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COMANDO-GERAL
COMPANHIA DE POLÍCIA MILITAR DE
POLICIAMENTO COM CÃES
MANUAL CINOTÉCNICO
TEORIA CINOTÉCNICA
Ago/2003
I - INTRODUÇÃO
'' O melhor amigo do homem é o cão '' . Esta frase é antiga, mas ex-
prime a maior e extraordinária realidade que se tem notícia, sobretudo, por-
que o cão é um ser que acompanha o homem desde a pré-história e tem se
tornado, até os dias de hoje, um amigo leal e inseparável.
A cinofilia aspira assegurar ao cão, condições de vida adequadas à sua
natureza, que incluem a presença e assistência contínua de seu dono. Quem se
propõe a ter um cão, como companheiro, deverá também ter a obrigação de
lhe oferecer condições adequadas para satisfazer todas as necessidades bási-
cas para a sobrevivência deste animal, tão querido pelo homem.
Muitos criadores ou proprietários tentam estabelecer a pureza das ra-
ças, em função de seu emprego, em contrapartida, muitos executam cruza-
mento ao invés de acasalamento, até mesmo para criar uma nova raça canina.
Para isso devemos saber a diferença entre cruzamento e acasalamento:
- Acasalamento - é a cobertura de cães entre raças idênticas;
- Cruzamento - é a cobertura de cães de raças diferentes.
Através do cruzamento, pode-se criar, sim, uma nova raça, mas é pre-
ciso estabelecer a utilidade que se propõe neste cruzamento. Já o acasalamen-
to, tende a apurar uma determinada raça, através do estudo da árvore genea-
lógica, que é o que vai determinar a pureza de uma raça. Mas o que significa
realmente uma raça pura?
Em zootecnia diz-se que pertence a uma raça pura, aqueles animais
domésticos que ao se reproduzirem, transmitem de maneira constante as pró-
prias características da raça em questão, ou seja, características morfológicas,
psíquicas e suas aptidões para cumprir determinadas tarefas. Entretanto, po-
demos considerar puras, as raças depois de 05 gerações semelhantes. Gera-
ções semelhantes, quer dizer que os filhotes nascidos desses animais, guar-
dam as mesmas características de aparência geral de cor e proporções.
Em suma, a seleção, portanto, tende à aperfeiçoar paulatinamente as
características típicas de cada raça, de modo que os dotes físicos e psíquicos
perpetuem-se nos filhos, tornando o cão cada vez mais apropriado para a vo-
cação da raça a qual pertence.
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II - APARECIMENTO DO CÃO
Qual será o cão mais antigo que se possa encontrar na história do mun-
do? Bem; a maioria dos paleontólogos reconhece o antepassado do cão no
MYACIS, um pequeno mamífero, maior que uma doninha , com pernas cur-
tas, rabo comprido, corpo alongado, pescoço relativamente longo e orelhas
pontudas, membros relativamente curtos, providos de 05 dedos preênsis, do-
tados de garras parcialmente retráteis e mostrava características muito primi-
tivas, especialmente no crânio, que carecia de ampola timpânica ossificada,
por esse motivo alguns cinólogos acreditam ser ele o percursor dos gatos e
ursos, lobos chacais e que alguns tipos canídeos evoluíram a partir de suas
ramificações. Viveu na era Eocenio, à 60 milhões de anos na região que hoje
fica a Ásia.
O myacis é um ancestral tanto dos canídeos como de famílias como a
do Guaxinim, do Urso, da Fuinha, da Hiena e de outros. O myacis deu origem
a uma variedade de canídeos primitivos com características que se asseme-
lhavam a hienas, outros aos ursos e outros aos cães modernos.
Há 20 milhões de anos, existia um animal semelhante ao cão, chamado
de Mesocyon. Tinha mandíbulas menores, cauda e corpo compridos e pernas
atarracadas. As patas traziam 5 dedos separados, diferente do cão atual que
tem 4 dedos juntos.
