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Dra. Ana Paula Zampirolo Alves & Dra. Mariana Macalli


OAB/SC 48.385 - OAB/SC 42.064
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1º VARA CÍVEL DA
COMARCA DE CURITIBANOS/SC

Autos n. 0300271-31.2017.8.24.0022
Requerente: Leoni da Luz Alves
Requerido: Ronaldo Alves e outros

CARMEM ZOELY ALVES, já qualificado nos autos


supracitados, vem a presença de Vossa Excelência, através da sua advogada
infrafirmada, haja vista o recurso de apelação de fls. 116/129, apresentar suas
contrarrazões que requer se digne sejam recebidas e remetidas ao Egrégio Tribunal
de Justiça deste Estado.

Termos em que,

Pede e espera deferimento

Curitibanos, 28 de maio de 2018

MARIANA MACALLI ANA PAULA ZAMPIROLO ALVES

OAB/SC 42.064 OAB/SC 48.385

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Avenida Salomão Carneiro de Almeida, n.388, sala 31, Centro, Curitibanos/SC
Email: marianamacalli@hotmail.com / anazampiroloalves@gmail.com
Fone: (49) 3241-7505 / (49) 99825-8507 / (49) 99904-8854
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Dra. Ana Paula Zampirolo Alves & Dra. Mariana Macalli
OAB/SC 48.385 - OAB/SC 42.064
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EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA

COLENDA CÂMARA CÍVEL

Autos n. 0300271-31.2017.8.24.0022
Requerente: Leoni da Luz Alves
Requerido: Ronaldo Alves e outros

CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO

Inconformado com a sentença proferida pelo Magistrado a


quo, a parte autora interpôs recurso de apelação, com os seguintes fundamentos:

Informou que existia entre a apelante e seus irmãos um


contrato verbal de comodato, autorizando que a apelada e seu falecido marido
residissem no imóvel até que algum deles – em que momento da vida fosse –
requeresse a posse do imóvel.

Que é impossível a alegação de usucapião – mesmo a parte


tendo residido por mais de 30 anos no terreno – tendo em vista que todos os irmãos
possuíam a posse do terreno, por conta do contrato de comodato verbal existente.

Que o desejo da falecida genitora e sogra da apelante e


apelada desejava que sua filha ficasse residindo na casa – mesmo não possuindo
qualquer documento que comprove tal alegação.

Ocorrem Excelências, que os fatos e fundamentos trazidos


pela apelada não merecem prosperar e a sentença proferida deve ser mantida em sua
integralidade, conforme será comprovado adiante, tendo em vista os argumentos
fantasiosos narrados no recurso de apelação.

I. DA SÍNTESE FÁTICA

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A parte apelante em sede de inicial (fls. 01/19)
informou que é filha herdeira e proprietária do terreno sito na Rua Cel. Ferreira de
Souza, 341, CEP 89520.000, Centro, Município de Curitibanos/SC, inscrito na planta
da prefeitura como “Santo Antônio de Pádua, Loteamento Valderido S. de Souza, nº
89/Q; Lot ‘B’”.

Informou ainda que o referido terreno esta no nome da


genitora da apelante (Aquilina Anita dos Santos), falecida em 31/12/1983, o qual foi
invadido, há aproximadamente 20 anos, pelo irmão da apelante, que lá construiu sua
morada onde passou a residir.

Alega ainda que a apelada não possui documentos que


comprovem a propriedade do terreno, por este motivo ingressou com a presente ação
de reivindicação de posse.

A fls. 20 foi deferida a justiça gratuita a apelante,


bem como se determinou a citação da parte ré para comparecimento em audiência de
conciliação designada no referido ato.

Ocorreu a citação do réu a fls. 28.

Em sede de audiência de conciliação verificou-se que a


parte ré informada, Ronaldo Alves, não era a parte passiva legitima para atuar no
processo, tendo em vista que quem reside no terreno a mais de 30 (trinta) anos no
imóvel seria a sua genitora, Carmem Zoely Alves. Diante disso, ocorreu a substituição
do polo passivo (fls. 31).

