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Os Cuxitas

Núbia, berço da civilização na Afríca

Situada no nordeste da África, a Núbia era uma extensa faixa


de terra localizada ao sul do Egito, entre a primeira e a sexta
catarata do Rio Nilo. Nos tempos antigos, serviu como importante
elo entre os povos da África Central e os do Mediterrâneo.
A história da Núbia ainda é pouco conhecida, pois os sítios
arqueológicos da região quase não foram escavados. Além disso, a
escrita meroíta, desenvolvida na Núbia, não foi decifrada por
completo.
Escrita Meroítica
Os primeiros tempos

Nos primeiros tempos de sua história, os núbios viviam da


caça, da coleta e da pesca em comunidades espalhadas ao longo
do Rio Nilo. Com o tempo, à semelhança dos egípcios, eles
aprenderam a represar e distribuir as águas do Nilo, passando,
então, a aproveitá-las para a agricultura. Inicialmente, as plantas
mais cultivadas pelos núbios foram o trigo, a cevada e o sorgo.
Sorgo
Por volta de 2000 a.C., comunidades núbias das margens do Nilo
se uniram e passaram a obedecer a um único líder, o rei. Surgia,
assim, o Reino de Kush, um dos primeiros reinos negro-africanos.
A história de Kush está
estreitamente ligada à do Egito: os
arqueólogos encontraram grande
número de objetos egípcios (vasos,
pérolas e outros) em terras núbias
e produtos núbios (marfim,
ouro, ébano etc.) em terras
egípcias, o que prova o imenso
contato comercial entre eles.
Sabe-se também que, por volta de
1530 a.C., o Reino de Kush foi
conquistado pelo Egito. Em 730 a.C.,
no entanto, ocorreu o contrário, o
que durou até 657 a.C. Os faraós
negros usavam como símbolo duas
serpentes que se erguiam sobre suas
frontes para mostrar que reinavam
ao mesmo tempo sobre Kush e o
Egito. Esses faraós se consideravam
sucessores dos faraós egípcios e
também ordenaram a construção de
pirâmides para lhes servirem de
túmulos.
A escolha do rei

Os cuxitas escolhiam seu rei de um modo peculiar.


Inicialmente, os líderes das comunidades votavam nos candidatos
que consideravam mais preparados para o cargo de rei. Em
seguida, lançavam sementes ao chão para perguntar ao deus da
cidade qual dos eleitos devia ser o escolhido. O desenho que as
sementes formavam era considerado uma festa que terminavam
com a coroação do novo rei. Assim, enquanto no Egito o filho
sucedia o pai, em Kush o rei era escolhido dentre os eleitos pelos
líderes da comunidade e pela consulta ao deus da cidade.
Candace, a mulher na política

As mulheres ocupavam posições importantes no Reino de


Kush. A mãe do rei, por exemplo, recebia o título de senhora de
Kush ou candace. Quando seu filho se casava, ela adotava a
esposa do filho como sua filha. Assim, influenciava o gorverno,
tanto por meio do filho como da nora.
Por vários vezes, a rainha-mãe ocupou, ela própria, o poder
político. Entre as candaces que chegaram ao poder encontra-se
Amanishaketo (42-12 a.C.). Uma das poucas vezes que a África
antiga aparece na história universal é quando se conta que o
povo cuxita, comandado por uma mulher, provavelmente
Amanishaketo, enfrentou o poderoso Império Romano.

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