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EM PROL DE UMA EDUCAÇÃO UNIVERSITÁRIA

MOÇÃO DE ESTRATÉGIA - 2007-2010


FACULDADE
DE
MEDICINA DENTÁRIA
UNIVERSIDADE DO PORTO

LISTA A
EM PROL DE UMA EDUCAÇÃO UNIVERSITÁRIA

Linhas de acção:

1- Valorizar o ambiente humano e o espaço físico


2- Defender uma educação universitária
3- Em busca da excelência com uma gestão moderna e eficaz
4- Afirmação institucional e individual

2007-2010
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Caros colegas, prezados Estudantes e estimados funcionários

Penso que todos estarão de acordo comigo que a novos tempos devem
corresponder novos desafios, e desde já vos quero dizer que, para mim e para todos
os que querem e desejam abraçar este novo projecto, o sinónimo de desafio é
estímulo.
Quero que saibam que aceito esta nova aposta porque estou convicto que a
Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP) pode melhorar
substancialmente quer o seu protagonismo académico quer o seu desempenho nos
serviços a prestar.
Na realidade, acredito que é possível ir em busca da excelência assumindo uma
nova postura universitária.
Uma postura que vá em defesa de uma educação verdadeiramente universitária
que autorize um desenvolvimento sistemático de competências pedagógicas com a
criação paralela de novas formas de promoção da investigação. Tudo sem perder de
vista a necessária afirmação institucional e individual através do progresso curricular e
de uma efectiva interacção com a sociedade.
Vivemos hoje momentos de inovação no quotidiano universitário, os quais se
devem à vontade multinacional de construir um espaço europeu competitivo no que se
relaciona com a criação de conhecimento e com a sua aplicação através do
desenvolvimento de competências específicas. Na realidade, a “Europa do
Conhecimento” reclama das unidades orgânicas que constituem a Universidade do
Porto (UP) e nas quais nos incluímos, um superior contributo nesse sentido. Há, por
isso, uma necessidade urgente de reformas estruturais quer no sistema educativo quer
na investigação universitária às quais não podemos ser indiferentes.

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Nessa conformidade, é vital reconhecer que a mudança deverá ser fruto de uma
acção colectiva consciente, em que será fundamental ter uma mente aberta e ter
também uma certa vontade de correr riscos.
Após uma reflexão considerável, posso dizer-vos que acredito que essa
qualificação da nossa Faculdade implica o respeito por quatro linhas programáticas
fundamentais que faço questão de apresentar com a prioridade que destaco:

1- valorização do ambiente humano e do espaço físico;


2- defesa de uma educação universitária;
3- gestão moderna e eficaz;
4- afirmação institucional e individual.

Reconheço que seria de facto mais confortável não me candidatar, mas admito
que foi mais forte o espírito de missão e o sentido da responsabilidade.
Na verdade, faço questão de vos dizer que a minha formação não me permite viver
sem uma sistemática definição de propósitos e que o próximo objectivo passa pela
requalificação da FMDUP.
Sinto-me honrado com o grupo de prestígio que aceitou o meu convite para
integrar esta lista de intenções e tenho a certeza que se trata de um painel de luxo
para a liderança e gestão participativa da nossa Faculdade.
Pois bem, dentro de um ambiente saudável, queremos abrir janelas de
oportunidade para que surjam elites indutoras de uma educação mais atractiva e ainda
para que se promovam cenários onde a competitividade seja o fermento da inovação e
da criação de conhecimento.
Com base na nossa experiência e tendo em atenção múltiplas opiniões que fomos
colhendo na preparação da nossa candidatura, elaboramos um programa de intenções
que sintetiza as linhas orientadoras da nossa acção futura.
Fazemos questão que o seu voto seja fruto de uma decisão informada, e, como tal
consciente, primeiro passo para que possamos contar consigo num futuro muito
próximo.
Por tudo isto, queremos convidá-lo a participar na modernização da FMDUP,
transformando-a, em pouco tempo, num referencial de excelência na educação
universitária médico dentária.

Afonso Pinhão Ferreira

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PROGRAMA ELEITORAL

MOÇÃO DE ESTRATÉGIA

PARA O TRIÉNIO

2007-2010

(versão resumida)

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LISTA A
PROGRAMA ELEITORAL
E MOÇÃO DE ESTRATÉGIA PARA O TRIÉNIO 2007-2010

1- VAMOS VALORIZAR O AMBIENTE HUMANO E O ESPAÇO FÍSICO


VALORIZAR O AMBIENTE HUMANO

- promoção da vida associativa


- estimular uma convivência verdadeiramente humana
- alicerçar o respeito mútuo
- criar uma identidade institucional
- desenvolver um espírito escolar
- organização de um Fórum de Discussão e de Apresentação da FMDUP
- provocar um debate interno
- fomentar a competitividade
- organizar o Dia da Faculdade
- apresentar anualmente a instituição e os seus objectivos
- instituição de um diálogo metódico e sistemático
- auscultar periodicamente o “sentimento” dos Docentes, dos discentes e dos
funcionários
- planificar reuniões periódicas
- criação de um espaço cultural e organização de actividades desportivas e
lúdicas
- promover práticas culturais, desportivas e lúdicas
- criar o Gabinete Cultural e Desportivo
- estímulo ao convívio
- restabelecer os jantares de confraternização académica
- premiar social e institucionalmente quem teve mérito académico
- divulgar as actividades aos antigos Estudantes e antigos Docentes
- desenvolvimento de uma verdadeira atitude de “profissionalismo”
- criar um espírito de equipa
- implementar uma dinâmica construtiva
- elaborar manuais de procedimento
- promover apoio aos diferentes sectores de actividade
- criar o Gabinete de Apoio ao Estudante
- fundar um verdadeiro Gabinete de Apoio ao Docente
VALORIZAR O ESPAÇO FÍSICO
- obter a comodidade desejável
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- elevar a imagem da instituição
- promover o orgulho de quem a frequenta
- tornar agradável o local de trabalho
- criar condições estruturais mínimas para uma vivência universitária
- acesso a deficientes motores
- instalação de ar condicionado em todas as dependências
- aumento do bar/cantina
- planeamento e construção de laboratórios adaptados ao ensino das ciências básicas
- construção de uma sala própria para exames
- melhorar o ambiente
- ventilação e ar condicionado, temperatura ambiente
- luminosidade da clínica
- reparar as zonas interiores deterioradas
- embelezar e limpar as zonas exteriores e as acessibilidades
- pavimentar, iluminar e manter o parque de estacionamento
- criar condições funcionais mínimas para uma vivência universitária
- adquirir um equipamento mínimo por sala de aula (a definir)
- aumentar os lugares da sala do Conselho Científico
- criar uma sala com dignidade para receber convidados
- arquitectar salas de convívio
- garantir um mínimo de um gabinete por cada dois Docentes
- melhorar a funcionalidade da biblioteca e o número de lugares
- desenvolver um espaço museu alusivo à medicina dentária
- decorar os espaços comuns

2 - NA DEFESA DE UMA EDUCAÇÃO UNIVERSITÁRIA

- qualificação pedagógica do corpo Docente


- privilegiar a investigação científica
- não pactuar com um ensino sem investigação
- expor os Estudantes ao ambiente de investigação tão precocemente quanto possível
- criar uma publicação da FMDUP
- estabelecer períodos ininterruptos para a investigação
- preparar o Estudante para o empreendedorismo
- construir uma formação polivalente
- defender uma maior abertura à sociedade
- fomentar a competição
- apostar no ensino pós-graduado de qualidade

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- inverter a pirâmide académica
- emagrecer o sistema burocrático
- criar um departamento de Metodologia Científica e Estatística

3- EM BUSCA DA EXCELÊNCIA COM UMA GESTÃO MODERNA E EFICAZ

- promover a necessária alteração dos estatutos


- aplicar uma gestão de rigor e transparência
- instituir uma estratégia concertada
- implementar uma política de mínimos
- tornar os serviços mais produtivos e lucrativos
- apostar na qualificação e “rentabilização” da Clínica da Faculdade
- controlar e diminuir as despesas
- proporcionar uma autonomia progressiva e controlada
- conseguir a auto-suficiência
- controlar o funcionamento institucional
- desenvolver uma autoavaliação rigorosa
- qualificar os quadros
- assessoria jurídica
- desenvolver o marketing
- certificar a Clínica da Faculdade em termos de qualidade

4- PARA A AFIRMAÇÃO INSTITUCIONAL E INDIVIDUAL

- aumentar a presença no palco da Universidade


- incentivar o sentido de identidade institucional
- intensificar a visibilidade
- apostar numa representatividade forte
- acentuar a competitividade e a polaridade
- melhorar a oferta educacional
- privilegiar o intercâmbio científico
- qualificar os serviços clínicos
- publicar regularmente os resultados de desempenho
- valorizar antigos alunos que se notabilizaram
- apoiar o médico dentista e promover uma maior abertura aos antigos alunos

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PROGRAMA ELEITORAL

MOÇÃO DE ESTRATÉGIA

PARA O TRIÉNIO

2007-2010

(explanação)

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1- VAMOS VALORIZAR O AMBIENTE HUMANO E O ESPAÇO FÍSICO

“Num momento histórico em que tantos desafios se colocam ao homem, em que a


mundialização acelerada das sociedades persiste em manter, quiçá intensificar,
conflitos e marginalizações, em que as referências éticas e as relações de convivência
social se esbatem em variados espaços e momentos, uma reflexão rigorosa, crítica e
interdisciplinar sobre o Homem é um imperativo de rigor, de lucidez. É também a
confiança de que é possível construir uma sociedade melhor, feita pelos homens e para
os homens”.

(Vide Cátedra Humanismo Latino)

A Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP) é uma


das catorze unidades orgânicas da Universidade do Porto (UP) o que significa que se
trata de uma instituição universitária.
Ora, dentro desse pressuposto, é essencial que a instituição no seu todo e
cada um dos elementos que integram a sua massa associativa saibam quais são os
objectivos essenciais que caracterizam a missão da universidade nos dias de hoje:
- o primeiro consiste em alimentar a sociedade de conhecimento,
disponibilizando uma formação adequada ao actual mercado de trabalho, o que se
consegue através da criação e divulgação da ciência e ainda com a preocupação da
actualização permanente através de uma educação ao longo da vida e com o
desenvolvimento de mecanismos de promoção da competitividade;
- o segundo, funda-se na garantia que o caminho para a globalização se paute
por princípios humanistas tendo em vista o combate à exclusão, bem como assegurar
a diversidade cultural através de uma educação direccionada para a cidadania;
- o terceiro visa preservar e desenvolver a herança universal do espírito
humano com uma formação cultural mais ampla, que não esteja limitada à educação
útil.

Claro está que, para se efectivarem tais propósitos, será indispensável criar
políticas, construir estratégias e autorizar uma direcção eficaz baseada no binómio
liderança-participação.
Para tal é necessário sem dúvida um protagonismo mobilizador para que saia
fortalecido um empenho colectivo.

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Todos estaremos de acordo que será difícil conseguir a participação de cada
um sem a existência de condições mínimas de bem-estar, e, nessa base, é imperativo
melhorar o ambiente humano e o espaço físico na nossa instituição.
Foi essa a razão pela qual entendemos ser esta a primeira linha de orientação
programática da liderança que agora vos propomos.

