Unidade 4 - Avaliação da Interface Humano- Computador
Prof. Dennis Sávio Martins da Silva
Prof. Dr. Gildásio Guedes Fernandes Avaliação de Sistemas Computacionais Consiste em executar produtos de software, em determinadas condições, com entradas definidas e saídas documentadas, que podem ser comparadas às expectativas predefinidas. Métodos de avaliação de sistemas: • Verificação: determina se o software foi construído corretamente e se não contém erros técnicos. • O produto atende às necessidades do usuário? as especificações estão corretas? • Validação: verifica se o projeto do produto satisfaz ou se ajusta ao uso pretendido (ou seja, se você construiu o produto certo). • O produto foi construído de acordo com as exigências e as especificações do projeto? Sistemas de computação na camada de interface Critérios de usabilidade de um sistema (Nielsen, 1993): a. Tempo de aprendizado – Quanto tempo um usuário típico leva para aprender a usar os comandos relevantes para um conjunto de tarefas? b. Velocidade de rendimento – Quanto tempo o mesmo leva para executar tais tarefas? c. Taxa de erros por usuários – Quantos e quais os tipos de erros as pessoas cometem, com maior frequência, na realização das tarefas? d. Retenção no tempo – Por quanto tempo os usuários mantêm os conhecimentos adquiridos após o uso? e. Satisfação subjetiva – Como os usuários gostam de utilizar os distintos aspectos do sistema? Métodos Tradicionais de Avaliação • A avaliação de um software pressupõe confronto com critérios e as recomendações em fase de consolidação • Internacionalmente, contemplados nas normas ISO/IEC N° 9126 (1991) e ISO N° 9241-11. • Além dessas normas, existem alternativas distintas de avaliação de interface de software. • às vezes de fácil entendimento, aplicação e de custos relativamente baixos. • há opções que exigem altos investimentos, tanto humanos quanto de recursos financeiros. Testes de Usabilidade Rocha (2003) aborda: • Avaliação de sistemas computacionais, apresentando grupos de métodos • meios de avaliação centrados no usuário, incluindo processos experimentais ou empíricos, procedimentos observacionais e técnicas de questionamento. • Exigem a implementação do sistema em algum formato e são aplicáveis em protótipo básico do mesmo instalado num cenário ou implementação completa. Testes de Usabilidade • Testes e a inspeção de usabilidade. • Empecilhos: limitação de tempo e de recursos. • têm estimulado a criação de laboratórios de usabilidade. • Necessitam de preparação prévia, roteiro e usuários representativos da comunidade do sistema. • As funções avaliadas devem estar entre as mais significativas do sistema e da interface. • O grau de dificuldade deve ser gradativo para não desestimular o usuário/avaliador. • A aplicação do teste de usabilidade deve conter etapas bem definidas no sentido de orientar os usuários/avaliadores, e não fugir do objetivo real da avaliação da interface. A inspeção de usabilidade • Incorpora um conjunto de recursos baseados na presença de avaliadores, inspecionando ou examinando aspectos relacionados com a usabilidade das interfaces. • Avaliadores podem ser: • especialistas em usabilidade • consultores de geração de software • especialistas em determinado padrão de interface • usuário final. • Prescinde do usuário final • Pode ser adotada em qualquer fase da criação do sistema. A inspeção de usabilidade Subdivide-se em quatro categorias: I – Avaliação heurística: • Inspeção da interface, tomando como referencial heurísticas de usabilidade. • É possível a elaboração de uma lista com atributos de usabilidade que sirva para examinar a funcionalidade do sistema ou uma lista específica para o sistema. • A partir dos parâmetros de avaliação, é possível utilizar uma lista de verificação (cheklist) para o estudo. • Pode envolver grupo restrito de avaliadores, com elevado nível de conhecimentos na aplicação dos princípios de usabilidade. A inspeção de usabilidade Subdivide-se em quatro categorias (cont.): II – Revisão de guidelines: • Análise da interface sob uma lista de guidelines de usabilidade. • Geralmente, o número de guidelines dificulta sua prática. A inspeção de usabilidade Subdivide-se em quatro categorias (cont.): III – Inspeção de consistência: • Análise de consistência dentro de uma família de interfaces, quanto a: • Terminologia • Cores • Layout • formatos de entrada e de saída de dados • modo de navegação (sistemas web) • demais elementos da interface, incluindo material de treinamento e ajuda. A inspeção de usabilidade Subdivide-se em quatro categorias (cont.): IV – Percurso cognitivo: • Simulação, por parte do avaliador, de um usuário executando tarefas típicas na interface. • Pode incorporar tarefas críticas, como recuperação de erros. • Visa às interfaces aprendidas de forma exploratória, mas é útil também, a interfaces que exigem treinamento mais acurado. Dez Critérios Gerais de Avaliação de Interfaces Adotados pela maioria dos trabalhos I – Condução: • Meios disponíveis para recomendar, orientar, informar e conduzir o usuário na interação com o computador. • Uma boa condução facilita o aprendizado e a utilização do sistema. • Permite, também, que o usuário saiba a qualquer tempo onde se encontra enquanto executa determinada tarefa. • Qualidade essencial: facilidade de aprendizado e utilização do sistema. Dez Critérios Gerais de Avaliação de Interfaces II – Presteza: • Diz respeito às mensagens que guiam os usuários para ações futuras ou sugerem a execução de outras