Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
ALDENY CORDEIRO
CDD – 629.28
ALDENY CORDEIRO
Banca Avaliadora:
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
Primeiramente, agradecemos a Deus, o criador todo poderoso, o sábio dos sábios, pela
oportunidade da vida, pelo incentivo emocional para enfrentar as lutas do dia-a-dia, pelo
privilégio que nos foi dado para chegarmos até aqui e adquirir tamanha experiência ao
frequentar este curso.
Às nossas famílias, especialmente aos nossos pais, nossos primeiros educadores, pelo
estímulo, exemplo, coragem e compreensão em todos os momentos.
Ao nosso orientador, Flávio Nassur Espinosa, por tudo que temos aprendido, pela
paciência, compreensão e direcionamentos. A ele, nossa admiração e agradecimento.
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE SIGLAS
CBM Condition Based Maintenance
CEFET Centro Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
CMMS Computerized Maintenance Management System
ENGEMAN Engenharia da Manutenção
FFT Failure Finding Task
FIAT Fabbrica Italiana Automobili Torino
FMEA Failure Mode and Effect Analysis
HP Horse Power
IFF Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
Fluminense
MIL-STD Military Standards
O.S. Ordem de Serviço
PCM Planejamento e Controle de Manutenção
RCM Reliability Centered Maintenance
RH Recursos Humanos
SAE Society of Automotive Engineers
TBM Time Based Maintenance
TMEF Tempo Médio entre Falhas
TMPR Tempo Médio para Reparo
TPM Total Productive Maintenance
iv
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - CURVA DA BANHEIRA. .............................................................................................. 15
FIGURA 2 - TELA INICIAL DO SOFTWARE ENGEMAN. .............................................................. 34
FIGURA 3 - TELA DE ACESSO AO SOFTWARE ENGEMAN. ............................................................. 35
FIGURA 4 - TELA DE EMPRESAS E FILIAIS .................................................................................. 35
FIGURA 5 - TELA DE ACESSO ÀS FERRAMENTAS E CAMPOS DO SOFTWARE ENGEMAN. ............... 36
FIGURA 6 - TELA DE DEMONSTRAÇÃO DO CAMPO MENU “ARQUIVO”. ........................................ 37
FIGURA 7 - TELA DE CADASTRO DE EMPRESAS. .......................................................................... 38
FIGURA 8 - TELA DE CADASTRO DE USUÁRIOS............................................................................ 39
FIGURA 9 - TELA DE “CONFIGURAÇÕES GERAIS”. ...................................................................... 41
FIGURA 10 - TELA DE DEMONSTRAÇÃO DO CAMPO MENU “TABELAS”. ...................................... 42
FIGURA 11 - TELA DE CADASTRO DE OCORRÊNCIAS. .................................................................. 43
FIGURA 12 - TELA DE CADASTRO DE CAUSAS. ............................................................................ 44
FIGURA 13 - TELA DE CADASTRO DE SERVIÇOS. ......................................................................... 44
FIGURA 14 - TELA DE CADASTRO DE FORNECEDORES. .............................................................. 45
FIGURA 15 - TELA DE CADASTRO DE EVENTOS. .......................................................................... 46
FIGURA 16 - TELA DE CADASTRO DE ÍNDICES FINANCEIROS. ...................................................... 46
FIGURA 17 - TELA DE CADASTRO DE MOTIVO DE ATRASO DAS O.SS. .......................................... 47
FIGURA 18 - TELA DE CADASTRO DE MOTIVO DE CANCELAMENTO DAS O.SS ............................. 47
FIGURA 19 - TELA DE DEMONSTRAÇÃO DO CAMPO MENU “CADASTROS”................................... 48
FIGURA 20 - TELA DE CADASTRO DE CENTRO DE CUSTO............................................................. 49
FIGURA 21 - TELA DE CADASTRO DE CONTA CONTÁBIL. ............................................................. 49
FIGURA 22 - TELA DE CADASTRO DE SETOR EXECUTANTE. ......................................................... 50
FIGURA 23 - TELA DE DEMONSTRAÇÃO DO CAMPO MENU “CADASTROS - COLETA”. .................. 51
FIGURA 24 - TELA DE “COLETA ACUMULATIVA”. ....................................................................... 51
FIGURA 25 - TELA DE “COLETA DE VIAGENS DE VEÍCULOS”. ..................................................... 52
FIGURA 26 - TELA DE DEMONSTRAÇÃO MENU “CADASTROS - EQUIPAMENTO”. ......................... 52
FIGURA 27 - TELA DE “TIPOS DE APLICAÇÕES”.......................................................................... 53
FIGURA 28 - TELA DE “LOCALIZAÇÃO DE APLICAÇÕES”. ........................................................... 54
FIGURA 29 - TELA DE “TIPOS DE PONTO DE CONTROLE”. .......................................................... 55
FIGURA 30 - TELA DE “CADASTRO DE APLICAÇÕES”. ................................................................ 56
FIGURA 31 - TELA DE DEMONSTRAÇÃO MENU “CADASTROS - MATERIAL”. ............................... 57
v
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO. .................................................................................. 4
TABELA 2 - TIPOS DE MANUTENÇÃO X CUSTOS – * HP (HORSE POWER) É A POTÊNCIA. ............. 13
