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Carin Maria Schmitt

TCC: DICAS E REGRAS DE COMO


ENFRENTAR ESSE DESAFIO

Porto Alegre
janeiro 2016
PREFÁCIO

Nos últimos dez anos me dediquei ao trabalho de auxiliar alunos que estavam fazendo seu
TCC o curso de Engenharia Civil da UFRGS na sua formatação (ENG01039 - Trabalho de
Diplomação Engenharia Civil I e ENG01040 - Trabalho de Diplomação Engenharia Civil II).
Na verdade, a atividade iniciou um pouco antes quando trabalhava com alunos de pós-
graduação que estavam iniciando sua dissertação. Em qualquer uma dessas fases, o objetivo
era dar apoio ao aluno que chegava à porta de uma monografia e não tinha ideia de como
deveria fazer o seu trabalho.

Cada um dos cerca de 1000 alunos, com os quais trabalhei intensamente durante dois
semestres, me ensinaram muita coisa, pois cada um era diferente do outro. As angústias, as
dificuldades, os medos de desenvolver um TCC foram alvo da minha preocupação, mas
também, motivo para cobranças para incentivar que cada um desse o melhor de si para que,
no final, conhecesse o seu alto potencial de trabalho, sua capacidade de comunicação, escrita
e oral, que muitas vezes estava sufocada por alguma experiência negativa do passado. Uma
ex-aluna escreveu para mim: você ensina a trilhar os caminhos com nossas próprias pernas e
sem rodeios. Acho que isso traduz a minha intenção com os alunos. Mas não foram só
sucessos alcançados, alguns não viam no TCC uma possibilidade de crescimento e o
realizaram da forma mais pobre possível, mostrando que sem ter vontade de fazer alguma
coisa, ter potencialidade não resolve.

Assim conduzindo o TCC desses alunos, todos amparados nos dois semestres por seus
orientadores, se criou uma sistemática de trabalho que acredito deu certo. Os TCC, na sua
grande maioria, superavam a expectativa dos avaliadores e deixavam o aluno com o
sentimento de realização. Por isso, na medida que não mais se fará este trabalho com os
alunos que deverão fazer o TCC na Engenharia Civil da UFRGS, acredito que esses “manual”
poderá ajudar os alunos e, quem sabe, seus orientadores. Citando os orientadores, cabe a eles
uma mensagem: os alunos de graduação são bastante diferentes dos alunos de pós-graduação
e isso requer do professor orientador uma abordagem diferenciada. Poucos dominam o tema
do TCC e se a cobrança sobre aquisição de conhecimento para poder realizar o trabalho de
forma adequada não for cobrada insistentemente, eles farão um trabalho sem noções básicas
do assunto, dando a impressão que pularam etapas. O aluno nessa situação tende a copiar as
coisas e não fazer um trabalho com personalidade. E quanto a cópias, grande perigo dos
trabalhos acadêmicos atuais: sem um acompanhamento e cobranças sobre o desenvolvimento
do trabalho ao longo de todo o seu período de desenvolvimento, pode-se facilmente ter um
trabalho que não passa de cópia de um ou a simples compilação de alguns trabalhos. Deve-se
saber que um trabalho não surge do nada, o aluno não melhora sua habilidade de escrever em
algumas poucas semanas, por exemplo. Em resumo, não há mágica no desenvolvimento de
um TCC, o aluno não vai ter tomado por uma inspiração instantânea e, portanto, desenvolver
todo o TCC, por exemplo, numa semana.

Carin

janeiro 2016
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Esquema básico de uma pesquisa 151


Figura 2 – Objetivos da pesquisa: produto 153
Figura 3 – Hipótese da pesquisa: possível resposta 154
Figura 4 – Exemplo de diagrama que apresenta etapas de uma pesquisa 158
Figura 5 – Exemplos de cronograma de pesquisa 159

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Abreviaturas dos números ordinais em português e inglês 127


Quadro 2 – Abreviaturas dos nomes dos meses nos vários idiomas 131
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 11
1.1 A ESCOLHADO TEMA ........................................................................................... 12
1.2 A ESCOLHADO ORIENTADOR ............................................................................. 13
1.3 ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TCC ...................................................... 14
1.3.1 O Projeto de Pesquisa do TCC ............................................................................. 15
1.3.2 O Relatório Final do TCC .................................................................................... 16
1.4 INICIANDO O TCC .................................................................................................. 19
2 FORMATAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA E DO TCC: VERSÃO
ESCRITA ................................................................................................................... 21
2.1 ARQUIVOS WORD DE ESTILOS PARA O TCC .................................................. 21
2.2 FORMATAÇÃO E ESTRUTURA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE 23
CURSO: NO PROJETO DE PESQUISA E NO RELATÓRIO FINAL .....................
2.2.1 Papel, impressão e margens .................................................................................. 23
2.2.2 Elementos Pré-Textuais dos Trabalhos de Conclusão e Curso ......................... 24
2.2.2.1 Capa (Projeto de Pesquisa e Relatório Final) ....................................................... 26
2.2.2.2 Folha de rosto (Projeto de Pesquisa e Relatório Final) ........................................ 26
2.2.2.3 Folha de aprovação (só no Relatório Final) ......................................................... 27
2.2.2.4 Dedicatória (só no Relatório Final) ...................................................................... 28
2.2.2.5 Agradecimentos (só no Relatório Final) .............................................................. 29
2.2.2.6 Epígrafe (só no Relatório Final) ........................................................................... 29
2.2.2.7 Resumo em português (só no Relatório Final) ..................................................... 29
2.2.2.8 Resumo em idioma estrangeiro (só no Relatório Final) ...................................... 30
2.2.2.9 Listas de Ilustrações e de Tabelas (Projeto de Pesquisa e Relatório Final) ......... 31
2.2.2.10 Listas de Siglas e Símbolos (Projeto de Pesquisa e Relatório Final) ................. 32
2.2.2.11 Sumário (Projeto de Pesquisa e Relatório Final) ............................................... 33
2.2.3 Elementos Textuais dos Trabalhos de Conclusão de Curso .............................. 33
2.2.3.1 Numeração das páginas ........................................................................................ 34
2.2.3.2 Identificação do trabalho no rodapé ..................................................................... 35
2.2.3.3 Divisão dos trabalhos em seções .......................................................................... 35
2.2.3.4 Formatação do texto do Projeto de Pesquisa ........................................................ 36
2.2.3.4.1 Texto: geral e citações diretas .......................................................................... 36
2.2.3.4.2 Alíneas e subalíneas .......................................................................................... 37
2.2.3.4.3 Notas de rodapé ................................................................................................ 39
2.2.3.4.4 Ilustrações e tabelas .......................................................................................... 39
2.2.3.4.5 Equações e fórmulas ......................................................................................... 40
2.2.3.5 Conteúdo dos componentes da parte textual do Projeto de Pesquisa ................... 41
2.2.3.5.1 Introdução do Projeto de Pesquisa ................................................................... 42
2.2.3.5.2 Diretrizes da pesquisa no Projeto de Pesquisa ................................................. 43
2.2.3.5.3 Procedimentos Metodológicos da pesquisa no Projeto de Pesquisa ................ 43
2.2.3.5.4 Capítulo/s fruto de revisão bibliográfica no Projeto de Pesquisa .................... 45
2.2.3.5.5 Considerações Finais no Projeto de Pesquisa .................................................. 46
2.2.3.6 Conteúdo dos componentes da parte textual do Relatório Final do Trabalho de
Conclusão de Curso ..................................................................................................... 46
2.2.3.6.1 Introdução no Relatório Final do Trabalho de Conclusão de Curso ............... 47
2.2.3.6.2 Diretrizes da pesquisa no Relatório Final do Trabalho de Conclusão de 48
Curso ...........................................................................................................................
2.2.3.6.3 Capítulo/s fruto de revisão bibliográfica no Relatório Final do Trabalho de
Conclusão de Curso .................................................................................................... 49
2.2.3.6.4 Procedimentos Metodológicos e descrição do desenvolvimento da pesquisa
no Relatório Final do Trabalho de Conclusão de Curso ............................................ 49
2.2.3.6.5 Apresentação dos resultados no Relatório Final do Trabalho de Conclusão
de Curso ...................................................................................................................... 50
2.2.3.6.6 Análise dos resultados no Relatório Final do Trabalho de Conclusão de
Curso ........................................................................................................................... 51
2.2.3.6.7 Considerações Finais ou Conclusões no Relatório Final do Trabalho de
Conclusão de Curso .................................................................................................... 51
2.2.4 Elementos Pós-Textuais no Trabalho de Conclusão de Curso ......................... 52
2.2.4.1 Referências .......................................................................................................... 52
2.2.4.2 Glossário .............................................................................................................. 52
2.2.4.3 Apêndices ............................................................................................................. 53
2.2.4.4 Anexos .................................................................................................................. 53
3 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 55
3.1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 55
3.2 OBJETIVOS DA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA .................................................... 56
3.3 IDENTIFICAÇÃO DE FONTES ............................................................................... 58
3.4 SELEÇÃO DE MATERIAL ...................................................................................... 60
3.5 LEITURA E FICHAMENTO DA BIBLIOGRAFIA ............................................... 61
3.5.1 Leitura e seleção do material ............................................................................... 61
3.5.2 Fichas de leitura .................................................................................................... 63
3.5.2.1 Tipo de material consultado e identificação das obras consultadas .................... 64
3.5.2.1.1 Dados para composição de referências de livros ............................................. 65
3.5.2.1.2 Dados para composição de referências de trabalhos acadêmicos ................... 67
3.5.2.1.3 Dados para composição de referências de artigos em periódicos ................... 67
3.5.2.1.4 Dados para composição de referências de artigos publicados em eventos ...... 68
3.5.2.1.5 Dados para composição de referências de normas técnicas ............................ 68
3.5.2.1.6 Dados para composição de referências de boletins ou cadernos técnicos ....... 68
3.5.2.1.7 Dados para composição de referências de legislação ...................................... 69
3.5.2.1.8 Dados para composição de referências de mensagens pessoais ...................... 69
3.5.2.1.9 Dados para composição de referências de documentos disponíveis na
internet ........................................................................................................................ 69
3.5.2.2 Lista de palavras-chave ....................................................................................... 70
3.5.2.3 Registro do conteúdo da obra na ficha de leitura ................................................. 71
3.5.2.3.1 Citação direta na ficha de leitura .................................................................... 74
3.5.2.3.2 Citação indireta na ficha de leitura .................................................................. 84
3.5.2.3.3 Citação direta de citação na ficha de leitura .................................................... 84
3.5.2.3.4 Citação indireta de citação na ficha de leitura ................................................. 86
3.5.2.4 Registro de comentários sobre a obra na ficha de leitura ..................................... 87
3.5.2.5 Organização do material consultado .................................................................... 87
3.6 TIPOS DE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A SEREM EVITADOS ......................... 88
3.6.1 Summa ................................................................................................................... 88
3.6.2 Arqueológico .......................................................................................................... 88
3.6.3 Patchwork .............................................................................................................. 88
3.6.4 Suspense ................................................................................................................. 89
3.6.5 Rococó .................................................................................................................... 89
3.6.6 Caderno B .............................................................................................................. 89
3.6.7 Coquetel teórico ..................................................................................................... 89
3.6.8 Apêndice inútil ....................................................................................................... 89
3.6.9 Monástico ............................................................................................................... 90
3.6.10 Cronista social ..................................................................................................... 90
3.6.11Colonizado x Xenófobo ........................................................................................ 90
3.6.12 Off records ............................................................................................................ 90
3.6.13 Ventríloquo .......................................................................................................... 91
4 CITAÇÕES EM DOCUMENTOS NA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................. 93
4.1 ASPECTOS GERAIS DAS CITAÇÕES ................................................................... 94
4.1.1 Indicação da fonte quando informação oral ....................................................... 95
4.1.2 Indicação da fonte quando trabalho em fase de elaboração ............................. 95
4.2 REGRAS GERAIS PARA ELABORAÇÃO DAS CITAÇÕES ............................... 96
4.2.1 Sistema numérico .................................................................................................. 97
4.2.2 Sistema autor-data ................................................................................................ 98
4.3 TIPOS DE CITAÇÕES E SUAS FORMAS DE APRESENTAÇÃO NOS
TEXTOS ...................................................................................................................... 100
4.3.1 Citação direta ......................................................................................................... 100
4.3.2 Citação indireta ..................................................................................................... 103
4.3.3 Citação de citação - direta ou indireta ................................................................ 103
4.4 REGRAS PARA INDICAÇÃO DOS AUTORES NAS CITAÇÕES ....................... 105
4.4.1 Autor é pessoa física .............................................................................................. 105
4.4.1.1 Formato das citações quando a obra tem um único autor - pessoa física ............ 105
4.4.1.2 Formato das citações quando a obra tem dois autores - pessoa física ................. 106
4.4.1.3 Formato das citações quando a obra tem mais de dois autores - pessoa física .... 107
4.4.2 Autor é empresa ou instituição não vinculada a alguma instância
governamental ........................................................................................................... 108
4.4.2.1 Formato das citações quando a obra tem um único autor - empresa ou
instituição não vinculada a alguma instância governamental ..................................... 108
4.4.2.2 Formato das citações quando a obra tem dois autores - empresa ou instituição
não vinculada a alguma instância governamental ....................................................... 109
4.4.2.3 Formato das citações quando a obra tem mais de dois autores - empresa ou
instituição não vinculada a alguma instância governamental ...................................... 110
4.4.3 Autor é entidade vinculada a alguma instância governamental ....................... 111
4.4.3.1 Formato das citações quando a obra tem um único autor que é entidade
vinculada a alguma instância governamental e tem denominação genérica ............... 111
4.4.3.2 Formato das citações quando a obra é de autoria de entidade vinculada a
alguma instância governamental e tem denominação genérica sendo mais de um
113
autor .............................................................................................................................
4.4.3.3 Formato das citações quando a obra tem um único autor que é entidade
vinculada a alguma instância governamental e tem denominação específica que o 113
identifica individualmente ...........................................................................................
4.4.3.4 Formato das citações quando a obra é de autoria de entidade vinculada a
alguma instância governamental e tem denominação específica que o identifica 113
individualmente sendo mais de um autor ....................................................................
4.4.4 Casos especiais ....................................................................................................... 114
4.4.4.1 Obras com autores com mesmo sobrenome - iniciais diferentes dos pré-nomes . 114
4.4.4.2 Obras com autores com mesmo sobrenome - iniciais dos pré-nomes iguais ....... 114
4.4.4.3 Obras do mesmo autor publicadas numa mesma data .......................................... 115
4.4.4.4 Documentos de mesma autoria mencionados simultaneamente .......................... 115
4.4.4.5 Documentos de vários autores mencionados simultaneamente ........................... 115
4.4.5 Texto sem indicação de autoria ou responsabilidade ......................................... 116
5 REFERÊNCIAS DE DOCUMENTOS CITADOS .................................................. 117
5.1 ASPECTOS GERAIS ................................................................................................ 117
5.2 REGRAS GERAIS PARA CRIAÇÃO DE REFERÊNCIAS .................................... 119
5.3 TRANSCRIÇÃO DOS ELEMENTOS COMPONENTES DE UMA
REFERÊNCIA DE UM DOCUMENTO .................................................................... 120
5.3.1 Autoria .................................................................................................................... 120
5.3.1.1 Autor pessoa física ............................................................................................... 122
5.3.1.2 Autor entidade ...................................................................................................... 124
5.3.2 Título e subtítulo .................................................................................................... 126
5.3.3 Edição ..................................................................................................................... 127
5.3.4 Local ....................................................................................................................... 127
5.3.5 Editora .................................................................................................................... 128
5.3.6 Data ......................................................................................................................... 129
5.3.7 Descrição física ...................................................................................................... 131
5.3.7.1 Paginação ............................................................................................................. 131
5.3.7.2 Volume ................................................................................................................. 132
5.4 REGRAS PARA CRIAÇÃO DE REFERÊNCIAS EM FUNÇÃO DO TIPO DE
DOCUMENTO CONSULTADO ............................................................................... 133
5.4.1 Monografia como um todo ................................................................................... 133
5.4.1.1 Livro ..................................................................................................................... 134
5.4.1.2 Tese de doutorado ................................................................................................ 134
5.4.1.3 Dissertação de mestrado ....................................................................................... 135
5.4.1.4 Trabalho de diplomação ....................................................................................... 136
5.4.2 Parte de uma monografia ..................................................................................... 137
5.4.3 Monografia como um todo ou parte de uma monografia acessada em meio
eletrônico .................................................................................................................... 138
5.4.4 Publicação periódica ............................................................................................. 139
5.4.5 Boletim ou Caderno Técnico ................................................................................ 140
5.4.6 Trabalho apresentado em evento ......................................................................... 141
5.4.6.1 Resumo de trabalho em evento quando disponível em publicação impressa ....... 141
5.4.6.2 Trabalho em anais de evento quando disponível em publicação impressa .......... 141
5.4.6.3 Trabalho em anais de evento quando disponível em site eletrônico .................... 142
5.4.6.4 Trabalho em anais de evento quando disponível em CD ..................................... 142
5.4.7 Documento de acesso exclusivamente por meio eletrônico ............................... 143
5.4.8 Legislação ............................................................................................................... 144
5.4.8.1 Legislação publicada num site ............................................................................. 144
5.4.8.2 Legislação publicada num livro com pessoa física responsável pela obra ........... 145
5.4.9 Norma técnica ........................................................................................................ 145
5.4.10 Documento publicado por entidade vinculada a uma órgão superior ........... 146
5.4.10.1 Documento publicado por entidade com denominação genérica vinculada a 146
um órgão superior ........................................................................................................
5.4.10.2 Documento publicado por entidade com denominação específica vinculada a 146
um órgão superior ........................................................................................................
6 DIRETRIZES DE PESQUISA ................................................................................... 149
6.1 PESQUISA EXPLORATÓRIA ................................................................................. 150
6.2 QUESTÃO DE PESQUISA ....................................................................................... 151
6.3 OBJETIVOS DA PESQUISA .................................................................................... 153
6.4 HIPÓTESES ............................................................................................................... 154
6.5 PRESSUPOSTOS ...................................................................................................... 157
6.6 PREMISSAS .............................................................................................................. 157
6.7 DELIMITAÇÕES ...................................................................................................... 157
6.8 LIMITAÇÕES ........................................................................................................... 158
6.9 DELINEAMENTO .................................................................................................... 158
REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 161
APÊNDICE A .................................................................................................................. 163
APÊNDICE B .................................................................................................................. 197
APÊNDICE C .................................................................................................................. 249
11

1 INTRODUÇÃO

O aluno, ao chegar no final do curso de graduação, deve desenvolver um Trabalho de


Conclusão de Curso (TCC) ou o, também chamado, Trabalho de Diplomação. Existem várias
formas para esses trabalhos, dependendo do curso, mas sempre é um grande desafio para o
aluno. As recomendações que aqui são apresentadas são para trabalhos que terão como
resultado uma monografia, ainda que para outras formas de trabalho, como artigos, podem ser
valiosas.

A obrigatoriedade deste tipo de trabalho é ditada por Legislação Federal. No caso das
Engenharias, pela Resolução n. 11 da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de
Educação, de 11 de março de 2002, que institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de
Graduação em Engenharia. No seu art. 3. está indicado (BRASIL, 2002):

O Curso de Graduação em Engenharia tem como perfil do formando


egresso/profissional o engenheiro, com formação generalista, humanista, crítica e
reflexiva, capacitado a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua
atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando
seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética
e humanística, em atendimento às demandas da sociedade.

E no seu art. 7. (BRASIL, 2002, grifo nosso):

A formação do engenheiro incluirá, como etapa integrante da graduação, estágios


curriculares obrigatórios sob supervisão direta da instituição de ensino, através de
relatórios técnicos e acompanhamento individualizado durante o período de
realização da atividade. [...]. Parágrafo único. É obrigatório o trabalho final de
curso como atividade de síntese e integração de conhecimento.

Como a maior parte dos trabalhos faz um vínculo entre a teoria e a prática, o TCC pode abrir
várias perspectivas para o aluno. O bom TCC nasce fruto de duas escolhas fundamentais: o
tema e o orientador. Assim, a adequada escolha do tema é fundamental, mas uma boa
orientação também é muito importante.

Boas escolhas são o primeiro passo para o sucesso do TCC. Muitas vezes, se isso não
acontece, o aluno se sente desmotivado em pouco tempo e desiste de dar continuidade ao
trabalho já iniciado. Isso não significa que o aluno não possa trocar de tema ou orientador, ou
ambos, frente a dificuldades que venham a surgir, mas, boas e conscientes escolhas iniciais,
12

são a receita para minimizar a ocorrência dessas trocas. Nos próximos itens, aprofunda-se essa
análise.

1.1 A ESCOLHA DO TEMA

A escolha do tema é o princípio de tudo, pois a aluno passará um ano ou mais envolvido com
esse trabalho. Como cada curso de graduação tem inúmeras formas de aplicação dos
conhecimentos adquiridos no mercado de trabalho, é interessante que o aluno selecione quais
mais lhe interessam e, entre essas, aquela que poderá ser tema para seu TCC. Medeiros (1999,
p. 35) salienta que “Ao selecionar um assunto, o estudioso leva em consideração seu gosto
pessoal [...]” e complementa “O assunto deverá estar em acordo com a formação intelectual
do pesquisador, que deverá verificar a existência de material de pesquisa (bibliografia)
suficiente [...]”.

Selecionados os temas, comece a ler trabalhos que versam sobre eles. É importante saber o
status quo do conhecimento sobre esses assuntos para não propor para o TCC um
questionamento que está respondido. O aluno de graduação muitas vezes acha, por ter pouco
conhecimento, que sua proposta é inédita: ninguém foi capaz de pensar nisso antes! Mas, na
maior parte das vezes, sobre a primeira proposta muitas alterações serão necessárias para
particularizar o estudo, ainda que um TCC não precisa ter, e normalmente não é, um tema
inédito como numa tese de doutorado. Assim, é importante desde o início lembrar que se trata
de um TCC e este tem um âmbito restrito: não é uma dissertação de mestrado, nem tese de
doutorado.

As primeiras propostas dos alunos são, normalmente, muito abrangentes: a ideia é resolver os
problemas do mundo. Isso não vai ser assim, mas para iniciar não é ruim. Se for desde o
início muito focado, pouco se poderá fazer caso o tema já tenha sido muito pesquisado.
Assim, parte-se do tema amplo para o mais específico ao longo da trajetória.

Outra coisa importante é a possibilidade de aplicar num caso prático o conhecimento


adquirido e não só (com raras e importantes exceções) trabalhar um tema essencialmente
teórico. Essas exceções dizem respeito a temas muito novos, cuja produção de conhecimento
no País ainda seja ínfima e o TCC se apresenta como uma oportunidade de elaboração de um
trabalho, em português, compilando o que já foi estudado.
13

Deve ficar o registro que, desde o início do processo, deve existir um tema, ainda que é
muito provável que esse seja alterado várias vezes até a definição final. O aluno que não sabe
o que quer não vai a lugar nenhum. Se não houver um tema predileto, busque ver qual seria o
que mais lhe agrada para o TCC e inicie por aí.

Desta forma, será necessário tomar algumas decisões:

a) o que vai estudar;


b) que tipo de abordagem irá fazer;
c) como imagina desenvolver o trabalho.

1.2 A ESCOLHA DO ORIENTADOR

Com a escolha do tema realizada, inicia a busca pelo orientador. É fundamental que o aluno
tenha um bom orientador. Ao se afirmar isso, um bom orientador, não se quer dizer que
existem orientadores que não sejam bons, mas, muitas vezes, não são os melhores para
determinado aluno. Assim, além de se escolher o orientador entre aqueles que tem interesse e
conhecimento sobre o tema escolhido, este deve ter um perfil compatível com as necessidades
do aluno.

Acontece algumas vezes que o aluno, ao não ter um tema definido, escolhe primeiro o
orientador e busca ajustar o foco do trabalho aos assuntos que o professor possa orientar.
Normalmente não é a melhor prática, mas, se para o aluno, é importante a segurança de ter
esse orientador no qual ele confia como parceiro para essa jornada, não se deve descartar essa
possibilidade. O que é frequente é que o tema muitas vezes não é o melhor nem para o aluno,
pelos seus interesses, nem para o professor, que tenta sugerir algo que, ainda que esteja ao seu
alcance como orientador, considera ser o melhor para o aluno com suas particularidades.

Os alunos são muito diferentes entre si e, por isso, nem todo professor é o melhor orientador
para determinado trabalho. Há os alunos que têm grande autonomia e desenvolvem o TCC, ou
outra tarefa qualquer, sem grandes problemas, necessitando que o orientador realize a sua
tarefa especialmente nos pontos chave do trabalho: é o aluno que não precisa e nem sente a
necessidade de ter, passo a passo, a aceitação do orientador em relação ao que está sendo
desenvolvido. Esse aluno precisa de um orientador que tenha um bom conhecimento sobre o
tema abordado no TCC e, se sua disponibilidade para encontros não for muito grande, isso
não representa grande prejuízo para o trabalho.
14

Por outro lado, existem os alunos extremamente ansiosos e preocupados com a qualidade das
tarefas realizadas para o desenvolvimento do TCC. Esses precisam de um acompanhamento
mais próximo, o que significa uma maior disponibilidade do professor. Esse aluno quer, por
exemplo, semanalmente ter contato com o orientador para receber o aval sobre o
encaminhamento dado, pois, caso contrário, se sente inseguro. Esse orientador pode ser
aquele que, mesmo não sendo especialista no assunto, tem interesse no tema foco do TCC e,
principalmente, gosta de acompanhar passo a passo o aluno no desenvolvimento do mesmo.

Em relação ao orientador, o aluno que inicia o TCC deve buscar informações, com colegas
que estão ou foram orientados pelos professores candidatos a orientador, sobre como está
funcionando ou funcionou a orientação. Além disso, deve-se conhecer o perfil do colega e
compará-lo ao seu perfil, pois as necessidades, como dito anteriormente, são diferentes entre
os alunos. Assim, deve-se ter uma ideia inicial sobre:

a) interesse e envolvimento do professor com os assuntos de interesse do aluno;


b) disponibilidade de tempo para atendimentos;
c) tipo de acompanhamento realizado quanto a cobrança de tarefas indicadas para
desenvolvimento do TCC, indicação de bibliografia, leitura do trabalho em
seus vários estágios, comportamento na defesa do TCC.

O aluno deve saber, também, exatamente qual o papel do orientador: orientar e não fazer ou
se preocupar com o TCC no lugar do aluno. Quem busca contato é o aluno: o professor tem,
entre outras muitas tarefas, a de orientar esse aluno. Assim, não espere que o orientador seja
quem dá ritmo ao trabalho com suas cobranças. A iniciativa deve ser sempre do aluno.

1.3 ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TCC

O TCC tem uma característica muito importante: deve ser continuamente desenvolvido. A
tarefa não se assemelha aquelas disciplinas nas quais a cobrança de conteúdo é feita por
provas, ou mesmo trabalhos, isto é, cobranças pontuais. O TCC exige um cronograma de
trabalho para que a cada momento uma de suas partes esteja concluída. Cada etapa exige,
além de horas de leitura e de escrita, momentos de discussão com o orientador e reflexão
sobre tudo que foi escrito, lido e conversado. Além disso, é de grande ajuda para a elaboração
do trabalho que o processo seja bem organizado. Normalmente o aluno tem dois semestres
para desenvolver o trabalho. No primeiro dos semestres, o aluno se preocupa-se com o
15

preparo do Projeto de Pesquisa (PP) e, no segundo, com o desenvolvimento propriamente do


TCC. Essas etapas são detalhadas a seguir.

1.3.1 O Projeto de Pesquisa do TCC

Os alunos que, pela primeira vez, estejam se deparando com o desafio de descobrir coisas
pelo caminho da Ciência, não têm noções básicas, lhes falta clareza sobre a organização dos
tópicos de um PP. Não havendo familiaridade com a linguagem própria do campo da Ciência,
têm dificuldades com manuais sobre como o elaborar. Também os alunos de muitas áreas de
conhecimento, como a Engenharia, por exemplo, têm apresentado grande dificuldade de
expressar suas ideias de forma oral e escrita.

No PP, o aluno deve apresentar em que área o seu TCC será desenvolvido, indicando, após a
apresentação mais abrangente, qual o foco do seu trabalho. Além disso deve mostrar a sua
importância e a justificativa da escolha do tema. O aspecto mais importante do PP está na
apresentação, clara e precisa, do trabalho através das diretrizes deste. As diretrizes
apresentam, em capítulo separado ou incorporado à introdução, a questão e objetivos do TCC
e todos os demais itens que se fizerem necessários para bem caracterizar o trabalho (hipóteses,
pressupostos, premissas, delimitações, limitações). Também, de forma mais ou menos
aprofundada, descreve qual é o plano para o seu desenvolvimento, ou seja, qual o
delineamento do trabalho. Todos esses itens serão abordados neste manual.