Entre 15 à 20 milhões de anos atrás, o Myacis evoluiu para um animal
chamado de CYNODICTIS , que era um animal de tamanho médio, mais
comprido que alto e com pelagem densa. O Cynodictis evoluiu, por volta de
10 à 15 milhões de anos, para o chamado TOMARCTUS , que tinha mandíbu-
la comprida e cérebro maior, cauda longa e peluda e já revelava instintos so-
ciais, sendo esse possivelmente o predecessor dos cães atuais, pois tinha for-
mas mais assemelhadas ao gênero Canis: com ampola timpânica volumosa e
bem ossificada e soldada completamente no crânio. É possível que os primei-
ros cães surgiram à aproximadamente 100.000 anos, oriundos dum pequeno
lobo que vivia na Índia. A tese mais difundida pelos cinófilos é que através
do tomarctus, o cão doméstico compartilha um ancestral comum com todos
os outros animais do gênero Canis, inclusive os lobos, chacais, raposas e cães
selvagens.
Raças caninas que hoje conhecemos, apresentam uma diversidade mui-
to acentuada de aspectos distintos, cuja explicação, não está somente na ten-
dência natural do Canis familiaris à variação, mas também nos efeitos de
uma domesticação muito antiga, ou seja, na intervenção do homem que atra-
vés dos tempos trabalhou para obter a fixação dos distintos caracteres físicos
e psíquicos, apropriados para satisfazer diferentes interesses utilitários ou es-
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portivos ou ainda para desenvolver a inclinação à fidelidade e ao afeto que o
cão, único entre os animais, não tardou em manifestar-se.
1. Os Ancestrais do Cão.
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3. Conclusão.
4. A Domesticação do Cão.
III - ZOOLOGIA
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2. Nomenclatura e Classificação.
VII - CRIAÇÃO
VIII - STANDARDS
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1. Aspectos a se considerar num Standard.
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6. NACIONALIDADE, USO, HISTÓRIA:
IX - TERMINOLOGIAS TÉCNICAS
X - OS SENTIDOS DO CÃO
É muito difícil para uma pessoa, compreender como o seu cão percebe
o mundo. No corpo humano grande parte das informações sensitivas que re-
colhemos são visuais, portanto torna-se difícil imaginar um universo domina-
do pelos cheiros. Sem o objetivo de detalhar as capacidades sensoriais da es-
pécie canina, mas sim oferecer algumas informações, para elucidar como os
cães percebem o mundo a sua volta, vamos analisar cada um dos sentidos ca-
ninos.
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Os sentidos dos cães são bem desenvolvidos e dotados de órgãos re-
ceptores, cuja função é perceber os estímulos externos e transmiti-los ao cé-
rebro para a ação apropriada.
Entenda melhor o comportamento dos cães, conhecendo os seus senti-
dos.
Vejamos os sentidos:
- visão: Podemos afirmar que o cão não tem uma boa visão, independente das
variações da acuidade visual de raça para raça. O cão distingue cores, ao
contrário da lenda que se criou de que sua visão seria em preto e branco, a
verdade é que sua capacidade de diferenciar os matizes das cores é muito
menor do que a do homem. Ele tem no fundo do olho um membrana cha-
mada retina que apresenta dois tipos de foto-receptores, os cones e os basto-
netes Os bastonetes transmitem as sensações de claridade e os cones, além
dessas sensações, também transmitem as cores, assim os cães enxergam to-
das as cores no espectro entre violeta e vermelho, mas sem diferenciar sua
tonalidades, ou seja, as enxergam num só tom. Em alguns aspectos o cão
leva vantagem sobre o homem, seu campo de visão é mais largo, em virtude
da posição dos olhos tenderem para os lados da cabeça, fazendo com que e-
les fiquem mais bem inteirados do que ocorre a sua volta, além de enxerga-
rem melhor que o homem em ambientes com pouca luz. Os cães apresentam
uma melhor visão diurna, porém após quarenta minutos de permanência em
ambiente escuro, a sensibilidade da retina aumenta, permitindo também uma
boa visão noturna. A visão não é um sentido primordial para o cão, mas sim
secundário, os estudos até agora efetuados não avançaram muito no conhe-
cimento da visão na espécie canina, ainda não se pode saber exatamente
como os cães vêem o mundo que os rodeia. Todo o cão tem que aprender a
utilizar seus olhos. Em primeiro lugar, tem que aprender o aspecto de sua
mãe, de seu dono e associar certos fatos com aparência. Se for mordido por
um cão preto, é possível que venha a ter medo de todos os cães pretos que
ele vê. Se uma pessoa de chapéu lhe pisa nas patas, pode sentir medo de
qualquer pessoa que use chapéu, até que aprenda que nem todas lhe pisam.