TABELA 3 - SOFTWARES DISPONIVEIS NO MERCADO .................................................................. 28
TABELA 4 - EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO INFORMATIZADA ...................................................... 28
TABELA 5 - DEFINIÇÃO DAS MÁSCARAS DE CÓDIGO. .................................................................. 40
TABELA 6 - STATUS DE O.S.. ...................................................................................................... 78
TABELA 7 - TABELA DE CUSTO DA MANUTENÇÃO NO ANO DE 2009. ........................................... 98
TABELA 8 - TABELA DE CUSTO DA MANUTENÇÃO NO ANO DE 2010. ........................................... 99
TABELA 9 - TABELA DE CUSTO DA MANUTENÇÃO NO ANO DE 2011. ......................................... 100
TABELA 10 - TABELA COMPARATIVA DO CUSTO DA MANUTENÇÃO NOS ANOS DE 2009, 2010 E
2011. ............................................................................................................................... 101
viii
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 - MUDANÇA DE PARADIGMA NA MANUTENÇÃO .......................................................12
GRÁFICO 2 - CUSTOS VERSUS NÍVEL DE MANUTENÇÃO ..............................................................21
GRÁFICO 3 - LUCRO VERSUS DISPONIBILIDADE ..........................................................................21
ix
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 1
1 INTRODUÇÃO
1.1 HISTÓRICO
1.2. OBJETIVO
1.3. JUSTIFICATIVA
Neste trabalho será relatado todo o processo de implantação de um CMMS, mas antes
são descritos em capítulos, conceitos necessários referentes à manutenção. Este trabalho
monográfico está estruturado entre os capítulos 1 ao 5 conforme abaixo:
CAPITULO 1 – Introdução: Apresentação; Objetivo; Justificativa; Metodologia do Trabalho;
Estrutura do Trabalho.
CAPITULO 2 – Conceitos e Teorias Sobre Manutenção: Introdução de Manutenção;
Definição de Manutenção; Missão da Manutenção; Tipos de Manutenção; Definição de Falha;
FMEA; Definição de Função; Qualidade; Produtividade; Disponibilidade; Confiabilidade
Custos da Falta de Manutenção; Ferramentas para Gerenciamento da Manutenção; A
Informatização na Manutenção,
CAPITULO 3 – Estudo de Caso: Introdução; Conceito de Cliente Interno e Externo; A
Importância da Integração do Pessoal da Instituição na Implantação; Cadastro Gerais,
Gráficos e Relatórios,
CAPITULO 4 – Resultados Gerados Pelo Software ENGEMAN
CAPITULO 5 – Conclusão
4
2.1 INTRODUÇÃO
Desde a década de 30, a evolução da manutenção pode ser rastreada através de cinco
gerações. A Quinta Geração é fase mais aperfeiçoada da manutenção até o presente, mas esta
geração só pode ser vista em perspectiva das gerações anteriores (PINTO e XAVIER, 2013, p. 2).
A tabela abaixo exemplifica as cinco fases da evolução da manutenção.
Atos de Manutenção:
- Substituição de peças desgastadas ou em falha;
5
Tavares em seu artigo “Manutenção” diz que normalmente toda função básica de
manutenção se resume ao seguinte:
Como exemplo, podemos citar o caso de uma lâmpada, em que nesse caso, a missão
não é de preservar a lâmpada, mas sim a função do sistema (iluminação).
No passado era comum o gerente dizer que o seu principal problema era falta de gente,
mas hoje não se tem dúvida que o principal problema é o excesso da demanda de serviços,
decorrente de uma confiabilidade não adequada.
A fim de aumentar a confiabilidade de um sistema de produção, um sistema de
7
Kardec afirma que entre o pessoal de manutenção ainda existem informações confusas
quanto às diferentes nomeações que são dadas aos tipos de manutenção. Isto se deve pelas
diferentes regiões, empresas que carregam nomes diferentes para determinados tipos de ação
da manutenção. Mas isso não deve atrapalhar os conceitos devido à escolha das nomeações
quanto ao tipo de manutenção. A maneira pela qual é feita a intervenção nos equipamentos, sistemas ou
instalações caracteriza os vários tipos de manutenção existentes. Não raramente essa variedade provoca certa
confusão na caracterização dos tipos de manutenção.
Por isso, conforme Kardec, é importante uma caracterização mais objetiva dos
diversos tipos de manutenção, desde que, independente das denominações, todos se encaixem
em um dos seis tipos descritos a seguir.
2.4.2-MANUTENÇÃO PREVENTIVA
preventiva:
- Quanto se conhece a vida útil do componente,
- Quando não é possível a manutenção preditiva.
- Aspectos relacionados com a segurança pessoal ou da instalação que tornam mandatória a
intervenção, normalmente para substituição de componentes.
- Por oportunidade em equipamentos críticos de difícil liberação (de material) operacional.
- Riscos de agressão ao meio ambiente.
- Em sistemas complexos e/ou de operação contínua. Ex.: petroquímica, siderúrgica, indústria
automobilística, etc.
Se, por um lado a manutenção preventiva proporciona um conhecimento prévio das
ações, permitindo uma boa condição de gerenciamento das atividades e nivelamento dos
recursos, além de previsibilidade de consumo de materiais e sobressalentes, por outro
promove, via de regra, a retirada do equipamento ou sistema de operação para execução dos
serviços programados.