A outra parte fundamental do PP são os capítulos fruto de revisão bibliográfica. É


fundamental que, numa monografia, seja apresentada uma consistente revisão bibliográfica
dos temas abordados no trabalho. Esses capítulos devem ser resultado de uma vasta busca e
leitura de textos, confecção de fichas de leitura e, finalmente, a escrita propriamente dita
desses capítulos. Uma sugestão de como enfrentar esses desafios está nesse manual.
16

1.3.2 O Relatório Final do TCC

O TCC será uma continuidade do PP se esse foi elaborado de forma criteriosa. Os itens
incluídos no PP serão mantidos, ajustando sempre a descrição feita inicialmente, o que foi
proposto, para aquilo que efetivamente foi possível fazer. O TCC será um relatório do que foi
realizado, descrevendo a forma como o trabalho foi desenvolvido e, no final, quais os achados
frente aos objetivos do trabalho.

Assim, em função do tipo de objetivo do trabalho desenvolvido, deve-se acrescentar os


capítulos compatíveis com o esse. Para os TCC na área da Engenharia Civil, normalmente se
pode classificar os mesmos em:

a) pesquisa aplicada: quando para um problema prático proposto busca-se uma


solução. São exemplos,
- a elaboração de projetos: quando para determinadas condições de contorno, o
objetivo do trabalho é o de sugerir uma solução projetual;
- desenvolvimento de programa computacional: quando para determinado
problema proposto, o objetivo do trabalho é o de desenvolver um programa
computacional que “automatize” a execução de tal tarefa;
b) caso estudado ou estudo de caso: quando o trabalho tem por objetivo fazer
uma descrição de uma situação ou processo específico que gera conhecimento
sobre como este ocorre na realidade. Difere-se o caso estudado do estudo de
caso por ser, esse último, um método que exige uma série de condições de
levantamento e análise de informações que muitas vezes não são possíveis na
elaboração de um TCC;
c) experimento: quando o trabalho tem por objetivo o desenvolvimento de um
experimento, normalmente em laboratório, podendo ser em campo também.
Nesse caso, há a interferência intencional numa situação para verificação de
qual o resultado alcançado;
d) levantamento (ou survey): quando o objetivo é de consultar uma população
(ou amostra dessa) com a finalidade de revelar como esses se posicionam em
relação ao que é questionado;
e) pesquisa bibliográfica: em todo o trabalho acadêmico há etapa de pesquisa
bibliográfica, mas aqui se trata do caso no qual o trabalho realiza,
exclusivamente, a compilação de informações disponíveis sobre determinado
tema proposto, para geração de um documento que proporcione a facilidade de
apresentar de forma integrada o que há disponível sobre o assunto tratado.

Deve-se salientar que nem sempre o trabalho se classifica numa única dessas modalidades,
podendo ser uma combinação dessas. Frente a essa classificação, pode-se indicar como
composição para o TCC final os seguintes tópicos:
17

a) pesquisa aplicada, quando elaboração de projeto,


- introdução;
- diretrizes da pesquisa;
- capítulo/s de embasamento teórico (fruto de pesquisa bibliográfica);
- descrição do desenvolvimento do projeto: iniciando com a descrição
detalhada das condições de contorno, segue-se a descrição de princípios
empregados para solução do problema (apresentando ou não as alternativas
possíveis, justificando as escolhas realizadas) e as soluções adotadas. Quando
muito longas essas descrições, pode-se gerar mais de um capítulo;
- considerações finais;
b) pesquisa aplicada, quando desenvolvimento de programa computacional,
- introdução;
- diretrizes da pesquisa;
- capítulo/s de embasamento teórico (fruto de pesquisa bibliográfica);
- descrição do desenvolvimento do programa computacional: iniciando com a
descrição detalhada do/s problema/s a ser/em resolvido/s através do programa
computacional, segue-se a indicação dos passos desenvolvidos e
implementados no programa para a “automatização” das soluções e descrição
detalhada da forma de uso e das limitações do emprego do mesmo. Caso
essas descrições sejam muito longas, pode-se gerar mais de um capítulo;
- considerações finais;
c) caso estudado ou estudo de caso,
- introdução;
- diretrizes da pesquisa;
- capítulo/s de embasamento teórico (fruto de pesquisa bibliográfica);
- descrição do desenvolvimento do caso estudado ou estudo de caso: iniciando
com a descrição detalhada do/s problema/s a ser/em estudados, descrições do
planejamento do levantamento de dados, da realização do levantamento
(relacionando sempre a informação obtida com a forma como foi adquirida),
segue-se apresentação detalhado do que foi obtido no estudo, visando sempre
os objetivos do estudo realizado. Se essas descrições forem muito longas,
pode-se gerar mais de um capítulo;
- considerações finais;
d) experimento,
- introdução;
- diretrizes da pesquisa;
- capítulo/s de embasamento teórico (fruto de pesquisa bibliográfica);
- descrição do plano experimental: todo experimento deve ser detalhadamente
descrito, incluindo aí: ensaios a serem realizados (a descrição pode ser
necessária quando não são ensaios normatizados, pois quando normatizados,
pode-se somente indicar as normas e respectivos itens que descrever esses
18

ensaios), tipos de corpos de prova, número de corpos de prova necessários


por tipo e para cada ensaio, forma de aquisição desses corpos de prova,
quando for o caso, ou dos meios para confecção dessas unidades de teste;
- descrição da realização dos ensaios e seus resultados: descrição detalhada das
particularidades dos ensaios, destacando particularidades observadas ou
ocorridas durante os procedimentos. Obtidos os resultados, apresentar da
forma mais adequada (tabelas ou gráficos) e comentar o seu significado;
- conclusões;
e) pesquisa aplicada,
- introdução;
- diretrizes da pesquisa;
- capítulo/s de embasamento teórico (fruto de pesquisa bibliográfica);
- descrição do desenvolvimento da solução: iniciando com o detalhamento do
problema proposto a ser resolvido destacando, por exemplo, as condições de
contorno. A seguir, deve-se apresentar a descrição da solução do problema
(apresentando ou não as alternativas possíveis, justificando as escolhas
realizadas) e os resultados alcançados. Se muito longas essas descrições,
pode-se dividir esses tópicos em mais de um capítulo;
- considerações finais;
f) levantamento (ou survey),
- introdução;
- diretrizes da pesquisa;
- capítulo/s de embasamento teórico (fruto de pesquisa bibliográfica);
- descrição do público alvo, do desenvolvimento do instrumento para
realização do levantamento e como os dados serão tratados: é necessário
esclarecer no trabalho qual o público alvo da pesquisa, como os indivíduos
serão selecionados para compor a população (ou amostra) que serão
inquiridos. Conhecido as características dos respondentes, descrever o tipo de
instrumento escolhido (questionário, entrevista ou formulário), detalhes da
sua elaboração (quando for o caso, pois, algumas vezes, os instrumentos
empregados em outras pesquisas são novamente adotados) e forma como o
instrumento foi testado. Além disso, desde o início deve ser conhecida a
forma como os dados serão analisados, para confirmar se a forma deste é
adequada para as análises desejadas. Essa forma de análise pode ser aqui
descrita;
- descrição da coleta de dados e de seu tratamento: é importante salientar
detalhes, particularidades da aplicação do instrumento, e, tendo em mãos os
resultados e aplicando a forma de análise planejada, apresentar os resultados
de forma adequada (tabelas e gráficos) e a análise do significado desses. Se
muito longas essas descrições, pode-se dividir esses tópicos em mais de um
capítulo;
- conclusões (normalmente quando se faz a análise estatística de um censo ou
de uma amostra estatisticamente válida) e considerações finais nos demais
casos.
19

g) pesquisa bibliográfica,
- introdução;
- diretrizes da pesquisa;
- capítulo/s fruto de pesquisa bibliográfica: este tipo de trabalho tem como
resultado somente capítulos descritivos sobre o tema estudado que dão
continuidade aos capítulos resultantes da pesquisa bibliográfica que já foram
apresentados no Projeto de Pesquisa;
- considerações finais.

1.4 INICIANDO O TCC

Muitos são os aspectos que o aluno deve tomar conhecimento para dar início ao seu TCC.
Desta maneira este manual traz, primeiramente, no seu capítulo 2, os aspectos referentes a
formatação por escrito do TCC, seja na fase inicial de Projeto de Pesquisa, seja, na fase
posterior, de Relatório Final. No final deste capítulo o aluno, lá chamado de autor, terá o
conhecimento não só do conteúdo e da forma de organização destes documentos, mas terá
acesso a templates que lhe apoiarão na tarefa de geração dos documentos.

Sabe-se da dependência do TCC à pesquisa bibliográfica, num primeiro momento com maior
intensidade e, posteriormente, apoiando seu desenvolvimento em determinados pontos
específicos. Assim, o capítulo 3, sugere uma forma de fichamento do material lido para que
esse já esteja, não só selecionado, mas também digitado para a posterior composição dos
capítulos fruto de revisão bibliográfica.

Para gerar os capítulos fruto de revisão bibliográfica, a partir das fichas de leitura ou
diretamente das obras selecionadas, deve-se ter conhecimento das regras apresentadas pela
NBR 10520 – Informação e Documentação – Citações em Documentos – Apresentação
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002a). Desta forma, verificadas
as informações que deverão estar nos capítulos fruto de revisão bibliográfica, no capítulo 4
deste manual, estão disponíveis os cuidados que se deve ter para corretamente as citar.

Por sua vez, feitas as citações no TCC, as correspondentes referências deverão ser elaboradas.
A referência de uma obra é uma forma padronizada de apresentar seus dados para que
qualquer pessoa possa buscá-la, se for de seu interesse. As regras para confecção das
referências dos vários tipos de obras está na NBR 6.023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
20

NORMAS TÉCNICAS, 2002b). Por esse motivo, o capítulo 5 deste livro, apresenta a forma
normatizada de elaboração de referências.

O que deve ser apresentado para detalhar o que vai ser realizado no trabalho, e como, está
descrito no capítulo 6 – Diretrizes da Pesquisa –. Mas esses itens são melhor compreendidos
se você buscar um TCC da Engenharia Civil da UFRGS, desenvolvido até o semestre 2014/2,
e, pelo exemplo, verificar o significado de cada item.
21

2 FORMATAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA E DO TCC: VERSÃO


ESCRITA

Para guiar a formatação de trabalhos acadêmicos existe a NBR 14.724 (ASSOCIAÇÃO


BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011a), intitulada Informação e Documentação –
Trabalhos Acadêmicos – Apresentação, incluindo aí o Trabalho de Conclusão de Curso
(TCC), e, particularmente para a Elaboração do Projeto de Pesquisa, há a NBR 15.287
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011b), intitulada Projeto de
Pesquisa – Apresentação. Baseando-se nestas Normas, e em outras que complementam as
instruções e que serão citadas no momento oportuno, as regras para apresentação por escrito
do Projeto de Pesquisa (PP) e do relatório Final do Trabalho de Conclusão de Curso serão
detalhadas.

2.1. ARQUIVOS WORD DE ESTILOS PARA O TCC

As regras para formatação dos trabalhos acadêmicos são muitas e, apesar do aluno precisar
saber que elas existem em particular para cada item do TCC e como devem ser aplicadas, não
há grande mérito no desenvolvimento, por cada aluno, de uma maneira de otimizar a
aplicação delas, ou seja, gerar um arquivo próprio com função de template. Assim, para
facilitar a formatação do trabalho, para cada parte do texto, foi criado um estilo no
processador de texto Microsoft Word®, nos arquivos, em anexo, com função de template,
denominados, genericamente, Word®_ESTILOS_TCC. Um estilo no Microsoft Word®, é um
conjunto de formatações que recebe um nome. Criados os estilos, esses podem ser aplicados a
um bloco de texto com um único comando.

Para serem mais específicos os arquivos disponibilizados são:

a) Word®_ESTILOS_TCC_PP_1_LADO_FOLHA: para elaboração do Projeto


de Pesquisa (PP) quando a opção é a de impressão de um único lado da folha.
O modelo de PP impresso num único lado da folha, com a indicação da
denominação dos estilos empregados, está no apêndice A;
b) Word®_ ESTILOS _TCC_PP_2_LADOS_FOLHA: para elaboração do Projeto
de Pesquisa (PP) quando a opção é a de impressão nos dois lados da folha.
Embora ocorram diferenças no arquivo, a estrutura do PP é a mesma
22

apresentada no apêndice A, assim como a denominação dos estilos


empregados;
c) Word®_ ESTILOS _TCC_FINAL_1_LADO_FOLHA: para elaboração do
Trabalho de Conclusão de Curso quando a opção é a de impressão de um único
lado da folha. O modelo de TCC Final impresso num único lado da folha, com
a indicação da denominação dos estilos empregados, está no apêndice B;
c) Word®_ ESTILOS _TCC_FINAL_2_LADOS_FOLHA: para elaboração do
Trabalho de Conclusão de Curso quando a opção é a de impressão nos dois
lados da folha. Assim como para o PP, há diferenças no arquivo por ser esse
para impressão dos dois lados da folha, mas a estrutura do TCC Final é a
mesma da apresentada no apêndice B, assim como a denominação dos estilos.

É necessário que haja o claro entendimento de como se trabalha com estilos do Microsoft
Word® para usar corretamente o arquivo padrão (template) Word®_ESTILOS_TCC
adequado para a situação, além de ter noção das várias regras ali incorporadas. Recomenda-
se trabalhar desde o início sobre o arquivo template e não ter o trabalho de formatar
posteriormente todo o texto elaborado. Desta forma, pode-se, digitar qualquer parte do
texto sem preocupação com sua formatação, e, verificado qual o estilo a ser aplicado, marcar
o bloco e acessar <página inicial> do Word®, selecionar <estilo> e, na lista que ficará visível,
o estilo adequado para o bloco selecionado. Pode-se verificar o estilo adequado nos apêndices
A e B, que apresentam, respectivamente, a forma impressa dos arquivos Word®_ESTILOS_
TCC_PP_1_LADO_FOLHA e Word®_ESTILOS_TCC_FINAL_1_LADO_FOLHA.

É extremamente importante que o aluno verifique como usar os arquivos template


Word®_ESTILOS_TCC, pois isso vai facilitar muito a edição dos vários trabalhos durante os
semestres. Deve-se, também, ter o cuidado de deixar as marcações do texto visíveis para que
não se apague, inadvertidamente, uma marcação que pode comprometer toda a formatação do
trabalho ou que linhas em branco impróprias sejam deixadas no texto. A função a ser utilizada
é comandada por <Crtl+*>, usando o <shift> para acionar o <*> no teclado quando for o
caso.

Os estilos utilizados, citados nominalmente nos apêndices A e B, tem sua formatação


detalhada no apêndice C. Cada estilo tem, neste apêndice C, descrita qual a fonte empregada,
assim, como, o alinhamento, os recuos, os espaçamentos e o entre linhas.
23

2.2 FORMATAÇÃO E ESTRUTURA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO


DE CURSO: NO PROJETO DE PESQUISA E NO RELATÓRIO FINAL

A formatação e estrutura dos Projetos de Pesquisa e dos relatórios finais de um Trabalho de


Conclusão de Curso são um pouco diferentes entre si, ainda que as regras em geral sejam as
mesmas. Assim, são apresentados, nos próximos itens, os aspectos gerais da formatação e da
estrutura (elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais) e, quando necessário, a forma
específica para o Projeto de Pesquisa e para o relatório final do Trabalho de Conclusão de
Curso.

2.2.1 Papel, impressão e margens

Seja qual for a versão do Trabalho de Conclusão de Curso, o papel deverá ser do tamanho A4
(210 x 297 mm), na cor branca ou ecograph (não tratado quimicamente, não clorado, isento de
dioxinas) e recomenda-se uma gramatura mínima de 75 g/m2.

Nos trabalhos acadêmicos, é tradicional o uso de impressão em um único lado da folha, mas a
NBR 14.724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011a) recomenda
a impressão nos dois lados (anverso e verso), muito provavelmente como uma medida de
cunho ambiental, pois isso leva a uma grande economia de papel. Existe assim, a necessidade
de se fazer a escolha da forma como se pretende apresentar, não só o Projeto de Pesquisa, mas
o relatório final do trabalho, o Trabalho de Conclusão de Curso propriamente dito: impressão
num único lado da folha ou nos dois lados. Após a escolha ser feita, passe a usar o arquivo
Word®_ESTILOS_TCC adequado para essa decisão.

Quando se opta por imprimir nos dois lados, deve-se ter o cuidado de iniciar cada um dos
elementos pré-textuais e todos os capítulos (seções primárias) no anverso da folha. Para isso
ocorrer, nos arquivos de estilos Word®_ESTILOS_TCC_PP_2_LADOS_FOLHA e
Word®_ESTILOS_TCC_2_LADOS_FOLHA, após cada elemento pré-textual, foram
colocadas páginas em branco (isso possibilita a impressão frente e verso na opção de
impressão manual do Word). Essas páginas em branco devem ser excluídas quando, para um
determinado elemento pré-textual, além do anverso, o verso de uma ou mais folhas foram
utilizadas.
24

As margens, em todas as páginas devem ser:

a) superior: 3 cm;
b) inferior: 2 cm;
c) interna: 3 cm – que corresponde a margem esquerda quando a impressão é de
um lado só da página;
d) externa: 2 cm – que corresponde a margem direita quando a impressão é de um
lado só da página.

O cabeçalho deverá estar a 2 cm do limite superior do papel e o rodapé a 1,5 cm da borda


inferior do papel.

A NBR 14.724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011a) indica


que a impressão do texto deve ser sempre em tinta preta e nas ilustrações e tabelas podem ser
usadas cores. Deve-se ter cuidado com a inclusão de grande número de elementos para
impressão a cores, pois, ao se imprimir o trabalho, para avaliação, por exemplo, a impressão
das cópias deve ser colorida e isto pode ter alto custo (por ser colorida, exige qualidade mais
alta de impressão) e, para a banca, o número de cópias impressas é, normalmente, grande.
Assim, sugere-se como forma de diminuir esse problema, o uso em gráficos, por exemplo, de
hachuras ou da escala cinza ao invés de cores para poder fazer impressão mais econômica
sempre que possível.

2.2.2 Elementos Pré-Textuais dos Trabalhos de Conclusão de Curso

Os elementos pré-textuais devem seguir algumas regras para a sua apresentação e os


existentes no Projeto de Pesquisa diferem dos do relatório final do Trabalho de Conclusão de
Curso.

De maneira geral, nenhum dos elementos pré-textuais é numerado, isto é, ao se apresentar um


título, este não é acompanhado por um número e é grafado com todas as letras maiúsculas,
centralizado na folha, como, por exemplo, SUMÁRIO. Caso se opte por impressão no anverso
e verso das folhas, todos os elementos pré-textuais iniciam num anverso de folha. Cada item
inicia numa nova página (com exceção das várias listas dos diversos tipos de ilustrações que
podem ficar todas numa mesma página, se cada uma delas contiver um número pequeno de
itens e se as duas ou mais listas consecutivas ficarem de forma completa nesta página). A lista
de tabelas deve ficar sempre numa página em separado.
25

A página da capa não é contada e as demais páginas pré-textuais são contadas, mas não
são numeradas. Quando a opção for por impressão dos dois lados da folha, na contagem das
páginas, cada folha tem duas páginas, desde a folha de rosto. A identificação do trabalho em
rodapé também não é usada nos elementos pré-textuais. Desta maneira, é preciso ter uma
quebra de seção entre os elementos pré-textuais e textuais para garantir a diferença entre
cabeçalhos e rodapés.

Pela NBR 15.287 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011b), os


elementos pré-textuais no projeto de pesquisa são:

a) capa;
b) folha de rosto;
c) lista de ilustrações (figuras, quadros, gráficos, etc.);
d) lista de tabelas;
e) lista de siglas;
f) lista de símbolos;
g) sumário.

Pela NBR 14.724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011a), os


elementos pré-textuais no relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso são:

a) capa;
b) folha de rosto;
c) folha de aprovação;
d) dedicatória;
e) agradecimentos;
f) epígrafe;
g) resumo em português;
h) lista de ilustrações (figuras, quadros, gráficos, etc.);
i) lista de tabelas;
j) lista de siglas;
k) lista de símbolos;
l) sumário.
A seguir serão descritos os elementos pré-textuais, tendo-se o cuidado de detalhar,
novamente, se cada um está ou não presente no Projeto de Pesquisa, pois todos estão no
26

relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso. Destaca-se, também quais suas


particularidades em cada um desses documentos

2.2.2.1 Capa (Projeto de Pesquisa e Relatório Final)

A capa é item obrigatório, sendo a parte externa do trabalho, usada para proteção física
(quando impresso em material resistente ou ao receber uma proteção tal que permite a
visualização do seu conteúdo). Tem mesma formatação no Projeto de Pesquisa e no relatório
final do Trabalho de Conclusão de Curso. Deve conter os elementos mais representativos para
tal identificação (ver detalhes gráficos apêndices A e B):

a) instituição, por extenso, indicando, na sequência hierárquica (do maior para o


menor nível), as várias instâncias da instituição envolvidas na elaboração e
publicação do TCC. Escrever com todas as letras maiúsculas;
b) autor: nome completo do autor, mas digitar somente com letras maiúsculas no
início dos nomes próprios;
c) título do trabalho: indicar título e, se houver, subtítulo. Usar todas as letras
maiúsculas e separar título de subtítulo por dois-pontos;
d) local: indicar aquele que corresponde a localização da Universidade, por
exemplo, Porto Alegre. A indicação de local deve ficar na penúltima linha
junto a margem inferior da capa;
e) data: na capa a data a ser indicada vai variar em função do tipo de documento,
No Projeto de Pesquisa, a data deve ser sempre aquela que corresponde à
versão do Projeto de Pesquisa gerada para uma revisão ou avaliação. No
relatório final, versões preliminares a da banca, data da entrega desta versão,
mas, na versão para a banca e, posteriormente, à defesa, sempre a data da
defesa deve ser indicada. Ao se indicar a data, indica-se mês e ano (por
exemplo, março 2016): cuidado que é somente mês e ano, sem uso de qualquer
conetivo, e o mês grafado em minúsculas (que é a regra na ortografia da língua
portuguesa). A data fica indicada na última linha da capa antes da sua margem.

2.2.2.2 Folha de rosto (Projeto de Pesquisa e Relatório Final)

A folha de rosto é item obrigatório em todos os níveis e apresentação do TCC, embora tenha
diferenças entre o que é apresentado no Projeto de Pesquisa e no relatório final. Indica-se:

a) identificação do autor: o nome completo do autor deve ser digitado com todas
as letras maiúsculas;
b) título do trabalho: o título do trabalho e, se houver, o subtítulo, deve ser escrito
todo em letras maiúsculas e, entre título e subtítulo, usar dois-pontos;
27

c) a finalidade do documento: uma das principais funções da folha de rosto no


trabalho acadêmico é a apresentação de qual é a função do documento. Desta
forma, isso se diferencia entre o Projeto de Pesquisa e o relatório final. Ou seja,
- No Projeto de Pesquisa, consta a frase (ver formato gráfico no apêndice A):
Projeto de Pesquisa do Trabalho de Conclusão de Curso a ser apresentado ao
incluir nomes, em ordem hierárquica, dos órgãos da instituição
responsável pela elaboração do projeto de pesquisa (por exemplo:
Departamento de Engenharia Civil da Escola de Engenharia da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul), como parte dos requisitos para obtenção do
título de indicar a titulação obtida (por exemplo, Engenheiro Civil);
- No relatório final, a frase é (ver forma gráfica no apêndice B): Trabalho de
Conclusão de Curso apresentado ao incluir nomes, em ordem hierárquica,
dos órgãos da instituição responsável pela elaboração do trabalho de
conclusão de curso (por exemplo: Departamento de Engenharia Civil da
Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul), como
parte dos requisitos para obtenção do título de indicar a titulação obtida
(por exemplo, Engenheiro Civil);
d) o nome do orientador: indica-se o nome completo do orientador e, caso exista,
o do coorientador na linha seguinte (não usar <enter> após o nome do
orientador para posicionar o nome do coorientador na linha seguinte, mas
<shift>+<enter>);
e) local: como na capa, indica-se o local, que corresponde à localização da
Universidade, e esta informação ocupa a penúltima linha da página reservada
para a folha de rosto;
f) data: a indicação, como na capa, é de mês e ano. no Projeto de Pesquisa, a data
deve ser sempre aquela que corresponde à versão do Projeto de Pesquisa
gerada para uma revisão ou avaliação. No relatório final, versões preliminares
a da banca, data da entrega desta versão, mas, na versão para a banca e,
posteriormente, à defesa, sempre a data da defesa deve ser indicada. Ao se
indicar a data, indica-se mês e ano (por exemplo, março 2016): cuidado que é
somente mês e ano, sem uso de qualquer conetivo, e o mês grafado em
minúsculas (que é a regra na ortografia da língua portuguesa). A data fica
indicada na última linha da capa antes da sua margem..

Todo esse conjunto de informações aparece, para o Projeto de Pesquisa, no apêndice A e, para
o relatório final, está no apêndice B.

2.2.2.3 Folha de aprovação (só no Relatório Final)

A folha de aprovação é um elemento obrigatório do relatório final do Trabalho de Conclusão


de Curso (não consta no Projeto de Pesquisa), constituído por página que apresenta:

a) nome do autor do trabalho: digitar todo ele em maiúsculas;


28

b) título do trabalho e subtítulo (se houver): em letras maiúsculas usando dois-


pontos para separá-los;
c) frase de aprovação do trabalho: essa frase deve aparecer só na versão final,
gerada após a aprovação pela banca. Para que, na versão final, a frase não
seja esquecida de ser incluída, sugere-se deixar a frase na página, mas a
colocando com letras na cor branca para não imprimir nas versões
preliminares. Um exemplo de frase de aprovação é: “Este Trabalho de
Conclusão de Curso foi julgado adequado como pré-requisito para a obtenção
do título de indicar a titulação obtida (por exemplo, Engenheiro Civil) e
aprovada pela banca e, em sua forma final, pelo/a Professor/a Orientador/a.”;
d) local e data: numa mesma linha separados por vírgula. O local corresponde à
localização da Universidade, a data deve conter dia, mês (por extenso) e ano e
deve ser: na versão para a banca, a data da defesa; na versão após à banca, a
data da homologação do trabalho (corresponde a data na qual o trabalho é
definitivamente considerado concluído, pois se correções forem possíveis na
versão após a banca, estas já foram realizadas e aprovadas por quem tem este
encargo). Por exemplo: Porto Alegre, 15 de julho de 2016;
e) segue uma série de nomes de pessoas que tem alguma participação no trabalho,
ou seja,
- orientador e coorientador do trabalho, indicando sua titulação e sua função na
orientação (orientador/a, coorientador/a, inclusive tirando essa barra e
fixando a denominação em função do gênero da pessoa);
- componentes da banca examinadora: acompanhado da sua titulação de mais
alto grau já obtida e da instituição ou empresa com a qual mantêm vínculo
empregatício. Isto quer dizer que se um aluno de mestrado ou doutorado
fizer parte da banca e se ele não tiver vínculo empregatício com uma
universidade ou outra instituição, só bolsa de estudos, por exemplo, nada é
indicado após o seu título de maior grau. Essas informações sobre a banca,
muito provavelmente, estarão disponíveis somente na versão que será
apresentada para avaliação pela banca. Assim, em versões preliminares do
relatório final, deixe o espaço reservado indicando o que vai ser ali indicado
e, posteriormente, indique as informações.

A formatação da folha de aprovação pode ser observada no apêndice B.

2.2.2.4 Dedicatória (só no Relatório Final)

A dedicatória é elemento opcional, presente somente no relatório final do Trabalho de


Conclusão de Curso, na qual o autor pode dedicar o seu trabalho a alguém, prestando, assim,
homenagem a quem desejar. É sempre de bom tom incluir tal dedicatória visto que cada autor,
na sua trajetória, recebeu o apoio de várias pessoas e, assim, poderá as homenagear. No
apêndice B, pode-se ver um exemplo de dedicatória.
29

2.2.2.5 Agradecimentos (só no Relatório Final)

A página de agradecimentos é opcional e figura somente no relatório final do Trabalho de


Conclusão de Curso. Nesta página, serão registrados os agradecimentos a todas as pessoas
físicas e jurídicas que contribuíram direta ou indiretamente para a realização do trabalho
(orientadores, coorientadores, empresas que abriram suas portas ou doaram recursos para
realização do Trabalho de Conclusão de Curso, familiares, etc.). Os agradecimentos devem
ser registrados numa única página.

Como, raramente, alguém consegue fazer o seu trabalho sem contar com a ajuda de alguém,
não é polido excluir essa página que cita aqueles a quem se deve algum agradecimento.
Preferencialmente, ser bastante objetivo, pois, mesmo sendo muitos os agradecimentos, todos,
como destacado acima, devem ficar numa única página. Veja, no apêndice B, a frase padrão
que se sugere para fazer os agradecimentos.

2.2.2.6 Epígrafe (só no Relatório Final)

Epígrafe é uma sentença, considerada significativa para o autor pessoalmente (sobre sua
trajetória, por exemplo) ou sobre o tema do trabalho, posta nesta página que resume seus
sentimentos ou destaca a importância do tema tratado. A página reservada para a epígrafe é
página opcional, existindo somente no relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso, na
qual o autor apresenta a sentença escolhida, seguida da indicação de autoria. A inclusão da
epígrafe deve ser feita conforme se vê no exemplo no apêndice B, destacando-se que se digita
a frase com letra normal (não itálica) e o nome do autor em itálico numa linha em separado.

