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A FIGURA FEMININA E SEU SIMBOLISMO NA UMBANDA

LORIN, A. G.; FERREIRA, A. P.

RESUMO

Sendo a Umbanda a maior religião brasileira, e tendo esta em seu meio, um


numero de mulheres, superior ao de homens, pretende-se com esta pesquisa,
analisar a forma como estas mulheres são vistas dentro de seus terreiros e se há
existência de preconceito machista nesta mesma religião.

Palavras-chave: Umbanda, Preconceito, Machismo

ABSTRACT

Being the Umbanda the biggest Brazilian religion, and having in number of women
superior to the one of men, intended with this research, to analyze the form as
these women are seen inside of its places of rituals and if religion has existence of
machista preconception.

Keywords: Umbanda, Preconception, Machismo

Introdução

O primeiro terreiro registrado foi fundado em 1908 por Zélio Fernandino


de Moraes, um jovem rapaz de 17 anos de idade, incorporado como Caboclo das
Sete Encruzilhadas. Em 1918 mais sete tendas da Umbanda foram criadas e até
3 de outubro de 1975, dia da morde de Zélio, já existiam mais de dez mil terreiros
em todo o Brasil.

A Umbanda teve como fundamento inicial, a frase dita pelo Caboclo


das Sete Encruzilhadas “Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando
a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e
desencarnados.” (MORAES apud CORRAL, 2010). Seguindo este fundamento,
homens e mulheres deveriam ser tratados como iguais, mas seria está a atual
realidade de uma religião de maioria feminina?

O presente trabalho tem como objetivo investigar o simbolismo da


mulher na umbanda. Como elas são vistas quando rodantes e quando Mães de
Santo, e como elas se vêem ocupando estes postos são perguntas que se
pretende responder ao longo da pesquisa. Busca também discutir um pouco
sobre a presença do machismo dentro dos terreiros.

Tem-se como objetivos específicos, estudar a religião umbandista e


sua relação com os gêneros, diagnosticar o papel da mulher na umbanda, através
da pesquisa de campo e analisar os dados colhidos com base na fundamentação
teórica. Para completar os objetivos, foi utilizado o método da pesquisa de campo.
Formulou-se um questionário que será aplicado aos adeptos desta religião e nas
Mães de Santo.

Referenciais teórico-metodológico

As mulheres sempre fizeram parte desta religião, mas segundo


Berezutch (2009), autora informal do blog sunnet, antigamente elas não podiam
reger terreiros como mães de santo, mesmo se estivessem preparadas para isso,
não podia ser ogãs (filhos de santo que cantam e tocam durante os cultos), nem
“trabalhar” (incorporar) se estivessem menstruadas, pois segundo os antigos
assim seu corpo estaria impuro. Quando descoberta uma gravidez a gestante
deveria se afastar do terreiro, pois não poderia trabalhar na corrente, e por fim, se
uma mulher incorporava uma entidade masculina, era amarrado um pano em seu
corpo para bloquear suas energias femininas.

Corral (2010), quando conta a historia da Umbanda, cita o nome das


sete primeiras casas após aquela fundada por Zélio, sendo Tenda Espírita Nossa
primeiras
casas de Senhora da Conceição, Tenda Espírita São Pedro, Tenda Espírita Nossa Senhora
umbanda
da Guia de Oxossi, Tenda Espírita Santa Bárbara, Tenda Espírita Oxalá, Tenda
Espírita São Jorge e Tenda Espírita São Jerônimo. Janaina Azevedo Corral
(2010) não chega a citar os nomes dos fundadores e dirigentes destes centros,
mas através de consulta a Mães de Santos e a internet, obteve-se a informação
de que a fundadora da tenda espírita Nossa Senhora da Conceição, foi Gabriela
Dionysio Soares, o que garante que as mulheres sempre puderam dirigir centros
e terreiros, o que confirma a fundamentação desta religião.

Quando o assunto é a menstruação Byron Tôrres de Freitas (1976)


confirma a exclusão das mulheres, nesta fase, do jogo de adivinhação da Alobaça
com a frase: “Mulheres menstruadas não podem estar presentes, nem pessoas
embriagadas, nem portando armas brancas ou de fogo”, pois esses itens de
acordo com o autor poluem o ambiente, mas Freitas (1976) não cita mais
nenhuma exclusão feminina ao percorrer de seu livro.

Kosby e Rieth (2008) sugerem que em alguns terreiros a mulher seja


considerada mais “poderosa” que o homem, porque esta tem a possibilidade de
incorporar qualquer entidade, enquanto nos homes, por exemplo, são raros os
que incorporem pombagiras.

Desde os primórdios da Umbanda, as mulheres podiam incorporar


Orixás masculinos e também guias [...], e já tinham como guia chefe, mentor ou
guia de frente uma entidade masculina. São tantas as mulheres, senhoras,
meninas, moças, idosas que trabalham, e se formos analisar, hoje a maioria dos
terreiros é composta por um número maior de mulheres médiuns. (Berezutch,
2009)

Berezutch (2009) questionando o machismo antes presente nos


terreiros de umbanda falando de igualdade, que não existem diferenças entre pai
ou mãe de santo, pois isto não passa de uma questão genética.

Embora pareça uma relação passada, Berezutch (2009) vem denunciar


que em alguns terreiros esse preconceito ainda existe, mesmo que expresso de
outros modos, como o da não incorporação de Orixás e guias femininos.

Conclusão

O próximo passo da pesquisa é a coleta de dados. Primeiramente aguardaremos


a aprovação do conselho de ética para prosseguir com as aplicações de
questionários.
REFERÊNCIAS

BEREZUTCH, Mônica. Doutrina e Cultura Umbandista: Mulheres no Terreiro.


SunNet Noticias, artigo online, 2009. Disponível em www.sunnet.com.br.
Acessado em 05/04/2013.
CORRAL, Janaina A. As Sete Linhas da Umbanda. São Paulo: Universo dos
Livros, 2010.
FREITAS, Byron T. O jogo dos Búzios. Rio de Janeiro: Editora Eco, 1976.
KOSBY, Marília Floôr; RIETH, Flávia. Pombagira e a extroversão do pecado
feminino: articulações entre a historia do corpo da mulher e a experiência
deste através das entidades Afro-brasileiras, In: XVII CONGRESSO DE
INICIAÇÃO CIENTIFICA; X ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO, 2008. Pelotas.
Anais... Pelotas: Instituto de Ciências Humanas, 2008. 5f. Disponível em
www.ufpel.edu.br. Acessado em 05/04/2013.

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