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O Ê   , Ê   ,[8]   [2] ou    [1] (sérvio Ú   6 albanês  ou

) é um território disputado na península balcânica correspondente, grosso modo,


à região conhecida como Dardânia na Antiguidade. O território fez parte dos impérios
Romano, Bizantino, Búlgaro, Sérvio e Otomano e, no século XX, passou às mãos do
Reino da Sérvia, do Império Italiano e da Iugoslávia. Após a falha das negociações
internacionais para atingir um consenso sobre o estado constititucional aceitável, o
governo provisório de Kosovo declarou-se unilateralmente um país independente da
Sérvia em 17 de Fevereiro de 2008, sendo reconhecido no dia seguinte pelos Estados
Unidos e alguns países europeus, como a França, Portugal e a Alemanha6 porém, o
"país" ainda é reivindicado pela Sérvia e não recebeu o reconhecimento de outros países
como a Rússia e Espanha.

O governo sérvio reivindica o terrítório como parte integral da Sérvia, a Î 

 

Ê  

  (em sérvio, Ⱥɭɬɨɧɨɦɧɚ ɩɨɤɪɚʁɢɧɚ Ʉɨɫɨɜɨ ɢ
Ɇɟɬɨɯɢʁɚ,   
      , e em albanês     
 
  ).

A maior parte da população do Kosovo é de origem albanesa. Existe uma minoria sérvia
que representa aproximadamente 5% da população kosovar.[9]

O presidente da nova república é Fatmir Sejdiu, do partido LDK ( 


   
, "Liga Democrática do Kosovo"). O primeiro-ministro é Hashim Thaçi.

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Foi parte do Império Otomano entre 1389 e 1912. A região esteve sob a dependência de
Skopje tendo constituído uma província separada apenas em 1877.

Em 1912, apesar de ser uma zona de maioria albanesa, foi integrada à Sérvia e não ao
principado da Albânia, criado naquele ano. Ocorreram rebeliões albanesas entre 1878 e
1881 e entre 1918 e 1924. Entre 1941 e 1944 foi anexada à Albânia, sob ocupação
italiana. Após a reintegração à Iugoslávia tornou-se região autónoma, mas integrada à
república da Sérvia.

Em 1991 declarou a independência, que não foi reconhecida pela comunidade


internacional. A tensão entre separatistas de origem albanesa e o governo central da
Iugoslávia, liderado pelo presidente nacionalista Slobodan Milosevic aumentou ao
longo de 1998. No ano seguinte, um grupo de líderes iugoslavos e da comunidade
albanesa em Kosovo e representantes das principais potências mundiais foi formado
para negociar um acordo de paz que colocasse fim aos conflitos entre os guerrilheiros
do ELK e as forças iugoslavas de Slobodan Milosevic, mas a reunião em fevereiro de
1999, na região no castelo de Rambouillet, na França, fracassou[10][11][12][13]

A OTAN atacou a Iugoslávia em 24 de março de 1999,[14][15][16] dando início à Guerra


do Kosovo. A Otan atacou alvos iugoslavos, seguiram-se os conflitos entre a guerrilhas
albanesa e as forças sérvias e se formou um grande número de refugiados.[17]

Em 3 de junho de 1999, líderes ocidentais e iugoslavos chegaram a acordo para o fim à


guerra..[18] Em 10 de junho, foi assinado o acordo para encerrar o conflito.[19][20]
O Parlamento sérvio em 27 de dezembro de 2007 votou, por ampla maioria, moção de
condenação contra qualquer tentativa de independência do Kosovo. A província tem
sido administrada pelas Nações Unidas, através da Missão de Administração Interina, e
pela OTAN desde a guerra de 1999 entre os sérvios e albaneses étnicos separatistas.[21]

Em 17 de fevereiro de 2008, Rússia, China e Sérvia se opõem ao reconhecimento


internacional da independência Estado do Kosovo, que seria declarado definitivamente
nesta data junto à ONU. Os Russos sempre se opuseram aos movimentos separatistas do
Kosovo. O então presidente russo Vladimir Putin declarou que "o reconhecimento da
independência do Kosovo seria ilegal e imoral", pois reacenderiam os conflitos na
região dos Bálcãs. O discurso anti-separatista de Putin foi engrossado pelo Ministro de
Relações Exteriores da Rússia Serguei Lavrov. Segundo o ministro, "é a primeira vez
que se aborda a saída de uma região de dentro de um Estado soberano", o que, segundo
ele, poderia acirrar conflitos semelhantes em outras 200 regiões em todo mundo.

Em contrapartida, o Kremlin sugere a criação do que poderia ser chamado "mapa do


caminho", o projeto sugere uma série de autonomias, mas não ocorreria a independência
do Kosovo, assim como acontece em Hong Kong. A Rússia sugere supostos interesses
comerciais ocidentais com a criação do Estado do Kosovo, denunciando ainda que o
envio de uma missão da União Europeia à região não tinha "base legal".[22]

Mesmo diante da declaração do presidente sérvio de que a Sérvia jamais reconhecerá a


independência do Kosovo, o primeiro-ministro kosovar, Hashim Thaçi convocou e
realizou uma sessão extraordinária do parlamento, onde os 109 deputados presentes
votaram a favor da independência da província. Thaci solicita o envio de uma missão
internacional liderada pela União Europeia para substituir a missão da ONU que
administra a província desde 1999.[23]

