteve repre- foi informado por vários Técnicos que representam a au-
sentada nos Conselhos Gerais Transitórios por cerca de tarquia nestes órgãos, que a Câmara Municipal de Lis-
30 Técnicos do Departamento de Educação e Juventude. boa, desde o princípio desta nova frente de trabalho, não
Os Conselhos Gerais são o órgão de direcção estratégica cumpriu os seus deveres em relação aos trabalhadores
responsável pela definição de rumo de actividades das nomeados pelo presidente António Costa.
escolas, assegurando a representação e a participação Desde logo, verificaram-se nomeações de Técnicos
das comunidades educativas. que revelaram constrangimentos de ordem pessoal para
Uma vez ultrapassado o período transitório do modelo representarem a edilidade em tais órgãos, sem que estes
de gestão das escolas, onde entre outros trabalhos, foi tivessem sido consultados previamente.
eleito o Director de cada um dos agrupamentos, o presi- Também o transporte dos Técnicos para estas reuniões
dente António Costa publicou despachos em Diário Mu- possui contornos rocambolescos. O DRMM está desfal-
nicipal indicando nominalmente os seus representantes cado de viaturas. Quando estas existem, não há motoris-
nestes importantes órgãos de gestão das escolas secun- tas ou, se há, estes estão impedidos de receber horas ex-
dárias e agrupamentos de escola da cidade de Lisboa. traordinárias. Este facto tem motivado diversas denúncias
Considerando a regularidade de reuniões destes Con- ao STML, sobre estas mesmas situações.
selhos Gerais, estão agora 33 Assistentes Técnicos e Tendo em conta que a participação dos Técnicos do
Técnicos Superiores do Departamento de Educação e DEJ nas reuniões dos Conselhos Gerais têm muitas ve-
Juventude (nos quais se incluem dois Chefes de Divisão), zes lugar em horário pós laboral, este trabalho deve ser
a assegurar a representação da Câmara Municipal de considerado "trabalho extraordinário" efectivo e enqua-
Lisboa nas reuniões dos CG que geralmente ocorrem fora drado no n.º 1 do art. 160.º da Lei 59/2008, de 11 de Se-
do horário laboral (n.º 2 do art. 17 do Decreto Lei n.º tembro. No entanto, o despacho n.º 177/P/2010 exarado
75/2008), uma vez que, para além dos Professores, da pelo presidente António Costa, exclui estes trabalhadores
que efectuam representação institucional
como "Conselheiros" da possibilidade de
receberem "horas extraordinárias" nas
reuniões para as quais estão nomeados
pelo presidente da CML.
Ora, o STML defende que o Trabalho
Extraordinário tem que ser pago como tal
e nas situações similares (não só para os
motoristas, conforme o despacho 177/P/
2010), não devem ser constituídos limites
para a realização deste tipo de represen-
tação do presidente e da Câmara Muni-
cipal de Lisboa. Mais defendemos que os
trabalhadores têm direito a condições pa-
ra a realização de trabalho extraordinário
fora do seu local de trabalho. Sabemos
que muitas escolas estão sediadas em
zonas da cidade onde a segurança é es-
cas sa, daí exigirmos que o transporte
destes Técnicos para estas reuniões seja
totalmente fornecido ou suportado pela
Câmara Municipal de Lisboa.
Com o intuito de esclarecermos as ano-
malias que os Trabalhadores do DEJ têm
apresentado ao STML, solicitámos ao
presidente António Costa esclarecimen-
tos sobre esta situação que pode assom-
brar politicamente o início do ano lectivo
2010/2011 na Cidade de Lisboa. ■
O TRABALHADOR DA CML 13
Web stress
na Câmara Municipal
de Lisboa
ão são raras as vezes em

