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HIDRÁULICA APLICADA

Curso de Engenharia Civil

Prof. Odivio Rezende Neto


Odivioneto@ifma.edu.br
HIDRÁULICA APLICADA
Conteúdo Programático

1) Princípios Básicos de Hidráulica


2) Fundamentos de hidrostática
3) Hidrodinâmica dos fluidos perfeitos
4) Teorema de Bernoulli
5) Dispositivos hidráulicos
6) Escoamento permanente sob pressão
7) Escoamento com superfície livre
8) Bombas hidráulicas e sistemas de recalque
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1 - PRINCÍPIOS BÁSICOS DE
HIDRÁULICA

1) Conceito de hidráulica

É o estudo do comportamento da água e de outros líquidos,


quer em repouso, quer em movimento (Azevedo Netto e
outros).

2) Divisão

- Hidráulica Geral ou Teórica


- Hidráulica Aplicada ou Hidrotécnica

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PRINCÍPIOS BÁSICOS DE
HIDRÁULICA

3) Áreas de aplicação da hidráulica aplicada


a) Urbana
b) Rural
c) Instalações prediais
d) Lazer e paisagismo
e) Estradas
f) Defesa contra inundações
g) Geração de Energia
h) Navegação e Obras Marítimas e Pluviais

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PRINCÍPIOS BÁSICOS DE
HIDRÁULICA

4) Símbolos e Unidades do SI

GRANDEZA UNIDADE SÍMBOLO


Comprimento Metro m
Massa Quilograma Kg
Tempo Segundo s
Intensidade de corrente Ampére A
Temperatura termodinâmica Kelvin K
Intensidade luminosa Candela cd
Quantidade de matéria Mol mol

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PRINCÍPIOS BÁSICOS DE
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5) Fluidos
a) Definição: são substâncias ou corpos cujas
moléculas ou partículas têm a propriedade de se
mover, umas em relação às outras, sob a ação de
forças de mínima grandeza (Azevedo Netto).
b) Divisão: líquidos e aeriformes (gases, vapores).

c) Propriedades
1) Massa específica: é a massa de um fluido em uma
unidade de volume. É denominada densidade
absoluta.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DE
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2) Peso específico: é o peso da unidade de volume do


fluido em questão.

3) Densidade relativa: é a relação entre a massa


específica de um determinado fluido e a massa
específica da água a 3,98ºC.

4) Compressibilidade: é a propriedade que os fluidos


têm de reduzir seus volumes sob a ação de pressões
externas.

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PRINCÍPIOS BÁSICOS DE
HIDRÁULICA
5) Elasticidade: é a propriedade que os fluidos têm de
aumentar de volume quando se diminui a pressão.

6) Viscosidade / atrito interno: é a propriedade dos


fluidos de resistir à deformação.
7) Líquidos perfeitos: é o fluido sem viscosidade e
incompressível. Não existe na natureza.

8) Atrito externo: é a resistência ao deslocamento


de fluidos ao longo de superfícies sólidas.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DE
HIDRÁULICA

9) Coesão: é a propriedade que permite às partículas


fluidas resistirem a pequenos esforços de tensão.
10) Adesão: é quando a atração exercida pelas
moléculas de um determinado sólido é maior que a
atração existente entre as moléculas do próprio líquido,
quando estes entram em contato.

11) Tensão superficial: é o fenômeno que as moléculas


dos líquidos, em contato com o ar, possuem de formar
uma superfície elástica, resultado da atração das
moléculas do líquido com as moléculas do ar.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DE
HIDRÁULICA

12) Solubilidade dos gases: é a propriedade que os


líquidos possuem de dissolverem os gases. A
água, em particular, dissolve o ar (oxigênio e
nitrogênio).
13) Tensão de Vapor: é quando um líquido entra
em ebulição a uma determinada temperatura.
Ex. a água entra em ebulição à temperatura de
100ºC quando a pressão é 1,0332 kgf/cm² (1
atm.).