A imposição de países como Sérvia, Rússia e China ao reconhecimento internacional da


província torna-se ainda mais latente, com a possibilidade de conflitos na região.
Segundo enviados da BBC, a situação é crítica e beira a um colapso, podendo a
qualquer momento estourar um conflito entre a maioria albanesa e os sérvios. No dia 16
de fevereiro de 2008, um dia antes da sessão extraordinária, mil sérvios se reuniram
para protestar contra a independência kosovar. O delicado cenário em questão se tornou
ainda mais explosivo após o primeiro-ministro Vojislav Kostunica declarar aos sérvios
residentes na região do Kosovo que não abandonem suas casas, pois não são obrigados
a reconhecer nenhuma forma de declaração independência.[24]

A Rússia está em negociação com a ONU, pedindo para que ela não reconheça a atual
independência, por temer que isso vire um novo estopim de movimentos separatistas e
reenvidicações unilaterais de regiões que se auto-declaram independentes. A Sérvia,
junto aos seus aliados econômicos e étnicos, temem pelas minorias não albanesas na
região do Kosovo (principalmente ao norte), por tratados de livre-circulação antes
estabelecido pelos Estados do Bálcãs e pela região ser considerada um coração cultural
e religioso.

A União Europeia irá discutir sobre Kosovo durante um encontro dos ministros do
exterior dos 27 países-membros do bloco no dia 18 de fevereiro, em Bruxelas. Países
com grupos étnicos minoritários temem, assim como a Rússia, que Kosovo seja um
exemplo internacional.
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Os principais partidos políticos do Kosovo são a Liga Democrática do Kosovo (LDK),


de centro-direita, que tem sua origem no movimento não-violento de resistência ao
governo de Slobodan Miloševic, iniciado na década de 1990 e liderado por Ibrahim
Rugova até sua morte, em 2006,[25] e dois partidos que têm suas raízes no Exército de
Libertação do Kosovo (ELK): o Partido Democrático do Kosovo (PDK), liderado pelo
antigo líder do ELK, Hashim Thaçi, e a Aliança pelo Futuro do Kosovo (AAK), de
centro-direita, liderada pelo antigo comandante do ELK, Ramush Haradinaj.[25] O editor
kosovar Veton Surroi formou em 2004 o Partido Reformista ORA, de centro-esquerda.
Os sérvios kosovares formaram no mesmo ano a Lista Sérvia para o Kosovo e Metohija
(SLKM), e conquistaram diversos assentos no parlamento - embora tenham optado por
boicotar as instituições do país, e jamais terem assumido seus postos na Assembleia do
Kosovo.[25] Em 2006 o executivo suíço-kosovar Behgjet Pacolli, tido como o mais rico
albanês do mundo, fundou a Aliança do Novo Kosovo (AKR), que ficou em terceiro
lugar nas eleições realizadas em 2007.

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Em novembro de 2001 a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa


(OSCE) supervisionou as primeiras eleições para a Assembleia do Kosovo.[26] Depois
daquela eleição, os partidos políticos do país formaram uma coalização onipartidária, e
elegeram Ibrahim Rugova como presidente e Bajram Rexhepi (PDK) como primeiro-
ministro.[27] Após eleições realizadas por todo o Kosovo em outubro de 2004, o LDK e
o AAK formaram uma nova coalização de governo, que não incluiu o PDK e o Ora.
Este acordo resultou na eleição de Ramush Haradinaj (AAK) como primeiro-ministro,
enquanto Ibrahim Rugova manteve o cargo de presidente. Tanto o PDK quanto o Ora
criticaram o acordo que selou a coalização, e desde então passaram a acusar com
frequência o governo de corrupção.

Ramush Haradinaj renunciou ao cargo de primeiro-ministro depois de ser indiciado por


crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia em março
de 2005 (Haradinaj foi absolvido em abril de 2008). Foi substituído por Bajram Kosumi
(AAK).[28] Depois do turbilhão político provocado pela morte do presidente Rugova, em
janeiro de 2006, o próprio Kosumi foi substituído pelo antigo comandante das Forças de
Proteção do Kosovo, Agim Çeku.[29] Çeku conseguiu reconhecimento por sua
capacidade de falar às minorias, porém a Sérvia o criticou por seu passado como líder
militar do ELK, e alega que ele ainda não estaria fazendo o bastante pelos sérvios
kosovares. Com a morte de Rugova a Assembleia do Kosovo elegeu Fatmir Sejdiu,
antigo parlamentar do LDK, para a presidência do país. Slaviša Petkovic, Ministro para
as Comunidades e Retornos, era até então o único sérvio no governo, porém renunciou
em novembro de 2006, entre alegações de malversação de fundos do ministério.[30][31]
Atualmente o Ministro para as Comunidades e Retornos e o Ministro do Trabalho e
Bem-Estar Social são sérvios, enquanto o Ministro do Meio Ambiente e Planejamento
Espacial pertence à pequena minoria turca do Kosovo.
Eleições parlamentares foram realizadas em 17 de novembro de 20076 Hashim Thaçi,
que conquistou 35% dos votos, declarou a vitória do PDK (Partido Democrático do
Kosovo), e manifestou suas intenções de declarar a independência. Thaçi formou então
uma aliança com a Liga Democrática do Kosovo, de Fatmir Sejdiu, que havia obtido o
segundo lugar, com 22% dos votos.[32] O comparecimento dos eleitores nestas eleições
foi especialmente baixo6 a maior parte dos membros da minoria sérvia se recusaram a
votar.[33]

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A República do Kosovo é uma democracia representativa parlamentar. O poder


executivo é exercido pelo governo do Kosovo, liderado pelo primeiro-ministro do
Kosovo. Dois ou três ministros, dependendo do tamanho do governo, devem
obrigatoriamente pertencer às minorias. O presidente da República do Kosovo é o chefe
de Estado. O poder judiciário é independente, e o poder legislativo é exercido pela
Assembleia do Kosovo, unicameral, que consiste de 120 membros, dos quais 100 são
eleitos diretamente pelo povo para um mandato de quatro anos, e vinte assentos são
reservados exclusivamente para representantes das minoritas étnicas. A assembleia
elege o presidente por cinco anos, e aprova o seu gabinete.