A- Valorizar o ambiente humano

A1- promover a vida associativa

Por razões diversas, entre as quais poderemos enumerar as actuais reformas


internas e externas na adequação curricular dos cursos, o excesso de carga horária
dos discentes e dos Docentes e algumas deficiências no espaço físico da instituição, a
FMDUP respira um ambiente que não é propício a desenvolver as relações
interpessoais.
E só com uma convivência verdadeiramente humana e construída no respeito
mútuo, se poderá induzir o necessário sentido de identidade institucional e o
desenvolvimento de um espírito escolar, pedras basilares para a modernidade que se
deseja. Na realidade, o “bem-estar” é essencial para rentabilizar as funções de cada
um e do todo que a instituição representa.
É então indispensável que se promovam as atitudes e as acções para que se
alcance uma vida associativa que torne agradável a existência profissional na nossa
Faculdade.
Para o conseguir é nossa intenção estimular o convívio e fomentar o diálogo
com diversas práticas que apresentamos e justificamos de seguida.

a) Organizar um Fórum de Abertura da FMDUP

Iremos organizar anualmente um Fórum de Abertura da FMDUP no início de


cada ano lectivo. É nossa vontade abrir essa mostra não só a todos quantos trabalham
e frequentam a Faculdade, mas também ao público em geral, para que dessa forma
divulguemos as nossas finalidades.
Será um evento a realizar em dois dias.
No primeiro dia, promover-se-á um debate interno.
Será uma discussão que se pretende analítica e construtiva, onde se reclama a
apresentação dos objectivos pedagógicos, científicos e clínicos para o novo ano

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escolar, bem como uma apreciação dos trabalhos realizados no ano transacto. Esses
objectivos serão abordados nas perspectivas do ensino pré-graduado, do ensino pós-
graduado e do ensino continuado e deverão constituir-se em relatório. Para isso, cada
Grupo de Disciplinas (ou área científica) será convidado a participar com
comunicações que se enquadrem nos propósitos supracitados. Será também
convidado o Presidente da Associação de Estudantes a proferir uma alocução sobre
os anseios dos discentes para o novo ano lectivo, desde que relativos àqueles
objectivos. Na verdade, acreditamos que só é possível o progresso com o fomento da
competitividade e este Fórum de Abertura será uma forma de avaliar o capital humano
da FMDUP e a sua capacidade de inovação.
O segundo dia, aberto ao exterior, será uma espécie de “Recepção ao Caloiro”
e ficará conhecido como o “Dia da Faculdade”, o qual consistirá na apresentação da
instituição e dos seus objectivos aos novos alunos e aos seus familiares. Também
aqui será pedida a intervenção de elementos Docentes de cada Grupo de Disciplinas,
da Associação de Estudantes e serão também convidados a participar alguns antigos
alunos de indiscutível prestígio socioprofissional.

b) Instituir um diálogo metódico e sistemático

Como é impossível uma liderança que agrade a gregos e a troianos,


acreditamos que é através da promoção de vias de diálogo que se vão conseguir
atitudes e acções que reúnam consensos mais amplos e, dessa forma, satisfaçam o
maior número possível de elementos da instituição.
Torna-se assim necessária a auscultação periódica do “sentimento” dos
Docentes, dos discentes e dos funcionários (na sua totalidade ou por sectores)
relativamente aos vários aspectos do funcionamento da Faculdade. Para isso, é
imperativo organizar reuniões periódicas que desenvolvam o diálogo entre quem lidera
e gere os destinos da Faculdade e todos aqueles que disponibilizam os diversos
sectores de actividade e serviços, bem como com todos aqueles que deles auferem.

c) Criar um espaço cultural e organizar actividades desportivas e lúdicas

A licenciatura em “Ciências Básicas da Saúde Oral” (1º ciclo de estudos) e o


Mestrado Integrado em Medicina Dentária (2º ciclo de estudos) e toda a multiplicidade
relativa aos cursos de pós-graduação, de mestrado e de doutoramento (3ºciclo de

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estudos) são muito absorventes, por demasiado específicos e técnicos, caracterizando
uma educação de banda estreita.
Por essa razão, tem todo o sentido que haja uma preocupação acrescida para
desenvolver mecanismos promotores de práticas culturais, desportivas e lúdicas, os
quais devem ocupar parte da vida dos professores, dos Estudantes e dos funcionários.
Assim sendo, propomos que seja criado um Gabinete Cultural e Desportivo
(GCD), constituído por cinco elementos, dois Docentes, dois discentes e um
funcionário.
O GCD criará um espaço cultural dentro da FMDUP com a organização de
actividades periódicas, como por exemplo palestras sobre temas de interesse geral,
exposições de arte, mostras de coleccionismo, etc. Será também atribuição desse
Gabinete o estabelecimento de protocolos com companhias de teatro e de música.
Paralelamente, o GCD deverá promover a organização de actividades
desportivas e lúdicas e encarar o estabelecimento de protocolos com ginásios, com a
Faculdade de Ciências do Desporto, etc.

d) estimular o convívio

Consideramos de toda a importância incrementar formas de convívio com o


sentido de melhorar as relações humanas dentro da Faculdade.
Além da organização do Fórum de Abertura, da implementação de vias de
diálogo e da criação de um espaço cultural entendemos que poderemos encetar
outros modos de convivência.
Pois bem, o restabelecimento dos jantares de confraternização académica
insere-se dentro das nossas perspectivas. Na verdade, tais manifestações têm um
duplo alcance: fomentar o convívio e premiar social e institucionalmente quem teve
mérito académico. Por isso, iremos promover um jantar no final de cada ano, onde
além do inerente convívio se processe a entrega de galardões que premeiem o mérito.
Queremos, além disso, que todas as actividades associativas que a Faculdade
venha a levar a efeito sejam objecto de divulgação aos professores aposentados e
antigos Estudantes para que se mantenha o cordão umbilical entre os profissionais e a
escola mãe. Entendemos que um tal procedimento constituirá uma mais valia para a
divulgação dos serviços da Faculdade, como é o exemplo da educação ao longo da
vida e as ofertas em termos de ensino pós-graduado.

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A2- Desenvolver uma verdadeira atitude de “profissionalismo”

a) Criar um espírito de equipa

É nosso propósito criar uma dinâmica audaz e construtiva, englobando todos


os recursos humanos com a aposta no desenvolvimento de um espírito de equipa. O
trabalho em equipa com definição prévia de objectivos, tem um duplo benefício, já que
além de consentir numa melhor produtividade permite uma vida profissional mais
partilhada e, como tal, mais humana.
Para facilitar, entendemos ser necessário elaborar um manual de procedimento
com protocolos de actuação. Podemos citar como exemplos as normas de
procedimento no trabalho, as normas de procedimento nas consultas, a preparação do
local de trabalho, etc.
Poderemos assim, daqui a algum tempo, pensar em certificar os serviços
prestados pela FMDUP em termos de qualidade, não apenas pelo interesse da
certificação em si mesmo, mas sobretudo pelo empenho colectivo que tal objectivo
obriga.

b) Promover apoio aos diferentes sectores de actividade

Tendo em vista melhorar as relações entre as pessoas que integram a nossa


Faculdade é importante que cada um sinta que pode auferir apoio nas vertentes
profissional e social.
Por essa razão, pensamos vir a criar um Gabinete de Apoio ao Estudante
(GAE), o qual, além da sua premente utilidade poderá servir também de plataforma de
ligação com o que existe actualmente na Reitoria.
Pela mesma ordem de ideias, será de toda a valia encetar esforços no sentido
de melhorar o Gabinete de Apoio ao Docente (GAD).
A constituição, a forma de funcionamento e as obrigações destes gabinetes de
apoio, serão previamente acordadas em reuniões próprias para esse efeito.

B- Melhorar o espaço físico

Os requisitos mínimos exigíveis para assegurar o bem-estar de todos quantos


participam na vivência da Faculdade passam impreterivelmente pela melhoria urgente
do espaço físico.

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Só dessa forma será possível obter a comodidade desejável ao bom
desempenho, bem como uma imagem da instituição que promova o orgulho de quem
a frequenta e possa assim ajudar a divulgar a qualidade dos serviços prestados.
Razões de sobra para pensarmos seriamente em tornar agradável o nosso
local de trabalho.

B1- Alterações estruturais

As instalações da FMDUP correspondem a um edifício novo e moderno.


Contudo, a sua confecção enferma, desde a sua origem, de erros gravíssimos
do ponto de vista arquitectónico e funcional. O edifício parece já ser velho na sua
própria juventude, o que significa que a sua construção também não primou pela
qualidade.
Passados que foram uma dezena de anos, tentar atribuir responsabilidades de
nada valerá, pois encontrará desculpa na ultrapassagem dos prazos de reclamação.
Interessará diplomaticamente sensibilizar para o problema quem de direito e
tentar resolvê-lo de forma que se dê bom destino ao dinheiro que o país investiu na
obra.
Em nosso entender as alterações estruturais necessárias passarão por:

a) Melhoria do ambiente

Não é confortável trabalhar na nossa Faculdade.


A nova cobertura da Faculdade implicou um ar sobreaquecido e sem
renovação, havendo salas que ficaram sem qualquer ventilação, como é o caso da
sala onde reúne o Conselho Científico.
Temos que concordar que é difícil arranjar um adjectivo que defina a solução
encontrada para vedar as infiltrações de água na FMDUP. Com efeito, solucionou-se
um problema criando uma complicação ainda maior e com mais custos de
funcionamento futuro. Se a cobertura inicialmente desenhada foi, como se provou, um
desastre arquitectónico, o remendo é inqualificável. De facto, provocou-se um
sobreaquecimento do ambiente no Verão, sendo deveras exagerado na clínica e nos
gabinetes.
Por outro lado, são inúmeras as queixas relativas à falta de luminosidade da
clínica, pelo que se deve contemplar esse facto nas nossas acções futuras.

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Consideramos estes assuntos de muito difícil resolução, mas recusamo-nos a
considerá-los insolúveis.

b) Reparação das zonas interiores deterioradas

Encaramos como fundamental esta questão, já que o aspecto arruinado de


algumas zonas contribui para uma imagem pouco cuidada da Faculdade, o que
diminui a capacidade de “marketing”.
São as paredes estragadas que padeceram com a acção de infiltração de
águas, ou que necessitam de cuidados relacionados com reparação e pintura. São
outrossim as casas de banho que sofreram a acção do uso e que não oferecem a
qualidade mínima exigível a este tipo de utilização.
São enfim, um sem número de pequenas coisas, as quais juntas dão uma
imagem deficiente e não apropriada do espaço que utilizamos e que disponibilizamos
para usar.

c) Embelezamento e limpeza das zonas exteriores e das acessibilidades

A FMDUP está carenciada de uma boa maquilhagem.


O seu aspecto exterior não condiz com a competente oferta de serviços
académicos e clínicos. Todos sabemos que a imponência do edifício, a comodidade e
a estética das acessibilidades influenciam os membros da comunidade local em
particular, e os da sociedade em geral.
Na verdade, o bom aspecto facilita a divulgação dos serviços e chama mais
utentes. Ora, a este nível importa referir que não se compreende o que tem vindo a
acontecer desde a realização das obras para o Metro. De facto, não tem havido a
devida higiene das áreas de acesso à Faculdade com a consequente proliferação de
vegetação daninha e lixos, não se limparam as paredes vandalizadas pelo cancro da
pintura urbana a que se convencionou chamar “grafites”, não se colocaram árvores
nos locais preparados para esse efeito, e, pior do que isso, permitiu-se colocar taipais
na entrada lateral para adiamento de obras camarárias, o que autorizou o arremesso
de lixos para o interior, estando de momento uma lixeira encostada a uma das alas do
imóvel.
Sem comentários.

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d) Pavimentação, iluminação e manutenção do parque de estacionamento

Todos quanto utilizam o parque de estacionamento sabem quais são as


dificuldades que encontram. Entre elas podemos citar:
- dificuldade em conseguir lugar, sobretudo nas horas nobres de laboração da
Faculdade, em consequência de falta de pavimentação, entrada indevida de
ocupantes estranhos ao parque e má distribuição dos lugares de aparcamento;
- vandalismo com assaltos às viaturas nas horas da tarde no período de
Inverno facilitado por falta de iluminação suficiente;
- acumulação de lixos e proliferação de vegetação daninha que prejudica o
aspecto exterior da instituição.

e) Criação de condições estruturais mínimas para uma vivência


universitária

Acreditamos que nos dias de hoje, qualquer Faculdade deverá ter condições
mínimas para a sua existência funcional. Algumas delas são consensuais e merecem
ser referidas como objectivos nossos:
- instalações com pleno acesso a deficientes motores;
- ar condicionado em todas as instalações;
- bar/cantina com um lugar por cada cinco Estudantes com área ao ar livre
(aliás o bar precisa de uma área maior desde que albergamos os Estudantes
do 1.º, 2.º e 3.º anos);
- planeamento e construção de laboratórios adaptados ao ensino das ciências
básicas;
- existência de uma sala destinada a exames.