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2 - Fundamentos de Hidrostática

1) Conceito: a hidrostática é uma das subdivisões


da Hidráulica Geral e trata dos fluidos em repouso
ou em equilíbrio.
2) Lei de Pascal: em qualquer ponto no interior de
um líquido em repouso, a pressão é a mesma em
todas as direções. dx=dy=dz

3) Lei de Stevin ou equação fundamental da hidrostática: a


diferença de pressões entre dois pontos da massa de um
líquido em equilíbrio é igual à diferença de profundidade
multiplicada pelo peso específico do líquido.
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2 - Fundamentos de Hidrostática

3) Lei de Stevin – cont.


P2 – P1 =  (Z1 - Z2) ou P2 = P1 +  (Z1 – Z2)
ou P2 = P1 + h.
4) Pressão absoluta: tem como referência o zero
ou vácuo absoluto de pressão.
P = h

5) Pressão relativa, efetiva ou monométrica: tem


como referência a pressão atmosférica.
P2 = P1 + h.
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2 - Fundamentos de Hidrostática

6) Medida das Pressões

a) Barômetros – inventado por Evangelista Torricelli (1608 a


1647) para mostrar que a atmosfera tinha peso.

Princípio: um tubo de vidro com mais de 760 mm de


comprimento, fechado em uma ponta e completamente
cheio com mercúrio é invertido dentro de um prato que
contém mais mercúrio. Parte do mercúrio escorre quando o
tubo é invertido, mas uma coluna de mercúrio permanece
no tubo.

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2 - Fundamentos de Hidrostática

b) Piezômetro ou tubo
piezométrico – consiste na
inserção de tubo transparente na
canalização que se deseja medir a
pressão. O líquido subirá no tudo
a uma altura h, corresponde a
pressão interna.
c) Manômetro – aparelhos
industrializados que medem a
pressão instantaneamente.

Nota: unidades usuais de pressão


– 1 atm  10,33 mca  1 kgf/cm² 
9,8 . 10 4 N/m²  0,098 MPa
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2 - Fundamentos de Hidrostática

7) Pressão Hidrostática
É a pressão resultante da ação da massa líquida sobre uma
determinada porção de volume V, limitada pela superfície A.
p = dF/dA

a) Empuxo sobre superfícies planas submersas


Empuxo (F) = p . A
O empuxo exercido sobre uma superfície plana
imersa é uma grandeza tensorial perpendicular à
superfície e é igual ao produto da área pela
pressão relativa ao centro de gravidade da área.
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2 - Fundamentos de Hidrostática

F= .h.A

Exercício: Qual o empuxo exercido pela água em


uma comporta vertical, de 3x6m, cuja a borda
superior se encontra a 5m de profundidade da
superfície da água?
Dado:  = 9,8 . 10³ N/m³.

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2 - Fundamentos de Hidrostática

A resultante das pressões não está no centro de


gravidade CG da superfície e sim um pouco abaixo
deste e se chama centro de pressão CP.

a.1) Centro de gravidade: depende da figura


geométrica.
a.2) Centro de Pressão
Yp = y + I0/Ay
Nota: I0 é o momento de inércia, A é a área da superfície, Y é a distância da
superfície do líquido ao centro de gravidade.

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2 - Fundamentos de Hidrostática

Exercício 01: determine a posição do centro de pressão


para a caso da comporta do exercício anterior.

Exercício 02: determine a força de empuxo em uma


comporta circular de ferro fundido com 0,20m de raio,
instalada a uma profundidade de 4,0m, conforme figura a
seguir.

Exercício 03: uma caixa de água de 800 litros mede


1,0x1,0x0,8m. Determine o empuxo que atua em uma de
suas paredes laterais e o seu ponto de aplicação.

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2 - Fundamentos de Hidrostática

b) Empuxo sobre superfícies curvas submersas

Neste caso, considera-se as componentes horizontais e


verticais das forças atuantes sobre a superfície curva.

apresentar figura 2.25 da pg. 38.