Entretanto, quando se muda de Preventiva para Preditiva, ocorre um salto positivo nos
resultados. Salto mais significativo ocorre quando se adota a Engenharia de Manutenção.
Xavier (p. 3) diz em seu artigo “Manutenção: Tipos e Tendências” que as tendências
atuais, analisadas as empresas que são benchmark (modelo de referência), indicam a adoção
cada vez maior de técnicas preditivas e a prática da engenharia de manutenção. O quadro da
13
forma, podem ser necessárias em algumas circunstâncias. Por exemplo, definir funções
estéticas com termos exatos é muito difícil e consequentemente palavras como “Deve ser
aceitável” ou “Parece atrativo” podem ser usadas; entretanto, deve existir um entendimento e
um consenso comum sobre o que tais definições significam.
Algumas definições de funções são absolutas (ex. "Conter líquido", onde nenhum
escapamento é aceitável) enquanto outros são variáveis (ex." Remover partículas não
desejáveis de 100 microns do ar.").
- Escolha uma distribuição de vida útil e que caibam os dados e modelos de vida do
equipamento.
- Estimar a distribuição dos dados que caiba os parâmetros.
- Gerar parcelas e resultados que venham estimar as características da vida do
equipamento, tais como a confiabilidade ou a vida media.
São dados de falha que contém um conjunto de valores superiores a zero que é
submetido a uma modelagem , e através dessa modelagem é possível fazer previsões da vida
de um equipamento e suas falhas num tempo especifico,comparar a confiabilidade de
produtos e projetos concorrentes,estabelecer garantias,gerenciar estoques de peças de
reposição e criar planos de manutenção.
2.7 FMEA
FMEA (do inglês Failure Mode and Effect Analysis) - Análise do Modo e Efeito de
Falha é uma ferramenta que busca analisar falhas potenciais para propostas de ações de
melhoria, que ocorrem no projeto do produto ou do processo. Este é o objetivo básico desta
técnica, ou seja, detectar falhas desde o projeto inicial para não ofender o produto final. Pode-
se dizer que, com sua utilização, se está diminuindo as chances do produto ou processo
falharem. A análise consiste basicamente em identificar as funções do produto ou processo, os
tipos de falhas possíveis, os efeitos e as possíveis causas desta falha. Em seguida são
avaliados os riscos de cada causa de falha por meio de índices e após avaliação, são tomadas
as ações necessárias para diminuir estes riscos e elevar a confiabilidade o mais próximo de
100 %.
17
2.8 QUALIDADE
2.9 PRODUTIVIDADE
2.10 DISPONIBILIDADE
2.11 CONFIABILIDADE
aplicação dos métodos de manutenção hoje existentes. Para evitar que isso aconteça, as
empresas estão cada vez mais se aliando ao meio acadêmico. O papel dessas instituições
acadêmicas é a aplicação teórica das probabilidades, que em muitos casos tornam-se
demasiadamente complexos, realizando estudos de caso e simulações, prevendo e prevenindo
sua ocorrência. Isso acarreta no aumento da confiabilidade do sistema produtivo,
consequentemente também no aumento da qualidade e produção, e ainda mais importante,
diminuindo custos e preço final do produto. De maneira geral, a manutenção centrada na
confiabilidade, juntamente com suas técnicas probabilísticas, se mostra uma poderosa
ferramenta gerencial, tornando as empresas e seus profissionais cada vez mais competitivos.
Toda a empresa tem a perder ou até mesmo chegar à falência por falta de uma política
de manutenção que gera custos. Os custos gerados pela função manutenção são vistos como
parte visível e invisível. A visível corresponde aos custos com mão-de-obra, ferramentas e
instrumentos, material aplicado nos reparos, custo com subcontratação e outros referentes à
instalação ocupada pela equipe de manutenção. E a parte invisível são os decorrentes da
indisponibilidade do equipamento que corresponde aos maiores custos na empresa. O custo da
indisponibilidade concentra-se naqueles decorrentes da perda de produção, da não-qualidade
dos produtos, da recomposição da produção e das penalidades comerciais, com possíveis
conseqüências sobre a imagem da empresa. Os custos ligados à indisponibilidade e
deterioração dos equipamentos são conseqüência da falta de manutenção. Essa relação entre
custo de manutenção, custo da indisponibilidade e produtividade levam à conclusão que uma
melhor relação custo-benefício é obtida quando a manutenção é tratada de forma preventiva,
em vez de situações de descontrole do processo produtivo pela falta de manutenção.
Tomando a manutenção como premissa para a redução dos custos da produção, deve-
se definir a melhor política a ser adotada para a otimização dos custos. Essa análise pode ser
observada no gráfico clássico, mostrado logo abaixo no gráfico 2, que ilustra a relação entre o
custo com manutenção preventiva e o custo da falha.
Entre os custos decorrentes da falha estão, basicamente, as peças e a mão-de-obra
necessárias ao reparo e, principalmente, o custo da indisponibilidade do equipamento.
