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(Semana 1)
Motivação
Beth vinha sempre com seu pai ao NCE durante esta atividade, e este
senhor, muito simpático e que trazia balinhas de café para as pessoas
da sala, ficava sempre sentado do lado do computador dela, falando o
tempo todo, dizendo o que a filha tinha que fazer. Todos os passos da
Beth, desde a chegada até as idas ao banheiro, eram acompanhados
pelo Sr. Canejo, um senhor aposentado, que não arredava pé um
minuto sequer de perto dela.
Ele não gostou nada disso, pois afinal ele só queria ajudar a filha, e
não era justo que fosse dispensado desta tarefa. Após alguma
argumentação, entretanto, ele finalmente concordou, e passou a trazer
e deixar a Beth sozinha na minha sala, usando o computador, com a
minha supervisão.
Mas a coisa não era tão simples. Beth também estava viciada na
ajuda, especialmente quando se tratava de mover-se fisicamente. Em
particular, ela ficava se segurando para não ter que me pedir para levá-
la ao banheiro. Mas com 3 horas de trabalho, a probabilidade de que
algum dia ela realmente não aguentasse, era grande.
Assim, um dia, ela teve que me pedir para levá-la ao banheiro. Não
havia nenhuma mulher na minha sala, então tinha que ser eu
mesmo. O banheiro era muito próximo, ao fim de um pequeno
corredor. Eu a conduzi pelo braço, mas não entrei com ela no
banheiro, apenas descrevi onde ficava o cubículo conveniente, que ela
conseguiu localizar. Fiquei esperando, e quando saiu, mostrei onde
ficava a pia e a toalha para fazer sua higiene. Até aí, nada de mais.
Porém, o dia estava frio, e uma hora depois ela me pediu para ir de
novo. Eu a levei, mas no trajeto fui mostrando alguns pontos de
referência no corredor: as características da minha porta, um extintor
de incêndio, um sofá, uma planta, as características da porta do
banheiro. Deixei-a no banheiro, sem mais informações, e disse que
ficaria esperando por ela na sala. Ela, porém, disse que não saberia
voltar.
Eu disse apenas
O projeto foi crescendo, a tese dela caminhava bem, apesar das muitas
travadas que o Edivox dava, e que realmente a prejudicava. Mas ela
foi ficando segura no uso do computador, e em pouco tempo já sabia
digitar bem, evitando os erros do programa, e nos avisando do que
precisava ser ajustado. Sua velocidade de digitação aumentava a
olhos vistos, e o programa, monitorado por mim com ajuda da Beth,
em pouco tempo, atingia sua perfeição.
Um dia porém...
.....
.....
Bem, fiquei mais prudente e nunca mais aconteceu dela ficar perdida
no NCE. Ela aprendeu outros caminhos e fez algumas amizades, que
visitava de vez em quando. Mas uma coisa não mudou, na segunda
vez de qualquer trajeto ela sempre tinha que ir sozinha, essa era a
regra.
Não sei se isso moldou a Beth e sua atitude na vida diária. Mas sei que
ela fez um curso extenso deOrientação e Mobilidade e isso melhorou
muito a relação dela com o mundo, ampliou bastante a sua
independência.
Bom estudo!
O Homem nasceu para ser livre, tanto em corpo quanto espírito. Uns
mais, outros menos, todos nós precisamos e ansiamos por nos mover,
para ir a outros lugares, perto ou longe, conhecidos ou desconhecidos.
Em geral, nós também ansiamos por voltar em segurança ao lugar de
partida.
Claro que sim. Mas isso é pouca coisa... Estas dificuldades ficam
MUITO mais complicadas e MAIS FREQUENTES se você tiver uma
deficiência visual.
Infelizmente, não são todas as pessoas que estão prontas para serem
treinadas nas técnicas de Orientação e Mobilidade. Os pré-requisitos
para o processo de Orientação e Mobilidade se referem ao
desenvolvimento prévio das áreas cognitiva, psicomotora e afetiva. É
importante também fazer uma avaliação que indique que a pessoa irá
conseguir atingir certas condições após seu treinamento em O&M.
a) Área Cognitiva
b) Área Psicomotora
c) Área Afetiva
a) Área Cognitiva
c) Área Afetiva
Desenvolvimento da Orientação
Sabe-se também que existe uma percepção não muito bem entendida
que poderíamos chamar de “sexto sentido”, onde muitas pessoas, sem
utilizar os sentidos tradicionais, “tem uma nítida sensação” de que está
próxima a uma parede ou que alguém se aproxima. Não é nada
esotérico... é algo que se sabe que existe e que não tem uma
explicação clara, mas que tem enorme valor na orientação.
Poucas pessoas, entretanto, são treinadas para usar o olfato, a não ser
para induzir alguma precaução, alertando de situações de risco (por
exemplo, o cheiro de gás, gasolina, fumaça, queimado).