N que nos deparamos com a


lentidão dos meios informá-
ticos que são colocados ao dispor
dos trabalhadores da Câmara Mu-
nicipal de Lisboa.
Também não são raras as vezes
em que, o primeiro contacto que
fazemos pela manhã, é o número do
helpdesk da CML. Aí, são outros
colegas que ouvem os lamentos de
quem quer e sabe trabalhar e vê
ampulheta no cursor e a indicação
"aguarde, por favor". Obviamente, a
culpa não pertence a esses colegas
dos serviços informáticos (DMAGI).
O facto de o parque informático da
autarquia, bem como, dos servi -
dores de internet, serem obsoletos
não é um predicado que pertence
aos colegas informáticos, mas sim,
da gestão da Câmara Municipal de
Lisboa que tem priorizado outros
aspectos que menos importância
possuem na vida de quem trabalha
na Câmara Municipal de Lisboa.
Se considerarmos que a espera
pela página que nunca mais carrega
(ex. GESCOR V3) gera um pico de net que não abre à primeira tenta- periência exige 50% mais de con-
stress, isso é, o que alguns cientis- tiva, o utilizador voltava atrás de centração e que as ondas cerebrais
tas baptizaram como Web stress, imediato e ia clicar num site da con- só voltam ao normal um minuto de-
uma vez que, para carregar esta fer- corrência. No caso da Câmara Mu- pois de sair do site. Parece pouco,
ramenta, o utilizador necessita de nicipal de Lisboa, liga-se para o hel- mas não é!
internet. É disto que os colegas so- pdesk para explicar aos colegas que Em "ci ber tempo", um minuto é
frem quando agitam o rato para ver estão do outro lado da linha, o pro- muito longo: a expectativa de carre-
se alguma coisa acontece. blema que já é sobejamente conhe- gamento de uma página é de 0,8 se-
"É frustrante", pensamos, depois cido, ou seja, o computador já não gundos para a geração Y (adoles-
de ver que, após diversas tentativas, tem memória e o servidor já não tem centes até doze anos) e de 8 se -
a página carregou e que o número capacidade de resposta para o que gundos para maiores de 50 anos.
de processos, informações ou ofí- actualmente lhe é solicitado. Más experiências na net são tão
cios que estavam perspectivados Se o Web stress é mau para as irritantes que provocam alterações
para uma manhã de trabalho, se re- empresas com negócios online, o do humor e das ondas cerebrais. Se
sumiram a pouco, porque, máquinas que se passa ao nível de uma au- a isto somarmos a impossibilidade
e meios disponibilizados pelo em- tarquia como a de Lisboa, em que de parte considerável dos funcio -
pregador, são insuficientes. os trabalhadores têm hoje fer ra - nários da autarquia de Lisboa es-
Se ao nível das empresas priva- mentas impostas superiormente (e tarem inibidos de efectuarem tele-
das, este tipo de problemas pode mal) que os avaliam ao nível da fonemas para telemóveis, podemos
acarretar minimização de ganhos, quantidade de processos que efec- afirmar que a actual gestão da Câ-
ao nível da autarquia capital, repre- tuam, podemos considerar que exis- mara Municipal de Lisboa está a
senta morosidade de processos e te um favorecimento material para a contribuir fortemente para a infoex-
stress para quem quer trabalhar. baixa notação atribuída a quem tem clusão dos seus funcionários e para
Um estudo sobre Web stress, con- de utilizar ferramentas fornecidas que estes inventem soluções mila-
duzido pela consultora britânica pela entidade patronal. grosas (qual canivete suíço?) para
Foviance, evidencia que, numa bus- Se considerarmos que, um estudo poderem desempenhar o seu traba-
ca privada de uma página de inter- recente mostra-nos que uma má ex- lho sem meios. ■
14 O TRABALHADOR DA CML
Espaço dos Aposentados

