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Universidade Federal de Goiás

Faculdade de Educação – Curso de Pedagogia


Estágio em Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental III
Professora Dra. Dalva Eterna Gonçalves Rosa

PROTOCOLO DE REGISTRO DE OBSERVAÇÕES


Goiânia, 15 de maio de 2018 Protocolo nº. 03
Objeto de observação: Agrupamento de crianças com 4 anos. Sala:09
Professora: X Auxiliar: Y
Observadores(as): Beatriz Antunes da Silva Alves
Júlia Carvalho Leal de Souza

Iniciamos nossa terceira visita de estágio em Educação Infantil e Anos Iniciais


do Ensino Fundamental III, no dia 15 de maio de 2018 (terça-feira), no CMEI – Centro
Municipal de Educação Infantil Viver a Infância, situado à 5ª Avenida, 270 - Leste Vila
Nova, Goiânia - GO, 74643-030 às 07h20min e fomos recepcionadas na escola com
músicas infantis alegres, assim como os professores, pais, alunos e demais funcionários
e/ou visitantes da escola (A instituição possui vários alto-falantes espalhados nas
paredes).
Ao entrar na Sala 09, do agrupamento de 4 anos, fomos bem recepcionadas.
Algumas crianças queriam conversar e compartilhar as novidades de suas vidas
particulares das últimas duas semanas, como por exemplo novas aquisições (sapatos,
garrafas), e serem notadas. A aluna A. J. questionou se brincávamos de “fogão, pipoca e
panela” (em referência à brincadeira “morto-vivo” feita ao final da última observação).
Estava na hora do lanche, e para isso as professoras foram distribuindo as caixas
organizadoras e as crianças guardaram os brinquedos que estavam espalhados por cada
agrupamento de mesas (4 cadeiras). Ouvimos comandos da auxiliar como “Quem não
está guardando é feio”, e “Quem está guardando é bonito”. Sabemos de algumas
implicações que estas frases podem trazer, e nós, estagiárias, temos em mente outros
comandos que poderiam ser utilizados ao invés destes, como explicar o que será feito ao
invés de “ameaças”, ou elogiar com “Obrigada/ Parabéns para quem está guardando os
brinquedos”, pois sabemos que as crianças gostam de atenção e demonstrar que podem
contribuir com o espaço em vivência.
A auxiliar então distribui pratos de plástico (1 em cada mesa) que continha
biscoitos de maisena para o café da manhã. Em seguida, foi servido leite com
achocolatado. Algumas crianças não comeram pois já haviam comido em casa.

As crianças ajudaram a arrumar o espaço da sala organizando as mesas e as


cadeiras e sentaram na roda de cadeiras que a professora auxiliou na disposição (anexo).
Os meninos foram ao banheiro com a professora auxiliar, e logo depois aconteceria o
revezamento com as meninas. Enquanto havia essa “pausa”, a professora contou para
nós, estagiárias, um pouco a respeito do que as crianças estão estudando e produzindo
nas últimas semanas. Contou-nos que elas estão estudando sobre as joaninhas (e fez
uma comparação com a personagem “Ladybug”, na qual as crianças possuem grande
identificação por ser parte de um desenho animado que veio da “vivência” delas) e
sobre as abelhas.

“Na forma ideal de narrativa transmídia, cada meio faz o que


faz de melhor para que a história possa ser introduzida num filme,
expandida através de televisão, romances e quadrinhos, e seu mundo
pode ser explorado e experimentado também através de jogo. Cada
entrada da franquia precisa ser bastante auto-suficiente para permitir o
consumo autônomo. Ou seja, você não precisa ter visto o filme para
desfrutar do jogo e vice-versa.” (JENKINS, 2003, p. 2)

A roda inicia-se com uma música infantil que começava com a seguinte frase:
“vai começar a brincadeira do tchatchatcha”. O aluno H. tira o sapato, começa a
“chamar a atenção”. A prof. o guia com seus movimentos físicos, mas não para de
cantar com as outras crianças (não reforçando, assim, a atitude de chamar a atenção).

A professora fez uma brincadeira onde cada um precisava falar uma comida, e se
o colega fizesse repetição da mesma deveria pagar uma prenda, como por exemplo,
imitar uma foca, ou uma bailarina, mas tudo era diversão para eles, e não uma prenda,
de fato. Começaram então, depois da brincadeira, a cantar:

“Sete dias a semana tem,

quando um acaba outro logo vem.

Domingo, Segunda, Terça-feira, Quarta-feira,

Quinta-feira, Sexta-feira,

Sábado que bom!”


