UNIVERSIDADE FEDERAL DE

PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA

Processamento Digital de
Imagens de
Sensoriamento Remoto
Profa. Dra. Thais A. Carrino
thais.carrino@gmail.com

Correção geométrica – pontos de controle e

registro de imagens Parte 3
 IMAGENS DE SENSORIAMENTO REMOTO

- Fotografias aéreas
- Imagens óticas do espectro refletido e emitido
- Imagens de radar de abertura sintética

Suscetíveis a distorções: decorrentes de

processo de rotação da Terra, variação de
altitude do voo, da velocidade da plataforma, e
variação nos três eixos de rotação do satélite
(roll, pitch, yaw), etc (Crósta, 1999)
(Crósta, 1999)
 Distorções correção geométrica
“transforma-se uma imagem de modo que a
mesma assuma as propriedades de escala e de
projeção de um mapa” (Crósta, 1999)

Vamos usar o processo de registro de imagens

(retificação), no aplicativo de software ENVI
 CORREÇÃO GEOMÉTRICA
1- transformação baseada no modelo de geometria orbital
(relativa às características da órbita do satélite, da rotação
terrestre etc). Ex.: INPE executa este tipo de correção em
imagens.

2- transformação baseada em pontos de controle no

terreno
- Uso de GCPs: ground control points
- Qualidade do processo: depende da precisão da escolha
dos pontos pelo usuário
- Uso de mapa ou imagem (referência) em escala
condizente com a da imagem a ser retificada (corrigida)
- Ou uso de pontos coletados no terreno via GPS
- Escolha de pontos GCPs: interseção de estradas,
drenagens, pistas de aeroportos, feições
geomorfológicas etc Fonte: Crósta (1999)
Ocorrerá uma transformação de coordenadas:
Podemos antes analisar os erros entre os GCPs (RMSE - Root
Mean Square). Idealmente, recomenda-se um erro de ±1 pixel

Fonte: Meneses e Almeida (2012)

Fonte: Meneses e Almeida (2012)
Geração de nova imagem via aplicação do
método por GCPs:
Reamostragem por interpolação

(Crósta, 1999)
 - Método do vizinho mais próximo
Rápido; desvantagem é que valores de DNs se repetem,
gerando imagem pouco estética. Método que mais preserva o
valor original do DN

Valor do DN do
pixel 289/427 é
preservado na
imagem
transformada
(novo pixel
mostrado em
cinza)

Fonte: Crósta (1999), Meneses e Almeida (2012)

 - Método bilinear
- Toma por base os valores de DNS de quatro pixels mais
próximos ao centro do novo pixel, calculando uma média
ponderada pelas distâncias dos centros dos 4 pixels
vizinhos. Imagens geradas tendem a ser mais suavizadas

- Método de convolução cúbica

- Ajuste de uma superfície polinomial de 3º grau À região
que circunda o pixel em questão. Os 16 pixels vizinhos
mais próximos seriam usados para se determinar o valor
do pixel central. Técnica mais complexa; mas tende a gerar
imagens com aparência mais “natural”

Fonte: Crósta (1999), Meneses e Almeida (2012)

 Observação: processo de ortorretificação
Método útil para “gerar uma imagem em que as
distorções internas (do sistema) e externas (da
paisagem) são corrigidas, tornando as coordenadas
mais precisas, e corrigindo os efeitos de perspectivas
e a influência do relevo sobre a geometria da imagem”
Uso de modelo digital de elevação
parâmetros orbitais (fornecidos por uma estação)
Pontos de controle (GPS) - opcional

(fonte: http://www.engesat.com.br/ortorretificacao-o-que-e/)
Exemplo de processo de registro de imagem
– imagem altimétrica do TOPODATA
Definir o sistema de projeção,
datum horizontal, e dar ok
 2 -Informar
coordenada X e Y

1 – posicionar
ponto que será o
primeiro GCP

3 – ADD P
 2 -Informar
coordenada X e Y

1 – posicionar
ponto que será o
segundo GCP

3 – ADD POINT
 2 -Informar
coordenada X e Y

1 – posicionar
ponto que será o
terceiro GCP

3 – ADD POINT
 2 -Informar
coordenada X e Y

1 – posicionar
ponto que será o
quarto GCP

3 – ADD POINT
Menu Options/Warp Files...
Na janela Input Warp Image: selecionar a imagem a ser
retificada (Corrigida) e dar OK
 Na janela Registration Parameters: definir o método de
reamostragem dar OK – será salva a nova imagem com as
coordenadas corrigidas
 Exercício com imagem SPOT – seguir manual da
UNICAMP (aula do prof. Dr. Alvaro Penteado Crósta)
Referências
Crósta, A.P. 1999. Correção geométrica e registro de
imagens. In: Crósta, A.P. (Org.) Processamento digital de
imagens de sensoriamento remoto. Campinas, 2ª ed., Editora
da UNICAMP, p. 155-171.

Meneses, P.R.; Almeida, T. 2012. Distorções e correções dos

dados da imagem. In: Meneses, P.R.; Almeida, T. (Orgs.),
Introdução ao processamento de imagens de sensoriamento
remoto. UnB-CNPq, p. 82-102. Disponível em:
<http://www.cnpq.br/documents/10157/56b578c4-0fd5-4b9f-
b82a-e9693e4f69d8>. Acesso em 30 set. 2015.