Se toca um pedaço de carvão quente, cor vermelho vivo, e se queima, rejei-
tará todo objeto de cor semelhante por algum tempo. Deste modo, podemos
observar que o cão associa muitos agrados e desagrados por meio de sentido
da visão, o que estará sempre presente no adestramento.
- Tato: Da sensibilidade externa dos cães, sabemos que eles respondem bem
as carícias. Sensações táteis, térmicas e dolorosas são recebidas pela pele e
pela mucosa, mas nosso conhecimento do seu sentido do tato permanece ru-
dimentar, parece que o tato do cão é muito pouco desenvolvido, pois o teci-
do das almofadas plantares não permite que colham informações muito pre-
cisas. O tato é menos importante para os cães, que qualquer dos outros sen-
tidos. Um cão sente o choque elétrico muito mais forte que o homem, pro-
vavelmente por ter um pouco mais de sal no sangue do que os seres huma-
nos. Daí nossa contra-indicação aos métodos de treinamento que utilizam
correntes elétricas.
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POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA
CMDO POLICIAMENTO METROPOLITANO
BATALHÃO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS
CANIL CENTRAL
MANUAL CINOTÉCNICO
NOÇÕES DE VETERINÁRIA
Ago/2003
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IV - HIGIENE CANINA
1. Introdução:
Os cães naturalmente são limpos: eles jamais sujarão o local onde dor-
mem, salvo se estiverem doentes. Aos dois meses, o controle de fezes e urina
estão completamente desenvolvidos.
Sua adaptação ao ambiente humano e às regras da casa não é tão com-
plicada, um pouco de paciência no início e sobretudo saídas freqüentes e re-
gulares pela manhã e após as refeições são a chave do sucesso. Mas não se
esqueça: recolha as fezes que seu cão fizer em local público.
O cão não tem a menor noção da diferença entre um pano de chão e um
tapete persa. Para ensiná-lo, podemos colocar jornais no local onde ele fizer
pipi, e aos poucos ir levando o jornal para fora de casa, ele compreenderá ra-
pidamente.
2. Higiene Periódica:
O cão, devido, às suas peculiaridades não pode nem deve ser banhado
seguidamente. Usando sempre um produto neutro (sabão de coco ou xampu
especial para cães), os produtos destinados ao uso humano (mesmo para be-
bês), são bastante ácidos e podem irritar a pele do cão, podemos banhar à ca-
da 15 ou 30 dias preferindo sempre dias ensolarados que facilitarão sua seca-
gem. Diariamente sua pelagem deverá ser rasqueada para retirada dos pêlos
"mortos" os quais quando em grande quantidade, mantêm a pele úmida e di-
minuem a sua resistência às patologias. Ao rasquearmos contra o sentido do
pêlo, observamos alterações da pele (cor, presença de parasitas, falha de pêlo,
descamação excessiva,...) e em seguida fazemos o mesmo trabalho no sentido
de crescimento do pêlo.
Os banhos terapêuticos poderão ser à intervalos menores por critério
médico-veterinário.