Uma nova constituição para a República do Kosovo foi aprovada pelo Parlamento da
República, e entrou em vigor em 15 de junho de 2008.[34][35][36]

 

Para propósitos administrativos, o Kosovo é dividido em sete distritos. A população


sérvia do Norte do Kosovo mantém seu próprio governo, infraestrutura e instituições no
distrito de Kosovska Mitrovica, especialmente nos municípios de Leposavić, Zvečan e
Zubin Potok, e na parte norte de Kosovska Mitrovica.

  

O Kosovo tem uma área de 10 908 quilômetros quadrados[37] e uma população de cerca
de 2,2 milhões de habitantes. Suas maiores cidades são Pristina, a capital, com cerca de
500.000 habitantes,[38] Prizren, no sudoeste, com uma população de 110 000, Peć, no
oeste, com 70 000, e Mitrovica, no norte, com 70 000. O clima é continental, com
verões quentes e invernos frios e com neve. A maior parte do terreno kosovar é
montanhoso, e o pico mais alto do país é Đeravica, com 2 656 metros. O país tem duas
regiões principais planas, a bacia de Metohija, localizada na parte ocidental do Kosovo,
e a planície do Kosovo, que ocupa a parte oriental. Os principais rios da região são o
Drin Branco, que deságua no mar Adriático, o Erenik, um de seus afluentes, o Sitnica, o
Morava do Sul, a região de Goljak, e o Ibar, no norte. Os maiores lagos são o Gazivoda,
o Radonjić, o Batlava e o Badovac.

Fitogeograficamente o Kosovo pertence à província Ilíria da Região Circumboreal,


dentro do Reino Boreal. De acordo com o WWF e o Mapa Digital das Regiões
Ecológicas Europeias, da Agência Europeia do Meio Ambiente, o território do Kosovo
pertence à ecorregião das florestas mistas balcânicas.
39.1% do Kosovo é coberto por florestas6 52% é classificado como terra utilizada para
agricultura, das quais 31% são usados como pasto e 69% terras aráveis.[39]

Atualmente o Parque Nacional das Montanhas de Šar, com 39.000 hectares, fundado em
1986 nas Montanhas Šar (ao longo da fronteira com a República da Macedônia) é o
único parque nacional do Kosovo, embora o Parque Nacional Bjeshkët e Nemuna, no
Prokletije (ao longo da fronteira com Montenegro) tenha sido proposto.[40]

   

O Kosovo é um "país" em desenvolvimento, com uma renda per capita estimada em


2.100 euros (2008). [41] O país tinha a maior companhia de exportação (Trepca) da
República Federal da Iugoslávia,[42] mas ainda assim era a mais pobre das províncias do
país, e recebia subsídios consideráveis para seu desenvolvimento de todas as outras
repúblicas iugoslavas.[43] Além disso, ao longo da década de 1990 um misto de políticas
econômicas equivocadas, sanções internacionais, pouco comércio com o exterior e
conflitos étnicos acabaram por danificar seriamente a economia.[44]

Depois de um aumento em 2000 e 2001, o crescimento do produto interno bruto (PIB)


foi negativo em 2002 e 2003, e permaneceu em torno de 3%, enquanto as fontes
internas de crescimento não foram capazes de compensar a ausência da assistência
estrangeira. A inflação é baixa, enquanto o orçamento apresenta um déficit pela
primeira vez desde 2004. No mesmo ano, o déficit na balança de bens e serviços chegou
a quase 70% do PIB. O dinheiro enviado por kosovares que vivem no exterior totalizam
cerca de 13% do PIB, e a assistência externa cerca de 34%.

A maior parte do desenvolvimento econômico desde 1999 ocorreu nos setores da


construção civil, comércio e varejo. O setor privado, surgido a partir daquele ano, é em
sua maior parte de pequeno porte. O setor industrial continua fraco, e o fornecimento de
eletricidade não é confiável, o que funciona como um empecilho crucial para o seu
desenvolvimento. O desemprego continua endêmico, afetando de 40 a 50% da força de
trabalho.[45]

A Missão de Administração Interina das Nações Unidas no Kosovo (UNMIK)


introduziu no país uma administração alfandegária e um regime de comércio exterior
em 3 de setembro de 1999. Todas as mercadorias importadas para dentro do país sofrem
uma taxa simples, de 10%.[46] Estas taxas são coletadas de todos os Pontos de Coleta de
Impostos instalados nas fronteiras do Kosovo, incluindo as que separam o país da
Sérvia.[47] A UNMIK e as instituições kosovares assinaram tratados de comércio livre
com a Croácia,[48] Bósnia e Herzegovina,[49] Albânia e República da Macedônia.[46]

O euro é a moeda oficial do Kosovo, utilizada pela UNMIK e pelos órgãos


governamentais.[50] Inicialmente o Kosovo adotou o marco alemão, em 1999, para
substituir o dinar iugoslavo,[51] e consequentemente mudou para o euro quando o marco
foi substituído por ele. O dinar sérvio, no entanto, continua a ser utilizado nas áreas
povoadas pelos sérvios.[41]

O principal ponto de entrada do país, além da estrada principal que liga o sul do país a
Skopje, na República da Macedônia, é o Aeroporto Internacional de Priština.
  

