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movimentação e
armazenamento de
produtos perigosos
Transporte de produtos perigosos:
Introdução
Avanços tecnológicos
Aumento expressivo da demanda por novos
materiais e produtos químicos
Cresceram também o volume de produtos
perigosos armazenados e transportados
Transporte de produtos perigosos:
Introdução
Planejamento da prevenção de acidentes com
produtos perigosos ocorre nas várias fases do
processo
◦ produção, transporte, transformações, utilização e
disposição final
Os maiores riscos encontram-se nos transportes
◦ A carga é exposta a situações em não há como evitar
riscos devido a fatores adversos
acidentes com outros veículos, condições de transporte e do
trânsito, traçado da pista e de sua manutenção, habilidade e
condição do motorista.
Transporte de produtos perigosos:
Introdução
Conforme a legislação em vigor
◦ impactos ambientais em acidentes com derramamentos
Carga perigosa pode ser definida como:
◦ produtos químicos, naturais ou sintetizados, que
possam apresentar qualquer risco direto ao ser
humano, ou impacto no ambiente natural
Produtos inflamáveis, explosivos, corrosivos,
tóxicos, radioativos em seus três estados físicos
Também produtos químicos que, apesar de não
apresentarem riscos, poderão ser incorporados
ao curso de águas ou absorvido pela terra
gerando carga poluente
Vias de intoxicação
Transporte de produtos perigosos:
Legislação
Instrumentos legais:
Decreto-Lei nº 2.063 de 6/10/83 sobre multas
aplicadas por infrações à regulamentação para a
execução de serviços de transporte rodoviário
de cargas ou produtos perigosos.
Transporte de produtos perigosos:
Legislação
Regulamento do Transporte Rodoviário:
Decreto n° 96.044, de 18/05/1988, sobre o
Regulamento para o Transporte Rodoviário de
Produtos Perigosos.
Transporte de produtos perigosos:
Legislação
Regulamento do Transporte Ferroviário:
Decreto nº 98.973 de 21/2/90, aprova o
Regulamento do Transporte Ferroviário de
Produtos Perigosos.
Transporte de produtos perigosos:
Legislação
Alterações dos Regulamentos dos
Transportes Rodoviário e Ferroviário:
Decreto nº 4097, de 23/01/2002, que altera os
art. 7º e 19 dos Regulamentos para o transporte
rodoviário (Decreto 96.044/88) e ferroviário
(Decreto 98.973/02) de produtos perigosos.
Transporte de produtos perigosos: Legislação
Instrumentos Jurídicos: Ministério dos
Transportes e Ministério da Justiça;
◦ Portarias e resoluções:
DENATRAN
Códigos das infrações no transporte Rodoviário de
Produtos Perigosos;
CONTRAN
Cursos de Treinamento Específico e Complementar para
Condutores de Veículos Rodoviários Transportadores de
Produtos Perigosos.
MT
Instruções para Fiscalização de Transporte Rodoviário de
Produtos Perigosos
ANTT
Instruções Complementares ao transporte terrestre de
produtos perigosos.
Transporte de produtos perigosos: Legislação
Número da ONU
•Nitrogênio - 1066
• Metanol – 1230
• Etanol - 1170
NBR 7500- Identificação para o transporte terrestre,
manuseio, movimentação e armazenamento de
produtos
Transporte a granel:
unidades vazias sem terem sido
descontaminadas
sujeitas às mesmas prescrições que a
unidade de transporte carregada.
NBR 7500- Identificação para o transporte terrestre,
manuseio, movimentação e armazenamento de
produtos
Carga fracionada:
Além das unidades de transporte, as
embalagens devem conter
◦ rótulos de segurança
◦ e símbolos.
NBR 7500- Identificação para o transporte terrestre,
manuseio, movimentação e armazenamento de
produtos
Desenho e modulação dos rótulos de risco
NBR 7501- Transporte terrestre de produtos
perigosos: Terminologia
Descontaminação:
Remoção física dos contaminantes ou alteração da
natureza química para substâncias inócuas;
Desvaporização:
Remoção dos gases ou vapores inflamáveis do
interior do tanque;
Embalagem confiada ao transporte:
Aquela destinada ao transporte;
Explosão:
Fenômeno físico ou químico com grande velocidade
de propagação, liberação de energia acumulada,
vibração e deslocamento de ar;
NBR 7501- Transporte terrestre de produtos
perigosos: Terminologia
Explosão em massa:
Afeta toda a carga de maneira instantânea;
Explosivo dessensibilizado:
Substâncias explosivas que, mediante adição de
quantidade suficiente de água, álcool, água e álcool
ou diluídas com outras substâncias para formar uma
mistura sólida homogênea, têm as propriedades
explosivas suprimidas.
◦ Exemplo: nitrocelulose, transportada adicionando-
se 30% de água.