Hoje é bastante fácil obter uma frase interessante para o Trabalho visto que na internet
existem vários sites que disponibilizam frases com a indicação de sua autoria. Sugere-se
sempre confirmar, seja em material impresso ou em outros sites se a frase é realmente de
autoria da pessoa indicada.

2.2.2.7 Resumo em português (só no Relatório Final)

O resumo em português, é elemento obrigatório no relatório final do Trabalho de Conclusão


de Curso que consiste na apresentação dos pontos relevantes do trabalho (introdução,
diretrizes, método, desenvolvimento, resultados e considerações finais ou conclusões). Deve
ser elaborado segundo os requisitos apresentados na NBR 6.028, que recomenda que “O
30

resumo deve ser composto de uma sequência de frases concisas, afirmativas e não de
enumeração de tópicos. Recomenda-se o uso de um único parágrafo.” (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003c, p. 2). No caso dos trabalhos acadêmicos,
deve ter no máximo 500 palavras (fazer contagem utilizando <revisão> e <contar palavras>) e
empregando voz ativa e a conjugação verbal na terceira pessoa do singular. É sucedido por
palavras-chave que bem representam o seu conteúdo.

Na elaboração de palavras-chave, deve-se ter o cuidado de não usar palavras genéricas


demais, pois as buscas hoje, normalmente, são por meios eletrônicos e uma palavra genérica
gera um número impraticável (e inútil) de indicações. Então, se fossem indicadas as seguintes
palavras-chave: Concreto Armado, Pontes, Pré-Fabricação e Seção Caixão a busca de cada
uma delas de forma isolada leva a muitos resultados inapropriados para localizar seu trabalho.
Portanto a busca eletrônica deveria ser feita considerando o conjunto de palavras-chave, mas
nem sempre isso é feito. Portanto, sugere-se empregar palavras-chave mais específicas,
mesmo que haja certa sobreposição entre elas. Para o exemplo: Pontes de Concreto Armado,
Pontes de Concreto Pré-Fabricado, Pontes em Seção Caixão, Seção Caixão de Concreto Pré-
Fabricado.

As palavras-chave são incluídas, após a indicação de que se tratam de palavras-chave, e


escritas com iniciais maiúsculas e separadas entre si por ponto-e-vírgula, usando alinhamento
centralizado. Veja o exemplo no apêndice B.

2.2.2.8 Resumo em idioma estrangeiro (só no Relatório Final)

A NBR 14.724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011a), indica a


necessidade de resumo no idioma estrangeiro que seja o mais importante para divulgação
internacional do trabalho realizado. Normalmente, usa-se o idioma inglês, gerando um
abstract, mas nada impede que seja outro o idioma. Pode-se, também, ainda que a Norma não
indique explicitamente essa possibilidade, colocar resumos em vários idiomas estrangeiros se
isso for importante para a divulgação do mesmo. Este resumo em idioma estrangeiro é
elemento obrigatório no relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso. Deve ser uma
versão do resumo em português e segue todas as demais regras deste resumo em nossa língua
vernácula. Veja o exemplo no apêndice B.
31

2.2.2.9 Listas de ilustrações e de tabelas (Projeto de Pesquisa e Relatório Final)

As listas de ilustrações e tabelas, tanto no Projeto de Pesquisa quanto no relatório final do


Trabalho de Conclusão de Curso, são de presença usual, ainda que não obrigatória. Têm a
função de indicar a presença de ilustrações e tabelas através do seu título, indicando em qual
página aparecem no trabalho. Como as ilustrações são, habitualmente, caracterizadas como,
por exemplo, figuras, quadros e gráficos, pode haver um grande número de listas, pois, se
houver essa especificação de denominação, haverá uma lista para cada tipo. Assim, surgem
as listas de:

a) figuras
b) quadros;
c) gráficos;
d) tabelas.

As listas são compostas pela identificação, por exemplo, de uma figura (Figura 1) e, após
travessão (com espaço antes e depois desse travessão), a indicação da legenda que a
identifica, iniciando com letra maiúscula. Isto é feito sem a indicação da fonte daquela
informação (isto é, sem a indicação da citação correspondente). Esta citação deve estar
indicada, obrigatoriamente, junto às ilustrações e tabelas no texto. Para configurar com
maior facilidade essas listas, faz-se a sugestão de utilizar uma tabela do Microsoft Word®,
com as linhas invisíveis, formada por duas colunas: uma coluna bastante larga (por exemplo,
15 cm), à esquerda, abriga a identificação da ilustração ou tabela e, numa coluna estreita (por
exemplo, 1,2 cm), à direita, indica-se a página do trabalho na qual a ilustração ou tabela se
encontra no texto. O Microsoft Word® disponibiliza a possibilidade de criação automática de
listas. Pelos resultados, nem sempre positivos com o uso deste tipo de automatização, não se
recomenda o seu uso. O que se observa é que, em arquivos muito grandes e que são
continuamente modificados ao longo do tempo, em determinado momento é perdida a
referência da página correspondente a cada item. A digitação na tabela do Microsoft Word®
sugerida descarta a possibilidade desta falha. Veja no apêndice A os exemplos de listas.

Cabe salientar qual a diferença entre as nomenclaturas tabela e quadro. Uma tabela é uma
“Forma não discursiva de apresentar informações, das quais o dado numérico se destaca como
informação central.” (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA,
1993, p. 9). Desta forma, se diferenciam dos quadros (que é um tipo de ilustração), pois,
nesses últimos, apesar de também não serem discursivos, não é a informação numérica, mas a
32

qualitativa que é a principal. Assim, deve-se analisar a relevância de cada tipo de informação,
numérica ou qualitativa, pois a tabela pode apresentar algum tipo de informação qualitativa,
assim como o quadro alguma informação numérica, para ponderar sobre a importância de
cada um delas e, então, classificar a matriz corretamente em tabela ou quadro e a representar
de forma adequada (como se dará destaque, posteriormente, as tabelas, na sua representação
gráfica, são abertas lateralmente, ao contrário dos quadros que tem todo o seu contorno
traçado).

2.2.2.10 Listas de siglas e símbolos (Projeto de Pesquisa e Relatório Final)

As listas de siglas e símbolos são, como as anteriores, opcionais no Projeto de Pesquisa e no


relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso. Ainda assim, raramente essas listas não
são apresentadas. Para as listas de siglas ou símbolos, que não tem a indicação da
correspondente paginação, não se usa tabela invisível. Indica-se a sigla ou símbolo a cada
linha, no estilo adequado (ver apêndice A ou B) e, após travessão (que deve ter espaço antes e
depois em relação aos termos), o seu significado, por extenso.

São apresentadas listas de siglas quando esses não são de conhecimento geral e em número
significativo (>3). Os símbolos que devem constar da lista são aqueles que usados nas
equações e fórmulas e, símbolos correspondentes as unidades de medida, só devem aparecer
se não fizerem parte do Sistema Internacional de medidas, ainda que sejam indicados como a
unidade de medida de determinado símbolo de equação é fórmula incluídos no trabalho. Os
símbolos, segundo Ledur (2006), não abreviados sem ponto: g (grama), kg (quilograma), km
(quilômetro). A forma do plural é igual a do singular, sendo sempre errado acrescentar S.

Para composição das siglas, Ledur (2006) indica que há ampla liberdade na sua formação,
podendo ser usadas:

a) todas as iniciais das palavras que compõem o nome da entidade: UFRGS


(Universidade Federal do Rio Grande do Sul), sendo chamadas de siglas
próprias ou puras. Todas as letras serão em maiúsculas;
b) letras iniciais e outras não iniciais, não sendo necessário que todas as palavras
façam parte da composição da sigla do nome da entidade: Copesul (Companhia
Petroquímica do Sul); Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul); mas
RS (Rio Grande do Sul). Essas são as siglas impróprias ou impuras. Neste caso
deve-se usar letra maiúscula apenas na primeira letra da sigla, a não ser que
seja formada por menos de quatro letras, quando se prefere usar letras
maiúsculas.
33

Quando usadas num meio em que são conhecidas, pode-se usar as siglas diretamente, sem
necessidade de identificar o nome da entidade por extenso. Caso contrário, deve-se identificá-
las, entre parentes ou travessões, na primeira vez em que aparecem.

2.2.2.11 Sumário (Projeto de Pesquisa e Relatório Final)

O sumário é o item seguinte, sendo sempre obrigatório, e é o que fecha o conjunto de


elementos pré-textuais. Trata-se da enumeração das divisões de um trabalho. Estas divisões
são apresentadas, segundo a NBR 6.027 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2003a), na mesma ordem na qual se encontram no trabalho e a subordinação dos
itens no sumário deve ser destacada pelo uso da fonte definida para cada seção e que
caracteriza a hierarquia dos itens no corpo do trabalho. Ainda segundo essa Norma, os
elementos pré-textuais não aparecem no sumário. Para diminuir o espaço ocupado pelo
sumário, nos arquivos Word®_ESTILOS_TCC, usa-se a letra TNR 12 em todos os itens e
espaços reduzidos entre eles. Deve-se manter a grafia com letras maiúsculas ou minúsculas
como se faz no texto e o uso de negrito, itálico ou grifo, quando for o caso. Por Norma, os
elementos pré-textuais não são incluídos no sumário, e esta não se refere especificamente a
inclusão dos elementos pós-textuais. Como não há indicação para não os incluir, esses são
indicados na sequência aos capítulos e itens do trabalho. Veja os exemplos nos apêndices A e
B.

2.2.3 Elementos textuais dos Trabalhos de Conclusão de Curso

Os elementos textuais do Projeto de Pesquisa são aqueles que apresentam o planejamento do


trabalho e o embasamento teórico do mesmo e a esses capítulos, serão acrescidos, no relatório
final do Trabalho de Conclusão de Curso, os capítulos que descrevem o desenvolvimento do
trabalho, os resultados alcançados e a análise desses resultados.

Os elementos textuais no projeto de pesquisa, normalmente, apresentam um texto


introdutório, a descrição do que e do como isso será desenvolvido e o embasamento teórico
do trabalho, fruto de revisão bibliográfica. A forma como essas informações se distribuem em
capítulos, no Projeto de Pesquisa, varia um pouco e algumas das opções são:
34

a) opção 1: introdução; diretrizes da pesquisa, sem detalhar os procedimentos


metodológicos da pesquisa; método de pesquisa; capítulos fruto de revisão
bibliográfica; considerações finais;
b) opção 2: introdução; diretrizes da pesquisa, detalhando entre outras coisas os
procedimentos metodológicos da pesquisa; capítulos fruto de revisão
bibliográfica; considerações finais;
c) opção 3: introdução, contemplando parte das diretrizes da pesquisa;
procedimentos metodológicos da pesquisa; capítulos fruto de revisão
bibliográfica; considerações finais.

Considera-se nessa obra a opção 1 como referência, sendo então a descrição aqui apresentada
baseada nessa estrutura. Caso o aluno e orientador optarem por outra estrutura, deverão fazer
os devidos ajustes nas recomendações.

Os elementos textuais do relatório final do trabalho de Conclusão de Curso, são aqueles


presentes no Projeto de Pesquisa, se excluindo o de considerações finais e se acrescentando os
capítulos referentes a:

a) descrição do desenvolvimento do trabalho;


b) apresentação dos resultados;
c) análise dos resultados;
d) considerações finais ou conclusões.

Mas, antes de detalhar o conteúdo dos capítulos pré-textuais, deve-se conhecer as regras de
formatação desses elementos e de apresentação desses textos.

2.2.3.1 Numeração das páginas

Nos elementos textuais, os números das páginas são grafados no canto superior das páginas.
São as primeiras folhas com numeração explícita apesar das páginas serem contadas desde a
folha de rosto (só não é contada a capa). Para numerar as páginas são utilizados números
arábicos no canto superior, a 2,0 cm da borda superior e, também, a 2 cm da borda direita da
folha (isto é, respeitando a margem direita), conforme configuração do cabeçalho, em TNR
12. Se for impressão de um único lado: numeração no canto superior direito; se nos dois lados
da folha: no anverso, no canto superior direito, no verso, no canto superior esquerdo conforme
NBR 15.287 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011b). A
numeração não é automática e exemplificando para o caso de impressão de um único lado da
folha, é necessário usar a seguinte sequência de comandos: inserir número da página 
35

início da página (selecionando a posição à direita no topo da página)  formatar números de


página (indicando o número que a página deverá ter). Para as demais posições, alterar a
posição selecionada. Veja o exemplo de texto com numeração de página nos apêndices A e B.

2.2.3.2 Identificação do trabalho no rodapé

No tocante a inclusão dos dados do trabalho nos rodapés, não há recomendação em norma
técnica, mas na prática isso se mostra muito útil, pois, muitas vezes, se perde a identificação
do trabalho ao reproduzir, por exemplo, somente poucas folhas de um trabalho acadêmico.
Nesses casos, um leitor do seu trabalho ou estará impossibilitado de citar a informação
selecionada, pois não se sabe fazer sua citação e referência, ou, pior que isso, fará uso da
informação sem citar a fonte.

Os arquivos Word®_ESTILOS_TCC estão configurados fazendo com que páginas ímpares e


pares sejam diferentes entre si para usar rodapés diferentes nos quais podem constar todas as
informações que identificam o Projeto de Pesquisa (ver apêndice A) ou o relatório final do
Trabalho de Conclusão de Curso (apêndice B). A sugestão que se faz é:

a) páginas ímpares: indicar título do trabalho – somente a primeira letra da


primeira palavra maiúscula ou todas as palavras com a primeira letra em
maiúsculas e sem ponto no final e subtítulo – separado do título por dois pontos
e todo digitado em letras minúsculas;
b) páginas pares: nome do autor do trabalho, seguido de ponto, tipo de documento
(Projeto de Pesquisa de Trabalho de Conclusão de Curso ou, caso se trate do
relatório final, Trabalho de Conclusão de Curso), seguido de ponto, e indicação
de local, instituição e ano de publicação separados por vírgula e com um ponto
final.

2.2.3.3 Divisão do trabalho em seções

Na divisão do trabalho em seções, podem ser utilizados até cinco níveis, cada qual com um
estilo. Uma seção primária define um capítulo e, segundo a NBR 6.024, “O indicativo das
seções primárias deve ser grafado em números inteiros a partir de 1.” (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003b, p. 2). Assim, os elementos textuais
iniciam no capítulo 1 reservado à Introdução. A Norma ainda indica que “O indicativo de uma
seção secundária é constituído pelo indicativo da seção primária a que pertence, seguido do
número que lhe for atribuído na sequência do assunto e separado por ponto.” (ASSOCIAÇÃO
36

BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003b, p. 2). O mesmo deve ser feito para as
outras seções.

A NBR 6.024, salienta que “Não se utilizam ponto, hífen, travessão ou qualquer sinal após os
números indicativos da seção e de seu título.” e que “O título das seções (primárias,
secundárias, etc.) deve ser colocado após sua numeração, separado por um espaço. O texto
deve iniciar em outra linha.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2003b, p. 2). Recomenda-se que não haja uma sucessão de seções sem que haja um texto entre
essas. É muito importante para o leitor que, a cada divisão do texto, ele seja informado sobre
o conteúdo das subdivisões seguintes. Logo, havendo essa explicação, não ocorre sucessão de
subdivisões sem ter, pelo menos, uma frase introdutória. Recomenda-se cuidado na criação de
subdivisões, pois ao se dividir algo, no mínimo, se deve ter duas partes. Isso faz com que se
tenha, por exemplo, ao se dividir o capítulo 1, no mínimo, seções 1.1 e 1.2; e a seção 1.1
seguida, no mínimo, por seções 1.1.1 e 1.1.2 e assim sucessivamente. Não é obrigatória a
divisão de uma seção, pois cada uma delas é “[...] parte em que se divide o texto de um
documento, que contém as matérias consideradas afins na exposição ordenada do assunto.”
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003b, p. 1). Nos apêndices A e
B as seções são exemplificadas.

2.2.3.4 Formatação do texto do Projeto de Pesquisa

Para a correta formatação do texto, uma série de regras deve ser observada. São detalhadas
aqui as recomendações das normas técnicas e, para os elementos que não foram normatizados,
sugestões de como se tem procedido.

2.2.3.4.1 Texto: geral e citações diretas

Sobre a formatação do texto, seja texto em geral, citações diretas e uso de alíneas, as
recomendações são as descritas a seguir. Ao longo do texto, ao se sucederem parágrafos sem
destaques, a fonte a ser utilizada é TNR 12 e com espaçamento 1,5 entre linhas
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011a). Recomenda-se o uso de
texto justificado e, não havendo referência específica a como são distinguidos entre si os
parágrafos, se faz a sugestão de duas maneiras que são, graficamente, adequadas para a boa
leitura, ou seja:
37

a) não usar recuo na primeira linha do parágrafo, mas introduzir na formatação


uma distância maior do que o entrelinhas utilizado (1,5) para visualizar a
transição entre parágrafos. Neste caso, usa-se espaçamento antes de 0 pt e
depois de 12 pt (este é o formato usado nos arquivos Word® ESTILOS_TCC);
b) usar recuo na minha linha, fazendo com que o espaçamento entre parágrafos se
mantenha o mesmo, mas se percebe claramente a transição entre parágrafos
pelo recuo. Nesse caso, normalmente se usa recuo de 1,25 cm na primeira
linha. Neste caso, o espaçamento antes deve ser 0 pt e depois 4 pt.

Nos capítulos fruto de revisão bibliográfica, grande parte do texto reproduz informações
colhidas pelo autor na bibliografia consultada. Assim, ao longo do texto, devem ser indicadas
as citações e respectivas fontes, isto é, a informação e a indicação da sua origem. No capítulo
referente às citações do presente trabalho, são detalhadas todas as regras, mas se deve saber
para a formatação do texto que as citações podem ser:

a) diretas: transcrição textual dos conceitos do autor consultado;


b) indiretas: texto, com nova redação, baseado no texto do autor consultado. Neste
caso não pode haver, no novo texto, nenhum trecho igual ao do texto original;
c) direta de citação: transcrição direta de um texto em que não se teve acesso ao
original, isto é, já foi apresentado como citação no texto lido;
d) indireta de citação: transcrição indireta de um texto em que não se teve acesso
ao original, isto é, já foi apresentado como citação no texto lido.

Toda citação direta exige que se sinalize no texto que esta tem esse caráter, mas há diferenças
entre citações diretas curtas (de até 3 linhas quando digitadas no estilo que está sendo
utilizado para o texto em geral) e longas (com mais de 3 linhas quando digitadas no estilo do
texto em geral). Quando a citação direta ou citação direta de citação for curta, a
sinalização se dá através do uso de aspas duplas no início e no final, mantendo-se as
características da formatação do texto em geral. Ao se fazer uso de citação direta ou citação
direta de citação longa, usa-se um destaque gráfico. Esse destaque gráfico se dá com o uso
de “[...] recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto utilizado [sugere-
se letra TNR 10] e sem aspas.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2002a). Como já foi salientado antes, maiores detalhes sobre a apresentação de citações
diretas estão no capítulo reservado ao assunto citações.

2.2.3.4.2 Alíneas e subalíneas

Quando no texto uma série de itens deve ser listada, se usa subdivisões denominadas alíneas.
Para um número pequeno de itens (até 3), que não são seguidos de explicações, normalmente
38

não se usa esse recurso e se deixa que um seja digitado após o outro, separados por vírgula, na
sequência do texto. Quando o número de itens é maior ou há explicações a serem incluídas em
relação a cada um deles, o uso das alíneas é obrigatório. A NBR 6024 (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003b) indica que o conjunto de alíneas (e devem
ser no mínimo duas, pois se trata de uma divisão do texto) deve ser precedido por um texto,
no estilo geral de texto, que termina em dois pontos. Esse texto anterior anuncia os itens
incluídos na forma de alíneas. Para individualizar cada alínea, se usa como marcador, letras
minúsculas seguidas de um fecha parênteses, e ficam ordenadas alfabeticamente. A NBR
6.024 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003b, p. 3) indica que
“[...] as letras indicativas das alíneas são reentradas em relação à margem esquerda [...]” E
“[...] a segunda e as seguintes linhas do texto da alínea começam sob a primeira letra do texto
da própria alínea.”. Como as alíneas iniciam após dois-pontos, essas tem seu texto iniciando
com letra minúscula (exceção para nomes próprios ou outros usos obrigatórios de letra
maiúscula). Quanto à pontuação, ainda se deve salientar que entre alíneas se usa ponto-e-
vírgula e após o texto da última alínea usar ponto final.

Quando for necessário subdividir as alíneas, usa-se subalíneas. Como no caso das alíneas, as
subalíneas são uma forma de divisão do texto e, portanto, só fazem sentido se forem no
mínimo duas para uma dada alínea. Ainda segundo a NBR 6024, “As subalíneas devem
começar por um hífen, colocado sob a primeira letra do texto da alínea correspondente, dele
separadas por um espaço. As linhas seguintes do texto da subalínea começam sob a primeira
letra do próprio texto.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003b, p.
3). Em relação à pontuação, entre a alínea e a primeira subalínea, usa-se vírgula e, entre
subalíneas consecutivas, ponto-e-vírgula. Deve-se destacar que entre as alíneas só podem
existir subalíneas, isto é, não devem ser feitas inclusões de elementos como parágrafos,
ilustrações, tabelas ou equações.

No arquivo Word®_ESTILOS_TCC, ao se usar o estilo alíneas, deve-se ter, desde o seu


primeiro uso, o cuidado de não permitir que o Word® modifique o estilo estabelecido para o
seu padrão (que, entre outras coisas, numera automaticamente as alíneas). Isto é percebido
quando, ao terminar o texto da primeira alínea com ponto-e-vírgula, seguido de um comando
<enter>, a indicação da identificação da alínea seguinte aparece automaticamente. Ao
acontecer isso, deve-se, imediatamente, utilizar a <desfazer digitação>, que corresponde ao
comundo <crtl + z> para desfazer ação automática para que o autor assuma novamente o
comando. Problemas gerados se isto não for feito: o estilo não estará correto em relação ao
39

normatizado e, algumas vezes, o Word passa a identificar todas as alíneas numa sequência
única dentro do trabalho, da primeira à última do trabalho.

2.2.3.4.3 Notas de rodapé

As notas de rodapé são utilizadas para incluir explicações que não ficariam adequadas na
sequência do texto. Por exemplo: uma explicação sobre um conceito que ainda não foi
apresentado no trabalho e indicação de dados disponíveis sobre a origem de informação (no
caso de informação verbal ou de trabalho não publicado) ou referência de uma obra que foi
consultada indiretamente, usando apud na configuração da citação no texto. Assim, nesses
casos, se usa obrigatoriamente a nota de rodapé.

2.2.3.4.4 Ilustrações e tabelas

As ilustrações e as tabelas devem complementar uma informação que está no texto ou ter
uma explicação sobre o que estão apresentando. A presença de um destes itens deve ser citada
no texto, pois nem sempre é possível, por falta de espaço na página, incluir a ilustração ou
tabela imediatamente após essa ser citada no texto. Isso tanto pode ser entre parênteses (figura
1  em letras minúsculas) ou no corpo das sentenças. Só assim o leitor consegue fazer a
ligação entre o que ele está lendo e a ilustração ou tabela. Sobre a numeração das ilustrações e
tabelas, a NBR 14724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011a)
não indica se deve ser contínua ao longo de todo o texto ou por capítulo. De maneira geral, a
numeração contínua ao longo de todo o documento é de mais simples aplicação e
entendimento pelo leitor.

Sempre que a ilustração ou tabela for trazida de outro arquivo deve-se utilizar não o simples
copiar-colar, mas o copiar, no arquivo de origem, e o colar especial, como imagem, no texto
que a recebe. Feito isso, usar botão direito do mouse, formatar figura e selecionar <layout> e
<alinhado>. Isto permite fixar a ilustração ou tabela num determinado local do texto e lhe
atribuir o estilo adequado no arquivo Word®_ESTILOS_TCC. Não é aconselhável a
utilização do recurso de inclusão de caixa de texto para elaborar uma ilustração: muito
facilmente o formato original se perde ao serem necessárias alterações no texto. Por exemplo,
a simples passagem de um parágrafo de uma página para a seguinte, pode fazer com que esse
tipo de ilustração desapareça entre essas páginas consecutivas. No caso dos quadros e tabelas,
esses podem ser digitados diretamente no texto, mas um único critério (digitar ou colar como
40

figura) deve ser usado para uniformizar a apresentação de tabelas e quadros em todo o
trabalho.

As ilustrações e tabelas recebem a sua identificação, em letra TNR 10, na sua parte superior
e centralizada: Figura ou Tabela n – Título por extenso, não sendo seguida de ponto. A fonte
(origem) da ilustração ou tabela, ou de seus dados, deve ser indicada entre parênteses, abaixo
da ilustração ou tabela, da seguinte forma: (fonte: AUTOR, data, p. n). Se a ilustração ou
tabela foi elaborada pelo próprio autor do trabalho, deverá constar: (fonte: elaborado pelo
autor). Se a ilustração ou tabela não é idêntica àquela que está no texto consultado, usar uma
das seguintes expressões: (fonte: baseada em AUTOR, data, p. n) ou (fonte: adaptada de
AUTOR, data, p. n). As tabelas são desenhadas com as laterais abertas, isto é, o contorno não
é uma moldura fechada, mas aberta lateralmente, ao contrário dos quadros (categoria de
ilustração) nos quais as laterais também são fechadas. Veja os exemplos de tabelas e quadros
nos apêndices A e B.

No caso de ilustrações e tabelas coladas no texto, que possam ser apresentadas em tamanho
compatível com metade da folha na posição retrato, pode-se incluir tabela do Word, dividindo
a largura da página em duas colunas e incluindo três linhas. Na primeira, coloca-se a
identificação da ilustração ou tabela, na segunda, são coladas as ilustrações ou tabelas e, na
linha seguinte, é feita a indicação da fonte da ilustração ou tabela. Veja exemplo nos
apêndices A e B.

2.2.3.4.5 Equações e fórmulas

A inclusão de equações e fórmulas deve seguir algumas recomendações. Em primeiro lugar,


deve-se salientar que, normalmente, as pessoas usam os termos equações e fórmulas como
sinônimos. Escolhem, um ou outro, sem um critério mais rigoroso. Mas, para constar, se faz
diferenciação de equações e fórmulas através dos verbetes de dois dicionários de uso corrente
da língua portuguesa. Os verbetes que definem tais termos são:

a) equação,
- segundo Instituto Antônio Houaiss (c2009): “[...] igualdade entre duas
expressões matemáticas que se verifica para determinados valores das
variáveis.”;
- segundo Michaelis... (c2009): “Afirmação da igualdade de duas expressões
ligadas pelo sinal =, que só se verifica para determinados valores das
41

incógnitas nela contidas. As equações são chamadas do 1., 2., 3., 4. etc.
graus, de acordo com o expoente da maior potência da incógnita.”;
b) fórmula,
- segundo Instituto Antônio Houaiss (c2009): “[...] expressão que define com
rigor tanto as relações fundamentais entre os termos que entram na
composição de um todo, como as regras estabelecidas por tipo de operação.”;
- segundo Michaelis... (c2009): “Expressão que serve para resolver todos os
casos ou problemas semelhantes, diferindo apenas pelo valor dos dados.”.

A NBR 14724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011a, p. 11)


indica que as equações e fórmulas “Para facilitar a leitura, devem ser destacadas no texto e, se
necessário, numeradas com algarismos arábicos entre parênteses, alinhados à direita.” e
destaca que “Na sequência normal do texto, é permitido o uso de uma entrelinha maior que
comporte seus elementos (expoentes, índices, entre outros).”.

Assim como as ilustrações e tabelas, devem estar indicadas em frase do texto para remeter o
leitor a sua observação. Para facilitar a sua indicação com respectiva identificação na mesma
linha, sugere-se a inserção de uma tabela Word® dividida em duas colunas: a primeira, mais
larga (com 13,25 cm), na qual será disponibilizada a equação ou fórmula, e a outra, com
largura de 3,00 cm, na qual se indica a respectiva identificação. Essa identificação pode ser
somente um número entre parênteses, por exemplo, (1), ou (equação 1) ou (fórmula 1). O
contorno dessa tabela, como já foi visto para as listas e sumário, não são traçados. Abaixo da
equação ou fórmula, os símbolos utilizados nas mesmas devem ser identificados
(acompanhados de suas unidades de medida) e, ainda assim, dispostos na lista de símbolos.
Veja exemplos nos apêndices A e B.

2.2.3.5 Conteúdo dos componentes da parte textual do Projeto de Pesquisa

O processo de elaboração, execução e apresentação de uma pesquisa, exige planejamento


rigoroso e a etapa na qual isso ocorre é a de elaboração do projeto de pesquisa (MARCONI;
LAKATOS, 2011). Como resultado desta etapa, tem-se um documento, o projeto de pesquisa,
no qual os planos, fases e procedimentos de um processo de investigação científica a ser
realizado são descritos. Tem a estrutura parecida com a do relatório final com a diferença de
dispensar alguns elementos.