Os ouvidos serão protegidos da entrada de água e sabão com uso de al-
godão parafinado antes do banho. O ouvido deve ser limpo semanalmente u-
sando apenas algodão hidrófilo seco.
Quando acostumamos desde filhotes, os cães permitem que sua higiene
bucal seja feita diariamente com o uso de escova dental comum, o que dimi-
nui a incidência de cálculos dentários (tártaros) aumentando a sobrevida dos
dentes e do próprio animal, sem se falar da estética.
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V - NUTRIÇÃO CANINA
NUTRIÇÃO:
Adulto: varia de acordo com a raça do cão. Este período vai do final do
crescimento até os 8 anos nas raças pequenas, 7 anos nas raças médias, 6
anos nas raças grandes e gigantes.
Sênior ou terceira idade ou idade avançada: vai do final do período de
adulto até o final da vida, que em alguns casos de registros já se estendeu
até 28 anos.
- Necessidade Energética Diária (kcal / dia).
Necessidade Energética de Manutenção NEM = 132 x PV (0,73) , onde
PV é peso vivo.
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- Conceitos:
- STANDARD: são rações com digestibilidade entre 72% e 75%. Estes pro-
dutos são os que constituem o maior volume em quilogramas no mercado.
São um meio termo entre preço e qualidade.
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- ECONÔMICA: As rações com esta classificação têm 60% ou menos de di-
gestibilidade, podendo chegar até 40%, são produtos de baixo valor nutriti-
vo e econômico; com um forte apelo ao proprietário dos animais e não à nu-
trição. Encarando a alimentação canina como se fosse igual a humana, atri-
buindo mesmos sabores e opções!
VI – SAÚDE CANINA
1. Introdução:
2. Sinais de Saúde:
3. Stress:
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Aparência estranha: mesmo aparentando todos os sinais de boa saú-
de, o cão pode apresentar comportamento estranho associado ou não a outros
sinais.
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POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA
COMANDO-GERAL
COMPANHIA DE POLICIAMENTO COM CÃES
MANUAL CINOTÉCNICO
PRÁTICA CINOTÉCNICA
Out/2011
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MÓDULO II
OBEDIÊNCIA
TEMPERAMENTO:
Vamos abordar nesta apostila uma linha de estudo que visa um trabalho de
obediência sem conflito, e não um stress pisicológico que representa os sis-
temas mais antigos de trabalho por “evitamento”.
Para isso vamos usar alguns elementos que compõem um aprendizado sem s-
tress onde utilizamos como reforços positivos alguns tipos de comidas e jo-
gos de presa.Na realidade eles não são os únicos; existem também outros que
são considerados reforços positivos, formadores integrantes da relação entre
homem e cão que determina uma real forma de interagir, que são: amizade,
carinho, lealdade e comunicação, através de um sentimento interno que vin-
cula o treinador e treinado em um caminho iniciado em conjunto.
A dita relação de sentimento, chamada “feeling”, de alguma forma, passa por
identificar os bons momentos intensos e dinâmicos que o sistema propõe a-
través dos jogos, formando uma cadeia de pequenos passos que o cão percor-
re sem dar-se conta. É bem verdade que nem tudo é um “mar de rosas”e as
vezes temos que voltar atrás para poder sustentar tudo que já foi feito até o
momento, já que se sabe que em treinamento canino, não existe uma linha re-
ta.
TIPOS DE CONDICIONAMENTO:
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O comportamento operante é muito semelhante ao clássico. Enquanto o com-
portamento clássico é controlado por um estímulo precedente, ou seja, o es-
tímulo é apresentado antes e depois vem a resposta, o comportamento operan-
te é controlado por suas consequências, após a resposta vem o reforço. Um
comportamento operante (resposta) é fortalecido pelo reforço ou enfraqueci-
do pela sua ausência (EXTINÇÃO OPERANTE).