Ocorreu a citação da nova parte ré a fls. 33.

Em sede de contestação (fls.35/57) a parte ré informou


a existência da preliminar de carência da ação, tendo em vista a parte apelante nunca
ter estado, de fato, na posse do terreno – requisito esse exigido pela lei.

Foi informado ainda, que a apelada e seu esposo, irmão da


apelante, não “invadiram” o terreno objeto da demanda. Os mesmos passaram a
residir, construíram família e realizaram benfeitorias no referido imóvel, de forma
mansa, pacífica e contínua nos últimos 36 (trinta e seis) anos.

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Antes mesmo do falecimento da mãe da apelante, a
apelada e seu esposo já residiam no referido terreno, tendo em vista que a Senhora
Aquilina Anita dos Santos faleceu a mais de 30 (trinta) anos. Como a própria apelada
informou na inicial, a apelante está no referido imóvel “há mais de 20 (vinte) anos”.

Foi informado que o referido terreno não possui


matrícula, tendo em vista ser um terreno que existe, fisicamente falando, mas não
possui registro na prefeitura. Tal situação é por divergências do tempo e dos
governos anteriores, que cediam terrenos ou vendiam as pessoas, mas acabavam
nunca os registrando.

Desta forma, como pode ser analisado dos autos, a apelada


está residindo no terreno a 36 (trinta e seis) anos; ela e seu falecido marido ali
constituíram família, realizaram benfeitorias na casa, viveram bons e maus
momentos; a apelada vem pagando o IPTU desde 2015 – com a aprovação da
prefeitura municipal -; a mesma vem buscando realizar a regularização do referido
terreno junto ao Órgão municipal, como comprova pelos documentos anexos; bem
como a apelada não possui outro terreno que possa passar a residir em caso de
procedência da ação, ou seja, a apelada perderia a única coisa que ela e seu marido
construíram juntos.

Em sede de impugnação da ação (fls. 60/66) a parte


apelante informa que impugna a alegação de carência de ação, haja vista se tratar de
herdeira legítima, juntamente com seu irmão falecido e esposo da apelada.

Declarou ainda que está também tentando agilizar a


documentação do terreno e que não deseja ser “proprietária” de todo ele, mas deseja
que a parte ré fique com a sua cota parte.

Impugnou o pedido de usucapião, alegando que a parte


apelante não pode conseguir a cota parte do terreno dos demais herdeiros utilizando
a ação de usucapião para isso.

Informou ainda, que deseja ter a cota parte de 50% para


ela e a outra para a apelante.

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Foi designado audiência para a oitiva das testemunhas
arroladas pela parte ré (fls. 83).

Em sede de audiência de instrução e julgamento, foi


ouvido os testemunhos das partes envolvidas, bem como as testemunhas arroladas
pela parte ré, tendo ocorrido a preclusão da parte apelante para apresentar
testemunha solicitado em audiência (fls. 87).

O juízo, muito sabiamente, proferiu a sentença da seguinte


forma:

LEONI DA LUZ ALVES, qualificada, promove AÇÃO POSSESSÓRIA


contra CARMEN ZOELY ALVES, também qualificada, ao fundamento
de que é filha e herdeirade Aquilina Anita dos Santos, que era
proprietária de um imóvel urbano nesta cidade, sendo o mesmo
invadido pela ré, que ocupa o imóvel de forma ilegal. Pede a posse do
imóvel. A ré responde alegando a carência de ação vez que a autora
nunca teve posse do imóvel. No mérito alega posse durante dos
últimos 36 anos, por isso alega usucapião. O imóvel não possui
matrícula. Pela improcedência. A autora refuta as alegações. Saneado
e instruído o feito, as partes apresentaram suas alegações finais: a
autora aduz que é legítima herdeira do bem fazendo jus à posse.
Requer a procedência. A ré insiste na sua posse prolongada e clama
pela improcedência da demanda. DECISÃO: Noticia o processo que a
ré e seu consorte, sendo este filho da proprietária e irmão da autora,
passaram a exercer posse do imóvel em discussão, utilizando-o como
moradia já há 34 anos. Invoca a acionada a usucapião. Adota-se
parcimônia em caso de usucapião postulado por herdeiro contra o
espólio, sabido das facilitações havidas entre herdeiros para o
exercício da posse por um ou por outro, de sorte que impõe-se a
análise criteriosa de eventual permissão ou tolerância, que retiram da
posse o seu caráter ad usucapionem.
Neste caso, segundo informa o conjunto processual, a demandada e
seu consorte adentraram o imóvel quando ainda em vida a genitora
deste, prosseguindo após o seu óbito sem qualquer oposição. Não há
notícias de permissão, exercendo a posse do imóvel há mais de 30
anos. Consoante certidão de fls. 10, a sra. Aquilina Anita dos Santos,
titular da posse, foi a óbito em 1981. Afirma a ré que a posse é anterior
ao óbito da sua sogra. Mesmo considerando-se somente após a morte
da titular, quando nasceu o interesse legítimo dos herdeiros,
transcorreram já 35 anos, aproximadamente, de posse mansa e
pacífica pela ré e seu consorte, enquanto vivia este. Inegável a
prolongada inércia dos interessados, o que produz efeitos jurídicos
como a prescrição aquisitiva do possuidor e extintiva do direito de
propriedade. A usucapião, deste modo, é pertinente como matéria de
defesa para repelir a pretensão possessória da autora. Mesmo exercida
a posse por um herdeiro exclusivamente, o transcurso de tão
expressivo lapso temporal de posse sem oposição conduz
forçosamente à usucapião. Com efeito, presentes os requisitos legais,
despontando o longo exercício de posse com animus dominie de forma
mansa e pacífica, faz jus o possuidor à declaração de propriedade.
Aqui, em defesa, deve ser acolhida ate se de usucapião para afastar o
pleito deduzido.
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Isto posto, reconhecendo-se a usucapião em favor da ré, julga-se
IMPROCEDENTE o pleito possessório. Condeno a autora ao
pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios arbitrados
em R$ 2.000,00, suspensa a exigibilidade destes ônus em face da
gratuidade que lhe foi deferida. Ao trânsito em julgado, arquivar. P.R.I
Inconformada com a referida sentença, a parte apelante
recorreu, usando argumentos descabidos e pretenciosos, que serão rechaçados no que
se verá a seguir.

É o breve relato.

II. DA MENÇÃO A NOVOS FATOS

Excelências é extremamente importante destacar que a


parte apelante está aportando novos fatos no presente recurso. Está desta vez,
informando que foi realizado um “comodato entre irmãos”, sendo que todos haviam
concordado em ceder o imóvel ao marido da apelada até que o mesmo criasse os
filhos.

Excelências, completamente descabido tal argumento,


tanto é que em momento algum da inicial, da impugnação e tampouco das alegações
finais tal fato foi argumentado. Pelo contrário, foi tentado argumentar pela
apelante que EM MOMENTO ALGUM FOI DEIXADO QUE A APELADA E SEU
MARIDO FOSSEM RESIDIR NO IMÓVEL objeto da lide.

Com isso, fica evidente que a parte apelante busca,


desesperadamente, um argumento para se ter um imóvel que não lhe pertence. Um
argumento de modo exagerado e completamente mentiroso para ter um imóvel que
nunca esteve em suas posse.

O único desejo, real, da parte apelante é tentar


retirar uma senhora de sua residência, residência essa que reside a mais de
30 (trinta) anos, lugar onde sempre considerou seu lar, onde viveu com seu marido
até os últimos dias de vida dele, criou os filhos, vive no meio dos netos. A única casa
que sempre lhe foi sua.

Tanto é verdade, que apenas depois que a apelada


reformou a casa e começou a pagar o IPTU – como comprovando durante toda a
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instrução processual – é que a apelante resolveu “buscar seus direitos de herdeira”,
fazer “REFIS” dos IPTUs atrasados. Porque, ao longo dos 30 anos em que a apelada
residiu na casa, nunca se quer apareceu para ver se existia qualquer tipo de moradia
no terreno.

