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EXAME IRIDOLÓGICO NA CLÍNICA MÉDICA

VETERINÁRIA
Kath Freire de Vasconcelos1, Nara Martins Correia de Oliveira2 e Fabrício Bezerra de Sá3

Introdução = patologias = doenças, grafia = impressão) do indivíduo


[8].
A iridologia é uma ciência que permite ao
Na íris o genótipo se expressa por meio da constituição
iridologista analisar integralmete o indivíduo através da
geral dos órgãos de choque, ou seja, aqueles órgãos que
observação da íris. Por meio dela é possível conhecer,
não completaram o seu desenvolvimento embriológico e
em um dado momento, a constituição geral ou parcial
que por serem mais fracos são os primeiro a serem
da pessoa ou animal, bem como os estágios evolutivos
atingidos diante de estímulos nocivos. Já os sinais
– agudo, subagudo, crônico e degenerativo – das
fenotípicos são expressos por alterações da parte simpática
alterações que acometem um ou mais órgãos, sejam
do sistema nervoso autônomo (SNA), assim como por
estas alterações de ordem hereditária ou adquiridas, e
eventuais alterações fisiológicas de origem química [8].
também, prever o que está por vir, sendo, portanto,
Para fins didáticos a íris é dividida em sete anéis
também, um método diagnóstico preventivo [1].
concêntricos (Figura 1A) e em doze ângulos radiais
A observação da íris para se detectar alterações
semelhantes à distribuição das horas do relógio (Figura
orgânicas já era usada no Antigo Egito e há séculos é
1B), onde cada segmento corresponde à localização de um
utilizada pelos chineses, no entanto a iridologia
ou mais órgãos [4]
moderna surgiu com o médico húngaro Ignatz Von
Além da localização da estrutura afetada na íris é
Peczeley (1855-1911), em meados do século 19 [2, 3].
possível observar o estágio evolutivo da lesão. (Figura
Aos dez anos de idade Peczeley fraturou
1C). Cada estágio evolutivo, agudo, subagudo, crônico ou
acidentalmente a pata de uma coruja e observou na sua
degenerativo, é representado por uma coloração que são,
íris a presença de um sina que a medida em que ocorria
rspectivamente, a branca, o branco-acinzentada, a cinza e a
a calcificação este mudava de características [1, 2, ].
enegrecida [9]. Esta mudança de coloração na íris, de
Aos 22 anos Peczeley, ao ser preso, por suas
acordo com o estágio evolutivo, se deve a abertura das
atividades revolucionárias, encontrou tempo na cadeia
fibras, que conforme um órgão vai sofrendo um maior
para se dedicar aos seus estudos sobre iridologia [2, 4].
acometimento, vão se abrindo fazendo com que sejam
Em 1873, Peczeley publicou o primeiro livro
evidenciadas as camadas mais profundas da íris, que ficam
sistemático sobre Iridologia, e foi a partir dos seus
cada vez mais escuras tanto maior for a profundidade [4].
trabalhos que esta ciência ganhou adeptos e seguidores
A coloração, em cada um desses estágios indica,
no mundo inteiro [1]. Ele também foi o primeiro a
respectivamente, metabolismo aumentado decorrente de um
representar topograficamente os órgãos na íris e a
consumo maior de nutrientes com o intuito de se vencer a
elaborar um mapa da íris. Posteriormente este mapa foi
agressão sofrida, e uma maior produção de muco, de
sendo aperfeiçoado por outros estudiosos desta ciência
radicais livres e de substâncias ácidas; diminuição do poder
[5].
curativo da estrutura em decorrência de uma falta de
A íris é composta por três camadas: uma camada
absorção e retenção de nutrientes, devido a um excesso de
epitelial anterior; uma camada média de estroma de
consumo, a má perfusão sanguínea ou a um estímulo
tecido conjuntivo, que contém os dois músculos lisos; e
demasiadamente forte; dificuldade de absorção e retenção
a camada posterior de camada pigmentada, que
de nutriente, alterações vásculo-nervosas importantes, que
constitui a extensão anterior da camada pigmentada da
promovem o aparecimento de doenças mais graves; e
retina [4, 6].
destruição tecidual da estrutura afetada [8].
A íris é inervada pelas fibras parassimpáticas do III
Diante da riqueza de informações, acerca do
nervo craniano (nervo oculomotor) e pelo nervo ciliar
metabolismo e da integridade das estruturas orgânicas, que
longo do sistema nervoso simpático. O músculo
a iridologia proporciona, este trabalho demostra como o
esfíncter da íris e o músculo ciliar são inervados pelas
exame iridológico pode ser realizado visando um
fibras do III nervo craniano e tem a função de reduzir o
diagnóstico preciso e eficaz.
diâmetro da pupila. Já o músculo dilatador da íris é
inervado pelo nervo ciliar longo [7].
Na íris estão representados todos os órgãos do corpo, Material e métodos
nela estão impressos a Biopatografia (bio = vida, pato