Exercício 01) Uma barragem com 4,0 m de altura e 10,0 m


de extensão apresenta um perfil parabólico a montante.
Calcular a resultante da ação da água.

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3 - Hidrodinâmica dos Fluidos

1) Conceito
A hidrodinâmica dos fluidos tem por objetivo geral o
estudo dos movimentos dos fluidos.

O fluido em estudo é o fluido perfeito.

2) Vazão ou Descarga (Q)


Representa a quantidade de fluido que atravessa
uma determinada seção por uma unidade de
tempo.
Q = Volume/unidade de tempo
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3 - Hidrodinâmica dos Fluidos

Ex: litros/segundo; m³/s; m³/h.

Q=V .A
onde:

V = velocidade de escoamento do fluido (m/s)


A = área da seção de escoamento do fluido (m²)

Assim:
Q = m/s . m² = m³/s

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3 - Hidrodinâmica dos Fluidos

Exercício 01
Na figura abaixo são indicadas a velocidade média e a área
no interior de 3 tubulações diferentes. Identifique, na figura,
qual a tubulação que transporta a maior vazão.

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3 – Hidrodinâmica dos Fluidos

Exercício 02

Verificou-se que a velocidade média em uma tubulação é


de 1,25 m/s. Determine o diâmetro da tubulação para uma
vazão de 72 m³/hora.

Q=72m³/h=72m³/3600s=0,02m³/s

Q=V.A  A=Q/V= 0,02/1,25  A = 0,016m²

A =  . D²/4 D²=4A D=V4.A/

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3 - Hidrodinâmica dos Fluidos

3) Linhas e tubos de fluxo


São linhas que são desenhadas no fluxo de forma a auxiliar
na visualização da movimentação das partículas do fluido.
São tangentes ao vetor velocidade.

Linha de corrente

Partícula de
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odivioneto@ifma.edu.br Fluido
3 - Hidrodinâmica dos Fluidos

4) Classificação do movimento dos fluidos:


4.1) Quanto à variação no Tempo: Permanente (em
um mesmo ponto as propriedades não variam ao
longo do tempo e, por isso, são independentes do
tempo (uniforme e não-uniforme - no mov. uniforme
as propriedades não variam ao longo do espaço,
enquanto no mov. não-uniforme temos dois tipos:
acelerado e retardado) e Variável (neste
movimento ocorre que no mesmo ponto as
propriedades variam ao longo do tempo).
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3 - Hidrodinâmica dos Fluidos

4.2) Quanto a Pressão: escoamento forçado (a


pressão é sempre diferente da pressão atmosférica
e portanto o conduto tem que ser fechado. Ex.
tubulações de recalque e de sucção das bombas,
redes de abastecimento de água) e escoamento
livre ( a pressão da superfície do líquido é igual à
atmosférica, podendo o conduto ser aberto, como
nos canais fluviais, ou fechados, como nas redes
de coleta de esgoto sanitário).

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3 - Hidrodinâmica dos Fluidos

4.3) Quanto à direção na trajetória das partículas:


escoamento laminar ou uniforme ( as várias
camadas do líquido se movem sem perturbação.
Pode ocorre em fluido muito viscoso ou quando a
velocidade de escoamento é muito pequena) e
escoamento turbulento ou variado (as partículas do
líquido têm trajetórias irregulares, causando uma
transferência da quantidade de movimento de uma
parte a outra do líquido). Na engenharia hidráulica,
em geral, os escoamentos são turbulentos.

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3 - Hidrodinâmica dos Fluidos

5) A experiência de Reynolds
Consiste na injeção de um corante, continuamente, em um
ponto do escoamento, permitindo visualizar o fluxo dos
escoamentos laminar e turbulento.