Além do mais, a alegação de fato nova em sede de apelação


é rechaçada, salvo se provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior, como
vemos:

CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL - DANO MORAL -FATO NOVO


ALEGADO EM APELAÇÃO - IMPOSSIBILIDADE - INEXISTÊNCIA
DE EXCEÇÃO OU FORÇA MAIOR - CANCELAMENTO DE
CONTRATO SEM AVISO PRÉVIO- CLÁUSULA ABUSIVA1.
1. Não se pode inovar em juízo de apelação, permitindo-se tal
procedimento somente se a parte provar que deixou de fazê-
lo por motivo de força maior, conforme reza o art. 517, do
CPC.
2. Tem-se como abusiva o cancelamento unilateral do contrato, pois
coloca a parte segurada em manifesta desvantagem, razão porque é
nula de pleno direito, como determina o art. 51, IV e XI do Código de
Defesa do Consumidor.
3. Apelação improvida.
4. Unanimemente1.

AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. ARRENDAMENTO


MERCANTIL. CONEXÃO.
Impossibilidade. Ação possessória e ação redibitória com diferentes
pedidos e causa de pedir. Ausência de risco de decisões conflitantes.
REINTEGRAÇÃO DO VEÍCULO. Possibilidade. Réu que, devidamente
notificado extrajudicialmente, não purgou a mora.
ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL DO CONTRATO.
Introdução em grau de apelação de matéria não discutida em primeiro
grau. Impossibilidade de inovação em sede de apelação que
impede o conhecimento do recurso nesse ponto específico,
sob pena de violação ao princípio do duplo grau de
jurisdição. Mantida a r. sentença.
RECURSO DO RÉU CONHECIDO EM PARTE E, NA PARTE
CONHECIDA, NÃO PROVIDO2.
Desta forma, verifica-se de forma cristalina que a apelante
está buscando, sem qualquer tipo de discernimento, fatos que podem “comprovar”
uma “posse” que nunca foi sua. Observa-se que a argumentação, de forma

1Processo: AC 156592005 MA. Órgão Julgador: SÃO LUIS


2APL 10013936020158260084 SP 1001393-60.2015.8.26.0084
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nova, é apenas para tentar buscar elementos fantasiosos para a sua tese
de “proprietária” do terreno, não merecendo assim prosperar.

Ou seja, JAMAIS EXISTIU um contrato de comodato,


como informou a parte apelante. E, se realmente existisse tal contrato, deveria ser
argumentado em sede inicial e não em sede recursal, prejudicando qualquer
possibilidade de contraprova da apelada!

III. CARÊNCIA DE AÇÃO

Pelo que se afere dos documentos juntados com a exordial,


tem-se que a apelante nunca desfrutou da posse (no sentido fático do termo) sobre o
bem que pretende – despótica e injustamente – se assenhorear.

Salienta-se ainda que a apelante possui casa própria em


Fraiburgo, bem como sabe-se que a mesma é residente da referida cidade há muitos
anos, mantendo pouquíssimo contato com o seus parentes residentes na cidade.

Constituir-se em requisito primeiro e basilar na ação de


reintegração de posse, para sua admissibilidade e subsequente cognoscibilidade
formal, a prova inequívoca e incontroversa de que o autor tenha exercido a posse no
imóvel que pretende se reintegrar, para só então merecer a proteção de tal interdito.

Sinale-se que a posse é fato, e quem nunca a deteve (é o


caso da demandante) está inibida de recorrer a recuperanda e possessionis.
Questões, relativas a domínio devem ser dirimidas no juízo petitório e não no
possessório.