O gráfico 2 mostra que investimentos crescentes em manutenção preventiva reduzem
os custos decorrentes das falhas – e, em conseqüência, diminuem o custo total da manutenção,
21
O gráfico 3 mostra que a busca por falha zero (100% de disponibilidade) requer gastos
cada vez maiores com manutenção, o que acarreta uma conseqüente redução do lucro da
operação. Encontrar o ponto ótimo de disponibilidade, em que o custo da manutenção
proporciona um nível de disponibilidade capaz de gerar máximo lucro à operação, é o grande
desafio na gestão da manutenção, pois a manutenção deve garantir a produtividade e o lucro
22
não responsabilidade. Assim é necessário que o acompanhamento das ações seja feito pelo
gerente do projeto. Como o gerente não consegue ser onipresente, é importante que ele dê
prioridade ao acompanhamento das etapas que forem mais importantes e críticas no projeto.
2.13.2 METODOLOGIA 5S
Conforme Branco Filho (2006, p. 19; 107-108) o 5S é uma das mais poderosas
ferramentas, essencial à obtenção de condições mais favoráveis à aplicação de técnicas mais
avançadas. O 5S é o início de um processo de mudança de postura diante da função
manutenção. É, por si só, técnica suficiente para baixar os custos da manutenção e da
indisponibilidade, consistindo em ferramenta preventiva. O 5S é um programa de melhoria da
qualidade que envolve a participação dos funcionários para resolver problemas comuns da
empresa conhecidas por cinco iniciais das palavras japonesas seiri, seiton, seison, seiketsu e
shitsuke (respectivamente, equivale no inglês como surting, systematising, sweeping,
sanitizing e self-disciplining ).
Esses processos são, respectivamente, liberação da área (eliminação de itens
desnecessários), organização, limpeza, padronização e disciplina. Apesar de se adequarem a
toda a organização, esses processos têm aplicação direta no chão de fábrica e na melhoria das
condições de operação e manutenção das máquinas, trazendo grande redução de custos, com a
diminuição do desperdício e das falhas provocadas por excesso de sujeira
- manutenção preditiva;
25
- manutenção preventiva;
- busca de falha;
- mudança do projeto ou da configuração do sistema;
- mudança do modo como o sistema é operado;
- incorrer na falha.
sustentação do TPM. Portanto, TPM não conflita com outras ferramentas, mas as reúne em
torno de uma filosofia de manutenção da produtividade.
Também salientam a redução dos custos de manutenção na aplicação do TPM, na
medida em que permite reduzir perdas e coloca o equipamento em condições ótimas de
operação, em um processo de alta disponibilidade.
A partir da segunda metade dos anos 60, com a difusão dos computadores, a área de
manutenção passou a utilizar métodos de planejamento e controle de manutenção
automatizadas, reduzindo os encargos burocráticos dos executantes de manutenção. Essa
atividade acarretou o desmembramento da Engenharia de Manutenção que passou a ter duas
equipes: a de Estudos de ocorrências crônicas e a de PCM - Planejamento e Controle de
Manutenção, esta última com a finalidade de desenvolver, implementar e analisar os
resultados dos Sistemas Automatizados de Manutenção.
Segundo Filho e Tavares (2001, p. 2) hoje são mais de 300 softwares específicos de
manutenção sendo comercializados no mundo e no Brasil são mais de 30, oferecendo
soluções específicas em função do produto, tecnologia, mercado, e estratégia das diversas
empresas. Este mercado representou, em 1997, mais de 900 milhões de dólares de
faturamento, dos quais, 56,6% na América do Norte, 27,5% na Europa, 10,3% na Ásia e
Oceania e 5,7% na América Latina. A tabela 3 apresenta softwares de manutenção que são
comercializados no mercado atualmente.
28
Mas os resultados só serão facilmente obtidos quando existir a consciência de que não
basta apenas instalar o software. Será preciso saber utilizar as informações geradas, como uma
31
usem o sistema em seu dia-a-dia. Sempre haverá uma grande resistência por parte de pessoal
administrativo, supervisores e encarregados, principalmente os pouco habilidosos em
informática, por isso tem que estar perfeitamente conscientes de que o seu trabalho na
alimentação do sistema irá dar bons resultados no gerenciamento da área. Para esses o sistema
de gerenciamento traz frequentemente um razoável aumento no volume de serviço (PRADO,
2001, p.3).
3 ESTUDO DE CASO
3.1 INTRODUÇÃO
Este capítulo irá dissertar em detalhe o passo a passo da implantação do software para
o gerenciamento da frota de veículos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
Fluminense Campus Campos-Centro. Esta instituição de ensino público tem
aproximadamente 519 servidores ativos, 97 professores substitutos, 67 estagiários 130
funcionários terceirizados e com 6.000 alunos distribuídos nos cursos de ensino Médio,
Técnico, Superior, Pós-Graduação e Mestrado. A sua área territorial é de 31.540 m² e
27.270,76 m² de área construída.
A instituição possui em sua frota um total de 29 veículos, como automóveis, vans e
ônibus. O gerente responsável pela manutenção da frota desta instituição resolveu implantar
um programa para ajudar a gerenciar e controlar a manutenção destes veículos. O software em
estudo é o ENGEMAN o qual foi escolhido pelos gestores para a implantação.
Devido às necessidades de atender os clientes internos (os servidores, alunos para
visita técnica, etc.) aumentou-se a quantidade de veículos, o que tornou difícil o controle da
manutenção de forma programada dos mesmos. As paradas para a manutenção eram
aleatórias, ou seja, a revisão só era providenciada quando o veículo apresentava a falha. A
manutenção preventiva, conforme dita o manual do fabricante do ativo, não acontecia. A troca
do óleo lubrificante do motor com o seu respectivo filtro era a manutenção básica que ora
trocava-se no momento programado ora passava-se e muito devido à falta de um programa de
rotina básico de coletar a quilometragem dos veículos.
