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SECRETARIA ADJUNTA DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS

SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA


NÚCLEO DE EDUCAÇÃO INFANTIL
COORDENADORIA DO ENSINO FUNDAMENTAL
COORDENADORIA DO ENSINO MÉDIO
COORDENADORIA DE PROJETOS EDUCATIVOS

ORIENTATIVO PEDAGÓGICO

JOSÉ PEDRO GONÇALVES TAQUES


Governador

CARLOS HENRIQUE BAQUETA FÁVARO


Vice-governador

PERMINIO PINTO FILHO


Secretário de Estado de Educação

GILBERTO FRAGA DE MELO


Secretário Adjunto de Política Educacional

MÁRCIA CRISTINA FARIA DE CARVALHO


Superintendente de Educação Básica

ANDREIA CRISTINA FERREIRA LIMA


Coordenadora do Ensino Fundamental

CÉLIA MARGARIDA DE CAMPOS LEITE


Coordenadora do Ensino Médio

MARIANA MIRANDA MÁXIMO


Coordenadora de Projetos Educativos
EQUIPE DE ASSESSORIA TÉCNICA PEDAGÓGICA

Núcleo de Educação Infantil


Clarice Oliveira Silva Procópio (Assessora Pedagógica de Cuiabá-MT)
Lellis do Carmo Ventura
Maria Aparecida Avelino da Silva
Rosiney Pereira Leite dos Reis

Coordenadoria do Ensino Fundamental (CEF)


Alaíde de Alencar e Taques
Aline Renata Pedroso Carvalho
Elisabeth Pereira de Oliveira
Endrigo Antunes Martins
Juliane Fernanda Rodrigues Gusmão
Maria Aparecida Perez Toló
Mirta Grisel Garcia de Kehler
Neuza Soares Souza e Silva
Samuel Silva Chaves
Sirlei Martins de Moura Hansen

Coordenadoria do Ensino Médio (CEM)


Claudia Ines Dahmer
Elisabeth dos Santos Rezende de Almeida
Erika Silva Alencar Meirelles
Gresiela Ramos de Carvalho
Jorge Rodrigues
Marcio Tadeu de Pereira Magalhaes
Reginaldo Gomes da Silva
Sidnei Rogério Ferreira
Waleska Goncalves de Lima

Coordenadoria de Projetos Educativos (CPE)


Alberto Alexandre Junior
Ana Carolina De Jesus Costa
Edmar Joaquim dos Santos
Edwaldo Dias Bocuti
Elenice Valda da Silva
Elizany Rita de Silva Costa Rosa
Glaucia Ribeiro
Guilherme Luis Costa
Maidan de Souza Lara Pinto
Mariana Miranda Maximo
Marly Silva de Almeida Pereira
Marta Moreira Leite Soares
Neiva de Souza Boeno
Nilza Regina Basso Fonseca
Regina Silvana Silva Costa
Suelen de Arruda Leite Pansini
Telma Regina Oliveira Peres

Assessoria Técnica
Ana Paula Leque Pinheiro de Siqueira (SUEB)
Elizena Oliveira Gomes Rodrigues (CEF)
Eliane de Andrade (CEM)
Monique Amorim Farias (SUEB)
Nilma Aneti de Siqueira (SUEB)
Suelen de Arruda Leite Pansini (CPE)
“A Educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces”.
Aristóteles
Apresentação
O presente documento nos traz informações referentes as orientações
pedagógicas direcionadas as unidades escolares de Ensino Fundamental e Médio urbanas, além
das creches e pré-escolas estaduais, sendo todas acompanhadas didático-pedagogicamente pela
Superintendência de Educação Básica (SUEB) e suas respectivas coordenadorias.
A Superintendência de Educação Básica, subordinada à Secretaria Adjunta de
Política Educacional, tem como missão zelar pela execução da Política Educacional do Estado
de Mato Grosso em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacional e Estadual,
competindo-lhe:
I- implementar a Política Pedagógica instituída para a Educação Básica no
Estado de Mato Grosso;
II- coordenar a execução das Orientações Curriculares para a Educação Básica
do Estado de Mato Grosso;
III- coordenar, orientar e acompanhar o processo de assessoramento pedagógico
às escolas;
IV- supervisionar as análises e homologações das matrizes curriculares das
escolas;
V- coordenar a articulação entre o Ministério de Educação, Secretaria de Estado
de Educação e Secretarias Municipais de Educação de Mato Grosso nas ações relacionadas ao
Currículo da Educação Básica;
VI- supervisionar o desenvolvimento da Educação Básica no âmbito do Sistema
Estadual de Ensino;
VII- coordenar a execução e efeitos nas aprendizagens dos Programas e Projetos
Educativos da Educação Básica;
VIII- desenvolver ações articuladas e em parceria com as Secretarias Municipais
no atendimento à Educação Básica;
IX- propor medidas, ações, projetos e programas que busquem a equidade e
igualdade do direito à aprendizagem.
Subordinada as suas ações estão o Núcleo de Educação Infantil, a Coordenadoria
do Ensino Fundamental, a Coordenadoria do Ensino Médio e a Coordenadoria de Projetos
Educativos, cujas orientações pedagógicas estão descritas a seguir, divididas em quatro partes.
SUMÁRIO

PARTE I: EDUCAÇÃO INFANTIL.......................................................................................8


1. DIRETRIZES PARA EDUCAÇÃO INFANTIL....................................................................8
2. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO................................................................................14
2.1 A Proposta Pedagógica e o referencial curricular .........................................................14
2.2 Estrutura do Projeto Político Pedagógico, na concepção de Vasconcelos:...................15
2.3 O Diagnóstico como Ponto de Partida em cada dimensão, identifica a realidade e aponta
as necessidades para execução da Proposta Pedagógica................................................16
2.4 O Marco Conceitual.......................................................................................................17
2.5 Concepção e Fundamentos da Educação.......................................................................18
2.6 Na abordagem do conhecimento ...................................................................................20
2.7 Na abordagem metodológica:........................................................................................20
2.8 Na organização da gestão da escola: .............................................................................21
2.9 A Proposta Pedagógica..................................................................................................21
2.10 Concepção de ensino e aprendizagem........................................................................23
2.11 Operacionalização das Propostas Pedagógicas e seus planejamentos em todas as
dimensões. O Marco Operacional...............................................................................33
2.12 Currículo da Educação Infantil....................................................................................33
2.13 Considerações............................................................................................................ 35
2.14 Diretrizes.....................................................................................................................35
2.15 Características do Currículo........................................................................................36
2.15.1. Conteúdos que devem ser trabalhados pelo currículo..........................................37
3. BASE NACIONAL COMUM...............................................................................................38
4. CALENDÁRIO ESCOLAR..................................................................................................38
5. FUNDAMENTAÇÃO FILOSÓFICO-PEDAGÓGICA.......................................................39
5.1 Identidade e Autonomia................................................................................................41
5.2 Conhecimento de Mundo..............................................................................................41
5.3 Movimento....................................................................................................................42
6. CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS E OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO
INFANTIL................................................................................................................................43
6.1 Campo de experiências: o eu, o outro e o nós................................................................43
6.2 Campo de experiência: corpo, gestos e movimentos......................................................44
6.3 Campo de experiência: escuta, fala, pensamento e imaginação.....................................45
6.4 Campo de experiência: traços, sons, cores e imagens ...................................................46
6.5 Campo de experiências: espaços, tempos, quantidades, relações e transformações .....46
7 REFERÊNCIAS..................................................................................................................49

PARTE II: ENSINO FUNDAMENTAL................................................................................51


1. ADOÇÃO DE NOVA DENOMINAÇÃO NAS FASES/CICLOS........................................52
2. MATRÍCULA E INGRESSO NO ENSINO FUNDAMENTAL...........................................53
2.1 Enturmação....................................................................................................................54
2.2 Matriz Curricular..........................................................................................................55
3. AVALIAÇÃO E PROGRESSÃO.........................................................................................57
3.1 Adoção/retomada de instrumentos avaliativos diversificados.......................................57
3.2 Defasagens de Aprendizagem e dificuldades de aprendizagem....................................60
3.3 Registro das avaliações internas....................................................................................60
3.4 Currículo avaliado.........................................................................................................62
3.5 Critérios de progressão..................................................................................................62
3.6 Avaliação externa..........................................................................................................63
4. APOIO PEDAGÓGICO: LABORATÓRIO DE APRENDIZAGEM .................................63
4.1 Regras de funcionamento..............................................................................................65
4.2 Composição das turmas.................................................................................................66
4.3 Perfil do Professor Articulador de Aprendizagem.........................................................67
4.4 Acompanhamento do Laboratório de Aprendizagem....................................................67
5. ACOMPANHAMENTO DE INFREQUÊNCIA ESCOLAR...............................................68
6. COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA..................................................................................... 71
6.1 Semanas Pedagógicas....................................................................................................73
7. REFERÊNCIAS....................................................................................................................75
8. ANEXOS.............................................................................................................................. 76

PARTE III: ENSINO MÉDIO...............................................................................................79


1. Modalidades Ofertadas ....................................................................................................... 79
1.1 Ensino Médio Regular ................................................................................................. 79
1.1.1 Ensino Médio Regular Noturno .......................................................................... 81
1.2 Ensino Médio Integrado à Educação Profissional – EMIEP........................................ 82
2. Índices e Rendimento Escolar..............................................................................................83
3. Documentos Pedagógicos....................................................................................................84
4. Espaços e Tempos Pedagógicos...........................................................................................85
5. Formação Continuada..........................................................................................................86
6. Participação Estudantil........................................................................................................87

PARTE VI: PROJETO EDUCATIVOS...............................................................................88


1. MISSÃO DA COORDENADORIA DE PROJETOS EDUCATIVOS............................... 88
2. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES DA CPE............................................................... 89
2.1. Projetos e Programas Educativos Institucionalizados pela SEDUC -MT..................89
2.1.1. Projeto Biblioteca Escolar...................................................................................89
2.1.1.1. Ações da Seduc de fortalecimento para as bibliotecas escolares:..............89
2.1.2. Projeto Interdisciplinar de Arte na Escola - PRINART .........................................90
2.1.3. Projeto Educomunicação .......................................................................................91
2.1.4. Programa Paz na Escola.........................................................................................91
2.1.5. Projeto Educar – Sistema Socioeducativo...............................................................92
2.1.6. Programa Pipocando Saber: Em fase de implantação............................................93
2.2.Projetos e Ações educativas – Diversos Parceiros.........................................................93
2.2.1 Feira de Ciências na Escola.....................................................................................93
2.2.2.Concurso de Redação “Marechal Rondon–150 anos” .............................................93
2.2.3. Projetos Jogos Escolares e Estudantis.....................................................................94
2.2.4. Projeto Parlamento Mirim......................................................................................94
2.2.5. Projeto Voto Consciente.........................................................................................94
2.2.6. Semana da Pátria....................................................................................................94
2.2.7. TCE Estudantil.......................................................................................................95
2.2.8. Festival Estudantil Temático para o Trânsito (FETRAN).......................................95
2.2.9. Programa Jovens Embaixadores.............................................................................95
2.2.10. Parlamento Jovem Brasileiro – PJB......................................................................96
2.2.11. Projeto Jovem Senador.........................................................................................96
2.3. Programas institucionalizados pelo Ministério da Educação.......................................96
2.3.1. Programa Nacional Livro Didático - PNLD ...........................................................96
2.3.2. Programa Mais Educação – PME...........................................................................96
2.3.3. Programa Mais Cultura – PMC...............................................................................97
2.3.4. Programa Saúde e Prevenção na Escola – PSE.......................................................98
2.3.5. Programa Atleta na Escola......................................................................................99
2.3.6. Programa Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro..........................99
2.3.7. Parlamento Juvenil do Mercosul – PJM.................................................................99
3. SÍNTESE DOS PROGRAMA, PROJETO E AÇÕES E SEUS RESPECTIVOS
PROFISSIONAIS RESPONSÁVEIS..............................................................................100
4. ALGUMAS INFORMAÇOES COMPLEMENTARES..................................................101
4.1. Programa Mais Cultura em Mato Grosso..................................................................101
4.2. Programa Atleta na Escola.........................................................................................102
4.3.Orientações para Biblioteca Escolar – 2016................................................................104
4.4.Jogos Escolares da Juventude/Jogos Estudantis/Esporte na Escola /Paraolímpicos .106
5. DÚVIDAS FREQUENTES: Programa Mais Educação, Prinart Educomunicação ..........106
5.1 Programa Mais educação – PME................................................................................106
5.2 Prinart – Projeto Interdisciplinar de Arte na Escola....................................................107
5.3 Projeto Educomunicação............................................................................................110
6 PARA 2016 – PROJETOS BIBLIOTECA, PRINART E EDUCOMUNICAÇÃO.........112
7 FALE COM A EQUIPE: COORDENADORIA DE PROJETOS EDUCATIVOS.........114
8 REFERÊNCIAS................................................................................................................115
PARTE I: EDUCAÇÃO INFANTIL

“O homem pode refletir sobre si mesmo e colocar-se num determinado momento,


numa certa realidade: é um ser na busca constante de ser mais e, como pode fazer esta
autorreflexão, pode descobrir-se como um ser inacabado, que está em constante busca.
Eis aqui a raiz da educação.” (FREIRE, 1991, p. 27).

A Secretaria de Estado de Educação através da Secretaria Adjunta de Políticas


Educacionais/SUEB/CEF/MT, tem como política pública a Educação Básica além do Ensino
Fundamental e Médio a primeira etapa da Educação Infantil que objetiva assegurar o Direito
de Aprender da criança, cumprindo assim o dever do Estado, da família, e da sociedade em
atendimento as atuais Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais da Educação Infantil
(DCNEI - Resolução CNE/CEB nº. 05/09, artigo 4º) e Resolução 02/2015/CEE/MT D.O
24/09/2015. Onde se considera as dimensões do, educar e do cuidar, em sua inseparabilidade,
buscando recuperar, para a função social deste nível da educação, a centralidade que é o
estudante, como pessoa em formação na sua essência humana.
A organização curricular da Educação Básica deve assegurar o princípio da
organicidade, totalidade e integralidade, por meio da integração dos conteúdos, das
capacidades, das áreas do conhecimento, das etapas e modalidades. As práticas pedagógicas
devem ser compreendidas como parte integrante da totalidade representada na Educação
Infantil, superando as formas fragmentadas do currículo. A organização curricular deve apoiar-
se em princípios metodológicos que contemplem práticas pedagógicas a partir das realidades
concretas dos seus estudantes, como ponto de partida, assegurando-se a formação integral e
integrada. A metodologia articulará os saberes dos estudantes com o conhecimento
historicamente construído e organizado pela sociedade, para que o próprio estudante
(re)construa sua realidade, expressando-a em novas formas de pensar, agir e sentir, no planejar
as aprendizagens adequadas para o desenvolvimento das crianças de CRECHES e PRÉ
ESCOLA.

1. DIRETRIZES PARA EDUCAÇÃO INFANTIL

As Diretrizes, Nacional e Estadual definem a criança como um sujeito histórico e de


direitos, que brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona
e constrói sentidos sobre a natureza e sobre a sociedade, produzindo cultura. O reconhecimento
desse potencial aponta para o direito de as crianças terem acesso a processos de apropriação, de

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renovação e de articulação de saberes e conhecimentos, como requisito para a formação
humana, para a participação social e para a cidadania, desde seu nascimento até seis anos de
idade. Além disso, em uma ação complementar das instituições educativas com as famílias, a
comunidade e o poder público, é imprescindível assegurar o direito das crianças à proteção, à
saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à cultura, às artes, à brincadeira, à
convivência e à interação com outros/as meninos/as.
A Educação Infantil tem por objetivo o desenvolvimento integral da criança, em seus
aspectos físico, afetivo, psicológico, intelectual, social, complementando a ação da família e da
comunidade.
As crianças provêm de diferentes e singulares contextos socioculturais,
socioeconômicos e étnicos, por isso devem ter a oportunidade de serem acolhidas e respeitadas
pela escola e pelos profissionais da educação, com base nos princípios da individualidade,
igualdade, liberdade, diversidade e pluralidade independentemente das diferentes condições
físicas, sensoriais, intelectuais, linguísticas, étnico-raciais, socioeconômicas, de origem, de
religião, entre outras, as relações sociais e intersubjetivas no espaço escolar requerem a atenção
intensiva dos profissionais da educação, durante o tempo de desenvolvimento das atividades
que lhes são peculiares, pois este é o momento em que a curiosidade deve ser estimulada, a
partir da brincadeira orientada pelos profissionais da educação. Os vínculos de família, dos
laços de solidariedade humana e do respeito mútuo em que se assenta a vida social devem
iniciar-se na Educação Infantil e sua intensificação deve ocorrer ao longo da Educação Básica.
Os sistemas educativos devem envidar esforços promovendo ações a partir das quais as
unidades de Educação Infantil sejam dotadas de condições para acolher as crianças, em estreita
relação com a família, com agentes sociais e com a sociedade, prevendo programas e projetos
em parceria, formalmente estabelecidos. A gestão da convivência e as situações em que se torna
necessária a solução de problemas individuais e coletivos pelas crianças devem ser previamente
programadas, com foco nas motivações estimuladas e orientadas pelos professores e demais
profissionais da educação e outros de áreas pertinentes, respeitados os limites e as
potencialidades de cada criança e os vínculos desta com a família ou com o seu responsável
direto.
O posicionamento em relação aos processos pedagógicos na Educação Infantil parte da
concepção de que a construção de conhecimentos pelas crianças nas unidades de Educação
Infantil, urbanas e do campo, efetiva-se pela sua participação em diferentes práticas cotidianas
nas quais interagem com parceiros adultos e companheiros de idade.

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Conforme preconiza as Diretrizes; Nacional e Estadual os sistemas e instituições
educativos devem envidar esforços promovendo ações a partir das quais as unidades de
Educação Infantil sejam dotadas de condições para acolher as crianças, em estreita relação com
a família, com agentes sociais e com a sociedade, prevendo programas e projetos em parceria,
formalmente estabelecidos. O objetivo das CRECHES ESCOLAS PÚBLICA em atender as
normas educacionais é para o fortalecimento da base curricular comum, visa sinalizar percursos
de aprendizagem e desenvolvimento das crianças ao longo da Educação Básica, compreendida
pela Educação Infantil, Ensino Fundamental anos iniciais e finais, e Ensino Médio, capazes de
garantir, aos sujeitos da educação básica, como parte de seu direito à educação, que ao longo
de sua vida escolar possam:
• desenvolver, aperfeiçoar, reconhecer e valorizar suas próprias qualidades, prezar e cultivar o
convívio afetivo e social, fazer-se respeitar e promover o respeito ao outro, para que sejam
apreciados sem discriminação por etnia, origem, idade, gênero, condição física ou social,
convicções ou credos;
• se expressar e interagir a partir das linguagens do corpo, da fala, escrita, das artes, da
matemática, das ciências humanas e da natureza, assim como informar e se informar por meio
dos vários recursos de comunicação e informação;
• experimentar vivências, individuais e coletivas, em práticas corporais e intelectuais nas artes,
em letras, em ciências humanas, em ciências da natureza e em matemática, em situações
significativas que promovam a descoberta de preferências e interesses, o questionamento livre,
estimulando formação e encantamento pela cultura.
• desenvolver critérios práticos, éticos e estéticos para mobilizar conhecimentos e se posicionar
diante de questões e situações problemáticas de diferentes naturezas, ou para buscar orientação
ao diagnosticar, intervir ou encaminhar o enfrentamento de questões de caráter técnico, social
ou econômico;
• relacionar conceitos e procedimentos da cultura escolar àqueles do seu contexto cultural;
articular conhecimentos formais às condições de seu meio e se basear nesses conhecimentos
para a condução da própria vida, nos planos social, cultural, e econômico;
• participar ativamente da vida social, cultural e política, de forma solidária, crítica e
propositiva, reconhecendo direitos e deveres, identificando e combatendo injustiças, e se
dispondo a enfrentar ou mediar eticamente conflitos de interesse.
A escola não é a única instituição responsável por garantir esses direitos, mas tem um
papel importante para que eles sejam assegurados as crianças ao longo da educação básica os

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conhecimento de cada um de seus componentes curriculares, de forma articulada e progressiva,
pois em todas as atividades escolares aprende-se a se expressar, conviver, ocupar-se da saúde e
do ambiente, localizar-se no tempo e no espaço, desenvolver visão de mundo e apreço pela
cultura, associar saberes escolares ao contexto vivido, projetar a própria vida e tomar parte na
condução dos destinos sociais.
O Direito de Aprender deve contribuir na garantia da educação básica – na Etapa da
Educação Infantil, seus professores e demais partícipes da vida escolar – dispuserem de
condições para: o desenvolvimento de múltiplas linguagens como recursos próprios; o uso
criativo e crítico dos recursos de informação e comunicação; a vivência da cultura como
realização prazerosa; a percepção e o encantamento com as ciências como permanente convite
à dúvida; na Etapa da Educação Infantil, seus professores e demais partícipes da vida escolar –
dispondo de: a compreensão da democracia, da justiça e da equidade como resultados de
contínuo envolvimento e participação. Essas condições se efetivam numa escola que oferece
ambiente de vivência e produção cultural, de Corresponsabilidade de todos com o
desenvolvimento de todos, e em contínuo intercâmbio de questões, informações e propostas
com sua comunidade, como protagonista social e cultural.
Na Educação Infantil uma CRECHE ESCOLA que apresente tais características
oportunizam um ambiente acolhedor, em que cuidados e convívio promovam a socialização, o
estabelecimento de vínculos afetivos e de confiança, juntamente com as atividades que
promovam a aprendizagem e o desenvolvimento infantil. Para isso, levando-se em conta as
culturas da comunidade, é essencial criar situações em que o brincar em suas diversas
manifestações seja contexto promotor do conhecimento de si, do outro e do mundo, em
interações amistosas e nas quais se cultivem os cuidados consigo mesmo e com o outro, que se
estabeleçam atitudes de curiosidade, questionamento, investigação e encantamento.
Os objetivos da formação básica das crianças, definidos para a Educação Infantil,
prolongam-se durante os anos iniciais do Ensino Fundamental, especialmente no primeiro, e
completam-se nos anos finais, ampliando e intensificando, gradativamente, o processo
educativo, mediante: o desenvolvimento da capacidade de aprender, que tem a intenção de
assegurar a todos os estudantes as aprendizagens básicas. Somos sabedores que cada etapa é
delimitada por sua finalidade, seus princípios, objetivos e diretrizes educacionais,
fundamentando-se na inseparabilidade dos conceitos referenciais: cuidar e educar, pois esta é
uma concepção norteadora do projeto político pedagógico elaborado e executado pela
comunidade educacional.

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O respeito aos educandos, a seus tempos mentais, sócio emocionais, culturais e
indenitários é um princípio orientador de toda a ação educativa, sendo responsabilidade dos
sistemas a criação de condições para que crianças, adolescentes, jovens e adultos, com sua
diversidade, que tenham a oportunidade de receber a formação que corresponda à idade própria
de percurso escolar. Essas etapas correspondem a diferentes momentos constitutivos do
desenvolvimento educacional, sendo: a Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica
que compreende: a Creche, onde englobando as diferentes fases do desenvolvimento da criança
até 3 (três) anos e 11 (onze) meses; a Pré-Escola, dos 4(quatro) anos a 5(cinco) e 11(onze)
meses e duração de 2 (dois) anos.
Para que se possibilite uma educação de qualidade a todos os estudantes, precisamos
discutir duas questões importantes: O que entendemos por educação de qualidade? O que é
necessário oferecer aos estudantes para a garantia dessa qualidade? A resposta à questão do que
se entende por educação de qualidade é um tema complexo e polêmico e precisa ser analisada
no contexto atual do sistema e das unidades de ensino.
Para garantir o padrão de qualidade, com pleno acesso, inclusão e permanência dos
sujeitos das aprendizagens na CRECHE ESCOLA e seu sucesso, com redução da evasão,
resulta na qualidade social da educação, que é uma conquista coletiva de todos os sujeitos do
processo educativo:
I – buscar compreensão da globalidade da pessoa, enquanto ser que aprende que sonha e ousa,
em busca de uma convivência social libertadora fundamentada na ética cidadã;
II - ressignificar os processos e procedimentos burocráticos, assumindo com pertinência e
relevância: os planos pedagógicos, os objetivos institucionais e educacionais, e as atividades de
avaliação contínua;
III - possibilitar a prática em que os sujeitos constitutivos da comunidade educacional discutam
a própria práxis pedagógica impregnando-a de entusiasmo e de compromisso com a sua própria
comunidade, valorizando-a, situando-a no contexto das relações sociais e buscando soluções
conjuntas;
IV – fortalecer as relações interpessoais solidárias, geridas de tal modo que profissionais da
educação em especial os professores se sintam estimulados a conhecer melhor os seus pares
(colegas de trabalho, estudantes, famílias), a expor as suas ideias, a traduzir as suas dificuldades
e expectativas pessoais e profissionais;

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V – instaurar relações entre os estudantes, proporcionando-lhes espaços de convivência e
situações de aprendizagem, por meio dos quais aprendam a se compreender e se organizar em
equipes de estudos e de práticas esportivas, artísticas e políticas;
VI – comprometer-se com a presença articuladora e mobilizadora do gestor no cotidiano da
escola e nos espaços com os quais a escola interage, em busca da qualidade social das
aprendizagens que lhe caibam desenvolverem, com transparência e responsabilidade.
VII - sistematizar os princípios e as diretrizes gerais da Educação Básica contidos na
Constituição, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e demais dispositivos
legais, traduzindo-os em orientações que contribuam para assegurar a formação básica comum
nacional, tendo como foco os sujeitos que dão vida ao currículo e à escola;
VIII - estimular a reflexão crítica e propositiva que deve subsidiar a formulação, a execução e
a avaliação do projeto político-pedagógico da escola de Educação Básica;
IX - orientar os cursos de formação inicial e continuada de docentes e demais profissionais da
Educação Básica
As Finalidades baseando-se no direito de toda pessoa ao seu pleno desenvolvimento, à
preparação para o exercício da cidadania, na vivência e convivência em ambiente educativo, e
tendo como responsável o Estado brasileiro, a família e a sociedade têm de garantir à
democratização do acesso, a inclusão, a permanência e a conclusão com sucesso das crianças
na instituição educacional, a aprendizagem para continuidade dos estudos e a extensão da
obrigatoriedade e da Educação Básica.
Assegurar os Princípios e as diretrizes gerais da Educação Básica contidos na
Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e demais
dispositivos legais, traduzindo-os em orientações que contribuam para assegurar a formação
básica comum nacional, tendo como foco os sujeitos que dão vida ao currículo e à escola:
I - estimular a reflexão crítica e propositiva que deve subsidiar a formulação, a execução e a
avaliação do projeto político-pedagógico da escola de Educação Básica;
II - orientar os cursos de formação inicial e continuada de docentes e demais profissionais da
Educação Básica;
III - elevar, sistematicamente, a qualidade de ensino oferecido às crianças;
I V- formar cidadãos conscientes de seus diretos e deveres;
V - promover a integração escola - comunidade;
VI- proporcionar um ambiente favorável ao estudo e ao ensino;

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VII – incentivar a participação dos alunos bem como a atuação solidária junto à comunidade e
seus visitantes;
VIII - formar e desenvolver o respeito ao meio ambiente sustentável.

2. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Oportunizar reflexões nos estudos através dos desafios evidenciados no PROJETO


POLÍTICO PEDAGÓGICO das causas pelas quais não conseguimos ainda, assegurar que todos
os estudantes tenham acesso a CRECHE ESCOLA com pleno “direito de aprender”. Diante do
diagnóstico e com o trabalho pedagógico para ressignificar a prática pedagógica, em
atendimento a necessidade de aprendizagens dos estudantes, se faz necessário estar claro para
a equipe gestora: administrativa, pedagógica, professores, responsáveis pelos estudantes para o
qual dirigimos todo o trabalho. O Projeto Político Pedagógico é o instrumento que possibilita o
norte para todas as ações da escola seja ela financiável ou não financiável, sendo normatizado
pelo Regimento Escolar, e suas ações executadas através dos planos: de professores, de
coordenadores; de diretores e CDCEs.

2.1 A Proposta Pedagógica e o referencial curricular

Para compreender o significado e a responsabilidade da implantação do Referencial


Curricular nas escolas da rede pública, é preciso conhecer o tamanho da mudança que deverá
ocorrer. Com essa finalidade, é apresentado um quadro comparativo de alguns aspectos da
escola que se tem com a escola que se deve construir, sem ignorar que cada Unidade Escolar é
uma realidade e os esforços para a mudança serão de diferentes dimensões.
Conforme orientação por este Referencial Curricular abaixo, a proposta pedagógica da
escola, os planos de estudo e os planos de trabalho de cada professor, terão que responder à
demanda de construção de uma escola capaz de superar uma concepção tradicional de educação
apoiada na memorização de fatos, fórmulas e informações. Entendendo o modo de uma
concepção tradicional da qual foi vivenciada até o século XX e a concepção contemporânea
para o século XXI:

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Dimensão Escola de século XIX e XX Escola do Século XXI

Princípios Direito ao ensino Direito de aprender

Um fim em si mesmo Um meio para desenvolver competências e ha-


Conteúdo
bilidades
Fragmentado por disciplinas Interdisciplinar e contextualizado
Construção e sistematização de conceitos em rede,
Privilegia a memória e a articulado com processos de aprendizagem
Currículo
padronização
Linear e estático Organizado por áreas do conhecimento, unidades
temáticas e conjunto de competência
Centrada no ensino Centrada na aprendizagem

Transmissão e recepção de Construção do conhecimento orientado pelo


conhecimento professor

Atividades rotineiras e Atividades diversificadas com foco no desenvol-


Metodologia
padronizadas vimento de habilidades e competências.

Livro didático como norteador Livro como recurso didático e a tecnologia


do currículo educacional.

Apoio ao ensino Apoio à aprendizagem

Transmissor de informação Orientador e mediador Aberto às mudanças legais e


Professor
Resistência à mudança pedagógicas.

Aluno Passivo Protagonista e ativo.

Democrática e participativa com predominância da


Centralizada com foco no
Gestão dimensão pedagógica que tem o aluno e a
administrativo e burocrático
aprendizagem como foco.

Espaço e Tempo Sala de Aula/Aula Diversificado e flexível.