“Que dia é hoje?” A professora perguntou, e logo depois ia escrevendo no
quadro “T...E...R...Ç...A...-...F...E...I...R...A...” e a cada letra dita, dava exemplos a
partir do nome da família dos alunos, e eles também iam identificando-as, como por
exemplo, “essa é a letra da minha tia, E”. Enquanto isso, a auxiliar varreu a sala.

A professora chamou uma criança para contar (quantitativamente) as meninas


que estiveram presentes naquele dia. A criança disse que era dia 14 e a professora disse
que 14 havia sido no dia anterior, segunda-feira. Então contaram no calendário até o 15
(pois vinha depois do 14). Fiquei me perguntando se ela fazia aquilo todos os dias...
Que repetitivo! Além de todos os dias, acontecia mais de uma vez. 21 crianças estavam
presentes. 14 meninas e 7 meninos (após a contagem e escrita no quadro).

Com a roda feita, e observando ainda melhor o espaço à minha volta,


observamos o quanto a sala é repleta de transmídia. Segundo Jenkins (2009, apud
PIVETTA, 2014, p. 12), narrativas transmídia servem como atrator cultural e ativador
cultural, deixando aberta a possibilidade dos consumidores mais interessados buscarem
por um conteúdo mais extenso, sendo esse aprofundamento a causa para o tamanho do
empreendimento.

Quais são as relações que se dão a partir das mídias? Todos somos mediados em
nossas ações e reflexões. Nas mochilas, nos cartazes confeccionados de E.V.A. pelas
professoras, no painel de aniversário, nas roupas dos alunos, nos enfeites da parede (que
não possuem conteúdo ou aprendizado aparente), nos cadernos, nas agendas, nos
enfeites dos potes que continham materiais pedagógicos, e até mesmo no cartaz de bem-
vindo da porta. As crianças já possuem demasiado acesso e incentivo dessas coisas em
casa, e é reforçado cada vez mais dentro das instituições de ensino. (Assim como as
músicas, que a escola poderia trabalhar variadas de autores como Toquinho ou Vinícius
de Moraes). Desde antes de nascer muitas crianças já estão inseridas no contexto das
relações capitalistas (compra dos produtos que permeiam o ambiente e estabelece
relações entre as crianças). Na sala de aula haviam os bonecos “Mascotes da caixa”.
Qual o papel da escola? Não seria está responsável por separar o senso comum do
conhecimento científico?

Durante a roda ela continuou o trabalho sobre os insetos, neste em questão era
sobre a abelha. A professora leu uma história para as crianças de ALGARRA, Alejandro.
Descubra as Abelhas (ANEXO), depois escreveu o nome abelha no quadro, jogou as
letras o chão e as criança de grupo em grupo deveriam procurar a letra e colocar
no quadro. H. colaborou bastante (encontrou 4 letras). Percebemos que ele amou a
atividade. Reforça cada vez mais que a escola não é feita para todos, na maioria do
tempo os autistas não são incluídos (não fazem o que não querem e não gostam de ser
contrariados). O aluno H. participou de todas as rodadas. A professora encerrou a
atividade levando os alunos para as cadeiras (instituição), outros alunos se dispersaram
guardando as letras, enquanto a auxiliar entregava a massinha para os alunos e a
professora regente entregou os cortadores. C ainda destacou que ontem foi dado
massinha, mas que não é todo dia que trabalham isto.

É importante ressaltar - para a identificação das crianças durante a diversas


atividades - que os números de 0 a 9 e as letras do alfabeto de A e Z são dispostas fora
da ordem, trabalham o reconhecimento sem decorar. Foram revezando as crianças na
atividade das letras no quadro. (ANEXO)

Em seguida, fomos para a atividade de desenho da abelha em que cada criança


recebeu sua folha, já com o nome, para o registro da sua abelha ao terminar cada um vai
ao varal pendurar seu desenho (ANEXO).

Enquanto isso a auxiliar de cozinha passou na sala já distribuindo os pratos e


talheres. A professora pede que uma criança Y ajude a recolher as massinhas dos
colegas entregou o pote. Enquanto isso a criança A. (por maldade) empurrou a colega
que estava recolhendo e ainda ficou com um sorriso no rosto. A criança Y foi explicar
para as professoras e a professora auxiliar virou e disse “não pode, viu?” não resolveu o
conflito e não investigou a aluna A sobre estas atitudes. Após recolher a massinha a
professora começa a acalmar as crianças cantando “Cheira a flor e sopra a vela”
repetidas vezes trabalhando a respiração e o controle do corpo de cada uma.