Uma vez estabelecida a resposta, o reforço não precisa ser dado a cada bica-
da, mas, por exemplo, a cada 5 ou 10 bicadas, ou em intervalos regulares ou
irregulares. Sabe-se que alguns pombos continuavam a bicar quando reforça-
dos a cada 800 bicadas. A aprendizagem com reforço parcial desta natureza é
muito difícil de extinguir-se, e é bem conhecida dos projetistas das máquinas
caça-níqueis, nas quais parte das respostas condicionadas é colocar dinheiro
na máquina.
O reforço, tanto no clássico como no operante, não precisa necessariamente
ser uma recompensa, pode ser algum estímulo aversivo. Está provado que a-
nimais aprendem rapidamente a evitar comer certos tipos de insetos ou plan-
tas por experiências desagradáveis ocorridas anteriormente, seja por uma pi-
cada dolorida ou por algum tipo de toxina (estímulo aversivo).
Os contextos onde existe probabilidade de uma resposta ser reforçada são
chamados de estímulos discriminativos, ou SD; os contextos onde não existe
a probabilidade de resposta ser reforçada, são chamados estímulos delta, ou
SA.
“Assim a principal diferença existente entre condicionamento clássico e operante é que no primeiro o
processo de aprendizado é reflexivo e não depende de conseqüências, e no operante o aprendizado é
mais complexo e depende do tipo de conseqüência provocada pela resposta”
COMUNICAÇÃO
TIPOS DE REFORÇOS:
OBS:Temos que ter em mente que o treinamento nunca é 100% linear e que
as vezes temos que voltar um pouco atrás para fortalecer comportamentos já
construidos.
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CANALIZAÇÃO DE INSTINTOS:
De início temos que partir de um ponto: o sujeito tem que ser um indivíduo
com os impulsos mínimos para realizar o trabalho que queremos ou precisa-
mos. Principalmente no caso de cães que vão ser utilizados para o “trabalho”
(policia, esportes, busca e resgate etc...).
Para tal, o sujeito tem que ter os impulsos de sobrevivência e caça em bons
níveis.
Iniciamos fazendo com que o cão se interesse pelo que temos a oferecer, o
que mais tarde vai se transformar em uma valorizada moeda de troca.A isso
chamamos de canalização de instintos. Apresentaremos a seguir 3 tipos de
jogos de recompensa que serão úteis para o aprendizado. A apresentação dos
jogos não precisam necessariamente ter uma ordem específica, pois quem vai
ditar a ordem de apresentação será o cão.
B - Outro tipo de estímulo utilizado pode ser o “jogo de retriever” (que traz
de volta). Utilizamos algum brinquedo que o cão goste para fazê-lo perseguir,
pegar e trazer de volta. Não existe uma forma específica, mas vou citar aqui a
que uso com maior frequência.
Precisaremos de uma guia longa, uma coleira e o brinquedo do cão (bola, tug,
frisbee etc...).Também precisamos da ajuda de uma pessoa que controlará a
trajetória do cão com a guia. O condutor mostra o brinquedo ao cão e lança o
brinquedo a uma distância não superior a 5 metros.O condutor libera o cão
para buscar o brinquedo. No momento que o cão segura o brinquedo o aju-
dante o direciona de volta ao condutor, mesmo que o cão não queira. Neste
momento o condutor incentiva a volta do cão sem dar nenhum comando, se-
gura o brinquedo e assim que o cão largar inicia o mesmo trabalho.No come-
ço, sempre na mesma direção e não demorando para reiniciar o retrevier no-
vamente, fazendo disso uma dinâmica de perseguir, voltar, soltar o brinquedo
e começar de novo o “jogo”.
O que queremos com isso é que o cão aprenda a retornar e mantenha um rela-
cionamento de confiança com seu condutor, pois se o cão aprende a entregar
e confiar sua caça (brinquedo) ao seu condutor ele demonstra total confiança.