2.2 Estrutura do Projeto Político Pedagógico, na concepção de Vasconcelos:

 Apresentação
 Identificação do Estabelecimento
 Histórico da Escola: - fundação (criação), denominação, endereço/telefone/e-mail
lideranças históricas.
 Filosofia da Escola
 Mantenedora – Secretaria de Estado de Educação
 Da Unidade Executora
 Biografia da Escola (História da Escola)
 Justificativa
15
Na justificativa a equipe de cada Unidade Escolar deve construir uma educação básica
de qualidade para todos os brasileiros levando em consideração o Plano Nacional e o Estadual
de Educação, a partir da premissa de que Mato Grosso e o País só vão ser efetivamente
independentes quando atingir as cinco metas até 2022:
Meta 1 – toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola
Meta 2 – toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos
Meta 3 – todo aluno com aprendizado adequado à sua série
Meta 4 – todo jovem com ensino médio concluído até os 19 anos
Meta 5 – investimento em educação ampliado e bem gerido

2.3 O Diagnóstico como Ponto de Partida em cada dimensão, identifica a realidade e


aponta as necessidades para execução da Proposta Pedagógica.

O Marco Situacional (Realidade que se encontra a escola) abrange o ponto de partida,


ou seja, a nossa prática social; onde situa a escola no atual contexto da realidade brasileira, do
estado e do município, explicitando os problemas e as necessidades como também apresenta
uma análise crítica dos problemas existentes na escola. Faz-se, necessário trabalhar com no
mínimo de sete elementos fundamentais – dos quais chamados de dimensões: das quais devem
ser realizadas o diagnóstico da realidade e identificando as necessidades em cada uma das
dimensões:
1. Ambiente educativo – o respeito, a solidariedade, a disciplina na escola;
2. Prática pedagógica – a proposta pedagógica da escola, o planejamento, a autonomia dos
professores e o trabalho em grupo de professores e estudantes;
3. Avaliação – Para educação infantil será formativa com intervenções pedagógicas para o bom
desempenho das aprendizagens e não para fins de provação/reprovação; processos de auto
avaliação, por participação das crianças nos projetos desenvolvidos pela CRECHE ESCOLA.
I. avaliação, mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o
objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental;
II. carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, e máxima se 1.200 (mil e duzentas,
horas distribuídas por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional;
III. atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno parcial e o
mínimo de 8 (oito) horas para a jornada integral;

16
IV. controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a frequência
mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas;
V. expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e
aprendizagem da criança.
4. Gestão escolar democrática – o compartilhamento de decisões e informações com
professores, funcionários, pais e estudantes, a participação dos conselhos escolares;
5. Formação e condições de trabalho dos profissionais da escola – habilitação dos professores,
formação continuada, estabilidade da equipe escolar;
6. Ambiente físico escolar – materiais didáticos, instalações, existência de bibliotecas e espaços
de prática de esportes, condições da sala de aula;
7. Acesso, sucesso e permanência na escola – índices de falta, abandono e evasão escolar,
defasagem de aprendizagens.

2.4 O Marco Conceitual

O Marco Conceitual (concepções) é o ponto de chegada, ou seja, a prática social


transformada onde nos dará condições de construir, buscar respostas, uma utopia, a partir do
nosso compromisso coletivo enfocando as concepções de sociedade, homem, educação, escola,
conhecimento, ensino-aprendizagem, avaliação, gestão democrática, currículo entre outros.
A construção e execução do projeto político-pedagógico e do plano da escola precisam
ser sustentadas por um acompanhamento contínuo e sistemático da equipe gestora, que inclui a
participação efetiva do coordenador pedagógico e o CDCE. Cabe às secretarias de educação
providenciar a presença desse agente na escola, seja ele um elemento integrante da própria
escola, seja ele um técnico da secretaria. O importante é que haja responsáveis pela mobilização
da escola, para que a comunidade como um todo possa estar periodicamente discutindo os
rumos que o projeto político-pedagógico e o acompanhamento da execução do plano de ação.
Como parte de análise devem ser considerados os planos de trabalho dos professores, para
verificar sua relação com os objetivos de Aprendizagem com os conteúdos curriculares e com
as opções metodológicas da proposta pedagógica e do processo de acompanhamento, se faz
necessário discutir alguns conceitos e concepções.

17
2.5 Concepção e Fundamentos da Educação

É projeto porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de
tempo.
É político por considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes,
responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os
rumos que ela vai seguir.
É pedagógico porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao
processo de ensino e aprendizagem.
Defesa de educadores na Direção, professores e profissionais de suporte pedagógico. São os
responsáveis diretos pela mobilização da escola e da comunidade para a construção da proposta
escolar. Além disso, cabe-lhes a tomada de decisões sobre os Objetivos de Aprendizagem,
métodos de ensino e carga horária das áreas/disciplinas do currículo;
Defesa que os Estudantes – Tem o Direito de Aprender, e a eles devemos todo o esforço
escolar. São fontes de informação das necessidades de aprendizagem, que se vão constituir no
núcleo das preocupações da escola;
Defesa que Funcionários - por se realizarem em uma escola, e pelas relações que eles
estabelecem com os estudantes e com os pais e ou/responsáveis tem uma dimensão pedagógica
muito importante e que podem ser exploradas na direção da formação da cidadania;
Defesa que os Pais e comunidade escolar - devem participar efetivamente das decisões sobre
o orçamento e a utilização dos recursos financeiros que a escola recebe. Além disso, os pais
devem participar das discussões sobre as características do cidadão que se quer formar, sobre o
uso do espaço e do tempo escolar, no apoio de uma aprendizagem significativa e adequada para
cada fase do desenvolvimento humano e sobre as formas de organização do ensino que a escola
deve adotar para atender as reais necessidades da comunidade escolar.
Defesa de um projeto de sociedade justa, democrática e igualitária; que contemple um projeto
de desenvolvimento sustentável.
Defesa de uma educação que ajude a fortalecer um projeto que valorize e transforme a
pratica dos sujeitos e se integre na construção social de outro projeto de desenvolvimento de
aprendizagens significativas na educação dos estudantes.
Defesa de uma educação para superar os desafios de aprendizagens, possibilitando a
alfabetização e letramento na idade certa a todos os estudantes que ao se matricular na escola e
derem prosseguimento aos seus estudos.

18
Defesa do campo e a cidade como um lugar de vida, cultura, produção, moradia, educação,
lazer, cuidado com o conjunto da natureza, e de novas relações solidárias que respeitem as
especificidades sociais, étnicas, culturais e ambientais dos seus sujeitos.
Defesa de políticas públicas de educação articuladas ao conjunto de políticas que visem à
garantia do conjunto dos direitos sociais e humanos do povo brasileiro que vive no e do campo
e cidade. Políticas que efetivem o direito à educação para todos e todas e que este direito seja
dever do Estado.
Defesa dos principais objetivos é discutir a realidade (os problemas, as soluções, as
experiências e as especificidades) e propor alternativas para a educação, no sentido de promover
a construção de uma política pública de educação pautada nas Diretrizes.
Esses princípios, por sua vez, subsidiam o trabalho pedagógico, o jeito de fazer e de
pensar a educação e a escola, tal como é possível observar nos princípios organizativos abaixo:
Para responder a essas necessidades, a educação deve organizar-se, segundo a UNESCO, em
torno de quatro aprendizagens: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a viver juntos;
aprender a ser.
Aprender a Conhecer - É a aprendizagem que se refere mais ao domínio dos
instrumentos de conhecimento do que a um repertório de saberes com dupla finalidade; melhor
compreender o mundo em evolução e atitude amiga com relação à ciência – vista que o tempo
de lazer tende a crescer – como prazer de conhecer, compreender e descobrir.
Aprender a fazer - “O saber moderno (...), desde o início e na sua própria espessura
(...) é um certo modo de ação. “É a aprendizagem de como pôr em prática o próprio
conhecimento e de como adaptar a educação ao trabalho futuro. Por isso, utilizamos, aqui, as
contribuições de César Coll. Sem ceder a fáceis utilitarismos, é preciso prestar maior atenção
a constante pergunta das crianças: “Professor, para que serve isso”? Para isso a Creche Escola
precisa proporcionar oportunidades para que o aluno aprenda procedimentos, ou seja, ações
ordenadas que se oriente a consecução de uma meta clara.
Não é demais ressaltar que aprender a fazer passa necessariamente pelo fazer. Não é
suficiente dar aula de como se faz pesquisa, de como se lê com proveito, de como se monta um
circuito elétrico. É necessário que essas coisas constem no currículo, pois só a experiência
oferece desafios e imprevisto, a serem resolvidos. É, sobretudo, na superação do não previsto,
do não esperado que aconteça o conhecimento e, em consequência, a educação.
Aprender a viver juntos - Esta aprendizagem representa grande desafio à educação.
Pensamos numa escola que oportunize a descoberta dos outros, das suas culturas, da sua

19
espiritualidade e que fortaleça a convicção de que a humanidade tem objetivos comuns. Isso
passa, necessariamente, por forte vontade política dos gestores escolares. Para que aconteça
educação, nesse sentido, é preciso que a Escola reserve tempo e ocasiões suficientes para que
os estudantes realizem aprendizado cooperativo, desenvolvam projetos de cooperação e
aprendam métodos de resolução de conflitos.
Aprender a ser - É a aprendizagem síntese de todas as outras aprendizagens e que
implica, sobretudo, em qualquer contexto, discernir e agir com autonomia e sentido de
responsabilidade. Aprender a ser passa pelo cultivo e desenvolvimento de todas as
potencialidades do indivíduo, o que significa que a Creche Escola deve capacitar-se para utilizar
as novas pesquisas em torno das inteligências múltiplas, mas, sobretudo, para formar valores e
atitudes, uma vez que estas mostram, mais claramente, o ser humano que se é.

2.6 Na abordagem do conhecimento

1. A aprendizagem ocorre por meio da ação humana e mediante a apropriação (ativa e criativa)
de conceitos que possibilitam o desenvolvimento de estágios mais elevados de raciocínio e,
consequentemente, novas formas de atuação e compreensão de mundo;
2. O conhecimento e os saberes são instrumentos de mediação disponíveis para que a(o)
educadora(or) promova aprendizagens, devendo ser traduzido e adequado às possibilidades
sócio cognitivas dos(as) educandos (as).
3. Uma das mais importantes tarefas do professor (a) é aprofundar seu conhecimento sobre as
teorias pedagógicas que possibilitam a compreensão do fenômeno educativo;
4. Os temas mais necessários são aqueles que tratam das grandes problemáticas que afetam a
vida dos (as) educandos (as), da comunidade e da escola.
5. A realidade é interdisciplinar. Assim, o currículo da escola procura integrar-se à realidade
considerando como uma de suas metas a interdisciplinaridade. Esta é mais vinculada à postura
do professor (a) frente ao objeto do conhecimento do que à estrutura curricular.
6. A qualidade do trabalho docente depende da articulação contínua entre ensino e pesquisa.

2.7 Na abordagem metodológica:

1. O processo de ensino e aprendizagem articula a organização do trabalho pedagógico, a forma


de tratar o conhecimento e a construção coletiva do Projeto Político Pedagógico da escola;

20
2. Os objetivos, os conteúdos e os processos avaliativos são articulados no planejamento e
envolvem a participação dos diversos segmentos da comunidade escolar, materializando-se em
situações concretas de aprendizagem em sala de aula;
3. O processo de ensino e aprendizagem é potencializado pela metodologia problematizadora,
que localiza a(o) educadora(o) como condutor(a) do estudo da realidade, percorrendo as
seguintes etapas: I) Levantamento de elementos da realidade; II) Problematização em sala de
aula da realidade apresentada e dos conteúdos trabalhados; III) Teorização (estudos que
possibilitem auxiliar a busca de repostas junto ao conhecimento científico); IV) Definição de
hipóteses para solução das problemáticas estudadas; V) Proposições de ações de intervenção
junto à comunidade;

2.8 Na organização da gestão da escola:

1. A gestão escolar é democrática e participativa, abrange a escola e a comunidade.


2. A gestão democrática e participativa se contextualiza nos processos sociais, políticos e
econômicos que delimitam/influenciam a ação educativa da instituição escolar.
3. A constituição e/ou o fortalecimento de coletivos formados por educadoras (es), educandos
(as), pais, comunidade organizada e demais profissionais da educação, a exemplo do Conselho
Escolar, do Grêmio Estudantil e dos Comitês ajudam a empreender, na prática, pressupostos
amplos de gestão democrática.
4. O estímulo à auto-organização dos (as) educandos (as) mediante a inserção, no currículo
escolar,
A Educação se apresenta, portanto, como estratégia educacional que se integra ao
projeto de emancipação política, cultural, econômica e social de todos os povos. Na Educação
educar e cuidar também é ensinar a importância de participar e de pensar como parte da
unidade que é o país, em que campo e cidade se complementam sem se excluírem.

2.9 A proposta Pedagógica

Seu objetivo é criar condições para a aprendizagem voltada para a compreensão da


realidade social na qual os estudantes estão inseridos. Para isto, busca estimular vivências que
objetivam a aprendizagem, a participação, a colaboração, o companheirismo e a solidariedade,
envolvendo, reconhecendo e valorizando todas as formas de organização social.

21
A proposta Pedagógica propõe o reconhecimento das diferenças e das diversidades
étnicas, cultural, política, religiosa e ambiental. Busca, por outro lado, condições para a
efetivação do princípio fundamental de igualdade no acesso e na permanência e sucesso na
escola. Uma vez garantido o lugar e a permanência, é preciso garantir o acesso à cultura através
dos livros, dos materiais didáticos, da ampliação dos recursos pedagógicos, do teatro, da música
e da arte em geral.
A Proposta é voltada para a valorização do profissional da educação escolar, na busca a
garantia de condições adequadas de formação – em caráter inicial e continuadas –, de
remuneração, de acompanhamento pedagógico e de possibilidades de intercâmbio, além de
formas de aprendizagem em serviço. A valorização dos profissionais da educação supõe
oportunidades de estudo da diversidade e dos processos de interação e de transformação dos
sujeitos. Cabe a esse profissional destacado protagonismo uma vez que sua participação no
processo de ensino e de aprendizagem, não se resume a um mero observador ou provocador de
conflitos cognitivos, tendo papel decisivo na organização de situações de aprendizagem.
É de fundamental importância à consideração da comunidade em que a escola se
encontra inserida. O princípio da gestão democrática do ensino público corresponde à
participação da comunidade na elaboração do Projeto Pedagógico da escola, na definição de
prioridades e na organização de tarefas administrativas e de gestão dos recursos da própria
unidade escolar, bem como ao cuidado com o patrimônio da escola. A gestão democrática
encontra-se concretizada no elemento curricular Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar
e outros instrumentos de participação que chamam os (as) educandos (as) para assumir
responsabilidades diante a escola e a comunidade.
Cabe ressaltar que o princípio de valorização da experiência extraescolar e de vinculação
entre educação, comunidade e meio ambiente, que estão inseridos nos processos históricos da
sociedade, se faz na busca da organização interdisciplinar dos conteúdos e da relação que se
estabelece entre o conhecimento que os (as) educandos (as) trazem de suas experiências de vida
e dos conteúdos escolares.
A proposta baseia-se na compreensão de que, para auxiliar a prática das (os) educadoras
(es), visando à aprendizagem dos(as) educandos (as), deve-se levar em conta que: O estudante
é sujeito histórico marcado pelo processo social que vivencia e se constrói nas relações com o
meio social e natural; As(os) educadoras (es) e educandos (as) são protagonistas do processo
de ensino e aprendizagem, sendo que o papel da(o) educadora (or) é o de planejá-lo e coordená-

22
lo, introduzir novos conhecimentos, diversificar as possibilidades de acesso; permanência e
sucesso na escolarização.
A realidade do estudante é o ponto de partida do processo de ensino e aprendizagem que
lê a realidade em patamares cada vez mais elevados de compreensão e intervenção social;
A aprendizagem supõe o estudo da realidade e de conceitos para melhor analisá-la, e a
proposição de ações para transformá-la. Esse processo, proposto para estender e tornar viva a
relação com o conhecimento, parte da problematização da vida social, passa por sua
interpretação segundo os conhecimentos teóricos e posterior intervenção.
A aprendizagem deve estar relacionada com a vida social em todos os seus níveis de
organização através do trabalho cooperativo, dentro e fora do espaço escolar.
A escola é o lugar específico onde os estudantes tem acesso a novos conhecimentos que
são instrumentos mediadores que promovem o desenvolvimento humano.
A escola é o espaço de encontro entre os conceitos ligados ao senso comum, aos saberes
individuais e comunitários e os conceitos científicos (saber sistematizado, conhecimento
socialmente produzido pela humanidade).
A escola está inserida em um contexto social, político, econômico e cultural, e faz parte
de sua tarefa pensar sua importância tanto na preparação para o trabalho quanto na formação
do ser humano; o (o) educadora(or) não pode e não deve atuar solitariamente.

2.10 Concepção de ensino e aprendizagem

Os princípios que fundamentam a proposta pedagógica estão relacionados às teorias e


concepções de ensino e aprendizagem que orientam o trabalho em uma prospectiva de
humanização. Toda ação educativa se baseia, inicialmente, na compreensão alcançada pela(o)
educada(or), a respeito de qual será sua tarefa na formação dos seres humanos que estiverem
sob sua responsabilidade. Cada educadora(or) se posiciona em função de sua experiência e seu
domínio teórico e metodológico. Seus conhecimentos se transformam ao longo do tempo. O
estudo contínuo faz parte do trabalho da (o) educadora(or) e sua atuação em sala de aula deve
manter relação com a concepção presente no projeto Político Pedagógico da escola e depende
dos materiais didáticos de que se dispõe para realizar o trabalho. É preciso também que haja
relação entre o papel atribuído à escola, as concepções e as atividades de ensino e aprendizagem.
Ao direcionar a reflexão para a Educação com qualidade, a proposta da escola busca
sintonizar a ação educativa com uma distinta compreensão da escola, da relação educadora (or)-

23
educanda (o), da relação escola-comunidade e do sentido que pode adquirir a formação
oferecida pela escola, na vida da comunidade e no futuro do país, através de um projeto distinto
daquele que hoje dita os rumos do país. Não se compreende a escola como o único caminho
para a transformação da sociedade, mas sabe-se que sem o acesso à educação qualquer tentativa
de mudança social será limitada.
A concepção que fundamenta a proposta educativa defendida pela Educação dos
estudantes busca superar qualquer visão de que o ser humano é regido unicamente por leis
naturais. Trabalha-se com um ser histórico e, portanto, social, que não nasce pronto. Ele se
forma como ser humano enquanto se relaciona com os outros e com as criações humanas. Á
medida que produz sua vida socialmente, em determinado contexto, modifica-se. É através da
ação sobre o mundo que habita que o ser humano se transforma, se desenvolve e aprende.
O domínio das questões que a afetam a comunidade é tarefa da escola. Por exemplo,
temas como a saúde, a água, o ambiente, os meios de comunicação, a produção de alimentos,
etc. são questões que afetam e interessam a toda a humanidade e delas podem derivar inúmeros
subtemas de aprendizagem para os estudantes. Nesse sentido, esta proposta se fundamenta na
compreensão de que o ser humano e sua mente se formam e se constituem no ambiente social
em que vivem.
A escola é, assim, para as novas gerações, e em particular para a adquirir uma Educação
de qualidade, o principal lugar de acesso ao conhecimento sistematizado, à riqueza cultural, às
conquistas científicas. É através da apropriação da cultura geral, do domínio das teorias e de
sua função social que se desenvolve a mente e as funções intelectuais superiores. Se, por um
lado, as relações humanas possibilitam a aprendizagem da linguagem falada, tornando-se um
elemento central no desenvolvimento, por outro lado a escola propicia o acesso e o domínio da
linguagem escrita geradora de importante salto qualitativo na formação da mente humana.
Segundo Vygotsky (1995), a linguagem é arbitrária, ou seja, criada como meio para a
relação do ser humano com a natureza. Ela possibilita o entendimento do mundo, de si mesmo
e o domínio sobre as ações. O ser humano introduz, para a criança, signos criados
arbitrariamente que conferem significado a sua ação.
A educação cumpre, assim, uma dupla tarefa: permitir a apropriação dos conhecimentos
sobre o mundo físico e social, e estimular, por essa razão, o desenvolvimento da mente. Para
Vygotsky e seus companheiros de pesquisa, Luria e Leontiev (1978), é preciso superar as
noções inatista, ambientalista e interacionista do desenvolvimento que reforçam a ideia de
determinismo (inato ou do ambiente). A linguagem aparece na criança a partir de sua

24
necessidade de sobrevivência e de comunicação (interpenetração do biológico, do psicológico
e do cultural) e tem a função de organizar o pensamento e sua ação. Sendo assim, há que se
considerar que a linguagem, em toda sua amplitude, é um instrumento de mediação com o
mundo e constituidora da mente. Sem a linguagem o ser humano não dá significado ao mundo,
não lhe dá nome, não elabora conceitos nem teorias, logo, não organiza sua ação.
Quando uma mãe ensina ao filho palavras como mesa, cachorro, árvore, rio, mato, peixe,
ela está dando nome às coisas. Mas não o faz assim de forma mecânica e isolada. Insere cada
conceito em seu contexto, oferecendo ao filho o significado individual. E mais, o filho vive o
conceito. E quanto mais esse contexto estiver próximo e relacionado com a vida do estudante,
mais ela o compreenderá e melhor se apropriará dele. A mesma coisa ocorrerá no contexto da
escola.
Como afirma Zanella (2001, p. 82), “para Vygotsky, os signos constituem-se como
categoria de mediação na transformação das funções psicológicas elementares em funções
psicológicas superiores, à medida que estão incorporados à atividade prática”. Assim, a
linguagem e seu significado se constituem a partir da prática e da vida real. A criança
compreenderá melhor o significado da palavra cozinhar se observar sua mãe cozinhando; da
palavra moer, se observar o trabalho do moedor. Com o tempo, sua capacidade de abstração
aumenta e o acesso ao conhecimento passa a depender menos da experiência. Assim, ela será
capaz de conhecer o mundo também através dos livros.
A linguagem é o meio, assim como os objetos materiais, através do qual o ser humano
se relaciona com a natureza e com a sociedade. O conhecimento sobre a natureza e a sobre a
sociedade se concretizam, se objetivam através dos objetos e da linguagem. A apropriação
desses e dos conceitos auxiliam a organização da mente, dão significado, sentido e lógica ao
mundo. Porém, este processo não ocorre conforme a visão ambientalista que afirma que o ser
humano é o resultado da soma de tudo o que aprende.
O caminho para compreender, assimilar e apropriar-se do conhecimento passa por
debruçar-se sobre o mundo vivo, em ação, pois o ser humano se constitui na vida. O
conhecimento, por sua vez, é o domínio da realidade pelo pensamento. A capacidade explicativa
do conhecimento científico sobre o mundo é infinitamente maior que o conhecimento obtido
através da experiência de cada um. A aquisição de conceitos permite organizar a realidade e o
próprio pensamento e, portanto, o comportamento e a ação sobre o mundo. Segundo Vygotsky:

O pensamento em conceitos é o meio mais adequado para conhecer a realidade porque


penetra na essência interna dos objetos, já que a natureza dos mesmos não se revela

25
na contemplação direta de um ou outro objeto isolado, senão por meio dos nexos e
relações que se manifestam na dinâmica do objeto, em seu desenvolvimento vinculado
a todo o resto da realidade (VYGOTSKI, 1995, p.79).

Nesta citação pode-se observar que o autor entende que é preciso conhecer a realidade,
mas é preciso também penetrá-la, estudar as diversas características e qualidades que a definem.
Assim, a (o) educadora (or) pode levar os estudantes a observar, por exemplo, o trabalho que
das famílias do estudante, seus métodos e suas particularidades. Pode, também, levá-lo a
conhecer, da onde veem sua alimentação, partindo deste trabalho, muito dos processos através
dos quais as plantas nascem, crescem e se desenvolvem. Pode, ainda, estudar algo sobre os
produtos usados na alimentação escolar, seu impacto sobre a natureza e sobre a saúde,
aprofundando conceitos.
Para Leontiev (1978, p. 44), em suas atividades os seres humanos não se adaptam
simplesmente à natureza, modificam-na de forma cada vez mais elaborada, buscando superar
novas e crescentes dificuldades, criam objetos que satisfazem as suas necessidades e os meios
para a produção desses objetos. Portanto, ao mesmo tempo em que atuam para garantir sua
própria vida, através da produção de bens materiais, também investigam, descobrem, inventam
e conhecem o mundo e a natureza. As novas gerações sempre se formam em um novo ambiente,
em meio a novos conhecimentos, a novas tecnologias. Desse modo o ser humano desenvolve-
se culturalmente.
Cada nova geração deveria poder apropriar-se dos progressos já alcançados pela
atividade cognoscitiva das gerações anteriores, através do trabalho e das diferentes formas de
sua atividade social. Porém, isso não acontece. O acesso a novos conhecimentos não é
igualitário em nossa sociedade. Nesse caso, faz parte da luta da escola buscar garantir esse
acesso. É por essa razão que a teoria histórico-cultural tem adquirido cada vez maior
importância. Está baseada na tese de que o ser humano tem infinitas capacidades, entre elas a
de se transformar, transformando o mundo. A aprendizagem do conceito científico transforma
a mente da criança. A intervenção da(o) educadora(or) é necessária para que a aprendizagem
ocorra. Sobre isso Vygotsky afirma:

O desenvolvimento do conceito científico de caráter social se produz nas condições


do processo de ensino, que constitui uma forma singular de cooperação sistemática
entre o professor e o estudante. Durante o desenvolvimento desta cooperação
amadurecem as funções psíquicas superiores da criança com a ajuda e participação do
adulto. [...] A singular cooperação entre a criança e o adulto é um aspecto crucial do
processo de ensino, juntamente com os conhecimentos que são transmitidos à criança
[...]. (VYGOTSKI, 1993, p. 183).

26
Dessa forma, a educação escolar se constitui numa atividade mediadora entre o saber
cotidiano e o saber não-cotidiano (científico). O conceito científico difere do conceito
espontâneo. O primeiro se desenvolve a partir do segundo e deve encontrar referência na vida
da criança. O segundo é adquirido de forma espontânea, a partir da experiência e de atividades
cotidianas.
A boa aprendizagem é aquela que se adianta ao desenvolvimento. Assim, a ideia de
estimular intensamente a criança torna-se centro da prática pedagógica. O desenvolvimento
inicia-se na criança, desde que ela nasce, apesar de que suas funções, nesse momento, ainda
serem instintivas. Posteriormente o mundo externo, e todas as suas condições, vão modificando
a mente da criança, sua relação com o mundo, sua forma de comunicação. Gradativamente ela
deixa de ser um processo natural para converter-se em um processo cultural, aprendendo novas
formas de comportamento com a ajuda das pessoas ao seu redor. O desenvolvimento chega a
um ponto em que os processos externos auxiliares são abandonados, pois o ser humano passa a
possuir e a dominar novas técnicas, afirma Vygotsky (1996, p. 215).
Portanto, o estudante, à medida que assimila, internaliza ou se apropria do mundo de
forma integral, adquire também autonomia e autocontrole do comportamento e da mente. É o
domínio do conhecimento, afirma Duarte (2001), que irá possibilitar, em grande medida,
alcançar, a evolução. Fora da escola a aprendizagem conceitual é considerada espontânea
porque não ocorre de forma sistematizada. No entanto, na escola o processo educativo não pode
ser deixado nas mãos das forças espontâneas.
Assim, o papel da (o) educadora (or) não é o de um mero observador ou provocador de
conflitos cognitivos, sua participação é ativa e dirige o processo colocando à disposição do
estudante os recursos necessários para a aprendizagem. O propósito da educação, nesse sentido,
não é a mera adaptação do estudante ao seu ambiente, ou às condições de vida existente. A
educação escolar transmite intencionalmente os conceitos científicos, sua tarefa é favorecer os
processos de humanização. As aprendizagens articulam conhecimentos prévios, visão de
mundo dos (as) educandos (as), seu ambiente vivencial, suas possibilidades interativas e o saber
socialmente construído, a partir dos quais são introduzidos novos conhecimento. Os conceitos
científicos devem ser traduzidos e adaptados ao nível do estudante através de atividades
adequadas.
O trabalho pedagógico não consiste apenas na reiteração daquilo que o estudante já sabe,
mas na introdução de novos conceitos e a ampliação do universo do conhecimento e isto pode
ser feito de formas diversificadas. A classe heterogênea pode ser uma importante fonte de novas

27
experiências neste sentido. Isto implica uma séria responsabilidade para a escola. Não é trabalho
para apenas um profissional solitário, mas para um sistema educacional. Oferecer recursos
materiais e condições de formação, assim como possibilitar que o trabalho não seja isolado é
condição para alcançar a escola de alto nível que se deseja para o aluno.
É importante destacar que todos os elementos e instrumentos da metodologia da
proposta estão alicerçados nesse conjunto de conceitos e fundamentos. Esta proposta busca
integrar todos eles e promover o diálogo de saberes: saber local e conhecimentos científicos,
conteúdos de ensino e tecnologias educacionais no desenvolvimento do currículo.
1. Como devemos organizar estratégias de ensino a partir dos princípios que fundamentam a
proposta?
2. Como as ideias de Vygotsky podem contribuir para a promoção da aprendizagem na sala de
aula?
Em todas as áreas os objetivos de aprendizagem para as diferentes etapas da educação
básica são propostos tendo como referência as características dos estudantes em cada etapa da
educação básica, suas experiências e contextos de atuação na vida social. Foram considerados,
ainda, na definição desses objetivos, os critérios de relevância e pertinência, expressas nas
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Esses critérios se
materializam, em cada componente curricular, na definição dos campos de experiências, em
torno dos quais se organizam os objetivos de aprendizagem. Sua função é de articular tanto os
componentes de uma mesma área de conhecimento quanto às diferentes fases de escolarização
ao longo das quais esse componente se apresenta. A integração entre os componentes de uma
mesma área do conhecimento e entre as diferentes áreas é estabelecida, ainda, pelos campos de
experiências os temas integradores dizem respeito a questões que atravessam as experiências
dos sujeitos em seus contextos de vida e atuação e que, portanto, intervêm em seus processos
de construção de identidade e no modo como interagem com outros sujeitos, posicionando-se
ética e criticamente sobre e no mundo nessas interações.
Contemplam, portanto, para além da dimensão cognitiva, as dimensões política, ética e
estética da formação dos estudantes. Os campos de experiências perpassam os objetivos de
aprendizagem de diversos componentes curriculares, nas diferentes fases da Educação Infantil.
Ética, direitos humanos e cidadania; Sustentabilidade; Tecnologias digitais; Culturas
africanas e indígenas. Eles podem ser acessados e localizados num link específico do Portal da
Base no qual o documento preliminar da Base está disponível. A integração entre educação
infantil e ensino fundamental é estabelecida pelo modo como as experiências propostas na