B2- Alterações funcionais

a) Criação de condições funcionais mínimas para uma vivência


universitária

Ainda dentro das condições mínimas, mas considerando os objectivos numa


perspectiva mais funcional:
- assegurar um equipamento mínimo por sala de aula: ar condicionado, um
retroprojector, um “data-show”, um projector de slides e um computador;

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- aumentar os lugares da sala do Conselho Científico ou conseguir uma sala
maior e mais ventilada;
- criar uma sala com dignidade para receber convidados;
- perspectivar salas de convívio para Docentes, discentes e funcionários;
- garantir um mínimo de um gabinete por cada dois Docentes com mobiliário
suficiente;
- conseguir lugares de leitura na Biblioteca não inferiores a 15% do número
total de Estudantes;
- criar um pequeno espaço de museu alusivo à medicina dentária, num local de
fácil acesso visual;
- decorar o espaço da entrada da Faculdade com a dignidade que se impõe e
assegurar a presença de um Recepcionista;
- encarar a decoração dos espaços comuns (por exemplo, as áreas de
passagem) com motivos alusivos à medicina dentária;
- proibição de fumar em todo o espaço da Faculdade (com excepção do bar e
da Associação de Estudantes);
- repensar as regras de funcionamento da Biblioteca, face ao aumento
significativo dos utilizadores internos;
- disponibilizar um mínimo de exemplares de livros referência por disciplina
correspondente a um por cada 10 Estudantes.

b) Controlo da temperatura ambiente

A auscultação a vários colegas e a diversos utentes que fizemos, mostrou ser


importante encontrar um método de controlo da temperatura ambiente no Inverno, pois
verificamos a existência de inúmeras queixas (frio à 2ª feira de manhã e aquecimento
exagerado nos outros dias).

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2- NA DEFESA DE UMA EDUCAÇÃO UNIVERSITÁRIA

“A educação é a arte de formar os homens; isto é, a arte de fazer eclodir neles os


germes da virtude e abafar os do vício; de desenvolver a sua inteligência e de lhes dar
instrução própria às suas necessidades; enfim, de formar o corpo e de lhe dar força e
saúde. Numa palavra, a meta da educação consiste no desenvolvimento simultâneo
das faculdades morais, físicas e intelectuais. Eis o que todos repetem, mas o que não
se pratica. Nisso, como em todas as outras coisas, não basta conhecer o objectivo a
ser atingido, é preciso ainda conhecer perfeitamente o caminho que se deve percorrer”.

(Rivail, H.L..D. Texto pedagógico. Ed. Comenius, São Paulo: 1998, p.15)

Em Portugal o ensino superior é um sistema dicotomizado em público ou


privado e politécnico ou universitário.
Aquele que nos diz respeito é indubitavelmente público e pertence ao tipo
universitário. Pois bem, seria bom que cada interveniente no processo educativo da
FMDUP não olvidasse esta constatação e sobretudo soubesse exactamente o que
significa.
Essa é a razão pela qual o lema da nossa campanha “em prol de uma
educação universitária” pretende evidenciar essa realidade.
Educar é substantivamente formar e a prática educativa em de ser, em si, um
testemunho rigoroso de decência e de pureza1. Somos incondicionais adeptos do que
Paulo Freire salienta constantemente quando nos diz que educar não é a mera
transferência de conhecimentos, mas sim a consciencialização e testemunho da vida,
caso contrário não terá eficácia. Segundo este filósofo, educar é como viver, exigindo
a consciência do inacabado. Por isso, é objecto de qualquer estratégia modernizadora
universitária a preocupação com áreas de acção que incluam a formação de
Docentes. Ela é um dos alicerces fundamentais de todo o processo de reforma
educativa, e nós queremos ser modernos e eficazes.
Contudo, não queremos cair em excessos formativos que nos retiram alguns
aspectos criativos e uniformizam em excesso. Citando o Prof. Paulo Ferreira da Cunha
(catedrático da Faculdade de Direito da UP), a pedagogia artificial não resulta. A
pedagogia em exercício sim. “Há muita formação pedagógica informal, tradicional,
empírica e “em exercício” que vale mais que teorias de quem, sem saber, pretende
ensinar os que sabem a ensinar aos que nada sabem…”.
Por outro lado, é de toda a conveniência interiorizar que uma educação de
feição universitária se caracteriza por uma orientação para a investigação, um modo

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de pensar científico, uma atitude pluridisciplinar e ainda por polivalência1. Para o
ilustrar parece-nos importante fazer duas citações do Prof. João Vasconcelos Costa:
- “o conhecimento deve ser flexível, treinável, com capacidades de
comunicação, capaz de trabalhar e cooperar em equipa, rápido a responder às
alterações dos contextos e ambientes organizacionais”;
- “nem todas as instituições têm de possuir aceleradores de partículas ou
laboratórios com equipamentos de preço para além do imaginável, mas, antes,
assumir que sem atitude de investigação, o essencial do ensino superior se perde.”
Isto significa que a FMDUP não pode ser apenas uma instituição de ensino
como acontece em muitas das suas congéneres privadas. Se queremos melhorar o
nosso protagonismo académico, se queremos de facto entrar na nova proposta
europeísta e participar na competição transnacional do conhecimento, enfim, se
queremos ser referência no ensino médico dentário, é forçoso aceitar que a
investigação e o ensino devem ser conseguidos como inseparáveis.
É também primordial compreender que as universidades devem preparar para
a vida e para a cidadania com vista ao progresso social no respeito pelo futuro dos
jovens que nos procuram. O ensino superior deve formar trabalhadores de novo tipo
(flexíveis) e de tipo novo (reflexivos)2 já que a sociedade precisa cada vez mais de
pessoas educadas que instruídas, daí partilhar com os grandes pensadores a ideia de
que devemos defender uma educação superior em vez de um ensino superior3.
O objectivo de uma instituição universitária como a nossa deverá ser facilitar o
processo de aprendizagem e promover o crescimento da autonomia pessoal. Para
isso é imperioso privilegiar o ensino consubstanciado com a pesquisa de âmbito
científico o que significa que a investigação deve ser encarada como forma de
ensino/aprendizagem. Não terá sido por acaso que a Conferência de Liège em Abril de
2004, rejeitou a existência de universidades de ensino e de investigação. Assim, o
perfil dos nossos formandos deve ser orientado para a promoção da inovação e da
iniciativa individual, já que só assim se obterá o aumento da competitividade da
economia e o desenvolvimento cultural e social, numa harmonia saudável com a
natureza. Ora, tal só poderá ser atingido em processos de ensino/aprendizagem
associados à investigação científica e tecnológica e ao desenvolvimento experimental,
tanto no que se refere às ciências e tecnologias, como quanto às ciências sociais e
humanas e às áreas artísticas4.
Por outro lado, as análises sobre o actual mercado de emprego, mostram ser
necessária uma educação universitária com:
- preparação científica mais abrangente (“de banda larga”);

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- desenvolvimento de competências transversais;
- criação de atitudes modernas;
- capacitação para conceptualizar projectos;
- competência para integrar equipas.

A Carta Magna das Universidades Europeias, subscrita em Setembro de 1988


em Bolonha enunciou dentro dos princípios fundamentais para a vocação da
universidade que a sociedade, hoje em dia, encara o papel do ensino superior não só
na visão tradicional da criação, gestão e transmissão do saber, mas também como um
elemento decisivo de inclusão social, habilitando os cidadãos com melhores
oportunidades e possibilitando uma integração com êxito na sociedade do
conhecimento. É então indispensável assumir uma postura universitária, onde além da
formação profissional, se criem elites com uma cultura de exigência e de alta
qualidade dentro de um código ético rigoroso.
Pensamos que para isso é fundamental:

1- Privilegiar a investigação científica

No nosso País, as dinâmicas de investigação acontecem quase


exclusivamente no sector público e a informação, o conhecimento e a criatividade
encontram-se distantes dos indicadores europeus.
As razões que explicam esta insuficiência são bem conhecidas, já que têm sido
amplamente analisadas e debatidas. Na realidade, foram escritos múltiplos artigos de
opinião, formularam-se projectos de mudança, citaram-se exemplos de universidades
paradigmáticas, mas tem faltado a vontade para encarar uma modernidade onde
seguramente se venha a privilegiar a meritocracia em vez das actuais nomeações
definitivas baseadas em relatórios onde se dá primazia ao tempo exercido na
actividade profissional.
O que fazer então?
Antes de mais, encetar todos os esforços para que cada um dos intervenientes
compreenda que o presente já é passado, que o futuro é forçosamente diferente e que
é essencial uma transformação no modo de pensar a educação universitária.
É preciso modificar, inovar e seguir os bons exemplos.
Há no mundo bons figurinos na nossa área que interessam sobremaneira
serem estudados para que os possamos seguir. Não será por qualquer motivo que
pertencem aos primeiros lugares dos agora super divulgados “rankings”. Deram

21
provas de eficácia indiscutíveis e, nessa base, em certas particularidades bem
merecem a nossa atenção.
No trabalho de consulta que entendemos efectivar para compor este projecto
de acção na FMDUP, analisamos diversas propostas de autoridades no assunto, o
que nos permitiu elaborar a moção que ora apresentamos.
Nessa base e antes de mais, é fundamental acreditar nas nossas capacidades.
Seguramente que os colegas que trabalham na FMDUP são capazes de promover
projectos de investigação e de desenvolvimento de primeira qualidade. Para isso,
bastará assumir que é imprescindível modificar muita coisa, levar a efeito quase que
uma revolução. Todavia, é nossa convicção que na FMDUP estamos prontos para
objectivar uma tal reforma, não fora a convergência de gerações com que as
circunstâncias nos quiseram brindar. Aproveitemo-la então.
Torna-se mandatório privilegiar a investigação científica na FMDUP, já que ela
é atributo de qualquer estabelecimento universitário que se preze. Nessa perspectiva,
dever-se-á formular como ambição número um a formação científica da mentalidade.
Na verdade, é preciso abrir os nossos horizontes a este nível e compreender que a
investigação tem de deixar de ser feita nos limites das disciplinas. Na verdade, a
investigação de qualidade deve ser realizada por grupos de elite que surgem e se
afirmam na vivência universitária se bem orientada e bem sistematizada. É
fundamental o estabelecimento de grupos de investigação de alta qualidade uma vez
que funcionam como “multiplicadores de ideias”5.
Como fazer então para que se criem as condições para que tal fortuna possa
ocorrer?

a) Não consentir num ensino sem investigação.

Um ensino sem investigação, por melhor que seja não é do tipo universitário e
poderá converter-se numa espécie de ensino “super-politécnico”, o qual não é a nossa
vocação nem o nosso propósito. Um estabelecimento universitário como é a FMDUP
deve pautar-se pela qualidade educacional, e, para isso, o ensino e a investigação
andam de mão dada, fortificando-se mutuamente.

b) Expor os alunos ao ambiente de investigação tão precocemente quanto


possível.