C - Jogo de posse: nesse caso utilizaremos uma guia ou uma corda presa ao
brinquedoe daremos dinâmica ao brinquedo fazendo com que o cão o persiga
e lute pela posse do brinquedo. O cão deve, durante a perseguição, ter sempre
a sensação de poder alcançar a “presa” para se manter motivado a perseguí-
la. Depois do cão executar a mordida devemos manter a presa viva e tentando
escapar para manter o cão focado e fazendo presa.Lembre que o nome desse
jogo é jogo de posse.
Existem 5 possibilidades do jogo se desenvolver:
a primeira é o cão pegar a presa e trazer para lutar com o condutor;
a segunda é o cão lutar com o condutor a distância fazendo um “cabo de
guerra”;
a terceira é o cão ficar na mesma posição com a presa debaixo das patas
“guardando” o brinquedo;
a quarta é ele não manter a boca firma e a presa “fugir” dando sequência a
uma nova perseguição, e
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a quinta é o cão tentar levar a caça para longe.
O ENSINO
DISCRIMINAÇÃO
Sabemos que o cão é facilmente condicionado, por isso devemos não apenas
condicioná-lo ao que queremos, mas também separar os exercícios, de forma
que o cão saiba diferenciá-los de outros exercícios e condutas, por mais pare-
cidos que eles sejam. O cão na verdade deve discriminar estímulos verbais,
estímulos estes que terão significados de condutas diferentes.
(PRÁTICO).
GENERALIZAÇÃO
FLUENCY
OS DOIS CAMINHOS
“O CAMINHO DO CÉU”(acerto)
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COMANDO DE ENCORAJAMENTO = CLICKER, GOOD,BRAVO,
ISSO....= REFORÇO TERCIÁRIO
“O CAMINHO DO INFERNO”(erro)
SHAPING
2- Sempre treine uma conduta por vez, nunca trate de modelar dois crité-
rios simultaneamente. Uma conduta neutraliza a outra.
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3- Ponha sempre o atual nível de resposta dentro de um esquema de inter-
valos variáveis de reforços, antes de aumentar ou agregar novos crité-
rios.
OBS: Essas “leis” também são usadas como regras para o aprendiza-
do em geral.
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POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA
CMDO POLICIAMENTO METROPOLITANO
BATALHÃO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS
CANIL CENTRAL
MANUAL CINOTÉCNICO
Ago/2003
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I - EMPREGO DO CÃO
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O cão sofre os mesmos problemas de saúde do homem, com a desvan-
tagem de nem sempre poder se expressar, estando sujeito a ser acometido de
qualquer doença, podendo até vir a desmaiar ou morrer em plena atividade
operacional.
É importante lembrar que cabe ao condutor do animal a primeira veri-
ficação quanto ao seu estado sanitário. O cão que apresentar qualquer sintoma
de doença será levado a presença do veterinário, para análise dos sintomas
evidenciados, devendo ser afastado das atividades de instrução e serviço,
sendo baixado para tratamento.
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- cadelas prenhas, cães reprodutores em período de cobertura, cadelas
no cio ou lactantes não devem ser lançadas em serviço.
7. Aspectos Jurídicos.
8. Cautela e Segurança.
O Cão pode ser equiparado a uma arma, onde seu emprego exige caute-
la e segurança. O adestrador sempre deve inspecionar o equipamento de con-
dução do cão para evitar que ocorra algum incidente.
II - MISSÕES DE UM CANIL PM
a - Policiamento ostensivo;
b - Operação de busca, resgate e salvamento;
c - Demonstração de cunho educacional/ recreativo;
d - Policiamento em praças desportivas;
e - Controle de distúrbios civis;
f - Provas oficiais de trabalho e estrutura;
g - Controle de rebelião e/ou fuga de presos;
h - Formaturas e desfiles de caráter cívico - militar;
i - Detecção de entorpecentes e artefatos explosivos.
Os cães poderão ser empregados em outras missões para as quais este-
jam treinados, desde que sejam relacionadas com as atividades da Corpora-
ção.
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tal qualquer ? Está aí o rudimento do primeiro e mais antigo serviço atribuído
ao cão.