28
educação infantil se desdobram e se articulam àquelas propostas por cada componente
curricular nos iniciais do ensino fundamental.
Na Etapa de Educação Infantil, as crianças reagem ao mundo fortemente guiado por
suas emoções, buscam conhecer diferentes pessoas, adultos e crianças, adquirem maior
autonomia para agir nas práticas cotidianas que envolvem as tarefas de alimentação, de higiene,
na integração do educar e do cuidar. Nesse período etário, mais do que em qualquer outro, as
interações e as brincadeiras, em especial as de faz-de-conta, são os principais mediadores das
aprendizagens da criança e se fazem presentes em todo o tipo de situação: nas explorações de
objetos e de elementos da natureza, no reconhecimento dos comportamentos dos parceiros, no
acompanhamento de uma apresentação musical ou de uma história sendo contada.
Outro ponto chama a atenção para o reconhecimento de que o conjunto dos discursos e
das práticas cotidianas vivenciados nas instituições educacionais que venha ao encontro do
contexto da qual retrate o modo como as crianças e os adultos vivem, aprendem e são
subjetivados, desde o nascimento, com fortes impactos para sua própria imagem e para o modo
como se relacionam com os demais. Em função disso, o foco do trabalho pedagógico deve
incluir a formação global da criança com uma visão plural de mundo e de um olhar que respeite
as diversidades culturais, étnico-raciais, de gênero, de classe social das pessoas, apoiando as
peculiaridades das crianças com deficiência, com altas habilidades/superdotação e com
transtornos de desenvolvimento.
Esses pontos guiam o modo das crianças conhecerem o mundo social e físico e se
apropriarem das diferentes linguagens e tecnologias que aí circulam e podem ajudá-las a
desenvolver atitudes de solidariedade, de respeito aos demais e de sustentabilidade da vida na
Terra. Para isso, elas precisam imergir nas situações, pesquisar características, tentar soluções,
perguntar e responder a parceiros diversos, em um processo que é muito mais ligado às
possibilidades abertas pelas interações infantis do que a um roteiro de ensino preparado apenas
pelo/a professor/a. Daí que o currículo na Educação Infantil acontece na articulação dos saberes
e das experiências das crianças com o conjunto de conhecimentos já sistematizados pela
humanidade, ou seja, os patrimônios cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico
(DCNEI, Art. 3º). Essas considerações fundamentam os três princípios que devem guiar o
projeto pedagógico da unidade de Educação Infantil propostos nas DCNEI (Resolução
CNE/CEB 05/09, artigo 6º):
• éticos (autonomia, responsabilidade, solidariedade, respeito ao bem-comum, ao meio
ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades);

29
• políticos (direitos de cidadania, exercício da criticidade, respeito à ordem democrática);
• estéticos (sensibilidade, criatividade, ludicidade, liberdade de expressão nas diferentes
manifestações artísticas e culturais).
Tais princípios embasam os temas, as metodologias e as relações que constituem o modo
de gestão da formação de turmas, dos estudantes e das unidades e a operacionalização dos
ambientes e a rotina no dia-a-dia da unidade de Educação Infantil. Considerando as formas
pelas quais meninos e meninas aprendem, ou seja, convivendo, brincando, participando,
explorando, comunicando e conhecendo-se, seis grandes direitos de aprendizagem devem ser
garantidos às crianças na Educação Infantil. Esses direitos decorrem daqueles apresentados nos
princípios orientadores para a elaboração da BNC, e nas diretrizes Nacional e Estadual
considerando a especificidades das crianças atendidas pela educação infantil, principalmente
em relação as suas idades. São eles:
• CONVIVER democraticamente, com outras crianças e adultos, com eles interagir, utilizando
diferentes linguagens, e ampliar o conhecimento e o respeito em relação à natureza, à cultura,
às singularidades e às diferenças entre as pessoas.
• BRINCAR cotidianamente de diversas formas e com diferentes parceiros, interagindo com as
culturas infantis, construindo conhecimentos e desenvolvendo sua imaginação, sua criatividade,
suas capacidades emocionais, motoras, cognitivas e relacionais.
• PARTICIPAR, com protagonismo, tanto no planejamento como na realização das atividades
recorrentes da vida cotidiana, na escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes,
desenvolvendo linguagens e elaborando conhecimentos.
• EXPLORAR movimentos, gestos, sons, palavras, histórias, objetos, elementos da natureza e
do ambiente urbano e do campo, interagindo com diferentes grupos e ampliando seus saberes e
linguagens.
• COMUNICAR, com diferentes linguagens, opiniões, sentimentos e desejos, pedidos de ajuda,
narrativas de experiências, registros de vivências e de conhecimentos, ao mesmo tempo em que
aprende a compreender o que os outros lhe comunicam.
• CONHECER-SE e construir sua identidade pessoal e cultural, constituindo uma imagem
positiva de si e de seus grupos de pertencimento nas diversas interações e brincadeiras
vivenciadas na instituição de Educação Infantil
Para atender a esses objetivos, devem ser criadas experiências de aprendizagem, ou seja,
experiências concretas na vida cotidiana que levam à aprendizagem da cultura, pelo convívio

30
no espaço coletivo, e à produção de narrativas, individuais e coletivas, por meio de diferentes
linguagens, como colocam as DCNEI (Parecer CNE/CEB nº 20/09).
As diversas possibilidades de experiências que as crianças podem usufruir, na unidade
de Educação Infantil e citadas no parecer acima, não ocorrem de modo isolado ou fragmentadas,
mas são promovidas por um conjunto de práticas que articulam os saberes e os fazeres das
crianças com os conhecimentos já sistematizados pela humanidade. Daí a proposta do arranjo
curricular para a Educação Infantil na BNC se dar em Campos de Experiências, conjuntos
formados considerando alguns pontos de convergência entre os elementos que os orientam. Os
Campos de Experiência incluem determinadas práticas sociais e culturais de uma comunidade
e as múltiplas linguagens simbólicas que nelas estão presentes. Constituem-se como forma de
organização curricular adequada a esse momento da educação da criança de até 6 anos, quando
certos conhecimentos, trabalhados de modo interativo e lúdico, promovem a apropriação por
elas de conteúdos relevantes.
Os campos potencializam experiências de distintas naturezas, dadas a relevância e a
amplitude dos desafios que uma criança de 0 a 6 anos enfrenta em seu processo de viver, de
compreender o mundo e a si mesma. Os Campos de Experiência colocam, no centro do projeto
educativo, as interações, as brincadeiras, de onde emergem as observações, os questionamentos,
as investigações e outras ações das crianças articuladas com as proposições trazidas pelos/as
professores/as. Cada um deles oferece às crianças a oportunidade de interagir com pessoas, com
objetos, com situações, atribuindo-lhes um sentido pessoal. Os conhecimentos aí elaborados,
reconhecidos pelo/a professor/a como fruto das experiências das crianças, são por ele/a
mediados para qualificar e para aprofundar as aprendizagens feitas.
Na perspectiva da integração entre a Educação Infantil e os anos iniciais do Ensino
Fundamental, os campos de experiência – organização interdisciplinar, por excelência -
fundamentam importantes processos das crianças que terão continuidade e progressão nas
demais etapas da Educação Básica, quando serão tratados em Áreas de Conhecimento da Base
Nacional Comum Curricular (Linguagens, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e
Matemática) e respectivos componentes curricular. Assim, tanto os campos de experiência não
são nomeados como áreas de conhecimento, quanto as aquisições ocorridas não são apontadas
em termos de domínio de conceitos, mas como capacidades construídas pela participação da
criança em situações significativas.
LINGUAGEM – Em todos os campos de experiência da Educação Infantil, os vários tipos de
linguagem estão presentes: a verbal, a corporal, a musical, a visual etc. As linguagens, de grande

31
complexidade e constituidoras de subjetividade humana, são instrumentos de expressão, de
representação, de interação, de comunicação, de pensamento, de apreciação estética, de
construção de conhecimentos, além de se configurarem também como um campo de
conhecimentos.
MATEMÁTICA - O conhecimento matemático se anuncia em todos os campos de
experiências da Educação Infantil como integrante do movimento, do olhar sobre o mundo, do
ritmo sonoro, do desenho, da pintura, da métrica da poesia, nos compassos da dança e das
canções, além de orientar as explorações, as construções, as brincadeiras com o corpo no
espaço, as medidas, as contagens propriamente ditas, fazendo parte de narrativas e de outros
gêneros textuais.
CIÊNCIAS HUMANAS – Os conhecimentos produzidos pelas Ciências Humanas alimentam
e ajudam a criança na Educação Infantil a elaborar um conhecimento de si e do outro, a construir
a identidade pessoal e coletiva, a compreender os significados presentes na língua materna e
nas diferentes linguagens das manifestações artísticas e culturais, assim como as regras que
orientam as ações humanas e a tecnologia.
Tais conhecimentos ajudam as crianças a se localizarem nos tempos e espaços e proporcionam
narrativas para a construção de sentido sobre a sociedade.
CIÊNCIAS DA NATUREZA - As explorações e as elaborações acerca dos fenômenos
estudados pelas Ciências da Natureza são alimentadas pela curiosidade das crianças que, por
meio de diferentes linguagens, podem alcançar um conhecimento de si e do ambiente em que
vivem, dos fenômenos físicos e das relações entre os seres vivos, das mudanças produzidas
pelas ações do homem etc. O conhecimento da natureza, por meio de diferentes linguagens da
Biologia, da, Química e de outras ciências, possibilita a construção de compromisso com sua
sustentabilidade.
Os Campos de Experiência e seus objetivos de aprendizagem, apresentados a seguir,
deverão orientar o planejamento curricular dos sistemas de ensino e das unidades de Educação
Infantil. Como as aprendizagens configuram uma proposta integradora, nesse momento, não
estarão especificadas por etapa creche e pré-escola. Ao iniciar sua trajetória de vida, as crianças
têm direito a saúde, amor, aceitação e segurança, que constituem um forte alicerce para suportar
as fases posteriores de desenvolvimento.
Assim sendo, surge uma nova concepção de creche-ambiente de educação e cuidados
— que sinaliza para a fundamental importância de que a este espaço, anteriormente direcionado
somente aos cuidados para com a criança, atribua-se um papel educativo complementar junto

32
às famílias. Famílias, as instituições e a sociedade como um todo são responsáveis pela infância
e realizam ações que se complementam. Em momento algum uma substituirá a outra, pois são
de grande importância para a Educação Infantil. O Currículo da Educação Infantil — 0 a 5 anos
— é centrado nos campos de experiências para Formação Pessoal e Social e Conhecimento do
Mundo e deverá contribuir para prática e vivência pedagógicas plenas de êxito e alegria,
culminando com aprendizagem satisfatória e significativa das crianças.

2.11 Operacionalização das Propostas Pedagógicas e seus planejamentos em todas as


dimensões. O Marco Operacional

O Marco Operacional (programação e/ou Plano de Ação e/ou Cronograma das Ações a
serem desempenhadas) define as grandes linhas de ação e a reorganização do trabalho
pedagógico escolar na perspectiva administrativa, pedagógica, financeira e político-
educacional.
Sugerimos para a segunda dimensão abaixo – Pratica Pedagógica- uma Proposta
Pedagógica para Educação Infantil, tendo como orientação os dispositivos legais e teóricos, por
ter foco no desenvolvimento das aprendizagens dos estudantes e no ensino dos educadores,
possibilitando assim um olhar contemporâneo da reorganização dos tempos e espaços escolares,
da qualificação das práticas pedagógicas dos educadores, tendo como responsáveis nas
orientações pedagógicas em subsidiar os professores nos desafio de ensino e aprendizagem o
Gestores na função de: Professor Regente, Coordenador Pedagógico, Assessoria Pedagógica e
a equipe pedagógica SUEB/ SEDUC/MT. Sendo que a formação continuada e inicial é de
responsabilidade das instituições formadoras CEFAPRO e UNIVERSIDADE e de
responsabilidade do professor e do educador infantil, possibilitando assim o sucesso no ensino
e aprendizagem para atender as políticas de acesso, permanência e sucesso.

2.12 Currículo da Educação Infantil

As instituições de educação infantil nasceram na França, no século XVIIII, em resposta


à situação de pobreza, abandono e maus tratos de crianças pequenas, cujos pais trabalham em
fábricas, fundição e minas criadas pela Revolução Industrial. Todavia os objetivos e formas de
tratar as crianças dos extratos sociais mais pobres da sociedade não eram consensuais. Setores
da elite defendiam a ideia do que não seria bom para a sociedade como um todo que se

33
educassem as crianças pobres; era proposta a educação da ocupação e da piedade (OLIVEIRA,
1995).
Durante muito tempo, as instituições infantis, incluindo as brasileiras organizavam seu
espaço e sua rotina diária em função de ideias de assistência, de custódia e de higiene da criança.
A década de 1980 passou por um momento de ampliação do debate a respeito das funções das
instituições infantis para a sociedade moderna, que teve início com os movimentos populares
dos anos de 1970 (WAJSKOP, 1995).
A partir desse período, as instituições passaram a ser passadas e reivindicadas como
lugar de educação e cuidados coletivos das crianças de zero a seis anos de idade. A abertura
política permitia o reconhecimento social desses direitos manifestados pelos movimentos
populares e por grupos organizados da sociedade civil. A Constituição de 1988 (art.208, e inciso
IV), pela primeira vez na história do Brasil, definiu como direito das crianças de zero a seis
anos de idade é dever do Estado o atendimento à infância. Muitos fatos ocorreram de forma a
influenciar estas mudanças: o desenvolvimento urbano, as reivindicações populares, o trabalho
da mulher, a transformação das funções familiares, as ideias de infância e as condições
socioculturais para o desenvolvimento das crianças.
Ao constituir-se em um equipamento só para pobres, principalmente no caso das
instituições de educação infantil, financiadas ou mantidas pelo poder público, significou, em
muitas situações, atuar de forma compensatória para sanar as supostas faltas e carências das
crianças e de seus familiares. A tônica do trabalho institucional foi pautada por uma visão que
estigmatizava a população de baixa renda. A concepção educacional era marcada por
características assistencialista, sem considerar as questões de cidadania ligadas aos ideais de
liberdade e igualdade.
Modificar essa concepção de educação assistencialista significa atentar para várias
questões que vão além dos aspectos legais. Envolve principalmente, assumir as especificidades
da educação infantil e rever concepções sobre a infância, as relações entre classes sociais, à
responsabilidade da sociedade e o papel do Estado em relação às crianças pequenas. Embora
haja um consenso sobre a necessidade de que a educação, para as crianças pequenas deva
promover a integração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivos e sociais da
criança, considerando que esta é um ser completo e indivisível, as divergências e estão
exatamente no que se entende sobre o que seja trabalhar com cada um desses aspectos.
Polêmicas sobre cuidar e educar, sobre o papel do afeto na relação pedagógica e sobre educar

34
para o desenvolvimento ou para o conhecimento tem-se constituído no pano de fundo sobre o
qual se constroem as propostas em educação infantil.

2.13 Considerações

Na Constituição do Brasil Seção I – da Educação em seu artigo (205) destaca que: A


educação direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Já na LDB – Diretrizes e Bases da
Educação Nacional – lei 9394/96 em seu art. 29 regulamenta a Educação Infantil, definindo-a
como a primeira etapa da educação básica. Tendo por finalidade o desenvolvimento integral da
criança até os 6 anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,
complementando a ação da família e da comunidade. A lei também estabelece que a Educação
Infantil será oferecida em creches, para crianças de 0 até 3 anos, e em pré-escolas, para crianças
de 4 a 6 anos. Segundo o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica –
FUNDEB em seu Art. 60 determina que: agora é definitivo, todas as crianças a partir dos seis
anos de idade devem estar matriculadas no ensino fundamental. Portanto a Educação Infantil
atenderá crianças de 0 a 5 anos e 11 meses.
A implantação de uma verdadeira Educação Infantil precisará contar com a colaboração
do sistema de saúde e dos órgãos de assistência social. A responsabilidade deste nível inicial de
educação pertence aos municípios, mas as empresas são chamadas a dividir este encargo, pela
obrigação de garantir assistência gratuita para os filhos e dependentes de seus empregados em
creches e pré-escolas, além da prevista com o recolhimento do salário educação.

2.14 Diretrizes

Educar e cuidar de crianças de 0 a 6 anos supõe definir previamente para que isto será
feito e como se desenvolverão as práticas pedagógicas, visando a inclusão das crianças e de
suas famílias em uma vida de cidadania plena. As instituições de Educação Infantil são
equipamentos educacionais e não apenas de assistência, nesse sentido, uma das características
da nova concepção de Educação Infantil, reside na integração das funções de cuidar e educar.
As instituições infantis além de prestar cuidados físicos, criam condições para o seu
desenvolvimento cognitivo, simbólico, social e emocional. Nela se dão o cuidado e a educação

35
de crianças que aí vivem, convivem, exploram, conhecem, construindo uma visão de mundo e
de si mesmas, constituindo-se como sujeitos. Para as crianças pequenas tudo é novo, devendo
ser trabalhado e aprendido. Não são independentes e autônomas para os próprios cuidados
pessoais, precisando ser ajudadas e orientadas a construir hábitos e atitudes corretas, bem como
estimuladas na fala e no aprimoramento de seu vocabulário. O bom relacionamento entre pais,
educadores e crianças, é fundamental durante o processo de inserção da criança na vida escolar,
além de representar a ação conjunta rumo à consolidação de uma pedagogia voltada pra a
infância. A instituição de Educação Infantil deverá proporcionar às crianças momentos que a
façam crescer, refletir e tomar decisões direcionadas ao aprendizado com coerência e justiça.
Pedagógicas – Elemento constitutivo do processo escolar onde residem os fins a serem
realizados pela mesma;
De resultados educacionais - a produtividade retratada nos índices apresentados nas
avaliações externas e provas pontuais realizadas pelos estudantes são indicadores do conjunto
de ações executados pelo sistema educacional e este retrato precisa compor a consciência
coletiva da escola, a começar pela sua equipe gestora, de modo a permitir (re)tomada de
decisões quanto ao currículo e planejamento pedagógico proposto para a realidade apresentada;
Da gestão democrática - refere-se ao desempenho das funções do gestor escolar,
articulado à noção de direito social, a participação da comunidade necessária à tomada de
decisões no âmbito da unidade escolar; da gestão administrativa de recursos e serviços -
caminha pela perspectiva da utilização racional dos recursos e serviços disponíveis ao bom
funcionamento da escola, através da definição de medidas ou atividades que alcancem a
objetivos educativos determinados pelo planejamento escolar.

2.15 Características do Currículo

Objetivo: Toda proposta curricular precisa ser clara, as intenções bem explícitas e ter
formado um conceito de homem, mundo e sociedade. Precisa ter também evidente o perfil do
aluno que se quer formar.
Coerente: O trabalho pedagógico da Creche Escola precisa ter ligação direta com os
objetivos de aprendizagens propostos. Todas as ações realizadas pela escola precisam perseguir
um caminho que levem aos objetivos. Pois não adianta traçar metas e objetivos e realizar ações
contraria aos mesmos. A coerência de certa forma garante a lógica de todos os processos que
acontecem na escola.

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Crítico: É preciso que o currículo trabalhe as questões sociais e consiga ajudar o aluno
analisar o contexto social criticamente, compreendendo a dinâmica da estrutura social e
pensando sugestões de melhorias. Deve possibilitar ao estudante a valorização das diversidades
culturais. O currículo precisa ajudar o estudante a perceber que as diferenças enriquecem. É
preciso que traga claro o combate às desigualdades sociais, trabalhando com elementos que a
escola possui, superando a falta de infraestrutura e ausência de materiais pedagógicos. Não
podemos perder de vista que, um dos principais problemas da escola é a falta de criatividade.
A criatividade garante dentro da escola o trabalho diferenciado.
Flexível: O currículo precisa ser elástico para englobar o trabalho com situações
adversas, bem como dar abertura para um trabalho que vá além das disciplinas. É a flexibilidade
do currículo que o torna ativo e eficaz. Deve ainda dar espaço para incorporações de tendências
e tecnologias atuais daí seu caráter histórico-social.

2.15.1 Conteúdos que devem ser trabalhados pelo currículo

Todos os componentes curriculares independentemente de suas características precisam


trabalhar os seguintes conteúdos:
Factuais: É o primeiro e às vezes o único tipo trabalhado pela escola. Esses conteúdos
são referentes a dados singulares do objeto em estudo, é tudo o que envolve a identidade do
objeto em estudo; é tudo o que envolve e dá identidade à ele. Constituem os substantivos
próprios, especificidades e particularidades que formam a identidade do objeto, e não servem
para qualificar outros objetos. Exemplo: Qual é a extensão do rio Amazonas? Quais os afluentes
do rio Amazonas?
Conceituais: São os conceitos gerais que abrangem o objeto e servem para designar
muitos objetos. Constituem nos substantivos comuns, servem para explicar mais de um objeto
de estudo e não dão identidade específica a nenhum. São caracteres gerais, geralmente na forma
de leis ou conceitos. Exemplo: O que é rio? O que é afluente?
Observem que estas respostas são abrangentes e não especifica, e a resposta serve para qualquer
objeto o conceito de rio é o mesmo independente do rio.
Procedimentais: São os conteúdos que ensinam e sugerem procedimentos, métodos,
estão relacionados com: saber fazer, habilidades e estratégias. Exemplo: leitura, compreensão
e interpretação de mapas. Identificar no mapa os elementos hidrográficos do rio Amazonas.

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Atitudinais: Se um dos objetivos centrais da educação é a melhor convivência do ser
humano, o currículo não deve deixar de trabalhar objetivos de aprendizagens que visam
mudanças de atitudes, transformação da forma do pensamento individual, egoísta, para o
coletivo, solidário. A escola deve através de conteúdo, trabalhar situações e temas que gerem
formação de atitudes frente aos problemas sociais enfrentados. A pedagogia de projetos
contempla esta ação e está voltada para formação de atitudes, que melhorem a qualidade de
vida no meio social. Exemplo: O que eu posso fazer de concreto, ação, para evitar a poluição
dos rios?

3 BASE NACIONAL COMUM

A lei n° 9.394/96 e a Resolução 04/CNE/CEB/MEC/2010 determina a construção dos


currículos para Educação Básica, ela se preocupa em apontar para um planejamento e
desenvolvimento do currículo de forma orgânica. A reforma curricular para Educação Básica
estabelece a divisão do conhecimento escolar em áreas: A organização em quatro áreas:
 Linguagens;
 Matemáticas
 Ciências da natureza;
 Ciências humanas.

4 CALENDÁRIO ESCOLAR

Dia Letivos de no mínimo 200 dias letivos


Atribuição de classes e ou aulas
Feriados Estaduais e Nacionais
Reuniões de Pais/ou responsáveis
Reuniões Pedagógicas
Conselho de Classe
Reuniões do CDCE
Reunião de Assembleias com a Comunidade Escolar
Semana Pedagógica
Eventos Pedagógicos
Dias Facultativos

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Reuniões Administrativas

5 FUNDAMENTAÇÃO FILOSÓFICO-PEDAGÓGICA

A educação deve ser essencialmente lúdica, prazerosa, fundada nas mais variadas
experiências e no prazer de descobrir a vida, colocando as crianças em contato com uma
variedade de estímulos e experiências que propiciem a ela seu desenvolvimento integral. Essas
ações são desenvolvidas e fundamentadas numa concepção interdisciplinar e totalizadora. As
ações desenvolvidas fundamentam-se nos seguintes princípios:
1) Educação ativa e relacionada com os interesses, necessidades e potencialidades da criança;
2) Ênfase na aprendizagem através da resolução de problemas;
3) Ação educativa ligada à vida e não entendida como preparação para a vida;
4) Incentivo da solidariedade e não da concorrência.
4. A Estrutura Curricular e Seus Campos de Experiências
A criança desde que nasce é um ser ativo. Possui um repertório de condutas ou reflexos
inatos que lhe permite interagir com seu meio e experimentar as primeiras aprendizagens,
consistindo nas adaptações que faz às novas condições de vida. O contato do bebê com o meio
humano transforma essas condutas inatas em respostas complexas. Aos poucos assimila novas
experiências, integrando-as aos que já possui, gerando novas respostas. Este processo de
adaptação às condições novas que surgem se dá ao longo de toda a infância.
Durante o primeiro ano de vida, a criança constrói um pensamento essencialmente
prático, ligado à ação, a percepção e ao desenvolvimento motor. É através dessas ações que a
criança processa informações, constrói conhecimentos e se expressa desenvolvendo seu
pensamento. Ao final do primeiro ano de vida, as ações das crianças passam a ser cada vez mais
coordenadas e intencionais. O desenvolvimento da função simbólica tem importância ao
desenvolvimento psicológico e social da criança; internalizam funções e capacidade ao longo
do seu processo de desenvolvimento e vai situando e ampliando sua participação no universo
social. O aperfeiçoamento da linguagem, o aumento do vocabulário deverá ser permeado pela
diversidade de experiências e oportunidades sem contextos significativos para a criança.
No que se refere ao desenvolvimento físico motor, os três primeiros anos de vida,
representam a fase em que o crescimento ocorre de maneira mais acelerada. Elas quadruplicam
de peso e dobram a altura em relação ao nascimento, adquirindo movimentos voluntários e

39
coordenados. Controlam a posição de seu corpo e o movimento das pernas, braços e tronco,
significa que correm, rolam, deitam e tantas outras coisas.
O desenvolvimento motor se dá quando a criança adquire padrões de movimentos
musculares, controle do próprio corpo e habilidades motoras, onde alcança possibilidades de
ação e expressão. Está relacionado com o desenvolvimento psíquico, principalmente no
primeiro ano de vida. Ao desenvolver a ação motora a criança está construindo conhecimento
de si próprio sobre o mundo que a cerca. Esta relação construtiva que a criança estabelece com
objetos, acontecimentos e pessoas constituirão uma base fundamental para o seu
desenvolvimento cognitivo, afetivo e social.
Aos três anos, a criança já possui um repertório de conhecimentos construídos, a partir
de suas experiências. Há um desenvolvimento claro das habilidades sociais ampliando os
vínculos afetivos e sua capacidade de participação social. A criança dos três aos cinco anos de
idade, apresenta seu desenvolvimento de forma menos acelerada, caracterizado pelo progresso
advindo das fases anteriores. O desenvolvimento da capacidade de simbolização progride
através da linguagem, da imaginação, da imitação e da linguagem. Ela faz uso do repertório
cada vez mais rico de símbolos, signos, imagens e conceitos para mediar à relação com a
realidade e o mundo social. A linguagem é bem desenvolvida, devido a diversificações de
situações, pois amplia a expressão verbal, tendo quase que um domínio completo de todos os
sons da língua por volta dos cinco anos de idade.
Centrado nos campos de experiências os educadores devem possibilitar a Formação
Pessoal e Social e Conhecimento do Mundo, o ensino e a aprendizagem são atividades
conjuntas, compartilhadas, que asseguram à criança ir conhecendo e contribuindo,
progressivamente, o mundo que a envolvem com os objetos, pessoas, os seus sistemas de
comunicação, valores, além de ir conhecendo a si mesma. Com o fazer lúdico, pensa reflete e
organiza-se para aprender em dado momento. Estas vivências são fundamentais para o processo
de letramento. Devem-se considerar os conhecimentos que a criança já possui e suas várias
experiências culturais para efetuar a ação pedagógica compartilhando, auxiliando a enfrentar
novas perspectivas, do modo como à criança vê, apenas orientando e praticando até encontrar
o fortalecimento nas relações pessoais, sociais e de conhecimento geral.
Propor para as crianças um mundo de interação contribuirá para um desenvolvimento
emocional, social, fundamentando-as nas suas formações, e na realidade de cada um.
Dentro desta perspectiva de educação para todos constitui um grande desafio: A Educação
Inclusiva que é garantida pela Constituição Federal Brasileira, art. 208, III. A declaração da

40
Salamanca em l994 reafirmou o direito de todos à educação, independentemente de suas
diferenças, enfatizando que a educação para pessoas deficientes também é parte integrante do
sistema educativo, contemplando uma pedagogia voltada às necessidades específicas e adoção
de estratégias que se fizerem necessárias em benefício comum. A LDB 9.394/96, artigos 58 e
59 têm também como finalidade de concretizar preceito constitucional e responder ao
compromisso com a “Educação para Todos”.
Assume-se assim, o compromisso de uma educação comprometida para a cidadania,
considerando sua diversidade. A educação inclusiva baseia-se na educação condizente com
igualdade de direitos e oportunidades em ambiente favorável. A participação na Instituição da
família, criança, num esforço conjunto de aprendizagem compartilhada é de suma importância.
Aprender a conviver e relacionar-se com pessoas que possuem habilidades e competências
diferentes, expressões culturais e sociais são condições necessárias para o desenvolvimento de
valores éticos, dentro dos preceitos básicos pedagógicos a estrutura curricular se apoia nos
campos de experiências, que orientam a base educacional que são:

5.1 Identidade e Autonomia

Busca possibilitar a formação da criança a partir das relações sócio-histórico-cultural,


de forma consciente e contextualizada, oferecendo condições para que elas aprendam a
conviver com os outros, em uma atitude básica de respeito e confiança. O trabalho educativo
pode assim criar condições para as crianças conhecerem, descobrirem e resignificarem novos
sentimentos, valores, ideias, costumes e papéis sociais. A identidade é um conceito de distinção,
a começar pelo nome. A autonomia é a capacidade de se conduzir e tomar decisões por si
próprias, levando em conta regras, valores. Identidade e autonomia é resultado da construção
do próprio cotidiano em sala de educação infantil, onde a criança necessita estar conhecendo,
desenvolvendo e utilizando seus recursos pessoais e naturais, para fazer frente às diferentes
situações que surgirão.

5.2 Conhecimento de Mundo

Refere-se à construção das diferentes linguagens pelas crianças e as relações que


estabelecem com os objetos de conhecimento. É importante que tenham contato com diferentes
áreas e sejam instigadas por questões significativas, para observá-los, explicá-los se tenham

41
várias maneiras de compreendê-los e representá-los. As diferentes linguagens propiciam a
interação com o outro, emoções e a mediação com a cultura.