22
Pensamos ser a melhor estratégia para colher frutos num futuro relativamente
próximo e, nessa óptica, importa promover os requisitos para favorecer um tal
ambiente.
Além da inerente sensibilização do corpo Docente da FMDUP, será importante
instituir “projectos de oportunidade para a investigação”, ao qual os Estudantes se
poderão candidatar. Nesses projectos serão encorajados a interagir com grupos de
investigação e a misturar-se com Estudantes em regime de pós-graduação,
professores e investigadores num dado programa.

c) Criar uma Publicação da FMDUP

Propomos criar uma revista da Faculdade, tendo em vista uma dupla função,
motivar quem desenvolva trabalhos de índole pedagógica ou de feição científica e
fazer a divulgação dos desenvolvimentos a nível académico.
Para a viabilizar e assegurar a sua periodicidade, será de todo o interesse que
se repartam as responsabilidades editoriais pelos Grupos de Disciplinas e pelos
Estudantes, os quais devem participar também com a apresentação de trabalhos
previamente orientados.

c) Estabelecer períodos ininterruptos para a investigação;

Devido à pesada carga horária, no que respeita às aulas e ao sistema de


avaliação, os professores e os Estudantes da FMDUP não têm tempo para que possa
haver uma reflexão aprofundada sobre qualquer assunto ou projecto de investigação,
havendo apenas o tempo suficiente para o ensino/aprendizagem.
Será então necessário um empenhamento e uma estratégia no sentido de
garantir esse tempo e de o rentabilizar.
O Prof. Athans Michaeliii (professor e investigador convidado do Instituto de
Sistemas e Robótica, do Instituto Superior Técnico de Lisboa e Professor emérito de
Engenharia Electrotécnica e Ciências Computacionais do Instituto de Tecnologia de
Massachusetts – MIT), num artigo fantástico subordinado ao título “Universidades
Portuguesas: porque não as melhores?”, sugere-nos várias ideias que pela sua
importância nos parecem ser de referir:
- reduzir um certo número de disciplinas e o conteúdo programático de algumas
delas;

23
- conduzir toda a actividade Docente e de avaliação de 15 de Setembro a 15 de
Junho;
- eliminar a prática corrente de vários exames para cada disciplina (usar a
prática de trabalhos de casa regulares e classificados e ao aproximar-se do
final do semestre, o Estudante deverá ter uma semana de estudo para que na
semana seguinte, faça um único exame a cada disciplina;
- libertar três meses no Verão para os discentes e para os Docentes se
poderem dedicar à causa científica.

2- Preparar o Estudante para o empreendedorismo

Qualquer Estudante excelente e educado na confiança em si próprio e na


ambição de sucesso, sonha em vir a ser um novo Bill Gates. E que bom seria para o
nosso País que muitos houvesse.
Na verdade o progresso social será tanto mais efectivo quanto mais as
instituições universitárias prepararem o Estudante para o empreendedorismo. Para tal
propósito entendemos ser necessário interiorizar o conceito de universidade
empreendedora, onde se cultive a valorização do talento individual. Uma das vias para
atingir esse patamar de excelência, será a criação de disciplinas opcionais onde sejam
ministrados os conceitos mais actuais de gestão empresarial e de gestão clínica, e se
contemple a prática de modernos sistemas comunicacionais.

3- Construir uma formação polivalente

É importante defender a actividade académica das pressões utilitaristas em


exagero. Quando a moderna visão europeísta se propõe alterar substancialmente o
sistema de ensino assente na “transmissão de conhecimentos” para o
“desenvolvimento de competências”, importa haver algum cuidado em não cairmos
numa acção demasiado redutora.
A formação qualificada é uma questão de sobrevivência nos dias de hoje e em
termos universitários devemos defender firmemente que a “educação liberal”
prevaleça em relação à “educação útil”6. Há várias formas de implementar uma
formação polivalente onde haja a obrigatoriedade de exigência de investigação e de
Docentes qualificados em áreas diversificadas, como as Ciências e as Humanidades,
mesmo em universidades especializadas como a nossa, para que se autorize uma
educação geral.

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Torna-se desde logo necessário distinguir entre uma universidade de instrução
e uma universidade de educação e privilegiar esta última através do desenvolvimento
de um espírito escolar, onde se fomente a diversidade cultural, preparando o
Estudante para a inserção social, mesmo que venha a acontecer fora da sua área de
especialização.

4- Defender uma maior abertura à sociedade

A FMDUP tem que viabilizar uma revalorização social do curso diligenciando


estratégias de abertura à sociedade.
Esta acção reveste-se da maior importância, pois a problemática que o
emprego dos jovens encerra, passa pelo estudo de novos públicos e pela análise dos
critérios de empregabilidade.
A este nível será importante a efectivação e divulgação de trabalhos clínicos a
sectores comunitários, trabalhos de campo com interesse para a saúde pública,
campanhas de prevenção das doenças orais e acções de promoção da saúde oral.
Por outro lado, não será de olvidar que a sociedade que gera emprego não é a
tradicional. Veja-se o que acontece actualmente, onde os profissionais se vão
estabelecendo em novos países, sendo notório um aumento da mobilidade dos
médicos dentistas na União Europeia. No presente ano, são já 150 os colegas a
trabalhar no Reino Unido, razão pela qual se deve encarar a educação num sentido
mais ecuménico.

5- Fomentar a competição

Fomentar a disputa pela competência onde a concorrência tenha regras, é hoje


sinónimo de progresso e, claro está que tal propósito interessa à FMDUP.
É então urgente estimular a criação de centros de excelência e distingui-los
criando esquemas de promoção e recompensas de mérito.
Não nos parece inatingível tal objectivo. Bastará tão só que se vá
proporcionando pouco a pouco a alteração e substituição da perspectiva da
universidade de massas pela da universidade de investigação adjectivada pela
qualidade.
Para uma tal mudança, é necessário delinear estratégias que consintam que os
Grupos de Disciplinas venham a funcionar como mini-universidades, que se cumpra o
ratio Docente/aluno estabelecido para a nossa Faculdade e que se distribuam os

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alunos por turmas ao mesmo tempo que se fomenta a participação de vários Docentes
na leccionação das aulas.
Claro está que uma tal autonomia deverá ser ajudada e controlada, sendo
indispensável haver objectivos mínimos a cumprir, rigor no recrutamento Docente e
discente e uma avaliação departamental periódica.

6- Apostar no ensino pós-graduado de qualidade

O excesso de instituições dedicadas ao ensino da medicina dentária no nosso


país sugere vivamente que a FMDUP aposte mais no ensino pós-graduado, apesar de
ser aconselhável algum cuidado com a oferta de demasiados mestrados por
licenciatura (evitar entrar na alta proporção Mestrado/Licenciatura sob o risco de
desvalorizar a licenciatura). Pois bem, temos um corpo Docente qualificado e
possuímos instalações relativamente preparadas para esse desafio.
É justo dizer-se que a FMDUP tem feito esse esforço nos últimos anos. Bastará
agora melhorar esse investimento prévio.
Para isso, é essencial reconhecer que a pós-graduação na FMDUP continua a
ser uma iniciativa praticamente do foro individual e relativamente tolerada, da qual os
seus autores rapidamente se arrependem por não haver qualquer retorno dessas
iniciativas. Na verdade, o sistema actual indexa o financiamento ao número de alunos
e remete a investigação para outras fontes de financiamento (FCT), por isso as
Universidades Públicas maximizam o seu recurso, o ensino pré-graduado,
prejudicando a pós-graduação.
É preciso modificar essa situação com a concepção de um espaço de
aprendizagem colectivo onde sejam fundamentais as práticas diárias dos grupos,
unidos por objectivos e saberes partilhados, que façam da aprendizagem o produto do
saber e a principal fonte da investigação. Para isso será necessário:
a) Incrementar o número de cursos de pós-graduação, de mestrados
investigacionais e de doutoramento (apostar no 3.º ciclo de estudos);
b) Aumentar o número de Estudantes da área do ensino pós-graduado (com
relevância para Estudantes estrangeiros e dos PALOP);
c) Conceber módulos do ensino qualificados que sejam disponibilizados para
vários cursos da área pós-graduada (metodologia científica e estatística,
anatomia craniofacial, imagiologia, esterilização e desinfecção, ergonomia,
gestão clínica, etc.);

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d) Criar novos graus de exigência que permitam competir a alto nível e em
termos internacionais com:
a. a estruturação dos cursos de acordo com Bolonha, no respeito
escrupuloso pelos ECTS;
b. a disponibilização de aulas proferidas na língua inglesa;
b. a obrigatoriedade de apresentação das dissertações escritas em
inglês.

7- Inverter a pirâmide académica

É imprescindível aumentar o número de catedráticos e associados, já que o


corpo Docente se qualifica.
Na verdade, quando se atinge uma certa equivalência hierárquica gera-se a
competitividade na procura da diferenciação. Por isso urge alterar a política de
contratações e preferir a selecção dos mais credenciados em termos curriculares.

8- Emagrecer o sistema burocrático

Temos que emagrecer o sistema burocrático mais ou menos arcaico que rege a
FMDUP
A educação e a investigação universitária não se compadecem com a utilização
dos Docentes em funções de secretariado. O elevado número de informações e de
afazeres não pedagógicos ou de índole investigacional que quotidianamente chegam à
secretária de um Docente, não permitem que sobre tempo para o que é de facto
essencial, educar e promover a investigação.
Urge investir na formação do pessoal administrativo e na actualização do
ambiente informático com o objectivo de modernizar e simplificar a vivência dos
Docentes.

9- Qualificação pedagógica do corpo Docente

Apesar de valorizarmos o aspecto investigacional da educação universitária,


será insensato negar a função de treino profissionalizante do curso de medicina
dentária.
Se amiudadamente oferecemos alguma resistência aos aspectos reclamados
pelos Estudantes, seja por serem excessivos, seja por pensarmos estarem

27
desenquadrados dos problemas políticos e sociais, ou até pela irreverência que muitas
vezes lhes estão associados, a verdade é que a actual reivindicação de formação
pedagógica para os professores da UP é lógica e tão actual quanto o é oportuna.
Aliás, não se trata de uma reclamação ou de uma reivindicação, mas sim de
um direito, não fora a legitimidade que um Estudante universitário carrega enquanto
merecedor de um sistema educativo que dê resposta aos novos desafios da sociedade
onde se vai inserir profissionalmente, e que tenha simultaneamente a perspectiva de
um enriquecimento contínuo dos conhecimentos, bem como de poder exercer uma
cidadania adaptada ás demandas no nosso tempo.
Em boa verdade, o Decreto-lei n.º 74/2006 - Graus Académicos e Diplomas no
Ensino Superior (baseado na Declaração de Bolonha e recentemente promulgado),
visa objectivar a qualificação dos portugueses no espaço europeu, onde entre diversas
e conhecidas orientações em forma de lei, se salienta a transição se um sistema de
ensino baseado na ideia da transmissão de conhecimentos para um sistema baseado
no desenvolvimento de competências.
É preciso portanto identificar as competências para desenvolver as práticas
educacionais adequadas à sua aquisição e, por consequência, colocar um novo
modelo de ensino em prática, onde seguramente importa reformar os métodos
pedagógicos. É um apelo à mudança na cultura dos professores, um incentivo a novas
dinâmicas adaptadas às novas realidades das salas de aula. Mesmo que alguns
pensem que é demasiado simples, devemos reforçar a ideia que simples não é fácil.
Paralelamente ao legislado que alterando o objectivo essencial do ensino
obriga a uma dinâmica de mudança no estilo educativo, acentua-se uma
heterogeneidade cultural no intercâmbio dos Docentes e discentes no espaço
europeu, o que torna mais complexo a adopção de métodos mais harmónicos e
equitativos. Como nos diz Carlos Cardoso em “Pedagogias diferenciadas para a
educação multicultural” é importante que o professor universitário se prepare em três
áreas de formação: a pessoal, a curricular e a organizacional. Pensamos que a
formação pessoal dos Docentes poderá trazer aportes inovadores na condução do
ensino, visto ser muito difícil definir normas rígidas de actuação ao nível pedagógico.
Já se experimentaram todos os modelos (como seja a pedagogia tradicional, a
renovada, a por condicionamento e a pedagogia crítica) e nenhum se mostrou ideal.
Na formação pessoal dos professores deverá haver a preocupação de criar
atitudes que visem a promoção de uma sociedade mais justa e humana, com a
promoção da igualdade de oportunidades para todos os Estudantes e olhar a
diversidade cultural como meio de enriquecimento pessoal, social e curricular.