Como salientado anteriormente, existem maneiras distintas de organizar a informação nos


capítulos do Projeto de Pesquisa. Não há uma maneira melhor que a outra, mas dentre as
42

várias aquela que aluno ou orientador considera mais adequada para um ou outro trabalho.
Dentre as três opções aqui apresentadas, vai se detalhar a opção 1, ou seja aquela que
apresenta no seu corpo:

a) introdução;
b) diretrizes da pesquisa, sem detalhar os procedimentos metodológicos da
pesquisa;
c) procedimentos metodológicos da pesquisa;
d) capítulos fruto de revisão bibliográfica;
e) considerações finais.

Nos próximos itens é feita a descrição desses quatro elementos componentes do Projeto de
Pesquisa.

2.2.3.5.1 Introdução no Projeto de Pesquisa

Normalmente é a primeira, mas também, a última parte a ser escrita do TCC, pois depende do
conteúdo como desenvolvido até cada momento de apresentação de versões parciais ou final.
Costuma-se fazer redações iniciais da introdução para apresentar o trabalho preliminarmente.
Apresenta, de forma resumida, os objetivos do trabalho e da forma de elaboração no texto,
não em itens destacados. Desta forma situa o leitor no contexto da pesquisa e deve
proporcionar a ele a noção do assunto principal e das implicações do estudo. Assim sendo,
devem constar da introdução:

a) apresentação: indicação do tema principal e explicação da importância do


assunto;
b) contextualização: apresentação de dados e informações que dimensionam o
problema que será foco do estudo e os objetivos do trabalho;
c) justificativa do trabalho.

Sugere-se que, sempre que deva ser apresentado por escrito do trabalho, em suas várias etapas
de desenvolvimento, haja sempre uma introdução. Isso quer dizer que, desde o início, se
escreve a introdução e vai se aperfeiçoando o seu conteúdo com o aumento da precisão das
informações disponíveis.
43

2.2.3.5.2 Diretrizes da pesquisa no Projeto de Pesquisa

O capítulo referente às diretrizes da pesquisa faz a apresentação detalhada do foco do estudo e


de como o pesquisador pretende desenvolver o seu trabalho em termos de etapas e
cronograma, ainda que não detalhe neste tópico os procedimentos metodológicos da pesquisa,
somente os cita. Em função das características do trabalho deve apresentar:

a) questão de pesquisa (obrigatório);


b) objetivos (obrigatório);
c) pressupostos (opcional);
d) premissas (opcional);
e) hipótese/s (opcional);
f) delimitações (opcional);
g) limitações (opcional);
h) delineamento da pesquisa (obrigatório), incluindo diagrama das etapas e
cronograma do trabalho, mas sem o detalhamento os procedimentos
metodológicos da pesquisa.

Ao se fazer a redação destes itens, considerar que se trata de um planejamento e, portanto, as


ações descritas são aquelas que se pretende realizar e, assim sendo, deverão ser descritas com
o verbo conjugado no futuro. Esses tópicos serão detalhados nos próximos capítulos, quando
será indicado qual o significa de cada um deles sendo feita a verificação da sua necessidade
em função do tipo de proposta de trabalho.

2.2.3.5.3 Procedimentos Metodológicos da Pesquisa no Projeto de Pesquisa

Considera-se aqui que, no capítulo das Diretrizes da Pesquisa, foi exposto de maneira clara o
que será o foco do trabalho e, como de forma geral será o encaminhamento do trabalho (item
– delineamento da pesquisa). Desta forma, no capítulo dos Procedimento Metodológicos,
serão descritos de forma detalhada como a pesquisa se classifica, quais os métodos, as
técnicas e os instrumentos utilizados e o seu planejamento.

Seguindo o que é explicado por Kerlinger (1980, p. 321, grifo do autor), é interessante
diferenciar a pesquisa básica da aplicada. Desta forma o autor salienta que “[...] a pesquisa
básica é pesquisa feita para testar teoria, estudar relação entre fenômenos com o fim de
entender os fenômenos, com pouca ou nenhuma preocupação quanto à aplicação dos
resultados da pesquisa a problemas práticos.”. Por sua vez, a “Pesquisa aplicada é pesquisa
44

dirigida para a solução de problemas práticos especificados em áreas delineadas e da qual se


espera melhoria ou progresso de algum processo ou atividade, ou o alcance de metas
práticas.”.

Isso é aqui importante porque, muitas vezes, no Trabalho de Conclusão de Curso na área da
Engenharia, o que é contemplado é, somente, a solução de um problema prático. Nesse caso,
o autor descreve o referencial teórico para resolução deste tipo de problema e o aplica no caso
com as particularidades definidas. Além disso, para não confundir o leitor, as descrições que
se fazem a seguir sobre a classificação das pesquisas, muitas vezes, não são adequadas a esse
tipo de pesquisa. Assim, em primeiro lugar, deve-se verificar se a pesquisa é de cunho prático
ou não. Sendo, considera-se uma pesquisa aplicada. Não tendo a pesquisa esse cunho prático,
passa-se a examinar qual o tipo de estudo se pretende realizar. Quanto à forma de abordagem
do problema de pesquisa, essas podem ser classificadas em quantitativas e qualitativas. Por
outro lado, com base nos objetivos do trabalho, as pesquisas podem se classificar em
exploratórias, descritivas e explicativas.

Conhecida a natureza da pesquisa em função de sua abordagem e seus objetivos, pode-se


nomear os procedimentos técnicos a serem usados em cada trabalho. Os chamados métodos
de pesquisa são:

a) pesquisa bibliográfica;
b) pesquisa documental;
c) pesquisa experimental;
d) levantamento (ou survey);
e) estudo de caso;
f) pesquisa ação;
g) pesquisa participante.

Para desenvolver o trabalho com esses métodos, algumas técnicas de pesquisa podem ser
empregadas:

a) entrevistas (individual ou em grupo);


b) observações (simples ou participantes);
c) análise de conteúdo;
d) seminários;
e) experimentos (de laboratório ou de campo).
45

Os instrumentos de pesquisa mais utilizados são:

a) formulário;
b) questionário;
c) roteiro de entrevistas;
d) equipamentos ou instrumentos de medidas físicas;
e) testes.

2.2.3.5.4 Capítulo/s fruto de revisão bibliográfica no Projeto de Pesquisa

O capítulo (ou capítulos) fruto de revisão bibliográfica é a parte do trabalho na qual é


apresentado o referencial teórico que embasa a pesquisa. Cada capítulo deve receber o título
que transmite ao leitor a ideia do conteúdo ali desenvolvido (não denominar revisão
bibliográfica). Visa apresentar as informações publicadas sobre o tema, com a finalidade de
fundamentar teoricamente o objeto de investigação, mostrando como os vários autores
abordam cada tópico e analisando esses pontos de vista.

Segundo Alves-Mazzotti (2002, p. 26-27), “A má qualidade da revisão da literatura


compromete todo o estudo, uma vez que esta não se constitui uma seção isolada, mas, ao
contrário, tem por objetivo iluminar o caminho a ser trilhado pelo pesquisador, desde a
definição do problema até a interpretação dos resultados.”. O autor ainda esclarece que
existem dois tipos de revisão bibliográfica: “[...] (a) aquela que o pesquisador necessita para
seu próprio consumo, isto é, para ter clareza sobre as principais questões teórico-
metodológicas pertinentes ao tema escolhido, e (b) aquela que vai, efetivamente, integrar o
relatório de estudo.”.

Além disso, conforme Corazza (2002, p. 365) recomenda:

Escreva um texto que esteja pronto para ser publicado. Não coloque, nele, tudo que
seja excessivamente acadêmico: pilhas de cansativas citações em destaque, centenas
de notas de rodapés, que doem aos olhos e que ninguém ter obrigação de ler,
tediosas revisões bibliográficas que, se o leitor quiser, vai ao autor original, etc.
Deixe o texto fluido, articulado, legível, como um livro, que é o que ele deve ser.
Afinal das contas, escreve-se para os outros do mundo, não? Quanto mais “pronto”
estiver para voar, melhor. Mais chances você terá de publicá-lo, sem precisar ficar
meses faxinando, cortando, acrescentando, articulando tornando-o publicável.

Quanto ao formato, como as principais ideias, nestes capítulos, têm origem na bibliografia,
devem ser indicadas as citações pelas regras da NBR 10.520 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
46

DE NORMAS TÉCNICAS, 2002a). Para cada citação deve corresponder uma referência, que
será elaborada pelas indicações da NBR 6.023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 202b). Esse texto, portanto, composto por várias citações de diversos autores,
deve ter um “fio condutor”, elaborado pelo autor desse novo texto, que deve, não só incluir as
informações, mas “costurar” as ideias para que o leitor as compreenda com facilidade. Essa
função de síntese do que foi lido deve fazer parte do texto e não ser encargo do leitor.

Nos capítulos referentes à elaboração de fichas de leitura e naqueles que tratam de citações e
referências em documentos, estão disponibilizadas informações valiosas sobre como compor
o texto desses capítulos fruto de revisão bibliográfica.

2.2.3.5.5 Considerações finais no Projeto de Pesquisa

Uma vez que o Projeto de Pesquisa será desenvolvido num semestre e, após sua avaliação e
aprovação é que o Trabalho de Conclusão de Curso será desenvolvido, esse documento inicial
necessita de um fechamento. Essa é a função desta última parte do Projeto de Pesquisa: a
inclusão de algumas considerações sobre o planejamento apresentado e as perspectivas
visualizadas para o desenvolvimento do trabalho e sobre os resultados esperados.

2.2.3.6 Conteúdo dos componentes da parte textual do relatório final do Trabalho de


Conclusão de Curso

O relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso é desenvolvido tendo por base os


capítulos apresentados no seu Projeto de Pesquisa. Esses devem ser, a cada momento,
revisados para manutenção da coerência entre as suas várias partes e com o que efetivamente
foi realizado.

Com justificativas mais fortes que aqueles que definem combinações diferentes de capítulos
para a definição dos projetos de pesquisa, as seções dos relatórios finais do trabalho de
Conclusão de Curso podem variar, principalmente, em função das especificidades do estudo
(método, tipo de resultado, análises pertinentes, etc.). Assim como foi feito para o Projeto de
Pesquisa, serão detalhados os capítulos considerando-se a opção 1, detalhada acima, acrescida
dos capítulos referentes ao desenvolvimento do trabalho. Além dos capítulos variarem em
função do tipo de estudo, a ordem na qual são apresentados também pode não ser uniforme
para a melhor compreensão do conteúdo. Assim, não considerando essa ordem rígida para a
47

composição do texto, os elementos textuais do relatório final do trabalho de Conclusão de


Curso são:

a) introdução;
b) diretrizes da pesquisa, sem detalhar os procedimentos metodológicos da
pesquisa;
c) capítulos fruto de revisão bibliográfica;
d) procedimentos metodológicos e descrição do desenvolvimento da pesquisa;
e) apresentação dos resultados;
f) análise dos resultados;
g) considerações finais ou conclusões.

Nos próximos itens é feita a descrição desses capítulos componentes do relatório final do
Trabalho de Conclusão de Curso.

2.2.3.6.1 Introdução no relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso

Como a função do capítulo Introdução no relatório final e no Projeto de Pesquisa é a mesma,


pouco deve ser alterado no texto apresentado inicialmente. Mas, obviamente, deve-se estar
atento as alterações que ocorrem na proposta de trabalho ao longo do tempo, pois, por várias
razões, o que finalmente é desenvolvido não tem, com frequência, muito a ver com a ideia
inicial descrita no Projeto de Pesquisa. Assim, além destes ajustes, aconselha-se ser mais
incisivo quanto aos objetivos do trabalho do que se foi no Projeto de Pesquisa e, para encerrar
o capítulo introdutório, desenvolver uma pequena descrição do conteúdo de cada um dos
capítulos que compõem o trabalho. Isso facilita o entendimento do relatório, por parte do
leitor, uma vez que ele estará ciente da relação entre o que fica descrito nas várias partes do
trabalho.

Assim, no capítulo da introdução do relatório final devem constar:

a) apresentação: indicação do tema principal e explicação da importância do


assunto;
b) contextualização: apresentação de dados e informações que dimensionam o
problema que será foco do estudo e, de forma mais detalhada que no Projeto de
Pesquisa, os objetivos do trabalho;
c) justificativa do trabalho;
d) descrição dos capítulos.
48

Vale destacar que, sendo este capítulo da introdução o primeiro contato do leitor com o
Trabalho de Conclusão de Curso, esse tem grande responsabilidade na transmissão do real
conteúdo do relatório e, também, como instrumento para cativar o leitor a sua leitura.
Considerando-se que, os primeiros leitores, após os orientadores do trabalho, são os
componentes da banca avaliadora, há mais um motivo para preocupação com esse conteúdo.
Seria muito desabonador para o trabalho o avaliador ter uma decepção com o texto ou
conteúdo já no capítulo inicial.

2.2.3.6.2 Diretrizes da pesquisa no relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso

Considerando-se que a proposta inicial do trabalho não sofreu alterações, o capítulo das
diretrizes da pesquisa deverá ser muito pouco alterado no relatório final do Trabalho de
Conclusão de Curso em relação ao Projeto de Pesquisa. Deve-se ter cuidado que, enquanto o
Projeto de Pesquisa descrevia os planos para desenvolvimento do trabalho, no relatório final
está a descrição daquilo que foi realizado: os tempos verbais serão diferentes e itens muito
específicos de planejamento, como por exemplo, o cronograma da pesquisa, devem ser
retirados nesta versão final.

Assim, em função do tipo de estudo realizado, deve-se contar com:

a) questão de pesquisa (obrigatório);


b) objetivos (obrigatório);
c) pressupostos (opcional);
d) premissas (opcional);
e) hipótese/s (opcional);
f) delimitações (opcional);
g) limitações (opcional);
h) delineamento da pesquisa (obrigatório), incluindo diagrama das etapas e,
novamente, sem o detalhamento dos procedimentos metodológicos da
pesquisa.

Como já salientado, ao se citar as diretrizes de pesquisa no Projeto de Pesquisa, o significado


e conteúdo de cada um desses tópicos será detalhado no capítulo específico sobre estes.
49

2.2.3.6.3 Capítulo/s fruto de revisão bibliográfica no relatório final do Trabalho de


Conclusão de Curso

No relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso, o referencial teórico apresentado no


Projeto de Pesquisa deve permanecer ainda que, muitas vezes, frente ao conteúdo incluído
nessa versão inicial do trabalho, esse tenha que ser reformulado. São motivos para a
necessidade de reformulação do conteúdo desse capítulo:

a) texto, ainda que tenha conteúdo adequado, ficou muito longo (normalmente,
um Trabalho de Conclusão de Curso tem número máximo limitado de páginas,
como, por exemplo, da folha de rosto às referências, entre 70 e 80 páginas);
b) conteúdo está inadequado, podendo ser em função da,
- presença de conteúdos muito básicos e que, ainda que fossem importantes
para a construção do conhecimento sobre o assunto pelo autor do Trabalho de
Conclusão de Curso no início do processo de sua elaboração, não devem
permanecer na revisão bibliográfica desta versão final;
- alteração de aspectos importantes do trabalho, de tal sorte que, o conteúdo
desses capítulos deve ser ajustado ao novo enfoque para que haja uma
coerência interna no trabalho;
- ausência de elementos teóricos sobre determinados tópicos que se revelaram
relevantes durante o desenvolvimento do trabalho e que não haviam sido
incluídos.

Assim, como já declarado anteriormente, nos capítulos referentes à elaboração de fichas de


leitura e indicações normativas de citações e referências em documentos são detalhados
elementos necessários para a elaboração dos textos nesses capítulos fruto de revisão
bibliográfica.

2.2.3.6.4 Procedimentos metodológicos e descrição do desenvolvimento da pesquisa no


relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso

Como foi comentado anteriormente, a forma mais adequada de descrever o trabalho no


relatório final depende muito do tipo de trabalho e das considerações do autor sobre a melhor
maneira de fazer isso. Assim, considerando-se a necessidade de descrever como o trabalho
foi, realmente, desenvolvido, devem ser detalhados os procedimentos metodológicos de uma
forma geral, como descritos no capítulo dos procedimentos metodológicos no Projeto de
Pesquisa, e as particularidades do seu desenvolvimento. Isso pode ocorrer simultaneamente ou
em itens em separado dentro desse capítulo Um exemplo de estudo em que muitas vezes isso
é apresentado simultaneamente, é na pesquisa experimental: ao invés de ter um item referente
50

aos procedimentos metodológicos e outro às particularidades do estudo, tudo fica descrito,


para cada etapa do trabalho, num texto sem subdivisões.

De qualquer maneira, o objetivo deste capítulo é detalhar como o pesquisador realizou o


trabalho, destacando particularidades do estudo que fizeram com que formas específicas de
agir fossem adotadas ou simplificações fossem necessárias para viabilizar o estudo. Deve-se
ter em mente que se o intuito do leitor, ao se ler um relatório de pesquisa, é buscar subsídios
para realizar um estudo com mesmo protocolo de pesquisa, essa descrição é muito importante.
Ele deve encontrar aqui, juntamente com a descrição dos procedimentos metodológicos,
roteiro para realizar seu trabalho e, caso siga exatamente o que foi descrito, chegar a
resultados que possam ser comparados com os do trabalho consultado.

Isso pressupõem que ao longo do desenvolvimento do trabalho, o pesquisador faça anotações


rotineiras para ter uma memória do desenvolvimento do trabalho para elaboração deste
importante capítulo do relatório de pesquisa. Quanto mais detalhada a descrição, maior o
entendimento do leitor sobre a natureza e precisão do trabalho.

Como já salientado quando se tratou de procedimentos metodológicos no Projeto de Pesquisa,


esses serão descritos em capítulo próprio neste trabalho.

2.2.3.6.5 Apresentação dos resultados no relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso

É de suma importância que os resultados alcançados no trabalho sejam claramente


apresentados e, em função do método de pesquisa, muitas vezes, é também necessário que
fique claro em que etapa e em função de que tipo de procedimento metodológico cada
resultado foi alcançado. Em função da natureza do trabalho e dos resultados, o autor pode
optar por fazer um capítulo exclusivo para resultados ou usar outras opções que reúnem, por
exemplo, procedimentos metodológicos e descrição do desenvolvimento do trabalho e os
resultados alcançados.

Uma outra forma muito comum é a de apresentar os resultados já associados à análise dos
mesmos. Assim, ao invés de se ter, posteriormente, um capítulo de apresentação de resultados
e outro que descreva a análise destes, isso fica num único capítulo, ainda que isso possa
ocorrer em subdivisões internas ao capítulo: por resultado ou, primeiramente, os resultados e,
posteriormente, todas as análises.
51

Ao se descreverem os métodos de pesquisa neste livro, também serão feitas observações sobre
como apresentar resultados de forma adequada.

2.2.3.6.6 Análise dos resultados no relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso

Se foi feita a opção de fazer, em capítulo específico, a descrição da análise dos resultados,
este é o momento de fazê-lo. A análise de resultados deve não só apresentar os seus
resultados, mas também detalhar quais os princípios ou referências utilizadas para chegar a
este tipo de análise e às conclusões a partir dessas. Isso faz com que muitas vezes, como
sugerido antes, se faça a apresentação dos resultados e de sua análise em conjunto para
simplificar e evitar a apresentação repetida de alguns tópicos. Também, junto ao capítulo
deste livro sobre métodos de pesquisa, considerações sobre a análise de resultados serão
realizadas.

2.2.3.6.7 Considerações finais ou conclusões no relatório final do Trabalho de Conclusão de


Curso

Este capítulo é o que encerra o relatório do Trabalho de Conclusão de Curso e não deve,
exclusivamente, conter as considerações finais ou conclusões sobre os resultados alcançados,
mas fazer uma retomada dos principais elementos do trabalho e fazer um balanço sobre o que
foi realizado. Apresentado, em linhas gerais o trabalho, deve-se recapitular quais os seus
objetivos (principal e secundários) e mostrar claramente que esses foram alcançados (caso não
tenham sido alcançados esses devem ser retirados da descrição feita no capítulo das diretrizes
da pesquisa).

Outro ponto muito importante é a apresentação da resposta à questão de pesquisa (destacando


qual é essa questão) e, quando houve a elaboração de hipóteses para o trabalho, se essas foram
ou não confirmadas. Isso dá ao capítulo o caráter de prestação de contas e encerramento do
mesmo.

Por fim, muitas vezes, ao se desenvolver um trabalho, surgem ideias de outros trabalhos que
poderiam ser realizados, por exemplo, em continuidade ao que no momento se descreve, e
isso pode (e deve) ser registrado para inspirar outros estudiosos a trabalhar nessa área e, se
possível, utilizar a experiência adquirida com esse trabalho.
52

2.2.4 Elementos pós-textuais do Trabalho de Conclusão de Curso

Os possíveis elementos pós-textuais do projeto de pesquisa e do relatório final do Trabalho de


Conclusão de Curso são referências, glossário, apêndices e anexos. O único de presença
obrigatória são as referências. Os vários elementos pós-textuais são detalhados nos próximos
itens.

2.2.4.1 Referências

O conjunto de referências é um elemento pós-textual obrigatório e apresenta a lista de obras


citadas no texto. A forma de apresentação vai depender do sistema de chamada utilizado: o
autor-data (mais adotado) ou o numérico. Quando for o autor-data, as informações que
aparecem na citação no texto, e são a forma de localização da respectiva referência, são o
último sobrenome do autor (essa é a regra geral, veja as outras possibilidades no capítulo das
citações) e a data de publicação. Isso faz com que a lista de referências seja em ordem
alfabética pelo sobrenome do/s autor/es (ou aquela palavra que substitui esse sobrenome).
Caso o sistema de chamada seja o numérico, para identificar a fonte de uma informação no
texto é incluído um número (normalmente na forma de nota de fim) e a lista respeita essa
ordem numérica. Sugere-se o uso do sistema autor-data por ser o mais habitual e de mais
simples aplicação.

Cada referência é composta segundo as regras apresentadas na NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO


BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002b). Antes de iniciar a lista das obras, a página
é encabeçada pelo título que indica que se trata da lista das referências. Tem a função de
proporcionar ao leitor a identificação completa das obras consultadas, possibilitando que esse
as localize. Só devem ser registradas na lista das referências as obras citadas no texto e não
aquelas que foram lidas, mas nenhuma informação foi transcrita para o trabalho. Nos
apêndices A e B, pode-se observar exemplos de listas de referências.

2.2.4.2 Glossário

O glossário é um elemento pós-textual opcional, pode-se dizer o mais raro destes, que
consiste na “[...] relação de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido
obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições.” (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011a, p. 3). Usa-se fazer a lista das palavras ou
53

expressões técnicas em ordem alfabética, seguidas por dois-pontos e, então, se indica a


respectiva definição e, no final, usa-se ponto. Veja exemplos nos apêndices A e B.

2.3.4.3 Apêndices

Quando necessário, são incluídos apêndices. O apêndice é elemento opcional, que consiste em
“[...] texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de complementar sua argumentação,
sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2011a, p. 2). Isto significa que não pode ser obrigatória a leitura do material
disponibilizado em apêndice para entendimento do trabalho. Sua existência deve ser citada no
texto para remeter o leitor a sua leitura. Caso sejam incluídas ilustrações ou tabelas nos
apêndices, estas deverão ser identificadas de forma distinta a utilizada no texto e sem manter
relação de sequência com aquelas. Para cada apêndice deve ser criada uma capa na qual
aparece a sua identificação que deve ser feita por uma letra de A a Z, selecionada em função
da ordem de aparição no texto. Veja nos apêndices A e B o formato.

2.3.4.4 Anexos

Sendo necessário, para complementar o entendimento do trabalho, o anexo apresenta “[...]


texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de fundamentação, comprovação ou
ilustração.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011a, p. 2).
Entende por não desenvolvido pelo autor do trabalho também a situação na qual o material foi
desenvolvido pelo autor do trabalho, mas não para este trabalho especificamente. O anexo
também é um elemento opcional e sua existência deve ser citada no texto para remeter o leitor
a sua leitura. Para cada anexo deve ser criada uma capa na qual aparece a sua identificação
que, como no caso dos apêndices, é feita por uma letra de A a Z. A ordem é a de aparição no
texto. Nos apêndices A e B, há exemplo de formato de anexos.
54
55

3 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

A pesquisa bibliográfica está presente em todos os tipos de pesquisa. Fachin (2001, p.126)
reforça isso afirmando que “Todo o tipo de estudo deve ter o apoio e o respaldo da pesquisa
bibliográfica, mesmo que se baseie em pesquisa de campo ou de laboratório, ou ainda outra.”.
Assim, neste capítulo serão abordadas as várias etapas desta importante fase de qualquer
trabalho de pesquisa.

3.1 INTRODUÇÃO

Deve-se estar ciente desde já que “A pesquisa bibliográfica constitui o ato de ler, selecionar,
fichar, organizar e arquivar tópicos de interesse para a pesquisa em pauta.” (ARANTES1,
1971 apud FACHIN, 2001, p. 125). Desta forma, toda pesquisa inicia com a aquisição de
conhecimentos, pois para escrever, posteriormente, sobre determinado tema, é necessário o ter
estudado. Isso não significa que tudo que for foco de estudo do pesquisador deverá ser
transcrito para os capítulos fruto de revisão bibliográfica: deve ser feita, em determinado
momento uma pausa para avaliar o que era necessário somente para o embasamento teórico
do autor e o que é, realmente, importante para o registro no trabalho escrito. Mas se trat de
uma etapa fundamental para a boa qualidade do TCC.

Como salienta Alves-Mazzotti (2002, p. 26):

A má qualidade da revisão da literatura compromete todo o estudo, uma vez que


essa não se constitui em uma seção isolada, mas, ao contrário, tem por objetivo
iluminar o caminho a ser trilhado pelo pesquisador, desde a definição do problema
até a interpretação dos resultados. Para isto, ela deve servir a dois aspectos básicos:
(a) a contextualização do problema dentro da área de estudo; e (b) a análise do
referencial teórico.

Medeiros (1999, p. 45) indica que:

O trabalho técnico, ou científico, pressupõe vasta consulta bibliográfica que, muitas


vezes, somente se esgota com a frequência assídua à biblioteca pública ou particular,
para consulta exaustiva de obras que sirvam de sustentação às ideias que se pretende
expor.
1
ARANTES, F. Pesquisa Bibliográfica nas ciências biomédicas. São Paulo: Faculdade de Odontologia/USP,
1971.
56

Há quem afirme que o estudioso lê e só depois inicia sua redação e há quem diga
que um escritor de obras científicas, técnicas, didáticas lê e escreve
concomitantemente. Num caso ou noutro a decisão de escrever pressupõe reflexão
demorada sobre o assunto.

Medeiros (1999, p. 203) ainda indica que:

Para Camara2 Jr. (1978, p. 58), escrever não é uma prerrogativa dos literatos, mas
uma atividade social imprescindível. [...] só é capaz de escrever bem aquele que sabe
bem o que vai escrever. E isto implica em aprender a pensar. Sem ter antes refletido
sobe um assunto, o ato de escrever transforma-se num pesadelo. Por isso, o
pesquisador só iniciará a redação de seu texto depois que estiver de posse de todos
os fichamentos (de citações diretas, ou transcrições, de resumo, de comentários) e
resenhas que elaborou. Nesse momento, talvez disponha de alguma informação ou
conhecimento útil à comunidade e deseje transmiti-los.

Sabe-se que o menos experiente primeiro tem que ler muito para poder escrever, ou então, faz
o que muitas vezes se percebe nos trabalhos, trata cada tópico segundo a visão de um único
autor sem maior reflexão sobre o assunto. Isso é, encontrado o tópico na obra de um autor,
este é cortado da lista daqueles a serem pesquisados e a redação é desenvolvida
exclusivamente baseado em uma obra. Na verdade, o que se espera é que o pesquisador
busque todas as informações necessárias segundo a visão de vários autores e saiba apresentar
cada uma delas mesclando o que esses escreveram em suas obras.

3.2 OBJETIVOS DA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

A pesquisa bibliográfica tem vários objetivos e, como afirmado anteriormente, não se


restringe a fase inicial do trabalho. São objetivos deste tipo de pesquisa:

a) definição do problema de pesquisa,


-conhecer o que está publicado sobre o assunto;
- verificar as abordagens feitas nos trabalhos consultados;
- especificar o problema a ser proposto;
- definir claramente objetivos do TCC;
- possibilitar, caso seja necessário, a construção de hipóteses;
- embasar o desenvolvimento de todos os demais itens das diretrizes da
pesquisa;
b) averiguação de como se pode desenvolver a pesquisa de forma mais adequada
para a solução do problema proposto;
c) obtenção de respostas ao problema formulado,
2
CAMARA JUNIOR, J. M. Manual de expressõa oral e escrita. 5 ed. Petrópolis: Vazes, 1978.
57

- obtenção de embasamento teórico para entendimento do problema;


- fornecimento dos dados para se chegar a resposta requerida quando a
pesquisa bibliográfica foi escolhida como método (exclusivo ou não) para o
TCC;
- confronto entre o resultado da pesquisa bibliográfica (teórico) e os da
pesquisa (alcançados através de outros métodos) para ampliar o significado
desses achados.