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1. Discente do Curso de Graduação em Medicina Veterinária e Bolsista do programa de Educação Tutorial de Medicina Veterinária, Universidade
Federal Rural de Pernambuco. Av.Dom Manoel de Medeiros, s/n, Recife, PE, CEP 52171900. E-mail: kath.vet@gmail.com
2. Discente do Curso de Graduação em Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Dom Manoel de Medeiros, s/n,
Recife, PE, CEP 52171900.
3. Professor Adjunto do Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Dom Manoel de
Medeiros, s/n, Recife, PE, CEP 52171900.
O projeto foi desenvolvido no Hospital Veterinário utilização na clínica é fácil exigindo apenas perícia de que
do Departamento de Medicina Veterinária da UFRPE o utiliza. Ela não exige sedação dos animais, e exige
com gatos atendidos no mesmo. Para a realização do paciência do veterinário, especialmente se tratando de
exame foi utilizado uma lanterna como foco de luz, gatos.
uma camera fotográfia digital e um mapa iridológico. A iridologia é um método diagnóstico eficaz, empregado
Observou-se inicialmente se o animal apresentava em humanos e que pode e deve ser empregado em animais.
alguma patologia oftalmica. Exemplo disso foi o fato de que ela surgiu, nos tempos
Após constatar a sanidade dos olhos foi realizada a modernos, a partir da observação da íris de um animal
fotografia de ambas as Íris, com o auxílio do foco de silvestre. Ela pode ser utilizada como auxílio no
luz, para minimizar o desconforto dos animais, causado diagnóstico das enfermidades que acometem os animais
pela utilização da lanterna. proporcionando um diagnóstico mais seguro, bem como um
Após tirar as fotografias as mesmas foram tratamento mais eficiente com menos efeitos colaterais e a
observadas. A observação foi feita, no primeiro prevenção de futuras patologias.
momento, no vídeo da câmera digital e depois, de
forma mais minunciosa em um computador. Observou-
se a púpila, a disposição das fibras e a constituição da Referências
íris. Após este exame geral observou-se as regiões [1] HELLMANN, F.; FAVERI, J. M.; MARION, R. T.; MULLER, T.
correspondentes aos órgãos tendo sempre em mãos o L. Iridologia nas Disfunções Cardíacas. In: VII Congresso Brasileiro
mapa iridológico. Após a realização do exame da íris de Iridologia e V Congresso Internacional de Irisdiagnose, 2004,
procedeu-se a anamnese do paciente. Valinhos - SP. VII Congresso Brasileiro de Iridologia e V
Congresso Internacional de Irisdiagnose, 2004. Disponível em:
<http://www.amiiris.com/port/trabalhos/7congresso/Disfun%E7%F
Resultados e Discussão 5es%20Card%EDacas%20-%20Jeanine.pdf>. Acesso em:
30/01/2009.
A utilização de um recurso fotográfico para a análise [2] FLÔR, G. de S. Estresse: uma abordagem iridológica. São Paulo,
da íris dos animais faz-se necessário pois visa diminuir 2004. Dissertação apresentada à FACIS/IBEHE, como exigência
parcial para obtenção do título de especialista em iridologia e
o desconforto causado pela utilização do foco de luz irisdiagnose. Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo Centro
nos mesmos e proporciona melhor visualização dos de Ensino Superior de Homeopatia IBEHE. Disponível em:
sinais, embora inicialmente e dependendo do animal a <http://www.ambiiris.com/port/trabalhos/7congresso/ESTRESSE%
obtenção de uma imagem nítida seja difícil. 20UMA%20ABORDAGEM%20IRIDOL%D3GICA.pdf>. Acesso
em: 30/01/2009.