28
Ora o desenvolvimento de competências visto em sentido lato deverá visar
preparar os Estudantes para o futuro protagonismo socioprofissional, dentro de
padrões sociais vigentes e vindouros, onde as senhoras que dão pelo nome de
competitividade, produtividade e qualidade deverão perder a primazia do mérito que as
caracteriza, onde se premeiam os melhores e se eliminam os incapazes. Devem
desenvolver, isso sim, um parentesco muito próximo com as donas solidariedade,
cooperação, igualdade de direitos e qualidade de vida.
Já se vê então que definir competências não pode ser apenas debitar saberes,
mas sim “mobilizar os conhecimentos na situação, no momento certo e com
discernimento” citando Perenoud. Não se trata de educação geral nem tão pouco de
preparação profissional, mas sim de formação humana. Parafraseando Suzana
Burnier, na sua interessante publicação “Pedagogia das competências: conteúdos e
métodos”, formar o ser humano não é só formar para a sociedade e para o mercado. É
formar para a felicidade.
O Docente deve encarar o Estudante como um ser humano que vai exercer a
sua cidadania, onde a profissão ocupa também o seu espaço. A competência não se
adquire apenas com a capacitação para o exercício de um mister. Ora, esta
verificação implica forçosamente em mudança, o que, como a história o vai
demonstrando, traz outrossim alguma insegurança e incerteza já que se extinguem os
paradigmas que até agora têm regulado o nosso magistério.
Faz bem pouco tempo alguém afirmava que o professor não deve ensinar o
que sabe, mas sim o que o Estudante necessita saber. Diremos ainda mais: o Docente
deve ensinar o que sabe, o que o aluno quer aprender e o que a sociedade precisa
que ele saiba. Por isso, a reforma das pedagogias à luz dos novos objectivos sociais
ora legislados no espaço europeu, deve começar por tornar os saberes significativos
interessantes e construir a necessidade de aprendizagem no aluno.
As disciplinas conforme as consideramos, são aglomeradas de saberes
próximos didacticamente hierarquizados para fornecimento em prazo limitado. Elas
processam uma formação fragmentada a evitar. Os conteúdos cognitivos das
disciplinas devem revelar um interesse real para o Estudante, o que deve levar o
Docente a consciencializar que os conhecimentos, no mundo quotidiano, não existem
divididos em disciplinas. Com efeito, na vida, utilizamos saberes diversos sendo os
conteúdos todos integrados.
O Estudante deve assim ser considerado como sujeito activo da aprendizagem
e a grande mudança surge na verificação que se deve ensinar o que o aluno precisa
de saber e não apenas ensinar o que se sabe.

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Dessa forma, a acção educativa transfere-se, em grande parte, do ensino para
a aprendizagem tendo mudado o papel do professor. Mais do que transmissor de
conhecimento é um facilitador da aprendizagem.
Assim, em termos estratégicos, é importante efectuar um esforço colectivo para
se aumentar a participação activa dos alunos do curso de medicina dentária no seu
processo de aprendizagem (é assim necessário orientá-los para apresentarem
comunicações científicas, elaborarem monografias, participarem em congressos,
contribuírem para a publicação da Faculdade, etc.).
Por tudo quanto foi dito, concluímos da necessidade de promover acções de
formação de âmbito pedagógico para o corpo docente da FMDUP, o qual deveria
idealmente e à luz das novas sugestões internacionais, ser constituído pelo menos por
75% de doutorados.

10- Criar um departamento de Metodologia Científica e Estatística

Os Estudantes das áreas de pós-graduação e especialmente aqueles que


pretendem o grau de doutor, são, provavelmente, o recurso intelectual mais importante
do país.
Serão então bem-vindos todos os que, tendo as qualificações mínimas
curriculares de candidatura, desejem doutorar-se na FMDUP.
Contudo, deverá haver normas rigorosas de qualificação (exames orais e
escritos) para o grau de doutor, isto é, a FMDUP deverá preocupar-se em criar um
curso de doutoramento obrigatório, bem como estipular critérios e condições mínimas
para que um aluno se candidate a mestrado, doutoramento, e mesmo para as outras
provas da carreira de Docente (artigos publicados, comunicações, posters, etc.).
Por todas essas razões e tendo também como propósito ajudar o desenho de
projectos de investigação, o apoio a orientação de teses e a qualificação das
publicações, temos intenção de criar um Departamento de Metodologia Científica e de
Estatística com a contratação de pessoal docente altamente qualificado e em regime
integral.

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3 - EM BUSCA DA EXCELÊNCIA COM UMA GESTÃO MODERNA E EFICAZ

“O distraído tropeçou nela. O bruto usou-a como projéctil. O empreendedor utilizou-a


para construir. O camponês, cansado, fez dela um assento. Para os meninos, foi um
brinquedo. Drummond poetizou-a. Já David matou Golias. Michelangelo extraiu dela a
mais bela escultura.
E em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas no homem! Não existe
"pedra" no seu caminho que não possa ser aproveitada para o seu próprio
crescimento”.
(Autor desconhecido)

Está nos estatutos que a FMDUP é uma instituição universitária do tipo


pessoa colectiva de direito público dotada de autonomia científica, pedagógica,
administrativa e financeira, tendo por objectivos o estudo, a docência, a investigação e
a prestação de serviços nos domínios das suas atribuições específicas.
Contudo, apesar das dotações devidas à autonomia universitária e das
receitas geradas na instituição, a nossa Faculdade encontra-se mal de saúde em
termos financeiros e não só. As razões que o motivaram são inúmeras, entre as
causas de foro interno e as de origem externa que interessam analisar. Todavia, o
momento actual reclama mais acção prospectiva do que análise retrospectiva.
Já lá vai o tempo em que não se sentia o défice orçamental nem as
consequências do mingar demográfico. Na FMDUP sobravam Estudantes e os
Docentes eram bem-vindos já que se assegurava o prestígio e a correspondente
remuneração. No entanto, malogradamente, devemos encarar o facto de que vai
chegar o momento em que seremos obrigados a reduzir o número de Docentes, visto
o número de Estudantes diminuir de dia para dia e, paralelamente, emagrecer a
dotação orçamental que nos cabe.
Como se sabe, cada estabelecimento de ensino superior tem um rácio, o qual
é calculado em função dos cursos e do número de alunos inscritos, tendo direito a um
determinado número de ETI’s (Docentes equivalentes a tempo integral). Pois bem, o
orçamento de estado para o ensino superior baseia-se neste rácio.
Ora, citando um artigo curioso da Prof.ª Manuela Vaz Coelho subordinado ao
tema “Gerir uma escola do ensino superior em época de crise”, que é o que iremos
fazer no próximo triénio, quando se trata de despedir, ao contrário de quando se trata
de contratar, nunca se usam nomes. Os Docentes a dispensar são anónimos e
anódinos – sendo o ETI o termo usado nesta operação de não renovação de
contratos.
31
Não temos dinheiro e no futuro próximo vai haver uma redução drástica das
dotações às universidades por parte do estado, já anunciada e da ordem dos 15%.
Esta demissão de responsabilidade esbarra com uma autonomia doentia, não fora as
universidades públicas viverem muito do orçamento do estado e não haver um suporte
legal para facilidades na angariação de receitas próprias.
Claro está que a manutenção de toda a estrutura escolar tem que ser
assegurada, e para isso, quer queiramos quer não, temos de lançar mão às verbas do
orçamento de estado, o qual irá ser manifestamente insuficiente para assegurar os
salários. Chegou a hora de optarmos por uma gestão concertada, onde as receitas
próprias terão que superar as insuficiências actuais e vindouras.
Temos que dar uma demonstração de eficácia e ser optimistas. As situações
de crise exigem das instituições projectos e posicionamentos estratégicos inovadores
de forma a transformar as dificuldades em oportunidades.
De igual modo, temos também consciência do aumento do peso da tecnologia
na profissão médico dentária e da diminuição da oferta no mercado de trabalho para
os nossos formandos, mas aceitamos que para vencermos a crise e obtermos o grau
de excelência a que nos propomos, além de adoptar novas tecnologias temos de
correr algum risco, inovar e jogar na antecipação, bem como evitar nivelar por baixo.
Tendo tudo isto em mente, a nossa proposta visa:

1- Promover a necessária alteração dos estatutos

Os estatutos que regem a FMDUP estão desactualizados. São antigos, não


estão adequados à nova legislação que orienta o ensino superior e perderam eficácia
no que se refere às necessidades da instituição. Além disso, há até directrizes
emanadas da Reitoria para que se proceda a essa reclamada transformação.
Razões de sobra então para que se nomeie uma Comissão para estudar e
elaborar uma proposta de alteração dos estatutos à Assembleia de Representantes.
Globalmente, algumas das sugestões que propomos passam por adaptar a
nossa constituição às novas directrizes para o ensino superior no que se refere à
essência transformadora dentro do espaço europeu, dando-lhe uma objectividade
mais contemporânea e um figurino mais consentâneo com o modelo proposto pela
jovem legislação, nomeadamente o Processo de Bolonha.
Considerando a vocação e as especificidades próprias da FMDUP, parece-
nos importante, criar estatutariamente a figura do Director da Clínica da FMDUP e as

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suas obrigações. Aliás, pesamos a hipótese de o Director Clínico estatutariamente
consignado ser elemento integrante do Conselho Directivo por inerência de funções.
Tal sugestão encontra fundamento na importância que a Clínica da Faculdade
assume na economia da instituição, sobretudo no que se refere ao contributo à auto-
suficiência financeira.

2- Aplicar uma gestão de rigor e transparência

Somos a favor de impor rigor e honestidade na gestão que pretendemos


ministrar. Um tal propósito obrigará certamente a uma gestão baseada numa acção
sempre concertada e totalmente transparente.
Um tal pressuposto aconselha a que facultemos semestralmente à
Assembleia de Representantes, um relatório das actividades e das contas havidas.
Na realidade, vêm aí tempos difíceis e diversos dos que estamos habituados
a consumir, já que se antevêem estrangulamentos financeiros progressivos e, como
sabemos, o financiamento público é questionável em termos de equidade.
Tal factualidade irá ter repercussões na distribuição das receitas, o que terá
reflexos nomeadamente no recrutamento de Docentes. Não nos podemos esquecer
que cerca de 90% do financiamento está locado a despesas de pessoal e que pouco
sobrará para a necessária manutenção do espaço físico, para o equipamento das
unidades pedagógicas, de investigação, clínicas e culturais.
O recurso a assistentes voluntários não nos parece ser uma solução, pois é
temporária, injusta e seguramente incorrecta. As sucessivas queixas dos Estudantes e
a nossa própria sensibilidade, dizem-nos que o recrutamento por simpatia ou por
conveniência de colegas para trabalho não remunerado, sem perspectivas de
progressão e fazendo muitas vezes tarefas Docentes de substituição quando deviam
ser de colaboração, não é aconselhável. Além disso, implica na não abertura de
concursos, o que invalida a progressão de colegas que deram provas de mérito
académico, gerando situações de injustiça flagrante e de desigualdade de
oportunidades em avaliações curriculares futuras, contrapondo-se uma alegada
experiência Docente ao mérito das classificações.
De igual modo, é preciso ter cuidado com a parcialidade nos contratos e com
contratos em lista de espera, uma prática perigosa, a evitar. Iremos a este nível, em
conversações atempadas, tentar fazer com que só se abram perspectivas de
contratação quando a fundamentação da necessidade caminhar em sintonia com o
necessário cabimento de verba.

33
Ainda acerca deste item, sabemos que a situação actual e próxima nos diz
que não se vão financiar os mestrados, apesar de ser importante a aposta neste tipo
de cursos. Eles terão de se auto financiar. Lá estaremos para apoiar e ajudar a
implementar as estratégias que se entendam adequadas.

