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Diagnóstico laboratorial das

meningites bacterianas
Prof. Vívian Nicolau Gonçalves
Meningites
• Processo inflamatório das meninges, membranas que
envolvem o encéfalo e a medula espinhal.

• Pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como


bactérias, vírus, fungos e outros parasitas, ou também por
processos não infecciosos.

• As meningites bacterianas e virais são as mais importantes


do ponto de vista da saúde pública.

• No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica.


Meningites

• SURTO: Ocorrência de 3 ou mais casos primários, do mesmo


sorogrupo, confirmados por critério laboratorial específico
(cultura e/ou PCR) em período inferior ou igual a 3 meses, em
residentes da mesma área geográfica, que não sejam
comunicantes entre si, resultando em uma taxa de ataque
primária ≥ 10 casos/100.000 habitantes.
Meninges
Bactérias Vírus Outros
Neisseria meningitidis RNA Vírus Fungos
Haemophilus influenzae • Enterovírus • Cryptococcus neoformnans

• Arbovírus (dengue, Zika, febre


Streptococcus pneumoniae • Candida albicans e C. tropicalis
amarela

Mycobacterium tuberculosis • Vírus do sarampo Protozoários

Staphylococcus spp. • Vírus da caxumba • Toxoplasma gondii

• Arenavírus: coriomeningite
Pseudomona aeruginosa • Trypanosoma cruzi
linfocitária

Escherichia coli • HIV 1 • Plasmodium spp


Klebsiella spp. DNA vírus Helmintos

• Adenovírus (conjuntivite,
Enterobacter spp. • Infecção larvária da Taenia solium
gastroenterite, etc)

Salmonella spp. • Vírus do grupo Herpes • Cysticercus cellulosae (cisticercose)

Proteus spp. • Varicella zoster


Listeria monocytogenes • Epstein Barr - mononucleose
Leptospira spp. • Citomegalovírus

Guia de Vigilância Epidemiológica – 6ª edição (2005) – 2ª reimpressão


(2007)
Bactérias que mais comumente causam
meningite

Microrganismo Faixa etária


E. coli, S. agalactiae, Listeria monocytogenes Recém-nascido
S. agalactiae, Listeria monocytogenes, E. coli < 2 meses
Haemophilus influenzae, S. pneumoniae, Neisseiria < 10 anos
meningitidis
Neisseiria meningitidis Adulto jovem
S. pneumoniae, Neisseiria meningitidis Adulto
S. pneumoniae, bacilos Gram-negativos, Listeria Idoso
monocytogenes
Cryptococcus neoformans, Listeria monocytogenes, Paciente
imunodeprimido
Colonização e invasão sistêmica
• Colonização do epitélio da nasofaringe.
• Ligação a células não-ciliadas.
• Aderência: resistência ao fluxo do muco
• Multiplicação e formação de microcolônias na superfície epitelial
• Citotoxicidade: alterações nas junções entre as células.
• Invasão do epitélio
• Passagem do microrganismo para a submucosa
• Bacteremia: presença da bactéria na corrente sanguínea
• Invasão espaço subaracnóide: inflamação das meninges
Colonização da nasofaringe

Invasão local

Bacteremia

Aumento da Dano a células endoteliais


permeabilidade
da barreira Invasão das meninges
hematoencefálica
Inflamação do espaço subaracnóide

Edema cerebral
Quadro clínico sugestivos de meningite:

• Febre
• Cefaléia
• Vômitos
• Sinais de irritação meníngea
• Outros

• Aspecto: purulento • Aspecto: normal ou turvo • Aspecto: opalescente


• Citometria: ↑↑↑ • Citometria: ↑↑ • Citometria: ↑↑↑
• Citologia: PMN • Citologia: MN • Citologia: MN
• Glicorraquia: ↓ • Glicorraquia: normal • Glicorraquia: ↓
• Proteinorraquia: ↑↑↑ • Proteinorraquia: normal ou ↑ • Proteinorraquia: ↑↑↑

Meningite bacteriana Meningite não purulenta Meningite por


micobactérias ou
fungos
Síntese da análise laboratorial do Líquor

Características Normalidade
Cor Claro “como água de rocha”
Aspecto Límpido
Glicose 60 a 70 % da glicemia
Proteína 10 a 30 mg/dL
Leucócitos Menor que 6 leucócitos. No recém
nascido pode haver até 30 leucócitos.
Hemácias Ausentes. No recém nascido, pode
haver até 150 hemácias
Bacterioscopia pelo GRAM Ausência de microrganismos corados
pelo GRAM
Cultura Não há desenvolvimento de
microrganismos
Material Clínico – Como coletar
• COLETA - Tubo Estéril