5.3 Movimento

As crianças se movimentam desde que nascem adquirindo cada vez maior controle sobre
seu próprio corpo. Ao movimentar-se, expressam sentimentos, emoções e pensamentos,
ampliando as possibilidades do uso significativo de gestos e posturas corporais. O movimento
humano, portanto, é mais do que simples deslocamento do corpo no espaço.
As maneiras de andar, correr, arremessar, saltar resultam das interações sociais e da
relação dos homens com o meio; são movimentos cujos significados têm sido construídos em
função das diferentes necessidades, interesses e possibilidades corporais humanas presentes nas
diferentes culturas. Diferentes manifestações dessa linguagem foram surgindo, como a dança,
o jogo, as brincadeiras, mas práticas esportivas etc., nas quais se faz uso de diferentes gestos,
postura e expressões corporais com intencionalidade. Ao brincar, jogar, imitar e criar ritmos e
movimentos, as crianças também se apropriam do repertório da cultura corporal na qual estão
inseridas. O trabalho com movimento contempla a multiplicidade de funções e manifestações
do ato motor, propiciando um amplo desenvolvimento de aspectos específicos da motricidade
das crianças; refletir sobre as atividades no cotidiano acerca das posturas corporais.
As atividades deverão priorizar o desenvolvimento das capacidades expressivas e
instrumentais do movimento, possibilitando a apropriação corporal pelas crianças, de forma
que possam agir com mais intencionalidade. Devem ser organizadas num processo contínuo e
integradas, que envolvam múltiplas experiências corporais. Na perspectiva da integração entre
a Educação Infantil e os anos iniciais do Ensino Fundamental, os campos de experiência –
organização interdisciplinar, por excelência - fundamentam importantes processos das crianças
que terão continuidade e progressão nas demais etapas da Educação Básica, quando serão
tratados em Áreas de Conhecimento da Base Nacional Comum Curricular (Linguagens,
Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática) e respectivos componentes
curriculares. Assim, tanto os campos de experiência não são nomeados como áreas de
conhecimento, quanto as aquisições ocorridas não são apontadas em termos de domínio de
conceitos, mas como capacidades construídas pela participação da criança em situações
significativas.

42
6 CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS E OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO
INFANTIL

Preservando as especificidades das crianças de até seis anos, os Campos de Experiências


e os Objetivos de Aprendizagem em relação a cada um deles são:

6.1 Campo de experiências: o eu, o outro e o nós.

As crianças vão se constituindo como alguém com um modo próprio de agir, de sentir
e de pensar na interação com outras crianças e adultos. Conforme vivem suas primeiras
experiências na coletividade, elaboram perguntas sobre si e os demais, aprendendo a se
perceberem e a se colocarem no ponto de vista do outro, a se oporem ou concordarem com seus
pares, entendendo os sentimentos, os motivos, as ideias e o cotidiano dos demais parceiros.
Conhecer outros grupos sociais, outros modos de vida, por meio de narrativas, de contatos com
outras culturas, amplia o modo de perceber o outro e desfaz estereótipos e preconceitos. Ao
mesmo tempo em que participam das relações sociais e dos cuidados pessoais, as crianças
constroem sua autonomia e senso de autocuidado.
Objetivos de aprendizagem ao Concluir a Etapa da Educação Infantil:
EIEONOA001. Conviver com crianças e adultos em pequenos e grandes grupos, percebendo e
valorizando as diferenças individuais e coletivas existentes, aprendendo a lidar com conflitos e
a respeitar as diferentes identidades e culturas.
EIEONOA002. Brincar com diferentes parceiros e envolver-se em variadas brincadeiras, como
as exploratórias, as de construção, as tradicionais, as de faz-de-conta e os jogos de regras, de
modo a construir o sentido do singular e do coletivo, da autonomia e da solidariedade.
EIEONOA003. Explorar materiais, brinquedos, objetos, ambientes, entorno físico e social,
identificando suas potencialidades, limites, interesses e desenvolver sua sensibilidade em
relação aos sentimentos, às necessidades e às ideias dos outros com quem interage.
EIEONOA004.Participar ativamente das situações do cotidiano, tanto daquelas ligadas ao
cuidado de si e do ambiente, como das relativas às atividades propostas pelo/a professor/a,
aprendendo a respeitar os ritmos, os interesses e os desejos das outras crianças.
EIEONOA005.Comunicar às crianças e/ou adultos suas necessidades, sentimentos, dúvidas,
hipóteses, descobertas, oposições, utilizando diferentes linguagens de modo autônomo e
criativo e empenhando-se em entender o que eles lhe comunicam.

43
EIEONOA006.Conhecer-se e construir uma identidade pessoal e cultural de modo a constituir
uma visão positiva de si e dos outros com quem convive, valorizando suas próprias
características e as das outras crianças e adultos, superando visões racistas e discriminatórias.

6.2 Campo de experiência: corpo, gestos e movimentos

O corpo, no contato com o mundo, é essencial na construção de sentidos pelas crianças,


inclusive para as que possuem algum tipo de deficiência, transtornos globais de
desenvolvimento, altas habilidades/superdotadas. Por meio do tato, do gesto, do deslocamento,
do jogo, da marcha, dos saltos, as crianças expressam-se, percebem, interagem, emocionam-se,
reconhecem sensações, brincam, habitam espaços e neles se localizam, construindo
conhecimento de si e do mundo.
Objetivos de aprendizagem ao Concluir a Etapa da Educação Infantil:
EICGMOA001.Conviver com crianças e adultos em espaços diversos e vivenciar movimentos
e gestos que marcam sua cultura, utilizando seu corpo com liberdade e autonomia.
EICGMOA002.Brincar, utilizando criativamente práticas corporais para realizar jogos e
brincadeiras e para criar e representar personagens no faz-de-conta, no reconto de histórias, em
danças e dramatizações.
EICGMOA003.Explorar um amplo repertório de mímicas, gestos, movimentos com o corpo,
podendo apoiar-se no uso de bolas, pneus, arcos, descobrindo variados modos de ocupação e
de uso do espaço com o corpo.
EICGMOA004.Participar, de modo ativo, de diversas atividades que envolvem o corpo e de
atividades de cuidados pessoais, reconhecendo-o, compreendendo suas sensações e
necessidades e desenvolvendo autonomia para cuidar de si.
EICGMOA005. Comunicar corporalmente sentimentos, emoções e representações em diversos
tipos de atividades, como no reconto oral de histórias, em danças e dramatizações, nos
momentos de banho e de outros cuidados pessoais.
EICGMOA006.Conhecer-se, reconhecendo, nomeando e valorizando suas características
pessoais e corporais e as das outras crianças e adultos, suas capacidades físicas, suas sensações,
suas necessidades.

44
6.3 Campo de experiência: escuta, fala, pensamento e imaginação

Desde o nascimento, as crianças são atraídas e se apropriam da língua materna em


situações comunicativas cotidianas com pessoas de diferentes idades com quem interagem em
diversificadas situações. A gestualidade, o movimento exigido nas brincadeiras e nos jogos
corporais, a aquisição da linguagem verbal (oral e escrita) ou da Língua Brasileira de Sinais
(LIBRAS) potencializam tanto a comunicação quanto a organização do pensamento das
crianças e sua participação na cultura. Na pequena infância, a aquisição e o domínio da
linguagem verbal está vinculada à constituição do pensamento, à fruição literária, sendo
também instrumento de apropriação dos demais conhecimentos.
Objetivos de aprendizagem ao Concluir a Etapa da Educação Infantil:
EIEFPOA001.Conviver com crianças, jovens e adultos usuários da sua língua materna, de
LIBRAS e de outras línguas e ampliar seu conhecimento sobre a linguagem gestual, oral e
escrita, apropriando-se de diferentes estratégias de comunicação.
EIEFPOA002.Brincar, vocalizando ou verbalizando, com ou sem apoio de objetos, fazendo
jogos de memória ou de invenção de palavras, usando e ampliando seu repertório verbal.
EIEFPOA003.Explorar gestos, expressões corporais, sons da língua, rimas, além dos os
significados e dos sentidos das palavras nas falas, nas parlendas, poesias, canções, livros de
histórias e outros gêneros textuais, aumentando gradativamente sua compreensão da linguagem
verbal.
EIEFPOA004.Participar ativamente de rodas de conversas, de relatos de experiências, de
contação de histórias, elaborando narrativas e suas primeiras escritas não convencionais ou
convencionais, desenvolvendo seu pensamento, sua imaginação e as formas de expressá-los.
EIEFPOA005. Comunicar desejos, necessidades, pontos de vista, ideias, sentimentos,
informações, descobertas, dúvidas, utilizando a linguagem verbal ou de LIBRAS, entendendo
e respeitando o que é comunicado pelas demais crianças e adultos.
EIEFPOA006.Conhecer-se e construir, nas interações, variadas possibilidades de ação e de
comunicação com as demais crianças e com adultos, reconhecendo aspectos peculiares a si e
aos de seu grupo de pertencimento.

45
6.4 Campo de experiência: traços, sons, cores e imagens

As crianças constituem sua identidade pessoal e social nas interações com diversos
atores sociais, aprendendo a se expressar por meio de múltiplas linguagens no contato com
manifestações culturais locais e de outros países. Daí ser importante que, desde bebês, as
crianças tenham oportunidades de explorar diferentes materiais, recursos tecnológicos e de
multimídia, realizando suas produções com gestos, sons, traços, danças, mímicas, encenações,
canções, desenhos, modelagens, de modo singular, inventivo e prazeroso, desenvolvendo sua
sensibilidade.
Objetivos de aprendizagem ao Concluir a Etapa da Educação Infantil:
EITSCOA001. Conviver e elaborar produções com as linguagens artísticas junto com os
colegas, valorizando a produção destes e com eles fruindo manifestações culturais de sua
comunidade e de outros lugares, desenvolvendo o respeito às diferentes culturas, às identidades
e às singularidades.
EITSCOA002. Brincar com diferentes sons, ritmos, formas, cores, texturas, materiais sem
forma, imagens, indumentárias e adereços, construindo cenários para o faz-de-conta.
EITSCOA003. Explorar variadas possibilidades de usos e combinações de materiais, recursos
tecnológicos, instrumentos etc., utilizando linguagens artísticas para recriar, a seu modo,
manifestações de diferentes culturas.
EITSCOA004. Participar da organização de passeios, festas, eventos e da decoração do
ambiente, da escolha e do cuidado do material usado na produção e na exposição de trabalhos,
utilizando diferentes linguagens que possibilitem o contato com manifestações do patrimônio
cultural, artístico e tecnológico.
EITSCOA005. Comunicar, com liberdade, com criatividade e com responsabilidade, seus
sentimentos, necessidades e ideias, por meio das linguagens artísticas.
EITSCOA006. Conhecer-se, experimentando o contato criativo e prazeroso com manifestações
artísticas e culturais, locais e de outras comunidades, desenvolvendo sua sensibilidade,
criatividade, gosto pessoal e modo peculiar de expressão.

6.5 Campo de experiências: espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

As crianças são curiosas e buscam compreender o ambiente em que vivem, suas


características, suas qualidades, os usos e a procedência de diferentes elementos com os quais

46
entram em contato, explicando o “como” e o “porquê” das coisas, dos fenômenos da natureza
e dos fatos da sociedade. Para tanto, em suas práticas cotidianas, elas aprendem a observar, a
medir, a quantificar, a estabelecer comparações, a criar explicações e registros, criando uma
relação com o meio ambiente, com a sustentabilidade do planeta, com os conhecimentos
tradicionais e locais, além do patrimônio científico, ambiental e tecnológico.
Objetivos de aprendizagem ao Concluir a Etapa da Educação Infantil:
EIETQOA001. Conviver e explorar, com seus pares, diferentes objetos e materiais que tenham
diversificadas propriedades e características físicas e, com eles, identificar, nomear, descrever
e explicar fenômenos observados.
EIETQOA002. Brincar com indumentárias, com acessórios, com objetos cotidianos associados
a diferentes papéis ou cenas sociais e com elementos da natureza que apresentam diversidade
de formas, texturas, cheiros, cores, tamanhos, pesos, densidades e possibilidades de
transformação.
EIETQOA003. Explorar as características de diversos elementos naturais e objetos, tais como
tamanho, forma, cor, textura, peso, densidade, luminosidade, funcionalidade, procedência e
utilidade, reagrupando-os e ordenando-os segundo critérios diversos, além de explorar
situações sociais cotidianas, reais ou da fantasia, identificando participantes, seus pontos de
vista e possíveis conflitos.
EIETQOA004. Participar da resolução de problemas cotidianos que envolvam quantidades,
medidas, dimensões, tempos, espaços, comparações, transformações, buscando explicações,
levantando hipóteses.
EIETQOA005. Comunicar aos/às colegas suas impressões, observações, hipóteses, registros e
explicações sobre objetos, organismos vivos, personagens, acontecimentos sociais, fenômenos
da natureza, preservação do ambiente.
EIETQOA006. Conhecer-se e construir sua identidade pessoal e cultural, identificando seus
próprios interesses na relação com o mundo físico e social, convivendo e conhecendo os
costumes, as crenças e as tradições de seus grupos de pertencimento.
Diante dos desafios para assegurar as aprendizagens na idade certa, as Unidades de
Ensino devem construir uma proposta de ação coletiva para as mudanças significativas a serem
alcançadas para nortear o trabalho pedagógico dentro da escola. Além de ser evidenciados no
diagnóstico na dimensão da Prática Pedagógica e Avaliação os desafios de aprendizagens e a
operacionalização das ações e dos recursos previstos e investidos nos planejamentos constantes,

47
no Marco Operacional na efetivação das ações no Projeto Político Pedagógico, em prol da
qualidade das aprendizagens que devem ser aprendidas e ensinadas.
A Partir do diagnóstico identificar às necessidades em cada uma das dimensões para que
a Unidade alcance o ideal através do Planejamento e ou/ Proposta:

1.Ambiente educativo
2.Prática pedagógica
3.Avaliação
4.Gestão escolar democrática
5.Formação e condições de trabalho dos profissionais da escola
6.Ambiente físico escolar – materiais didáticos, instalações, existência de bibliotecas e espaços
de prática de esportes, condições da sala de aula;
7.Acesso, sucesso e permanência na escola

O Marco Operacional (programação e/ou Plano de Ação e/ou Cronograma das Ações a
serem desempenhadas) define as grandes linhas de ação e a reorganização do trabalho
pedagógico escolar na perspectiva administrativa, pedagógica, financeira e político-
educacional.
Plano de Intervenção/ação para cada uma das ações financiável ou não financiável
para cada uma das dimensões em busca do ideal pensado no coletivo da comunidade escolar:
O que? Para Quem? Quando? Meta? Custo?

1.Ambiente educativo
2.Prática pedagógica
3.Avaliação
4.Gestão escolar democrática
5.Formação e condições de trabalho dos profissionais da escola
6.Ambiente físico escolar – materiais didáticos, instalações, existência de bibliotecas e espaços
de prática de esportes, condições da sala de aula;
7.Acesso, sucesso e permanência na escola

Dessa maneira a postura avaliativa requer analise que ressignifique e reformule a Prática
Pedagógica, devendo o trabalho pedagógico ser enriquecido e redirecionado, de acordo com as

48
necessidades do estudante e dos propósitos educativos. A compreensão do contexto escolar dos
estudantes e de seu processo possibilita que a(o) educadora(or) a auxilie a superar suas
dificuldades. Voltar sempre ao PPP/planejamento escolar e ao plano anual ou semestral é
realimentar o trabalho educativo e manter o vínculo estabelecido com a comunidade.

7 REFERÊNCIAS

ARROYO, Miguel G. As séries não estão centradas nem nos sujeitos educandos, nem em seu
desenvolvimento. In: Solução para as não-aprendizagens: séries ou ciclos? Brasília: Câmara
dos Deputados. Coordenação de Publicações; 2001.

BRASIL. Ministério da Educação/ Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação


Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais. Resolução nº 04 de 13 de julho de 2010.

________. Conselho Estadual de Educação/MT – Resolução nº 02 de 24 de setembro 2015

________. Ministério da Educação/ FNDE – Programa Escola Ativa: Guia para a formação de
professores da Escola Ativa. Brasília; 2007.

________. Ministério da Educação/ Resolução CEB/CNE nº 5. Diretrizes Curriculares


Nacionais para a Educação Infantil; 17/12/2009.

________. Ministério da Educação. Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a


inclusão da criança de seis anos de idade. Organização do documento: Jeanete Beauchamp,
Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro Nascimento. Brasília: FNDE/ Estação Gráfica; 2006.

________. Ministério da Educação. Caderno nº 9 – Conselho e Educação do Campo do


Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares. MEC/CEB; 2007.

__________. Ministério da Educação/ FNDE. Diretrizes complementares, normas e princípios


para o desenvolvimento de políticas públicas de atendimento da Educação Básica do Campo.
Resolução nº 2, de 28 de abril de 2008.

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Pedagógico das escolas ribeirinhas de Portel/PA. Anais. II Encontro Nacional de Pesquisa em
Educação do Campo. Brasília: UNB; 2008.
49
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UFPA. Relatório de Pesquisa: Programa Escola Ativa: a análise das Diretrizes e dos Guias em
foco, Belém: UFPA; 2008.

50
PARTE II: ENSINO FUNDAMENTAL

A Secretaria Adjunta de Políticas Educacionais da Secretaria de Estado de Educação de


Mato Grosso atende à demanda da Educação Básica do Estado, desde a Educação Infantil,
primeira etapa do Ensino Fundamental, até o Ensino Médio, em todas suas modalidades,
Regular, Educação do Campo, Educação Quilombola, Educação Especial, Educação Escolar
Indígena e Educação de Jovens e Adultos. Da mesma forma, atende os componentes
transversais, programas e projetos desenvolvidos nas Unidades Escolares, os processos de
gestão escolar e a formação continuada dos profissionais da Educação Básica do Estado.
A Educação Básica, carro-chefe de todo o trabalho da Secretaria de Estado, está
organizada em três etapas: a Educação Infantil, para cujo atendimento a Seduc-MT conta com
Núcleo específico, inserido na Coordenadoria de Ensino Fundamental; o Ensino Fundamental,
organizado em Ciclos de Formação Humana, que vem sendo questionado e criticado por grande
parte da população; e o Ensino Médio, última etapa da Educação Básica, organizado por séries
anuais.
No ano de 2015, devido a esses questionamentos, aos resultados alcançados e a
existência de movimentos de reformulação da proposta curricular do Ensino Fundamental do
Estado de Mato Grosso, a Secretaria de Estado de Educação decidiu fazer eco às demandas
advindas dos diferentes setores e instaurou uma Comissão de Estudos da Escola Organizada
por Ciclos de Formação Humana por meio da Portaria 070/2015/GS/SEDUC/MT e retificada
depois pela Portaria 113/2015/GS/SEDUC/MT. Essas Portarias determinaram que durante 180
dias, representantes da UFMT, da Unemat, da Uncme, da Undime, do Sintep, da Assembleia
Legislativa e da Seduc-MT, estudariam a organização curricular do Ensino Fundamental para
apontar fragilidades e soluções possíveis.
Embora nem todos os segmentos encaminharam representantes, os trabalhos se
desenvolveram conforme o cronograma previsto, culminando as atividades em setembro. Após
esse período iniciou-se a sistematização dos dados. Tudo isso provocou atrasos nos prazos de
emissão de Portarias e Editais para 2016, de acordo com as datas que comumente eram emitidos
esses documentos.
Os trabalhos foram organizados em cinco grandes blocos: concepção, formação,
avaliação, tempos e espaços, e família. Em cada assunto, foram apontados aspectos relevantes
sob a ótica de cada instituição envolvida.

51
Ao final dos trabalhos, as atas foram sistematizadas e verificou-se que havia um ideal
de implantação, uma realidade implantada, lacunas nesse processo, e desafios a serem
superados. Assim, criaram-se para cada tema, quatro colunas: a coluna do previsto (onde
constam os enunciados dos documentos oficiais), a coluna do implementado (onde consta a
forma como foi implantada a proposta), a coluna das lacunas (onde constam os aspectos que
estavam previstos e não foram implantados), e a coluna dos desafios (onde consta a distância
entre o ideal e o real e os desvios).
A partir do que foi apontado enquanto lacunas e desafios, a Secretaria de Estado de
Educação de Mato Grosso, por meio da Secretaria Adjunta de Políticas Educacionais (SAPE)
promove mudanças a partir de 2016, algumas das quais serão realizadas desde o início do ano
letivo para todas as unidades escolares de Ensino Fundamental, e outras, que irão abranger
apenas as escolas de Ensino Fundamental urbano, nesse ano, e, que depois gradativamente serão
implementadas nas escolas de ensino fundamental do campo, nas escolas quilombolas, e nas
escolas indígenas, após estudo de viabilidade.
Paralelamente a esse movimento de reorganização de aspectos curriculares que
correspondem a SAPE, há mudanças gradativas na atribuição, critérios de contagem de pontos,
e outras, necessárias para garantir a implementação correta da proposta.
Entende-se que algumas decisões devam ser permanentes e outras temporárias a fim de
garantir as correções necessárias. As mudanças mais significativas propostas pela SAPE
referem-se a: nomenclatura; avaliação, formas de progressão e registros das aprendizagens;
funções do coordenador pedagógico; apoio pedagógico para estudantes com defasagens de
aprendizagem; controle de infrequência e critérios de enturmação.

1. ADOÇÃO DE NOVA DENOMINAÇÃO NAS FASES/CICLOS

Uma das dificuldades percebidas pelo grupo de estudos em relação à família e


responsáveis (e inclusive por parte de profissionais da educação) foi a de entender a vida
acadêmica dos estudantes. As maiores confusões dizem respeito à relação fase/ciclo/série/ano
e ao Relatório Descritivo. A fim de facilitar a compreensão, passa - se a denominar de ano/ciclo,
ao invés de fase/ciclo. Embora haja um conflito conceitual, no sentido de que ao falar de anos
e ciclos e não de fases no ciclo, estaria se aproximando da concepção de escola de nove anos e
não de escola organizada por ciclos de formação humana, entende - se que o melhor caminho
para promover a compreensão e aceitação da proposta, consiste em facilitar o entendimento dos

52
sujeitos em relação a aspectos mínimos, os quais dizem respeito à enturmação das crianças e os
adolescentes que frequentam o Ensino Fundamental.

2. MATRÍCULA E INGRESSO NO ENSINO FUNDAMENTAL

A matrícula do estudante nas escolas estaduais de Ensino Fundamental organizado por


Ciclos de Formação Humana tem como critério inicial a idade, respeitando as fases de
desenvolvimento que são próprias dessa organização, sendo:
Idade: estudante
Ciclo Ano regular Carga horária mínima
(Até 31/03)
1º ano 6 anos
Ciclo da infância
2º ano 7 anos 2400 horas
(Entre 6 e 8 anos de idade)
(800 horas em cada ano)
Fase lúdica 3º ano 8 anos
4º ano 9 anos
Ciclo da pré-adolescência
5º ano 10 anos 2400 horas
(Entre 9 e 11 anos de idade)
(800 horas em cada ano)
Fase Pré-abstrata 6º ano 11 anos

Ciclo da adolescência 7º ano 12 anos


(Entre 12 e 14 anos de 8º ano 13 anos 2400 horas
idade) (800 horas em cada ano)
Fase abstrata 9º ano 14 anos

Para os estudantes com deficiência inclusos nas escolas organizadas por Ciclo de
Formação Humana haverá flexibilidade de três anos para a matrícula, conforme parâmetros
abaixo definidos pela Gerência de Educação Especial:
Idade: estudante
Ciclo Ano especial Carga horária mínima
(Até 31/03)
1º ano 6 a 9 anos
Ciclo da infância
2º ano 7 a 10 anos 2400 horas
(Entre 6 e 8 anos de idade)
(800 horas em cada ano)
Fase lúdica 3º ano 8 a 11 anos
4º ano 9 a 12 anos
Ciclo da pré-adolescência
5º ano 10 a 13 anos 2400 horas
(Entre 9 e 11 anos de idade)
(800 horas em cada ano)
Fase Pré-abstrata 6º ano 11a 14 anos

Ciclo da adolescência 7º ano 12 a 15 anos


(Entre 12 e 14 anos de 8º ano 13 a 16 anos 2400 horas
idade) (800 horas em cada ano)
Fase abstrata 9º ano 14 a 17 anos

A matrícula de estudantes para ingresso no primeiro ano do Ensino Fundamental em


Mato Grosso, cuja organização é por Ciclo de Formação Humana, terá como parâmetro a idade
53
de seis anos completos até 31 de março, (Res.CEB/CNE conforme Resolução n. 07/10). Sendo
essa também a data base para a enturmação nos ciclos, ou seja, esse processo deve observar a
idade até 31/03.
Os estudantes com 15 (quinze) anos completos deverão, preferencialmente, ser
encaminhados para as escolas que ofertam a modalidade de Educação de Jovens e Adultos.
No caso de matrícula por transferência de estudante que apresentar idade adiantada para
o ano indicado em seu histórico escolar será assegurado o direito à continuidade de estudos,
observando o princípio do não retrocesso escolar conforme Parecer nº 07/2007/CNE/CEB.

2.1.Enturmação

Para garantir os direitos de aprendizagens, ocorrendo esse, possivelmente no tempo


previsto de nove anos, a Secretaria de Estado de Educação utiliza o critério da enturmação a
partir dos critérios estabelecidos no Art. 7º da Resolução 262/2002/CEE/MT, sendo eles:
I. a faixa etária;
II. a pluralidade de saberes e a diversidade cultural, a maturidade intelectual e afetiva e a
multiplicidade de experiências cognitivas dos grupos de alunos/as;
III. a consideração da vivência e do aproveitamento escolar anterior.
Seguindo os critérios mencionados, a unidade escolar deverá proceder de acordo com a
Resolução 02/2015/CEE/MT, sendo que:
Art. 72. Na enturmação de estudantes em processo de transferência de um estabelecimento
escolar para outro com organização escolar diferenciada, a Unidade de Ensino deverá:
I. instituir o coletivo de professores para proceder ao diagnóstico relativo ao domínio de
conhecimento, às vivências e às experiências dos estudantes, para encaminhar as devidas
intervenções e acompanhamento pedagógicos pelo resultado constatado e, a seguir, definir a
enturmação apropriada;
II. os procedimentos para enturmação deverão constar em ata, e os documentos comprobatórios
arquivados em pasta individual do estudante.
Vale ressaltar que, conforme já mencionado, o referido processo de enturmação deve
ocorrer até a data limite de 31/03 do ano letivo vigente e que, na proposta de Ciclo de Formação
Humana, é desejável que o estudante esteja matriculado com seus pares de idade. Quando
houver necessidade, a secretaria escolar deverá entrar em contato com a Coordenadoria do
Ensino Fundamental, através do e-mail SUEB.FUNDAMENTAL@seduc.mt.gov.br e solicitar

54
abertura de parâmetro no sistema para efetuar matrículas de estudantes com idade/ano fora dos
parâmetros da tabela acima.
A partir do ano de 2017, os estudantes que forem retidos por faltas, não poderão ser
enturmados no ano letivo seguinte, devendo ser matriculados no mesmo ciclo/ano em que
ocorreu a referida retenção.

2.2.Matriz Curricular

A matriz curricular do Ensino Fundamental é organizada em três ciclos, cada ciclo com
duração de três anos, correspondendo ao mínimo de 2400 horas, organizados em fases anuais
observando o mínimo de 800 horas e duzentos dias letivos para cada ano.
No primeiro ciclo (1º, 2º e 3º anos) a matriz é globalizada apresentando todos os
componentes curriculares como bloco único (Língua Portuguesa, Arte, Educação Física,
História, Geografia, Matemática, Ciências e Ensino Religioso), sendo a turma atribuída a um
único professor, preferencialmente que a acompanhe durante todo o ciclo. Esse profissional é
responsável por garantir as experiências pedagógicas relacionadas a todos os componentes
curriculares.
A matriz do segundo Ciclo parcial (4º e 5º anos) também é globalizada apresentando
todos os componentes curriculares como bloco único (Língua Portuguesa, Arte, Educação
Física, História, Geografia, Matemática, Ciências e Ensino Religioso), sendo a turma atribuída,
preferencialmente, a um único professor que acompanhe a turma durante todo o ciclo,
responsável por garantir as experiências pedagógicas relacionadas a todos os componentes
curriculares. Excepcionalmente no 6º ano, a escola poderá fazer a opção por uma matriz
semiglobalizada ou por uma matriz organizada em área de conhecimento/disciplina de acordo
com seu Projeto Político Pedagógico.
Caso a escola faça a opção por uma matriz organizada em área de conhecimento com
atribuição por disciplina, a matriz será estruturada da seguinte forma no sistema: Área de
Linguagem - Língua Portuguesa, Arte, Educação Física, Língua Estrangeira Moderna; Área de
Ciências da Natureza – Ciências; Área de Matemática– Matemática; Área de Ciências Humanas
– História, Geografia e Ensino Religioso.
No Terceiro Ciclo (7º, 8º e 9º anos), a matriz é estruturada por área do conhecimento
com atribuição por disciplina, sendo: Área de Linguagem - Língua Portuguesa, Arte, Educação
Física, Língua Estrangeira Moderna; Área de Ciência da Natureza –Ciências; Área de

55
Matemática - Matemática; Área de Ciências Humanas - História, Geografia e Ensino Religioso.
A carga-horária (hora-aula) das disciplinas obedecerá ao critério padrão de tempo de 60
(sessenta) minutos.
O Ensino Religioso para as turmas unidocentes do ensino fundamental estará inserido
no cômputo das 800h anuais, sendo trabalhado pelo professor regente.
Nos Ciclos/anos onde a matriz estiver organizada por área de conhecimento com
atribuição por disciplina, a disciplina de Ensino Religioso estará inserida fora do cômputo das
800 horas/anuais, sendo sua oferta obrigatória para a escola, porém, optativa para o estudante.
Sendo assim, no módulo GER dever constar a opção “não” no item “obrigatório” da matriz
geral/ campo cadastrar matriz.
Nesse sentido, só serão atribuídas classes/aulas para Ensino Religioso mediante
formação de turmas, conforme portaria nº. 416/15/GS/Seduc/MT.
Necessário se faz ressaltar que o Ensino Religioso deve considerar os princípios
descritos nas orientações curriculares: os temas a serem abordados devem ser referências para
estudo e reflexão e poderão ser levantados segundo o interesse da comunidade escolar e
trabalhados nos ciclos, em conformidade com a idade e o desenvolvimento do estudante,
partindo dos conhecimentos dos valores universais e da compreensão de seus significados. É
fundamental que o Ensino Religioso promova uma visão universal e não doutrinária. Interligado
com as temáticas da realidade e atualidade pode contribuir para respeito à vida e à dignidade de
cada ser humano, sem discriminação ou preconceito;
O Ensino Religioso constitui-se em um instrumento necessário à formação do homem e
pode contribuir com a transformação social, uma vez que deve promover e defender a vida,
contribuir na valorização e no respeito ao pluralismo e diversidade cultural presentes na
sociedade (SEDUC: 2001, p.174).
A oferta de uma Língua Estrangeira Moderna (LEM) é obrigatória a partir do 6º ano.
Quando a matriz for com atribuição por disciplina será ministrada por professor licenciado,
cabendo à escola optar pela LEM Inglês ou Espanhol. A opção por uma dessas línguas
estrangeiras permanecerá na matriz até a conclusão do Ensino Fundamental, garantindo aos
estudantes a continuidade e terminalidade da disciplina ofertada na escola. A escola só poderá
ofertar LEM Espanhol se tiver professor habilitado, conforme prevê a legislação escolar
vigente. Para a Língua Estrangeira Moderna, deve constar no módulo GER, a opção “sim” no
item “obrigatório”.