Em perfeita sintonia com o aqui esposado e sustentado


veicula-se jurisprudência oriunda pelo Egrégio Tribunal do Estado do Rio Grande do
Sul, 1ª Câmara Cível, na apelação nº 1.831, de 12.5.72, sendo, então relator, Doutor
Oscar Gomes Nunes:

REINTEGRAÇÃO DE POSSE.
Os interditos possessórios pertencem ao sistema da proteção da posse,
de modo que a eles só podem recorrer os possuidores, quando
esbulhados, turbados ou ameaçados em seu direito. O que legitima o
autor na ação possessória é o fato da posse. Carece de ação, o autor
que só prova domínio.
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Desta forma, a apelada contesta a ação movida pela
apelante, sob o óbice do iuris de reintegração de posse, eis que não provou com a
inicial, qualquer das condições essenciais e fundamentais para emprestar-se
viabilidade jurídica a demanda deduzida, omitindo-se e ou descurando de
demonstrar, conforme determina o art. 561 do CPC:

Art. 561. Incumbe ao autor provar:


I – a sua posse;
II – a turbação ou o esbulho praticado pelo réu;
III – a data da turbação ou do esbulho;
IV – a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção,
ou a perda da posse, na ação de reintegração;
Na inicial, a apelante não demonstra ter tido posse sobre o
imóvel. Daí, como era de esperar-se, também não evidenciou prática de esbulho pela
Contestante e, por óbvio, a data dessa prática.

Verifica-se que, a posse do autor deve resultar induvidosa,


para merecer a tutela possessória, sob pena de ser recusada ab initio. Como pode ser
observado pelos documentos anexos, a apelante não possui legitimidade de agir, vez
que litiga em juízo possessório sobre questão de domínio do terreno.

Tanto a ação de força nova espoliativa, quanto à ação de


força velha, constituem-se em meio inidôneos, para o peticionário demandar a
reintegração em imóvel, do qual, reitera-se, nunca deteve a posse.

As ações de reintegração (de força velha e de força nova)


amparam apenas o possuidor que efetivamente exerceu posse sobre a área que
reclama. No caso em tela, a apelante nunca esteve investida, na seara dos fatos, na
posse do imóvel do qual se intitula in dominus.

Assim, a impropriedade do procedimento adotado exsurge


cristalino: litiga em juízo possessório, sobre questão afeta única e exclusivamente ao
petitório.

Salienta-se ainda que a apelante jamais esteve em contato


com a apelada, com o intuito de entender e, talvez, solucionar o problema. Se a
apelante tivesse entrado em contato com a apelada saberia que a mesma vem
tentando, há muito tempo, regular o terreno que lhe pertence.
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Destarte, impõe-se, pelas conclusivas razões aqui
delineadas, em prefacial, seja proclamada, na natividade do feito, a carência de ação,
por parte da apelante, face inexistirem as condições desta aliada ao fato da manifesta
impropriedade da ação ajuizada, com o que reclama a demanda por sua extinção,
editando-se, para tal fim sentença terminativa.

III. DOS FATOS VERDADEIROS

Excelências, os fatos são da seguinte forma: Poucos meses


antes do falecimento da sogra da apelada, a mesma passou a residir junto da
mesma, para cuidar da saúde já debilitada da Sra. Arcelina. Após o falecimento da
mesma, há 34 anos, a apelada e seu marido continuaram a residir no referido
terreno.

Em momento algum, ao logo desses 34 anos, quaisquer


uns dos irmãos do falecido marido da apelada foram até o imóvel e
pediram/exigiram/ordenaram a saída da apelada e de sua família do terreno.

Ao longo de todos esses anos a apelada e seu marido


construíram uma família, fizeram benfeitorias, se preocuparam na conservação do
terreno, sozinhos. Sempre sozinhos. Nenhum dos cunhados da apelada buscou saber
como estava o pagamento do IPTU, o registro do imóvel, as dívidas existentes sobre
ele, uma reforma que precisasse fazer. Nada. Sempre foi a apelada e seu marido que
cuidaram disso.

Apenas após o falecimento do esposo da apelada, após a


mesma ir até a prefeitura e começar a pagar o IPTU em 2015, apenas após a
apelada ir se cadastrar no “lar legal” para conseguir escriturar e por em seu nome o
terreno, é que a apelante surgiu, requerendo, ora, todo o terreno, ora sua cota parte
por conta da herança, ora 50% da herança, ora afirmando que existe um contrato
de comodato.