ações. • Poupa o usuário do aprendizado de comandos. • Reduz a incidência de erros. Recomendações: a. dirigir a entrada de dados, indicando o formatos e valores aceitáveis; b. exibir as unidades de medidas dos dados a digitar; c. fornecer um rótulo para cada campo de dados; d. indicar o tamanho do campo, quando é limitado; e. fornecer no rótulo informações suplementares, sempre que preciso; f. intitular cada janela; g. fornecer ajuda online e orientações. Dez Critérios Gerais de Avaliação de Interfaces III – Feedback imediato: • Diz respeito às respostas do sistema em relação às ações dos usuários. • Distinção tênue entre presteza e feedback imediato. • O feedback imediato se aplica somente às mensagens que informam ao usuário sobre ações prévias. Dez Critérios Gerais de Avaliação de Interfaces IV – Proteção de erros e qualidade de mensagens de erros: • Engloba diferentes formas, ou seja, há opções distintas de proteção de erros. • Mecanismos automáticos são gerados com o fim de controlar as entradas dos usuários. Exemplos: • mensagens avisando que o formato de dados digitados é inapropriado. • Informes sobre o tipo e o formato dos dados que devem ser digitados. • Qualidade das mensagens de erro • Mensagens de erro devem ser explicativas e sem ambiguidade. Dez Critérios Gerais de Avaliação de Interfaces V – Consistência: • Padronização dos objetos no que tange ao formato e à denominação • Uniformização da sintaxe dos procedimentos e a localização na tela. • Exemplos: • Falta de homogeneidade nos menus incrementa o tempo de busca. • Fornecer identificação única para cada tela, sempre no mesmo lugar no topo da tela, assegura a consistência. • Campos de busca num ambiente web em geral estão na parte superior e no centro, com tendência para o lado esquerdo da tela. • Design contrário: equivale à quebra de padrões e ao comprometimento do critério consistência. Dez Critérios Gerais de Avaliação de Interfaces VI – Legibilidade: • Elementos ligados à presteza no processo de leitura, como: • tamanho e tipo da fonte • contraste fundo/letra • nitidez da imagem • outros. Dez Critérios Gerais de Avaliação de Interfaces VII – Agrupamento: • diz respeito à compreensão da tela pelo usuário. • Depende, dentre mais fatores, da ordenação, do posicionamento e da distinção dos objetos expostos: imagens, textos, comandos, menus, ícones etc. Dez Critérios Gerais de Avaliação de Interfaces VIII – Carga de trabalho e ações breves: • Relaciona-se com a densidade de informação no vídeo. • Quanto menos dados desnecessários, mais eficiência. • Quanto menos passos imprescindíveis, mais rápidas são as interações. • As ações devem ser breves. • limitar a carga de trabalho de leitura e de entradas, • reduzir o número de passos ou clicks no mouse para a finalização das tarefas. • Quanto menos entradas, menor a probabilidade de erros. Dez Critérios Gerais de Avaliação de Interfaces IX – Controle explícito pelo usuário: • concerne tanto ao processamento explícito pelo sistema das ações do usuário quanto ao controle que esse mantém sobre o processamento de seus passos pelo sistema. • Os indivíduos devem, declaradamente, controlar entradas e saídas de dados, pois na medida em que controlam o diálogo, tendem a aceitar melhor o sistema. • O controle explícito trata das relações entre processamento pelo computador e ações do usuário. • Essa inter-relação deve ser explícita (o computador deve processar somente as demandas explicitadas, quando requisitadas). Dez Critérios Gerais de Avaliação de Interfaces X – Flexibilidade e adaptação ao ambiente do usuário: • refere-se às exigências do usuário. • É essencial falar a linguagem do usuário. • Quando os termos empregados na condução não são comuns ao dia a dia das pessoas, ocorrem problemas de compatibilidade, o que acarreta o incremento de passos necessários à realização das tarefas. As Dez Heurísticas de Guedes • I – Alinhamento • II – Proximidade entre partes inter-relacionadas • III – Contraste • IV – Legibilidade com adequada densidade de informação • V – Consideração da experiência e compatibilidade do usuário • VI – Flexibilidade e adaptação ao ambiente do usuário • VII – Identificação do ambiente e orientação ao usuário • VIII – Consistência • IX – Documentação online • X – Pregnância Os Dez Principais Critérios para Avaliação de Interfaces Computacionais de Scapin e Bastien • I – Condução; • II – Carga de trabalho; • III – Controle explícito; • IV – Adaptabilidade; • V – Homogeneidade/Coerência; • VI – Coerência/Consistência; • VII – Significação dos códigos e denominações; • VIII – Gestão de erros; • IX – Compatibilidade; • X – Legibilidade. As Dez Heurísticas de Jacob Nielsen • I – Diálogos simples e naturais • II – Falar a linguagem do usuário • III – Minimizar a sobrecarga de memória do usuário • IV – Consistência • V – Feedback • VI – Saídas claramente marcadas • VII – Atalhos • VIII – Boas mensagens de erro • XI – Prevenir erros • X – Ajuda e documentação Os Oito Princípios de Ben Shneiderman • I – Esforço mínimo do usuário • II – Memória mínima do usuário • III – Frustração mínima • IV – Maximizar o uso de padrões e hábitos • V – Máxima tolerância para diferenças humanas • VI – Máxima tolerância para mudanças ambientais • VII – Notificação imediata dos problemas • VIII – Controle máximo de tarefas pelo usuário Para saber mais • Livro 2 – Unidades 1 e 3
O que fazer agora?
• Ler a apostila • Resolver os exercícios • Participar dos fóruns • Tirar dúvidas com o tutor da disciplina.