3- Instituir uma estratégia concertada

Não tem sentido e será seguramente uma política a não adoptar, uma
liderança baseada na prepotência. Como já referimos, somos adeptos de uma
liderança com gestão participativa, onde as decisões se alcancem pela concertação
com base no diálogo.
Quem se propõe liderar uma instituição universitária, onde há demasiados
interesses de ordem individual e onde existem diversos e excessivos órgãos sociais,
deve levar a efeito uma reflexão sistemática sobre os aspectos que afectam a actual
medicina dentária, pois só assim poderá ir adequando a gestão às necessidades que a
classe profissional em particular e a sociedade em geral vão sentindo.
Ora, o progressivo envelhecimento da população, a maior necessidade de
tratamentos complexos e interdisciplinares, a transição de cuidados terapêuticos para
preventivos exige uma maior formação e diferenciação dos médicos dentistas. Para se
conseguir este salto qualitativo impõe-se uma revalorização do capital humano,
criando-se esquemas de promoção e recompensas de mérito e preferindo-se a
contratação de doutores como professores auxiliares a assistentes recém-licenciados.
As promoções devem basear-se no mérito e não na abertura de vagas.
É preciso uma alteração substancial da maneira de pensar, e para isso, será
imprescindível incentivar e motivar reuniões dos directores com os Grupos de
Disciplinas, promover reuniões entre os coordenadores dos Grupos de Disciplina a
título consultivo e sobretudo, para harmonizar posições, diligenciar reuniões periódicas
entre os Conselhos Directivo, Pedagógico e Científico. É também de todo o interesse o
planeamento de reuniões trimestrais com ordem de trabalhos prévia que contemple os
aspectos da vida académica, pedagógica e científica, associativa e cultural, com as
áreas científicas e Grupos de Disciplinas. Na realidade, pensamos que a actividade
pedagógica e científica deve estar intimamente articulada à escala do departamento
que é o principal nível de organização (Grupo de Disciplina).
Uma estratégia concertada passará também pela divulgação das nossas
competências e dos nossos serviços, através de uma representatividade
concertadamente distribuída pelos Docentes mais capazes do ponto de vista

34
comunicacional. A este nível importa referir a extrema importância da valorização das
relações interinstitucionais com a Reitoria e todas as suas dependências, a Ordem dos
Médicos Dentistas (OMD), o Instituto de Recursos e Iniciativas Comuns da
Universidade do Porto (IRICUP), a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
(FMUP), determinadas unidades hospitalares, outras Universidades, etc.
Dentro de todo o empenho concertado que se exige, importa também referir a
importância de efectuar um esforço decisivo para a implantação transversal da clínica
da FMDUP na comunidade. Terá de ser um projecto de todos.

4- Implementar uma política de mínimos

O problema das instituições públicas dos dias de hoje não se centra nos
funcionários que fazem os mínimos laborais exigíveis. Essas pessoas poderão ter
problemas de diversa índole, como dificuldades ao nível da saúde, contrariedades
financeiras, complicações de ordem familiar, etc. O problema centra-se nos que nada
fazem, nem sequer os mínimos.
Queremos que, pelo menos, todos façam os mínimos a exigir, pois dessa forma
conseguiremos que a instituição maximize os serviços educacionais, a investigação
científica e a acção clínica.
Como conseguir esta mais-valia?
Criando uma competitividade saudável entre os vários Grupos de Disciplina do
Quadro Orgânico da FMDUP. Claro está que para implementar essa competição será
imprescindível que ela seja previamente acordada, e que antecipadamente se saiba
quais são as normas pelas quais se rege. De entre elas haverá que estabelecer quais
serão os mínimos em termos de objectivos pedagógicos, científicos, clínicos,
associativos e culturais. Depois de fixados entre todos, quais os mínimos que cada
Grupo de Disciplinas deverá obter durante um ano lectivo, os órgãos sociais criarão os
mecanismos menos burocráticos possíveis para que se simplifique e promova a
exequibilidade desses propósitos em cada um dos Grupos.
No final de cada ano, será então um imperativo legítimo que os trabalhos e
acções realizados sejam relatados de forma a poderem ser comparados. Será então
mais acessível verificar-se quem cumpriu e quem não satisfez os mínimos exigidos em
concertação preliminar. Como se depreende tal verificação permitirá avaliar e auto-
avaliar o desempenho:
- os que por mérito excederem as expectativas cumprindo mais que o exigido,
estarão em condições de ensinar os que apenas conseguiram os mínimos;

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- os que cumprirem apenas os mínimos predeterminados, sentirão o mérito de
ter cumprido o que a instituição lhes reclamou e sentir-se-ão motivados a uma
maior produção no ano seguinte na comparação com quem os superou;
- se vierem a existir Grupos de Disciplinas que não obtenham os mínimos, terá
que se analisar a situação e promover as alterações que se achem
necessárias.

5- Tornar os serviços mais produtivos e lucrativos

Todos sabem que a efectivação de projectos à escala institucional implica a


existência de dinheiro disponível.
A proveniência do dinheiro a gerir na FMDUP é diversa, se levarmos em linha
de conta as dotações orçamentais relativas à autonomia universitária em função dos
ETIs, as propinas relativas aos ensinos pré e pós-graduado, os honorários devidos a
serviços clínicos, receitas de eventos científicos e alguns patrocínios.
Todavia, fácil será compreender que as dotações irão decrescer em virtude
das políticas governamentais e caso não invertamos o rácio Docente/aluno. Daqui se
infere que será então vital implementar uma política educacional de excelência que
vise a atracção de mais Estudantes e apostar no aumento de alunos na área da pós-
graduação. Por outro lado, será do todo em todo razoável pensar na rentabilização
dos serviços para os quais estamos preparados para agir, como seja a oferta de
formação contínua e a prestação de cuidados clínicos.
Porém, a “rentabilização” dos serviços não passa apenas por garantir formas
de gerar dinheiro, mas sim e também pelo correcto aproveitamento dos recursos
existentes e na perspicácia de certas compras que perspectivem uma utilização de
benefício institucional.
Considerando o melhor rendimento dos recursos e das existências muito há a
perpetrar. Desde logo um aproveitamento pleno da Clínica, com apenas um mês de
férias em Agosto. Na verdade, a FMDUP tem uma Clínica grande e bem apetrechada,
mas que relativamente ao seu investimento e à sua dignidade e amplitude apresenta
poucas horas de funcionamento, com desvantagens para os possíveis utentes e com
prejuízos evidentes para o ensino. Ainda a nível da Clínica da FMDUP, parece-nos
importante implementar uma política de incentivos para cativar mais utentes, onde não
será demais encarar-se a possibilidade de objectivar protocolos e convénios com
unidades hospitalares. Tais acordos terão como finalidade melhorarem os serviços

36
clínicos de âmbito pluridisciplinar como sejam as terapêuticas das deformidades
dentofaciais e o tratamento de fissurados e de certos distúrbios craniomandibulares.
Ponderando ainda o melhor proveito dos recursos, interessará encarar a
implementação faseada do uso da Internet como veículo privilegiado de informação
interna, diminuindo a circulação de “papel” e optando pelas tecnologias informáticas já
firmadas na FMDUP. Aliás, o SIGARRA tem ferramentas a aproveitar com mais
vantagens, como seja o “e-mail dinâmico” e a disponibilização automática de
informação, o que reduzirá a duplicação de serviços. É o caso da edição de pautas
relativas a testes e exames e de certos termos a enviar para Secretaria.
Também no que se refere à educação pós-graduada se poderão economizar
gastos com a efectivação de módulos pedagógicos com utilidade para diferentes tipos
de curso.

6- Apostar na qualificação e “rentabilização” da Clínica da Faculdade

Tem havido francas melhorias na organização e desempenho da Clínica da


FMDUP durante os dois últimos anos. Todavia ainda aquém do necessário.
Na verdade, não se tem conseguido melhor porque não tem sido dada a
devida credibilidade aos relatórios que oportuna e devidamente foram apresentados
anualmente aos diversos órgãos sociais da Faculdade.
O último relatório (2005-2006) publicado, merecedor dos nossos
cumprimentos, demonstra que a Clínica da FMDUP é a área que mais recursos
humanos e financeiros movimentam dentro da instituição, o que a torna num pólo de
interesse técnicoprofissional e científico extraordinário, já que a sua actividade se
exerceu a três níveis educacionais: a pré-graduação, a pós-graduação e um estágio
clínico experimental e tutelado para recém-licenciados. Citando o próprio documento,
são razões de sobra para que haja uma forte preocupação para os dirigentes da
FMDUP.
Com efeito, o actual Director apresentou este ano uma relação
circunstanciada sobre a evolução da Clínica com um estudo analítico subjacente, onde
para além de diversos aspectos positivos se dá conta das presumíveis razões de
algumas deficiências, dando a conhecer outrossim quais as carências mais
prementes. De entre elas, salienta-se o facto de se estar a aperfeiçoar o “software”
para a gestão de consultas com o propósito de agilizar os procedimentos e melhorar a
acessibilidade ao programa em uso, não tendo havido contudo e lamentavelmente o
devido empenhamento de todos os Docentes durante o ano transacto.

37
No capítulo organizativo e de gestão de pessoal, deu-se conta de queixas
frequentes na falta de atendimento telefónico, filas para pagamento de serviços
clínicos e para a marcação de novas consultas e grande utilização de listas de espera.
Dito de outra forma, tudo aquilo que uma instituição moderna não quer em termos de
afirmação e que é preciso alterar com urgência.
Não é objectivo desta moção de estratégia repetir a análise apresentada por
quem de direito a apresentou, até porque o referido relatório é público. Apesar disso,
parece-nos importante dar destaque a certas medidas sugeridas e outras que nos
parecem de valia vir a implementar, como sejam:
- organizar um Regulamento Interno da Clínica (RIC);
- instituir a figura do Responsável/dia pela Clínica;
- implementar uma política de incentivos para cativar mais pacientes;
- promover a excelência do acto clínico médico dentário, justificando ao
paciente a utilização de serviços prestados por uma academia;
- exigir pontualidade, simpatia e respeito no atendimento;
- diminuir as burocracias e facilitar a acessibilidade aos tratamentos;
- acabar com listas de espera;
- criar os postos de trabalho necessários que justifiquem a estratégia de
rentabilização da Clínica, como seja os requeridos recursos humanos,
nomeadamente um funcionário para a recepção, um para assistência à clínica
e um técnico de radiologia;
- desenvolver o “software” da clínica, de tal forma que permita um controlo
ainda melhor e que seja mais vocacionado para o ensino;
- renovar a imagiologia, considerando desde logo a compra de um aparelho
de radiologia digitálico (encarar uma compra pelo sistema “leasing”);
- alterar as tabelas de honorários, actualizando-as e separando os
tratamentos gerais daqueles mais especializados;
- estudar a possibilidade de abrir a Clínica a Docentes, com honorários
percentuais relativos aos actos clínicos praticados;
Pensamos que a Clínica da Faculdade deve constituir uma alternativa válida
para todos os tipos de público-alvo. No entanto, deve haver a preocupação de manter
também um componente social, como por exemplo criar condições mais favoráveis
para crianças e idosos provenientes de Instituições Sociais.

38
7- Controlar e diminuir as despesas

É do conhecimento geral que a nível nacional, as políticas de educação estão


fortemente vocacionadas para o controlo de despesas. Todavia, não parecem ter
fundamentos estatísticos, já que estamos a gastar em média menos dos que os países
europeus e continuamos a ter uma situação mais fragilizada na instrução da
população.
Contudo não somos governo e os cortes financeiros previsíveis irão
seguramente obrigar a uma ginástica de gestão sem falhas com algum risco inerente a
qualquer tipo de procedimento e a um controlo apurado das despesas a efectuar.
Ao longo desta exposição “Em busca da excelência com uma gestão moderna
e eficaz”, já fomos dando várias dicas para esse imprescindível controlo da despesa.
Todavia, achamos que devíamos desenvolver um pouco mais este assunto.
Em primeiro lugar, assumir desde já que não poderá haver progresso sem
despesa. Na verdade, exercer uma actividade implica consumo e investimento. Por
isso, temos é que considerar que o dispêndio tem que ser controlado, separando bem
a despesa que é inerente à actividade do “despesismo”, o qual significa gastar demais
para se obter o mesmo produto ou serviço.
Uma área onde certamente haverá excessiva despesa é no consumo
desmedido de materiais na Clínica. Há de facto uma convergência de opiniões nesse
sentido, razão pela qual se justifica uma averiguação urgente para se apurar a
verdade. Temos consciência da dificuldade que sempre houve em efectivar esse
controlo, mas haverá seguramente uma metodologia a estudar a aplicar.
Outra área onde poderemos diminuir a despesa tem a ver com o gasto
supérfluo de papel. A este nível convém implementar algumas normas que visem
evitar o desperdício. Uma delas é instituir que a correspondência interna seja
distribuída via e-mail dinâmico (SIGARRA), o que poupa trabalho de distribuição, é
ecológico e é mais facilmente arquivável. Também neste âmbito, importa racionalizar
os gastos com as fotocópias, criando um regulamento que além de fazer cumprir o
legislado pelo respeito dos direitos de autor, converta a utilização numa acção
sustentável.
Mesmo na área educativa, a FMDUP poderá adoptar uma estratégia menos
consumista. Podemos citar diversos exemplos de procedimentos que urgem aplicar:
- aumentar o número de Estudantes em certos cursos da área da pós-
graduação (não tem sentido e é inclusivamente um luxo a disponibilização de
módulos de ensino para dois alunos);

39
- fazer corresponder a abertura dos cursos do 3º ciclo e conseguir um
convergência de horários em determinadas áreas para que se possam
disponibilizar aulas de assuntos similares a um maior número de Estudantes
com apenas uma despesa;
- criar um departamento de Metodologia Científica e Estatística, que além do
interesse já discutido na rubrica “Em prol de uma educação universitária”, irá
inevitavelmente justificar o dispêndio do seu funcionamento com o que se irá
poupar ao evitar os recursos externos.