Enfim, apenas após mais de 30 anos é que a apelante


acha que possui algum direito sobre o imóvel. Imóvel este que sempre pertenceu a
apelada, que sempre cuidou, que construiu família. Seu único imóvel.

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A apelante, que se mostra tão preocupada nesse momento
com a sua cota parte da herança, nunca se mostrou interessada em cuidar do imóvel,
de tentar legaliza-lo ou coisa parecida. Nunca se quer se dirigiu ao terreno para saber
quem, de fato, lá residia ao longo desses anos.

Tanto é que, em sede inicial, trocou quem lá residia.


Alegando que era o filho da apelada quem havia invadido o imóvel quando, na
realidade, quem sempre residiu lá foi a sua cunhada, ora apelada.

Salienta-se que um dos pedidos formulados em sede de


impugnação era de que o imóvel fosse vendido e que a apelante e a ré ficassem com
50% (cinquenta por cento) cada uma, do imóvel vendido.

Excelência questiona-se como ficariam os demais


herdeiros nessa conta? Seria justo com os demais irmãos da apelante que os mesmos
perdessem a sua cota parte de direito – seguindo o raciocínio lógico da própria
apelante? Onde está à boa-fé na referida proposta ofertada em sede de impugnação?

Como pode ser analisado pelas provas produzidas


nos autos, bem como por todo o narrado, verifica-se que a apelante vem
agindo com má-fé ao tentar reintegrar um terreno que não lhe pertence.

Mesmo sabendo que era a sua cunhada e seu irmão quem


residiam no terreno há aproximadamente 20 (vinte) anos, e após o falecimento do
seu esposo a apelada, Carmem Zoely Alves, continuou residindo naquele terreno, a
apelante registrou um boletim de ocorrência informando o fato inverídico, ou seja,
informando que era o seu sobrinho quem residia no terreno.

A própria apelante informa que sabe que a parte apelada


reside há aproximadamente de 20 (vinte) anos no terreno. Sabe-se que não existe
informação nos autos, tampouco uma notificação extrajudicial ao longo desses mais
de 20 (vinte) anos que informe/conste que a posse do terreno não foi de modo
manso, pacífico e contínuo. Ou seja, co0mprovando que a apelante tentou, de alguma
forma, conseguir a posse do terreno e lhe foi negado.

Observa-se que se o terreno fosse realmente de direito da


apelante, por conta do falecimento de sua mãe a mais de 30 (tinta) anos, existira um

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inventário, o terreno estaria envolvido em um espólio. O que não há. Se a apelante
fosse à verdadeira proprietária do terreno, como afirma ser, ela teria a matrícula do
bem informando tais dados, o que não há, porque ela não é a real possuidora do
terreno.

Mas, novamente, não existe o espólio. Não existe


posse irregular. Não existem os fatos narrados. Existe apenas a apelante
agindo de má-fé ao tentar ter um terreno que nunca lhe pertenceu. Um
terreno que a apelada vem tentando, há algum tempo, colocar em dia.
Um terreno que a apelada possui há mais de 30 (trinta) anos, local onde
constituiu família, único local que possui como moradia.

Diante de todo o explanado, verifica-se que a apelante está


agindo com má-fé ao propor a referida ação de reintegração de posse, tendo em vista
ter ciência da situação da apelada, sabendo que a mesma “ocupa” o terreno a mais de
30 anos.

IV. DA USUCAPIÃO

Sabe-se que a usucapião é uma das modalidades de


aquisição da propriedade imóvel.

Como informado, a apelada, ao longo dos anos, tentou


diversas vezes entrar com a ação de usucapião, tendo em vista que reside no terreno
há mais de 20 (vinte) anos, contudo as informações que obteve sempre foram de que
não era possível a propositura por conta da ausência de matrícula do terreno.

Que não era possível uma ação de usucapião sem que


existisse uma matrícula, justamente por conta disso a apelada vem buscando ajuda
junto ao Poder Municipal para legalizar o referido terreno.

Diante disso, a apelada buscou ajuda no prefeitura


municipal, como informado e está quase finalizando os tramites para que consiga que
o referido Órgão coloque o terreno em que reside em seu nome, como comprova-se
em documento anexo.