Re = .V.Dh/
Onde:
Re: número de Reynolds (adimensional)
: massa específica do líquido
V: velocidade média do escoamento
Dh: dimensão geométrica característica (Rh ou )
: viscosidade do líquido

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3 - Hidrodinâmica dos Fluidos

4.1) Regime de escoamento e o número de


Reynolds
Regime Condutos livres Condutos forçados
Re = V Rh/ Re = V D/

Laminar Re  500 Re  2400

Transição 500  Re  1000 2400  Re  4000

Turbulento Re  1000 Re  4000

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3 - Hidrodinâmica dos Fluidos

5) Equações gerais do movimento

5.1) Equação da quantidade de movimento – método de


Euler (para movimento permanente)

Seja um cubo elementar, de dimensões infinitamente


pequenas, dx, dy e dz, localizado no interior de uma massa
de fluido em movimento.

Massa do fluido contida nesse cubo m = .dx.dy.dz

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3 - Hidrodinâmica dos Fluidos

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3 - Hidrodinâmica dos Fluidos

5.1) Equação da quantidade de movimento – cont.

Para uma massa m de uma partícula em movimento e a sua


aceleração a, tem-se F como força resultante, logo:
F=m.a
No eixo 0x, tem-se que:
m(d²x/dt²) = Fx 
dxdydz (d²x/dt²) = dxdydzX – (p/x)dxdydz

Simplificando, tem-se:
(d²x/dt²) = X – 1/(p/x) para o eixo X;
(d²y/dt²) = Y – 1/(p/y) para o eixo Y;
(d²z/dt²) = Z – 1/(p/ z) para o eixo X.
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3 - Hidrodinâmica dos Fluidos

5.1) Equação da quantidade de movimento – cont.


Onde (d²x/dt²), (d²y/dt²) e (d²z/dt²) são as componentes ou
projeções da aceleração da partícula considerada. Ou
ainda, são as derivadas totais das 3 componentes da
velocidade (Vx, Vy e Vz) em relação ao tempo t.

Podemos encontrar a seguinte equação:


R = .Q(2.U2 - 1.U1), Onde:
R = resultante das forças externas atuantes no sistema,
 = massa específica do líquido
Q = vazão ou descarga escoada
U = vetor que representa a velocidade média do
escoamento, na seção considerada.
 = coeficiente da quantidade de movimento.
3 - Hidrodinâmica dos Fluidos

5.1) Equação da quantidade de movimento – cont.

O coeficiente da quantidade de movimento  leva em conta


a variação que existe entre a velocidade das partículas do
escoamento v e a velocidade média U considerada numa
data seção transversal ao escoamento.

escoamento 
Forçados Turbulento 1,10
Forçados Laminar 1,33
livres 1,02 a 1,12
3 - Hidrodinâmica dos Fluidos

Nota: Na maioria das aplicações práticas, pode-se


adotar  = 1,0 tanto para escoamento forçado, quanto
para escoamento livre.

5.2) Equação de Energia


Estabelece que a mudança de energia interna de um
sistema é igual à soma da energia adicionada ao fluido com
o trabalho realizado pelo fluido. É expressa para um fluido
incompressível em regime permanente.

(Z1 + P1/  + 1.U²1/2g) – (Z2 + P2/  + 2.U²2/2g) = Hm+h


3 - Hidrodinâmica dos Fluidos

5.2) Equação de Energia – cont.


Onde:
Z : energia ou carga de posição;
P/ : energia ou carga de pressão;
.U²/2g : energia ou carga de velocidade;
Hm : energia aplicada ou retirada por alguma máquina;
h : perda de energia mecânica ou perda de carga.

Nota: o fator , também denominado coeficiente de energia


cinética, visa corrigir o cálculo da parcela relativa à energia
cinética, tendo em vista a adoção da velocidade média do
fluxo em vez da média das energias cinéticas das
partículas.
3 - Hidrodinâmica dos Fluidos

5.2) Equação de Energia – cont.


Para escoamento laminar em condutos forçados  = 2,0;
Para escoamento turbulento em condutos forçados  = 1,0
a 1,10;
Para escoamento livre  = 1,03 a 1,36.
Adota-se, em geral,  = 1,0.

5.3) Equação de Bernoulli – quando não existe máquinas


e o escoamento é permanente para os fluidos reais.