Os capítulos fruto de revisão bibliográfica são gerados com duas finalidades:

a) auxiliar o aluno que desenvolve o TCC a compreender o assunto, na medida


que deverá ler, compilar e compor um novo texto sobre o assunto baseado nos
autores lidos (citando, obviamente, sempre a origem de cada informação);
b) possibilitar que o leitor do TCC entenda o embasamento teórico do tema
desenvolvido no trabalho.

Assim, o aluno que está iniciando seu TCC deve buscar a bibliografia sobre o assunto e, na
medida que o material é lido, para ser entendido, exige algum conhecimento que esse leitor
não tem, esse tem de buscar o embasamento teórico para ter a possibilidade de compreensão
total do que for lido. Nesse processo, não se pode pular etapas. Assim, muitas vezes a
amplitude dos assuntos lidos aumenta muito para que todo o embasamento teórico seja
compreendido.

Isso não significa que os capítulos fruto da revisão bibliográfica do TCC irão abranger todos
esses tópicos, mas para escrever sobre o conhecimento mais avançado, o básico também deve
ser compreendido. A não compreensão do básico gera textos (e autores) que não conseguem
transmitir ao outro a verdadeira essência do saber. Observa-se muito esse fato nos
pesquisadores que foram introduzidos aos temas em trabalhos de pesquisa de seus
orientadores, já em um alto nível de complexidade do assunto, como, por exemplo, com
bolsas de iniciação científica, que sabem reproduzir o que o os orientadores defendem, mas
não tem condições de tratar do embasamento teórico que justifica as conclusões, pois
simplesmente não conhecem o mais básico sobre o tema: isso é muito preocupante, pois esse
podem se tornar os “especialistas” do futuro ao se iludirem serem grandes conhecedores da
área.

Assim, algumas vezes na revisão bibliográfica apresentada no PP, muitos tópicos básicos são
incluídos, o que, muitas vezes, gera um volume de páginas muito grande. Se isso não for
problema maior naquela etapa, pode-se deixar assim. Posteriormente, na composição da
58

versão final do TCC, o aluno terá maior facilidade de descartar aquilo que, ele mesmo tendo
avançado no conhecimento sobre o assunto, reconhece como muito elementar. Mas o aluno
deve passar por esse processo de crescimento e não, de forma errônea, não incluir elementos
essenciais para que os outros entendam o que está sendo tratado.

Um cuidado deve ser tomado em todas essas fases desse processo: a pessoa sofre uma série de
interferências pessoais e culturais que podem comprometer a objetividade da comunicação.
Desta forma, são necessários certos cuidados para garantir um maior grau de objetividade
nessa comunicação. O autor do novo texto não deve ser conciso demais, pois seu leitor talvez
não entenda o tema de forma completa, mas também não pode se alongar demais em cada
tópico, repetindo, por exemplo, as mesmas ideias com outras palavras ao citar vários autores,
e nem incluir aquilo que não está diretamente relacionado com o tema central e não contribui
para o enriquecimento do conhecimento a ser transmitido.

3.3 IDENTIFICAÇÃO DE FONTES

As fontes da pesquisa bibliográfica podem ser livros ou publicações periódicas, catálogos,


anais de congressos, trabalhos acadêmicos (TCC, dissertações ou teses). Uma forma de
identificá-las é através de referências presentes em trabalhos consultados ou pela indicação
por especialistas da área. Hoje muita informação está, também, disponível na Internet, mas
deve-se ter garantia que essas informações são fidedignas. Estão disponíveis nesse meio,
muitas informações que são válidas e confiáveis, mas outras têm procedência duvidosa, pois
qualquer pessoa pode publicar na rede. Os problemas de achar informações na internet são de
vários tipos. Um deles, bastante frequente, é aquele que não representa problema com a
qualidade das informações, mas o texto é atribuído ao autor indicado no site, pois não foram
feitas citações e referências ao longo do texto, e, na verdade, tudo foi copiado de um ou vários
autores sem os citar. Alguns critérios podem ser usados para saber se a fonte de pesquisa
encontrada na Internet pode ser utilizada como fonte de pesquisa científica. Por exemplo, caso
se trate de um periódico, verificar se é um veículo indexado pelo Qualis 3, se o autor do texto é

3
Qualis é o conjunto de procedimentos utilizados pela Capes para estratificação da qualidade da produção
intelectual dos programas de pós-graduação. Tal processo foi concebido para atender as necessidades
específicas do sistema de avaliação e é baseado nas informações fornecidas por meio do aplicativo Coleta de
Dados. Como resultado, disponibiliza uma lista com a classificação dos veículos utilizados pelos programas de
pós-graduação para a divulgação da sua produção. Ver mais informações em:
<http://www.capes.gov.br/avaliacao/qualis>.
59

um pesquisador (alguém com especialização ou publicação na área  analisar Curriculo


Lattes4) ou, ainda, se o site é sério; é recomendável a página de uma instituição reconhecida
ou do governo.

Os livros podem ser (MEDEIROS, 1999, p. 49):


a) de leitura corrente (coleção geral): fornecem a informação procurada,
- literatura em geral;
- científicos;
- didáticos;
b) de referência: ter função informativa ou remissiva,
- dicionários;
- enciclopédias;
- índices;
- atlas;
- bibliografias.

As publicações periódicas são as revistas (ou jornais) científicas e técnicas e que apresentam
os temas de forma mais atual (MEDEIROS, 1999, p. 49). Os anais são documentos nos quais
constam artigos, de forma integral ou resumos, de determinado evento científico (congressos,
jornadas, seminários, simpósios, etc.). É muito importante ter conhecimento dos principais
eventos científicos da área na qual o TCC é desenvolvido para localizar seus anais
(atualmente, normalmente, em CD) ou site (que, algumas vezes, possibilita o acesso aos
trabalhos lá publicados). Trabalhos acadêmicos são aqueles que são desenvolvidos numa
instituição de ensino com a finalidade de aquisição de um título acadêmico específico. Desta
forma, não se pode confundir esses trabalhos com os de disciplinas ao longo de um curso
acadêmico.

Para localizar as fontes para pesquisa bibliográfica, deve-se consultar diretamente as


bibliotecas ou fazê-lo via Internet. Hoje os catálogos eletrônicos das principais bibliotecas
permitem localizar as obras com facilidade (por exemplo, o Catálogo SABi que integra todas

4
Curriculo Lattes: a Plataforma Lattes representa a experiência do CNPq na integração de bases de dados de
Currículos, de Grupos de pesquisa e de Instituições em um único Sistema de Informações. Sua dimensão atual
se estende não só às ações de planejamento, gestão e operacionalização do fomento do CNPq, mas também de
outras agências de fomento federais e estaduais, das fundações estaduais de apoio à ciência e tecnologia, das
instituições de ensino superior e dos institutos de pesquisa. Além disso, se tornou estratégica não só para as
atividades de planejamento e gestão, mas também para a formulação das políticas do Ministério de Ciência e
Tecnologia e de outros órgãos governamentais da área de ciência, tecnologia e inovação. Ver mais
informações em: <http://lattes.cnpq.br/>.
60

as bibliotecas da UFRGS). Existem sites especializados que possibilitam a localização de


trabalhos (teses, dissertações, artigos científicos). No caso dos trabalhos acadêmicos
publicados na UFRGS, o espaço LUME do portal das Bibliotecas permite acessar arquivos
pdf de todos os trabalhos publicados nos últimos anos.

Outro exemplo disso é o Centro de Referência e Informação em Habitação


<www.infohab.org.br>. A USP, tradicionalmente, publica Boletins Técnicos. Pode-se ter
acesso a essas publicações pelo site <http://www.pcc.usp.br/publicações>. Estando nesse site,
use a opção <buscar publicações> e será aberta a possibilidade de busca avançada na qual se
pode pesquisar por várias formas.

A vantagem da pesquisa bibliográfica em relação aos outros tipos de pesquisa é a sua ampla
cobertura. Mas este tipo de pesquisa tem suas limitações:

a) usa-se fonte secundária: possíveis erros podem ser reproduzidos;


b) pesquisador deve ter muito cuidado com a qualidade do material pesquisado e
evitar a consulta a uma única fonte.

3.4 SELEÇÃO DE MATERIAL

Medeiros (1999, p. 42-43) recomenda que, para se fazer a seleção do material a ser lido, se
deve analisar título, autor, resumo, sumário, edição. A análise, em conjunto dos elementos
citados, é que dará ao pesquisador ideia da qualidade e pertinência da obra para o trabalho
proposto. Assim, recomenda-se fazer as seguintes considerações:

a) título: deve-se sempre considerar a possibilidade de o título ser uma


“propaganda enganosa”. Portanto, dando o título a impressão de ser importante
para o trabalho a respectiva obra, deve-se passar para a análise dos outros
elementos para verificação da qualidade da obra e da relevância na área de
estudo;
b) autor ou orientador do trabalho acadêmico: muitas vezes é a primeira referência
que se tem e, nesse caso, na maior parte das vezes já se sabe da qualidade de
seus escritos. Mas, quando se chega a obra por outra informação, como o título,
por exemplo, é interessante buscar informações sobre o autor. A respeito dos
pesquisadores brasileiros, uma sugestão é a busca do Currículo Lattes no site
<lattes.cnpq.br>: selecionar no item Currículo Lattes a opção <buscar
currículo> e então informar os dados que se conhece da pessoa sobre a qual se
tem interesse como autor. Não o encontrando nessa base de dados, busque de
forma livre na internet o que se pode saber sobre ele, confirmando essas
informações em mais de uma fonte;
61

c) resumo (não está presente em todos os tipos de obras): no resumo, todos os


pontos importantes do trabalho devem ser citados, logo, a partir de sua leitura
se pode conhecer o trabalho, ainda que de forma sucinta. Desta maneira, é o
primeiro momento no qual a obra pode ser descartada ao se chegar à conclusão
que o conteúdo ali descrito não condiz com o esperado. Muitas vezes, nesta
análise, se percebe que houve uma má interpretação do título ou que esse é
inadequado para o seu conteúdo;
d) sumário: o sumário apresenta a seções nas quais o trabalho foi dividido e isso
pode esclarecer, pelo menos em parte, como o assunto é tratado na obra. A
partir da seleção de alguns itens no sumário, sugere-se que sejam feitas breves
leituras para ver como os tópicos são tratados e se estão de acordo com o
interesse do pesquisador para seu trabalho. Com essa análise, seleciona-se ou
descarta-se o trabalho da lista da bibliografia a ser lida;
e) ano de publicação (edição): é muito importante, checar a data de publicação das
obras, pois, em alguns casos, em poucos anos a forma de tratamento dada ao
tema evolui muito e trabalhar sobre bibliografia antiga pode representar
somente perda de tempo. Em algumas matérias, esse problema não existe e,
portanto, deve-se saber como considerar a variável tempo para o tema do
estudo. No caso dos livros, sempre é bom verificar qual é a sua última edição,
pois muitas vezes essas são revisadas e ampliadas e, portanto, não convêm
trabalhar sobre uma versão mais antiga.

Caso o material tenha se revelado inadequado para o estudo em questão, antes de descartá-lo,
visite a sua lista de referências. Em muitos casos, nessa lista se encontram títulos que, além de
serem de fácil acesso, tratam realmente dos tópicos de interesse.

3.5 LEITURA E FICHAMENTO DA BIBLIOGRAFIA

Para desenvolver os capítulos frutos de revisão bibliográfica, a leitura e o fichamento da


bibliografia são fundamentais. Assim, nos próximos itens se trata destas atividades de
pesquisa.

3.5.1 Leitura e seleção do material

A prática da leitura é o exercício principal da pesquisa bibliográfica, pois essa “[...]


fundamenta-se na consulta do acervo bibliográfico, que é um manancial inesgotável de
sabedoria humana. Para um máximo aproveitamento desse manancial, é necessária uma
leitura cuidadosa, além da análise e redação dos textos.” (FACHIN, 2001, p. 127).
62

Podem ser objetivos da leitura do material selecionado (GIL, 1996, p. 66-67):

a) identificação das informações e dados constantes do material impresso;

b) estabelecimento de relações entre as informações e os dados obtidos com o


problema proposto;

c) análise da consistência das informações e dados apresentados pelos autores.

A leitura é o caminho mais simples para aquisição de conhecimento. É extremamente


importante para, também, tomar ciência dos termos próprios da área e que deverão ser
utilizados nos textos ao invés de termos não técnicos. Adquirido o conhecimento através da
leitura, o aluno terá capacidade de discutir com mais facilidade o tema e sua proposta para o
TCC com aqueles que são especialistas no assunto.

Para se alcançar esses objetivos é aconselhável que se realize uma leitura proveitosa, sendo
aconselhável que não se leia o documento do início ao final, como se lê um romance.
Aconselha-se que seja feita por partes, até para que se verifique se o material contém
informações importantes para o TCC. Mas, antes de iniciar a leitura atenta, leia o resumo do
trabalho, quando existir, e analise o seu sumário, verificando quais os capítulos e itens
presentes. Muitas vezes, lendo o resumo e analisando o sumário já se descarta o material pois
não trata do assunto da maneira que interessa ou, mesmo, não trata do assunto imaginado. Se
o trabalho é um artigo, por exemplo, que não tem resumo e/ou sumário, leia alguns parágrafos
do início, meio e fim para, também, avaliar a importância deste para o tema a ser proposto. O
que se deseja é, portanto, examinar se o título muito sugestivo para corresponder ao conteúdo
do novo trabalho, não é uma propaganda enganosa para os objetivos propostos no novo
trabalho.

Severino (2002) indica que, se, frente a esse primeiro exame, o material parece interessante,
divida o texto em unidades de leitura. Uma unidade de leitura é uma parte do texto que forma
uma totalidade de sentido (capítulo de um livro, tese ou dissertação, item de um artigo). A
ideia não é iniciar no primeiro capítulo necessariamente. O melhor é selecionar no sumário as
partes que parecem mais relevantes, em relação ao foco do trabalho a ser realizado, e iniciar
ali a leitura. Na medida que o texto é importante para o novo trabalho, vá aumentando a
abrangência da leitura para os outros capítulos. Mas, algumas vezes nos capítulos
selecionados para começo da leitura do material também se percebe que o enfoque não é o
procurado: melhor deixar de lado e procurar aquilo que será de maior interesse.
63

Sendo lido e considerado importante o material, é hora de iniciar o desenvolvimento de fichas


de leitura. Essas fichas são o recurso no qual as partes importantes, que se imagina deverão
ser citadas nos capítulos de revisão bibliográfica, serão anotadas com todo o cuidado para,
posteriormente, serem transcritas para o TCC. No próximo item está descrito a forma aqui
sugerida para desenvolver fichas de leitura.

3.5.2 Fichas de leitura

O fichamento é a "Técnica especialmente utilizada por pesquisadores para reunir e armazenar


informações. Cada ficha contém informações referentes a uma determinada obra."
(LUETICH, 2002, p. [1], tradução nossa). O autor salienta que tradicionalmente as anotações
eram feitas em fichas de cartolina, mas com o advento dos processadores de texto, o melhor é
fazer as anotações num arquivo de texto. Isso facilita tanto a inclusão das informações como a
busca destas.

Assim, entende-se aqui a ficha de leitura como sendo um arquivo de texto no qual cada obra
será registrada e cujas citações, que parecem importantes para o texto fruto de revisão
bibliográfica do trabalho, serão transcritas. Esse arquivo será formado pelo conjunto de fichas
de leitura e, para localizar cada uma das citações, será criada uma palavra-chave que deve
traduzir sobre o que trata cada citação. Uma mesma citação poderá ter várias palavras-chave
e, várias citações, a mesma palavra-chave. Através das palavras-chave, usando o recurso
<localizar> do editor de texto, essas serão localizadas e, obviamente, cada citação, fazendo
com que, facilmente, em todas as obras catalogadas, se identifiquem as citações sobre um
mesmo tópico.

Desta foram, para criar as fichas de leitura, a preocupação deve estar com:

a) verificação do tipo de material consultado e identificação das obras


consultadas;
b) definição de lista de palavras-chave;
c) registro do conteúdo das obras;
d) registro dos comentários acerca das obras;
e) ordenação de registros.
64

Tudo isso é necessário para já, desde as fichas de leitura, se trabalhar de acordo com as
Normas Técnicas da ABNT referentes às referências. Exemplos de fichas de leitura estão no
apêndice D e estão acompanhadas de lista de palavras-chave empregadas nessas fichas.

3.5.2.1 Tipo de material consultado e identificação das obras consultadas

A classificação do material consultado quanto ao seu tipo é importante, pois nem toda fonte
de informação pode ser registrada através das regras de citações e referências definidas nas
normas técnicas. Assim, pode-se classificar, segundo as NBR 6023 e NBR 10520
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÈCNICAS, 2002a, p. 2, 2002b, p. 2-3), as
fontes de informações em

a) documento: “Qualquer suporte que contenha informação registrada, formando


uma unidade, que possa servir para consulta, estudo ou prova. Inclui impressos,
manuscritos, registros audiovisuais, sonoros, magnéticos e eletrônicos, entre
outros.”;
b) informação verbal: quando a informação é colhida em palestras, debates,
comunicações orais, etc.;
c) em fase de elaboração: quando a informação é de um trabalho ainda não
concluído ou publicado, mas que foi usado como fonte.

Quando se tratar de um documento, deve-se identificar o tipo de documento e, através das


recomendações da NBR 6023 (ASOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2002b), verificar quais as informações que devem ser buscadas para compor corretamente a
referência do mesmo. Isso fica detalhado no capítulo específico sobre referências neste livro.

Quando a informação é verbal ou de trabalho em fase de elaboração, não é possível usar as


regras da NBR 6023, mas devem ser colhidas todas as informações disponíveis para dar
crédito à informação colhida (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÈCNICAS,
2002b). Observe como fazer no capítulo sobre referências.

Para os documentos, desde o primeiro momento, deve-se fazer o registro dos dados da obra
consultada segundo as indicações da NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2002a), pois verificada a falta de informações, existe possibilidade, e
tempo hábil, para procura-las até a finalização do trabalho. Toda informação colhida sobre um
documento que não está registrada diretamente neste, pode ser utilizada, mas sempre indicada
entre colchetes. Além disto, devem ser guardados os dados catalográficos (fazendo uma cópia
65

xerográfica, scaneando ou guardando o arquivo pdf) necessários para que se possa,


posteriormente, conferir ou sanar dúvidas sobre as referências no novo trabalho. Entende-se
por dados catalográficos, os dados indicados na obra que são necessários para compor a
referência desta. Normalmente estes estão na capa, folha de rosto e no verso desta última, na
forma de ficha catalográfica.

Referência é, segunda a NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS


TÉCNICAS, 2002b, p. 2), “Conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um
documento, que permite a sua identificação individual.”. Assim, entende-se que é o conjunto
de informações necessárias para identificar, de forma adequada, a obra que serviu de fonte de
informação para o novo texto. Desta forma, para cada informação incluída no novo trabalho
haverá a identificação da fonte e, para cada fonte, a sua referência. Para obra incluída numa
ficha de leitura, a anotação dos dados ou a composição da referência deve encabeçar as
anotações. Cada tipo de documento tem uma forma diferente de composição da referência.
Assim, mesmo antes de conhecer as regras para a composição dos vários tipos de referências,
pode-se ter o cuidado de anotar os dados necessários a serem coletados na obra (e copiados na
forma de cópia xerográfica, scaneando ou guardando o arquivo pdf). Esses dados necessários
para compor as referências são os chamados "dados catalográficos". Isso está detalhado nos
próximos itens.

3.5.2.1.1 Dados para composição de referências de livros

Os livros podem apresentar formas variadas de, por exemplo, autoria, número de volumes,
etc. Assim, são detalhados, a seguir, os dados necessários para que, para cada caso,
posteriormente se possa compor a referência. A formatação das referências e respectivos
exemplos estão no capítulo referente a esse assunto.

Se livro cuja autoria é única para todo a obra, mesmo que sejam várias pessoas as autoras:

a) autores;
b) título e subtítulo;
c) número da edição (se houver dados complementares como, por exemplo, sobre
reimpressões, essas devem ser também anotadas);
d) local da editora;
e) editora;
66

f) ano da publicação (se houver dados complementares como, por exemplo, sobre
reimpressões, essas devem ser também anotadas);
g) volume (se houver).

Se o livro tem pessoas responsáveis pelo todo (denominados, por exemplo, coordenadores,
compiladores, editores, etc.) e sem autores em particular para cada capítulo:

a) nome dos responsáveis pela obra como um todo;


b) função atribuída a essas pessoas (coordenadores, compiladores, editores, etc.);
c) título da obra como um todo;
d) número da edição (se houver dados complementares como, por exemplo, sobre
reimpressões, essas devem ser também anotadas);
e) local da editora;
f) editora;
g) ano da publicação (se houver dados complementares como, por exemplo, sobre
reimpressões, essas devem ser também anotadas);
h) volume (se houver).

Se o livro que tem pessoas responsáveis pelo todo (denominados, por exemplo,
coordenadores, compiladores, editores, etc.) e com autores em particular para cada
capítulo:

a) nome dos autores do capítulo;


b) título do capítulo;
c) nome dos responsáveis pela obra como um todo;
d) função atribuída a essas pessoas (coordenadores, compiladores, editores, etc.);
e) título da obra como um todo;
f) número da edição (se houver dados complementares como, por exemplo, sobre
reimpressões, essas devem ser também anotadas);
g) local da editora;
h) editora;
i) ano da publicação (se houver dados complementares como, por exemplo, sobre
reimpressões, essas devem ser também anotadas);
g) do capítulo referenciado: página inicial e final;
h) volume (se houver).
67

3.5.2.1.2 Dados para composição de referências de trabalhos acadêmicos

Se trabalho acadêmico, entendido como um trabalho realizado para aquisição de algum grau,
por exemplo, trabalho conclusão na graduação, dissertação no mestrado, tese no doutorado:

a) autor;
b) título e subtítulo;
c) ano da publicação (ano da defesa  folha de rosto);
d) número de folhas (número registrado na última folha do trabalho, incluindo
elementos pós-textuais, mesmo que esses não estejam numerados);
e) tipo de trabalho: por exemplo, trabalho conclusão, dissertação, tese (como
indicado na folha de rosto);
f) área do conhecimento da titulação do autor: por exemplo, Graduação em
Engenharia Civil, Mestrado em Engenharia, Mestrado em Engenharia Civil,
Doutorado em Engenharia, Doutorado em Engenharia de Produção (a titulação
fica descrita na folha de rosto do trabalho e é função do regimento interno de
cada curso);
g) faculdade ou curso de pós-graduação (como indicado na folha de rosto) e a
universidade a qual pertence;
i) cidade onde a universidade está localizada (por vezes na folha de rosto ou na
folha de aprovação);
j) ano de publicação (ano da homologação  folha de aprovação, caso não esteja
registrado usa-se a mesma data da folha de rosto).

3.5.2.1.3 Dados para composição de referências de artigos em periódicos

Se artigo em periódico (revista científica, revista técnica, jornal, etc.):

a) autor;
b) título e subtítulo do artigo;
c) título e subtítulo do periódico;
d) local onde é editado;
e) volume (ou ano);
f) número;
g) página inicial e final;
h) data da publicação (mês e ano, ano ou outra indicação como empregada do
periódico como semestre, bimestre, estação do ano, etc.).
68

3.5.2.1.4 Dados para composição de referências de artigos publicados em eventos

Se artigo publicado em evento (como, por exemplo, congresso, seminário, workshop, etc.):

a) autor;
b) título e subtítulo do artigo;
c) nome do evento
d) número da edição do evento;
e) ano do evento;
f) local onde evento ocorreu;
g) tipo de publicação: Anais, Resumos, Proceedings, etc.;
h) local da edição;
i) instituição responsável pela edição;
j) ano da publicação;
k) página inicial e final (se houver indicação, por exemplo, 445-465, ou, quando
não houver paginação grafada, registrar: Não paginado).

3.5.2.1.5 Dados para composição de referências de normas técnicas

Se norma técnica:

a) instituição responsável pela autoria;


b) código da norma;
c) título da norma;
d) local onde é editada;
e) instituição responsável pela edição (se for a mesma responsável pela autoria,
não é necessário repetir a informação);
f) ano da publicação.

3.5.2.1.6 Dados para composição de referências de boletins ou cadernos técnicos

Se boletim ou caderno técnico de uma instituição:

a) autores;
b) título e subtítulo;
c) local de edição;
e) instituição responsável pela publicação;
f) ano da publicação;
g) denominação e número do item: por exemplo, Boletim Técnico n. 456.
69

3.5.2.1.7 Dados para composição de referências de legislação

Para legislação os dados necessários dependem de onde a mesma foi consultada. Se for num
livro, segue a instrução para livros, se for diretamente a legislação, na Internet, por exemplo,
deve-se anotar:

a) jurisprudência da legislação,
- federal: nome do país;
- estadual: nome do estado;
- municipal: nome do município;
b) órgãos responsáveis pela sua elaboração, citando todos, em ordem hierárquica
decrescente (normalmente indicados antes do caput da mesma, sendo o caput a
apresentação resumida, antes do texto da legislação propriamente dita, que
resumo a sua finalidade);
c) tipo de legislação e correspondente número, por exemplo: Lei n. 4.591;
d) data da publicação (dia, mês e ano);
e) caput da legislação: enunciado que está no início da legislação que resume o
seu objetivo;
f) local de publicação;
g) endereço completo do site no qual a legislação foi consultada;
h) data completa de acesso à internet.

3.5.2.1.8 Dados para composição de referências de mensagens pessoais

Se mensagem pessoal (exceção: pois não é de livre acesso a todos, mas é considerado por
NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002b) passível de se
criar citação e referência):

a) autor (quem enviou);


b) endereço do e-mail que recebeu a mensagem;
c) data na qual a mensagem foi enviada (dia, mês, ano).

3.5.2.1.9 Dados para composição de referências de documentos disponíveis na internet

Se algum tipo de documento citado anteriormente estiver acessível em um site da


Internet:
70

a) todas as informações em função do tipo de documento (conforme itens


anteriores);
b) endereço completo do site que leva diretamente ao documento (se necessário,
anotar caminho no site para localizar documento, se este não gera um endereço
particular para visualizar o mesmo);
c) data de acesso completa (dia, mês, ano).

Em caso de informação disponível somente na Internet, isto é, não se caracteriza com um


tipo de documento que se possa acessar fora da mesma, anotar:

a) autor: pessoa física ou jurídica responsável pelo site ou texto;


b) título do site ou trabalho e quando não existir, entre colchetes, explicar qual o
seu conteúdo;
c) data da publicação: raramente está disponível;
d) endereço completo do site que leva diretamente ao documento (se necessário,
anotar caminho no site para localizar documento, se este não gera um endereço
particular para visualizar o mesmo);
e) data de acesso (dia, mês, ano).

3.5.2.2 Lista de palavras-chave

Como frisado anteriormente, para ser possível localizar as informações colhidas de uma obra,
que foram registradas nas fichas de leitura, devem ser usadas palavras-chave. Uma palavra-
chave é, nesse caso, uma palavra significativa para encontrar as citações transcritas de um
tema de interesse.

As palavras-chave de todas as fichas de leitura devem ser apresentadas numa lista única, em
ordem alfabética, por exemplo, pois se houver uma lista para cada ficha, um mesmo tema
pode ser identificado por várias palavras-chave equivalentes. Isto geraria uma grande
dificuldade de localizar as informações. Assim, antes de criar uma nova palavra-chave, deve-
se primeiro consultar a lista já criada para não registrar uma que seja equivalente a uma já
existente.

As palavras-chave das fichas de leitura devem ser bastante específicas, pois, caso contrário,
também dificultam o trabalho. Por exemplo, se um dos temas tratado é o material de
construção concreto, a palavra-chave não deve ser concreto, mas de forma mais específica,
como por exemplo, concreto – materiais constituintes, concreto – dosagem, concreto –
71

cura. As palavras-chave devem ser indicadas ao longo das citações incluídas nas fichas de
leitura para que se cumpra a função de localização do tema.

3.5.2.3 Registro do conteúdo da obra na ficha de leitura

É necessário fazer o registro do conteúdo da obra para maior retenção do que foi lido, uma
vez que só pequena parte fica memorizada. Não fazer anotações na primeira leitura, mas
quando o material já está selecionado como relevante.

Deve-se resumir ou transcrever ideias sempre guardando referência da parte na qual a citação
estava no texto (página, em geral, ou página e/ou seção/item no caso de normas técnicas e
legislação) para poder retornar facilmente para uma releitura e citação. Mas cuidar para não se
afastar dos objetivos da pesquisa ao fazer apontamentos. Na medida que o pesquisador se
sente motivado para fazer comentários sobre o conteúdo da obra (ou comparações entre
obras), fazer aqui este registro para não perdê-los com o passar do tempo. Esses comentários,
quando existirem, devem estar bem sinalizados (por exemplo, dentro de uma moldura) para
que não sejam confundidos em citações da obra.

As informações retiradas de uma obra podem ser apresentadas na forma de citação:

a) direta: reprodução do texto do autor exatamente como está no material


consultado;
b) indireta: reprodução da informação que está no material consultado, mas com
nova redação. Uma nova redação não é a substituição ou exclusão de poucas
palavras por outras, mantendo a estrutura do autor, mas uma redação diferente,
com as características e termos do autor deste novo texto;
c) de citação: direta ou indireta, de uma informação que está no material
consultado, mas não é de autoria do autor da obra lida, mas de autor citado por
esse autor.