A falta de instruções e do conhecimento dos responsáveis para com a conservação da
frota trouxe para a instituição o desconforto no atendimento aos usuários, com o baixo índice
33
A falta do total comprometimento é a razão mais comum pelas quais empresas que
adquirem sistemas de gerenciamento de manutenção não alcancem suas expectativas. Se, por
exemplo, a produção não estiver envolvida no planejamento da manutenção, que prioridade
terá as manutenções preventivas e como poderão ser programadas?
Já para a alta gerência da manutenção, comprometimento significa muito mais que
assinar autorizações para a contratação do sistema de manutenção. Significa estar
visivelmente apoiando as metas e objetivos do projeto indicando a importância do sistema
para o sucesso da área. Significa prover tempo para atendimento aos pontos críticos do projeto
34
e para acompanhar de muito perto a sua implantação. Deverá prover meios para que a
comunicação de que “isto é importante para mim e então é importante para você também”,
chegue a todos os níveis da organização (PRADO, 2001, p.4).
4 SOFTWARE ENGEMAN
Este trabalho monográfico tem como objetivo mostrar o passo a passo da implantação
do software de manutenção que pode ajudar uma empresa a reduzir os custos de manutenção,
aumentar o TMEF (Tempo Médio entre Falhas) e com consequente aumento de
disponibilidade dos equipamentos.
35
deparar com a janela “Acesso ao Sistema” demonstrado na figura 3 onde deverá digitar o
login e senha respectivamente. Em seguida aparecerá a janela “Empresa”, conforme a figura 4
clique no ícone da empresa ou filial ao qual o ativo em controle pertence.
Para acessar o ENGEMAN, cada usuário deverá ter um nome (login) de acesso e uma
senha, este cadastro é realizado no campo "Cadastro de Usuários" (figura 8) acessado a partir
do menu "Arquivo". Neste campo serão definidas as permissões de acesso para cada usuário,
onde determina-se bloqueio ou acesso total às telas, acesso a empresas e filiais, permissão de
alteração, inclusão ou exclusão através da Guia "Controle de Acesso". Os itens indicados em
verde permitem o acesso ao Usuário, itens indicados em vermelho bloqueiam o acesso.
Também poderá ser definido o acesso aos Relatórios. (Vide anexo I)
O sistema oferece ainda uma personalização a nível de Usuários com relação às teclas
de edição, opções de pesquisas, log de usuários, etc.
Nesta janela, parte superior, após clicar em “novo”, preencha os campos necessários e
salve. Na parte inferior da tela pode-se fazer no campo “Controle de Acesso” a permissão ou
bloqueio ao acesso em determinadas janelas. O ícone com o marcador verde permite o
acesso e o vermelho bloqueia o acesso. Para bloquear ou permitir o acesso, clique no item
São configurações para cada usuário autorizado para acessar sistema. Este nível de
configuração não interfere no comportamento do conteúdo do cadastramento, porém interfere
no ambiente de trabalho, tornando-o personalizado para cada tipo de usuário. Mesmo os
usuários pertencentes a grupos de usuário podem ter suas configurações específicas na tela
"Preferências de Usuário".
As máscaras definem o tamanho e o formato de todos os códigos. Por isso devem ser
40
Tipo Tipo
L Alfabético Obrigatório C Caracter Obrigatório
l Alfabético Não Obrigatório c Caracter Não Obrigatório
0 Numérico Obrigatório - Separador de campos
9 Numérico Não Obrigatório > Transforma digitação em maiúscula
Tabela 5 - Definição das máscaras de código - Fonte: IFF.
4.7 TABELAS
4.8 OCORRÊNCIAS
4.9 CAUSAS
Em Tabelas, no campo Causas (figura 12) deverão registrar as diversas causas da falha
que podem acontecer em diversos pontos do ativo. Por exemplo, o veículo está desalinhado e
a causa foi a Operação Inadequada ou Estrada com Condições de Percurso Ruim. Este código
depende do cadastro da máscara de códigos, onde se considera o registro >LLLL para poder
cadastrar as causas. (Vide anexo I).
Alguns códigos podem ser ocorrências ou causas, por isso figuram em ambas
listagens.
44
4.10 SERVIÇOS
Os códigos de Serviços (figura 13) são cadastrados para os diversos tipos de serviços
que podem ser realizados em um equipamento. >LLL é a máscara de código para serviços.
(Vide anexo I)
4.11 FORNECEDORES
4.12 EVENTOS
Nesta tabela (figura 16) são cadastrados os tipos de moedas utilizadas para todo o tipo
de custo relacionado ao ativo. R$ é a máscara de código utilizada para índice financeiro
no sistema desta instituição em estudo. (Vide anexo I).
Estes são os possíveis motivos de cancelamento das Ordens de Serviços do ativo nesta
instituição, conforme a figura 18. >LLL é a máscara de código para “Motivo de Cancelamento
das O.Ss”. (Vide anexo I)
4.16 CADASTROS
Uma empresa, em sua estrutura organizacional, possui os centros de custos que são as
diversas seções de uma organização os quais possuem gastos. Por exemplo, despesas diretas
(de viagens, manutenção, conservação, etc.), devem ser apropriadas diretamente aos centros
de custos geradores e ou responsáveis por essas despesas/custos. Para o caso em estudo, a
diretoria da sede é o setor responsável, ou seja, é o centro de custo pelos gastos da
manutenção dos veículos da sede da instituição. Na O.S. de um veículo é citado o centro de
custo responsável, pois é dela que sairá a verba para pagar os gastos citados. (Vide anexo I).