 

De acordo com a ECIKS (Iniciativa Econômica para o Kosovo), o Kosovo apresentou


um déficit de 1,13 bilhão de euros (1,34 bilhão de dólares), 11,88% a mais do que o
1,006 bilhão de euro registrado no ano anterior. As importações dos 25 Estados da
União Europeia totalizam 34,6% das importações do Kosovo6 a UE foi responsável por
35,6% das exportações da província em 2005. A República da Macedônia foi o
principal parceiro comercial do Kosovo em 20056 as importações do país totalizaram
18,6% das importações do Kosovo, e as exportações para o país totalizaram 19,7% do
total. A matéria-prima bruta totaliza 18% das importações do Kosovo, seguida por
comida, bebidas e tabaco, com 14%, e diversos equipamentos e maquinário, com
11,3%.[52]

A economia tem sido prejudicada pelo status internacional ainda não-resolvido do


Kosovo, que torna difícil a atração de investimentos e empréstimos estrangeiros.[53] A
fraqueza econômica da província produziu uma florescente economia informal, onde o
contrabando de gasolina, cigarros e cimento são as principais mercadorias. A
predominância da corrupção oficial e a influência penetrante de gangues e do crime
organizado são motivo de grande preocupação internacional. As Nações Unidas tentam
fazer da luta contra a corrupção e o crime organizado no território uma de suas
principais prioridades, alegando seguir uma política de "tolerância zero".

O Kosovo tem uma dívida externa de 1,264 bilhão de dólares, atualmente administrada
pela Sérvia.[54]

De acordo com a ECIKS,[55] o Kosovo recebeu, de 2001 a 2004, 3,2 bilhões de dólares
em assistência de outros países. A União Europeia é responsável pela doação de 2
bilhões de euros até agora, e a Sérvia também prometeu 120 milhões de euros em
assistência aos enclaves sérvios do Kosovo.

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De acordo com o estudo de 2005,  



, do Escritório de Estatísticas do
Kosovo,[56][57][58] A população total do Kosovo é estimada entre 1,9 e 2,2 milhões de
habitantes, com a seguinte composições étnica: 92% de albaneses, 4% de sérvios, 2% de
bosníacos e goranis, 1% de turcos e 1% de ciganos. O    estabelece a
seguinte proporção: 88% de albaneses, 7% de sérvios do Kosovo e 5% de outros grupos
étnicos, totalizando 1.804.838 habitantes.[59]

Os albaneses, com sua população aumentando constantemente, formam uma maioria no


Kosovo desde o século XIX6 a composição étnica anterior do território é controversa.
As fronteiras políticas do Kosovo, no entanto, não coincidem com suas fronteiras
étnicas6 os sérvios formam uma maiora local no Norte do Kosovo, e me diversos
enclaves, enquanto existem áreas de maioria albanesa fora do Kosovo, em regiões da
antiga Iugoslávia - mais especificamente no noroeste da República da Macedônia e na
região de Presevo, na Sérvia Central.

Os albaneses do Kosovo tem a maior taxa de crescimento populacional da Europa, 1,3%


ao ano.[60] Ao longo de um período de 82 anos (1921 -2003) a população cresceu a 460%
de seu tamanho original6 se tal crescimento prosseguir inalterado, a população do país
atingirá 4,5 milhões de pessoas em 2050.[61]

Em contraste, de 1948 a 1991 a população sérvia do Kosovo aumentou em 12%, um


terço do crescimento da população da Sérvia Central. A população de albaneses do
Kosovo cresceu 300% no mesmo período - uma taxa de crescimento vinte e cinco vezes
maior que a dos sérvios do país.

Desde a declaração de independência do Kosovo, os sérvios vêm abandonando


continuamente a região, o que causou certa ansiedade entre os líderes kosovares, e
encorajou alegações controversas de políticos sérvios.[62]



O dialeto nativo da população albanesa kosovar é o albanês gheg, embora o albanês


padrão seja usado atualmente como uma língua oficial.[63][64] De acordo com o esboço
da Constituição do Kosovo, o sérvio também é outra língua oficial.[65]

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O islamismo (principalmente o sunita, com uma minoria bektashi[66]) é a principal


religião do Kosovo, trazida à região com a conquista otomana no século XV, e
professada atualmente pela maioria dos albaneses da região, pelas comunidades
bosníaca, gorani e turca, além dos "egípcios"-rom/ashkali. O islã, no entanto, não
saturou a sociedade kosovar, que permanece em sua maior parte secular.[67] Cerca de
três por cento dos albaneses do Kosovo ainda são católicos romanos, apesar de séculos
de domínio otomano. A população sérvia, estimada entre 100.000 e 120.000 pessoas, é
em sua maior parte ortodoxa sérvia. O território do Kosovo está coberto por igrejas e
mosteiros ortodoxos sérvios.[68][69][70]

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Os sérvios mantêm uma forte ligação com o Kosovo, e o vêem como o coração cultural
da Sérvia6 neste poster da Primeira Guerra Mundial ("Dia do Kosovo") convoca os
aliados do país.