56
A Educação Física é componente curricular obrigatório da Educação Básica, portanto,
as experiências pedagógicas relacionadas a esse componente devem estar presentes em todas
os anos. Quando a atribuição for por disciplina, essa responsabilidade cabe ao professor
Licenciado. Nesse sentido, a organização dos horários de oferta dessa disciplina deve zelar pelo
direito de todos os estudantes a frequentarem esses espaços/tempos. O professor unidocente
deve assegurar tempos e espaços para essas vivências pedagógicas nos anos iniciais.
As matrizes das Escolas Organizadas por Ciclos devem partir da concepção da formação
humana, integral. Nesse sentido, todas as disciplinas assumem igual importância no processo
de formação. Quando houver a necessidade de adequação da carga-horária na matriz, ela deverá
ser feita entre as disciplinas da própria área. Todas as discussões relacionadas à matriz devem
ser articuladas coletivamente e em coerência com o Projeto Político Pedagógico da escola,
sendo que toda e qualquer proposta de alteração deve respeitar os princípios estabelecidos nesse
projeto e em consonância com a legislação vigente.

3. AVALIAÇÃO E PROGRESSÃO

3.1.Adoção/retomada de instrumentos avaliativos diversificados

Ao verificar o que se entende por avaliação, entende-se que a mesma é um processo


permanente, uma ação humana concreta, inserida, contextualizada, portanto vivenciada
intensamente no cotidiano da escola, desde as salas de aula aos demais espaços.
Na concepção de formação humana, a avaliação é um processo dinâmico, um
permanente aprendizado do educador sobre o educando. É a investigação de como o estudante
está construindo o seu pensamento, quais os processos e imagens estão sendo construídas, que
estratégias são necessárias para que as mediações dos educadores compatibilizem
desenvolvimento humano e aprendizagem.
A avaliação é essencial à educação, inerente e indissociável do trabalho pedagógico,
enquanto concebida como problematização, questionamento e reflexão sobre a ação. É parte
inseparável de cada passo, de cada ação didático-pedagógica. Necessita de envolvimento da
família, do estudante e dos diferentes sujeitos que atuam na escola. É um processo contínuo,
participativo, com função diagnóstica, prognóstica e investigativa, cujas informações propiciam
o redimensionamento da ação pedagógica e educativa, reorganizando as próximas ações do
educador, do coletivo do Ciclo e mesmo da escola, no sentido de avançar no entendimento e
desenvolvimento do processo de aprendizagem.
57
Percebeu-se que, muitas escolas, ao longo do tempo, por causa da não retenção de
estudantes no ciclo, entenderam que a avaliação não seria mais necessária e a abandonaram,
apesar de que deveria ser o instrumento mais forte de inclusão nessa proposta curricular. Nesse
sentido, a proposta da Secretaria, a partir dos estudos realizados, foca em dois aspectos da
avaliação, a interna, feita no interior das escolas por cada professor regente, e a externa, feita
por agentes externos, a fim de estabelecer diagnósticos mais precisos para o sistema, parâmetros
comparativos para tomadas de decisões estratégicas e facilitar ações de formação mais focadas.
A avaliação, tal como afirmado, é um processo permanente que deve acompanhar as
aprendizagens dos estudantes e possibilitar os registros dos seus avanços ao longo do processo.
A constatação dessas aprendizagens acontece por meio do envolvimento do estudante em
projetos, tarefas realizadas nos cadernos, envolvimento e apresentações de trabalhos individuais
e grupais, participação em sala de aula, observação de atitudes e interação entre os pares, e
resultados de provas escritas, entre outros.
Embora muitos defendam a não aplicação de provas escritas, sabe-se que no mundo
atual, as pessoas são submetidas em diversas situações a instrumentos avaliativos, e nesse
sentido, a fim de preparar o estudante, recomenda-se que seja realizada pelo menos uma prova
escrita por bimestre para cada disciplina/área de conhecimento.
Tratando-se de uma avaliação formativa, deve haver um tratamento diferenciado de seus
resultados. Assim, os mesmos não poderão ser comunicados por meio de notas que reforçam o
caráter classificatório da avaliação, entendida como produto e não como processo.
O resultado da prova escrita deverá ser socializado com os estudantes na forma
fracionária, ou seja, x acertos/y pontos (exemplo, se numa avaliação escrita de 14 pontos o
estudante atingir 6, sua pontuação será 6/14), portanto, não basta comunicar somente quantos
acertos de um total cada estudante atingiu, mas o professor deverá trabalhar com o erro a fim
de que o mesmo se torne possibilidade de novas aprendizagens tal como preconizado por
Bachelard.
Esse pensador percebe que os erros surgidos ao longo da construção da ciência, que
foram omitidos ou desconhecidos pela história tradicional, podiam auxiliar a detectar os vários
obstáculos epistemológicos surgidos ao longo da história da ciência, possibilitando assim, um
melhor conhecimento do caminho percorrido pela mesma. Por exemplo, na Matemática, ao se
falar de fórmula de Bháskara, deve-se lembrar do longo caminho percorrido pelo pensador que
dá nome a fórmula. Pensar nisso, ajuda a entender a dificuldade que os estudantes enfrentam
para construir alguns conceitos. A introdução da noção de obstáculo didático possibilitou mudar

58
o foco no processo ensino/aprendizagem num processo em que os erros e os obstáculos, eram
atribuídos sempre à subjetividade dos estudantes.
A noção de obstáculo epistemológico aparece para Brousseau, outro grande pensador
que trabalha na perspectiva do tratamento do erro, como um conhecimento, e não como uma
dificuldade ou falta de conhecimento, produzindo respostas adaptadas em um determinado
contexto, mas quando usado fora dele, se revela falso, ineficaz, gerando respostas incorretas.
Pesquisas mostram que o aprendiz resiste às contradições que o obstáculo lhe produz e
a sua modificação por um novo conhecimento, o que torna todo conhecimento possível de ser
um obstáculo à aquisição de novos conhecimentos.
Existem dois tipos de obstáculos na aprendizagem: os obstáculos próprios de cada
disciplina como tal, que recebem o nome de obstáculos epistemológicos, e os que provêm do
ensino de cada disciplina, que são chamados de obstáculos didáticos.
Os epistemológicos podem ter origem histórica, cultural ou social, e os didáticos, podem
estar relacionados a simplificações excessivas que se adotam, no início do processo de
alfabetização
Um dos exemplos de simplificação excessiva é, quando, para ensinar o sinal de maior
que (>) ou menor que (<) usa-se uma janela ou porta da sala como referência: “o sinal de maior
que, abre para o lado da porta da sala”, “o sinal de menor que, abre para o lado da janela da
sala” e quando na conceituação do substantivos abstratos afirma-se que é um objeto que não se
pode “pegar” ao invés de conceituar como palavras que indicam estados, qualidades, ações e
sentimentos dos seres, exemplo felicidade, amor, saudade, tristeza, assim, durante
aprendizagem de substantivos que são concretos como mar, céu, estrelas os estudantes acabam
por confundir com os substantivos abstratos por não poder “pegar” . Este tipo de
“simplificação” de conceitos é extremamente prejudicial, porque garante o entendimento
momentâneo sem garantir a compreensão do conceito e gera problemas posteriores.
Um dos exemplos de processos posteriores de generalizações que levam a
superficialidades é, quando, no início do ensino da divisão se afirma que o quociente sempre é
menor que o dividendo. Ao se deparar com divisões com divisor decimal, no qual o quociente
é maior que o dividendo, a criança passa a apagar o resultado porque pensa que está errado, já
que o mesmo não segue a regra de ser “menor” que o dividendo e quando é ensinado que
palavras terminadas em “inha” estão sempre no diminutivo como casinha, cadeirinha,
bonequinha, portanto, ao se deparar com palavras como rainha, joaninha, linha, galinha, o
estudante acredita também se tratar de diminutivo).

59
Esses tipos de erros didáticos são bastante frequentes. Por outro lado, existem erros que
provêm, do próprio processo de construção da aprendizagem, como quando, por exemplo, a
criança que inicia a aprendizagem da escrita da numeração, a relaciona com a apropriação da
escrita, assim, ao invés de escrever 205, escreve 2005, porque entende que se escreve como se
lê. Por este motivo, o erro deve ser trabalhado como fonte de novas aprendizagens e como
diagnóstico para planejamento de novas intervenções.

3.2.Defasagens de Aprendizagem e dificuldades de aprendizagem

Um aspecto importante a ser considerado, é a diferença entre defasagem da


aprendizagem e dificuldade de aprendizagem. A defasagem pode ser entendida como falta de
sintonia, atraso ou descompasso no ritmo e tempo de aprendizagem, ou seja, aprendizagens que
não acompanham as expectativas da turma na qual o estudante está enturmado; enquanto a
dificuldade pode ser entendida como obstáculo ou impedimento que atrapalha a aprendizagem
e que não necessariamente está relacionada à defasagem.
Assim, a defasagem extrapola o âmbito da metodologia utilizada pelo professor, porque
se refere a conceitos não construídos ou habilidades não desenvolvidas, que não dependem da
facilidade de entendimento do estudante; e a dificuldade implica uma questão metodológica
porque indica um obstáculo momentâneo que pode ser superado com uso de outras
metodologias, ou seja, trata-se de um obstáculo de origem didático ou de origem
epistemológica.

3.3.Registro das avaliações internas

Ao final do bimestre, o professor registrará no módulo GED a avaliação com base em


objetivos de aprendizagem para cada disciplina/área de conhecimento que deverão ser
mensurados de acordo com o nível de aprendizagem (proficiência) demonstrado pelo estudante
por meio da participação/resultado das diferentes avaliações que forem realizadas com ele.
Os critérios de avaliação serão os mesmos aplicados para comunicar os resultados da
avaliação externa que, a partir de 2016 deverá acontecer a cada ano para os estudantes do 2º,
4º, 6º e 8º anos do Ensino Fundamental e 1º e 2º anos do Ensino Médio, e são eles: AB (Abaixo
do Básico) para ausência de aprendizagens; B (Básica) para aprendizagens em construção; P

60
(Proficiente) para aprendizagens correspondentes ao objetivo de aprendizagem trabalhado, e A
(Avançado) para aprendizagens que superaram as expectativas.
Por ser uma organização em Ciclos de Formação Humana, com tempo de três anos para
aprendizagem em cada etapa de desenvolvimento humano, foram acrescentados dois critérios
além dos quatro já mencionados: o OAP (Objetivo de Ano Posterior), quando se trata de um
objetivo a ser trabalhado no Ciclo, mas cuja recomendação é para outro ano; e o conceito NT
(não trabalhado), para o caso de um objetivo recomendado para esse ano letivo e que, por
ventura não seja desenvolvido no ano previsto. Para o último caso, o sistema deve abrir um
campo onde o professor deverá informar o motivo pelo qual não foi possível realizar esse
trabalho. Essa informação servirá de duas maneiras: primeira, para possibilitar a intervenção do
Coordenador Pedagógico, caso o objetivo em questão constitua uma necessidade formativa do
educador, a qual deverá ser demandada ao Cefapro; segunda, para possibilitar o planejamento
do professor do próximo ano a fim de retomar esse objetivo no ano seguinte.
Caso o professor tenha trabalhado outros objetivos não detalhados na matriz avaliativa
(Parte Diversificada, por exemplo), haverá abaixo de cada disciplina/área um campo para
observações onde poderão registrar todas as informações complementares referentes às
aprendizagens do estudante, que acharem necessárias.
Todos esses elementos formam parte do que denomina - se a partir de agora de Relatório
de Avaliação Diagnóstica do Estudante em substituição ao Relatório Descritivo, a cada
bimestre, e se transformarão automaticamente em critérios de progressão do Histórico Escolar
do estudante, ao final de cada bimestre, de forma que a família perceba além do detalhamento
das aprendizagens da criança, o que normalmente deveria ter sido trabalhado e não foi possível
de concretizar.
Dessa forma, caso o estudante mude de rede ou de Estado, essa informação será
relevante para a organização onde será matriculado. Por outro lado, é importante salientar, que
no caso do primeiro ciclo, o SIGA será desativado, passando a ser realizado todo o
acompanhamento da aprendizagem do estudante no Relatório de Avaliação Diagnóstica do
Estudante. Em outras palavras, esse Relatório, terá as características do SIGA e será aplicado
em todos os ciclos do Ensino Fundamental e em todas as disciplinas e áreas de conhecimento.
Será emitido um Orientativo de como proceder para preencher esse relatório no GED e
os objetivos de aprendizagem a serem verificados em 2016.

61
3.4.Currículo avaliado

O currículo de avaliação estará composto de elementos que constam nas Orientações


Curriculares do Estado de Mato Grosso, alinhadas aos objetivos de aprendizagem da Base
Comum e aos descritores SAEB. Os mesmos objetivos avaliados no módulo GED irão compor
a avaliação externa. Isso não implica na redução curricular, mas, na garantia de direitos
mínimos de aprendizagens para todos os estudantes do Ensino Fundamental. O fato de contar
com campo de observações para inserção de informações complementares garante que todo o
currículo trabalhado possa ser registrado.

3.5.Critérios de progressão

O estudante que não atingir 75% de frequência será retido por faltas de acordo com a
Legislação vigente em qualquer ano do Ensino Fundamental. O conceito final, ao termo do ano
letivo, nesse caso, será RF. A fim de evitar que isso aconteça, a escola deverá utilizar todos os
critérios previstos na lei e preencher a Ficha FICAI (em anexo) bem como, contar com o apoio
da Assessoria Pedagógica e da equipe do Ensino Fundamental.
Os estudantes com deficiências deverão permanecer mais tempo em cada ciclo e o
critério a ser utilizado na sua progressão será o Projeto com Apoio de Serviços Especializados
(PASE); o estudante que atingir, no mínimo, o conceito B em todos os objetivos de
aprendizagem do último bimestre do ano letivo cursado, será considerado no Histórico Escolar
como de Progressão Simples (PS); no caso de apresentar conceito AB em qualquer um dos
objetivos de aprendizagem do último bimestre do ano letivo cursado, será considerado no
Histórico Escolar como de Progressão com Plano de Apoio Pedagógico (PPAP), mas não será
retido. Os conceitos de progressão serão gerados automaticamente pelo sistema por área de
conhecimento.
O estudante que estiver cursando o 9º ano do Ensino Fundamental, não deverá ser
promovido ao Ensino Médio sem ter atingido o mínimo de proficiência desejável para o Ensino
Fundamental (reterá apenas com 50% + 1 do total de objetivos de aprendizagem avaliados em
todas as disciplinas/área de conhecimento com conceito AB, ou seja, o estudante não poderá
ser retido apenas em uma disciplina/área do conhecimento, mas quando não atingir o mínimo
de proficiência em todas as disciplinas); nesse caso o estudante será retido (R) automaticamente
pelo sistema e deverá cursar no ano seguinte o mesmo ano e paralelamente frequentar o

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Laboratório de Aprendizagem até que supere os desafios de aprendizagem, quando poderá ser
promovido ao Ensino Médio.
A retenção por não atingir o mínimo de aprendizagem é uma medida extrema, mas
poderá ser abandonada com o decorrer do tempo, no momento em que os direitos de
aprendizagem forem garantidos. Também visa evitar, que estudantes sem um mínimo de
aprendizagens ingressem no Ensino Médio, dado que nesse nível não está garantido o
atendimento de apoio pedagógico para atendê-los.

3.6.Avaliação externa

Considera-se avaliação externa, toda e qualquer avaliação feita por agentes externos à
instituição. São avaliações externas a Provinha Brasil, a Prova Brasil, a ANA, o ENEM, e os
sistemas de avaliação adotados pelas diferentes redes.
O Estado de Mato Grosso passará a adotar, a partir de 2016 uma avaliação externa de
caráter censitário para os estudantes do 2º ano, 4º ano, 6º ano e 8º ano do Ensino Fundamental
das escolas urbanas regulares e os estudantes do 1º e 2º anos do Ensino Médio.
Essa avaliação, prevista no Calendário Escolar, visa trazer informações detalhadas da
proficiência dos estudantes dessas turmas a fim de adotar medidas interventivas para possibilitar
melhoras na aprendizagem dos mesmos.
A matriz avaliativa será a mesma da avaliação interna a registrar no sistema a fim de
possibilitar um mínimo de conhecimentos como referência para cada ano do Ensino
Fundamental. Quando realizada no início do ano letivo, a matriz avaliativa corresponderá ao
ano anterior, ou seja, a avaliação do 2º ano, com base na matriz do 1º ano; do 4º ano, com base
na matriz do 3º ano, e assim sucessivamente.
Caso aconteça no final do ano, a matriz avaliativa será correspondente ao ano letivo em
curso, de acordo com os objetivos de aprendizagem detalhados no GED. Sobre essa avaliação,
maiores informações serão comunicadas durante o ano letivo.

4. APOIO PEDAGÓGICO: LABORATÓRIO DE APRENDIZAGEM

O Laboratório de Aprendizagem a ser implantado em cada unidade escolar do Estado


do Mato Grosso visa atender a proposta do Ciclo de Formação Humana contribuindo para a
superação da defasagem de aprendizagem, entendida esta como aprendizagens que não

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correspondem ao ano/idade de estudos da criança por estarem abaixo da expectativa de
aprendizagem para a mesma, e comprometem sua interação e desenvolvimento em sala de aula
com seus pares.
O Laboratório de Aprendizagem faz parte de um todo na comunidade escolar, não sendo
caracterizado como uma “sala de reforço”, mas um ambiente para alcançar significativas
transformações na ação pedagógica e no efetivo aprendizado do estudante.
Nesse sentido, é essencial aproximar o diálogo entre esses dois ambientes, o de sala de
aula e o Laboratório de Aprendizagem, para que se consolide uma efetiva aprendizagem dos
estudantes que neles circulam, caracterizando ambientes extensivos um ao outro.
Esse ambiente vai além de um espaço físico, e sim, um ambiente de aprendizado que
detém um ritmo e um tempo diferenciado da sala de aula, no qual ampara o que é necessário
para aprender.
Dessa maneira, será um ambiente que exigirá do profissional, realizar o diagnóstico para
intervir de maneira específica nas lacunas, defasagens e comprometimento no campo da
aprendizagem dos estudantes, por meio de planos pedagógicos e planejamentos diferenciados
para a superação e/ou amenização dos desafios de aprendizagem.
Objetiva-se que o Laboratório de Aprendizagem impulsione o estudante a vivenciar
novas experiências as quais potencializem sua aprendizagem, propiciando a atuação mais
direta, dentro de um espaço lúdico, integrado ao uso de ferramentas tecnológicas e acervo de
materiais com foco pedagógico, oportunizando um estudo diferenciado junto ao professor
articulador, a fim de proporcionar uma aprendizagem sistêmica e significativa da
linguagem e da matemática aos estudantes que apresentarem defasagem de conhecimento no
percurso ano/idade na garantia de seus direitos de aprendizagem.
Nesse sentido, é desejável que os gestores escolares (Direção, CDCE, etc.) aproveitem
o período anterior ao início do ano letivo, para organizar um espaço físico adequado para o
funcionamento do Laboratório de Aprendizagem em 2016. Importante ressaltarmos que o
Laboratório de Aprendizagem não deve ser pensado como um local “periférico”, ou seja, um
espaço de pouca importância. Ao contrário, nele devem ser direcionadas total atenção e
dedicação, haja vista que lá frequentarão os estudantes que necessitam de maiores atenções e
acompanhamentos.
A Unidade Escolar deve se organizar a fim de garantir o espaço físico adequado no
início do ano letivo, e com a criatividade e organização transformar o Laboratório de
Aprendizagem num espaço com ambiência pedagógica. A intencionalidade educativa pode

64
estar presente desde a concepção de lugar até sua transformação por meio da criatividade e
materiais necessários para oferecer um atendimento adequado ao estudante.
Transformar um ambiente, em ambiente de aprendizagem, inova e abre possibilidades
na construção dos saberes. Dessa forma, mesmo que na inexistência do espaço físico adequado,
é necessário que o acompanhamento aos estudantes com desafios de aprendizagem seja
garantido.
Havendo a necessidade de adequações, caberá a equipe gestora viabilizar meios de
garantir o espaço físico adequado que possa caracterizar o Laboratório de Aprendizagem. Tais
adequações deverão ser realizadas no decorrer do ano letivo de 2016 e, preferencialmente ainda
no 1º semestre.

4.1.Regras de funcionamento

Dessa forma, dispõe-se das regras de funcionamento do Laboratório de Aprendizagem,


conforme Portaria Nº 416/2015/GS/SEDUC/MT.
Os estudantes que necessitarem de atendimento serão encaminhados mediante avaliação
diagnóstica que deverá levar em conta a progressão do estudante no ano anterior (estudantes
PPAP), bem como, os diagnósticos realizados no decorrer das duas primeiras semanas letivas
pelos professores regentes e professor articulador de aprendizagem, orientado e acompanhado
pelo coordenador pedagógico. Dessa maneira, os articuladores de aprendizagem deverão
iniciar, impreterivelmente, o atendimento aos estudantes a partir da terceira semana letiva.
O Laboratório de Aprendizagem deverá funcionar em todos os turnos que ofertarem o
Ensino Fundamental. A divisão da carga horária de aula do Professor Articulador precisa
contemplar o trabalho direto com os estudantes (20 horas de aula com estudantes) conforme a
necessidade da demanda, não necessariamente ser 10 horas para cada turno. Nesse sentido, se
a demanda maior estiver concentrada em um turno, a sua carga horária deve ser respectiva a
essa demanda. A carga horária destinada as horas atividades (10 horas), organizada juntamente
com a coordenação pedagógica, precisa contemplar um momento de diálogo do professor
articulador e os professores regentes.
Haverá flexibilidade aos estudantes quanto ao horário que os mesmos deverão
frequentar o Laboratório de Aprendizagem, sendo que, em um primeiro momento, é
recomendado que o estudante frequente o contra turno, a fim de garantir o máximo de tempo
possível junto com sua turma de origem. Em situações comprovadas que o mesmo não puder

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frequentar o turno, seja por dificuldades de transporte escolar ou por outros motivos específicos,
o mesmo poderá frequentar em seu próprio turno de origem. Nessa situação, o mesmo não
deverá ultrapassar o limite de 4 horas semanais.

4.2.Composição das turmas

Mediante os resultados obtidos no diagnóstico a ser realizado no decorrer das duas


primeiras semanas letivas, a coordenação pedagógica e o professor articulador de aprendizagem
deverão organizar os horários de atendimento aos estudantes que se fizerem necessários.
As turmas deverão ser compostas por estudantes a partir do 4º ano, por aproximação de
desafios de aprendizagem a serem superados, independentemente da idade e ano que esteja
matriculado. Nesse sentido não deverão ocorrer a formação de turmas com
defasagens/dificuldades heterogêneas. Por exemplo, em um mesmo momento de atendimento
o Professor Articulador não deve se deparar com estudantes em níveis de aprendizagem muito
distantes (um estudante iniciando o conceito sistema de numeração, o outro já realizando
operações aritméticas simples, etc.).
As turmas devem conter quantidades de estudantes que permitam uma ação do professor
de forma que possibilite um acompanhamento próximo dos mesmos. Tal quantidade deve levar
em conta o espaço físico do Laboratório de Aprendizagem e o tipo de desafio de aprendizagem
a ser superado.
As intervenções pedagógicas serão efetuadas considerando os ritmos de aprendizagem
e as potencialidades dos estudantes, com recursos didáticos e tecnológicos diversificados.
A permanência no Laboratório de Aprendizagem e o processo de egressão dos
estudantes atendidos dependerão de avaliação diagnóstica, realizada pelos professores regentes
e pelo professor articulador, e frequentes partilhas dialógicas para registros dos avanços
alcançados e/ou redimensionamento das intervenções pedagógicas mais adequadas aos desafios
de aprendizagem apresentados.
Idealizado como espaço onde as intervenções pedagógicas são acolhidas como baluarte
de ressignificação da jornada de aprendizagem, a avaliação será de caráter processual e
diagnóstica, de acordo como os desafios forem alcançados os estudantes que apresentar
progressos significativos na construção de seu conhecimento deixa de frequentar o Laboratório
de Aprendizagem recebendo intervenções pedagógicas apenas de seu professor regente.
Portanto, de acordo com as Orientações Curriculares da Educação Básica de Mato
Grosso, o trabalho coletivo, interdisciplinar, construtor de aprendizagens significativas, exige
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uma avaliação permanente, visando o avanço contínuo do educando, pela superação das
dificuldades e acesso ao conhecimento.

4.3.Perfil do Professor Articulador de Aprendizagem

O perfil do professor articulador de aprendizagem está descrito na Portaria Nº


416/2015/GS/SEDUC/MT, no entanto, cabe ressaltar que a escolha do mesmo se dará por meio
de eleição simples entre os pares e, portanto, a escola deverá fazer a opção pelo profissional
mais qualificado e com perfil para trabalhar com estudantes que apresentam defasagens de
aprendizagem a serem superadas, preferencialmente aqueles que estejam participando das
formações continuadas do PNAIC.
Não devem ocorrer situações de Unidades Escolares elegerem um professor articulador
de aprendizagem utilizando critérios como alguém que não possui domínio de sala, ficou sem
turma, etc. Esse profissional tem que estar entre os mais qualificados do quadro docente,
obedecendo aos critérios estabelecidos na referida portaria. Diante disso vale lembrar que:

§ 4º Não podem participar da seleção de Professor Articulador de Aprendizagem:


a) profissionais que tenham licenças médicas contínuas:
b) profissional com previsão usufruto de licença gestacional no decorrer do exercício
letivo;
c) profissionais que estão próximos a se aposentar (próximos dois anos);
d) profissionais que tenham licenças prêmios agendadas;
e) profissionais que tenham licenças para qualificação profissional agendada;
f) professores que tenham vínculos com outras redes públicas ou qualquer outra
situação que caracterize acúmulo de função;
g) em caso de possuir outro vínculo com rede privada, licitamente acumulável deverá
apresentar documento de sua carga horária comprovando a compatibilidade de horário
a ser cumprido. (Portaria Nº 416/2015/GS/SEDUC/MT)

4.4.Acompanhamento do Laboratório de Aprendizagem

No sentido de acompanhar o efetivo funcionamento do Laboratório de Aprendizagem,


nas unidades escolares de Ensino Fundamental, a Coordenadoria de Ensino
Fundamental/Seduc/MT irá trabalhar em conjunto com as assessorias pedagógicas.
Dessa forma, será solicitado pelas assessorias pedagógicas relatórios bimestrais via e-
mails referente aos avanços dos desafios de aprendizagem dos estudantes fornecidas pelas
equipes gestoras das unidades escolares.

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Os relatórios serão padronizados e disponibilizados posteriormente às assessorias
pedagógicas e unidades escolares. Tais relatórios serão analisados, por essa Coordenadoria para
que se possa propor as intervenções pedagógicas necessárias.

5. ACOMPANHAMENTO DE INFREQUÊNCIA ESCOLAR

O Ensino Fundamental, segunda etapa da educação básica, do Estado de Mato Grosso é


organizado por Ciclo de formação humana, com duração de nove anos e estruturado em três
ciclos, com carga horária mínima anual de 200 dias letivos e 800 horas para cada ano,
totalizando 2.400 horas para cada Ciclo, conforme a legislação vigente.
A LDB N° 9394/96 dispõe no Art.24 Inciso VI, que é necessário, na Educação Básica,
o mínimo de 75 % de frequência do total de horas letivas para aprovação do estudante. Nesse
sentido, a frequência mínima obrigatória para fins de progressão no Ensino Fundamental do
Estado de Mato Grosso para cada ano do ciclo está em consonância com a legislação nacional.
Assim, o cálculo deve ser efetuado sobre as 800h, ou seja, o cômputo de 25%+1 de
faltas é considerado no ano e não no ciclo, de modo que a somatória das faltas seja computada
pelo sistema ao final de cada ano.
A apuração de frequência realizada no período do ano letivo correspondente que resultar
em um índice maior que 25% + 1 de faltas implicará na retenção do estudante no ano/ciclo em
curso, exceto para a matrícula extraordinária. A escola que apresentar estudante na situação de
retido por não atingir o mínimo de 75% de frequência, deverá matriculá-lo no mesmo ano/ciclo
no qual foi retido, não podendo enturmá-lo no ano letivo seguinte.
É preciso considerar, com base na perspectiva de formação humana, que é necessário
trabalhar de forma coletiva e contínua fazendo com que as situações de evasão por falta, sejam
significativamente diminuídas nas unidades escolares de Mato Grosso.
Nas escolas Organizadas por Ciclos de Formação Humana, as responsabilidades são
compartilhadas, e nesse sentido, todos os profissionais da escola devem compreender a
necessidade/importância de assegurar a permanência do educando na escola e seu avanço nos
estudos respeitando os ciclos da vida.
Cabe à Escola comunicar as ausências que prejudicam o desempenho e o sucesso dos
estudantes aos pais e/ou responsáveis, e aos Órgãos/Instituições competentes pela garantia dos
direitos das crianças e adolescentes, conforme prevê o artigo 56 da Lei 8069/90 (Estatuto da
Criança e do Adolescente).