8- Proporcionar uma autonomia progressiva e controlada

Na gestão de uma instituição que é viabilizada pela autonomia universitária,


interessa saber conjugar a autoridade com descentralização de responsabilidade.
Fiéis a tal princípio, somos a favor de promover áreas de autonomia dentro da
FMDUP, desde que se concertem previamente as normas que irão reger essa
modalidade de funcionamento.
Embora sujeito a análise e discussão futura, somos de opinião em agilizar
uma autonomia progressiva e controlada por áreas científicas e/ou clínicas. Pensamos
que será assim mais simples a gestão dos recursos humanos (como o recurso a
especialistas de fora da universidade e a contratação de pessoal qualificado), a
prestação de serviços clínicos, a gestão dos lucros em prol dos objectivos do
departamento, etc.
Além disso, a autonomia favorece a diferenciação, fermento da
competitividade que interessa à instituição.

9- Conseguir a auto-suficiência

Por diversas vezes abordamos este tema ao longo da exposição que


entendemos levar a efeito sobre a estratégia a adoptar na liderança participativa nos
destinos da FMDUP. Ressaltam daí alguns aspectos que interessam sublinhar para
que o aumento da produtividade se venha a traduzir na desejável auto-suficiência.
Um deles passará inexoravelmente pela “rentabilização” da Clínica enquanto
elemento privilegiado na angariação dos fundos que interessam à instituição por
implicar uma menor dependência futura das dotações estatais. Ora a esse nível
interessará aumentar a consulta externa, incrementando os índices de aceitação dos
serviços a prestar com uma política de sedução do público. Simultaneamente deverá

40
encarar-se o aumento do horário de atendimento, bem como os dias de funcionamento
da Clínica.
A concessão de autonomia progressiva departamental irá certamente
cooperar para este objectivo, já que a delegação significa também confiar autoridade e
responsabilização, mas com controlo. Para melhorar os índices curriculares, com a
efectivação de projectos de investigação e disponibilização de módulos pedagógicos
nos planos teórico e prático, as áreas autonomizadas serão profícuas na procura de
receitas próprias que viabilizem as intenções.
Ainda no capítulo do esforço a empreender pela auto-suficiência, cuidamos
ser da maior importância conseguir a separação económica dos cursos relativos aos
1º e 2º ciclos dos do 3ºciclo (pós-graduação). De facto, é necessário encetar esforços
para que o 3º ciclo se auto financie, e, nessa conformidade, aquela separação
autorizará de forma mais facilitada os inevitáveis e essenciais estudos analíticos.

10- Controlar o funcionamento institucional

O controlo do funcionamento da FMDUP é tão difícil quanto necessário. A


instituição é de dimensão apreciável, disponibiliza serviços de variada índole, e tem
nos seus quadros pessoal muito diverso nas suas aptidões profissionais e hierarquias
curriculares.
Verificar a assiduidade e a pontualidade, o cumprimento dos objectivos
profissionais, o comportamento ético e o respeito pelas normas e convenções
acordadas na instituição, é tarefa impensável para que não seja delegada por áreas e
se faça depois o controlo por inspecção. Essa será a nossa política: efectuar uma
estratégia global de motivação para obter um esforço colectivo (Docentes e alunos)
para o cumprimento rigoroso do horário das aulas, mostrando o benefício da
pontualidade em termos institucionais e individuais. Somos por isso a favor de eliminar
o processo actual de “marcação das presenças” dos Docentes, pois é absolutamente
ridículo e não reflecte a verdade. Claro que não propomos instaurar um regime do tipo
policial, nem tão pouco criar um galardão para os colegas que demonstrem estar mais
tempo dentro da Faculdade, pois tal facto vale pelo que vale.
De qualquer forma, haverá aspectos que interessam controlar, como sejam a
presença pontual e efectiva nas aulas e no apoio à Clínica e o cumprimento dos
objectivos e das obrigações mínimas de cada Docente, discente e funcionário.
Na verdade, se queremos ser referência é imprescindível haver um maior rigor
na aplicação das regras de funcionamento da instituição.

41
11- Desenvolver uma autoavaliação rigorosa

Vivemos uma era de competição entre as Universidades de forma


multinacional.
As razões que a justificam são diversas. Por um lado, pensa-se que a
avaliação externa das instituições universitárias provocará uma competição com
benefícios para a sociedade europeia, já que permitirá uma concorrência mais
vantajosa relativamente às grandes potências. Por outro lado, essa avaliação
enquanto classificadora, poderá justificar as acções governamentais, quer a nível dos
financiamentos, quer nas decisões que viabilizam ou inviabilizam uma determinada
instituição de ensino superior.
Entendemos que qualquer regime de avaliação se deve qualificar pela
equidade, pela isenção, pela transparência e deve ser pública, clarificada e
institucional. Além disso, ela deverá ser rigorosa e abrangente.
Claro está que as regras devem ser bem conhecidas para que
antecipadamente às avaliações externas vindouras nos preparemos com a
instauração de regimes de autoavaliação e com as alterações sugeridas em relatório
pelas duas avaliações anteriores.
A autoavaliação é da maior importância, pois oferece-nos a oportunidade de
nos conhecermos naquilo que nos favorece e no que somos menos válidos. Ensina-
nos onde devemos insistir em termos formativos, organizativos e produtivos.
A este nível interessa percebermos que a nossa acção não tem que ser apenas
passiva e pode ser também participativa e modificadora. Não partilhamos da opinião
que basta aceitar as regras que nos impõem. É necessário também criar opinião e
publicitá-la da melhor forma. Por exemplo, não está certo que os Docentes
universitários sejam avaliados quase exclusivamente por parâmetros de qualidade
científica, sendo a componente de docência claramente negligenciada.

12- Qualificar os quadros

Uma Faculdade que queira modernizar-se e pensar em competir em termos


de qualidade considerando os aspectos científicos e educacionais, terá que se
preocupar sobremaneira em qualificar os seus quadros Docentes.
É nossa convicção que o caminho a seguir será:

42
- inverter a pirâmide hierárquica na docência, fazendo com que hajam cada
vez mais professores categorizados (o ideal seria que houvessem mais
catedráticos que assistentes);
- ter pelo menos 75% dos seus Docentes doutorados;
- preferir a contratação de pessoal qualificado aos recém-licenciados;
- evitar a política de utilização de assistentes voluntários.

Tudo isto será mais simples de implementar se adoptarmos uma política de


“meritocracia” que recompense quem sistematicamente se qualifica em termos
pedagógicos, científicos e culturais.

13- Assessoria jurídica

É importante que os responsáveis eleitos para liderar a gestão da FMDUP


tenham a humildade de compreender que existem hoje imensas razões que justificam
criar-se acessibilidade a uma assessoria jurídica.
Na realidade, a nova e imensa legislação aplicável ao ensino superior e as
inovações e mudanças requeridas para uma gestão mais adequada ao momento
actual, implicam muitas questões do foro jurídico, administrativo e contabilístico que
requerem a opinião segura de peritos.
É nossa intenção analisar a melhor forma de conseguirmos um apoio
qualificado e pronto a este nível.

14- Desenvolver o “marketing”

A FMDUP tem serviços a prestar considerando as vertentes educacionais,


científicas e clínicas.
Só os poderá levar a efeito se tiver Estudantes para formar, Docentes para
qualificar, empresas interessadas em patrocinar investigações, e doentes para tratar.
É então de toda a conveniência, lançar mão de políticas de atracção através
da divulgação programada das suas competências e da qualidade dos seus serviços
(se não apareces desapareces).
Costuma haver a este nível alguma relutância por parte dos académicos, mas
importa mudar as mentalidades. No entanto, quer se queira quer não, a FMDUP é
também uma estrutura do foro empresarial inscrita numa comunidade e, como tal,
sujeita à selecção dos seus frequentadores. É então necessário identificar o mercado

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alvo e provocar estratégias de sedução assentes na qualidade dos serviços a
disponibilizar, sem todavia perder a noção do comportamento ético.

15- Certificar a Clínica da Faculdade em termos de qualidade

Tendo em vista a qualificação da nossa instituição e a de todos quantos nela


colaboram, entendemos que no segundo ano do mandato para o qual esperamos ser
eleitos, devemos objectivar um processo de certificação de qualidade levado a efeito
por uma estrutura independente.
Tal meta, justifica-se em termos de “marketing” e encontra fundamento na
criação de um objectivo colectivo que irá certamente constituir-se num agente
motivador do trabalho em equipa e no desenvolvimento de mais valias no plano
humano dentro da FMDUP.

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4- PELA AFIRMAÇÃO INSTITUCIONAL E INDIVIDUAL

“Quando é necessário mudar? Antes que seja necessário”.


Claus Muller

As instituições, enquanto associações de seres humanos ligadas por


convenções, têm necessidade de afirmação social. Embora esta afirmação esteja
intimamente ligada a uma procura de influência, onde cada um dos elementos que as
constituem procura um certo poder, o processo de afirmação institucional e pessoal
passa por uma estratégia. É preciso criar ou adoptar objectivos, despender esforço
para os alcançar e depois atingi-los. Sem esta linha condutora não há afirmação
possível. Todos precisam de ter objectivos, os quais para serem atingidos requerem
esforço, e todos precisam de conseguir alcançar pelo menos alguns desses
propósitos. Em termos pessoais, a falha em realizar objectivos ao longo da vida resulta
em derrotismo, perda de auto-estima ou até depressão. Em termos institucionais,
perde-se o sentido associativo, o trabalho em equipa, a rentabilidade profissional e
entra-se em queda produtiva. Ora, para obviar estes problemas, é preciso criar o
caminho para a afirmação institucional e individual, isto é, precisar os objectivos cuja
realização exija empenhamento e depois obter o respectivo sucesso na sua
efectivação.

Contudo, a afirmação institucional e individual pode beneficiar muito de um


outro componente, a autonomia. Com efeito, para executar com êxito os seus
objectivos, a maior parte das pessoas precisa de autonomia em maior ou menor grau.
Os esforços a empreender devem ser da sua própria iniciativa e têm de se manter sob
o seu comando e controlo. No entanto, a maior parte das pessoas conseguem-no
melhor pertencendo a pequenos grupos. Assim, se meia dúzia de pessoas discutem
um objectivo entre si e o realizam com sucesso através de um esforço conjunto, isto
serve para a sua necessidade do processo de afirmação pessoal. Muito grupos de
sucesso ajudarão para a afirmação institucional criando-se depois o sentido de uma
identidade institucional.