As relações entre os albaneses e sérvios do Kosovo foram hostis, historicamente, devido


à rivalidade nacionalista, que se tornou forte depois que a Sérvia conquistou o Kosovo
do Império Otomano, em 1913, e depois que a Albânia se tornou independente, naquele
mesmo ano.[71] Durante a era de Tito e do domínio comunista na Iugoslávia, as
diferenças entre as populações das duas etnias eram absolutamente irreconciliáveis, e
estudos sociológicos feitos durante o período indicam que uma populações raramente
aceitava a outra como vizinhos ou amigos, e poucos casamentos entre indivíduos das
duas etnias eram registrados.[72] Preconceitos étnicos, estereótipos e a desconfiança
mútua entre albaneses e sérvios permaneceram a norma por décadas.[72] O nível de
intolerância e separação entre as duas populações durante o período de Tito foi relatado
pelos estudiosos como ainda pior que o das comunidades croatas e sérvias no país, que
apesar das tensões ainda tinham relações mais íntimas entre si.[72]

REPORTAGEM DA VEJA:

A partir da década de 1990, a antiga Iugoslávia esfacelou-se em novos países, mas


sem antes deixar um rastro de violência detonado por sangrentas disputas políticas e
étnicas. Cinco novos Estados foram criados ao redor da Sérvia, que permaneceu
como o baluarte do antigo conglomerado socialista, principalmente nos anos em que
esteve sob o comando do presidente Slodoban Milosevic. Em fevereiro de 2008,
depois de mais de uma década de conflitos e uma guerra com ares de limpeza étnica
que durou dois anos, a província de Kosovo declarou, unilateralmente, a sua
independência. A decisão dividiu as opiniões da comunidade internacional e teve o
repúdio da Sérvia. Com a µindependência¶ do Kosovo, o mundo todo voltou suas
atenções
para os Bálcãs mais uma vez.

1. O que representa a independência de Kosovo para a sua população?


2. Quais as medidas que o novo governo deverá tomar?
3. Qual a posição da Sérvia e da Rússia sobre a criação do novo país?
4. Qual a posição dos Estados Unidos e da União Européia sobre a independência?
5. Qual a relação entre a independência de Kosovo e as guerras balcânicas da década
de 1990?
6. Quanto tempo durou e como terminou a Guerra do Kosovo?
7. Como o território foi administrado desde o fim dos bombardeios?
8. O que aconteceu com Slobodan Milosevic?
9. Existiram outras tentativas de independência em Kosovo?
10. O que deve acontecer com a minoria sérvia da população?
11. Qual a expectativa quanto à violência na região a partir da independência?

‡ Infográfico

1. O que representa a independência de Kosovo para a sua população?

Um dos últimos territórios da antiga Iugoslávia a manter-se dependente da Sérvia, o


Kosovo declarou, de forma unilateral, a sua independência em 17 de fevereiro de 2008.
Milhares de albaneses, etnia que responde por 90% da população, foram às ruas para
celebrar a decisão que pode colocar um fim em mais de uma década de conflitos -- que
culminaram em centenas de milhares de mortos na Guerra do Kosovo, no final da
década de 90. Também traz esperanças para uma população extremamente pobre, onde
o índice de desemprego ultrapassa 60%. Já a minoria da população kosovar composta
pelos sérvios, cerca de 10%, não encara a possibilidade com bom olhos, o que pode
aumentar os atritos entre as duas etnias.

‡ topo

2. Quais as medidas que o novo governo deverá tomar?

O parlamento de Kosovo deverá elaborar e estabelecer a constituição do país, assim


como os símbolos nacionais e a bandeira. O procedimento deve seguir um plano de
³independência supervisionada´ elaborado em 2007 pelo enviado especial da ONU ao
Kosovo, Martti Ahtisaari. A estratégia prevê que o país passe por um período de 120
dias de transição sob os cuidados da ONU, contados após a declaração de
independência, antes de tornar-se livre de fato. Um dos objetivos do plano é evitar que a
província tenha territórios anexados pela Albânia ou pela Sérvia durante o processo de
independência.

‡ topo

3. Qual a posição da Sérvia e da Rússia sobre a criação do novo país?

Os dois países rejeitaram imediatamente a declaração. O primeiro-ministro sérvio,


Vojislav Kostunica, chamou Kosovo de ³falso estado´, enquanto o presidente russo
Vladimir Putin classificou a declaração de independência como ³imoral e ilegal´. Além
das questões étnicas e territoriais que envolvem a disputa entre Sérvia e Kosovo, a
Rússia, aliada tradicional da Sérvia, teme que a independência seja mais uma forma da
União Européia penetrar nos Balcãs. Outros países que se posicionaram contra a
independência foram Bósnia, Romênia, Bulgária e Grécia. Dos países da União
Européia, a Espanha foi categórica em definir sua posição ± contra, justificando que a
declaração unilateral não respeita as leis internacionais.

‡ topo

4. Qual a posição dos Estados Unidos e da União Européia sobre a independência?

Um dia depois da declaração, os Estados Unidos reconheceram a independência de


Kosovo, assim como a Austrália. Os EUA são um dos principais defensores da
independência do país, e apóiam o plano do emissário da ONU, Martti Ahtisaari, que
propõe um processo de independência vigiado pela comunidade internacional.
Condolezza Rice, secretária de Estado americana, afirmou que os EUA e Kosovo irão
firmar relações diplomáticas e ³fortalecer os laços de amizade´. França, Reino Unido,
Alemanha e Itália também assumiram esta posição, logo após uma reunião da União
Européia, que, em decorrência da ³particularidade da situação´, deixou a cargo de cada
país decidir como irá se posicionar.

‡ topo

5. Qual a relação entre a independência de Kosovo e as guerras balcânicas da década de


1990?