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Para otimizar e aprimorar o controle de infrequência dos estudantes e possibilitar maior
visibilidade aos processos de acompanhamento efetivo da vida escolar das crianças,
adolescentes e jovens, evitando reprovações por faltas, abandonos e evasões, será implantando,
em 2016, um núcleo de acompanhamento de infrequência na SUEB.
Será habilitado um link no submódulo Sigescola para este registro. No mesmo
aparecerão as turmas com seus respectivos estudantes e o registro de frequência será feito da
mesma maneira que no Diário Eletrônico;
Este sistema será independente do cômputo geral de frequência que acontece no Diário
Eletrônico, servindo apenas como parâmetro comparativo e de monitoramento do Núcleo de
Acompanhamento de Infrequência Escolar a ser implantado em 2016 na SUEB. Os professores
deverão realizar suas chamadas normalmente (direto no diário eletrônico, em uma lista, etc.),
pois é o lançamento dos professores que serão utilizados como parâmetro para o cômputo da
frequência mínima exigida.
Logo após o início da segunda aula, um profissional designado pela Secretaria Escolar
passará nas salas recolhendo a Ficha interna de estudantes ausentes (em anexo), na qual deverão
listar os educandos que faltaram no respectivo dia. Tal procedimento deverá ocorrer de forma
a não atrapalhar o andamento da aula em curso. Quando se tratar de aulas duplas, o professor
deverá realizar o preenchimento da ficha de estudantes ausentes no início da segunda aula e,
quando se tratarem de aulas únicas, o professor da segunda aula é quem deverá preenche-la,
garantindo a frequência para os estudantes que, possivelmente, tenham chegado atrasados.
O referido sistema de infrequência estará de acordo com os dias previstos no Calendário
Escolar para possibilitar o cálculo de porcentagens de infrequências bimestre a bimestre ou ao
final do ano letivo a fim de possibilitar as intervenções necessárias.
O sistema será atualizado automaticamente todos os dias às 00h00, e, consequentemente
a informação visualizada no painel dos relatórios gerados, serão referentes à data do dia
anterior.
Acontecerá apenas um lançamento diário por turma não permitindo lançamentos
anteriores nem posteriores a data. Os lançamentos realizados na data poderão ser corrigidos
apenas durante o mesmo dia. Após essa data, caracteriza casos de excepcionalidade. São
considerados casos de excepcionalidade aqueles que datam de períodos maiores aos previstos
no prazo de tolerância e deverão ser resolvidos apenas pela CEF/SUEB que terá perfil para
modificar lançamentos anteriores de qualquer prazo. A solicitação para os mesmos deverá ser
feita através do e-mail SUEB.FUNDAMENTAL@seduc.mt.gov.br. Serão permitidos

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lançamentos anteriores de até dois dias letivos a fim de contemplar os casos de eventuais
imprevistos. Para estes casos, o encarregado do lançamento deverá preencher obrigatoriamente
um campo explicando o motivo do atraso.
O sistema permitirá gerar relatórios, cuja visualização das infrequências dos estudantes
aparecerão num painel por polo, escola, turmas, com códigos específicos para identificar os
casos de alertas de infrequências. Quando o mesmo estudante da turma atingir 3 faltas
consecutivas ou 5 alternadas dentro de um bimestre, será acionado um alerta de infrequência
que, ao clicar, permitirá visualizar a lista de estudantes que se encontram nessa situação, a fim
de que a unidade escolar, assessores pedagógicos e o núcleo de acompanhamento de
infrequência escolar possam adotar as medidas adequadas.
O profissional designado pela secretaria para realizar o lançamento das infrequências
deverá desenvolver seu trabalho direcionado e em conjunto com o coordenador pedagógico e
sempre deverá comunica-lo nos casos situações de três (3) faltas consecutivas ou cinco (5)
alternadas pelo estudante, para que sejam tomadas as providências previstas, sendo elas:
 Entrar em contato com os pais e/ou responsáveis mostrando-lhes seus deveres
para com a educação dos(as) filhos(as) via telefone, sms, whatsapp, e-mail, junto
aos vizinhos, da localização da mesma, procurando o endereço de amigos ou
parentes, esgotando todas as possibilidades na busca de alternativas de soluções,
e registrando todas as tentativas de contatos a fim de resguardar a instituição
escolar;
 Não obtendo êxito ao término do prazo de 10 (dez) dias úteis, o Coordenador
Pedagógico, deverá, com o auxílio do profissional responsável pelo controle de
infrequências, preencher a ficha FICAI (anexo) com a síntese dos procedimentos
adotados e efetivados, e encaminhar duas vias ao Conselho Tutelar do
Município, segurando uma terceira via protocolada junto ao respectivo conselho.
 A Escola deverá manter a 2ª via da FICAI para consulta e atualização de
registros, remetendo a 1ª via desta, após recebê-la do Conselho Tutelar ou do
Ministério Público, para a Secretaria Estadual de Educação, para fins estatísticos
e encaminhamentos.

O estudante com mais de 25% de faltas ininterruptas, sobre a carga horária anual, será
considerado desistente, no entanto seu nome permanece no diário de classe até o fechamento
do ano letivo, cabendo a Secretaria Escolar fazer os ajustes necessários nos diários de classe.

70
Maiores detalhes do funcionamento deste novo sistema de acompanhamento de
estudantes infrequentes serão esclarecidos através de um manual técnico a ser encaminhado
pela Superintendência de Tecnologia da Informação (SUTI).

6. COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

É fundamental que os coordenadores pedagógicos do Estado do Mato Grosso


trabalhem em consonância com os assessores pedagógicos em seus respectivos polos
e orientados pela Secretaria de Estado de Educação/Seduc/MT.

É função do coordenador, zelar pelo desempenho pedagógico das unidades escolares,


com eficácia e eficiência, identificando as necessidades de conhecimentos específicos, que
resultem em saberes essenciais à função.
O coordenador pedagógico precisa valorizar a importância da sua função na escola. Para
isso, se faz necessário uma reflexão sobre as suas atribuições. Além do papel de promover a
formação dos profissionais da educação, deve ter o cuidado de não somente encaminhá-los para
cursos de formação (respeitando o cumprimento dos 200 dias letivos), mas possibilitar leituras
e vivências práticas que promovam um diálogo com a teoria, através de trocas de experiência
entre seus pares, e a melhor forma de disseminar essa prática é socializá-la em encontros
periódicos, acompanhando e orientando as ações pedagógicas em sala de aula.
Em consonância com LC 206/2004 e portarias, são atribuições do coordenador
pedagógico:
 planejar e articular trabalhos, organizando encontros de docentes por área de
conhecimento, para planejamentos de ações pedagógicas, envolvendo e incluindo
toda comunidade escolar, tornando encontros coletivos, direcionados e produtivos;
 orientar e acompanhar os serviços de apoio especializados atendidos pela unidade
escolar (Professor Articulador de Aprendizagem, Intérprete de libras, AAE/ADI,
Professor da Sala de Recursos Multifuncionais, entre outros);
 propor plano de ação destinado aos estudantes com desafios de aprendizagem,
juntamente com o professor regente e com o professor Articulador de Aprendizagem
sendo o mediador entre os mesmos;
 zelar pela ambiência pedagógica do Laboratório de Aprendizagem para que o
mesmo esteja em consonância com o Projeto Político Pedagógico, cumprindo e

71
garantindo o efetivo funcionamento e desenvolvimento dos estudantes com desafios
de aprendizagem;
 coordenar, acompanhar e avaliar a elaboração e a atualização do Projeto Político
Pedagógico de maneira participativa;
 zelar pelo cumprimento da hora atividade dos professores, aproveitar essas horas
para acompanhar seus pares em seus estudos, planejamentos, lançamentos,
orientando e propondo ações interventivas que julgar necessárias;
 cadastrar e/ou replicar, para o ano/período letivo, as matrizes curriculares e os
parâmetros de critérios de avaliação, no SigEduca/GER, dos cursos ofertados pela
unidade escolar, em consonância com a política educacional da SEDUC/MT (Art.
7º, Portaria 418/2015);
 comunicar, por e-mail ou documento físico simples, aos pais/responsáveis, os casos
de estudantes menores, que apresentarem os seguintes históricos de infrequência
escolar: por três (03) dias consecutivos e/ou cinco (05) dias alternados dentro do
bimestre, injustificados (Art. 7º, Portaria 418/2015).

Para contribuir com a melhoria das ações pedagógicas, em 2016 as unidades escolares
contarão com o auxílio de um Profissional da Educação em Readaptação de função ou um
TAE/Auxiliar de Coordenação para executar serviços administrativos que antes eram de
responsabilidade da coordenação pedagógica, como controle de estudantes infrequentes
juntamente com o Secretário Escolar e monitoramento do registro no Diário Eletrônico quanto
a execução por parte dos professores.
Para isso, o coordenador pedagógico deve sempre orientar e realizar trabalhos
articulados com esse profissional (professor ou TAE) e a Secretaria Escolar, mantendo esse
profissional atualizado quanto os planos de ações da unidade escolar, para que os trabalhos
estejam em consonância e as questões pedagógicas da escola sejam melhores acompanhadas
pelo coordenador. Importante que o coordenador pedagógico faça valer as funções designadas
para esse profissional, descritas em portaria, minimizando possíveis desvios de função.
Orienta-se que a equipe gestora solicite junto à Superintendência de Tecnologia (SUTI)
perfil de acesso ao sistema, para o profissional que irá auxiliar a Coordenação Pedagógica,
evitando assim o “empréstimo” de senha.
Em escolas com mais de um coordenador pedagógico, deve-se organizar o
acompanhamento por grupos específicos pertencentes às etapas/modalidades ofertadas na

72
unidade. Porém, recomenda-se que o coletivo de coordenadores desenvolva um plano de
trabalho articulado destinado à melhoria do processo ensino aprendizagem, bem como, o
atendimento aos professores e a comunidade escolar em geral. Garantindo o cumprimento das
40 horas distribuídas semanalmente contemplando o horário de funcionamento da escola.
No intuito de dar suporte aos docentes e aprimorar o trabalho, o coordenador pedagógico
precisa ter um olhar atento para orientar os professores em sala de aula, com atendimento
individualizado, fornecendo também bases teóricas para nortear mudança de práticas docentes,
estimulando a socialização de metodologias e estratégias de intervenções pedagógicas para
atender diferentes ritmos de aprendizagens.
Entende-se que para um bom desempenho, o coordenador pedagógico deve buscar
formação para exercer sua função dentro da escola, juntamente com os educadores,
aprimorando as práticas pedagógicas no espaço escolar. Além disso, o diálogo e a proximidade
com seus pares servem para fortalecer a equipe a superar os desafios.
Portanto, caberá a cada coordenador planejar e organizar com os professores regentes
de cada ciclo, trabalhos que obedeçam aos critérios de suas habilitações, possibilitando melhor
atendimento para os professores e estudantes das turmas afins, o que facilita a organização e
possibilita trabalhos mais direcionados de acordo com as necessidades e desafios.

6.1.Semanas Pedagógicas

As orientações acima, são essenciais para nortear o início dos trabalhos nas unidades
escolares. No intuito de atender o anseio das unidades escolares, para 2016 a Semana
Pedagógica irá ocorrer em dois momentos favoráveis ao trabalho coletivo, sendo eles:
I. Antes do início do ano letivo (Primeira Semana Pedagógica): momento em que todos
os profissionais da educação já se encontram devidamente lotados, na qual deverão
realizar estudos referentes a esse orientativo como um todo, permitindo que todos os
profissionais da educação se apropriem das mudanças que estão ocorrendo na Educação
Básica do Estado de Mato Grosso.
Esse período também é destinado ao planejamento de como será realizado o diagnóstico
de aprendizagem para a composição das turmas do Laboratório de Aprendizagem, bem
como a organização dos planejamentos de aula a serem realizados por áreas de
conhecimentos.

73
É o momento de integração dos profissionais, de socialização do Projeto Político
Pedagógico, apresentação de dados da escola e informações sobre as turmas.
Em suma, é o momento de estabelecer os acordos que nortearão os trabalhos do ano
letivo.
II. Após os resultados das Avaliações Externas (Segunda Semana Pedagógica):
momento para socializar o resultado da avaliação externa e organizar o planejamento
das intervenções pedagógicas a fim de garantir os objetivos de aprendizagem previstos
para cada ano/ciclo. Serão avaliadas as turmas de 2º, 4º, 6° e 8º anos do Ensino
Fundamental, em todas as unidades escolares urbanas e em algumas unidades escolares
do campo e quilombola. Os resultados estarão disponíveis aproximadamente 30 dias
após a aplicação das avaliações.

74
7. REFERÊNCIAS

BACHELARD, G. A formação do espírito científico: contribuições para a psicanálise do


conhecimento. Tradução: Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.

BRASIL. Constituição da República Federal do Brasil. Brasília: Centro Gráfico do


Senado Federal, 1988.

_______. Plano Nacional de Educação-Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2014.


Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 26 jun. 2014.

_______. Congresso Nacional. Lei de Diretrizes e Base-LDB 9394/96, de 20 de dezembro de


1996. Diário Oficial da União. Brasília, 1996.

BROUSSEAU, G. Fondements et al. methodoes de la dactique des mathématiques. In


BITTENCOURT, Jane. Obstáculos epistemológicos e a pesquisa em Didática da Matemática.
Revista Educação Matemática, [S.L.], v.6, ano 5, maio, 1998.

_______. Les obstacles epistemologiques et le problemes em mathématiques. In


BITTENCOURT, Jane. Obstáculos epistemológicos e a pesquisa em Didática da Matemática.
Revista Educação Matemática, [S.L.], v.6, ano 5, maio, 1998.

MATO GROSSO, Secretaria de Estado de Educação. Escola ciclada de Mato Grosso: novos
tempos e espaços para ensinar-aprender: a sentir, ser e fazer. Cuiabá. Seduc. 2001.

_______. Constituição Estadual. Promulgada em 05 de outubro de 1989. Governo do estado


de Mato Grosso. IOMAT. Cia Editora e impressora mato-grossense.

_______. Lei Complementar 049/1998, MT. Cuiabá, 1998.

_______. Resolução N. 262/02-CEE/MT, Cuiabá, 2002.

_______ . Resolução Normativa Nº 002/2015-CEE/MT, Cuiabá, 2015

75
8. ANEXOS

FICHA INTERNA DE ACOMPANHAMENTO DE ESTUDANTES AUSENTES

Turma: ________________ Data: ____/_____/_____________


Nome completo dos estudantes infrequentes (a partir da 2ª aula):
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________

Assinatura do professor (por extenso) _______________________________________________________


Manter essa ficha arquivada em local apropriado dentro da Secretaria Escolar até o final do ano letivo

FICHA INTERNA DE ACOMPANHAMENTO DE ESTUDANTES AUSENTES

Turma: ________________ Data: ____/_____/_____________


Nome completo dos estudantes infrequentes (a partir da 2ª aula):
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________

Assinatura do professor (por extenso) _______________________________________________________


Manter essa ficha arquivada em local apropriado dentro da Secretaria Escolar até o final do ano letivo

76
FICHA DE ESTUDANTE INFREQUENTE/INDISCIPLINADO/INFRATOR – FICAI

1. ESCOLA
NOME DA ESCOLA:________________________________________________________________________
ESTADUAL( ) MUNICIPAL( ) PRIVADA ( )
ENDEREÇO:_______________________________________________________________________________
MUNICÍPIO:______________________________________________________TELEFONE:______________

2.ESTUDANTE
IDADE:________________
NOME:____________________________________________________________________________________
DATA DE NASCIMENTO:___/___/_______
FILIAÇÃO:________________________________________E_______________________________________
ENDEREÇO:____________________________________________________________BAIRRO___________
MUNICÍPIO:______________________________________________________TELEFONE:______________
PONTO DE REFERÊNCIA:___________________________________________________________________
NOME E ENDEREÇO DE OUTRAS REFERÊNCIAS (parentes e vizinhos)
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________

3. O ESTUDANTE NO CONTEXTO ESCOLA


3.1. Na Sala de Aula:
SÉRIE/TURNO/TURMA:_____________________________________________________________________
DATAS DAS FALTAS:______________________________________________________________________
NOME DO PROFESSOR:_____________________________________________________________________
DATA DA COMUNICAÇÃO:___/____/____
OBSERVAÇÕES DO PROFESSOR (interação do estudante com a turma, com o professor, hipóteses para as
faltas):
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
_____________________________________________
3.2 Providências da Orientação Escolar:
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
3.3 Providências da Equipe Diretiva:
CONTATOS COM A FAMÍLIA (data; instrumentos utilizados – recado, telefonema, visita domiciliar, entrevista
na escola, outros; responsável pelos contatos):
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
MOTIVOS IDENTIFICADOS PARA AS FALTAS:
Dific. Aprendizagem( ) Está trabalhando ( ) Envolvimento com drogas ( ) Falta de transporte ( ) Resistência do
aluno ( ) Doença ( ) Prob. de relac. Escolar ( ) Distorção idade/série ( ) Carência material ( ) Outros:
__________________________________________________________________________________________
PROCEDIMENTOS DA ESCOLA FRENTE AOS MOTIVOS IDENTIFICADOS (entrevista com os
familiares, encaminhamentos para a rede de atendimento, encaminhamento da situação de violação de direitos ao
Conselho Tutelar, plano de recuperação de frequência e aproveitamento, dentre outros):
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
3.4 RETORNO DO ESTUDANTE À ESCOLA EM:___/___/____
ASS. DO DIRETOR(A): ______________________________________________________________________

77
4. NO CASO DO ESTUDANTE NÃO RETORNAR À ESCOLA:
4.1. REGISTRO DE CONHECIMENTO DA ESCOLA E ENCAMINHAMENTO À SECRETARIA DE
EDUCAÇÃO: ENCAMINHADO EM:___/___/____
ASS. DO DIRETOR(A): ______________________________________________________________________
4.2. ENCAMINHAMENTO DA FICAI AO CONSELHO TUTELAR EM: ___/___/____ Assinatura do
Conselheiro(a) Tutelar:_______________________________________________________________________

5. NO CONSELHO TUTELAR: Recebimento em:___/___/____


Ass:__________________________________
5.1. PROCEDIMENTOS EFETUADOS PELO CONSELHO TUTELAR (datas + meios de contato com a
família: entrevista, visita domiciliar; medidas protetivas e aos pais – artigos 101 e 129 do ECA - aplicadas):
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
____________________________________
5.2 ESTUDANTE RETORNOU À ESCOLA: DEVOLUÇÃO DA FICAI EM: __/__/____
Ass:_______________
5.3. ESTUDANTE NÃO RETORNOU À ESCOLA:- Encaminhamento ao CREAS/CRAS para elaboração de
plano de trabalho com estratégias de trabalho com as crianças, os adolescentes e suas famílias, constando
compromissos e recursos disponibilizados para atender às necessidades detectadas e desenvolver potencialidades
em:___/___/____
5.4.ENCAMINHAMENTO AO MINISTÉRIO PÚBLICO EM:__/__/___ Ass;_______________________

6. ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO (datas + audiência, solicitações de serviços junto à rede de


atendimento, ajuizamento de ação, dentre outros):
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
6.1. ESTUDANTE RETORNOU À ESCOLA:
ARQUIVAMENTO/DEVOLUÇÃO À ESCOLA E COMUNICAÇÃO AO CONS. TUTELAR EM:
___/___/____
6.2. ESTUDANTE NÃO RETORNOU A ESCOLA:
PROVIDÊNCIAS:___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________
AJUIZADA AÇÃO (CÍVEL/CRIMINAL) EM:___/___/____
ASSINATURA DO(A) PROMOTOR(A) DE JUSTIÇA: _______________________________

78
PARTE III: ENSINO MÉDIO

ORIENTATIVO PEDAGÓGICO ENSINO MÉDIO

Prezados(as) Diretores(as) Escolares e Coordenadores Pedagógicos, o presente documento


Orientações pedagógicas às escolas urbanas do Estado de Mato na oferta de Ensino Médio
e Ensino Médio Integrado à Educação Profissional para o ano de 2016.

A Secretaria Adjunta de Políticas Educacionais, Superintendência de Educação Básica, por


meio da Coordenadoria do Ensino Médio (CEM);
Considerando as Diretrizes Curriculares Nacional para a Educação Básica, instituída pela
Resolução Nº 4/ 2010;
Considerando as Diretrizes Curriculares Nacional para o Ensino Médio – DCNEM, instituída
pela Resolução Nº 2, de 30 de janeiro de 2012;
Considerando as Diretrizes Curriculares Nacional para a Educação Profissional, instituída pela
Resolução Nº 6/ 2012;
Considerando a Formação Continuada ofertada pelo Pacto Nacional pelo Fortalecimento do
Ensino Médio (PNFEM);
Considerando as Orientações Curriculares de Mato Grosso – OC’s;
Considerando as Taxas de Abandono e Reprovação nos últimos anos;
Considerando o Plano de Assessoramento à Coordenação Pedagógica executado nos últimos
anos pela CEM;
Considerando a Avaliação Estadual a ser implantada na rede à partir do ano letivo 2016;
Considerando que no Ensino Médio urbano no Estado de Mato Grosso temos:

1.MODALIDADES OFERTADAS

1.1 ENSINO MÉDIO REGULAR

O Ensino Médio “Regular” é ofertado no diurno com carga horária que varia de 800 a
880 horas.
Matriz Curricular com oferta para além de 800 horas, deve assegurar o cumprimento em
um único turno, conforme deliberação da Portaria Seduc 414/2015. Dessa forma, disciplinas

79
como Língua Estrangeira Moderna optativa ao aluno e a Educação Física que é componente
curricular obrigatório devem ser ministradas no turno de matrícula do aluno. Qualquer
organização diferenciada deve ser registrada à Assessoria Pedagógica do município.
Carga horária com organização para além das 880 horas somente nas seguintes
situações:
A organização de projeto à partir de uma demanda da Comunidade ao ser encaminhada
pela Escola com parecer da Assessoria Pedagógica do município, passa por análise pedagógica
e técnica do órgão central. Essa análise considera que carga horária ampliada demanda
organização pedagógica e metodológica diferenciada bem como os possíveis impactos
financeiros.

 À partir do ano letivo de 2010, via adesão ao Programa Ensino Médio Inovador

O Estado aderiu ao ProEMI em 2009 iniciando sua oferta em 07 escolas no ano letivo
de 2010. Hoje conta com 66 Unidades Escolares que por adesão se propuseram a dialogar sobre
o panorama atual do Ensino Médio no país. O objetivo principal do programa é que o coletivo
escolar discuta suas práticas pedagógicas e redesenhe seu currículo. O Projeto de Redesenho
Curricular –PRC – é organizado para uma carga horária de 1000 horas anual.
Para o ano letivo de 2016 não serão abertas novas adesões ao Programa, por enquanto ainda
não há encaminhamentos no Ministério de Educação.
No Link:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15482-
documento-orientador-proemi-2014-pdf&category_slug=abril-2014-pdf&Itemid=30192
é possível acesso ao documento orientador do ProEMI emanado do MEC, bem como
Orientativo do Estado sobre elaboração do PRC e sobre a função do professor articulador do
ProEMI.

 À partir do ano letivo 2016, via Projeto de Intervenção Pedagógica conforme


orientativo específico às Escolas urbanas de Cuiabá e Várzea Grande.

O Projeto de Intervenção Pedagógica é uma proposta para as turmas de 1º anos de


Ensino Médio, objetivando atenção a transição do 9º ano do Ensino Fundamental para o Ensino
Médio. Para essa proposta será ampliada 01 aula de Matemática e 01 aula de Língua Portuguesa,

80
para além do previsto na matriz curricular da Escola. Essa ampliação de até 960 horas, iniciará
por adesão para as Escolas dos municípios de Cuiabá e Várzea Grande.

 À partir do ano letivo de 2016, via Projeto de Educação Integral em Tempo


Integral

O Projeto de Educação Integral em Tempo Integral para o Ensino Médio em Mato


Grosso, está sendo organizado para início neste ano letivo em Unidades Escolares com
potencial para se tornarem Escolas de Referência em Ensino Médio. O projeto conta com carga
horária de 1400 horas anual, ou seja, 07 horas diárias para o aluno. Com organização
diferenciada de matriz, de estrutura pedagógica e física, baseia-se na proposta de Redesenho
Curricular do ProEMI, assim, pretende-se que a oferta de Ensino Médio em tempo Integral
fortaleça o Ensino Médio Inovador no Estado. A organização estará prevista em Portaria
específica para esta oferta.
Em 2016 será lançado Edital para oferta de Educação Integral em Tempo Integral, para
identificação de Unidades Escolares e Comunidades interessadas na proposta.

1.1.1 ENSINO MÉDIO REGULAR NOTURNO

No noturno o Ensino Médio é ofertado com carga horária mínima de 800 horas, podendo
estar organizada com matriz semestral. O Ensino Médio Noturno Regular apesar de ainda ser
uma oferta necessária, vem se configurando em um desafio cada vez maior quanto a
permanência do aluno, que a cada início de ano reinicia a matrícula. Diante dessa problemática,
a proposta de Ensino Médio Semestral é uma organização que busca minimizar impactos da
desistência e do abandono escolar.
Assim, a matrícula se dá por créditos semestrais, onde o aluno fará matrícula em janeiro
e em julho; cada semestre tem a duração de cem dias e 400 horas.
A organização pedagógica precisa ser revista, sendo orientação a organização em escolas que
possuem número de turmas pares e atribuição de aulas duplas (semiblocos) que permitem maior
proximidade entre professor/aluno, admitindo novas possibilidades de trabalho pedagógico e
interatividade.

81
1.2 ENSINO MÉDIO INTEGRADO À EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – EMIEP

O EMIEP, na oferta regular diurno, possui carga horária à partir de 1200 horas, de
acordo com a resolução específica e catálogo nacional dos cursos técnicos. No noturno com
oferta via PROEJA.
Ofertado no Estado desde 2007, em 05 escolas, atualmente atende 52 escolas em
municípios. As turmas de EMIEP possuem carga horária de tempo integral, porém, estão
organizadas de forma a atender as necessidades dos municípios, assim, alguns cursos funcionam
com contra turno e outros com 06 dias na semana.
Atendendo a proposta de Integração Curricular, o curso precisa estar organizado para
que a Base Nacional Comum seja trabalhada de forma integrada a Base Técnica Profissional.
Ressaltamos a importância de abertura de turmas com números de alunos em consonância com
a portaria em vigor, uma vez que ao iniciar a oferta é preciso dar terminalidade.
A transferência de alunos do EMIEP para o Ensino Médio Regular apesar de ser
permitido pela legislação, ocasiona perdas para o aluno, para a Escola e para a Rede como um
todo.
Já em casos de terminalidade com número extremamente reduzido, o órgão central poderá
proceder junções de turmas de EMIEP na Base Nacional Comum, garantindo o direito de
terminalidade e o dever de Gestão da Rede com responsabilidade. Nesse caso de junção a turma
não será cadastrada no Censo Escolar.

ASSIM, ORIENTA:
As diferentes ofertas e organizações apresentadas acima, não contemplam na totalidade
a demanda do Estado que possui atendimento às Diversidades e Especificidades da Educação
de Jovens e Adultos, do Campo, Quilombola e Indígena. Todavia, este orientativo tem por
objetivo dialogar sobre o Ensino Médio Regular, etapa final da Educação Básica de
aprofundamento e consolidação de conhecimentos à partir de organização pedagógica prevista
nos seguintes indicadores:
 Índices e Rendimento Escolar
 Documentos Pedagógicos
 Espaços e tempos Pedagógicos
 Formação Continuada
 Participação Estudantil

82
Cada item acima indica uma necessidade a ser considerada no Currículo Escolar, dessa
forma, registramos algumas reflexões a serem realizadas entre Gestão Escolar e Corpo Docente
e entre Gestão Escolar e Corpo Técnico, em busca de melhorias para o nosso trabalho.

2.ÍNDICES E RENDIMENTO ESCOLAR

Os indicadores, sejam internos ou externos, são os primeiros instrumentos a serem


considerados no diagnóstico da Escola, através dos dados de aprovação, reprovação e
abandono.
Apontamos o PDDE Interativo como importante instrumento na constituição desse
trabalho. É uma ferramenta Nacional, disponibilizada para todas as Escolas, para que através
de preenchimento anual de um questionário, receba um diagnóstico da sua Escola, à partir da
realidade informada.
2.1 Os Indicadores Internos são compostos pelas avaliações da aprendizagem internas.

2.2 Já os Indicadores Externos no Ensino Médio são amostrais, obtidos à partir da Prova Brasil
e outros indicadores que compõe o IDEB do Estado. No nosso Estado, à partir de 2016 será
implantada avaliação Institucional Externo à Escola, a ser aplicada para o Ensino Fundamental
(2º, 4º, 6º e 8º ano) e para o Ensino Médio (1º e 2º anos).

2.3 A Progressão Parcial, em nosso Estado regulamentada pela resolução 002/2015 do


CEE/MT, prevê a possibilidade de aprovação no Ensino Médio para o ano seguinte em
progressão parcial de até quatro disciplinas.
O direito de progressão do aluno pressupõe dever de cumprimento da disciplina no ano
subsequente a ser organizado pela Escola e previsto no PPP.

2.4 O ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio - vem se consolidando no país como acesso
ao Nível Superior e também para a Conclusão do Ensino Médio, em caso do interessado ser
maior de idade. Dessa forma, também se constitui como indicador relevante para o
Planejamento Escolar. Apesar de não ser uma avaliação obrigatória, a Escola que possui
participação de 50% + 1 dos alunos matriculados no terceiro ano, tem as médias obtidas por
esses alunos divulgados.

83
Orientamos:
 Acompanhar os dados da Escola, acessem www.qedu.org.br e conheçam o Qedu.
 Diretor, responsável pelo acesso, disponibilize ao coletivo a Síntese do Diagnóstico do
PDDE Interativo.
 Atenção para as turmas de 1º anos do Ensino Médio, os dados na grande maioria são
preocupantes e necessitam de um planejamento específico.
 É necessário a coordenação pedagógica mapear no início do ano letivo as matrículas em
progressão parcial para organização de plano estratégico de ação para atendimento a
esse grupo de alunos.
 A progressão parcial não deve ficar na responsabilidade somente dos professores, é
preciso que a Escola possua um Plano de Ação específico de acompanhamento de
aprendizagem do aluno para esta demanda, com estratégias de intervenção definidas
para execução pelos professores, esse instrumento poderá subsidiar o relatório
circunstanciado da Progressão Parcial. Previsto no PPP.
 Conheçam as médias no ENEM de sua Escola, acesse www.inep.gov.br e planejem
estratégias nas aulas que fomente a participação dos alunos.
 Fiquem atentos, este ano teremos plataforma para estudos individualizados para o
ENEM, com prazo maior para os estudos.

3. DOCUMENTOS PEDAGÓGICOS

 O Projeto Político Pedagógico é a identidade institucional da Escola. Cabe à unidade


escolar, com a participação da comunidade, a formulação, execução, avaliação e revisão
de sua proposta pedagógica. A avaliação do Projeto Político Pedagógico pode ocorrer a
qualquer momento ou no final de cada ano escolar.

 O Regimento Escolar precisa expressar as necessidades da Escola em relação aos


direitos e deveres, não só, dos alunos, mas de todos os integrantes da Escola, com bases
na legislação atual. É um documento que deve fazer parte do planejamento, sendo
inserido nas aulas dos alunos, sendo estudado e ao mesmo tempo discutido, debatido
pelos reais atores do processo.

84
 As Diretrizes Curriculares Nacional e as Orientações Curriculares do Estado são
documentos que norteiam a elaboração e reelaboração do PPP da Escola, principalmente
no que concerne a organização curricular.

 Para as Escolas que trabalham com o ProEMI é imprescindível o conhecimento do


Documento Orientador do Programa, a cada ano se faz necessário o revisitar da
proposta, repensar o PRC da Escola, principalmente no caso de alteração do quadro de
docentes. Também é leitura recomendada para as Escolas que trabalham com o EMIEP,
uma vez que o Redesenho Curricular tem base na Integração Curricular, à partir das
áreas do conhecimento articulados ao eixo trabalho-ciência-tecnologia-cultura.