Nas fichas de leitura, é aconselhável registrar citações diretas para o texto não passar por
várias alterações antes de chegar a sua redação final no trabalho. As citações indiretas são
adequadas, nas fichas de leitura, para trechos que se deseja resumir, não trazendo do original
o conteúdo com todos os detalhes lá registrados.

É interessante indicar que é importante já incluir na ficha de leitura também as ilustrações e


tabelas que parecem importantes para o texto, pois assim, além de já as ter em separado da
obra, se testa se a qualidade de reprodução destas é adequada para o trabalho. Assim, quando
72

o material estiver disponível em papel as ilustrações e tabelas devem ser scaneadas e, quando
em arquivos pdf, deve ser usado alguma ferramenta de captura. Sempre recortar a ilustração
ou tabela sem criar uma grande margem ao redor dos seus limites. No caso de quadros e
tabelas, incluir na ficha de leitura para manter o registro do original, mas, preferencialmente,
criar um padrão de quadros e tabelas no Microsoft Excel® e, posteriormente, as copiar e colar
no trabalho. Sempre que a ilustração ou tabela for trazida de outro arquivo deve-se utilizar
não o simples copiar-colar, mas o copiar, no arquivo de origem, e o colar especial, como
imagem, no texto que a recebe. Feito isso, usar botão direito do mouse, formatar figura e
selecionar <layout> e <alinhado>. Isto permite fixar a ilustração ou tabela num determinado
local do texto e lhe atribuir o estilo adequado (ilustração ou tabela colada).

A inclusão da ilustração ou tabela na ficha de leitura se dá anotando também a página na


qual se encontra, reproduzindo a sua identificação e quando no original houver indicação de
fonte, essa deve ser também reproduzida. Usar já na ficha de leitura os estilos adequados para
identificação (identificação de ilustração ou tabela), para a ilustração propriamente dita
(ilustração/tabela colada) e para a fonte (fonte dados ilustração/tabela). Indica-se, também,
palavra-chave para a ilustração ou tabela. Essa palavra chave é indicada na sequência a
identificação da mesma. Veja exemplo 3.14.

Como já salientado, deve-se registrar junto a cada citação, sempre que possível, a página na
qual essa informação está no original. Indica-se a página (por exemplo, p. 2) ou o intervalo de
páginas (por exemplo, p. 2-5) conforme o texto (ou informação) transcrita esteja numa ou
mais páginas. Independente da citação ser direta ou indireta, deve-se proceder a indicação da
página conforme um dos casos abaixo, em função do texto original:

a) ter o número da página impresso no documento: sendo o formato a ser utilizado


de p. 5, por exemplo;
b) não ter o número da página impresso no documento, mas o texto é organizado
em páginas (ou é possível que assim se apresente, caso seja texto colhido na
internet, ao se obter uma "versão para impressão" que tem esse tipo de
organização, embora o número da página não esteja impressa): nesse caso,
apresenta-se o número da página entre colchetes, por exemplo, p. [7]. Para
complementar a informação, na referência deverá constar "não paginado";
c) não ter o número da página impresso no documento e o texto não é organizado
em páginas: provavelmente foi obtido na internet sem haver a possibilidade de
se obter uma "versão para impressão". Nesse caso, não há a possibilidade de se
fazer a indicação do número da página e se deve registrar junto à referência que
se trata de documento "não paginado".
73

Quando nos documentos, dos quais se retiram as informações, existir indicação de itemização
para todos os tópicos que o compõem (como ocorre, por exemplo, nas normas técnicas),
mesmo havendo a indicação explícita de paginação é mais importante que conste da ficha de
leitura (e, posteriormente, do texto final do trabalho) a identificação numérica do item. O
mesmo ocorre com as citações de legislação, pois nesse caso, mais importante que a página na
qual cada trecho está no original, é a identificação dos artigos e parágrafos, por exemplo, em
que essas informações ali constam.

O texto reproduzido em citação direta deverá manter toda a formatação do texto relativa a, por
exemplo, parágrafos e alíneas. Isto quer dizer que na ficha não será permitido que parágrafos
que eram isolados sejam reproduzidos como um só parágrafo e nem que se quebre um
parágrafo em mais de um. O mesmo ocorre com as alíneas: se os itens estão em alíneas,
devem ser assim reproduzidos, com o cuidado de usar como marcador, independente do
marcador utilizado no original, as letras minúsculas seguidas de fecha parênteses − a), b), c).
Caso os itens não estejam em alíneas, mas sim descritos na sequência do texto, devem assim
permanecer.

Os textos lidos em outros idiomas devem ser traduzidos. As citações podem ser diretas ou
indiretas. Sempre deve ser indicado, entre parênteses, antes da palavra-chave, tradução nossa,
pois essa indicação é obrigatória se a citação traduzida for incluída como citação direta no
TCC. A citação será direta quando a estrutura do texto, além do conteúdo, é mantida fiel a do
autor, mas observando as diferenças entre os idiomas. Uma citação indireta de texto traduzido
é aquela que não mantém a estrutura do texto original e, apesar de incluir as informações
disponibilizadas pelo autor, são apresentadas com um novo formato de frases ou parágrafos,
às vezes, de forma resumida.

Ao final de cada citação, deve-se fazer a indicação de palavra-chave (podendo ser mais do
que uma) de tal forma que ao se fazer a busca por essa palavra-chave (que estará disposta na
lista de palavras-chave do conjunto de fichas de leitura desenvolvidas para o TCC, vai se
encontrar todos os trechos citados que tratam de tal tópico). Veja nos exemplos do apêndice D
(que registra exemplos de citações em fichas de leitura), que as palavras-chave são escritas em
letras maiúsculas e entre parênteses para serem facilmente identificadas.
74

Alguns aspectos da forma de registrar citações variam conforme essas sejam diretas ou
indiretas e, ainda, se citação de citação. Os exemplos estão no apêndice D e, a seguir, as
recomendações para cada tipo de citação na ficha de leitura.

3.5.2.3.1 Citação direta na ficha de leitura

As citações diretas tem a particularidade de serem sinalizadas com aspas. Assim, os trechos
de citações diretas, nas fichas de leitura, independente do seu tamanho (até 3 linhas ou mais
do que três linhas5), serão apresentadas entre aspas. As citações diretas podem ser transcritas
de forma completa ou feitas exclusões. Assim, as considerações sobre a presença de
exclusões são:

a) sem exclusões: as frases citadas estarão completas e, portanto a citação inicia


com letra maiúscula e termina com ponto final, independente do número de
frases ou parágrafos transcritos (exemplo 3.1);
b) com exclusões: essas sempre serão sinalizadas por [...]. Essas podem ocorrer
em qualquer parte do texto, podendo ser excluídas no início meio ou final
poucas palavras (exemplos 3.2 a 3.4), frases inteiras num parágrafo –
sinalizadas quando excluídas entre frases que são citadas, isto é, se uma frase
inicial do parágrafo é retirada, não se usa [...] e o mesmo ocorre se a frase for
após as frases citadas – (exemplos 3.5 a 3.7) ou parágrafos inteiros (exemplos
3.8 e 3.9).

Nos exemplos, após a referência da obra utilizada para cada caso, apresenta-se o texto como
se apresenta no original e, posteriormente, como seria citado na ficha de leitura.

5
Faz-se essa observação sobre o tamanho da citação direta porque ao se transcrever uma citação direta para o
TCC propriamente dito, a citação direta é apresentada entre aspas quando tem menos de três linhas e, em
destaque gráfico, quando com mais de três linhas. Isso é detalhado no capítulo das citações.
75

EXEMPLO 3.1: citação direta sem exclusões

ARAÚJO, J. M. Curso de Concreto Armado. 2. ed. Rio Grande: Dunas, 2003. v. 1.

p. 48 – “Para evitar a deterioração prematura e satisfazer as exigências quanto à durabilidade,


devem ser observados diversos critérios nas fases de projeto, de execução e de utilização da
estrutura. Dentre os principais critérios a serem observados na fase de projeto, deve-se incluir
a especificação de um concretos de qualidade apropriada, de cobrimentos mínimos para as
armaduras, a verificação da abertura das fissuras e o correto detalhamento das armaduras.”.
(ESTRUTURA DE CONCRETO – REQUISITOS PARA DURABIULIDADE)

EXEMPLO 3.2: citação direta com exclusões de algumas palavras no início

ARAÚJO, J. M. Curso de Concreto Armado. 2. ed. Rio Grande: Dunas, 2003. v. 1.

p. 68 – “[...] a segurança da estrutura depende do seu comportamento frente às ações, o que


envolve uma interdependência das diversas variáveis aleatórias.”. (ESTRUTURA DE
CONCRETO – SEGURANÇA DA ESTRUTURA)
76

EXEMPLO 3.3: citação direta com exclusões de algumas palavras no meio e


reprodução de destaque do autor

ARAÚJO, J. M. Curso de Concreto Armado. 2. ed. Rio Grande: Dunas, 2003. v. 1.

p. 68 – “Uma alternativa para a avaliação do nível de segurança consiste na determinação do


índice de confiabilidade. Esse índice leva em conta todas as variáveis aleatórias envolvidas
e, principalmente, a maneira como a estrutura se comporta frente às ações. [...] o índice de
confiabilidade está associado a uma determinada probabilidade de falha.”. (ESTRUTURA DE
CONCRETO – ÍNDICE DE CONFIABILIDADE)

EXEMPLO 3.4: citação direta com exclusões de algumas palavras no final

ARAÚJO, J. M. Curso de Concreto Armado. 2. ed. Rio Grande: Dunas, 2003. v. 1.

p. 3 – “Devido a fatores de natureza aleatória, como a falta de homogeneidade da mistura,


graus de compactação diferentes para corpos de prova diferentes, dentre outros, verifica-se
experimentalmente uma razoável dispersão dos valores da resistência obtidos em um lote de
corpos de prova. Assim, reconhecendo que a resistência do concreto, fc, é uma variável
aleatória, deve-se recorrer à Teoria das Probabilidades para a análise racional dos resultados.
Usualmente, admite-se que a função densidade de probabilidade das resistências segue a
curva normal de Gauss [...]”. (ESTRUTURA DE CONCRETO – RESISTÊNCIA À
COMPRESSÃO)
77

EXEMPLO 3.5: citação direta com exclusão de frase no início do parágrafo original

ARAÚJO, J. M. Curso de Concreto Armado. 2. ed. Rio Grande: Dunas, 2003. v. 1.

p. 20 – “Concretos com a mesma idade real, mas que foram curados com temperaturas
diferentes, possuem maturidades diferentes e, portanto, resistências diferentes.”.
(ESTRUTURA DE CONCRETO – MATURIDADE DO CONCRETO)

EXEMPLO 3.6: citação direta com exclusão de frase no meio do parágrafo original

ARAÚJO, J. M. Curso de Concreto Armado. 2. ed. Rio Grande: Dunas, 2003. v. 1.

p. 14 – “Conforme foi visto anteriormente, o diagrama tensão-deformação do concreto, obtido


em um ensaio de compressão simples, é não-linear desde o início do carregamento. [...]
Diversas equações têm sido propostas para representar o diagrama tensão-deformação do
concreto, [...]”. (ESTRUTURA DE CONCRETO – DIAGRAMA TENSÃO-
DEFORMAÇÃO)
78

EXEMPLO 3.7: citação direta com exclusão de frase no final do parágrafo original

ARAÚJO, J. M. Curso de Concreto Armado. 2. ed. Rio Grande: Dunas, 2003. v. 1.

p. 14 – “O módulo de deformação longitudinal do concreto depende de diversos fatores,


sendo a resistência à compressão apenas um deles.”. (ESTRUTURA DE CONCRETO –
MÓDULO DE DEFORMAÇÃO LONGITUDINAL)

EXEMPLO 3.8: citação direta com exclusão de parágrafo entre parágrafos citados e
inclusão de significado de sigla utilizada no texto

ARAÚJO, J. M. Curso de Concreto Armado. 2. ed. Rio Grande: Dunas, 2003. v. 1.

p. 14 – “O módulo de deformação longitudinal do concreto depende de diversos fatores,


sendo a resistência à compressão apenas um deles. As propriedades elásticas dos agregados,
por exemplo, têm uma grande influência sobre o módulo de deformação do concreto e são
consideradas na formulação do CEB/90 [Comité Euro-International du Béton].

[...]

Em vista de todas as considerações apresentadas, recomenda-se o emprego das expressões do


CEB/90 [...]”. (ESTRUTURA DE CONCRETO – MÓDULO DE DEFORMAÇÃO
LONGITUDINAL)
79

EXEMPLO 3.9: citação direta com exclusão de parte de frase e


de parágrafo entre parágrafos citados e reprodução de destaque do autor

ARAÚJO, J. M. Curso de Concreto Armado. 2. ed. Rio Grande: Dunas, 2003. v. 1.

p. 68 – “A adoção do método dos coeficientes parciais de segurança, apesar de ser


conveniente do ponto de vista prático, não é suficiente para que se tenha uma ideia clara a
respeito do nível de segurança obtido no projeto. De fato, a segurança da estrutura depende do
seu comportamento frente às ações [...]

Uma alternativa para a avaliação do nível de segurança consiste na determinação do índice de


confiabilidade. Esse índice leva em conta todas as variáveis aleatórias envolvidas e,
principalmente, a maneira como a estrutura se comporta frente às ações. Apesar de não ficar
explícito, o índice de confiabilidade está associado a uma determinada probabilidade de
falha.”. (ESTRUTURA DE CONCRETO – COEFICENTE DE SEGURANÇA,
ESTRUTURA DE CONCRETO – ÍNDICE DE CONFIABILIDADE)

Assim, o pesquisador pode desejar fazer exclusões, mas ele também pode fazer inclusões.
Inclusões são necessárias quando, no trecho citado, existe referência a algo que foi, por
exemplo, explicado anteriormente no original e essa explicação não está sendo transcrita.
Desta forma, para fazer uma inclusão, usa-se esse novo texto entre colchetes. Essa inclusão
pode ser em qualquer parte do trecho transcrito (ver exemplos 3.8, já apresentado, e 3.10, no
qual há a indicação de uma norma sem que sua respectiva citação seja indicada para que se
possa identificar a referência que lhe diz respeito.).
80

EXEMPLO 3.10: inclusão da indicação da citação da norma para que sua referência
seja indicada em nota de rodapé (se não foi consultada diretamente) ou
na lista de referências (se consultada diretamente)

BERNUCCI, L. B.; MOTTA, L. M. G. da; CERATTI, J. A. P.; SOARES, J. B.


Pavimentação Asfáltica: formação básica para engenheiros. Rio de Janeiro: ABEDA, 2008.

p. 142 – “A absorção é a relação entre a massa de água absorvida pelo agregado graúdo após
24 horas de imersão (DNER-ME 081/98 [(DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS
DE RODAGEM, 19986)]) à temperatura ambiente e a massa inicial de material seco, sendo
determinada para permitir o cálculo das massas específicas, real e aparente, do agregado.”.
(AGREGADOS – ABSORÇÃO)

Outro fato ao qual se deve estar atento é relativo à ocorrência de destaques no texto, que,
quando em citação direta, devem ser reproduzidos. Esses são feitos de diversas maneiras pelos
autores, mas ao se fazer no TCC, deve-se uniformizar a forma de os apresentar. Quando o
grifo é para destacar algum trecho do texto, usar negrito, independente do tipo de grifo
usado no original (ver casos nos exemplos 3.3 e 3.9 anteriormente apresentados). Se o grifo
assinala palavras estrangeiras no texto, usar itálico e, caso as palavras estrangeiras não
estiverem grifadas, fazê-lo na ficha e no texto do TCC (exemplo 3.11).
81

EXEMPLO 3.11: citação direta com a manutenção do uso de itálico


em palavras estrangeiras existentes no texto

BERNUCCI, L. B.; MOTTA, L. M. G. da; CERATTI, J. A. P.; SOARES, J. B.


Pavimentação Asfáltica: formação básica para engenheiros. Rio de Janeiro: ABEDA, 2008.

p. 145 – “No estudo dos agregados, são definidas três designações de massa específica: real,
aparente e efetiva, respectivamente correspondentes aos termos em inglês apparent specific
gravity, bulk specific gravity e effective specific gravity.”. (AGREGADOS – MASSA
ESPECÍFICA)

Quando a citação direta se estende por vários parágrafos, deve-se sinalizar que existe essa
relação sequencial entre eles. Se a sequência de parágrafos for apresentada com uma única
indicação de páginas inicial e final (por exemplo, p. 158-159), ao se querer fazer uma citação
no texto final de somente parte desses parágrafos, não se saberá, exatamente, em que páginas
os parágrafos estavam no original. Assim, deve-se sinalizar, na ficha de leitura,
detalhadamente isso para não criar problemas posteriormente. Para explicar como fazer essa
indicação, veja o exemplo 3.12. Nessa citação direta composta por uma sequência de quatro
parágrafos, a citação inicia por dois parágrafos que estão somente na página 158 do texto
original, sendo seguidos por outro que está na transição da página 158 para a 159 e que o
quarto parágrafo está de forma completa na página 159. Assim, deve-se assinalar essas
diversas ocorrências na ficha de leitura.

6
DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ME 081/98: agregados –
determinação da absorção e da densidade de agregado graúdo. Rio de Janeiro, 1998.
82

EXEMPLO 3.12: citação direta de três parágrafos em sequência em páginas distintas

BERNUCCI, L. B.; MOTTA, L. M. G. da; CERATTI, J. A. P.; SOARES, J. B.


Pavimentação Asfáltica: formação básica para engenheiros. Rio de Janeiro: ABEDA, 2008.

p. 158-(159) – “A mistura de agregados e ligantes é realizada em usina estacionária e


transportada posteriormente por caminhão para a pista, onde é lançada por equipamento
apropriado, denominado vibroacabadora. Em seguida é compactada, até atingir um grau de
compressão tal que resulte num arranjo estrutural estável e resistente, tanto às deformações
permanentes quanto às deformações elásticas repetidas da passagem de tráfego. [...]

continua
83

continuação

As misturas a quente distinguem-se em vários tipos de acordo com o padrão granolométrico


empregado e as exigências de características mecânicas, em função da aplicação a que se
destina.”. (REVESTIMENTOS ASFÁLTICOS – MISTURAS USINADAS)

p. 158-159 – “ Um dos tipos mais empregados no Brasil é o concreto asfáltico (CA) também
denominado concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ). Trata-se do produto da mistura
convenientemente proporcionada de agregados de vários tamanhos e cimento asfáltico, ambos
aquecidos em temperaturas previamente escolhidas, em função da característica viscosidade-
temperatura do ligante. As misturas asfálticas a quente também se dividem em grupos
específicos em função da granolometria dos agregados [...]”.(REVESTIMENTOS
ASFÁLTICOS – MISTURAS USINADAS)

p. (158)-159 – O segundo grupo de misturas, feitas em usinas estacionárias próprias, são as


pré-misturadas a frio em que se empregam as emulsões asfálticas como ligante para envolver
os agregados. Também proporcionados de forma conveniente para atender certos requisitos
de arranjo do esqueleto mineral, características volumétricas e de resistência mecânica
específicas, são nesse caso realizadas sem aquecimento dos agregados. O ligante
eventualmente pode sofrer um pequeno aquecimento, mas em geral é também usado na
temperatura ambiente.”. (REVESTIMENTOS ASFÁLTICOS – MISTURAS USINADAS)

A indicação p. 1587-(159) na ficha de leitura indica que a citação está na página 158, mas
segue na página 159. Quando sinalizado p. 158-159, deve-se entender que o texto está na
transição da página 158 para a 159. A indicação p. (158)-159, indica que a citação está na
página 159, mas é continuação dos parágrafos anteriores da página 158. Isso só é válido para
parágrafos em continua sequência e que têm uma dependência entre si para o entendimento da
ideia como um todo. Isso é usado na ficha de leitura, pois se os parágrafos, das páginas 158 e
159, forem transcritos juntos para o texto do TCC, poderá ser indicado, simplesmente, p. 158-
159. Mas, se só for transcrito, por exemplo, só o parágrafo que está por completo na página
158, e não o que está na transição das páginas ou só na página 159, sabe-se qual informação
está em cada uma dessas páginas.
84

3.5.2.3.2 Citação indireta na ficha de leitura

Para resumir informações ou para mudar o estilo do texto, ficando mais coerente com o
restante do trabalho, são feitas citações indiretas. Neste caso, indica-se a paginação e o texto é
redigido com uma nova redação. O texto não pode manter a estrutura do texto do autor,
representando a mera substituição ou exclusão de algumas palavras. Neste caso, para sinalizar
que é uma citação indireta, não são usadas aspas. Como se trata de um novo formato para a
informação, não faz sentido a sinalização de exclusões (com [...]) ou inclusões (com [texto da
inclusão]). Veja o exemplo 3.13.

EXEMPLO 3.13: citação indireta

ARAÚJO, J. M. Curso de Concreto Armado. 2. ed. Rio Grande: Dunas, 2003. v. 1.

p. 14 – O módulo de deformação longitudinal do concreto é função, por exemplo, da


resistência à compressão das propriedades elásticas dos agregados.

3.5.2.3.3 Citação direta de citação na ficha de leitura

Caso o autor que está sendo lido indica que a informação ali disponibilizada é proveniente de
outra obra, é necessário fazer a indicação disto, ou seja, citação de citação. Quando é
reproduzido o texto que indica o outro autor exatamente como está no texto que está sendo
consultado, faz-se citação direta de citação. Seguem-se os mesmos critérios da citação direta
anteriormente descritos, mas como há o nome do autor citado no trecho, deve-se criar uma
nota de rodapé na qual indica-se a referência desta obra citada pelo autor. Esse procedimento
de anotação da referência em nota de rodapé deve seguir o padrão indicado nos capítulos
referentes a citações e referências. Veja o exemplo 3.14.
85

EXEMPLO 3.14 - citação direta de citação

BONESI, F. M. Avaliação do impacto provocado pelos processos construtivos


racionalizados nas perdas por making-do. 2014. 110 f. Trabalho de Diplomação
(Graduação em Engenharia Civil) – Departamento de Engenharia Civil,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014.

p. 26 – “No que tange o novo modelo de produção, Koskela (1992, p. 15) define o processo
de produção como um fluxo de materiais ou informações desde a matéria-prima até o produto
final. O mesmo autor afirma que na nova filosofia de produção, a atenção é voltada não
somente para o resultado das atividades de conversão da matéria-prima em produto final, mas,
sobretudo, através da compreensão do tempo, custo e valor dos fluxos que ocorrem entre as
conversões, tais como inspeção, movimento e espera. A figura 2 representa este novo modelo
de produção.". (MODELOS DE PRODUÇÃO − NOVO MODELO)

continua
86

continuação

p. 26 − Figura 2 − Novo modelo de produção

(fonte: adaptado de KOSKELA, 2000, p. 56)

3.5.2.3.4 Citação indireta de citação na ficha de leitura

Da mesma maneira que no caso anterior, caso o autor da obra lida indica que a informação ali
disponibilizada é proveniente de outra obra, é necessário fazer citação de citação e essa pode
ser indireta. Assim, apesar da citação anotada na ficha de leitura não ser o texto original que
indica o outro autor, se apresenta a informação disponibilizada e a indicação do autor citado
pelo autor lido. Seguem-se os mesmos critérios da citação indireta anteriormente descritos,
mas como há o nome do autor citado no trecho, deve-se criar uma nota de rodapé na qual
indica-se a referência desta obra citada pelo autor. Esse procedimento de anotação da
referência em nota de rodapé deve seguir o padrão indicado nos capítulos referentes a citações
e referências. O exemplo 3.15 ilustra esse caso.

EXEMPLO 3.14 - citação indireta de citação

BONESI, F. M. Avaliação do impacto provocado pelos processos construtivos


racionalizados nas perdas por making-do. 2014. 110 f. Trabalho de Diplomação
(Graduação em Engenharia Civil) – Departamento de Engenharia Civil,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014.

continua
87

continuação

p. 26 – Apesar de qualquer tipo de atividade consumir tempo e gerar custos, são as atividades
de conversão que agregam valor ao produto final. Agregar valor significa que a matéria-prima
está sendo transformada em produto que o cliente almeja (KOSKELA7, 1992).". (MODELOS
DE PRODUÇÃO – ATIVIDADE DE CONVERSÃO)

3.5.2.4 Registro de comentários sobre a obra na ficha de leitura

A inclusão de comentários é opcional. O leitor pode os fazer sobre o conteúdo da obra (ou
comparativamente entre obras): registrar junto às citações diretas ou indiretas (sinalizar muito
bem o que é comentário e o que é citação do texto original). É importante registrar para não os
perder com o passar do tempo. Serve, também, para fazer o registro de ideias que o leitor teve
durante a leitura do texto.

3.5.2.5 Organização do material consultado

Para facilitar o trabalho ao longo da elaboração do TCC, é importante usar algum sistema de
busca para possibilitar que as obras consultadas sejam facilmente localizadas. Sempre que
possível, reter uma cópia em papel ou arquivo do material lido (no caso de arquivo, não
manter somente no disco rígido do computador, mas criar back-up continuamente atualizado,
como, por exemplo, numa “nuvem”).

É importante criar algum tipo de classificação para encontrar os documentos para releitura
caso não permaneça cópia com o pesquisador, fazer registro de onde material pode ser
encontrado para nova consulta (biblioteca, quem emprestou, etc.). Pelo menos a cópia das
partes do texto das quais se extraem os dados para composição das referências (dados
catalográficos) é obrigatória. Os arquivos devem ser nomeados pelo sobrenome dos autores e
data de publicação, pois a indicação do título do trabalho, além de dificultar que se encontre a
obra desejada, pode gerar problemas ao se copiar esses arquivos, pois, muitas vezes nomes
muito longos não são admitidos.

7
KOSKELA, L. Application of the New Production Philosophy to Construction. Espoo, Finland: CIFE,
1992. Technical Report n. 72.
88

3.6 TIPOS DE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A SEREM EVITADOS

Ao se desenvolver o texto, fruto da revisão bibliográfica, deve-se ter o cuidado de não gerar
texto com as características dos descritos a seguir e que foram assim classificados no artigo
de Alves-Mazzotti (2002).

3.6.1 Summa

Tentativa dos pesquisadores inexperientes de esgotar o assunto sobre o universo e outros


assuntos. Tipo de revisão em que o autor considera necessário apresentar um resumo de toda a
produção científica da cultura ocidental sobre o tema (ALVES-MAZZOTTI, 2002, p. 34).

3.6.2 Arqueológico

Este tipo de revisão bibliográfica tem a mesma preocupação que o tipo anterior, mas
distingue-se daquele pela ênfase na visão diacrônica, ou seja, descrição do histórico do
conhecimento sobre determinado assunto (ALVES-MAZZOTTI, 2002, p. 34).

3.6.3 Patchwork

Esta revisão bibliográfica apresenta uma colagem de conceitos, pesquisas e afirmações de


diversos autores, sem um fio condutor capaz de guiar a caminhada do leitor através dela. Os
estudos são simplesmente arrolados sem qualquer elaboração comparativa ou crítica, o que
frequentemente indica que o próprio autor se encontra tão perdido quanto seu leitor (ALVES-
MAZZOTTI, 2002, p. 34-35).

3.6.4 Suspense

No tipo suspense pode-se notar a existência de um roteiro, entretanto, como nos clássicos do
gênero, alguns pontos da trama permanecem obscuros até o final. A dificuldade é saber onde
o autor quer chegar, qual a ligação dos fatos expostos com o tema do estudo. Pode-se chamar
89

de cortina de fumaça, tudo leva a crer que o estudo se encaminha numa direção e, de repente,
descobre-se que o foco é outro (ALVES-MAZZOTTI, 2002, p. 35).

3.6.5 Rococó

O Rococó designa o estilo ornamental caracterizado pelo excesso de curvas caprichosas e pela
profusão de elementos decorativos que buscavam uma elegância requintada. Isto pode ser
observado em certos trabalhos acadêmicos nos quais conceituações teóricas rebuscadas (ou
tratamentos metodológicos sofisticados) constituem os elementos decorativos que tentam
atribuir alguma elegância a dados irrelevantes (ALVES-MAZZOTTI, 2002, p. 35-36).

3.6.6 Caderno B

Este tipo de revisão bibliográfica oferece ao leitor um texto leve que procura tratar, mesmo os
assuntos mais complexos, de modo rápido e superficial. A predileção do autor é por fontes
secundárias, de preferência handbooks, nos quais o material já se encontra mais digerido. Isso
se aplica, também a apostilas elaboradas por docentes para as disciplinas (ALVES-
MAZZOTTI, 2002, p. 36).

3.6.7 Coquetel teórico

O coquetel teórico é aquele estudo que, para atender à indisciplina dos dados, apela a todos os
autores disponíveis para unir forças na tentativa de explicar pontos obscuros (ALVES-
MAZZOTTI, 2002, p. 36).