O processo de fragmentação da antiga Iugoslávia começou em 1991, com as


declarações de independência da Croácia e da Eslovênia, que desencadearam conflitos
sangrentos com a capital sérvia Belgrado, sob o comando de Slobodan Milosevic,
partidário da unificação dos territórios. A Macedônia também desmembrou-se da
Iugoslávia neste ano, mas conseguiu estabelecer um processo pacífico com Belgrado. A
independência da Bósnia deflagrou um conflito mais intenso, entre 1992 e 1995,
considerado anos mais tarde, pelo julgamento de Milosevic, como genocídio. Durante a
década de 1990, Kosovo também lutou pela independência -- mas seu território é
considerado o berço cultural e religioso da etnia sérvia, o que dificulta o processo em
relação às outras províncias. A partir de 1998, as forças de Milosevic, em combate com
separatistas albaneses, desencadearam a Guerra do Kosovo.

‡ topo

6. Quanto tempo durou e como terminou a Guerra do Kosovo?

As intervenções de Milosevic na província começaram em 1998, num esforço para


derrubar o Exército de Libertação do Kosovo, que tinha iniciado uma série de ataques a
alvos sérvios. A situação se intensificou em março do ano seguinte, quando a OTAN
iniciou os bombardeios em Belgrado e em outras regiões da Sérvia e de Kosovo, numa
tentativa de encerrar o conflito. Ao mesmo tempo ± e também como resposta --, as
forças de Milosevic iniciaram uma campanha de limpeza étnica contra os albaneses. Ao
todo, cerca de 18 000 pessoas morreram no conflito enquanto 1 milhão de albaneses
fugiram para países vizinhos, como Albânia, Macedônia e Montenegro. Os bombardeios
da OTAN, que duraram quase três meses, aliados à pressão da ONU, forçaram
Milosevic a recolher suas tropas.

‡ topo

7. Como o território foi administrado desde o fim dos bombardeios?

Com o fim do conflito, o Conselho de Segurança das ONU suspendeu o controle de


Belgrado sobre Kosovo, que passou a ser administrada pela organização, enquanto a
segurança ficou à cargo das tropas da OTAN. Kosovo passou a desenvolver suas
próprias instituições democráticas, conquistando eleições livres para presidente e
primeiro ministro. A violência e a discriminação entre albaneses e sérvios continuou o
principal problema da província. Em fevereiro de 2008, no momento da declaração de
independência, ocupa o cargo de presidente Fatmir Sejdiu, eleito em fevereiro de 2006,
e o de primeiro ministro Hasim Thaci, eleito em dezembro de 2007. Caso a declaração
de independência seja aceita pelo Conselho de Segurança da ONU, a União Européia
deverá, gradualmente, assumir o papel das Nações Unidas como implementadora do
plano de Martti Ahtisaari.

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8. O que aconteceu com Slobodan Milosevic?

O ex-presidente da extinta Iugoslávia, Slobodan Milosevic, foi encontrado morto em 11


de março de 2006, em uma unidade de detenção do Tribunal Penal Internacional de
Haia, na Holanda. Lá, respondia por crimes contra a humanidade, crimes de guerra e
genocídio. Milosevic foi o primeiro chefe de Estado a ser acusado por um tribunal
Internacional durante sua gestão. Ele deixou o governo em 2000 e, um ano depois, foi
julgado pelo tribunal de Belgrado, rejeitando advogados e apresentando sua própria
defesa. Mesmo no Tribunal de Haia, para onde foi transferido no mesmo ano, Milosevic
insistiu em assumir a própria defesa -- o que acentuou seu quadro de hipertensão e
problemas cardíacos, considerados a causa de sua morte. O funeral ocorreu sete dias
depois, em sua cidade natal, Pozarevac, na Sérvia. O presidente do país, Boris Tadic,
rejeitou a realização de um funeral de Estado, como queriam familiares e partidários.

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9. Existiram outras tentativas de independência em Kosovo?

Em 1968, a população albanesa de Kosovo realizou umas das primeiras demonstrações


pró-independência da província ± sendo que as intenções do movimento separatista
foram abafadas com prisão de muitos dos manifestantes pelas forças Iugoslavas. Em
1974, tornou-se uma província autônoma da Sérvia. Com o início do desmembramento
da Iugoslávia, em 1991, os separatistas albaneses declararam outra tentativa frustrada de
independência. Em 2003, aconteceram a primeiras negociações entre sérvios e líderes
albaneses desde o fim da Guerra de Kosovo, em 1999, quando a ONU assumiu o
comando do país -- mas não houve acordo. Em 2006, Kosovo foi declarado parte da
Sérvia. Um ano depois, o enviado especial da ONU, Martti Ahtisaari, apresentou o
plano de ³independência supervisionada´ para o país.

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10. O que deve acontecer com a minoria sérvia da população?

Estima-se que entre 100.000 a 120.000 sérvios vivam em Kosovo, cerca de 10% da
população total. A maior parte encontra-se em uma área que faz fronteira com o
território da Sérvia, auto-denominada território sérvio, ao norte do país. Outra parte ±
separada desta região pelo rio Ibar ± vive dispersa e sob proteção da Otan. A parcela
sérvia da população pode responder à declaração de independência protegendo a região
norte e suas igrejas Ortodoxas espalhadas por outras áreas, fechando estradas com
barricadas, em busca de autonomia ± ou até detonando um conflito para anexarem seu
território à Sérvia. Para acalmar os ânimos entre as etnias, o plano do enviado especial
da ONU, Martti Ahtisaari, prevê uma participação proporcional para os sérvios nos
governos locais e no parlamento, além de garantir proteção à Igreja Ortodoxa Sérvia.

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11. Qual a expectativa quanto à violência na região a partir da independência?