Orientamos:
 Atualizem o Regimento Escolar sempre que necessário e com participação dos alunos.
Em caso de Regimento Escolar atualizado o início do ano é um espaço importante para
trabalho de conhecimento e sensibilização. Busquem novas estratégias de um ano para
o outro, somente a leitura geral do documento já não é mais suficiente.

4.ESPAÇOS E TEMPOS PEDAGÓGICOS

Os espaços e tempos pedagógicos devem ser potencializados para que favoreçam a


aprendizagem dos alunos. Diversificar as atividades pedagógicas requer mudanças nas práticas
tradicional de lecionar, requer mudanças de espaços e muitas vezes reorganização dos horários.
A Coordenação Pedagógica precisa ser o agente que estimula e que articula ações pensadas
pelos professores e quando necessário o que propõe para o grupo práticas diferenciadas nos
espaços disponíveis na Escola.

 Conselhos de Classe deve contar com a participação do diretor, do coordenador


pedagógico, do articulador do ProEMI, do corpo docente e representantes de turmas. Os
Conselhos de classe são momentos para suscitar decisões a respeito da recondução do
processo ensino-aprendizagem; estabelecer as necessidades, as prioridades e as
propostas de intervenção pedagógica com ações capazes de garantir a proficiência do
aluno.

85
 Os espaços pedagógicos existentes na Escola, para além da sala de aula, tais como a
biblioteca, o laboratório de informática, o laboratório de ciências, a sala de leitura, a
rádio, o auditório, a quadra de esporte, a horta, o refeitório, dentre outros; precisam ser
legitimados como espaços de aprendizagem. São importantes espaços de construção de
conhecimento e que precisam ser incorporadas no dia a dia da Escola, como por
exemplo no horário de aula.

Orientamos:
 As Escolas que possuem espaços como Laboratório de Ciências, podem inserir a aula
no horário dos alunos, garantindo a utilização do espaço e possibilitando a relação teoria
e prática nas aulas da área de Ciências da Natureza. Essa organização poderá ser flexível
e ocorrer semanalmente ou a cada quinze dias, conforme quantidade de aulas da matriz
da Escola. Da mesma forma, poderão ser organizados os espaços da Biblioteca ou do
Laboratório de Informática.
 Organização de Salas Ambiente, são uma excelente alternativa para organizar os
materiais específicos de cada disciplina em um único ambiente, dando a “cara” daquele
componente curricular, bem como uma organização que propicia uma movimentação
dos alunos entre as aulas, reduzindo as saídas na hora da aula.
 Registramos a necessidade de compreender que os Técnicos Administrativos efetivos
ou contratados devem contribuir com o processo de ensino, sendo necessária a
organização de seus horários de trabalho para atendimento de professores e alunos,
conforme a necessidade da Escola. Assim a Escola que possui apenas um TAE para a
biblioteca, deve organizar as 30 horas de forma a atender os turnos de funcionamento
da unidade.

5.FORMAÇÃO CONTINUADA

A formação continuada docente tem sua relevância ao se compreender seu significado


e importância no exercício da prática pedagógica, entendendo-a como prática inerente a
profissão. Assim, as demandas formativas identificadas no diagnóstico de cada disciplina, de
cada turma e série da Escola, se configuram em subsídios para construção do projeto de
Formação Continuada da Escola.

86
Orientamos:
 Organização de Projeto conforme Orientativo específico para a Sala de Educador 2016.
 Revisitarem sempre que necessário os cadernos do PNFEM.
 Atenção na formação continuada para o trabalho com algumas temáticas, que, de acordo
com as DCNEM, devem perpassar o currículo do ensino médio, tais como: educação
alimentar e nutricional; o processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso;
Educação ambiental (sustentabilidade universal); Educação para o Trânsito (Lei nº
9.503/97, que institui o Código de Trânsito Brasileiro) e Educação em Direitos
Humanos que é eixo norteador de todo o currículo.

6.PARTICIPAÇÃO ESTUDANTIL

 Liderança de Sala
 Clubes de Interesses
 Projeto Monitoria
 Grêmio Estudantil

Na Escola Pública Estadual encontram-se parte significativa das JUVENTUDES do


Estado de Mato Grosso, de acordo com dados do censo de 2014, o Estado de Mato Grosso
possui 615 escolas que ofertam Ensino Médio, dessas 461 pertencem a Rede Estadual, que
atendem a 89,21% dos estudantes matriculados, assim, contamos com a dedicação e o empenho
de cada Profissional da Educação Básica em prol de um Ensino de Qualidade.

87
PARTE VI: PROJETO EDUCATIVOS

1. MISSÃO DA COORDENADORIA DE PROJETOS EDUCATIVOS

A Coordenadoria de Projetos Educativos tem como missão orientar, acompanhar e


executar programas, ações e projetos educativos para o fortalecimento do currículo da
Educação Básica, respeitando as características regionais e locais, competindo-lhe:

I. Desenvolver e implementar as ações dos Programas e Projetos oriundos do MEC de


forma articulada com a Política Educacional do Estado e integrada às demais áreas da
Secretaria de Estado de Educação–SEDUC.

II. Orientar as escolas na elaboração, execução e avaliação de programas e projetos


educativos em consonância com a LDB, Parâmetros Curriculares, Diretrizes Nacionais,
Orientações Curriculares e o Projeto Político Pedagógico, visando a aprendizagem do
aluno;

III. Implementar e implantar ações, programas e projetos que promovam a formação


integral dos alunos;

IV. Emitir parecer técnico e pedagógico a convênios que envolvam o desenvolvimento de


programas e projetos educativos oriundos de instituições governamentais e não-
governamentais, assegurando o processo didático e estratégico para a aprendizagem dos
alunos, subsidiando as decisões políticas educacionais da Superintendência de
Educação Básica.

V. Apresentar os programas, ações e projetos educativos desenvolvidos pela


Coordenadoria, com a finalidade de esclarecer a funcionalidade, objetivos e estratégias
pedagógicas desses produtos às demais áreas da Secretaria de Estado de Educação–
SEDUC.

VI. Elaborar subsídios pedagógicos e teóricos para as escolas concernentes ao


desenvolvimento de programas, ações e projetos educativos, fortalecendo o Currículo
da Educação Básica.

88
2. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES DA CPE

2.1 Projetos e Programas Educativos Institucionalizados pela SEDUC-MT

Os projetos e programas educativos institucionalizados são disponibilizados pela Seduc-


MT, por meio da Coordenadoria de Projetos Educativos/SUEB, às unidades escolares, com
orientação especializada e distribuída pelos profissionais lotados nessa Coordenadoria.
Cada projeto e programa educativos têm sua particularidade e objetiva contribuir e
ampliar as ações que acontecem na escola.

2.1.1. Projeto Biblioteca Escolar

As escolas que possuem espaço físico e mobiliário adequado, assim como acervo
bibliográfico de, pelo menos, 500 títulos, a SEDUC disponibiliza um profissional - efetivo ou
contratado – para desenvolver atividades de leitura. Além disso, anualmente, é ofertada uma
formação para os profissionais que atuam nessa função. Em 2012, foi publicado e distribuído o
“Caderno Orientativo para uso da Biblioteca Escolar” (SEDUC), incentivando boas práticas,
para todas as escolas do estado. Em 2014, teve início a implantação do Sistema para
organização das Bibliotecas Escolares. O programa cataloga e organiza todo acervo, emite
carteirinhas e controla as locações feitas pela comunidade escolar. Para isso, são feitas
formações para os técnicos das bibliotecas nos polos do Estado.

2.1.1.1 Ações da Seduc de fortalecimento para as bibliotecas escolares:

a. Publicação do Caderno Orientativo para Uso da Biblioteca Escolar, elaborado pela


Coordenadoria de Projetos Educativos – SUEB, com orientações quanto ao uso, manuseio,
conservação, guarda e preservação do acervo, assim como sugestões para a organização e o
funcionamento do espaço para práticas pedagógicas.

b. Formação de “Boas Práticas para Biblioteca Escolar”, que possibilita ao profissional que
atua na biblioteca escolar, noções importantes no processo de organização e atividades de
incentivo à leitura, levando a esse, o conhecimento técnico e pedagógico que a função requer.

89
c. Programa de Gestão de Biblioteca Escolar, desenvolvido pela Superintendência de
Tecnologia da Informação (SUTI), possui um software especializado em gestão de biblioteca
escolar, onde podemos administrar as rotinas da biblioteca. O programa está disponibilizado
via web no Sistema SigEduca/GED para as escolas.

d. A Vídeo aula é uma ferramenta que as escolas poderão utilizar para trabalhar com o
Programa de Gestão de Biblioteca Escolar na composição de sua biblioteca específica. Será
elaborado um calendário por região para essas aulas, a partir de 2016.

2.1.2. Projeto Interdisciplinar de Arte na Escola - PRINART

O Projeto Interdisciplinar de Arte (PRINART) trabalha atividades de disciplinas da


parte diversificada (LDB, art. 26), com professor qualificado, incluindo as temáticas da música,
cultura, arte e educação física, como estratégia para formação humana e cidadã dos alunos. Em
2015, foi desenvolvido em 174 escolas da rede estadual. Seu principal objetivo é fortalecer os
aspectos prioritários no processo de ensino e aprendizagem dos alunos, como: participação,
integração, coletividade, respeito, ética, disciplina, produtividade e aprendizagem colaborativa.

A Matriz do PRINART é composta de 13 (treze) atividades complementares:


a) Fanfarra/Percurssão
b) Baliza/Balizador
c) Banda Escolar
d) Canto/Coral
e) Instrumentos de cordas
f) Instrumentos Artesanais com materiais reciclados
g) Instrumentos de sopro
h) Instrumentos de Teclado
i) Pintura/Desenho/Artesanato/Escultura
j) Música/Musicalidade/Grupo Musical
k) Dança
l) Teatro
m) Corpo Coreográfico/Pavilhão de Bandeiras

Cada unidade escolar pode optar em desenvolver de 01 (uma) até 06 (seis) atividades.

90
Este Projeto já incentivou alunos a ingressarem na graduação de música e,
posteriormente, com o desejo de contribuir pela experiência adquirida e mudar a vida da sua
comunidade, voltarem à escola como professores do Projeto.

2.1.3. Projeto Educomunicação

Propicia a criação e o fortalecimento de ambientes educomunicativos nas escolas, para


facilitar o processo ensino e aprendizagem, através do uso de rádio, jornal, TV e outras
tecnologias, promovendo a expressão comunicativa na comunidade escolar. Na implantação do
projeto, em 2007, foram entregues os equipamentos necessários para seu funcionamento. Nos
anos subsequentes, as escolas interessadas fizeram a aquisição de materiais com recursos
próprios, planejados no PDE, e a SEDUC disponibiliza um profissional - efetivo ou contratado
- para coordenar as atividades, com carga horária de 10 (dez) horas semanais, em 2015 e 2016.
Além disso, anualmente, é ofertada uma formação para os profissionais que atuam nessa função.
A escola que optar em desenvolver o Projeto Educomunicação (processo de implantação
ou continuidade) poderá escolher de 01 (uma) a 3 (três) atividades complementares, dentre as
seguintes:
a) Jornal escolar
b) Rádio escolar
c) Histórias em quadrinhos
d) Fotografia
e) Vídeo
f) Ambiente de redes sociais
g) Robótica educacional
h) Tecnologias educacionais

O profissional a ser atribuído no Projeto Educomunicação deverá ser professor efetivo


e/ou estabilizado, com Licenciatura ou Bacharelado em uma das áreas do conhecimento, e ter
habilidade para desenvolver a função pretendida.

2.1.4. Programa Paz na Escola

O Programa Paz na Escola trabalha as temáticas relacionadas a drogas e a violências.


Os profissionais da equipe do Programa orientam os procedimentos corretos a serem seguidos

91
quando ocorrem episódios de violência no contexto escolar, além de aproximar a Rede de
Proteção às Crianças, Adolescentes e Jovens.
Todas as escolas da rede estadual de educação estão automaticamente assistidas pelo
PROGRAMA PAZ NA ESCOLA. Porém para ativação da rede de proteção dos direitos da
criança e do adolescente, cada instituição necessita elaborar um projeto, com o objetivo de
promover Uma Cultura de Paz no ambiente escolar.
O projeto deverá ser elaborado pelos profissionais da educação e inserido no PPP
(Projeto Político Pedagógico) da escola, aprovado pela comunidade escolar (CDCE) e
respaldado pelo regimento interno. Com previsão de desenvolvimento para o ano letivo em
vigência, evitando ações isoladas.
Os assessores técnicos da Coordenadoria de Projetos Educativos/SUEB/SEDUC que
atuam no Paz na Escola auxiliam as unidades escolares, na ativação da rede de proteção e
prevenção, no monitoramento e manutenção da rede, garantindo a devolutiva das instituições
parceiras quanto aos encaminhamentos realizados pela escola.
As escolas que ativaram a rede de proteção, elaborando seu projeto, ao final de cada
trimestre do ano letivo vigente deverá encaminhar à Secretaria de Educação, Coordenadoria de
Projetos Educativos/SUEB, Equipe Paz na Escola, um relatório de avaliação do projeto.

2.1.5. Projeto Educar – Sistema Socioeducativo

O Centro Socioeducativo em Mato Grosso é centralizado em Cuiabá, mas com algumas


unidades descentralizadas nos municípios de Cáceres, Rondonópolis, Barra do Garças, Lucas
do Rio Verde e Sinop.
Atende adolescentes e jovens que cumprem medidas socioeducativas de internação –
Projeto Educar.
Na Unidade de Internação Masculina (em todas as unidades escolares) e Feminina
(apenas em Cuiabá) do Centro Socioeducativo é destinado a internação de adolescentes em
cumprimento de medida, com idade entre 12 a 18 anos e, excepcionalmente de 18 a 21 anos,
podendo permanecer até 03(três) anos.
A função do Centro Socioeducativo é transformar a medida imposta pela Justiça da
Infância e Juventude em uma ação socioeducativa dirigida aos adolescentes.
Os educandos do Projeto Educar são atendidos em 6(seis) unidades escolares:
EE Meninos do Futuro (Cuiabá)
EE Ana Maria das Graças de Souza Noronha (Cáceres)
92
EE Dom Wunibaldo Tauller Rodrigues (Rondonópolis)
EE São João Batista (Barra do Garças)
EE Angelo Nadim (Lucas do Rio Verde)
EE Olímpio João Pissinati Guerra (Sinop)

O Projeto Educar compreende três etapas de estágios modalidades de ensino: Básico


(Ensino Fundamental), Intermediário (Ensino Fundamental) e Avançado (Ensino Médio).

2.1.6. Programa Pipocando Saber: Em fase de implantação

2.2. Projetos e Ações educativas – Diversos Parceiros

2.2.1. Feira de Ciências na Escola

Fomenta, nas unidades escolares da rede pública e privada, a pesquisa como condição
para explicar os fenômenos de forma lógica, coerente e consistente, por meio de métodos de
observação e experimentação, fortalecendo a educação científica no currículo escolar. Além da
formação de professores, são realizadas etapas escolares, municipais, regionais e estaduais. Os
trabalhos selecionados para eventos nacionais recebem apoio para representar o estado.
Parceiro: SECITEC.

2.2.2. Concurso de Redação “Marechal Rondon – 150 anos”

Iniciativa do Governo do Estado de Mato Grosso, em homenagem ao Centésimo


quinquagésimo ano do nascimento de Marechal Rondon. A coordenação técnica e pedagógica
do concurso é de responsabilidade da Coordenadoria de Projetos Educativos/SUEB. O projeto
incentiva a leitura e a pesquisa sobre a vida e obra de Cândido Mariano da Silva Rondon, mais
conhecido como Marechal Rondon. Público-alvo: alunos do Ensino Fundamental, Ensino
Médio e EJA (EF e EM) da rede estadual. Os alunos das escolas públicas estaduais poderão
participar com a produção de textos, nos gêneros: desenho, poema e artigo de opinião, com o
Tema: “Rondon: De sertanista sonhador a desbravador de fronteiras”, Edição 2015.
Parceiros: Secretarias do Governo de Mato Grosso.

93
2.2.3. Projetos Jogos Escolares e Estudantis

Promoção de atividades que reúne o Governo do Estado, através da SECEL e da


SEDUC, em parceria com as prefeituras municipais, instituições educacionais e desportivas,
órgãos oficiais e comissões credenciadas, que tem por finalidade proporcionar atividades de
esporte, pesquisa, integração social e intercâmbio cultural.
Parceiro: SECEL

2.2.4. Projeto Parlamento Mirim

Projeto desenvolvido em parceria com a Assembleia Legislativa. Realizado apenas nos


municípios que fizeram adesão ao projeto: Cuiabá, Várzea Grande, Chapada dos Guimarães,
Jangada, Santo Antônio do Leverger e Dom Aquino. Visa integrar alunos da rede pública e
particular de ensino, nas atividades regulares do parlamento, através da eleição de 24
parlamentares do ensino fundamental. Eles devem, para tanto, apresentar, anualmente, um
Projeto de Lei executável e com temas propostos pelo programa.
Parceiro: Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

2.2.5. Projeto Voto Consciente

O Programa Voto Consciente, desenvolvido pelo TRE-MT, por meio da EJE - Escola
Judiciária Eleitoral de Mato Grosso, consiste na execução de ações perante a comunidade
escolar que objetivam propagar os conceitos de cidadania e exercício da democracia. Escolas
participantes do programa sediam eleições paralelas, nas quais os estudantes e professores têm
a oportunidade de vivenciar cada etapa do pleito, com o diferencial de que os candidatos não
são pessoas e sim temas sociais.
Parceiro: Tribunal Regional Eleitoral.

2.2.6. Semana da Pátria

Ação em conjunto com o Exército Brasileiro, com a realização de atividades de cunho


cívico, como a visita de estudantes às instituições militares, apresentação dos símbolos e hinos
brasileiros, palestras e desfile cívico militar no Dia da Independência (7 de setembro), com a
participação de alunos e fanfarras/bandas escolares.

94
Parceiros: As Secretarias do Governo e as Forças Armadas.

2.2.7. TCE Estudantil

Ação desenvolvida em parceria com o TCE – Tribunal de Contas do Estado, promove a


visita de estudantes de escolas estaduais à sede da instituição, com distribuição de materiais
informativos e orientações sobre a atuação dos cidadãos no controle social.
Parceiro: Tribunal de Contas do Estado.

2.2.8. Festival Estudantil Temático para o Trânsito (FETRAN)

Desenvolvido em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, o projeto sensibiliza


crianças e adolescentes quanto à necessidade de se conhecer as normas e leis que regem o
trânsito brasileiro, auxiliando-os em sua formação enquanto futuros condutores. O público alvo
do evento são os alunos do ensino fundamental e médio das escolas públicas e privadas do
Estado. Parceiros: DETRAN e Polícia Rodoviária Federal.

2.2.9. Programa Jovens Embaixadores

É uma iniciativa de responsabilidade social da Embaixada Americana, em parceria com


organizações dos setores público e privado do Brasil, voltado para estudantes brasileiros
matriculados no ensino médio das escolas públicas, com perfil de liderança, consciência cidadã
(trabalho voluntário) e que pertençam à camada socioeconômica menos favorecida. Os
vencedores participam de um intercâmbio de três semanas com famílias e escolas nos EUA.
Parceiro: Embaixada dos Estados Unidos da América, CONSED.

2.2.10. Parlamento Jovem Brasileiro - PJB

O Parlamento Jovem Brasileiro (PJB) é realizado anualmente e tem por objetivo


possibilitar aos alunos de escolas públicas e particulares a vivência do processo democrático,
mediante participação em uma jornada parlamentar na Câmara dos Deputados, em que os
estudantes tomam posse e atuam como Deputados Jovens.
Parceira: Câmara dos Deputados, CONSED

95
2.2.11. Projeto Jovem Senador

O Jovem Senador é um projeto anual que seleciona, por meio de um concurso de


redação, 27 estudantes para vivenciarem o trabalho dos senadores.
Parceiro: Senado Federal, CONSED.

2.3. Programas institucionalizados pelo Ministério da Educação

2.3.1. Programa Nacional Livro Didático - PNLD

O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) tem como principal objetivo subsidiar o
trabalho pedagógico dos professores por meio da distribuição de coleções de livros didáticos
aos alunos da educação básica. Após a avaliação das obras, o Ministério da Educação (MEC)
publica o Guia de Livros Didáticos com resenhas das coleções consideradas aprovadas. O guia
é encaminhado às escolas, que escolhem, entre os títulos disponíveis, aqueles que melhor
atendem ao seu projeto político pedagógico.
O Programa Nacional Biblioteca da Escola – PNBE tem como objetivo prover as
escolas de ensino público das redes federal, estadual, municipal e do Distrito Federal, no âmbito
da educação infantil (creches e pré-escolas), do ensino fundamental, do ensino médio e
educação de jovens e adultos (EJA), com o fornecimento de obras e demais materiais de apoio
à prática da educação básica. São encaminhados anualmente para as Escolas Públicas,
Prefeituras e Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, acervos de Educação Infantil,
Ensino Fundamental (1º ao 9º ano), Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (ensino
fundamental e médio) e Educação Especial, acervos com títulos de diversos gêneros literários,
como crônica, novela, romance, bibliografia, teatro, poema, livros de imagens, histórias em
quadrinhos, entre outros.

2.3.2. Programa Mais Educação – PME

Amplia o tempo escolar (em 3h) dos alunos do ensino fundamental, nas escolas públicas,
por meio de atividades optativas que foram agrupadas em macro campos, como:
acompanhamento pedagógico, meio ambiente, esporte e lazer, direitos humanos, cultura e artes,
cultura digital, prevenção e promoção da saúde, educomunicação, educação científica e
educação econômica. O programa é financiado pelo governo federal e a contrapartida da
96
SEDUC é disponibilidade de um profissional - efetivo ou contratado - para coordenar as
atividades ministradas pelos monitores e um profissional de nutrição escolar (merendeira) para
cada unidade escolar cadastrada no Mais Educação.
Programa Escola Aberta – O programa tem por objetivo contribuir para a inclusão
social e a construção de uma cultura de paz, por meio da abertura das escolas, aos finais de
semana, com oferta de oficinas para os alunos e comunidade do entorno. As atividades são das
áreas de cultura/arte; esporte/lazer e recreação; qualificação para o trabalho e geração de renda;
e formação educativa complementar. As oficinas são gratuitas e partem de uma consulta feita à
comunidade. Os oficineiros são, na sua maioria, pessoas da comunidade que possuem
habilidades exigidas para ministrar as oficinas.

2.3.3. Programa Mais Cultura – PMC

Trata-se de uma ação em parceria com o Ministério da Educação, regulamentada por


meio de resoluções publicadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE,
órgão de origem dos recursos. Os projetos inscritos no Mais Cultura nas Escolas é uma ação
conjunta entre as escolas, artistas e/ou entidades culturais, que elaboraram o Plano de Atividade
Cultural da Escola, com o objetivo de aproximar práticas artísticas e culturais do fazer
pedagógico das escolas. A responsabilidade pela construção e gestão do Plano de Atividade
Cultural é mútua, da escola e da iniciativa cultural parceira, e deve ser mantida ao longo do
desenvolvimento do projeto.
O Programa Mais Cultura nas Escolas é uma ação interministerial, que prioriza unir
forças para indução da educação integral enquanto política pública. Neste sentido, a
participação da escola no Programa Mais Educação ou Ensino Médio Inovador no ano de 2012,
foi um dos requisitos para a definição das escolas públicas integradas nesta proposta.
Em Mato Grosso, projetos de 26 escolas estaduais foram selecionados pelo Ministério
da Educação. Para desenvolver as atividades do projeto é necessário Análise e Parecer do Plano
de Ação pelo profissional responsável na Coordenadoria de Projetos Educativos.

Sobre os recursos de 2013 com repasse em 2014:


2014 – As escolas receberam apenas a 1º parcela, da qual as escolas que desenvolveram o
projeto já prestaram contas.
2015 – Não houve o repasse da 2º parcela. Não houve continuidade dos projetos.

97
2.3.4. Programa Saúde e Prevenção na Escola - PSE

O Programa Saúde na Escola (PSE), política intersetorial da Saúde e da Educação, foi


instituído em 2007 oficialmente instituído em 2007 pelo decreto 6286, de 5 de dezembro. As
políticas de saúde e educação voltadas às crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação
pública brasileira se unem para promover saúde e educação integral. Programa Saúde na Escola
(PSE).
A iniciativa parte do entendimento de que a escola como espaço de relações é ideal para
o desenvolvimento do pensamento crítico e político, fundamentais para a construção de valores
pessoais, crenças, conceitos e maneiras de conhecer o mundo e determinantes para a produção
social da saúde.
De natureza interministerial, o programa tem como principal objetivo proporcionar às
comunidades escolares a participação em programas e projetos que articulem saúde e educação,
prevendo o enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de
crianças, adolescentes e jovens brasileiros.
Os Ministérios da Educação e Saúde atuam no coletivo para planejar e executar as
atividades, como forma de aproximar o programa das necessidades reais de cada localidade.
Outras tarefas são divididas entre as instâncias: o repasse de recursos aos territórios é feito pela
Saúde, via depósito em fundos das Secretarias de Saúde; e à Educação cabe distribuir material
pedagógico e clínico a cada uma das escolas contratualizadas.
Isso é colocado em prática no momento em que o estado ou município adere ao
Programa, o que é feito pelo preenchimento de um Termo de Compromisso, documento onde
os gestores se comprometem com metas intersetoriais para cumprimento da iniciativa. Uma vez
aderido, o documento, que fica disponível no Sistema de Monitoramento do Ministério da
Educação (SIMEC), determina prazo de 12 meses para o cumprimento dos pactos estabelecidos.
Instituído pelos Ministérios da Educação e da Saúde, o Programa Saúde na Escola (PSE)
contribui para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção da saúde,
prevenção de doenças e agravos à saúde e atenção à saúde, visando o enfrentamento das
vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças, adolescentes e
jovens da rede pública de ensino.
Em 2016 – A adesão será feita pelas prefeituras, através das secretariais de saúde em
março de 2016.

98
2.3.5. Programa Atleta na Escola

O Programa Atleta na Escola que tem como objetivo incentivar a prática esportiva nas
escolas, democratizar o acesso ao esporte, desenvolver e difundir valores olímpicos e
paraolímpicos entre estudantes da educação básica, estimular a formação do atleta escolar e
identificar e orientar jovens talentos.

2.3.6. Programa Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro

Foi instituído como Política Pública de formação continuada pelo Ministério da


Educação em 2008. Desde então, é uma ação do Plano de Desenvolvimento da Educação –
PDE, que tem como objetivo contribuir para a melhoria da escrita de estudantes de escolas
públicas brasileiras. O programa atende os professores regentes e alunos do 5º ano do Ensino
Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. Nos anos ímpares, o MEC realiza as formações
presenciais e on-line para os professores, por meio da Secretaria de Educação de cada Estado,
em parceria com uma Universidade Pública local. Nos anos pares, o MEC e parceiros realizam
o Concurso de Texto, nos gêneros: poema, memórias literárias, crônicas e artigo de opinião.
Em 2015, foram realizadas duas formações presenciais, compostas da formação de duas
turmas, envolvendo professores/formadores da rede estadual e rede municipal, por meio da
Undime-MT.

2.3.7. Parlamento Juvenil do Mercosul – PJM

O Parlamento Juvenil do Mercosul (PJM) é formado por estudantes dos países que
integram o bloco — Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Os representantes
discutem a formação política e cidadã da juventude, com reflexão e discussão sobre inclusão
educativa, gênero, jovens e trabalho, participação cidadã dos jovens e direitos humanos.

99
3. SÍNTESE DOS PROGRAMA, PROJETO E AÇÕES E SEUS RESPECTIVOS
PROFISSIONAIS RESPONSÁVEIS

PROJETOS, PROGRAMAS EDUCATIVOS – SEDUC


 PROJETO BIBLIOTECA ESCOLAR Telma
Maidan
 PROJETO INTERDISCIPLINAR DE ARTE NA ESCOLA - Guilherme
PRINART Nilsa

 PROJETO EDUCOMUNICAÇÃO Guilherme


Nilsa
 PROGRAMA PAZ NA ESCOLA Ana Carolina
Edwaldo
 PROJETO EDUCAR – SISTEMA SOCIOEDUCATIVO Elenice

 PROGRAMA PIPOCANDO SABER Telma


CEF
CEM
Assessores pedagógicos

PARCEIROS DIVERSOS
 FEIRA DE CIÊNCIAS NA ESCOLA – COM SECITEC Gláucia
Neiva
 CONCURSO DE REDAÇÃO “MARECHAL RONDON 150 Gláucia
ANOS” – COM DEMAIS SECRETARIAS DO GOVERNO Neiva
 JOGOS ESCOLARES DA JUVENTUDE/ JOGOS ESTUDANTIS Alberto
/ ESPORTE NA ESCOLA/ PARALÍMPICOS - COM SECEL Edmar
 PROJETO PARLAMENTO MIRIM – COM ASSEMBLÉIA Telma
LEGISLATIVA Gláucia
PROJETO VOTO CONSCIENTE – COM TRIBUNAL Telma
REGIONAL ELEITORAL Gláucia
 SEMANA DA PÁTRIA – COM DEMAIS SECRETARIAS DO Guilherme
GOVERNO Nilsa
 TCE ESTUDANTIL – COM TRIBUNAL DE CONTAS Telma
Gláucia
 FESTIVAL ESTUDANTIL TEMÁTICO PARA O TRÂNSITO Airtes
(FETRAN)– COM DETRAN E POLÍCIA FEDERAL Gláucia
Neiva
 PROGRAMA JOVENS EMBAIXADORES – COM EMBAIXADA Telma
DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA Gláucia
 PARLAMENTO JOVEM BRASILEIRO – COM CÂMARA DOS Telma
DEPUTADOS Gláucia
 PROJETO JOVEM SENADOR – COM SENADO FEDERAL Telma
Gláucia
MEC
 PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO DIDÁTICO – PNLD Maidan
Nilsa
 PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO – PME Elizany
Marta
 PROGRAMA MAIS CULTURA – PMC Nilsa
Guilherme
 PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA - PSE Nilsa
Maidan
 PROGRAMA ATLETA NA ESCOLA Nilsa
Alberto
100
 PROGRAMA OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA Neiva
ESCREVENDO O FUTURO Gláucia
Graciete – SUFP
 PARLAMENTO JUVENIL DO MERCOSUL – PJM Telma
Gláucia

4. ALGUMAS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

4.1.Programa Mais Cultura em Mato Grosso

No Estado de Mato Grosso, foram selecionadas vinte e seis escolas estaduais e cinquenta
e cinco municipais.