49
Na tabela Conta Contábil (figura 21) são cadastradas as contas contábeis da instituição
em estudo. Conta contábil é uma “conta” da natureza do gasto, isto é, se o custo é referente a
investimento, segurança, custo operacional, custo de manutenção, etc.. Na O.S. a conta
contábil solicitada é a “Manutenção”, pois é ao tipo de custo que justificará o gasto com o
veículo. (Vide anexo I).
Este é o cadastrado para os setores executantes dos serviços no ativo (figura 22). Para
caso em estudo “Manutenção Veicular” é o setor executante dos serviços executados nos
veículo da instituição. (Vide anexo I).
Nesta área podem também ser cadastradas empresas que costumeiramente executam
serviços no veículo.
4.20 COLETA
Os tipos de coleta (figura 23) adotados para lançar no sistema para o controle da
manutenção do ativo são subdivididos em:
- Acumulativa
- Tendência de Variáveis
- Viagens
- Registro de Funcionários
- Rota da Coleta Acumulativa
- Rota da Coleta de Tendência
51
4.21 EQUIPAMENTO
- Hodômetros
O campo refere-se ao tipo de coleta que deverá ser lançado ao sistema para o controle
da manutenção no equipamento em estudo (figura 29). O odômetro é o tipo de controle para
os veículos desta instituição em estudo. (Vide anexo I).
55
4.26 MATERIAL
porém, as informações cadastrais devem ser integradas ao sistema de manutenção, para que
este possa calcular custo e consumo por ordens de serviços.
4.28 ALMOXARIFADO
“Kit de Materiais” (figura 38) é o campo onde cadastra-se o kit de materiais que
fornece um meio prático para o planejamento, onde são necessários vários materiais para
realizar uma determinada manutenção. Um kit é composto por uma lista de materiais
informados nesta tela.
Exemplo:
Kit Embreagem
- 1 Platô
- 1 Disco
- 1 Colar (rolamento)
4.34 FUNCIONÁRIO
Nesta janela (figura 41) cadastra-se o código e descrição do cargo dos funcionários.
Estes dados são usados para planejar e controlar serviços de acordo com o cargo dos
funcionários. Os dados cadastrados são diferenciados por empresa. (Vide anexo I).
66
O serviço realizado nas aplicações são executados em empresas terceirizadas, por isso
a instituição não faz o controle de movimentação de funcionários para a manutenção veicular.
4.39 QUALIFICAÇÃO
A Instituição não faz esse tipo de controle devido os funcionários que prestam o
serviço pertencerem à empresas terceirizadas (fornecedores).
no processo produtivo.
- O percentual de interferência previsto: às vezes uma determinada rotina de
manutenção não precisa parar completamente uma aplicação, mas somente reduzir a sua
velocidade de processamento. Neste caso, informe o percentual de redução de processamento
neste campo. Caso a manutenção necessite de parada completa da aplicação, informe um
valor de 100 neste campo, indicando 100% de parada.
- Tempo de execução total. Este tempo, quando informado, será consistido com a
somatória dos tempos informados nos procedimentos do plano.
- Horas de execução por dia: no caso de uma manutenção não ser realizada de uma
única vez, informe em quantas horas / dia o serviço será dividido. Esta informação será
necessária para calcular com maior precisão o calendário da manutenção e o nivelamento de
recursos. Caso a manutenção seja realizada em uma única etapa, então deixe este campo em
branco. Em casos em que a manutenção for realizada em uma única etapa e o tempo de
execução for superior a 24 horas, não é necessário o preenchimento deste campo, entretanto,
se você colocar um valor de 24 horas no campo, o cálculo será realizado da mesma forma.
- Hora preferencial para que a manutenção seja realizada: esta hora será exportada para
O.S. no momento de sua geração.
- Horas de aplicação parada: tempo previsto que a aplicação ficará parada durante a
execução da manutenção.
- Previsão RH: Cargos, Qualificações ou Funcionários. Indique se a previsão de RH
(previsão de custo e homem hora) lançada na O.S. será baseada nas qualificações, nos cargos
ou nos funcionários informados na relação do plano X setor executante. No momento da
geração de O.S. esta previsão será calculada e será utilizada futuramente na tela de
nivelamento de recursos.
69
A figura 45 mostra uma tela de alerta para a geração automática de O.S.. O programa é
capaz de interpretar o momento que deverá executar a manutenção no equipamento conforme
os dados cadastrados na decorrer da implantação. Para a execução do plano CA-007F no
equipamento CA-019 o sistema emitiu um alerta quando o usuário lançou uma coleta com o
valor de 7558 km e verificou-se que o ativo esta atrasado a 58 km para a realização dos
71
serviços do deste plano, pois o limite do plano é de 7500 km e o mínimo é de 6500 km.
Flex. da FIAT) estabeleceu um limite de quilometragem para gerar uma O.S. para o plano
CA-007F (plano de 7.500 km) de acordo o que foi cadastrado em “Menu Cadastro
→ Planos de Manutenção→ Barra de Ferramentas botão Aplicações→Acumulativas”.