Comandantes da Otan requisitaram mais tropas e entraram em estado de alerta após a


declaração unilateral, principalmente nas regiões onde as etnias albanesas e sérvias
vivem lado a lado. O cenário mais provável é que os sérvios que vivem ao sul do rio
Ibar sejam expulsos de suas casas pela população revoltosa, enquanto o mesmo pode
acontecer com os albaneses que vivem ao norte de Kosovo e no sul da Sérvia. Também
não se descarta a hipótese de comunidades albanesas da Macedônia e de Montenegro
buscarem uma união com Kosovo. Como conseqüência geral no território da ex-
Iugoslávia, Belgrado responder à declaração atacando outro país ± a Bósnia -- em uma
tentativa de reanexar a área da República Sérvia da Bósnia (parte do território do país,
conhecido como Republika Srpska).
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#$$% foi um ato das Instituições
Provisórias do Governo Autônomo da Assembleia do Kosovo adotado em 17 de
fevereiro de 2008, que declarou o Kosovo como um país independente da Sérvia.[1]

Era a segunda declaração de independência por albaneses do Kosovo - instituições


políticas que dominam, a primeira sido proclamada em 7 de setembro de 1990.[2]

A Sérvia pretende procurar validação e apoio internacional para a sua posição que
declara que a declaração de independência do Kosovo de 2008 é ilegal na reunião da
Assembléia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque, a setembro de 2008.

O Kosovo, que era território do estado sérvio medieval, local do épico 1389 Batalha do
Kosovo, foi conquistada pelo Império Otomano em 1455.[3][4][5][6][7][8][9][10] Durante os
séculos seguintes desenvolveu uma população cristão-muçulmana muito misturada6[11]
ao final do século XIX albaneses tinham substituídos os sérvios como os grupos étnicos
dominantes. A perda do Kosovo tornou-se um tema principal em iconografia nacional
sérvia, seu mito estruturando a base do estado do Montenegro e depois da Sérvia. A
recuperação do Kosovo era um das metas fundamentais dos Estados sérvios e
montenegrinos. A Sérvia e Montenegro recuperou o Kosovo em 1912 durante a Guerra
dos Balcãs.[12][13][14] A restauração da regra sérvia foi contrariada pela Albânia que
instigou uma tentativa de invasão falhada no território sérvio. A Sérvia perdeu o
controle do território em ambas Guerras Mundiais, nas quais vários sérvios do Kosovo
foram expulsados por grupos albaneses armados. Durante a Segunda Guerra Mundial, o
Kosovo foi anexada a Albânia, que naquela época era uma colônia da Itália.[11]. O
controle sérvio foi restabelecido, no entanto, ao término de ambas guerras.

Quando a República Socialista Federal da Iugoslávia foi estabelecida depois de 1945,


com a Sérvia como uma de suas seis repúblicas constituintes, o Kosovo transformou-se
numa região autônoma da Sérvia.[15] A extensão de sua autonomia variou
consideravelmente debaixo do sistema comunista iugoslavo, ampliou seu território nos
anos cinqüenta, gradualmente avançado a uma província autônoma nos anos sessenta e
desde 1971 ganharam um estado distinto de um de facto unidade federal, capaz de vetar
decisões federais e sérvias internas. O desenvolvimento gradual da autonomia foi
instigado pelo crescimento de nacionalismo albanês na província e demandas crescentes
para mais autonomias e independências, escalando dentro durante as revoltas dos anos
60 e em 1981. A imigração albanesa de 1982 tinha organizado preparações para separar
o Kosovo vigorosamente da Sérvia. Isso foi seguido por erupções de nacionalismo
sérvio desde 1987, usados pelo presidente Slobodan Milošević no Kosovo para ganhar
poderes.

A autonomia do Kosovo foi drasticamente retornada ao estado que antedatava 1963


entre 1989 pelo governo do Presidente Milošević. Governo autônomo pela maioridade
albanesa da província ² agora estimada para constituir 90% da população do Kosovo
² foi acabado. Em resposta, membros albaneses de assembléia do Kosovo votaram em
2 de julho de 1990 para declarar o Kosovo como um Estado independente, embora isso
foi somente reconhecido pela Albânia. Um estado de emergência e novas e mais severas
regras de segurança foram impostos subseqüentemente pela Sérvia. Isso foi seguido por
protestos de albaneses do Kosovo. Os albaneses estabeleceram um "estado paralelo" não
oficial para prover educação e serviços de reunião social enquanto foram boicotados ou
sendo excluídos de instituições dirigidas pelo governo sérvio.

O Kosovo permaneceu pacífico durante as guerras iugoslavas no começo dos anos


noventa, apesar da severidade do regime sérvio no Kosovo, que foi muito criticada por
comunidades internacionais e por grupos de direitos humanos. Em 1996, o Exército de
Libertação do Kosovo começou a atacar as forças de segurança sérvias e também civis
considerados "colaboradores". O conflito entre as forças de segurança da Sérvia e da
Iugoslávia e os insurgentes do Exército de Libertação do Kosovo escalaram até que o
Kosovo estava à beira de guerra máxima ao final de 1998. Em janeiro de 1999, a
Organização do Tratado do Atlântico Norte informou ao governo iugoslavo que ia
interferir militarmente se a Iugoslávia não aceitasse a introdução de uma força de
pacificação internacional e o estabelecimento de um governo democrático no Kosovo.
Negociações de paz subseqüentes falharam e de 24 de março a 11 de junho de 1999, a
OTAN executou uma extensiva campanha de bombardear contra alvos na Sérvia e
Montenegro, inclusive no Kosovo.[16][17][18][19] A guerra acabou com a aceitação de
Milošević para autorizar tropas de paz entrarem no Kosovo e de dar o governo dessa
província para as Nações Unidas.