Como o tom de voz baixo ela inicia a cantoria “Se você está feliz bata palma,
bata os pés, faz estátua (ninguém e mexe ou faz barulho), faz pose, dá um grito, outro
grito. As crianças estavam bem agitadas durante a manhã esta atividade ressalta a
importância de canalizar a agitação. Durante a terças tem sido um dia muito cansativo
para as crianças, pois elas não têm quadrinha ou parque antes. Elas ficam agitadas,
muitas atividades são propostas em um período longo de tempo. Com contraproposta
realizamos e realizaremos nossas atividades sempre em ambientes externos.
Uma criança dormiu toda a manhã, a professora auxiliar explicou que ela
não costuma dormir bem à noite e a mãe sempre avisa que pode deixar ela dormir.
Neste momento uma criança T fala para a professora auxiliar “O H apertou minha
bochecha”. A professora auxiliar percebeu e perguntou se aquilo era correto na
concepção dele “Tá certo isto, H?” A criança H explicou que a criança T apertou a
bochecha dele primeiro. A professora auxiliar disse “é bom apertar a bochecha dos
outros, mas a sua não pode né?” em forma de ironia. Algumas falas devem ser
revisadas.

É servido o almoço, o cardápio do dia foi arroz, milho, feijão em caldo e salada
de alface, sendo igual ao que estava proposto no cardápio semanal. A galinhada é
servida a todos com o nosso auxílio e depois passamos em cada mesa perguntando do
interesse em comer feijão e salada. Observamos o cuidado no preparo da comida, sem
osso ou algo que facilite o engasgamento.

Uma aluna pediu à estagiária ir ao banheiro. Chegando lá, a estagiária notou que
não havia papel ou sabão. Havia um rolo de papel a 2 metros de altura. As crianças têm
autonomia de ir ao banheiro e ter a responsabilidade de realizar a própria higiene, mas
elas não a fazem. Não seria melhor encontrar uma nova forma de fazê-la?

Ainda durante o almoço a criança H demorou para comer e quando decidiu se


afastou do prato por alguns segundos e a criança W pegou o seu prato para comer, pois
ainda estava com fome. A auxiliar viu que o arroz havia acabado e pegou o prato
devolvendo para a criança H. Não pegou mais comida, pois devia ter acabado, já que ela
tinha ido uma segunda vez pegar mais arroz. Devemos pensar no histórico das crianças
que frequentam o CMEI cada uma com seu histórico familiar, algumas possuem comida
em casa e outras, infelizmente, não.

Organizamos a sala pós-almoço e levamos as crianças para a quadra com o


intuito de realizar a atividade com eles. Escolhemos a brincadeira do feiticeiro,
elegemos 3 pegos e quem fosse pego paralisava, como uma estátua com as duas pernas
afastadas para que um terceiro colega passasse por baixo e o feitiço fosse desfeito. Em
roda explicamos para eles como seria passo a passo e iniciamos. Após 5 minutos
percebemos que todos eram pegos e não tinha mais uma organização. Resolvemos
explicar novamente tirando novos pegos e assim seguiu. Logo, todos viraram pegos
novamente e seguiu assim. A turma não mantém os “ouvidos ligados” e não tem
controle sobre o próprio corpo. Mesmo com pedidos e várias explicações, não
entenderam a brincadeira que tinha regras. Mas, não deixaram de se divertir e
canalizar toda a energia nesta brincadeira.

Finalizamos nossa terceira visita técnica às 11h00min.

ANEXOS
(Fotos tiradas por Beatriz Antunes em 15/05/2018)

(Momento da Contação de Histórias – Abelhas – Aluno H sentado ao lado da


professora)

(Monstrinhos da Caixa, transmídia)


(Terça – TV – 7:50/8:30 *não houve esse momento em nenhuma das visitas a campo*)

(Letra de canção infantil utilizada em algum momento na roda)


(Atividade das letras – Abelha)

(Atividade das letras – Abelha)


(Resultado da Atividade das letras – Abelha – 2° grupo)

(Revezamento dos alunos durante a Atividade de Letras – Abelhas)


(Mochilas da personagem Ladybug – Transmídia)

(Transmídia presente nos os pertences individuais das crianças)


(Cartaz “O que sabemos sobre abelhas”)

(Momento antes da atividade de desenho – Abelha – em folha)

(Refeição – Almoço 10h00min – Arroz, frango, milho, feijão e salada de alface)


(Funcionária da cozinha entregando as refeições de sala em sala no carrinho de inox)

(Varal composto por atividade das abelhas)


(Varal composto por atividade das abelhas)

(Brincadeira na quadrinha – Feiticeiro)


(Brincadeira na quadrinha – Feiticeiro)

(Momento da Contação de Histórias – Abelhas – Aluno H se mantém na frente de outros


alunos)

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