• TRANSPORTE - Tempo máximo 1 hora à temp (20 a 25 °C)

• VOLUME MÍNIMO - 1 mL para bactérias, 2 mL para fungos e


micobactérias
Coleta de líquor
Coleta de amostra de líquido espinal: punção lombar, punção suboccipital, punção
ventricular e punção cervical lateral.
Coleta de líquor – Cuidados e Importância
Coleta de amostra de líquido espinal

• A pele é esterilizada e o local anestesiado entre a terceira e a


quarta vértebras lombares.

• Uma vez que a agulha esteja posicionada adequadamente no


espaço subaracnóideo, a pressão pode ser medida e o líquido
coletado para exame.

• Após a coleta da amostra, a agulha é removida, é feita uma limpeza


na área e um curativo é aplicado.

• Pede-se ao paciente que permaneça em posição horizontal (ou


quase horizontal) por de seis a oito horas após o exame
Coleta do LCR
• Identificação do microrganismo é essencial:
- administração de antibióticos
• O exame deve ser imediato.
• Processamento rápido:
- evitar decréscimo do número de neutrófilos
- bactérias são exigentes quanto às condições
• Manutenção a 35 °C
Rotina: Exame Físico do LCR

Análise
Rotina: Exame Físico do Macroscópica
LCR
- Cor
- Normal: Incolor
Análise Macroscópica
- Patológico:
Aspecto Normal: eritrocrômico – presença de sangue no LCR
xantocrômico – coloração amarelada do LCR, esbranquiçado ou
límpido e transparente
branco-amarelado – meningite purulenta
-esverdeado – meningite pneumocócica
Aspecto Patológico:
•Tubo 1:(<100
levemente opalescente LCR hemorrágico
cél/mm3), turvo (>400 cél/mm3), purulento e
hemorrágico •Tubo 2: LCR incolor
•Tubo 3: LCR Xantocrômico
turvação do LCR: pleocitose, proliferação de
bactérias e fungos
Parâmetros que auxiliam a interpretação
Diagnóstico Leucócitos/ Células Proteínas Glicose Lactato
Laboratorial mm3 predominantes

Normal 0-4 Nenhuma ou 15-40mg/dl 2/3 da glicemia Até 20mg/dl


linfomonocitária (adulto)
Até 120mg/dl
(recém-nascido)

Provável 0-500 Mononucleares(em 20% a 75% Normais ou um pouco


Etiologia dos casos, no início da infecção, aumentadas(50- Normal Normal
viral sobretudo em enterovírus, 100mg/dl)
podem predominar os
polimorfonucleares)

Provável >500 Polimorfonucleares >100mg/dl Diminuída Aumentado


Infecção
bacteriana

Provável tuberculose Até 500 Perfil misto >50mg/dl Normal ou Aumentado


ou infecção diminuída
fúngica
Diagnóstico microbiológico
• Técnicas diretas de coloração
• Técnicas diretas de fluorescência
• Culturas convencionais
• Culturas automatizadas
• Técnicas de detecção de antígenos
• Técnicas moleculares
Técnicas diretas

• Coloração de Gram
• Pesquisa de BAAR
• Pesquisa direta de fungos
• Pesquisa de fungos pela nigrosina
• Pesquisa de fungos pelo KOH
• Pesquisa de fungos pelo Lactofenol
• Coloração de Giemsa
Rotina: Microbiologia do LCR
Pesquisa Direta

Coloração de Ziehl- Coloração Tinta da


Diplococos Gram (+) Neelsen China

Streptococcus Bacilo-Álcool-Ácido- Cryptococcus spp


pneumoniae Resistente
Coloração de GRAM (BAAR)
Fluxograma para diagnóstico de infecção
bacteriana
Centrifugar a amostra
4.500-5.000 rpm/min