Não pactuemos!
omo já vem sendo hábito, as do despedimento e ao fim da gra-

C actividades da Comissão de
Aposentados do STML inter-
rom pem-se durante os meses de
tuitidade (tendencial) do ensino e da
saúde. Relembremos o que diz a
nossa Constituição sobre o idoso:
Julho e Agosto. Assim, como "des- As pessoas idosas têm direito à se-
pedida", no dia 23 de Junho, visitá- gurança económica e a condições
mos o Museu dos Coches no espa- de habitação e convívio familiar e
ço inaugurado há precisamente 105 comunitário que respeitem a sua au-
anos e um mês e onde se irá manter tonomia pessoal e evitem e supe-
até finais de 2011 - o antigo Pica- rem o isolamento ou a marginaliza-
deiro Real de Belém. ção social. A política de terceira
A maioria dos nossos aposenta- idade engloba medidas de carácter
dos já visitara aquela que é consi- económico, social e cultural tenden-
derada a mais importante e valiosa te a proporcionar às pessoas idosas
colecção de todo o mundo, alguns as oportunidades de realização pes-
há mais de duas décadas, e uma soal, através de uma participação
visita guiada é sempre uma mais- activa na vida da comunidade (Art.º
valia. Aprendemos a diferença entre 72.º n.ºs 1 e 2).
coche e berlinda, o que é uma sege
e uma liteira e foi certamente pela O AGRAVAMENTO CELEBRAR A REPÚBLICA É
primeira vez que muitos ouviram fa-
lar do sota, do tronqueiro e do bole-
DA SITUAÇÃO ECONÓMICO- RELEMBRAR OS SEUS IDEAIS
eiro. Muitos dos pormenores das SOCIAL CONTINUA – LIBERDADE, IGUALDADE,
viaturas e adereços, bem como do
edifício, situando-nos na época da Neste interregno não foram infe-
SOLIDARIEDADE
sua construção, utilização e impor- lizmente suspensas as injustiças
tância foram-nos amável e sabia- sociais que se vêm abatendo sobre Este ano são muitos os eventos
mente explicados. os mais desfavorecidos, reformados co memorativos do Centenário da
Pela nossa guia foi-nos ainda cha- incluídos. Foi durante as "férias" que Re pública Portuguesa. Comemo -
mada a atenção particularmente congelaram os apoios sociais, bai- remos também, dando actualidade a
para o imponente conjunto dos três xaram os ordenados e as pensões uma ética republicana, na defesa do
coches da Embaixada ao Papa Cle- (mercê do aumento do IRS) e au- bem comum.
mente XI - o dos Oceanos (oferecido mentaram os transportes, bem co- No dia de 29 Setembro os aposen-
por este Papa ao Rei D. João V), o mo todos os bens de primeira ne- tados do STML não faltarão à Jorna-
de D. Maria Ana de Áustria e o da cessidade (devido ao aumento do da Nacional de Luta convocada pelo
Coroa - peças magníficas, infeliz- IVA). nosso sindicato enquanto estrutura
mente ainda não totalmente restau- Foi também durante as férias que activa da grande central sindical que
radas, estabelecendo a ligação en- vieram a lume as propostas de alte- é a CGTP-IN.
tre elas e o livro Memorial do Con- ra ção da Constituição, nomeada - Não pactuemos com desvios a
vento, de José Saramago. mente no que concerne à facilitação um serviço público responsável ■

O TRABALHADOR DA CML 15
XIX Encontro de Cicloturismo da USL
A União de Sindicatos de Lisboa (USL) vai organizar o
seu XIX Encontro de Cicloturismo, que se realiza no
dia 5 de Outubro, e que terá a sua concentração às
08.00 horas na Alameda da Cidade Universitária, em
frente à reitoria.
Terá como alguns pontos de percurso, Loures,
Bucelas, Alverca, Sacavém e chegada ao mesmo local
da partida.
O STML irá participar nesta iniciativa com uma equipa
de associados, e, neste sentido, estamos a receber
inscrições até ao dia 30 de Setembro na nossa sede
ou através de telefone.
A inscrição é gratuita e haverá lembranças para todos.
Para mais esclarecimentos contactar o STML. ■

Recolhas de Sangue
O Núcleo de Dadores de Sangue do STML, em parceria
com o Instituto Português de Sangue, dando continuidade
ao trabalho realizado pela Direcção, vai novamente realizar
uma recolha de sangue, na sua sede, no dia 8 de Outubro
de 2010 - das 09H30 às 12H30.

Nunca é de mais relembrar que o sangue escasseia cada


vez mais nos nossos hospitais, sendo a dádiva uma forma
de contribuir para o bem-estar de todos, por esta razão
devemos todos contribuir.

Uma vez mais apelamos a todos os sócios para que, de


forma voluntária e benevolente, efectuem a sua dádiva.

DAR SANGUE É DAR VIDA! ■

Novo Protocolo do STML


O STML celebrou um novo protocolo, agora com o - Instituto Superior de Humanidade e Tecnologias de
Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC) e do Lisboa
qual destacamos as seguintes vantagens para os - Instituto Superior Politécnico do Oeste
nossos associados, cônjuges e - Instituto Superior D. Dinis
descendentes em 1.º grau: - Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes
● 10% de desconto nas propinas. - Escola Superior de Educação Almeida Garrett
● 12% de desconto na propina da ● Lancaster College
licenciatura em Gestão autárquica. ● Universidade Lusíada
● Universidade Autónoma
Outros protocolos: ● Mundial Travel
● Teatro da Cornucópia
● ISLA – Instituto Superior de Línguas e Administração
● ISG – Instituto Superior de Gestão ● Viaggiatore – Companhia de Lazer e Turismo
● IPES – Instituto Português de Estudos Superiores ● Campiférias – Centro de Férias e Turismo
● IESC – Instituto de Estudos Superiores de ● Millenium BCP
Contabilidade ● ENAL – Escola Nacional de Automobilismo
● Escola Superior de Educação João de Deus ● Mind – Project – Psicologia, Psicoterapia e Medicina
● ISTEC – Instituto Superior de Tecnologias Avançadas ● Sagres – Companhia de Seguros
● COFAC – Universidade Lusófona Lisboa/Porto ● Aldeamento Turístico de Palmela ■

16 ■ O TRABALHADOR DA CML

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