N. ESCOLAS ESTADUAIS MUNICÍPIO


01 EE Manoel Bandeira Alta Floresta
02 EE Dom Bosco Alta Floresta
03 EE Francisco Dourado Barra do Garças
04 EE Maria Miranda Araújo Colniza
05 EE Zélia da Costa Almeida Cuiabá
06 EE Presidente Médici Cuiabá
07 EE Marcelina de Campos Cuiabá
08 EE Santos Dumont Cuiabá
09 EE Professora Maria Hermínia Alves Cuiabá
10 EE Prof. Alice Fontes Pinheiro Cuiabá
11 EE Oscar Soares Juara
12 EE João Matheus Barbosa Juína
13 EE Dom Bosco Juscimeira
14 EE Prof. Nilo Povoas Mirassol d'Oeste
15 EE Feliciano Galdino Nossa Senhora do Livramento
16 EE Wilson de Almeida Nova Olímpia
17 EE Gal. Caetano de Albuquerque Poconé
18 EE Bel. Ribeiro de Arruda Poconé
19 EE Mário Spinelli Pontes e Lacerda
20 EE Prof. Demétrio Pereira Reserva do Cabaçal
21 EE Pindorama Rondonópolis
22 EE Professor Elmar Justen Tabaporã
23 EE Profa. Adalgisa de Barros Várzea Grande
24 EE Prof. Fernando Leite de Campos Várzea Grande
25 EE Maria Leite Marcoski Várzea Grande
26 EE Dep. Emanuel Pinheiro Várzea Grande

O repasse dos recursos do Programa Mais Cultura nas Escolas para as escolas, cujos
Planos de Atividades Culturais foram selecionados, começou a ser feito em maio de 2014.
Conforme a Resolução FNDE/PDDE n° 4 de 31/03/2014. Os recursos foram repassados
em 2 (duas) parcelas, conforme definido pela Resolução FNDE/PDDE n° 5 de 31/03/2014.

101
Aproximadamente vinte escolas já estão desenvolvendo o programa na escola. A
Secretaria de Estado de Educação, através da Coordenadoria de Projetos Educativos é que faz
as orientações, encaminhamentos e o acompanhamento dos projetos desenvolvidos nas escolas
vinculadas na mesma.
A equipe técnica que acompanha o Programa Mais Educação já acumula expertise para
proceder com esta ação. Neste sentido, a escola que encontra dificuldades de acesso contam
com este suporte.

4.2.Programa Atleta na Escola

PDDE QUALIDADE – Atleta na Escola 2013


Modalidade de Atletismo
2013 – Análise e Parecer
Para desenvolver as atividades de Atletismo é necessário apresentação do Plano de Ação nos
moldes do PDDE, a coordenadoria, para análise e parecer pois é necessário anexar na prestação
de contas.

2014 – Modalidades:
Atletismo
Judô
Voleibol
Algumas escolas receberam o repasse.
Análise e Parecer é feito pelo Conselho Deliberativo da Escola

Programa de Formação Esportiva Escolar: Competições de Atletismo

Resolução/CD/FNDE nº 11, de 7 de maio de 2013.


Dispõe sobre a destinação de recursos financeiros, nos moldes operacionais e
regulamentares do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), a escolas públicas municipais,
estaduais e distritais, que tenham estudantes na faixa etária de 12 a 17 anos matriculados no
ensino fundamental e/ou médio, a fim de favorecer a disseminação da prática esportiva e o
desenvolvimento de valores olímpicos e paraolímpicos entre os jovens e adolescentes, numa
perspectiva de formação educativa integral que concorra para a elevação do desempenho
escolar e esportivo dos alunos, no âmbito do Programa de Formação Esportiva Escolar.
O Programa de Formação Esportiva Escolar tem como premissas a democratização
do acesso ao esporte, o incentivo da prática esportiva na escola e a identificação e orientação
dos talentos escolares.

102
Está dividido em duas grandes Ações: Jogos Escolares – para possibilitar a
identificação de talentos escolares e Núcleos de Esporte Escolar – que acolherão os talentos
identificados para o treinamento e desenvolvimento esportivo.
A prática desportiva apresenta duplo caráter educativo: além de permitir o
desenvolvimento das atividades motoras, cognitivas e físicas, é um meio particular de
socialização e superação de limites pessoais e coletivos.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, é dever do Estado incentivar a prática
de esportes e assegurar a destinação de recursos visando o desenvolvimento dessas atividades
e a captação de novos talentos, sendo inclusive, o esporte, considerado como forma de
promoção social.
O Programa Atleta na Escola, integrante do plano de ações do PDDE Qualidade, visa:
1. difundir a prática desportiva entre os estudantes brasileiros;
2. desenvolver valores olímpicos e paraolímpicos entre os jovens e adolescentes;
3. favorecer a identificação de jovens talentos numa perspectiva de formação educativa
integral que concorra para a elevação do desempenho escolar e esportivo dos alunos.
A participação das escolas — Federais, Estaduais, Municipais e Privadas — no
programa, depende primeiramente da adesão da Secretaria Estadual de Educação e das
Secretarias Municipais de Educação, através do link: PDDE Interativo.
Em 2013, o Programa de Formação Esportiva Escolar trabalhou com a modalidade de
Atletismo, nas provas de velocidade, resistência e salto em distância.
A Ação Jogos Escolares é composta por quatro fases: escolar, municipal-regional,
estadual e nacional.
A fase escolar é o grande desafio do Programa, pois nela existe a expectativa da
participação de 5 (cinco) milhões de estudantes entre 12 e 17 anos de idade.
Os recursos, a serem disponibilizados nos moldes do PDDE, destinam-se a escolas
públicas municipais, estaduais e distritais, que tenham a partir de 10 (dez) alunos matriculados
na faixa etária de 12 a 17 anos, cursando o ensino fundamental e/ou médio, de acordo com
informações do censo escolar do ano anterior ao do atendimento.
Em 2014, o Programa de Formação Esportiva Escolar agregou novas modalidades:
Olímpicas: Judô, Voleibol e Atletismo. Na modalidade Atletismo acrescentou-se o
Arremesso de Peso;

103
Paraolímpicas: Atletismo Bocha, Futebol de Cinco (deficiência visual), Futebol de
Sete (paralisia cerebral), Goalball, Judô, Natação, Tênis de Mesa, Tênis em Cadeira de Rodas
e Voleibol Sentado.

4.3. Orientações para Biblioteca Escolar - 2016

Para as escolas que pretendem IMPLANTAR o Projeto Biblioteca, seguem as orientações:

1. A escola deverá construir uma proposta em consonância com o Projeto Político


Pedagógico (PPP) contendo objetivos, justificativa, metodologia com a descrição das ações a
serem desenvolvidas, cronograma de execução das atividades descritas na metodologia e em
anexo fotos do espaço físico e do acervo da biblioteca (conforme modelo em anexo).
Pareceres do CDCE e da Assessoria Pedagógica.

2. O Projeto deverá ser encaminhado à Secretaria de Estado de Educação/Superintendência


de Educação Básica/Coordenadoria de Projetos Educativos - SUEB/CPE/SEDUC. O
encaminhamento deverá ser através de processo físico, via malote, SEDEX ou
protocolados diretamente na Seduc, até o dia 15/01/2016.

3. Para a aprovação, a escola deve ter o espaço físico de no mínimo 48 m², em boas condições
de temperatura e iluminação, com mobiliário adequado, em bom estado de conservação,
ter acervo mínimo de 500 (quinhentos) títulos de literatura diversificada, enciclopédias, entre
outros gêneros e temáticas - não incluindo, nessa quantidade mínima, livros didáticos,
dicionários, periódicos, CDs e DVDs.

4. O TAE atribuído na função de Auxiliar de Biblioteca deverá elaborar um Projeto de


Leitura a ser desenvolvido no ano de 2016 e apresentar na escola, para ser analisado e aprovado
pela equipe gestora. Na Semana Pedagógica, o Projeto deverá ser apresentado aos pares para
avaliação e ampliação de forma interdisciplinar, em conformidade com o PPP. O Projeto de
Leitura, já com as devidas complementações dos pares, deverá ser validado pelo CDCE.

O profissional atribuído para a função de Auxiliar de Biblioteca deve ter perfil, habilidades e
competências para desenvolver atividades específicas, tais como, executar ações de incentivo à
leitura e trabalhar em equipe (professor/auxiliar de biblioteca/professor).

104
5. O TAE atribuído para a função de Auxiliar de Biblioteca terá jornada de 30 horas semanais,
exercidas de forma a atender os três turnos, especificamente nas atividades da biblioteca e
assumirá as funções de:
a) responsabilizar-se pelo acervo bibliográfico e patrimônio material da biblioteca;
b) manter organizado e limpo o acervo, de modo a atender a comunidade escolar com
maior agilidade;
c) realizar serviços auxiliares de processamento técnico;
d) compor o acervo, conforme orientações do “Caderno Orientativo”, publicado pela
Seduc;
e) conhecer o acervo bibliográfico para orientar os alunos na busca e seleção de obras;
f) divulgar à comunidade escolar o recebimento de novos títulos;
g) registrar em livro próprio, fichas ou meio eletrônico, os empréstimos e devoluções;
h) resgatar todos os empréstimos, antes do término do ano letivo, evitando assim, o
extravio do acervo por ocasião do afastamento ou transferências de aluno ou professor;
i) regulamentar, via Regimento da Biblioteca, mecanismos de uso e reposição do
acervo em caso de perda ou dano;
j) tornar público os horários de funcionamento da biblioteca de forma que todos
possam ter acesso a esse espaço;
k) subsidiar os professores na realização de atividades na biblioteca escolar;
l) participar do planejamento e execução dos projetos desenvolvidos na biblioteca
escolar, levando em conta fatores sociais e culturais que possam influenciar a aprendizagem
dos alunos;
m) elaborar calendário cultural, que atenda o perfil da comunidade escolar e que seja
amplamente divulgado.

Para as escolas que já DESENVOLVEM O PROJETO

As escolas que DESENVOLVEM o Projeto Biblioteca da Escola e pretendem dar


continuidade em 2016, deverão encaminhar a Coordenadoria de Projetos Educativos/Seduc
um relatório (ver modelo), dos projetos executadas no ano de 2015 (sacola itinerante,
concurso literário, roda de leitura, entre outras ações), com fotos e Parecer do CDCE. Enviar
no e-mail telma.peres@seduc.mt.gov.br ou biblioteca.escolar@seduc.mt.gov.br até o dia
30/12/2015.

105
A PORTARIA 416/2015 de Atribuição de Aulas/Classe apresenta as orientações e critérios
para implantação e solicitação de continuidade

4.4. Jogos Escolares da Juventude / Jogos Estudantis / Esporte na Escola /


Paralímpicos

Parceiro: SECEL

1º PASSO: para participar dos Jogos Escolares da Juventude – 2016, a Escola deve procurar a
Secretaria de Educação e ou Secretaria de Esporte do seu MUNICIPIO para ser informado do
período de realização dos Jogos Escolares Fase Municipal;

2º PASSO: O Calendário de Eventos Esportivos Educativos, será disponibilizado pela


Secretária Adjunta de Esportes em período próximo ao início do ano letivo de 2016.

3º PASSO – SUGESTÃO: a escola que participar da Fase Municipal e venha a se classificar


para as etapas seguintes, ou seja, Fase Regional / Estadual e Nacional, pode vir a programar a
utilização de recursos financeiros, previamente aprovado pelo CDCE da unidade, destinados a
atender as necessidades dos alunos e do professor para participar das etapas em outros
municípios tais como, aluguel de ônibus ou vã, compra de uniformes para representar a escola,
medicamentos e alimentação.

5. DÚVIDAS FREQUENTES: PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO, PRINART


EDUCAÇÃO

5.1.Programa Mais Educação - PME

1. O Programa Mais Educação terá continuidade em 2016?

Terão continuidade apenas as Escolas que receberam recursos em 2015 e ou comprovarem


recurso (custeio) em conta, pois ainda não foi liberado o cadastro do Mais Educação no PDDE
Interativo 2015 e a nossa referência permanece o cadastro de 2014.

2. Onde inserir o Plano de Trabalho do PME para 2016?

O cadastro é feito no PDDE Interativo 2015, mas ainda não foi liberado o cadastro do Mais
Educação, portanto nossa referência é o cadastro de 2014.
106
3. Saiu a verba do Mais Educação neste ano de 2015?

Por enquanto 48 Escolas Estaduais receberam recursos para o Programa Mais Educação em
2015 (2ª parcela de 2014).
As escolas são responsáveis para acompanhar a conta bancária e o e-mail institucional,
diariamente, para receber as novas informações/orientações.

4. O que devem fazer com o recurso PME, as Escolas que receberam em outubro de 2015?
As Escolas que não estavam em funcionamento deverão reprogramar, integralmente, a verba
recebida, e as que estavam funcionando, deverão reprogramar o que restou e aguardar as
orientações dessa Coordenadoria, via e-mail.

5. Como fazer a devolução de verba da Merenda Escolar?

As Escolas que receberam recurso para Merenda, após suspender o PME, durante o ano letivo,
deverão entrar em contato com a Equipe da Alimentação Escolar, lembrando que a data de
devolução deve estar baseada na data de encerramento do Programa (contrato/atribuição do
Prof. Mais Educação).

6. Quem, como e onde disponibilizar o Relatório do PME?

O professor Mais Educação é o responsável pela elaboração e inserção do Relatório no


SigEscola/GED/SIGeduca e na falta deste, a responsabilidade é do Coordenador Pedagógico da
Escola. Foi encaminhado orientativo para todas as Escolas e Assessorias Pedagógicas, para
inserção dos Relatórios semestrais.

7. Quais os critérios para atribuição do Professor Mais Educação?

A Portaria nº 416/2015, artigo 33, publicada no Diário Oficial de 26 de novembro de 2015.

5.2.PRINART – PROJETO INTERDISCIPLINAR DE ARTE NA ESCOLA

1. Quem é responsável pela elaboração do “Relatório do Projeto Prinart” e “Registro


Fotográfico” referente às atividades desenvolvidas em 2015?

O Professor /Profissional Prinart.

2. Quem deverá inserir o Relatório de Projeto Prinart 2015 e o Registro Fotográfico no


Sistema Sigeduca/GED?

O(A) Coordenador(a) Pedagógico(a) da escola, para quem a COT/SEDUC já liberou o perfil


para esse procedimento.
107
3. O que fazer quando o(a) Coordenador(a) Pedagógico(a) não possuir perfil para
inserção do Relatório do Projeto Prinart 2015 e Registro Fotográfico do projeto no
Sistema Sigeduca/GED?

Deverá ligar para a Central de Atendimento Helpdesk 0800-65 1717 e solicitar o perfil para
essa finalidade.

4. Qual é o prazo final para inserção do Relatório de Projeto Prinart 2015 e Registro
Fotográfico no Sistema Sigeduca/GED?

18 de dezembro de 2015.

5. O que fazer quando a inserção do Relatório de Projeto Prinart 2015 e o Registro


Fotográfico não for possível devido a dificuldades técnicas com o sistema Sigeduca/GED?

O(A) Coordenador(a) Pedagógico(a) da escola deverá encaminhar o Relatório do Projeto


Prinart 2015 e o Registro Fotográfico do projeto ao email institucional:
prinart@seduc.mt.gov.br.

6. O Projeto Prinart tem Regra de Organização Pedagógica?

Sim.
A ROP – Regra de Organização Pedagógica do Projeto Prinart é o documento institucional
embasado na legislação vigente que define a funcionalidade técnica, administrativa e
pedagógica desse projeto educativo em prol de assegurar a excelência em seu planejamento,
execução e avaliação. As partes envolvidas: Seduc, Escola e Professor/Profissional Prinart. A
ROP apresenta as treze atividades do Projeto PRINART, das quais a escola selecionará apenas
a (s) que desenvolverá (ão)/ trabalhará (ão) em 2016.

7. Onde a equipe gestora e o Professor/Profissional Prinart pode encontrar a ROP do


Projeto Prinart, bem como o Modelo de Relatório 2015, de Registro Fotográfico, de Plano
de Trabalho para leitura e conhecimento?

Acessando o Site da Seduc, no link da Coordenadoria de Projetos Educativos / SUEB, seguindo


o caminho:

Site da Seduc > Educadores > Secretarias Adjuntas > Políticas Educacionais > Educação Básica
> Projetos Educativos

108
8. O que é Plano de Trabalho?

É o documento que deve ser elaborado pelo professor/profissional Prinart e equipe gestora no
início do ano letivo. O Plano esboça o planejamento inicial para o desenvolvimento do projeto,
e em síntese apresenta: a identificação, o nome do projeto, carga horária do projeto, a definição
das atividades a serem desenvolvidas no ano letivo, os objetivos, a metodologia, o cronograma
de atendimento, os recursos materiais necessários, a forma de avaliação, as referências, fotos
dos materiais disponíveis para uso no projeto e dos espaços onde serão desenvolvidas as
atividades.

9. Quais os documentos que a escola deverá encaminhar para solicitar a continuidade do


Projeto Prinart em 2016?

O Plano de Trabalho do Projeto Prinart 2016 e o Parecer do CDCE (escaneado) aprovando a


continuidade do projeto.
O Parecer do CDCE deve conter as assinaturas e carimbos do Presidente e Diretor.
Esses documentos devem ser enviados até dia 12.02.2016 para o e-mail institucional:
prinart@seduc.mt.gov.br.

10. O que deve constar no “Parecer do CDCE” para a solicitação de continuidade do


Projeto Prinart em 2016”?

Em síntese, a equipe gestora da escola e CDCE devem apresentar os argumentos que


fundamentam e aprovam a continuidade do Projeto Prinart no ano letivo 2016 tendo em vista
os resultados obtidos no ano anterior, bem como optar pela carga horária do projeto, que pode
ser de 10h, 20h ou 30h, conforme a demanda e necessidade da unidade escolar.

11. Qual é a Portaria que determina o perfil do Professor/Profissional para atribuição na


função Prinart?

O Perfil do Profissional para Atribuição no Projeto Prinart está na Portaria nº 097/2014, citada
no art. 38 da Portaria nº 416/2015.

12. Qual é a Portaria que regulamenta os procedimentos para solicitação do Projeto


Prinart para 2016?

A Portaria nº 416/2015, artigo 38, publicada no Diário Oficial de 26 de novembro de 2015, p.


27.

109
5.3.Projeto Educomunicação

01. Quem é responsável pela elaboração do “Relatório do Projeto Educomunicação” e


“Registro Fotográfico” referente às atividades desenvolvidas em 2015?

O Professor atribuído em 2015 na Função Educomunicação.

02. Quem deverá encaminhar o Relatório do Projeto Educomunicação 2015 e o Registro


Fotográfico à equipe da Coordenadoria de Projetos Educativos?

O(A) Coordenador(a) Pedagógico(a) da escola.

03. Qual é o endereço eletrônico para o envio do Relatório do Projeto Educomunicação


2015 e Registro Fotográfico?

educomunicacao@seduc.mt.gov.br

04. Qual é o prazo final para envio do Relatório de Projeto Educomunicação 2015 e
Registro Fotográfico à Equipe Coordenadoria de Projetos Educativos?

18 de dezembro de 2015.

05. Caso a equipe gestora não encaminhe o Relatório de Projeto Educomunicação 2015 e
Registro Fotográfico no prazo previsto e determinado, o que pode ser feito?

A equipe gestora deve ter ciência de que o Relatório das atividades desenvolvidas em 2015 no
Projeto Educomunicação é documento institucional e de responsabilidade da escola, e sua
ausência pode negativar o processo de continuidade do projeto em 2016, visto que é obrigatório
o envio à equipe CPE.
O relatório é documento que será analisado juntamente com o Plano de Trabalho do Projeto
Educomunicação 2016 e Parecer do CDCE para possível liberação da atribuição de profissional
e aprovação da execução do projeto com contrapartida da Seduc.
O que pode ser feito?
A equipe gestora deve justificar por email a ausência do envio do Relatório do Projeto
Educomunicação 2015 e Registro Fotográfico, e deverá providenciar o envio desses
documentos até 02 de janeiro de 2016, para análise da equipe.

06. Onde a equipe gestora e o Professor na Função Educomunicação podem encontrar as


normativas de organização pedagógica do projeto, bem como o Modelo de Relatório 2015,
de Registro Fotográfico, de Plano de Trabalho para leitura e conhecimento?

Acessando o Site da Seduc, no link da Coordenadoria de Projetos Educativos / SUEB, seguindo


o caminho:

110
Site da Seduc > Educadores > Secretarias Adjuntas > Políticas Educacionais > Educação Básica
> Projetos Educativos

07. O que é Plano de Trabalho?

É o documento que deve ser elaborado pelo professor e equipe gestora no início do ano letivo.
O Plano esboça o planejamento inicial para o desenvolvimento do projeto, e em síntese
apresenta: a identificação, o nome do projeto, carga horária do projeto, a definição das
atividades a serem desenvolvidas no ano letivo, os objetivos, a metodologia, o cronograma de
atendimento, os recursos materiais necessários, a forma de avaliação, as referências, fotos dos
materiais disponíveis para uso no projeto e dos espaços onde serão desenvolvidas as atividades.
08. Quais os documentos que a escola deverá encaminhar para solicitar a continuidade
do Projeto Educomunicação em 2016?

O Plano de Trabalho do Projeto Educomunicação 2016 e o Parecer do CDCE (escaneado)


aprovando a continuidade do projeto.
O Parecer do CDCE deve conter as assinaturas e carimbos do Presidente e Diretor.
Esses documentos devem ser enviados até dia 12.02.2016 para o e-mail institucional:
educomunicacao@seduc.mt.gov.br.

09. O que deve constar no “Parecer do CDCE” para a solicitação de continuidade do


Projeto Educomunicação em 2016”?

Em síntese, a equipe gestora da escola e CDCE devem apresentar os argumentos que


fundamentam e aprovam a continuidade do Projeto Educomunicação no ano letivo 2016 tendo
em vista os resultados obtidos no ano anterior.

10. É possível a solicitação de implantação do Projeto Educomunicação em 2016?

Sim.
As escolas que desejam ofertar de 01(uma) a 03 (três) atividades previstas no Projeto
Educomunicação em 2016 poderão encaminhar até dia 12.02.2016 o Projeto de Implantação,
conforme definido na Portaria 416/2015, de 26 de novembro de 2015, p. 27.

11. Qual é a formatação para a elaboração do Projeto de Implantação do Projeto


Educomunicação?

Espaçamento simples; fonte Arial; Tamanho 12; limite máximo de 08 (oito) páginas, incluindo
capa com o título do projeto, folha de rosto com a identificação (escola, professor, atividades
selecionadas para o projeto e público-alvo), justificativa, objetivo(s), metodologia, avaliação,
cronograma, referência e fotos (do espaço em que as atividades serão realizadas e dos recursos
materiais disponíveis para as atividades).

111
12. Quais as atividades que podem ser desenvolvidas por meio do Projeto
Educomunicação?

a) Jornal escolar
b) Rádio escolar
c) Histórias em quadrinhos
d) Fotografia
e) Vídeo
f) Ambiente de redes sociais
g) Robótica educacional
h) Tecnologias educacionais

13. Qual é o perfil de Professor para atribuição na função Educomunicação?

Ser professor efetivo e/ou estabilizado, com Licenciatura ou Bacharelado em uma das áreas de
conhecimento, ter habilidade para desenvolver a função pretendida, com jornada de trabalho de
10 (dez) horas/aulas semanais, desenvolvendo as oficinas temáticas com os alunos e por turno
de atendimento. (Portaria nº 416/2015, art. 37, p. 27.)

14. Qual é a Portaria que regulamenta os procedimentos para solicitação do Projeto


Educomunicação para 2016?

A Portaria nº 416/2015, publicada no Diário Oficial de 26 de novembro de 2015, p. 27.

6. PARA 2016 – PROJETOS BIBLIOTECA, PRINART E EDUCOMUNICAÇÃO

A Coordenadoria de Projetos Educativos para melhorar a comunicação com as escolas em


relação aos Projetos Biblioteca Escolar, Educomunicação e Prinart, criou os endereços
eletrônicos:

Projeto Biblioteca Escolar – E-mail: biblioteca.escolar@seduc.mt.gov.br

Projeto Educomunicação – E-mail: educomunicacao@seduc.mt.gov.br

Projeto Interdisciplinar de Arte na Escola (PRINART) – E-mail:


prinart@seduc.mt.gov.br

As escolas que desenvolveram os projetos citados acima e desejam solicitar a


CONTINUIDADE em 2016, devem seguir as orientações abaixo:

112
1) Projeto Biblioteca Escolar:
Encaminhar:
Relatório de Atividades 2015 (com fotos).
Parecer do CDCE favorável à continuidade.
Prazo de envio prorrogado até 30/12/2015.
Email: biblioteca.escolar@seduc.mt.gov.br

2) Projeto Prinart:
Encaminhar:
a) Relatório de Atividades 2015 (com fotos) – Prazo de envio de 18/12/16 a 15/01/2016.
b) Plano de Trabalho 2016 e Parecer do CDCE favorável a continuidade.
Prazo de envio até 12/02/2016.
Email: prinart@seduc.mt.gov.br

3) Projeto Educomunicação:
a) Relatório de Atividades 2015 (com fotos) – Prazo de envio de 18/12/16 a 15/01/2016.
b) Plano de Trabalho 2016 e Parecer do CDCE favorável a continuidade.
Prazo de envio até 12/02/2016.
Email: educomunicacao@seduc.mt.gov.br

As escolas que desejam solicitação a IMPLANTAÇÃO de Projetos em 2016, está


disponível a solicitação apenas para os Projetos Biblioteca Escolar e Educomunicação,
conforme orientações a seguir:

a) Projeto Biblioteca Escolar


Encaminhar:
Projeto via protocolo (impresso; processo físico)
Parecer favorável da Assessoria Pedagógica
Parecer do CDCE favorável a implantação
Prazo de envio até 15/01/2016.

b) Projeto Educomunicação
Projeto 2016 (arquivo digital; envio pelo e-mail: educomunicacao@seduc.mt.gov.br)
Parecer do CDCE favorável a implantação.
Prazo de envio até 12/02/2016. (Conforme Portaria 416/2015, de 26.11.2015).

113
7. FALE COM A EQUIPE: COORDENADORIA DE PROJETOS EDUCATIVOS

Profa. Mariana Máximo – Coord. (mariana.maximo@seduc.mt.gov.br)

Profa. Elizany Rosa (elizany.rosa@seduc.mt.gov.br)

Profa. Gláucia Ribeiro (glaucia.ribeiro@seduc.mt.gov.br)

(65) 3613-6414 Marta Soares (marta.soares@seduc.mt.gov.br)

Profa. Regina Costa (regina.costa@seduc.mt.gov.br)

Profa Marly Pereira (marly.pereira@seduc.mt.gov.br)

Profa. Maidan Lara (maidan.lara@seduc.mt.gov.br)

Profa. Neiva Boeno (neiva.boeno@seduc.mt.gov.br)


(65) 3613-6321
Profa. Nilsa Fonseca (nilza.fonseca@seduc.mt.gov.br)

Profa. Telma Peres (telma.peres@seduc.mt.gov.br)

Prof. Alberto Júnior (alberto.alexandre@seduc.mt.gov.br)

Prof. Guilherme Costa (guilherme.costa@seduc.mt.gov.br)


Suelen Pansini (suelen.pansini@seduc.mt.gov.br)
Prof. Edmar Santos (edmar.santos@seduc.mt.gov.br)
(65) 3613-6306
Profa Elenice Valda (elenice.valda@seduc.mt.gov.br)

Prof. Edwaldo Dias Bocuti (edwaldo.bocuti@seduc.mt.gov.br)

Profa. Ana Carolina de Jesus Costa (ana.jesus@seduc.mt.gov.br)

114
7. REFERÊNCIAS

PARLAMENTO JOVEM BRASILEIRO


Câmara dos Deputados
Fonte: http://www2.camara.leg.br/responsabilidade-social/parlamentojovem

PARLAMENTO JUVENIL DO MERCOSUL


Ministério da Educação
Fonte: http://portal.mec.gov.br/parlamento-juvenil-do-mercosul-sp-959344592

PORTARIA – versa sobre o ano letivo 2016


A Portaria nº 416/2015, artigo 38, publicada no Diário Oficial de 26 de novembro de 2015, p.
27.

PROGRAMA JOVENS EMBAIXADORES


Embaixada dos Estados Unidos da América
Fonte: http://portuguese.brazil.usembassy.gov/pt/je.html

PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO DIDÁTICO


Instrução Normativo n. 016/2010/GS/SEDUC/MT – dispõe sobre a destinação dos livros
didáticos irrecuperáveis do Programa Nacional do Livro Didático – PNLD na rede pública
estadual e dá outras providências.

Portal do FNDE – Livro Didático: http://www.fnde.gov.br/programas/livro-didatico

PROGRAMA OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA


Portal da Olimpíada: www.escrevendoofuturo.org.br
Dispõe de vários artigos, documentos, entrevistas para pesquisadores da linguagem, a Coleção
da Olimpíada: Cadernos Virtuais de “Poetas da Escola” (Poema), “Se bem me lembro...”
(Memórias Literárias), “A ocasião faz o escritor” (Crônicas), “Pontos de vista” (Artigo de
opinião); Jogos de aprendizagem; Cursos on-line, etc.

PROGRAMA PAZ NA ESCOLA


Cartilha “Manual de Proteção”:

MATO GROSSO. S ecretaria de Estado de Educação. Manual de Proteção. Coord.


Albimárcia das Neves Espíndola, James Jácio Ferreira. Cuiabá: Print, 2014.
Vídeo (oficina): link
PROJETO BIBLIOTECA ESCOLAR (SEDUC)

MATO GROSSO. Secretaria de Estado de Educação. Caderno orientativo para uso da


biblioteca escolar. Elaborado por Telma Regina de Oliveira Peres, Mariza Inês da Silva
Pinheiro, Alexandre Oliveira de Meira Gusmão, André de Souza Pena. Ilustração: Victor
Oliveira. Cuiabá: SEDUC, 2012.

Portal do Programa Nacional Biblioteca da Escola – PNBE:


Link: http://www.fnde.gov.br/programas/biblioteca-da-escola/biblioteca-da-escola-
apresentacao

115
PROJETO EDUCOMUNICAÇÃO
Série Caderno Pedagógico – MEC: Comunicação e Uso de mídias
Fonte:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=12328-
comunicacaoeusodemidias-pdf&Itemid=30192

PROJETOS EDUCATIVOS
Artigo:

RIBEIRO, Gláucia et al. Projetos Educativos na Escola. In: Anais da Feira Estadual de
Ciências da Educação Básica de Mato Grosso. Tangará da Serra: Gráfica e Editora Sanches
Ltda, 2014.

PROJETO JOVEM SENADO


Senado Federal
Fonte: http://www12.senado.gov.br/jovemsenador

116

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