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Em relação à alegação de usucapião, cabe a parte apelada
comprovar tal uso, o que o faz como pode ser analisado pelos documentos trazidos
aos autos.

Ainda, têm-se o entendimento do Tribunal de Justiça:

APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE


NEGADA - IMÓVEL RESIDENCIAL - USUCAPIÃO COMO MATÉRIA
DE DEFESA - REQUISITOS - COMPROVAÇÃO - RECURSO NÃO
PROVIDO - SENTENÇA RATIFICADA.
O exercício da posse denota a existência de estado de fato, que
demanda comprovação. A certificação disso, em ação de usucapião,
como matéria de defesa, é possível e sua comprovação é suficiente
para afastar o pedido de reintegração de posse 3.
No mesmo entendimento, é o parecer:

EMENTA: APELAÇÃO. REIVINDICATÓRIA. POSSIBILIDADE DE


ALEGAÇÃO DE USUCAPIÃO COMO MATÉRIA DE DEFESA.
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS DA USUCAPIÃO ESPECIAL
URBANA. INSUFICIÊNCIA DE AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE
POSSE EXTINTA SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO PARA
CONFIGURAÇÃO DE OPOSIÇÃO AO EXERCÍCIO DA POSSE PELO
USUCAPIENTE OU PARA INTERRUPÇÃO DO PRAZO DA
PRESCRIÇÃO AQUISITIVA. DESPROVIMENTO.
1. É possível a alegação de usucapião como matéria de defesa em ação
reivindicatória. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça.
2. Ação de reintegração de posse extinta sem resolução do mérito, por
desistência da autora, é insuficiente para configurar oposição ao
exercício da posse pelo réu e para interromper o prazo da prescrição
aquisitiva.
3. Preenchidos os requisitos da usucapião especial urbana, impõe-se a
improcedência da demanda petitória. (TJPB - ACÓRDÃO/DECISÃO
do Processo Nº 01400018119998150000, 4ª Câmara Especializada
Cível, Relator DES ROMERO MARCELO DA FONSECA OLIVEIRA , j.
em 22-09-2015)4.
Ainda, para exemplificar, têm-se a jurisprudência:

APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO REIVINDICATÓRIA - USUCAPIÃO


COMO MATÉRIA DE DEFESA - REQUISITOS LEGAIS DA
PRESCRIÇÃO AQUISITIVA ATENDIDOS.
1. O ônus da prova incumbe ao réu quanto a existência de fato
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, notadamente
na ação de reivindicação quanto aos requisitos legais para a aquisição
de imóvel pela usucapião, arguida na contestação.
2. Nos termos do art. 183 da Constituição do Brasil, "aquele que
possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros

3 AC 10049120006314001 MG. Órgão Julgador Câmaras Cíveis / 15ª CÂMARA CÍVEL. Publicação20/03/2015.
Julgamento12 de Março de 2015. Relator Tiago Pinto.
4 Processo AC 01400018119998150000 0140001-81.1999.815.0000. Órgão Julgador4A CÍVEL. Julgamento22 de

Setembro de 2015. Relator DES ROMERO MARCELO DA FONSECA OLIVEIRA.


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quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição,
utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o
domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou
rural".
3. Julga-se improcedente ação reivindicatória quando o réu comprova
possuir área urbana inferior a 250m², há mais de 38 (trinta e oito)
anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua
moradia ou de sua família, adquirindo, assim, direito à declaração de
domínio sobre o imóvel.
Diante disso, por todo o exposto, verifica-se que a apelada
faz jus a ação de usucapião, tendo em vista que reside no terreno há mais de 30
(trinta) anos, bem como vem buscando junto ao poder municipal para regularizar, de
forma definitiva, a escritura do seu imóvel.

V. DOS IMPOSTOS

A apelante informa que vem pagando os IPTUs do terreno


de sua finada genitora há anos. Reforça tal argumento, esquecendo que o documento
que juntou, eles mesmo, no processo comprovam, de forma cabal, que a
apelante fez um “REFIS” no inicio de 2016, com o intuito de tentar
aparentar que pagava os impostos há anos!