3.6.8 Apêndice inútil

A revisão bibliográfica do tipo apêndice inútil é aquela na qual o pesquisador, após apresentar
sua revisão de literatura, em capítulos à parte, aparentemente exaurido pelo esforço, recusa-se
a voltar ao assunto. Nenhuma das pesquisas, conceituações ou relações teóricas analisadas é
utilizada na interpretação dos dados ou em qualquer outra parte do estudo (ALVES-
MAZZOTTI, 2002, p. 36).
90

3.6.9 Monástico

O autor parte do princípio de que o estilo dos trabalhos acadêmicos deve ser necessariamente
pobre, mortificante, conduzindo, assim, o leitor ao cultivo das virtudes da disciplina e da
tolerância. Nunca têm menos de centenas de páginas e, à semelhança de sua fonte de
inspiração, estão destinados ao silêncio e ao isolamento (ALVES-MAZZOTTI, 2002, p. 37).

3.6.10 Cronista social

Neste tipo de revisão bibliográfica o autor dá sempre um jeitinho de citar quem está na moda,
no Brasil ou no exterior. Este tipo de revisão de literatura é o principal responsável pelo
surgimento dos autores curinga, que se tornam referência obrigatória, seja qual for o tema
estudado (ALVES-MAZZOTTI, 2002, p. 37).

3.6.11 Colonizado x Xenófobo

Podem ser identificados dois tipos de revisão bibliográfica, sendo um o reverso do outro, mas
ambos igualmente inadequados. O colonizado, baseia-se exclusivamente em autores
estrangeiros, ignorando a produção científica nacional sobre o tema. O xenófobo, ao
contrário, não admite citar literatura estrangeira, mesmo quando a produção nacional sobre o
tema é insuficiente. Para este último, quando é indispensável recorrer a alguma formulação de
autor estrangeiro, prefere o similar nacional, isto é, a fonte secundária, ou ainda, o que diz a
mesma coisa sem citar a fonte original (ALVES-MAZZOTTI, 2002, p. 37).

3.6.12 Off records

A denominação off records é dada ao tipo de revisão bibliográfica baseado no termo


jornalístico que indica o autor que garante o anonimato de suas fontes. O anonimato é
garantido pela utilização de expressões como sabe-se, tem sido observado, muitos autores,
vários estudos, impedindo seu leitor de avaliar a consistência das afirmações, além de negar
o crédito a quem merece (ALVES-MAZZOTTI, 2002, p. 37-38).
91

3.6.13 Ventríloquo

O autor só fala pela boca dos outros, quer citando-os literalmente, quer parafraseando sua
ideias. Em ambos os casos, a revisão torna-se uma sucessão monótona de afirmações, sem
comparações entre elas, sem análises críticas, tomadas de posição ou resumos conclusivos. O
estilo é facilmente reconhecível, os parágrafos se sucedem alternando expressões como para
fulano, segundo beltrano, como fulano afirma, beltrano observa, sicrano pontua, até
esgotar o estoque de verbos (ALVES-MAZZOTTI, 2002, p. 38).
92
93

4 CITAÇÕES DE DOCUMENTOS NA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A pesquisa bibliográfica é o ponto de partida para a realização do TCC. Deve-se iniciar com
busca da bibliografia que trata do assunto de interesse para conhecer o que já foi estudado, o
chamado status quo do conhecimento na área, para definir com maior precisão o que será
estudado. Isso não significa que a pesquisa bibliográfica deve iniciar quando já se tem ideia
do foco do trabalho. Ao contrário, deve iniciar quando as primeiras ideias de trabalho sobre
áreas de interesse surgem para definir o tema do TCC.

Muitos alunos não estão habituados, durante a graduação, a consultar a bibliografia disponível
para estudar e se restringem aos apontamentos de aula e às apostilas dos professores. Esses
certamente terão maior resistência e dificuldade para iniciar essa etapa do trabalho, mas
devem enfrentar os obstáculos o quanto antes. Atualmente, muitas ferramentas estão
disponíveis para facilitar o acesso a obras técnicas relevantes. Assim, a internet, por exemplo,
é muito empregada na pesquisa bibliográfica, mas só deve ser usada para facilitar que se
localizem boas obras a serem lidas e não para que a leitura seja realizada em sites que, via de
regra, não declaram a origem das informações ou publicam textos sem a necessária avaliação
criteriosa por alguém credenciado para isso. Assim, pode-se (e deve-se) usar a internet, por
exemplo, para localizar arquivos pdf e para identificar a existência de obras nas bibliotecas
para que essas sejam buscadas para leitura na versão impressa.

Frente a baixa procura de material para leitura por parte dos alunos durante o
desenvolvimento do curso, pode-se aqui citar Mário Quintana, poeta gaúcho, que afirmou que
“Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não leem.” se referindo a leitura
em geral, mas que também se aplica a leitura de trabalhos técnico-científicos, que tem
importante papel na formação dos profissionais. Pode-se, ainda, destacar que a importância
desta etapa, que será realizada de forma mais intensa no início do trabalho, mas acompanha o
TCC até o seu final, é muito bem traduzido pela professora Alda Judith Alves-Mazzotti
(2002, p. 26), quando declara que “A má qualidade da revisão da literatura compromete todo
o estudo, uma vez que esta não se constitui em uma seção isolada, mas, ao contrário, tem por
objetivo iluminar o caminho a ser trilhado pelo pesquisador, desde a definição do problema
até a interpretação dos resultados.”. Assim, iniciar, o quanto antes a leitura, é imprescindível.
94

Para realizar a pesquisa bibliográfica, muitos trabalhos serão lidos, tanto para aquisição de
conhecimento, quanto para selecionar os trechos que parecem importantes para compor
capítulos de revisão bibliográfica. As citações e referências de um trabalho acadêmico devem
ser elaboradas conforme as normas técnicas: citações, pela NBR 10.520 (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002a), e, referências, pela NBR 6023
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002b). Este capítulo se dedica
ao detalhamento da forma de elaboração das citações. Há o capítulo específico sobre as
referências.

4.1 ASPECTOS GERAIS DAS CITAÇÕES

A citação é a informação incluída no texto, proveniente de outra obra, como a menção


respectiva fonte. De forma informal, a fonte (ou chamada) muitas vezes também é
denominada citação, causando algumas vezes alguma confusão. A cada citação, e respectiva
fonte (usando algum sistema de chamada), corresponde uma referência. Uma referência é um
conjunto padronizado de informações necessárias para identificar, de forma adequada, a obra
citada no texto. Desta forma, com essas informações, o leitor pode efetuar a identificação da
fonte e localizá-la.

Para que as regras das citações, apresentadas nas NBR 10.520 (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002a), sejam empregadas a fonte não deve ser
informação verbal ou de trabalho em fase de elaboração. Assim, deve-se dar preferência a
trabalhos escritos e já publicados (não os em fase de elaboração). Assim, não deve ser a
primeira opção de fonte, mas a última, as informações verbais ou de trabalhos em fase de
elaboração. Recomenda-se o uso destas formas (informações verbais ou trabalhos em fase de
elaboração), caso a informação não esteja disponível de outra maneira. Como são simples as
recomendações para esses dois casos (informação verbal e trabalho em fase de elaboração),
inicia-se aqui a indicação pela descrição desses casos especiais.
95

4.1.1 Indicação da fonte quando informação verbal

No caso de informação verbal, obtida diretamente com uma pessoa em seminários, palestras,
debates, entrevistas, etc., indica-se após o texto, entre parênteses, a expressão informação
verbal, mencionando os dados disponíveis da sua origem em nota de rodapé. Este tipo de
informação, na nota de rodapé, não é considerado uma referência (e sua apresentação não
deve se assemelhar a esse formato), mas descrição da fonte. Veja o exemplo 4.1 com sua
respectiva nota de rodapé.

EXEMPLO 4.1 − informação verbal

O setor da Construção Civil, no Rio Grande do Sul, cresceu nos anos entre 2009 e 2014, 5%
acima do PIB estadual, mas a partir de 2015 tem tido desempenho inferior, demonstrando
uma queda da atividade no setor (informação verbal) 8.

Numa mesma página, não é necessário repetir nota de rodapé com mesmo conteúdo se uma
estiver imediatamente abaixo da outra: cria-se nova nota de rodapé (com o próximo número
na sequência numérica, pois cada número de nota de rodapé aparece somente uma vez
no texto) e se indica a expressão latina idem, que significa o mesmo. Ao se passar para outra
página, é necessário indicar novamente todos os dados de forma completa em nota de rodapé
para não fazer o leitor buscar a identificação do material em outra página, não causando,
também, dificuldade de entendimento.

Nos casos de informação verbal, não deve ser incluído o nome do autor na frase e se deve
usar, preferencialmente, citação indireta. Desta forma, o que vai ser incluída é a
informação e a sua origem fica detalhada somente na nota de rodapé (sobre quem, quando e
onde estas informações foram colhidas).

4.1.2 Indicação da fonte quando trabalho em fase de elaboração

Quando a fonte é trabalho em fase de elaboração: indicar após o texto, entre parênteses, a
expressão em fase de elaboração, mencionando os dados disponíveis em nota de rodapé.

8
Essa informação foi colhida no seminário “O Rio Grande do Sul e a Construção Civil”, ao se pronunciar o Eng.
José Roberto Campeiro, representante do CREA-RS, no dia 13 de julho de 2014, na sede desse Conselho
(dados fictícios para fins deste trabalho).
96

Neste caso, trabalho em fase de elaboração, assim como quando informação verbal, na nota de
rodapé devem constar dados referentes à origem das informações, ou seja, quem é o autor,
que tipo de trabalho está sendo desenvolvido e todas as demais informações que facilitam ao
leitor encontrar tal trabalho quando esse for publicado. Esses dados não devem ser
apresentados como se fosse uma referência, mas uma descrição das informações. Veja o
exemplo 4.2.

EXEMPLO 4.2 − trabalho em fase de elaboração

Nos experimentos realizados com o material típico do concreto na cidade de Porto Alegre,
quando empregados junto com o aditivo A do fabricante X, constatou-se um aumento da
resistência à compressão do concreto (em fase de elaboração)9.

Quanto a repetição de notas de rodapé numa mesma página e inclusão do nome do autor
na frase, usando, preferencialmente, citação indireta, as regras são as mesmas indicadas
para as informações verbais: não é necessário repetir nota de rodapé com mesmo conteúdo se
uma estiver imediatamente abaixo da outra, usando-se uma nova nota de rodapé (com o
próximo número na sequência numérica) e se indica a expressão latina idem (significa o
mesmo). Da mesma maneira, noutra página, é necessário indicar novamente todos os dados de
forma completa em nota de rodapé. Recomenda-se, também, para o caso de trabalho em fase
de elaboração, não incluir o nome do autor na frase e se deve usar, preferencialmente,
citação indireta.

4.2 REGRAS GERAIS PARA ELABORAÇÃO DAS CITAÇÕES

As citações são os componentes principais de capítulos fruto de revisão bibliográfica, mas, ao


longo do texto do TCC, como um todo, poderão ser incluídas. Além de registrar as
informações provenientes de outras fontes, escritas e já publicadas, é indispensável mencionar
os dados necessários à identificação dessa fonte para ser possível relacionar com a
correspondente referência. As referências podem aparecer em lista no final do texto (forma
normalmente adotada) ou do capítulo, mas podem estar em notas de rodapé, mas não é
prático.
97

Assim, as citações devem ser incluídas no texto segundo um sistema de chamada, isto é,
segundo uma forma padronizada de vincular cada fonte a sua respectiva referência. Pode-se
utilizar o sistema numérico ou o autor-data. Usa-se nos trabalhos acadêmicos, com maior
frequência, o sistema autor-data, pois favorece a identificação do autor citado. Nesse caso, é
obrigatório10 que o último sobrenome do autor e a data de publicação sejam explicitamente
indicados no texto. Serão detalhados os dois sistemas, pois, mesmo que não se empregue no
TCC o sistema numérico, é necessário saber como o interpretar ao se fazer a leitura de texto
que o utilize.

4.2.1 Sistema numérico

O sistema numérico, como o nome indica, utiliza números para vincular a citação à
referência. Esses números podem aparecer na forma de expoente (como uma nota de rodapé)
ou entre parênteses ou colchetes, citando-se ou não o nome do autor na frase. Verificado o
número indicado no texto, busca-se, na lista de referências, esse mesmo número e esta é a
referência consultada para a citação. Veja nos exemplos 4.3 a 4.5 versões usuais do sistema
numérico.

EXEMPLO 4.3 – exemplo do uso de sistema numérico

no texto:
Silva (16) indica que o cloro é importante nesse processo.

na lista de referências:
(16) SILVA, R.da. Desinfecção da água. 2. ed. São Paulo: Brás, 2008.

9
A informação está na versão atualmente desenvolvida pela mestranda Ana Maria Bragança, no Programa de
Pós-Graduação em Engenharia Civil da UFRGS, sob orientação do Prof. Jurandir Macedo, e que deverá ser
defendida no mês de outubro de 2015 (dados fictícios para fins deste trabalho).
10
Aqui se indica a obrigatoriedade de indicação do último sobrenome do autor, mas deve-se considerar o que é
explicado posteriormente no texto sobre os casos em que não é uma pessoa física autora do trabalho ou trata-se
de mais de uma pessoa física. Então, ao se indicar a necessidade de inclusão do último sobrenome do autor, se
está fazendo referência, de forma simplificada no texto, também a todos os outros casos.
98

EXEMPLO 4.4 – exemplo do uso de sistema numérico

no texto:
Silva16 indica que o cloro é importante nesse processo.

na lista de referências:
16
SILVA, R. da. Desinfecção da água. 2. ed. São Paulo: Brás, 2008.

EXEMPLO 4.5 – exemplo do uso de sistema numérico

no texto:
O cloro é importante nesse processo [16].

na lista de referências:
[16]
SILVA, R. da. Desinfecção da água. 2. ed. São Paulo: Brás, 2008.

4.2.2 Sistema autor-data

No sistema autor-data, conforme revela sua denominação, o autor é citado (por seu último
sobrenome ou termo que o substitua caso não se trate de autor pessoa física) acompanhado da
data de publicação da obra. Ciente da denominação do autor e da data de publicação indicada
junto à citação no texto, faz-se a localização da obra na lista de referências que se apresenta
em ordem alfabética. Esse conjunto autor-data é indicado junto à inclusão da informação em
uma das maneiras indicadas nas frases dos exemplos 4.6 e 4.7.

EXEMPLO 4.6 – exemplo do uso de sistema autor-data

no texto:
Silva (2008, p. 45) indica que o cloro é importante no processo.

na lista de referências:
SILVA, R. da. Desinfecção da água. 2. ed. São Paulo: Brás, 2008.
99

EXEMPLO 4.7 – exemplo do uso de sistema autor-data

no texto:
O cloro é importante no processo (SILVA, 2008, p. 45).

na lista de referências:
SILVA, R. da. Desinfecção da água. 2. ed. São Paulo: Brás, 2008..

Deve-se ter atenção com a forma de apresentar as citações autor-data. Se o nome do autor
estiver incluído na frase, como sujeito, por exemplo, o nome é grafado em letras
minúsculas (a primeira maiúscula, pois é um nome próprio). Nesse caso, ficam entre
parênteses as demais informações: ano de publicação da obra e, quando necessário, se inclui a
indicação da página. A indicação da página vem após a data de publicação, separada desta
também por vírgula, e usando como abreviatura da palavra página a indicação “p.”. Após esse
ponto da abreviatura, deixando-se um espaço em branco, se faz a indicação do número da
página. Veja a frase do exemplo 4.6.

No caso do nome do autor não fazer parte da frase, ele aparece junto aos demais dados
entre parênteses. O nome neste caso é grafado em letras maiúsculas, seguido de vírgula e
dos mesmos dados (ano de publicação e página) indicados para o caso do autor estar citado na
frase e com o mesmo formato. Veja a frase do exemplo 4.7. Quando a obra lida utilizar o
sistema numérico e no TCC a opção foi pelo sistema autor-data, ou vice-versa, deve-se ter o
cuidado de substituir um sistema pelo outro. Veja um caso no exemplo 4.8.

EXEMPLO 4.8 – exemplo da passagem da indicação da fonte no sistema numérico


para o sistema autor-data

No sistema numérico
no texto:
Silva16 indica que o cloro é importante nesse processo.

na lista de referências:
16
SILVA, R. Desinfecção da água. 2. ed. São Paulo: Brás, 2008.

Passando para o sistema autor-data


Silva (2008) indica que o cloro é importante nesse processo.
100

4.3 TIPOS DE CITAÇÕES E SUAS FORMAS DE APRESENTAÇÃO NOS


TEXTOS

Como já foi salientado, citações podem ser diretas, indiretas e citação de citação (direta ou
indireta). Isso significa que as:

a) diretas são transcrições textuais das informações do autor consultado;


b) indiretas são textos do novo autor baseados no texto do autor consultado, isto é,
com nova redação e sem usar nenhuma parte do texto original;
c) citações de citação ocorrem quando a informação que será incluída no novo
trabalho está indicada na obra de um autor e nessa obra há a indicação que a
origem da informação é obra de outro autor. Deve-se usar somente quando,
realmente, não há possibilidade de obter a informação no original, isto é na
obra do autor citado pelo autor lido diretamente. Tem-se então,
- citação direta de citação é a transcrição direta de um texto ao qual não se teve
acesso direto ao original;
- citação indireta de citação é a inclusão de citação indireta de um texto ao qual
não se teve acesso direto ao original.

Independente do tipo de citação empregada no texto, direta, indireta ou citação de citação,


essas devem ser acompanhadas da identificação da sua fonte. Esta identificação da fonte no
texto, como se explicou anteriormente, possibilita ao leitor a verificação da obra consultada na
lista de referências.

Alguns detalhes dos formatos das citações no texto do TCC (que são diferentes das
recomendações para as fichas de leitura) estão nos próximos itens.

4.3.1 Citação Direta

A citação direta é aquela que reproduz exatamente o texto original do autor. As citações
diretas, além de terem a indicação de autor e data, devem ter, obrigatoriamente a indicação da
página na qual essa está no original e, quando se tratar de uma tradução, também da indicação
“tradução nossa”. Deve-se ter o cuidado de não iniciar frase com citação direta, isto é, sempre
há uma pequena introdução na frase para só então incluir a citação direta. Veja o exemplo 4.9.

Quando se faz a transcrição textual do texto do autor e esta transcrição tem até três linhas,
utilizando-se o padrão de letra indicado para o texto (estilo texto do trabalho), o conteúdo
101

aparece no parágrafo do novo trabalho e deve estar entre aspas duplas. As aspas simples são
empregadas para a indicação de citação no interior de uma citação direta (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002a). Veja exemplo 4.9.

EXEMPLO 4.9

Para Koskela (2004, p. 1, tradução nossa), entende-se "Making-do como um desperdício em


que há uma situação na qual a tarefa é iniciada sem que todas as suas entradas-padrão estejam
disponíveis para que o trabalho inicie ou continue até a sua conclusão.".

Se a citação tem mais de três linhas, quando se utiliza o padrão de letra empregado no estilo
texto do trabalho, esta deve ser destacada graficamente. Usa-se recuo de 4 cm, em relação a
margem esquerda, em letra menor que a do texto (TNR 10) e sem aspas (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002a). Veja os exemplos 4.10 (citação direta
com mais de três linhas com um parágrafo), 4.11 (citação direta com mais de três linhas com
mais de um parágrafo) e 4.12 (citação direta com mais de três linhas formada por alíneas).

EXEMPLO 4.10

Segundo Bernucci et al. (2008, p. 9):

Pavimento é uma estrutura de múltiplas camadas de espessuras finitas,


construída sobre a superfície final de terraplenagem, destinada técnica e
economicamente a resistir aos esforços oriundos do tráfego de veículos e do
clima, e a propiciar aos usuários melhoria nas condições de rolamento, com
conforto, economia e segurança.
102

EXEMPLO 4.11

Quanto à absorção pode-se afirmar que (BERNUCCI et al., 2008, p. 142):

A porosidade de um agregado é normalmente indicada pela quantidade de água que


ele absorve quando imerso. Um agregado poroso irá também absorver ligante
asfáltico, consumindo parte do ligante necessário para dar coesão a uma mistura
asfáltica. Para compensar esse fato, deve-se incorporar à mistura uma quantidade
adicional de ligante.

A absorção é a relação entre a massa de água absorvida pelo agregado graúdo após
24 horas de imersão (DNER-ME 081/98 [(DEPARTAMENTO NACIONAL DE
ESTRADAS DE RODAGEM, 199811)] à temperatura ambiente e a massa inicial
de material seco, sendo determinada para permitir o cálculo das massas específicas,
real e aparente, do agregado.

EXEMPLO 4.12

Deve-se considerar, para denominar os materiais adequadamente, as seguintes definições


(BERNUCCI et al., 2008, p. 25):

a) betume: comumente é definido como uma mistura de hidrocarbonetos solúvel no


bissulfeto de carbono;

b) asfalto: mistura de hidrocarbonetos derivados do petróleo de forma natural ou


por destilação, cujo principal componente é o betume, podendo conter, ainda
outros materiais, como oxigênio, nitrogênio e enxofre, em pequena proporção;

c) alcatrão: é uma designação genérica de um produto que contém hidrocarbonetos,


que se obtém da queima ou destilação destrutiva do carvão, madeira, etc.

Como indicado no capítulo anterior para as fichas de leitura, também nas citações no texto do
TCC, nas citações diretas, devem ser indicadas:

a) supressões: utilizando [...] para indicar a supressão;


b) interpolações ou comentários: indicando entre colchetes as interpolações ou
comentários, ou seja, [texto da interpolação];
c) ênfases ou destaques utilizando negrito, mesmo que o autor tenha utilizado
outra forma de grifo como o sublinhado ou itálico. Especificamente sobre o uso
de itálico, este fica reservado para palavras estrangeiras incluídas no texto e se
o autor fez uso deste grifo, para essa função será mantido;
d) se a leitura foi feita num original em outro idioma, o texto deverá ser traduzido.
Se a tradução mantém a mesma estrutura textual do autor, a citação é direta
(entre aspas ou em destaque) e deve ser incluída, após a indicação da página,
tradução nossa.
11
DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ME 081/98: agregados –
determinação da absorção e da densidade de agregado graúdo. Rio de Janeiro, 1998.
103

No caso das ênfases indicadas na alínea (c), se o destaque é do autor consultado, isto é, existe
no texto original: indicar grifo do autor no final da citação. Por exemplo: (BARBOSA, 1998,
p. 79, grifo do autor). Se o destaque foi incluído pelo autor do novo trabalho: indicar grifo
nosso. Por exemplo: (BARBOSA, 1998, p. 79, grifo nosso).

4.3.2 Citação Indireta

A citação indireta é aquela que reproduz a informação que está na obra consultada, mas sob
uma nova redação. A citação indireta é, portanto, um texto do novo autor reproduzindo a
informação do autor lido. Assim, não há nenhuma sinalização no texto além da indicação da
fonte, isto é a inclusão do autor e data. A indicação de paginação não é obrigatória nas
citações indiretas, ainda que seja interessante para que o leitor a localize no original. Da
mesma maneira, a indicação de tradução nossa também não é obrigatória. Veja o exemplo
4.13.

EXEMPLO 4.13

O tratamento adequado de dados e informações é, em qualquer ramo de negócios uma


preocupação para os administradores. Isso pode ser significativamente melhorado com a
implantação de sistemas e tecnologia de informação. Porém, apesar de estarem disponíveis
para a implantação na Indústria da Construção Civil, o seu uso ainda é inferior ao desejado
para maios agilidade, rapidez e precisão (SCHMITT, 1998).

4.3.3 Citação de citação – direta ou indireta

A citação de citação é a transcrição direta ou indireta de um texto ao qual não se teve acesso
direto ao original. Assim sendo, ao se ler a obra de determinado autor A, há interesse de
transcrever para o novo texto, trecho de autoria do autor B, citado pelo autor A. Para o autor
do novo texto demonstrar que o trecho transcrito tem autoria diferente (autor B) do autor da
obra lida (autor A), usa-se a expressão do latim apud, que significa “citado por, conforme,
segundo”. Assim, se o formato é: (RIBEIRO, 1998 apud SILVEIRA, 2000) sendo que
(RIBEIRO, 1998) é o autor do texto citado por Silveira e (SILVEIRA, 2000) é a obra
consultada diretamente e que deverá constar das referências do novo trabalho. A
104

referência da obra de (RIBEIRO, 1998) deverá aparecer em nota de rodapé. Para usar apud
incluindo o autor na frase, o formato é: Ribeiro (1998 apud SILVEIRA, 2000). Veja o
exemplo 4.14.

As citações de citações devem ser evitadas, buscando-se, sempre que possível, o autor que
escreveu diretamente o texto que interessa ao trabalho: muitas vezes as transcrições não
correspondem às ideias do autor original. Se for utilizado o apud, deve ser indicado, numa
nota de rodapé, a referência da obra não lida diretamente. A indicação em nota de rodapé
é feita das maneiras exemplificadas (ver exemplos 4.14).

EXEMPLO 4.14

Devem ser considerados no experimento a qualidade dos materiais empregados para que
possam ser feitas comparações de resultados (RIBEIRO 12, 1998, p. 100 apud SILVEIRA,
2000, p. 54).

ou

Ribeiro13 (1998, p. 100 apud SILVEIRA, 2000, p. 54) salienta que devem ser considerados no
experimento a qualidade dos materiais empregados para que possam ser feitas
comparações de resultados.

Na nota de rodapé se registra a referência completa da obra lida indiretamente, neste caso e
autoria de Ribeiro. Se numa mesma página deve-se indicar a mesma referência em nota de
rodapé, uma imediatamente abaixo da outra, cria-se nova nota de rodapé (com o próximo
número na sequência numérica, pois cada número para nota de rodapé aparece somente uma
vez no texto) e se indica a expressão latina opus citatua, ou na forma abreviada op. cit., que
significa na obra citada (ver exemplo 4.14). Ao se passar para outra página, é necessário
indicar novamente a referência completa em nota de rodapé para não fazer o leitor buscar a
identificação da obra a qual se referência, não causando, também, dificuldade de
entendimento.

12
RIBEIRO, G. Concreto Armado: conceitos gerais. Porto Alegre: PPP, 1998.
13
op. cit.
105

4.4 REGRAS INDICAÇÃO DOS AUTORES NAS CITAÇÕES

As regras para apresentação dos autores das citações nos documentos (fonte da informação)
são relativas ao número e tipos de autores (pessoa física ou entidade: empresas, órgão
vinculado a alguma instância governamental, associações, etc.) e, são examinados, também
alguns casos especiais. Deve-se destacar que ao se fazer citação direta, indireta ou citação de
citação (direta ou indireta), as regras são exatamente as mesmas, mas para citação de citação
deve-se acrescentar ter alguns cuidados. Os exemplos apresentados estão tratando em
separado os casos para pessoas físicas, empresas ou associações ou órgãos vinculados a
alguma instância governamental, mas nada impede que a autoria seja de uma combinação
desses. Todas as regras são ditadas pela NBR 10.520 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2002a).

4.4.1 Autor é pessoa física

Neste item, são detalhados os formatos adotados quando são citadas obras cujos autores são
pessoa física, caracterizados na NBR 10.520, como autor pessoal (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002a).

4.4.1.1 Formato das citações quando a obra tem um único autor — pessoa física

Quando se tem obra com um autor pessoa física, o seu último sobrenome é utilizado para
identificar o autor. O autor pode constar como sujeito da frase (quando é grafado em letras
minúsculas) ou entre parênteses com as demais informações (grafado em maiúsculas). Veja os
casos para citações diretas, indiretas e citação de citação:

a) exemplo 4.15 — citação direta;


b) exemplo 4.16 — citação indireta;
c) exemplo 4.17 — citação de citação.
106

EXEMPLO 4.15 — um único autor pessoa física numa citação direta

Barbosa (1998, p. 79) reforça esta conclusão, pois indica, “[...] é possível identificar quatro
elementos como os mais significativos, [...]”.

Desta forma, “[...] é possível identificar quatro elementos como os mais significativos, [...]”
(BARBOSA, 1998, p. 79).

EXEMPLO 4.16 — um único autor pessoa física numa citação indireta

Barbosa (1998, p. 79) define que somente quatro elementos têm maior significância.

Pode-se, portanto, concluir, que somente quatro elementos têm maior significância
(BARBOSA, 1998, p. 79).

EXEMPLO 4.17 — — um único autor pessoa física numa citação indireta de citação sendo o
autor da obra lida: Reinaldo Silveira e o autor citado pelo autor lido: Eduardo Silva

Devem ser considerados no experimento a qualidade dos materiais empregados para que
possam ser feitas comparações de resultados (SILVA14, 2010, p. 100 apud SILVEIRA, 2014,
p. 54).

Silva15 (1998, p. 2010 apud SILVEIRA, 2014, p. 54) salienta que devem ser considerados no
experimento a qualidade dos materiais empregados para que possam ser feitas
comparações de resultados.

4.4.1.2 Formato das citações quando a obra tem dois autores — pessoa física

Tendo a obra dois autores, ambos pessoa física, deve constar o último sobrenome de cada um
deles. A ordem na qual os autores aparecem citados é aquela na qual aparecem na obra, pois,
normalmente, indica a importância de cada um em relação ao texto. Quando os autores forem
citados como sujeitos da frase, os dois sobrenomes são separados pelo conetivo "e" (não é
mais usado a forma comercial &) e, ao serem citados entre parênteses, os sobrenomes são
separados por ponto-e-vírgula. É necessário observar a conjugação do verbo, pois como se

14
SILVA, E. Experimentos em Engenharia Civil. Porto Alegre: PPP, 2010.
15
op. cit.
107

refere aos dois autores, o verbo deve estar na terceira pessoa do plural. Observe os exemplos
em 4.18.