Z1 + P1/  + 1.U²1/2g = Z2 + P2/  + 2.U²2/2g) + h


(apresentar figura mostrando os termos da equação)
3 - Hidrodinâmica dos Fluidos

5.4) Equação da continuidade

É decorrente da lei de conservação de massa, que diz que


a massa não pode ser criada ou destruída – massa que
entra no tubo = massa que sai do tubo.

A1.V1 = A2.V2=Q.
4 – Teorema de Bernoulli

4.1) Teorema de Bernoulli para líquidos perfeitos


Ao longo de qualquer linha de corrente é constante a soma
das alturas cinética (U²/2g), piezométrica (p/) e
geométrica(z).

Z1 + P1/  + 1.U²1/2g = Z2 + P2/  + 2.U²2/2g) = const.


Cada termo da equação pode ser expresso em metros,
constituindo-se o que denomina-se de carga.

Exercício: livro de manual de hidráulica pg. 56.


4 – Teorema de Bernoulli

4.2) Aplicação do Teorema de Bernoulli aos líquidos


naturais
Hipóteses feitas para a dedução do teorema:

A) O escoamento do líquido se faz sem atrito (viscosidade


zero);
B) O movimento é permanente;
C) O escoamento se dá ao longo de um tubo de corrente
(de dimensões infinitesimais);
D) O líquido é incompressível.

A experiência prática não confirma rigorosamente o teorema


de Bernoulli, isso porque os fluídos reais ou naturais se
afastam do modelo perfeito, ou seja:
4 – Teorema de Bernoulli

- A viscosidade e o atrito externo são as principais causas


pela diferença entre o teorema e a aplicação prática;
- O escoamento somente ocorre com uma perda de
energia, que chamamos de perda de carga (hf).
- A perda de carga é a energia que se dissipa ao longo do
escoamento sob forma de calor;
- A velocidade adotada é uma velocidade única, quando se
tem na mesma seção uma velocidade distribuída em
vários pontos, o que leva a utilizar o coeficiente de
correção da velocidade  no termo U²/2g.
4 – Teorema de Bernoulli

Logo, o teorema de Bernoulli para os líquidos naturais fica


anunciado:
“Para um escoamento contínuo e permanente, a carga total
de energia, em qualquer ponto de uma linha de corrente, é
igual à carga total em qualquer ponto a jusante da mesma
linha de corrente mais a perda de carga entre os dois
pontos.
5 – Perda de Carga
5.1) Perda de carga
O líquido ao escoar transforma parte de sua energia em
calor. Essa energia não é mais recuperada na forma de
energia cinética e/ou potencial e, por isso, denomina-se
perda de carga.
5.2 – perda de carga contínua (ao longo da tubulação)
h = f .(L. V²)/(D . 2g)
Sendo que f = coeficiente de perda de carga ou coeficiente de atrito.

5.3. – perda de carga unitária

J = (8f . Q)/(² . g . D5) (derivado da fórmula da continuidade),

J = (10,64 . Q1,85) / (C1,85 . D4,87) fórmula de Hazen-Williams


Para tubos com diâmetros a partir de 50mm.
5 – Perda de Carga

*Para instalações hidráulicas prediais temos:

J = 0,002021. (Q1,88/D4,88) (fórmula de Fair-Whipple-Hsiao para


tubos de aço galvanizado e ferro fundido).

J = 0,000859 . (Q1,75/D4,75) (fórmula de Fair-Whipple-Hsiao para tubos


de cobre ou plástico).

J = 0,000692 . (Q1,88/D4,88) (fórmula de Fair-Whipple-Hsiao para tubos


de cobre ou latão, conduzindo água quente).
5 – Perda de Carga
5 – Perda de Carga

t
5 – Perda de Carga
5.3 Perda de carga na saída das canalizações, em
curvas, em válvula de gavetas, em estreitamento e
alargamento gradual de seção, em tês e junções.
5 – Perda de Carga
5 – Perda de Carga

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