Porém, como pode ser observada pelos documentos


anexos a inicial, a apelante fez um termo de confissão de divida em abril de 2016 em
relação às dividas existentes desde 1992. Ou seja, por livre e espontânea vontade –
possivelmente com o intuito de alegar justamente o pagamento dos referidos
impostos – a apelante vem pagando os IPTU atrasados.

Desta forma, diferentemente do alegado, a apelante não


vem pagando imposto há anos, mas desde o mês de abril de 2016, conforme se
comprova pelos documentos juntados pela própria apelante nos autos.

Cabe destacar que a apelada, Carmem Zoely Alves, pagou o


IPTU do terreno, objeto da presente ação, em 2015 e 2016 com a autorização da
prefeitura municipal de Curitibanos, tendo em vista todo o transtorno por conta da
existência ou não do terreno, já narrado acima.

Comprova-se o pagamento pelos documentos juntados a


presente, bem como pelos cálculos de confissão de dividas, que não constam como
abertos o IPTU de 2015/2016.

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Observa-se ainda, que a apelante realizou o termo de
confissão de dívida em abril de 2016, porém em março do mesmo ano a
apelada, Carmem Zoely Alves, já tinha ganhado o documento da Lei 5720/2016,
intitulado como “Autoriza o poder executivo municipal a outorgar escritura pública
de lote no bairro santo Antônio de Pádua”. O mesmo loto objeto da presente ação.

Desta forma, verifica-se que a apelante apenas se mostrou


interessada em pagar os IPTU depois da apelada já ter realizado o pedido de
regulamentação do terreno junto ao poder municipal, provavelmente com o intuito de
alegar que o terreno lhe pertencia.

Comprova-se com isso, que a apelante vem agindo com


má-fé, não merecendo a sua ação de reintegração de posse prosperar.

VI. DOS CUIDADOS DO IRMÃO

Excelências, tamanha falácia e desconsideração da parte


apelante é que a mesma informa que “cuidou do seu irmão nos últimos dias de sua
vida” e, afirma ainda, que sempre teve bom coração e sem ressentimentos pela
“invasão” do imóvel.

É completamente mentirosa a parte dos cuidados citados,


tendo em vista que a mesma mal compareceu no velório do esposo da apelada, não
soube direito do que o mesmo faleceu, sequer perguntou se algum dos familiares
precisava de ajuda financeira naquele momento.

O descaso que ele mostrou com o irmão e a sua doença é


apelas o reflexo que ele sempre possuiu com a preocupação com o imóvel objeto da
lide.

Excelência, ao longo dos 30 anos que decorreram desde


que a apelada e seu falecido marido passaram a residir no imóvel objeto da demanda,
a apelante nunca compareceu na residência deles querendo saber o estado da casa,
qual cuidado precisaria ser feito, que tipo de documentação deveria ter a residência –
afinal de contas o imóvel não possui matrícula, quem está correndo atrás da
legalização do terreno é a apelada, através do lar legal.

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Se a apelada estivesse mesmo tão preocupada com o
imóvel, sua conservação e demais fatos argumentados até aqui, porque não teria
feito, na época do falecimento de sua mãe, ação de inventário? Ou, não possuindo
condições na época, posteriormente? Porque nunca, em momento algum, buscou
informação de como legalizava o referido imóvel? Porque?

Desta forma, mostra-se apenas que a apelante busca, de


forma completamente ofensiva, retirar uma senhora – sua cunhada – de um lugar
que sempre foi seu, sua única morada.

VII – DOS PEDIDOS

ANTE O EXPOSTO, requer o recorrido se digne esta


Egrégia Câmara Cível em negar provimento ao apelo, mantida na íntegra a r.
sentença increpada.

Termos em que,

Pede deferimento

Curitibanos, 28 de maio de 2018

MARIANA MACALLI ANA PAULA ZAMPIROLO ALVES

OAB/SC 42.064 OAB/SC 48.385

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