A figura 48 exemplifica uma O.S. que deverá ser encaminhada ao mantenedor para
executar o serviço listado. Após a realização deverá entregar O.S. já assinada ao responsável
comprovando a execução da tarefa solicitada. Em seguida a O.S. deverá ser fechada
informando todo o custo com o material e serviço. Deverá relatar também os serviços
realizados que não constavam na O.S..
73
Para utilizar a solicitação de serviços, todo usuário deverá associar o seu login a um
funcionário da empresa corrente.
Muitas operações desta tela estão restritas às permissões concedidas ao usuário
corrente. Veja na Figura 52 a tela de uma Solicitação de Serviço.
Status Significado
Aberta Não Avaliada Quando uma nova solicitação é criada e ainda não existe
nenhuma O.S. associada a ela.
Aberta Aprovada Quando uma solicitação existente é aprovada pelo responsável e
foram geradas uma ou mais O.S. para esta solicitação.
Cancelada Quando uma solicitação existente é reprovada pelo responsável.
Neste caso, haverá o motivo do cancelamento desta solicitação.
Concluída Não Quando não existirem mais O.S. abertas para esta solicitação,
Avaliada ela estará concluída, mas ainda não foi avaliada pelo solicitante
para verificar se o serviço requerido atendeu às suas
expectativas.
Concluída Aprovada Quando o solicitante aprova o serviço realizado.
pelo Solicitante
Concluída Reprovada Quando o solicitante reprova o serviço realizado.
pelo Solicitante
Tabela 6 - Status de O.S. – Fonte: IFF.
4.47 PROCESSOS
O campo “Processos” se divide em vários subcampos (figura 53), sendo que e o mais
utilizado por esta instituição é o “Editor de Relatórios”.
79
O gráfico G002 fornece o resumo do total dos tempos isolados, gastos na manutenção
realizada e a previsão do que será gasto nas manutenções futuras, dentro de um determinado
período. Este relatório é baseado na geração de OS.
- Cálculo de TMR: a soma do tempo gasto em reparos dentro do período dividida pela
quantidade de reparos. (Vide anexo II)
87
88
O foco deste relatório é fazer levantamento, através das OS's, de todo material
consumido na manutenção da aplicação e de todo o custo desse material consumido dentro de
um determinado período. Este relatório é baseado no encerramento da OS. Os materiais são
listados e agrupados por OS's, as OS's agrupadas por aplicação e as aplicações agrupadas por
filial. Só serão calculados os registros das OS's que tenham data programada dentro deste
período.
O relatório 0219 citado na figura 61 faz controle de alguns tipos materiais específicos
os quais são voltados para empresas que trabalham com controle de frota de veículos. Tem o
objetivo de calcular o total de quilômetros rodados pelo veículo dentro de um determinado
período, o custo destes quilômetros rodados e a média de consumo do veículo ou desempenho
médio por litro de combustível. Este relatório é baseado apenas nas coletas de viagens.
A instituição não utiliza o software Engeman para o controle de consumo de
combustível, pois antes da implantação deste já existia outro para está função e não quiseram
trocá-lo.
Os dados são calculados individualmente por veículo e agrupados por filial.
Só serão calculados os registros das "coletas de viagens" que tenham a data de coleta
dentro do período informado na emissão do relatório.
O foco deste gráfico é levantar, em cada mês (de acordo com a data programada da
OS) do ano informado, o total somado dos custos das OSs da manutenção.
São os custos por interferência, mão-de-obra, material e serviços extras.
É exibida também uma listagem totalizando os custos por aplicação no período.
Este relatório é baseado na geração de OS.
93
Funcionamento:
Para cada aplicação é apresentado o tipo do plano (Periódico e Acumulativo), os
Planos de Manutenção, a data de última manutenção e a previsão da próxima manutenção.
- A previsão da próxima acumulativa é realizada baseando-se no mesmo cálculo
apresentado pelo sistema na tela de Coletas Acumulativas.
- A previsão da próxima periódica é realizada baseando-se na data de última
manutenção acrescentada da periodicidade do plano. Lembrando que a próxima manutenção
sempre será superior a data atual do sistema.
Para o correto funcionamento do relatório é necessário que o as aplicações possuam
Planos de Manutenções Periódicos e Acumulativos e suas respectivas Datas de Última
manutenção preenchida.
97
002 e VA-004 foram que menos rodaram e que mais gastaram, o que causou um alto índice no
custo da manutenção. (vide a tabela 7)
A aquisição de novos veículos como o CA-009, CA-010, CA-011, CA-014, CA-015,
CA-017, CA-018 e CA-019 contribuiu para que o índice de custo da manutenção por
quilômetro não fosse ainda maior, pois com o uso do CMMS foram controlados para que as
manutenções preventivas acontecessem sistematicamente.
rodaram. O VA-007 não teve a sua quilometragem registrada porque foi transferido para uma
das filiais logo no inicio do ano. (vide a tabela 8)
Segundo relatos dos controladores da manutenção, o índice da manutenção em 2010
poderia ser ainda menor, mas alguns veículos tiveram que trocar a bomba de combustível que
queimou devido a má qualidade dos combustíveis e o custo da troca dos mesmos agravou o
custo total da manutenção por quilômetro rodado da frota.