O trabalho de guarda pelo cão pode ser realizado de duas maneiras bá-
sicas e diferentes entre si. A primeira maneira é a executada com base no ex-
posto acima, isto é, o instinto e a oportunidade do cão, onde ele executa a ati-
vidade de guarda sem o concurso do homem.
Para que seja eficaz a segurança realizada pelo cão sozinho, devemos
levar em conta alguns fatores :
a. área a ser coberta;
b. dispositivos de segurança existentes;
c. existência ou não de um “corredor de segurança”;
d. vias de acesso e fuga;
e. pontos vulneráveis.
A área de cobertura de um cão vai variar de acordo com sua complei-
ção física, idade, raça e condições do terreno. A existência de outros disposi-
tivos de segurança aumenta a extensão da cobertura na medida em que indi-
que a presença de intrusos por meio de sinal identificável pelo cão. O corre-
dor de segurança a que nos referimos nada mais é que um delimitador do es-
paço de atuação do cão, local em que o cão fica solto, realizando somente a
segurança do perímetro do terreno demarcado. Este corredor deve ser de pas-
sagem obrigatória para qualquer intruso que decida adentrar ao terreno. Nas
vias de acesso e de fuga devemos reforçar a guarda, diminuindo o terreno a
ser coberto, idem aos pontos vulneráveis.
A segunda modalidade de segurança é a tradicional, onde o cão acom-
panha o homem. Neste caso devemos levar em conta os mesmos aspectos an-
teriores, descartando o “corredor de segurança”.
O condutor deverá levar em conta que seu cão é uma arma, pronta a ser
utilizada, e que o mesmo responderá legalmente pelos resultados provocados
pela sua utilização. Em casos de utilização em portarias ou locais de acesso
fácil do público, devemos ter sempre o cuidado de verificar a segurança de
terceiros.
O nível de adestramento necessário para que o cão execute este serviço
é o BÁSICO.
1. Vantagens:
2. Área de Atuação.
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4. Meios para Execução do Serviço.
5. Execução do Serviço.
6. Finalidade do K-9:
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o emprego do cão ficará a critério do seu adestrador, que fará uso de seu dis-
cernimento e dos conhecimentos profissionais imprescindíveis.
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VI - BUSCA EM MATA
c. Evitar :
2. Formação da Equipe.
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A equipe que atuará na ocorrência será formada basicamente por 05
policiais, podendo haver 02 policiais que ficarão na reserva.
Será assim distribuída:
- Condutor do cão;
- Segurança do condutor ( responsável pela negociação );
- Segurança do flanco esquerdo;
- Segurança do flanco direito;
- Segurança da retaguarda ( serra-fila ).
1. Formação da Guarnição.
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VIII - O EMPREGO DO CÃO EM EVENTOS ESPORTIVOS
E CULTURAIS
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Em se tratando de show, em caso de invasão, os cães podem ser utili-
zados para fazer a segurança dos artistas.
A PRESENÇA DO CÃO NO CAMPO TEM CARÁTER ÚNICO DE
OSTENSIVIDADE, VISA APENAS PREVENIR INVASÕES, NO
ENTANTO, ELE JAMAIS SERÁ SOLTO SE TAL ATO ACONTECER,
POIS AS CENAS QUE PODERÃO OCORRER, SERÃO GRAVADAS
PELA IMPRENSA, E SEM DÚVIDAS NADA DE BOM TRARÃO PARA
A NOSSA CORPORAÇÃO.
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homem de cada grupo do pelotão principal. Tem como finalidade aumentar a
frente do pelotão principal.
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Por atuar em apoio, muitas vezes não há necessidade de ser feito uso de
munição química, porém se for necessário, estes são os procedimentos :
a. Os Sgts lançarão granadas entre os intervalos dos homens formados
em linha, são os granadeiros lançadores e Cmts de grupos.
b. O Sgt portará sacola de munição química, gas-gun, exercendo dupla
função (remuniciador e atirador gas-gun).
