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ICAC – Inventário Clínico de Auto-conceito

Síntese teórica e qualidades psicométricas


No decorrer da pesquisa bibliográfica, deparámo-nos com um vasto número de publicações
relativas ao estudo do autoconceito, surgindo uma variedade de definições. Como tal, de
modo a alcançar o nosso propósito, destacamos aquela que nos parece mais adequada.
Referimo-nos a Bandura (1986), que afirma que o autoconceito pode ser entendido como a
visão que o indivíduo detém acerca de si, visão essa que é contruída com base na sua
experiência direta e na sua observação e avaliação de pessoas significativas. Para
complementar esta ideia, e de acordo com Veiga (2012), o autoconceito permite, por outro
lado, predizer a adequação socioambiental dos comportamentos de cada indivíduo.
Para proceder à medição deste construto, Adriano Vaz Serra criou, em 1985, o Inventário
Clínico do Auto-conceito (ICAC). Este é um instrumento de autorrelato que se encontra
aferido para a população portuguesa, cujo propósito é medir os aspetos emocionais e sociais
do autoconceito, considerados como as dimensões mais significativas na clínica das
perturbações emocionais e importantes no ajustamento pessoal (Bandura, 1978; Fleming &
Courtney, 1984).
Na sua formulação inicial, a escala era composta por 75 itens e, após a utilização de alguns
processos de refinamento, passou a conter 31 questões que mais tarde resultariam na
existência de 20 itens que formam a versão final e atualmente em uso do teste. Portanto, o
ICAC é uma escala de autoavaliação, com respostas fechadas registadas através de uma
escala tipo Likert (5 pontos), numa gradação crescente de “Não Concordo” até “Concordo
Muitíssimo”. A pontuação obtida pelos participantes pode variar entre um mínimo de 20
pontos até um máximo de 100 pontos, sendo que quanto maior for o score, melhor será o
seu autoconceito. Importa salientar que alguns itens (3, 12, 18) foram elaborados de forma
negativa, pelo que a sua pontuação deverá ser invertida, mantendo o princípio de que uma
maior pontuação exprime um autoconceito mais elevado. Esta escala extrai, de uma forma
definida, 4 fatores: Aceitação/Rejeição Social (itens 1, 4, 9, 16 e 17), Autoeficácia (itens 3,
5, 8, 11, 18 e 20), Maturidade Psicológica (itens 2, 6, 7 e 13) e Impulsividade-Atividade
(itens 10, 15 e 19), que podem ser analisados separadamente após a cotação.
No que toca às suas qualidades psicométricas, o ICAC parece ter uma boa capacidade
preditiva de construtos como as expectativas, sintomas depressivos e perturbações
emocionais, tal como apresenta uma consistência interna de .791 e um teste-reteste que
evidenciou um alto coeficiente de correlação (.838).
Descrição da aplicação do teste

Tendo em consideração a disponibilidade do nosso participante, e tal como o previamente


combinado com o mesmo, no dia 19 de abril iniciou-se uma nova fase de aplicação dos
testes que haviam sido propostos. Assim, na manhã do referido dia, e após um breve diálogo
com o Daniel onde foram colocadas algumas questões para verificação da sua disposição
(«dormiu bem?», «sente-se bem?»), foi relembrado o propósito das tarefas propostas.
Convém salientar que a administração do teste ocorreu num espaço confortável, bem
iluminado (tinha janelas e luz direta) e protegido de eventuais ruídos que pudessem
funcionar como fatores distratores para o participante. Foi então fornecido o material
necessário (teste e caneta) e foram dadas as indicações estritamente necessárias. Foi pedido
ao participante que lesse as instruções e que colocasse as dúvidas que eventualmente
pudessem surgir. O Daniel manteve uma postura calma, com semblante sereno e parecia
denotar algum agrado por poder dar o seu contributo. Antes de começar a tarefa, foi
salientado o facto de, no momento de responder aos itens deveria ter em consideração a sua
maneira de ser habitual e não o estado de espírito de momento.
A aplicação do teste demorou cerca de 10 minutos, sendo que no final foi pedido ao
participante que verificasse se havia respondido a todas as questões. Deste procedimento
resultou um protocolo que foi cotado tendo sido obtida uma pontuação total e pontuações
parciais que dizem respeito a cada um dos quatro fatores que constam no próprio inventário.
Tomando por base as referidas pontuações que foram analisadas tendo em conta os valores
tabelados, passámos à interpretação dos resultados do teste.
 Protocolo
 Análise de resultados

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