NBR 7501- Transporte terrestre de produtos
perigosos: Terminologia
Gás liquefeito:
Gás que, quando acondicionado para transporte, é
parcialmente líquido à 20 °C;
Gás comprimido:
Gás que, quando acondicionado sob pressão para
transporte, é completamente gasoso à 20 °C;
Gás tóxico:
Tóxico ou corrosivo para pessoas, constitui risco à
saúde por apresentar concentração letal igual ou
inferior a 5000 ppm;
NBR 7501- Transporte terrestre de produtos
perigosos: Terminologia
Oxidante:
Embora não seja necessariamente combustível, pode
causar combustão de outros materiais ou contribuir
para isso;
Sólido inflamável:
Em condições de transporte é facilmente combustível,
ou causa fogo por atrito;
substância auto-reagente que possa sofrer reação
fortemente exotérmica;
explosivo sólido insensibilizado que possa explodir se
não estiver suficientemente diluído;
NBR 7501- Transporte terrestre de produtos
perigosos: Terminologia
Substância infectante:
Contém patógeno que possa provocar doenças
infecciosas em seres humanos ou animais;
Substância pirofórica:
Substância, mistura e solução (líquida ou sólida) que,
mesmo em pequenas quantidades, inflama-se dentro
de 5 min após contato com o ar.;
Substância pirotécnica:
Substância, ou mistura, concebida para produzir efeito
de calor, luz, som, gás ou fumaça, como resultado de
reações químicas exotérmicas autosustentáveis e não-
detonantes.
NBR 7501- Transporte terrestre de produtos
perigosos: Terminologia
Peróxido orgânico:
Substância orgânica derivada do peróxido de
hidrogênio,
na qual um ou ambos os átomos de hidrogênio foi
substituído por radical orgânico.
É termicamente instável e pode sofrer decomposição
exotérmica auto-acelerável.
Ainda:
◦ ser sujeito a decomposição explosiva;
◦ queimar rapidamente;
◦ ser sensível a choque ou atrito;
◦ reagir perigosamente com outras substâncias;
◦ causar danos aos olhos.
NBR 7501- Transporte terrestre de produtos
perigosos: Terminologia
Substância sujeita à combustão espontânea:
Aquecimento espontâneo nas condições normais de
transporte ou em contato com o ar,
capaz de se inflamar.
São as substâncias pirofóricas e as passíveis de auto-
aquecimento;
Substância tóxica:
Provoca a morte, lesões graves ou danos à saúde
humana, se ingerida, inalada ou em contato com a
pele;
Gás asfixiante:
Dilui ou substitui o oxigênio;
NBR 7501- Transporte terrestre de produtos
perigosos: Terminologia
Ponto de fulgor:
Menor temperatura na qual a substância libera
vapores em quantidade suficiente para que a mistura
com o ar, logo acima da superfície livre, propague
uma chama, a partir do contato com uma fonte de
ignição;
Grau de risco:
Nível de efeitos adversos que um produto pode
apresentar;
NBR 7501- Transporte terrestre de produtos
perigosos: Terminologia
Incompatibilidade química:
Risco potencial entre dois ou mais produtos de
ocorrer
◦ explosão,
◦ desprendimento de chamas ou calor,
◦ formação de gases, vapores, misturas perigosas,
◦ alterações de características físicas ou químicas originais;
Limite de explosividade ou de inflamabilidade:
Concentração percentual, em volume, de gases
ou vapores inflamáveis no ar, em CNTP, que
podem inflamar-se em contato com uma fonte
de ignição;
NBR 7501- Transporte terrestre de produtos
perigosos: Terminologia
Rótulo de risco:
losango, apresenta símbolos, figuras e/ou
expressões emolduradas, referentes à
classe/subclasse do produto;
Rótulo de segurança:
identificação do produto e informações primárias de
manuseio, armazenamento, emergência, transporte e
descarte. De forma indelével, aplicado sobre
quaisquer tipos de embalagem de produtos químicos;
Painel de segurança:
Retângulo padronizado de cor alaranjada, indicativo
de transporte terrestre de produtos perigosos;
NBR 7501- Transporte terrestre de produtos
perigosos: Terminologia
Ficha de Emergência:
◦ Envolvimento de pessoas:
◦ primeiros-socorros no caso de ingestão, inalação e contato com
olhos e pele;
◦ Informações ao médico:
◦ correspondente tratamento ao paciente, antídotos e contra-
indicações.
◦ Observações:
◦ Deve ser incluída a frase: “As instruções ao motorista, em caso de
emergência, encontram-se descritas exclusivamente no envelope
para transporte”. O campo pode conter informações
complementares quando houver necessidades específicas.
NBR 7503- Ficha de emergência e envelope para o
transporte terrestre de produtos perigosos –
Características, dimensões e preenchimento
Ficha de Emergência:
◦ Deve conter no verso os seguintes telefones :
193 (bombeiros);
190 (polícia de trânsito);
199 (defesa civil);
órgãos de meio ambiente estadual (no mínimo ao
longo do itinerário);
191 (polícia rodoviária federal);
emergência de órgãos de informações
centralizadas, tais como Pró-Química/ABIQUIM.