Gram do sedimento Semear AS,CHOC,THIO

Incubar a 35 ±1º C em estufa


com 5% de CO2 por 24H

Placas – Placas - Placas +


THIO - THIO + THIO +

Emitir resultado Emitir resultado


parcial negativo parcial
Incubar 24 horas
Identificação e teste de
avaliação da resistência
Placas – Placas – Placas +
THIO - THIO + THIO -
aos antimicrobianos

Incubar 24 horas Semear THI em AS e fazer Gram Liberação do


Reportar Laudo final
Resultado Incubar 24 horas todas
as placas e ler Gram
Meios mais utilizados na rotina do lab de
microbiologia
Haemophilus influenzae
Streptococcus Gram -
Neisseria meningitides

ACHO ASA MacConkey

Esfregaço elíptico

THIO
Como plaquear o material

Jarra de capnofilia
Diagnóstico Laboratorial Teste com suplementos X e V

Agar chocolate com ou sem Iso VitaleX


Ou Agar Levinthal – incubação em capnofilia

Satelitismo

Fator V é sensível ao calor


S. agalactiae - Grupo B

Colônias beta-hemolíticas

Aglutina com anti-soros B


http://www.microbelibrary.org/microbelibrary/files/ccImages

teste CAMP+
hidrólise do
(fator CAMP)
hipurato
Resultado do Gram do
Líquor

Presença de numerosos diplococos Gram positivos aos pares e pequenas cadeias.


Visualizados numerosos leucócitos polimorfonucleares.
S. pneumoniae
Crescimento de colônia com halo parcial de hemólise, cor
ligeiramente esverdeada centro umbilicado.

Ágar MacConkey não há crescimento


S. pneumoniae

Colônias alfa-hemolíticas

Sem aglutinação com antissoro específico

Sensíveis à optoquina (halo >15mm)

http://www.microbelibrary.org/microbelibrary/files/ccImages

sa(deoxicolato de sódio)
http://www.microbelibrary.org/microbelibrary/files/ccImages

Lise em presença dos sais biliares


(deoxilato de sódio)
http://www.microbelibrary.org/microbelibrary/files/ccImages
Neisseria meningitidis – aspectos clínicos

Sinal de Brudzinski
Sinal de Kernig

Levantamento
involuntário das pernas

Resistência e dor quando o


joelho é estendido com o quadril
totalmente flexionado

Opistótono acentuado
Neisseria meningitidis – aspectos clínicos
Manifestações cutâneas
Estágio inicial Estágio avançado

Petéquias
Neisseria meningitidis – diagnóstico
• Amostras esfregaço e cultura
Sangue: hemocultura
fluido cerebroespinhal : esfregaço, cultura e determinações químicas
Lesões na pele: esfregaço, cultura
Swab da nasofaringe: detecção de portadores
• Sorologia determinação de anticorpos contra polissacarídeos meningocócicos

Esfregaço- coloração de gram Cultura (exigentes no cultivo)

Cultura mistas:

Teste da oxidase
Fermentação dos
carboidratos
Detecção de antígenos bacterianos nos espécimes
clínicos
Teste de aglutinação pelo látex
“Kit” para a pesquisa de antígenos no líquor de:
• Neisseria meningitidis
• Streptococcus pneumoniae
• Haemophilus influenzae
• Streptococcus agalactiae
• Escherichia coli

Recomenda-se não utilizar


como método único de
diagnóstico, mas realizar
também Gram e Cultura (-) (+)
Situações para Extensão do Exame do LCR
Suspeita de meningite por microrganismos comuns
com exame direto do LCR negativo:

Látex para antígenos bacterianos:


- Neisseria meningitidis tipos A,B, C e Y/W 135;
- Haemophilus influenza tipo B;
- Streptococcus pneumoniae;
- Escherichia coli;
-Streptococcus grupo B.

Látex para antígenos fúngicos: C. neoformans

Método: Aglutinação
Notificação
Antibioticoterapia
Antibióticos que atravessem a barreira hematoencefálica

Escolha sem o conhecimento do agente


Antibioticoterapia
Recomendação segundo etiologia:
Vacinas
• N. meningitidis – quatro sorotipos A, C, Y e W135
3 e 5 mêses. Reforços: 12 meses e 9-14 anos

• S. pneumoniae - vacinas contra, 10, 13 ou 23 sorotipos


2, 4 meses. Reforço 12 meses.

• H. influenzae - pentavalente: DTP + (Hib) + Hepatite B


2, 4 e 6 meses e reforço 9-14 anos

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