Ao realizar este exame em gatos deve-se ter o [3] HATADA, A. Iridologia alemã correlacionada com os
cuidado de não estressar os animais, pois quando os medicamentos homeopáticos. Monografia apresentada como parte
mesmos encontram-se estressados ocorre a protusão da das exigências para obtenção do título de especialista em Iridologia-
Irisdiagnose. São Paulo,2004. FACIS- IBEHE Faculdade de ciências
terceira palpebra o que dificulta a visualisação da íris. da saúde de São Paulo, Centro superior em homeopatia IBEHE.
Segundo COSTA [4], na observação da íris quanto a [4] COSTA, V. T. Iridologia. Monografia apresentada para a conclusão
do curso de Especialização Latu sensu em Clínica Médica e
sua constituição, pode-se observar a predisposição do Cirúrgica em Pequenos Animais – UCB. Rio de Janeiro, 2007.
animal a apresentar doenças. Animais de constituição
forte apresentam fibras compactas, sem relevo e com [5] HERBER, S.; REHBEIN, M.; ZTEPAS, T.; POHL, C.; ESSER, P.
Hilft die Irisdiagnose bei der Erkennung des kolorektalen
uma coloração uniforme e brilhante e raramente Karzinoms?. Der ophtalmologe. 105 v. 6 n. 570-574 p. Junho de
apresentam patologias. Já os animais de constituição 2008.
fraca apresentam fibras irregulares com várias formar e [6] DIESEM, C. Generalidades sobre órgãos sensoriais e tegumento
contornos em toda a sua extensão, além de comum. Cap. 14. 213-214 p. GUETY, R. Anatomia dos animais
domésticos. Rio de Janeiro: Guanabara, 1 v., 5 ed., 1975.
apresentarem diferenças em sua tonalidade e [7] WALDE, I.; SCHAFFER, E.H.; KOSTLIN, R.G. Atlas de Clínica
geralmente, apresentam diversas patologias no decorrer Oftalmológica do Cão e do Gato. São Paulo: Manole, 2ª Ed. 1998.
de sua vida e, portanto merecem atenção especial, um Cap. 1 Considerações Anatômicas e Fisiológicas. 3 p.
exemplo de animais que possuem constituição fraca são [8] MOCELLIN, M. Padrão iridológico do enfermeiro segundo o
método RAY ID. Monografia apresentada como parte das
aqueles que passam por sucessivos cruzamentos exigências para obtenção do título de especialista em Iridologia-
consangüíneos. Irisdiagnose. Porto Alegre, 2006. FACIS- IBEHE Faculdade de
ciências da saúde de São Paulo, Centro superior em homeopatia
Para a realização do exame também foi utilizado o
IBEHE.
mapa iridológico da espécie humana, pois ainda não [9] JAE-YOUNG UM; NYEON-HYOUNG AN; GUI-BI
existem mapas que expressem as particularidades de YANG; GEON-MOK LEE; JU-JANG CHO; JAE-
cada espécie (Figura 2), que serve de referência, WOON CHO; WOO-JUN HWANG; HAN-JUNG
principalmente, para as aves e os cães, devido à CHAE; HYUNG-RYONG KIM; SEUNG-HEON
semelhança da íris destes a do ser humano. HONG; HYUNG-MIN KIM. Novel Approach of Molecular
Infelizmente ainda existem poucos estudos que Genetic Understanding of Iridology: Relationship Between Iris
comprovam a eficiência do emprego deste método na Constitution and Angiotensin Converting Enzyme Gene
Polymorphism. The American Journal of Chinese Medicine. Vol.
medicina veterinária, portanto vale ressaltar a 33, n. 3, p. 501-505. 2005.
importância da realização de mais estudos na área e
conseqüentemente da elaboração de mapas iridológicos
para cada uma das diferentes espécies animais. A sua
Figura 1. Fig. 1A, Disposição concentrica da íris; Fig. 1B, Distribuição em doze ângulos radiais da íris. Fig. 1C, Anatomia da íris
X cor do sinal iridológico.

Figura 2. Mapa iridológico humano.

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