NBR 9735- Conjunto de equipamentos para emergências
no transporte terrestre de produtos perigosos
Transportador deve propiciar treinamento adequado ao
motorista e pessoal envolvidos nas operações de transporte,
para utilização do conjunto de EPIs;
Recomendável que durante o trajeto seja utilizado traje
mínimo (calça comprida, camisa ou camiseta, com mangas
curtas ou compridas e calçados fechados);
Quantidade de EPI necessários para todos os envolvidos no
transporte para sua proteção na fuga/escape;
Filtros químicos (proteção respiratória):
◦ Amônia
◦ Dióxido de enxofre
◦ Gases ácidos
◦ Monóxido de carbono
◦ Vapores orgânicos
◦ Polivalente (destinado à retenção simultânea das substâncias acima, exceto
CO)
NBR 9735- Conjunto de equipamentos para
emergências no transporte terrestre de produtos
perigosos
Listagem de EPIs por produto
NBR 9735- Conjunto de equipamentos para
emergências no transporte terrestre de produtos
perigosos
Composição dos conjuntos de equipamento de
proteção
◦ EPI básico: capacete e luvas de material adequado ao(s)
produto(s) transportado(s), definidos pelo fabricante do produto;
◦ Grupo 1: EPI básico, óculos de segurança para produtos
químicos;
◦ Grupo 2: EPI básico, peça facial inteira com filtro de VO/GA
combinado com filtro mecânico;
◦ Grupo 3: EPI básico, peça facial inteira com filtro de NH3;
◦ Grupo 4: EPI básico, peça facial inteira com filtro CO
combinado com filtro mecânico;
◦ Grupo 5: EPI básico, peça facial inteira com filtro SO2
combinado com filtro mecânico;
◦ Grupo 6: EPI básico, óculos de segurança para produtos
químicos, peça semifacial com filtro VO/GA combinado com
filtro mecânico;
NBR 9735- Conjunto de equipamentos para
emergências no transporte terrestre de produtos
perigosos
◦ Grupo 7: EPI básico, óculos de segurança p/ produtos químicos,
peça semifacial c/ filtro NH3 combinado c/ filtro mecânico;
◦ Grupo 8: EPI básico, óculos de segurança p/ produtos químicos,
peça semifacial filtrante,;
◦ Grupo 9:
Granel: EPI básico e óculos de segurança p/ produtos químicos;
Envasado (botijões e cilindros): luva compatível c/ o produto;
◦ Grupo 10: EPI básico, protetor facial;
◦ Grupo 11 – Produtos da classe 1: EPI básico, colete de sinalização,
peça facial inteira c/ filtro polivalente (VO, GA, amônia, SO2
combinado com filtro mecânico P2) ou protetor facial.
NBR 9735- Conjunto de equipamentos para
emergências no transporte terrestre de produtos
perigosos
Classe 1 – Explosivos
◦ Subclasse 1.1 - Substâncias e artigos com risco de explosão em massa;
◦ Subclasse 1.2 - Substâncias e artigos com risco de projeção, mas sem risco de
explosão em massa;
◦ Subclasse 1.3 - Substâncias e artigos com risco de fogo e pequeno risco de
explosão, de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em massa;
◦ Subclasse 1.4 - Substâncias e artigos que não apresentam risco significativo. Esta
Subclasse abrange substâncias e artigos que apresentam pequeno risco na
eventualidade de ignição ou iniciação durante o transporte. Os efeitos estão
confinados, predominantemente, à embalagem e não se espera projeção de
fragmentos de dimensões apreciáveis ou a grande distância. Um fogo externo não
deve provocar explosão instantânea de todo o conteúdo da embalagem.
◦ Subclasse 1.5 - Substâncias muito insensíveis, c/ risco de explosão em massa, mas
que são tão insensíveis que a probabilidade de iniciação ou de transição da queima
para a detonação, em condições normais de transporte, é muito pequena.
◦ Subclasse 1.6 - Artigos extremamente insensíveis, s/ risco de explosão em massa.
Abrange os artigos que contêm somente substâncias detonantes extremamente
insensíveis e que apresentam risco desprezível de iniciação ou propagação
acidental.
NBR 14064- Atendimento a emergência no transporte terrestre
de produtos perigosos
◦ Acidentes:
◦ Isolamento do local. Manuseio, remoção e descontaminação do
material por pessoal autorizado pelo CNEN.
◦ Vazamento:
◦ Manter pessoas afastadas a pelo menos 50 m, com vento pelas
costas, se necessário maiores distâncias poderão ser
recomendadas por autoridades em radiação. Somente entrar na
área do derramamento p/ salvar vida. Equipamentos autônomos
de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo
oferecem proteção limitada e muitas vezes insignificante. Reter
as pessoas não feridas e equipamentos que tenham sido
expostos ao produto radioativo, até instruções das autoridades
competentes em radiação;
◦ Incêndio: Pequenas proporções → pó químico, neblina de água
ou espuma normal. Grades proporções → neblina de água.
NBR 14064- Atendimento a emergência no transporte
terrestre de produtos perigosos
◦ Diluição
◦ pequenas quantidades e casos em que não há
possibilidade de contenção, volume de água =
1.000 a 10.000 x volume do vazamento;
◦ Absorção e recolhimento
◦ mais recomendadas, quando comparadas com a
neutralização e a diluição.
NBR 14064- Atendimento a emergência no transporte
terrestre de produtos perigosos