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Depois do final da Guerra do Kosovo em 1999, o Conselho de Segurança das Nações


Unidas adotou a Resolução 1244 para providenciar um vigamento para o estado de
ínterim do Kosovo. Isso colocou o Kosovo sob transitiva administração da ONU,
pressentiu a retirada das forças de segurança da Sérvia do Kosovo e previu um eventual
processo político facilitado pela ONU para determinar o que acontecerá com o Kosovo
(i.e., se ficaria independente ou permaneceria como parte da Sérvia). A resolução
também apoiou explicitamente a autonomia existente da Iugoslávia, da qual a Sérvia é a
sucessora legal, sobre o Kosovo, "reafirmando o compromisso de todos os Membros de
Estado para a soberania e integridade territorial da República Federal da Iugoslávia e os
Estados da região, como preparado nos Acordos de Helsinqui e anexo 2 [referindo-se
aos principais status aceitados no fim da guerra]." Isso estabeleceu a condição que o
processo constitucional pós-conflito tem que levar em conta todos "os princípio da
soberania e integridade territorial da República Federal da Iugoslávia".

Em fevereiro de 2007, Martti Ahtisaari entregou um rascunho com a proposta de


determinação para líderes em Belgrado e Pristina, o fundamento para um rascunho que
tinha como proposta "independência supervisada" para a província do Kosovo. No
começo de julho de 2007 um rascunho de resolução, apoiado pelos Estados Unidos e
pelos membros do Conselho de Segurança da ONU, foi reescrito quatro vezes para
tentar acomodar preocupações russas que essa resolução poderia minar os princípios de
estado de soberania. Entretanto, não houve acordos.[20] A Rússia, que tem um veto no
Conselho de Segurança como um de seus cinco sócios permanentes, declarou que não
apoiaria qualquer resolução que não era aceitável para ambos os sérvios e os albaneses
do Kosovo.[21] Enquanto a maioria dos observadores teve, no começo das negociações,
independência antecipada como provável resultado, outros sugeriram que uma resolução
rápida pudesse não ser preferível. [22]
As negociações finalmente romperam no final de 2007 com os dois lados permanecendo
bem separados um do outro, com as mínimas demandas de cada lado serem mais do que
o outro queria aceitar.

No começo de 2008, a mídia começou a relatar que os albaneses do Kosovo estavam


determinados para proclamar a independência. Isto veio na ocasião quando o aniversário
de dez anos da Guerra do Kosovo estava aproximando (com o aniversário de cinco anos
ser marcado por desassossego violento)e duas nações que previamente tinham se
separado da Iugoslávia estavam em posições políticas importantes (Eslovênia que
preside sobre a UE e a Croácia uma sócia eleita do Conselho de Segurança da ONU). A
proclamação foi informada ter sido adiada até depois da eleição presidencial sérvia de
2008, realizada em 20 de janeiro e em 3 de fevereiro. O Kosovo era um importante
tópico para as campanhas eleitorais.

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A declaração da independência foi criada por membros da reunião da Assembleia do


Kosovo em Pristina, a capital do Kosovo, em 17 de fevereiro de 2008. A declaracão foi
aprovada por aplausos, com nenhum voto de oposição dos 109 membros presentes.
Onze deputados de grupos étnicos minoritários, incluindo sérvios, não estavam
presentes.[24] As condições da declaração determinam que a independência do Kosovo é
limitada aos princípios esboçadas pelo plano de Ahtisaari. Proíbe o Kosovo de se juntar
a qualquer outro país, provê para só uma capacidade militar limitada, determina que o
Kosovo estará debaixo de supervisão internacional e proverá para a proteção de
comunidades étnicas minoritárias.[1]

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A declaração da independência do Kosovo é controversa. Com a desintegração do


comunismo na Europa, a União Soviética e a Iugoslávia se decompuseram para seus
constituintes, formalmente repúblicas soberanas, a última que declarou sua
independência foi o Montenegro (3 de junho de 2006).[25] A separação do Kosovo é
politicamente de uma espécie diferente, porque o Kosovo não possuiu características de
 . Por causa disso, alguns países temem que o país é um precedente, afetando
outros territórios contestados na Europa e em partes não-européias da URSS, como a
Chechênia (apesar de não ser originalmente da URSS, agora tem um estatuto de
 ).
O texto da declaração de de independência do Kosovo tratou deste assunto declarando
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reivindica que o Kosovo é um caso especial depois das crises nos anos 90 e que não é
um precedente por causa disso. Todavia, países como a Espanha e o Chipre não
planejam reconhecer o Kosovo como um Estado independente porque temem que ele
vai ser considerado como um precedente.

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A república recentemente proclamada não ficou membra das Nações Unidas, pois quase
todo mundo acredita que qualquer apelo para ficar membro da ONU seria bloqueada
pela Rússia. [27] A Rússia jurou opor a independência do Kosovo com um "plano de
vingança" que alguns sugeriram podia mostrar a Rússia reconhecendo a até agora
internacionalmente não-reconhecidos Estados de Abecásia e Ossétia do Sul na
Geórgia[27] e a República Turca de Chipre do Norte em Chipre.[28] A Sérvia declarou
igualmente preventivamente a anulação da independência do Kosovo e jurou opor a
independência do Kosovo com um pacote de medidas cuja intenção é desencorajar o
reconhecimento internacional da república.[29]

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