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Kollemata - Jurisprudência Registral e Notarial

Sérgio Jacomino, editor.

SEPARAÇÃO CONSENSUAL DE BENS. PARTILHA. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA - ANUÊNCIA.

1VRPSP - PROCESSO: 100.10.003026-1


LOCALIDADE: São Paulo DATA DE JULGAMENTO: 25/03/2010 DATA DJ: 08/04/2010
RELATOR: Gustavo Henrique Bretas Marzagão
LEGISLAÇÃO: Lei 9.514/97 - Lei 6.015/73
EMENTA NÃO OFICIAL. Nos termos do art. 24 da Lei 9514/97, o fiduciante somente poderá transmitir os
direitos de que seja titular com a anuência expressa do agente fiduciário.
ÍNTEGRA

Proc. 100.10.003026-1 Dúvida 10º Oficial de Registro de Imóveis Sentença: CP-34 (D.J.E. de 08.04.2010)

VISTOS.

Cuida-se de dúvida suscitada pelo 10º Oficial de Registro de Imóveis de São Paulo, que recusou o registro da
escritura pública de separação consensual tendo por objeto a partilha do imóvel matriculado sob o nº 117.868,
daquela Serventia.

A recusa tem por fundamento o art. 29, da Lei nº 9514/97, haja vista que o título não traz a expressa
anuência da credora fiduciária Caixa Econômica Federal.

Embora intimado (fl. 42), o interessado não impugnou a dúvida (fl. 44).

O Ministério Público opinou pela procedência da dúvida (fls. 45/46).

É O RELATÓRIO.

FUNDAMENTO E DECIDO.

Os interessados adquiriram durante a vigência do casamento os direitos de fiduciante do imóvel objeto da


matrícula nº 117.868, do 10º Registro de Imóveis.

Para referida aquisição contrataram financiamento junto à Caixa Econômica Federal a quem o imóvel fora
alienado fiduciariamente como garantia.

Ao lavrarem a escritura pública de separação consensual, os interessados optaram por conferir exclusivamente
ao interessado Fabio os direitos de fiduciante ocasionando, como bem ponderou o Oficial, uma cessão da
posição contratual.

Sucede que essa operação dependia de expressa anuência da Caixa Econômica Federal, nos termos do art. 24,
da Lei 9514/97: "O fiduciante, com anuência expressa do fiduciário, poderá transmitir os direitos de que seja
titular sobre o imóvel objeto da alienação fiduciária em garantia, assumindo o adquirente as respectivas
obrigações." (grifou-se).

Assim, sem a anuência da CEF, a interessada Michelli não poderia transmitir seus direitos a Fabio.

Correta, por conseguinte, a recusa do Oficial lastreada na legalidade.

Nessa senda, o r parecer do Ministério Público (fls. 45/46).

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Sérgio Jacomino, editor.

Posto isso, julgo procedente a dúvida suscitada pelo 10º Oficial de Registro de Imóveis.

Oportunamente, cumpra-se o disposto no art. 203, I, da Lei nº 6.015/73.

Nada sendo requerido no prazo legal, ao arquivo.

P.R.I.C.

São Paulo, 25 de março de 2010

Gustavo Henrique Bretas Marzagão

Juiz de Direito

NE. Decisão transitada em julgado com certidão passada pelo cartório em 30 de julho de 2010

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