A afirmação da FMDUP, enquanto instituição universitária passará pela


objectivação do que pretende num futuro próximo, pela estratégia e pelo esforço para
os conseguir com sucesso dentro de uma autonomia parcelar e progressiva em áreas

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a definir do ponto de vista pedagógico, científico, clínico e cultural. Para a efectivar
importará:

1- aumentar a presença no palco da Universidade

A nova legislação para o ensino superior tem obrigado a um empenhamento


conjuntural que há muito não se vislumbrava na nossa Universidade. As mudanças
são em quantidade e em qualidade, o que gera debates e cria novos protocolos de
actuação pedagógica, estratégias diferentes para a investigação e desenvolvimento,
alterações programáticas dos cursos, etc.
A FMDUP não pode perder este comboio e está em posição privilegiada para o
fazer.
Com efeito, estamos em condições de enfrentar esta “adequação”, pois a maior
parte dos professores desta unidade orgânica da Universidade do Porto são
praticamente da mesma geração e estão habituados às mutações que vêm
acontecendo a uma velocidade crescente. Não tivemos tempo para sermos
conservadores nem para criarmos as raízes do poder académico instituído.
Por outro lado, temos que nos lembrar que não basta fazê-lo e é preciso
demonstrá-lo. Uma das formas é participar mais com a academia, isto é aumentar a
nossa presença no palco da Universidade do Porto. É necessário interagir com maior
proximidade com a reitoria e com as suas delegações.

2- incentivar o sentido de identidade institucional

A qualificação da FMDUP passa inexoravelmente por fazer crescer um forte


sentido de identidade institucional, que promova o orgulho de todos quantos
pertençam aos seus quadros. Para tal, parece-nos de grande importância a
necessidade de coesão e de defesa da imagem da instituição.
Para o concretizar, será obrigatório adoptar objectivos comuns que nos
projectem para o exterior e nos credibilizem perante os nossos pares. Há hoje diversas
formas de o fazer, sendo uma das mais prementes os contributos que poderemos dar
para projectar a nossa Universidade no seio da Europa como referência, tendo em
conta o novo figurino de Bolonha.

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3- intensificar a visibilidade

O interesse da visibilidade da nossa Faculdade no campo da oferta


educacional, do que se ensina, do que investiga e do que faz, é inegável.
Para tal interessará demonstrar o interesse público dessa oferta educacional,
bem como dos serviços que podemos disponibilizar à comunidade, sejam eles do foro
epidemiológico, de índole clínica ou de qualquer outro cariz.
Como consegui-lo?
Temos várias propostas que passamos a expressar:
- conseguir uma mudança modernizadora tal que possa despertar interesse
nos meios de comunicação social. Importa que essa afirmação seja vista como
uma acção no contexto do desenvolvimento da Região Norte;
- investir na imagem da Faculdade com a divulgação dos serviços e projectos
no meio académico e na sociedade civil, usando para isso vários meios como
por exemplo a disponibilização de prospectos informativos aos visitantes e
utentes. Aproveitar os resultados das avaliações externas na divulgação da
FMDUP;
- desenvolver um serviço de saúde oral comunitária, com apoio às autarquias e
ao SNS;
- organizar eventos científicos com qualidade e com uma abrangência que
cative uma maior quantidade de profissionais da área da saúde oral;
- instituir o Dia da Faculdade, com a divulgação dos cursos e com a
apresentação dos indicadores obtidos nos relatórios de actividade anual, com
elaboração de brochura e conferência alargada;
- efectuar uma sessão especial de “charme” para os Estudantes do 1º ano e
seus familiares, no início do ano lectivo, com a participação obrigatória dos
Docentes e dos alunos. Pretende-se com esta acção a apresentação da
FMDUP e da sua evolução ao longo dos anos, dos cursos, da formação pós-
graduada que disponibiliza (com indicadores), das especialidades médico
dentárias, etc., enfim das possibilidades em oferta de emprego. Organizar-se-á
também uma visita às instalações da Faculdade.

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4- apostar numa representatividade forte

Para uma ampla e eficaz afirmação da FMDUP bem como para se criar o
sentido de identidade institucional, será vital desenvolver mecanismos de divulgação,
os quais passarão inevitavelmente por uma representatividade forte.
Apesar de estatutariamente, o Presidente do Conselho Directivo ter essa
obrigação, será exígua para o que se pretende num futuro próximo. Quer isto dizer
que essa representatividade deverá ser apanágio de todos quantos têm
responsabilidades de gestão, de educação e clínicas.
Ao Presidente caberá tutelar essa representatividade, como agente motivador
de toda a comunidade que constitui a instituição e executor das estratégias propostas
e assumidas, sendo o factor de coesão e indutor da coerência de funcionamento.

5- acentuar a competitividade e a polaridade

A competitividade é a nova fórmula para o futuro universitário.


Por isso, é preciso projectar polaridades dentro da FMDUP, promovendo
diálogos sectoriais, criando objectivos por grupos, estabelecendo autonomias
progressivas com delegação de autoridade e controlo da responsabilidade.

Claro está que paralelamente, interessará motivar.


E, para isso, será de considerar a atribuição de incentivos à produção científica
(por exemplo, por cada artigo científico publicado numa revista indexada, o respectivo
departamento recebe uma determinada quantia em dinheiro para utilizar em trabalho
de investigação).

6- melhorar a oferta educacional

Apesar das avaliações externas a que as instituições universitárias estão agora


obrigadas, basearem as suas aferições com privilégio para os indicadores de
produção científica com a participação em projectos I&D, publicação de artigos
científicos em revistas indexadas e a produção de teses de mestrado e de
doutoramento, não nos podemos olvidar da função educacional a que estamos
obrigados por inerência de funções.
Tal facto veicula a necessidade de valorização dos aspectos pedagógicos e a
diversificação da oferta educacional (curso de higienistas orais, curso de assistentes

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dentários, curso de técnicos de prótese), nomeadamente a formação ao longo da vida
e a formação pós-graduada.
Também a este nível será preciso alguma preocupação com a divulgação
dessa oferta, desenhando uma Brochura da Faculdade preparada pelos Grupos de
Disciplinas.
Na qualificação pedagógica que está intrinsecamente ligada à melhoria da
oferta educacional, será promovida uma campanha para a utilização das ferramentas
informáticas disponíveis - SIGARRA e plataforma eLearning – para disponibilizar o
máximo de informação pedagógica relativa às disciplinas. Aliás, este aspecto será
fundamental para o registo e para a evolução da actividade pedagógica da Faculdade.
Iremos também dentro deste aspecto motivar os Coordenadores de Grupos de
Disciplinas no sentido de que as aulas teóricas sejam ministradas só por professores.
Temos presente que a actividade Docente é hoje muito absorvente já que se
tornou demasiado burocrática. A par da preparação e da leccionação das aulas, o
Docente de hoje tem que dar resposta a uma série de obrigações que os sistemas
universitários foram criando ao mesmo tempo que foram exacerbando a lei dos
disponíveis, o que motivou que o actual professor tenha amplas funções de
secretariado. Parece-nos então chegado o momento de criar um verdadeiro Manual do
Docente.

7 - privilegiar o intercâmbio científico

O intercâmbio científico inter e intra-institucional, a nível nacional e


internacional deverá ser base de promoção da nossa instituição. Nessa base, importa
enfatizar mais a proximidade entre os Grupos de Disciplinas e as áreas científicas.
Para tal dever-se-á aumentar permuta científica entre os Grupos da FMDUP e
promover as estratégias para incrementar os indicadores internacionais de produção
científica, através do incentivo à participação em projectos de investigação, à
publicação em revistas da especialidade, assim como à participação activa em
congressos nacionais e internacionais.
Com efeito, será de todo em todo essencial à FMDUP que se instaurem
projectos de investigação por áreas científicas, em que a aferição dos níveis e padrões
de desempenho através de relatórios de actividade, sejam fomento de uma
competitividade salutar em termos institucionais. Nesse sentido, deverão ser
instituídos prémios anuais para os Grupos de Disciplinas, assim como para Estudantes
do ensino pré e pós-graduado e também para os Docentes.

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Claro está que para alcançarmos um patamar de excelência, devemos
considerar a motivação para a candidatura a programas de financiamento nacionais
(como por exemplo, a FCT) através de projectos de investigação interdisciplinares
dentro da instituição.
A este nível, terá também muito interesse, a publicação da Revista da
Faculdade (já sugerida anteriormente), onde, também aí, os Grupos de Disciplina
terão responsabilidades acrescidas na publicação de artigos com interesse científico,
clínico e pedagógico, constituindo-se num veículo de informação e de divulgação por
excelência.

8- qualificar os serviços clínicos

Os serviços clínicos da FMDUP são vitais para a sua existência. Além da


inerente promoção de saúde oral aos pacientes, constituem-se numa fonte de dados
para investigação e são a base do treino pedagógico de todos quantos vão abraçar a
profissão médico dentária. Como se tudo isso não fosse já por si só justificativo da sua
importância, a clínica assume relevância na angariação de dinheiros que poderão ser
aproveitados na afirmação institucional da FMDUP.
Por todas essas razões impõe-se a sua qualificação. Encaramos assim vir a
concorrer em termos de certificação de qualidade, pois tal atitude simplificará a
divulgação dessa qualificação e ajudará à afirmação institucional. Como já referimos,
esta acção terá ainda a vantagem de motivar uma acção colectiva.

9- publicar regularmente os resultados de desempenho

O rigor e a transparência de uma gestão que se quer afirmar pela eficácia das
suas acções obrigará certamente à publicação regular de relatórios de actividade e
resultados obtidos.

10 - valorizar antigos alunos que se notabilizaram

Qualquer instituição que se preze constrói a sua história não só com o passar
do tempo, mas também e sobretudo com a demonstração inequívoca que valeu a
pena a sua existência. Uma forma de o fazer é valorizar a sua matéria-prima, os
antigos formandos e mostrar que são pessoas de sucesso e que através da formação
obtida na FMDUP foi possível o desempenho socioprofissional com êxito.

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Nessa base, interessará valorizar antigos alunos que se notabilizaram no meio
socioprofissional, convidando-os, por exemplo, a participar no Dia da Faculdade e na
apresentação da Faculdade aos novos Estudantes.

11- apoiar o médico dentista e promover uma maior abertura aos antigos
alunos

Pensamos ser de todo o interesse criar um Gabinete de Apoio ao Médico


Dentista formado na nossa Faculdade.
Nesse Gabinete iremos garantir o aconselhamento sério sobre as carreiras
profissionais e académica e informações sobre o exercício profissional.
Também dentro desta temática iremos solicitar ajuda dos antigos alunos e
apoio à Ordem dos Médicos Dentistas.

51
AGRADECIMENTOS

Ao Sr. Prof. Doutor António Cabral Campos Felino pela perspicácia, pelo estímulo e
pela confiança

À Sr.ª Prof.ª Doutora Maria Helena Raposo Fernandes pelas ideias e pela serenidade
que empresta ao que faz

Ao Sr. Prof. Doutor Paulo Rui Galrão Ribeiro de Melo pela pronta colaboração

Ao Sr. Prof. Doutor Mário Jorge Rebolho Fernandes Silva pelo apoio e incentivo

Ao Sr. Prof. Doutor Fernando Jorge Morais Branco pela permanente disponibilidade e
doutos pareceres

Ao Sr. Prof. Doutor João Fernando Costa Carvalho pelos informes e relatórios da
actividade clínica da Faculdade

À Sr.ª Dr.ª Maria Margarida Ascenção Correia Lessa pelas pesquisas, pelos recursos e
pelo secretariado

A todos os Colegas por terem transmitido o entusiasmo e por acreditarem

A todos os Estudantes por justificarem o empenho e os objectivos

52
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1
Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa.15.ed.São Paulo: Paz
e Terra, 2000. p36-37.
2
Costa, João Vasconcelos. “A Universidade no seu labirinto”. Editorial Caminho. 2001. ISBN 972-21-
1471-4.
3
http://jvcosta.planetacix.pt/
4
“The Europe of Knowledge 2020: A vision for University-Based Research and Innovation.
5
Athans Michael. Universidades Portuguesas: porque não as melhores? (athans@isr.ist.utl.pt ).
6
Citando o Cardeal Newman.
53

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