No ano de 2011, compraram mais quatro veículos zero quilômetro e houve uma alta de
27% do custo por quilometro rodado da manutenção em relação a 2010 e 33% a menos em
relação a 2009. Mas em compensação a frota rodou 31% a mais em relação a 2010 e 35% em
101
relação a 2009.
Segundo relatos dos controladores da manutenção, o índice da manutenção por
quilômetro rodado em 2011 poderia ser ainda menor, mas VA-001 passou por retifica no
motor e agravou no custo total da frota e sua utilização foi baixa. (vide a tabela 9)
% em relação a
ANO Total KM RODADO R$/ KM média (X-)
= R$/KM
3
O alto custo da manutenção em 2009, conforme já relatado com análise da tabela 7, foi
o reflexo da má administração da manutenção nos anos anteriores a esse período sem o uso do
CMMS. O primeiro recurso adotado foi a aquisição de novos veículos para atender as
necessidades, pois as manutenções dos veículos eram precárias e as consequências eram a
baixa confiabilidade e disponibilidade. O segundo recurso foi a implantação da ferramenta
CMMS para gerenciar a frota. A tabela 10 faz um comparativo do custo da manutenção nos
anos de 2009, 2010 e 2011 logo após a implantação do software e resume que controlar custa
caro, mas não controlar custa mais caro ainda.
Analisando a tabela 10 dos três anos, a média por quilômetro rodado foi de R$ 0,15/
Km. Daí verificou-se que em 2009 o custo foi de 40% acima da média total, em 2010 o custo
foi de 27% a menos e 2011 de 7% a menos.
Os veículos de baixa disponibilidade passaram por severas manutenções corretivas,
mas o alto índice de falhas e custo permaneceu e tornaram-se inconfiáveis e por isso não
foram utilizados com a mesma frequência que os veículos mais novos os quais as
manutenções preventivas eram executadas sistematicamente.
102
6 CONCLUSÃO
Mas a equipe de manutenção ainda encontra dificuldades para parar o veículo no momento
exato para a manutenção tanto preventiva como corretiva devido a demanda de viagens que só
tende a crescer e percebeu-se a necessidade da aquisição de veículos para suprir os
ausentados. E outro impasse é o sistema burocrático da instituição para comprar material e
contratar a mão-de-obra para manutenção. E a conseqüência é alta indisponibilidade devido o
alto tempo de parada, baixa afinidade entre fornecedor e a instituição, conflitos entre o setor
de transporte e manutenção veicular.
Para a realização da manutenção preventiva fica mais fácil seguir a burocracia, pois se
consegue planejar com antecedência a parada do veículo, o tempo de parada necessário para a
manutenção, antecipar a compra dos materiais discriminado no plano de manutenção e até
103
mesmo mão de obra. E para a manutenção corretiva a burocracia prolonga o tempo de parada
e outros conflitos.
Atualmente para solucionar o problema algumas determinações por parte dos dirigentes da
instituição estão sendo feitas conforme a solicitação da equipe de manutenção que solicitou
mais veículos para suprir os que precisam se ausentar para qualquer tipo de manutenção.
BIBLIOGRAFIA
BRANCO FILHO, Gil. Indicadores e Índice de Manutenção. Rio de Janeiro: Editora Ciência
Moderna Ltda., 2006, 148 p.
CAMPINHO, Ana Lucia Mussi de Carvalho; BASTOS, Hélvia Pereira Pinto; BARCELOS,
Ricardo José dos Santos; ASSEF, Vera Raimunda Amério. Orientações Gerais Para a
Construção de Trabalhos Monográficos. Campos dos Goytacazes-RJ, 2005.28p.
FILHO, Aristides Antonio Silva; TAVARES, Lourival Augusto. Sistema de Gestão Integrada
de Manutenção. Palestra apresentada no Seminário de Planejamento e Controle da
Manutenção promovido pela TECÉM – Tecnologia Empresarial em Belo Horizonte em 4 de
abril de 2001. 10 p.. Disponível em <www.tecem.com.br/site/downloads/artigos/sistemas_
de_gestao_integrada_de_manutencao.pdf>. Acesso em 04 de novembro de 2009 às 21h e 25
min.
MARCORIM, Wilson Roberto; LIMA, Carlos Roberto Camello. Análise dos Custos de
Manutençãoe de Não-manutenção de Equipamentos Produtivos. Artigo, 2003, 42 p.
Disponível em: <www.unimep.br/phpg/editora/revistaspdf/rct22art03.pdf>. Acesso em 12 de
julho de 2009 às 18h.
PINTO, Alan Kardec; XAVIER, Júlio Nascif. Manutenção: Função Estratégica. 2. ed. Rio
de Janeiro: Qualitymark, 2001. 341p.
PINTO, Alan Kardec; XAVIER, Júlio de Aquino Nascif. Manutenção: Função Estratégica.
4. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2013. 440p.
TAKAHASHI, Yoshikazu; OSODA, Takashi. TPM / MPT: Manutenção Produtiva Total. São
Paulo: IMAM, 1993. XV, 426 p.
TAVARES, Lourival Augusto. Manutenção. Artigo, 2012, 124 p. Disponível em:
<www.mundomecanico.com.br/acervo/m/index.asp>. Acesso em 12 de julho de 2013 às 19h e
40 min.