0 évaluation0% ont trouvé ce document utile (0 vote)
69 vues2 pages
O documento resume um texto de Fred Halliday sobre a abordagem marxista nas Relações Internacionais. Halliday acredita que a abordagem pode ter validade teórica, mas precisa de mais tempo para amadurecer. Ele propõe quatro pilares para analisar as relações internacionais pelo materialismo histórico: fatores econômico-sociais, papel das classes, revolução e determinação histórica.
O documento resume um texto de Fred Halliday sobre a abordagem marxista nas Relações Internacionais. Halliday acredita que a abordagem pode ter validade teórica, mas precisa de mais tempo para amadurecer. Ele propõe quatro pilares para analisar as relações internacionais pelo materialismo histórico: fatores econômico-sociais, papel das classes, revolução e determinação histórica.
O documento resume um texto de Fred Halliday sobre a abordagem marxista nas Relações Internacionais. Halliday acredita que a abordagem pode ter validade teórica, mas precisa de mais tempo para amadurecer. Ele propõe quatro pilares para analisar as relações internacionais pelo materialismo histórico: fatores econômico-sociais, papel das classes, revolução e determinação histórica.
DISCENTES: Felipe Marafão Renzo (Vespertino) Raphael Lopes de Paula Almeida (Vespertino) Thiago Torres Tezzon (Vespertino) DOCENTE: Prof. Dr. Samuel Alves Soares DISCIPLINA: Teoria das Relações Internacionais I RESUMO DE LEITURA: A Abordagem Marxista Fred Halliday nasceu no dia 22 de fevereiro de 1946, em Dublin na Irlanda. Foi um especialista no Oriente Médio, com foco no Irã, tendo lecionado Relações Internacionais na "London School of Economics" (LSE). Também foi um grande expoente do pensamento marxista na Europa Ocidental, fazendo parte da chapa editorial do “New Left Review”. Ao final de sua vida, Halliday lecionou no “Institut Barcelona d'Estudis Internacionals”, tendo falecido no dia 10 de abril de 2010 na mesma cidade. O problema encontrado na leitura é a descrença na abordagem marxista como embasamento teórico para a disciplina de Relações Internacionais, já que a obra foi publicada somente oito anos após a queda da URSS. Essa descrença ocorre porque a relação entre o marxismo e as relações internacionais é historicamente recente e por isso, frágil. Nesse contexto do problema, o autor também aponta a inabilidade dos teóricos marxistas mais ortodoxos de explicar os conceitos de Democracia Capitalista e Nacionalismo. Além disso esse fracasso ocorre por dois fatores: o primeiro deles é o fato de que a disciplina de RI desenvolveu-se principalmente nas universidades britânicas e norte americanas, ambientes onde o marxismo nunca foi decisivamente fértil, e segundo é o fato de o materialismo histórico não possuir um enfoque teórico suficiente para contribuir de fato com a disciplina de RI. Como tese, o autor propõe que haja um tempo maior para que a relação entre as relações internacionais e o marxismo amadureça, o que conferiria a efetividade no estudo daquelas com a lente do materialismo histórico marxista. Além disso, há a possibilidade do materialismo histórico ser uma alternativa teórica e empírica no estudo das relações internacionais, mas isso somente seria possível se o mesmo reconhecer o desafio que a disciplina lhe apresenta, o que seria conseguido pelo desenvolvimento do potencial analítico marxista em resposta aos eventos atuais e às teorias alternativas da academia, a exemplo da Realista e da Liberal. Em sua argumentação ele fundamenta quatro pilares que determinam o estudo das relações internacionais a partir do materialismo histórico: os fatores econômico-sociais, ou seja, do próprio ordenamento da sociedade, o sistema econômico vigente e político; o papel das classes, manifestada pela luta interminável entre proletariado e burguesia; a revolução, que é o conflito entre os grupos que querem manter o status quo além da oposição revolucionária social e por fim, a “determinação histórica”, a qual considera os eventos como singulares na história e com essência mutável. Portanto, a partir do texto, conclui-se que Halliday acredita que a abordagem marxista pode ter validade teórica para o estudo da disciplina de Relações Internacionais, embora ainda haja necessidade de mais tempo para adequar-se a mesma, isto é, para que tal relação seja minimamente madura para ser realmente efetiva . Além de apresentar o materialismo histórico como alternativa teórica, o autor também fundamenta os quatro pilares a partir dos quais a abordagem materialista pode servir como ponto de apoio para o estudo das relações internacionais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HALLIDAY, Fred. Repensando as Relações Internacionais. Porto Alegre: Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1999. Um encontro necessário: o materialismo histórico e as Relações Internacionais. p. 61-86. ZUBAIDA, Sami. Fred Halliday obituary. Guardian, 26 abril 2010. Disponível em: https://www.theguardian.com/education/2010/apr/26/fred-halliday-obituary. Acesso em 8 maio 2017.