Para que cada homem saiba exatamente sua posição dentro do pelotão
de choque devemos comandar ENUMERAR, sendo que na posição de des-
cansar, o homem levanta a mão direita, segurando o suporte da alça da guia, e
pronuncia em voz alta o seu número.
Como veremos ainda, o transporte do pelotão de cães pode ser feito por
vários meios, porém sempre que houver o embarque, o pelotão entra em for-
ma em coluna por dois, em seguida será deslocado para junto da viatura onde
procederá o embarque. Ao comando de "EMBARCAR", cada homem deverá
embarcar primeiramente o seu animal, em seguida embarca o condutor. Em
veículo onde não haja compartimento para o animal, o homem deverá sentar-
se em uma posição que permita o seu cão ficar sentado entre as pernas do seu
condutor, permitindo uma total vigilância lateral.
Para o desembarque, ao se chegar próximo ao destino, os homens já se
preparam, deixando a viatura assim que esta pare, entrando em forma ao lado
do veículo, em coluna por dois. Ao comando de “DESEMBARCAR”, pri-
meiramente desembarca o homem, em seguida o cão, entrando em forma em
coluna por dois.
Quando houver necessidade de executar-se a carga, devemos adotar a
seguinte postura :
X - CONDIÇÕES DE EMPREGO
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XI - DEMONSTRAÇÕES CANINAS
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Promover a cooperação entre agências, demonstrando as capacidades da
equipe de faro canino como um recurso investigativo que pode ser
compartilhado.
1. Diretrizes para administrar uma Demonstração:
a. Planejamento e preparação:
O "Guia" deve se preparar tendo um esboço por escrito do tópico a ser
apresentado. Este esboço pode ser um pequeno cartão com anotações (3x5),
que permita que a apresentação flua com conhecimento e preparação.
Onde for possível o "Guia" deve inspecionar a localização física da
demonstração, avaliando possíveis problemas ambientais que possam fazer
parte do exercício. Se o tempo permitir, o "Guia" deveria montar sua
demonstração com um dia de antecedência ou, ao menos, 30 minutos antes da
apresentação.
d. O Critério de Demonstração:
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A demonstração deve ser clara à todas as pessoas e, para as pessoas
que não estão familiarizada com a maneira de trabalho dos cães de faro, deve
ser-lhes dito quais as ações que o cão está demonstrando.
Explique a forma mecânica com que seu cão descobre a fonte de odor
de entorpecentes.
Descreva os sinais físicos que a platéia verá no cão, ex: cauda
levantado, o uso intensivo do nariz e a língua para fora, bem como o pêlo
eriçado, que demonstram a proximidade de drogas.
Discuta a terminologia usada com cães de faro, alerta de área, alerta
específico, mudança de comportamento, odor residual, etc..
Algumas platéias tentarão direcionar o "Guia" em direção a uma
discussão legal de aplicações caninas, a menos que o "Guia" esteja bem
ciente da lei, esta área deveria ser deixada com o Promotor de Justiça ou setor
jurídico da corporação.
É importante que o "Guia" tenha junto a si um esboço de sua
apresentação.
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2) A demonstração deve ser fixada para a correta exibição dos
talentos de olfato de seu cão:
g. Assuntos confidenciais:
Freqüentemente, enquanto administrando uma demonstração vocês
receberão perguntas que enfocam aspectos confidenciais de descoberta de
entorpecentes. Tópicos como: “como enganar os cães; e escondendo
entorpecentes assim o cão não os pode descobrir; etc..
Quando esta situação surge, e como isto é freqüente, responde-se que a
pergunta concerne a uma área que é confidencial em natureza e não será
discutida. A maioria das platéias aceitará aquela resposta e passará à outros
tópicos de discussão.
A maioria dos tribunais sabe que a cena onde a droga foi descoberta,
não poderia ser recriada com precisão na sala do tribunal.
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XII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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IX - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
53
XIII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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