EXEMPLO 4.18 — dois autores pessoa física

Veloso e Silveira (2002, p. 65) afirmam que “[...] o concreto fresco deve apresentar
características adequadas à aplicação que será executada, pois, caso isto não ocorra, o
resultado pode ser problemático.”.

Deve-se ter muito cuidado com as características do concreto fresco frente ao tipo de
aplicação realizada, pois se pode estar evitando problemas (VELOSO; SILVEIRA, 2002, p.
65).

4.4.1.3 Formato das citações quando a obra tem mais de dois autores — pessoa física

Se a obra consultada tem mais de dois autores, aparece o último sobrenome do primeiro autor
(segundo a ordem de indicação dos autores na obra) seguido da expressão latina et alli (por
extenso — não usar em itálico na citação) ou et al. (abreviado). Observe que et al. se trata de
uma abreviatura, logo, o al é seguido de ponto. A expressão et alli ou et al. significa "e
outros". Como se trata de mais de um autor, o verbo deve ser conjugado no plural. Veja os
exemplos em 4.19, nos quais se usa somente a forma abreviada et al.

EXEMPLO 4.19 — mais de dois autores pessoa física,


sendo os autores Carlos Silva, Rogério Duarte e Denise Figueiredo

Assim, “A definição de equipes para os vários serviços em canteiros de obra é fundamental


para se alcançar a produtividade planejada no cronograma, [...]” (SILVA et al., 1995, p. 109).

Silva et al. (1995, p. 109) indicam que para cumprir o cronograma de uma obra, é muito
importante que as equipes, para os vários serviços, sejam bem dimensionadas.
108

4.4.2 Autor é empresa ou instituição não vinculado a alguma instância


governamental

Quando o autor se trata de uma empresa ou instituição não vinculada a alguma instância
governamental, algumas particularidades devem ser consideradas. Essas são descritas nos
próximos itens.

4.4.2.1 Formato das citações quando a obra tem um único autor — empresa ou instituição não
vinculada a alguma instância governamental

Quando o autor da obra é uma empresa ou instituição não vinculada a alguma instância
governamental, o nome completo da organização deve ser citado, incluindo as indicações
referentes à característica jurídica da mesma (por exemplo, SA ou Ltda.) para identificar o
autor. O autor pode constar como sujeito da frase (quando é grafado em letras minúsculas) ou
entre parênteses com as demais informações (grafado em maiúsculas). Caso a organização
seja estrangeira, quando ela aparecer como autor fora dos parênteses, seu nome será grafado
em itálico. Veja os casos para citações diretas, indiretas e citação de citação:

a) exemplo 4.20 — citação direta;


b) exemplo 4.21 — citação indireta;
c) exemplo 4.22 — citação de citação.

EXEMPLO 4.20 — um único autor empresa ou instituição não vinculada a alguma instância
governamental numa citação direta

Na NBR 6118 está indicado que "As estruturas de concreto devem ser projetadas e
construídas de modo que sob as condições ambientais previstas na época do projeto e quando
utilizadas conforme preconizado em projeto conservem suas segurança, estabilidade e aptidão
em serviço durante o período correspondente a sua vida útil (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS, 2014, p. 15).".
109

EXEMPLO 4.21 — um único autor empresa ou instituição não vinculada a alguma instância
governamental numa citação indireta

Segundo a Associação Brasileira e Cimento Portland (2005), os pisos intertravados de


concreto são usados em muitas situações. São muito usados nas áreas públicas e privadas e se
apresentam em diversas colorações podendo compor parte importante do paisagismo.

EXEMPLO 4.22 — um único autor empresa ou instituição não vinculada a alguma instância
governamental numa citação de citação sendo o autor da obra lida: Marcelo Fabiano Costella
e autor citado pelo autor lido: Associação Brasileira de Normas Técnicas

Os acidentes de trabalho são caracterizados como "[...] uma ocorrência imprevista e


indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, que provoca lesão
pessoal ou de que decorre risco próximo ou remoto dessa lesão." (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 197516 apud COSTELLA, 1999, p. 9).

4.4.2.2 Formato das citações quando a obra tem dois autores — empresa ou instituição não
vinculada a alguma instância governamental

Tendo a obra dois autores, ambos empresas ou instituições não vinculadas a alguma instância
governamental, deve constar o nome completo das duas organizações incluindo as indicações
referentes à característica jurídica das mesmas (por exemplo, SA ou Ltda.). Deve-se manter a
ordem na qual os autores aparecem citados na obra. Como no caso da pessoa física, quando os
autores forem citados como sujeitos da frase, os dois nomes são separados pelo conetivo "e"
(não é mais usado a forma comercial &) e, ao serem citados entre parênteses, os nomes são
separados por ponto-e-vírgula. É necessário observar a conjugação do verbo, pois como se
refere aos dois autores, o verbo deve estar na terceira pessoa do plural. Se as organizações
citadas forem estrangeiras, quando o nome aparecer como autor fora dos parênteses, seu nome
será grafado em itálico. Observe os exemplos em 4.23.

16
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NB 18: cadastro de acidentes — procedimento e
classificação. Rio de Janeiro, 1975.  essa norma é, atualmente, a NBR 14280/2001
110

EXEMPLO 4.23 − dois autores empresa ou instituição não vinculada a alguma instância
governamental numa citação indireta

O uso do concreto de alta resistência em edifícios comerciais é aconselhável quando este


apresenta vinte ou mais pavimentos (LIVER ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES SA;
CONCRETO PORTO ALEGRE LTDA, 2013).

ou

Segundo Liver Engenharia e Construções SA e Concreto Porto Alegre Ltda (2013), o uso do
concreto de alta resistência em edifícios comerciais é aconselhável quando este apresenta
vinte ou mais pavimentos

4.4.2.3 Formato das citações quando a obra tem mais de dois autores — empresa ou instituição
não vinculada a alguma instância governamental

Se a obra consultada tem mais de dois autores empresa ou instituição não vinculada a alguma
instância governamental, aparece o nome do primeiro autor (segundo a ordem de indicação
dos autores na obra) seguido da expressão latina et alli (por extenso — não usar em itálico na
citação) ou et al. (abreviado). Observe que et al. se trata de uma abreviatura, logo, o al é
seguido de ponto. A expressão et alli ou et al. significa "e outros". Como se trata de autoria
composta por mais de um componente, o verbo deve ser conjugado no plural. Caso alguma
dessas organizações seja estrangeira, quando ela aparecer como autor fora dos parênteses, seu
nome será grafado em itálico. Veja os exemplos em 4.24, nos quais se usa somente a forma
abreviada et al.
111

EXEMPLO 4.24 − mais de dois autores empresa ou instituição não vinculada a alguma
instância governamental numa citação direta, sendo os autores: Associação Brasileira de
Cimento Portland, Associação Brasileira das Empresas Brasileiras de Serviços de
Concretagem, Instituto Brasileiro de Telas Soldadas

Segundo a Associação Brasileira de Cimento Portland et al. (2007, p. [14], grifo do autor), “O
sistema Parede de Concreto, uma opção que vem conquistando o mercado brasileiro, oferece
todas as vantagens de uma metodologia construtiva voltada à produção de edificações em
larga escala.”. ou

O Manual Parede de Concreto indica que “O sistema Parede de Concreto, uma opção que
vem conquistando o mercado brasileiro, oferece todas as vantagens de uma metodologia
construtiva voltada à produção de edificações em larga escala.” (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND et al., 2007, p. [4]).

4.4.3 Autor é entidade vinculada a alguma instância governamental

Quando o autor de obra citada é entidade vinculada ao governo municipal, estadual ou federal
deve-se verificar se a denominação é genérica (por exemplo, Ministério, Secretaria, etc.) ou
específica. Esses dois casos são tratados em separado nos itens a seguir.

4.4.3.1 Formato das citações quando é um único o autor que é entidade vinculada a uma
instância governamental e tem denominação genérica

Se a entidade é vinculada a alguma instância governamental tem denominação genérica, a


citação pode ser feita pela indicação do nome do município, estado ou país ou por órgão
superior de nome específico. Caso o nome específico possa ter duplicidade em função da
unidade geográfica a qual a entidade está vinculada, na referência é feita essa diferenciação
(exemplo 4.25). Normalmente, ainda que isso não seja obrigatório, não se indica a unidade
geográfica como sujeito da frase, mas entre parênteses. Veja os exemplos 4.26 a 4.27.
112

EXEMPLO 4.25 — um único autor que é vinculado a uma instância governamental e tem
denominação genérica, por exemplo, Empresa Pública de Transporte e Circulação vinculada à
Secretaria Municipal de Transportes de Porto Alegre

Quanto ao metrô, o Plano Diretor de Mobilidade Urbana indica que “[...] a linha prevista
abrange um traçado de aproximadamente 22 km de extensão em nível subterrâneo, [...], ao
longo do eixo dos principais corredores de ônibus de Porto Alegre: Assis Brasil, Farrapos,
Borges de Medeiros e Bento Gonçalves.” (EMPRESA PÚBLICA DE TRANSPORTE E
CIRCULAÇÃO, 2014).

e na referência:

EMPRESA PÚBLICA DE TRANSPORTE E CIRCULAÇÃO (Porto Alegre). Plano Diretor


de Mobilidade Urbana. Porto Alegre, 2014.

EXEMPLO 4.26 — um único autor que é vinculado a uma instância governamental e tem
denominação genérica, por exemplo, Assembleia Legislativa do estado do Rio Grande do Sul

A Lei 9.921 (RIO GRANDE DO SUL, 1993), que dispõem sobre resíduos sólidos, salienta
que "Art. 4º − É proibida a diluição ou lançamento de resíduos sólidos e semilíquidos em
sistemas de esgoto sanitário ou tratamento de efluentes líquidos, salvo em casos especiais, a
critério do órgão ambiental do Estado.".

EXEMPLO 4.27 — um único autor que é vinculado a uma instância governamental e


tem denominação genérica, por exemplo, subchefia de
Assuntos Jurídicos, Casa Civil, Presidência da República

A Lei n. 4.591 (BRASIL, 1964) indica que:

Art. 7º O condomínio por unidades autônomas instituir-se-á por ato entre vivos
ou por testamento, com inscrição obrigatória no Registro de Imóvel, dele
constando; a individualização de cada unidade, sua identificação e
discriminação, bem como a fração ideal sobre o terreno e partes comuns,
atribuída a cada unidade, dispensando-se a descrição interna da unidade.
113

4.4.3.2 Formato das citações quando a obra é de autoria de entidade vinculada a uma instância
governamental e tem denominação genérica sendo mais de um o autor

É bastante incomum que no caso do autor ser uma entidade vinculada a uma instância
governamental que tem denominação genérica ocorra, simultaneamente mais de um órgão.
Caso ocorra, deve-se seguir as regras indicadas para o caso de uma entidade com essas
características (item 4.3.3.1) e aquelas indicadas para empresa ou instituição não vinculada a
alguma instância governamental quando são dois autores (item 4.4.2.2) ou mais de dois
autores (item 4.4.2.3).

4.4.3.3 Formato das citações quando a obra tem um único o autor que é entidade vinculada a
uma instância governamental e tem denominação específica que o identifica
individualmente

Quando o autor é entidade vinculada a uma instância governamental (município, estado ou


país) e esta tem uma denominação específica que a identifica individualmente, a citação é
feita pelo nome deste órgão. Caso o nome específico possa ter duplicidade em função da
unidade geográfica a qual a entidade está vinculada, na referência é feita essa diferenciação
(exemplo 4.24). Veja os exemplos 4.28.

EXEMPLO 4.28 — um único autor que é vinculado a uma instância governamental e tem
denominação específica, por exemplo, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

Segundo o Censo Demográfico de 2010, Porto Alegre tem mai de 1 milhão 409 mil habitantes
distribuídos numa área de cerca de 497 km2 (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA
E ESTATÍSTICA, 2011).

4.4.3.4 Formato das citações quando a obra é de uma entidade vinculada a uma instância
governamental e tem denominação específica que o identifica individualmente sendo
mais de um o autor

Caso ocorra que a autoria seja de mais de uma entidade vinculada a uma instância
governamental que tem denominação genérica deve-se seguir as regras indicadas para o caso
de um órgão com essas características (item 4.4.3.3) e aquelas indicadas para pessoa jurídica
114

ou instituição não vinculada a alguma instância governamental quando são dois autores (item
4.4.2.2) ou mais de dois autores (item 4.4.2.3).

4.4.4. Casos especiais

Algumas vezes ocorrem particularidades na citação de obras que, para não gerar confusão
para o leitor, merecem alguns cuidados especiais nas citações.

4.4.4.1 Obras de autores com mesmo sobrenome – iniciais diferentes dos pré-nomes

Quando, ao longo do trabalho, se observa que existem obras a serem citadas (e referenciadas)
de autores com mesmo sobrenome se deve incluir as iniciais dos pré-nomes destes autores na
indicação da fonte, desde que essas iniciais sejam diferentes entre si. Neste caso, deve-se
salientar que são dois autores diferentes com mesmo sobrenome. Veja o exemplo 4.29.

EXEMPLO 4.29 — num mesmo trabalho são citados autores com mesmo sobrenome,
mas com iniciais diferentes

Se autor incluído na sentença: Barbosa (C., 1998, p. 99) e Barbosa (D., 1995, p. 2010), se
autor citado entre parênteses (BARBOSA, C., 1998, p. 99) e (BARBOSA, D., 1995, p. 2010).

4.4.4.2 Obras de autores com mesmo sobrenome – iniciais dos pré-nomes iguais

Quando, ao longo do trabalho, se verifica a presença de obras a serem citadas (e


referenciadas) cujos autores têm, não só o mesmo sobrenome, mas, também, mesmas iniciais,
deve-se indicar, além do sobrenome, os pré-nomes por extenso. Neste caso, mesmo que a
regra utilizada nas referências é a de indicar somente as iniciais dos pré-nomes, abre-se a
exceção e indica-se o pré-nome, também, por extenso.Veja o exemplo 4.30.

EXEMPLO 4.30 — num mesmo trabalho são citados autores com mesmo sobrenome
que têm mesmas iniciais nos pré-nomes

Se autor incluído na sentença: Ferreira (Carlos, 1998, p. 99) e Ferreira (Cássio, 2000, p. 140),
se indicados entre parênteses: (FERREIRA, Carlos, 1998, p. 99) e (FERREIRA, Cássio, 2000,
p. 140).
115

4.4.4.3 Obras do mesmo autor publicadas numa mesma data

Quando ocorrer a citação de várias obras de um mesmo autor e existirem obras publicadas
num mesmo ano, tanto nas citações quanto nas referências, se deve incluir, após o ano, as
letras do alfabeto em minúsculas para diferenciar as obras. Veja o exemplo 4.31.

EXEMPLO 4.31 — num mesmo trabalho são citadas várias obras de um mesmo autor,
publicadas em uma mesma data citado separadamente ao longo do texto

Se autor incluído na sentença: Alves (2010a, p. 5), Alves (2010b, p. 34) e Alves (2010c, p. 9),
se indicados entre parênteses: (ALVES, 2010a, p. 5), (ALVES, 2010b, p. 34) e (ALVES,
2010c, p. 9).

4.4.4.4 Documentos de mesma autoria mencionados simultaneamente

Quando ocorrer a necessidade de fazer citação indireta de diversos documentos de mesma


autoria mencionados simultaneamente, coloca-se uma única vez o nome do autor e após as
várias datas, em ordem cronológica, e separadas por vírgula. Veja exemplo 4.32.

EXEMPLO 4.32 — documentos de mesma autoria citados simultaneamente

Se autor incluído na sentença: Nóbrega (1998, 2000, 2001a, 2001b) e Silveira e Barbosa
(1978, 1999), se citados entre parênteses: (NÓBREGA, 1998, 2000, 2001a, 2001b) e
(SILVEIRA; BARBOSA, 1978, 1999)

4.4.4.5 Documentos de vários autores, mencionados simultaneamente

Quando ocorrer uma citação indireta fruto da pesquisa em vários documentos, de vários
autores, sendo todos eles citados simultaneamente, coloca-se os autores em ordem
alfabética e usa-se somente o formato sem incluir os autores na frase, isto é, entre parênteses.
Veja exemplo 4.33.

EXEMPLO 4.33 — documentos de vários autores citados simultaneamente

Sempre os autores são citados entre parênteses: (COSTA, 2000; MEDEIROS, 2002b;
TAVARES; GOMES, 2014)
116

4.4.5 Texto sem indicação de autoria ou responsabilidade

Muitas vezes, por exemplo, no caso de jornais ou revistas técnicas, os artigos não apresentam
explicitamente o autor. Caso um jornalista seja responsável pela matéria, mesmo que seja uma
matéria técnica, este profissional é considerado autor. Mas, não havendo autoria explícita, a
citação (e a referência) é feita pela primeira palavra do título do trabalho seguida de
reticências. Caso o título inicie com um artigo (definido ou indefinido) ou palavra
monossilábica, incluí-se o artigo na citação. Veja os exemplos 4.34.

EXEMPLO 4.34 — citação pelo título por não haver autor indicado explicitamente

Se o título do trabalho sem autoria explícita é "Impermeabilização de terraços: soluções


disponíveis no mercado", a citação será (IMPERMEABILIZAÇÃO..., 2001) ou
Impermeabilização... (2001).

Se o título do trabalho sem autoria explícita é "A impermeabilização de terraços: soluções


disponíveis no mercado", a citação será (A IMPERMEABILIZAÇÃO..., 2001) ou A
Impermeabilização... (2001).

Nestes casos, ao invés de no texto, quando a citação faz parte da frase, serem utilizadas
introduções como: Segundo Impermeabilização... (2001), [...], pois não se trata de pessoa
física ou jurídica, é indicado utilizar: Em Impermeabilização... (2001, p. 4) ou no artigo
Impermeabilização (2001, p. 4). Preferencialmente se usa a indicação da fonte entre
parênteses: (IMPERMEABILIZAÇÃO..., 2001).
117

5 REFERÊNCIAS DE DOCUMENTOS CITADOS

Complementando as citações realizadas no texto do trabalho, as referências proporcionam ao


leitor a possibilidade de verificar, detalhadamente, quais são as obras consultadas para sua
composição. Todos os aspectos relativos as referências são expostos nos próximos itens.

5.1 ASPECTOS GERAIS

As referências nos documentos devem ser elaboradas segundo as regras da NBR 6023
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002b). A Norma indica que a
referência é o conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento,
que permite sua identificação individual. É, portanto, o agrupamento de informações
necessárias para identificar, de forma adequada, a obra indicada no texto através de uma
citação (fonte) de tal maneira que o leitor possa efetuar a busca e localização da obra, se for
de seu interesse. Isto significa que, se o autor do novo texto pesquisou em determinada
obra, mas não fez nenhuma citação de informações desse material, a obra pesquisada não
fará parte das referências. Somente as obras citadas no texto constam da lista de referências.

Os elementos componentes de uma referência são classificados em essenciais e


complementares. Os essenciais são as informações indispensáveis à identificação do
documento citado. Os complementares são as informações que, acrescentadas aos elementos
essenciais, permitem melhor caracterizar o documento. Os elementos essenciais e
complementares são retirados do próprio documento, mas se isso não for possível,
utilizam-se outras informações, indicando-se os dados assim obtidos entre colchetes
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002b).

A Norma ainda indica que as referências aparecem:

a) antecedendo resumos17, resenhas18 ou recensões19. Nesses casos, a referência é


do texto tratado no resumo, resenha ou recensão. No caso do resumo dentro de
um trabalho, não há a indicação da sua referência;

17
resumos: apresentação concisa do conteúdo de um texto que visa a esclarecer o leitor sobre a conveniência de
consultar o texto integral.
118

b) num trabalho, em lista de referências, podendo estar no fim de texto como um


todo ou no final de cada capítulo, ou em notas de rodapé.

No caso do TCC todas as referências dos trabalhos citados no texto, que foram consultados
diretamente, serão apresentadas numa lista única no final do trabalho. Em notas de rodapé,
serão indicadas as referências de trabalhos que foram citados por citação de citação,
utilizando apud, permanecendo na lista no final do trabalho as referências dos trabalhos lidos
diretamente. Um trabalho indicado por citação de citação não poderá, no mesmo TCC, estar
na lista de referências por ter sido, também, lido diretamente. Neste caso, ao encontrar a obra,
inicialmente indicada por citação de citação, a informação deve ser lida diretamente no
trabalho do respectivo autor e o apud deve ser retirando.

As referências indicadas nas notas de rodapé (citação de citação utilizando o termo latino
apud) serão aquelas que não foram consultadas diretamente porque não foi possível acessar
este documento. Independente da sua posição no texto, lista ou nota de rodapé, ou do tipo de
material, consultado diretamente ou não, as referências devem seguir rigorosamente as regras
para a sua composição.

Algumas vezes, ao buscar a referência indicada pelo autor consultado diretamente para a obra
por ele citada, esta referência não está completa ou está incorreta. Deve-se neste caso buscar
encontrar os dados que faltam e, caso essas sejam encontradas, pode-se completar a referência
(os dados encontrados da obra que não constam no trabalho consultado devem ser incluídas
entre colchetes), pois na apresentação do novo trabalho, as referências devem estar completas
e corretas. Caso não seja possível identificar todos os dados para compor a referência na nota
de rodapé, deve-se substituir a referência por uma explicação. Veja o exemplo 5.1.

EXEMPLO 5.1 − explicação em nota de rodapé de obra citada em citação de citação cuja
referência na obra consultada não está completa

O estado do Rio Grande do Sul, no mercado imobiliário brasileiro, encontra-se entre os cinco
mais ativos (SILVA; GOMES, 201320 apud RODRIGUES, 2015)

18
resenhas: descrição pormenorizada, relato detalhado sobre um trabalho.
19
recensões: apreciação breve de um texto.
20
O autor lido indica que essas informações foram colhidas na obra de Silva e Gomes, de 1997, com título O
Mercado Imobiliário Brasileiro, mas não apresenta as demais informações dessa obra.
119

5.2 REGRAS GERAIS PARA CRIAÇÃO DE REFERÊNCIAS

São regras gerais para a criação de referências da NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS, 2002b) são:

a) elementos essenciais e complementares: apresentados em sequência


padronizada em cada referência, em função do tipo de documento consultado;
b) as referências são organizadas em ordem alfabética na lista;
c) alinhamento somente à margem esquerda e de forma que, facilmente, cada
documento na lista de referências seja identificado: uso de espaço simples ao
longo de cada referência e espaço duplo (espaçamento = 12 pontos depois)
entre as referências (usar estilo referência). Quando em nota de rodapé:
alinhar, a partir da segunda linha da mesma referência, abaixo da primeira letra
da primeira palavra, de forma a destacar o expoente (usar estilo texto nota de
rodapé). Não deixar linhas em branco entre as notas de rodapé;
d) escolha de um recurso tipográfico (negrito, grifo ou itálico) para destacar o
elemento que deve ser destacado em cada referência. Uma vez escolhido, deve
ser uniforme em todas as referências do trabalho que o autor estiver
escrevendo. Será usado no TCC o negrito para destaque;
e) se título é utilizado como elemento de entrada, não usar negrito no título. O
destaque é feito pelo uso de letras maiúsculas na primeira palavra, aquela que
foi utilizada na citação, acompanhada ou não o artigo ou palavra monossilábica
que a antecede, conforme o caso;
f) manutenção, numa mesma lista padronizada, dos mesmos princípios para os
vários componentes da referência, ou seja, deve-se escolher uma das opções
existentes e adotá-la para todo o conjunto de referências de um trabalho para,
- pré-nomes dos autores: abreviados ou por extenso, mas, numa lista na qual se
optou por usar pré-nomes abreviados, pode haver, como exceção, os casos
nos quais os nomes são indicados por extenso na citação para diferenciar os
autores;
- uso de elementos complementares, como, por exemplo, o número de páginas
de cada documento, nos casos nos quais esse elemento é complementar (ex.:
livro): incluir ou não. Não se enquadram nesse caso os tipos de documentos
nos quais essa indicação faz parte dos elementos essenciais, sendo, portanto,
obrigatório.
120

5.3 TRANSCRIÇÃO DOS ELEMENTOS COMPONENTES DE UMA


REFERÊNCIA DE UM DOCUMENTO

Deve-se observar como cada um dos elementos componentes de uma referência deve ser
considerado, segundo as regras da NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2002b), levando-se em conta as variações existentes em relação a eles nos tipos
de documentos pesquisados. Serão tratadas as particularidades referentes a:

a) autoria;
b) título e subtítulo;
c) edição;
d) local;
e) editora;
f) data;
g) descrição física.

5.3.1 Autoria

Considera-se autor a pessoa física responsável pela criação do conteúdo intelectual ou


artístico de um documento. Pode-se ter também o autor entidade, que são as instituições,
organizações, empresas, comitês, comissões, eventos, entre outros, responsáveis por
publicações em que não se distingue autoria pessoal. Quando a entidade com denominação
genérica é autora, será substituída, como autor, pela denominação do órgão superior de nome
específico ou unidade geográfica à qual pertence. Caso a denominação seja específica, mesmo
sendo vinculada a um órgão superior, usa-se a denominação específica. Se há duplicidade
dessa denominação específica, acrescenta-se, entre parênteses a unidade geográfica que
identifica a jurisdição (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002b).
Veja exemplos 5.2 a 5.5.6

EXEMPLO 5.2 − autor pessoa física

ARAÚJO, J. M. Curso de Concreto Armado. 2. ed. Rio Grande: Dunas, 2003. v. 1.


121

EXEMPLO 5.3 − autor empresa

GERDAU SA. Vergalhão Gerdau GG 50. Porto Alegre, 2015. Disponível em:
<http://www.gerdau.com/br/pt/produtos/vergalhao-gerdau-gg-50#ad-image-0>. Acesso em:
21 ago. 2015.

EXEMPLO 5.4 − autor entidade de nome genérico vinculada


à alguma instância governamental

BRASIL. Casa Civil. Subchefia de Assuntos Jurídicos. Lei n. 4.591, de 16 de dezembro de


1964. Dispões sobre o condomínio em edificações e as incorporações imobiliárias. Brasília,
1964. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/LEIS/L4591.htm>. Acesso em:
21 ago. 2015.

EXEMPLO 5.5 − autor entidade de nome específico vinculada à alguma instância


governamental com possibilidade de duplicidade do nome

EMPRESA PÚBLICA DE TRANSPORTE E CIRCULAÇÃO (Porto Alegre). Plano Diretor


de Mobilidade Urbana. Porto Alegre, 2014.

EXEMPLO 5.6 − autor entidade de nome específico

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Demográfico 2010.


Rio de Janeiro, 2011. Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/>. Acesso em: 21 ago. 2015.

Desta forma, considera-se autor a pessoa ou entidade, conjunto de pessoas ou entidades,


responsáveis pela obra. Assim, para respeitar a indicação de que o autor não deve estar
repetido na lista de referências, quando o autor for o mesmo para várias publicações,
colocam-se as referências com mesma autoria em ordem cronológica (da mais antiga para a
mais nova), a primeira aparece de forma completa e, as demais têm a autoria substituída, por
5 x underline seguido de ponto (_____.) (exemplo 5.7). Quando o autor é entidade com
denominação genérica, estando sua denominação precedida pela do órgão superior ou
jurisdição geográfica a qual pertence, independente dos demais órgãos hierárquicos
envolvidos na autoria, sua denominação é substituída por 5 x underline (exemplo 5.8).
122

EXEMPLO 5.7 − mesmo autor em várias obras

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e


documentação – citações em documentos – apresentação. Rio de Janeiro, 2002a.

_____. NBR 6023: informação e documentação – referências – elaboração. Rio de Janeiro,


2002b.

_____. NBR 14724: informação e documentação – trabalhos acadêmicos – apresentação. Rio


de Janeiro, 2011a.

_____. NBR 15287: informação e documentação – projeto de pesquisa – apresentação. Rio de


Janeiro, 2011b.

EXEMPLO 5.8 − autor entidade de nome genérico


vinculado a instância governamental

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n.
8.987, de 13 de fevereiro de 1995. Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da
prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras
providências. Brasília, DF, 1995. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8987cons.htm>. Acesso em: 15 jan. 2011.

_____. Presidência da República. Secretaria de Comunicação de Governo. Direitos


Humanos: novo nome da liberdade e democracia. Brasília, DF, 1995. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4591.htm>. Acesso em: 18 ago. 2011.

Assim, para demais particularidades relativas à autoria é conveniente dividi-las em dois


grandes grupos, ou seja, autor pessoa física e autor entidade. Esses dois tipos gerais de autoria
são detalhados a seguir.

5.3.1.1 Autor pessoa física

O autor, quanto se tratar de uma ou várias pessoas físicas, deve ser indicado, de modo geral,
pelo último sobrenome, em maiúsculas, seguido por vírgula e, então seguido do(s) pré-
nome(s) e outros sobrenomes, abreviado(s) ou não. Os nomes das várias pessoas devem ser
separados por ponto-e-vírgula, seguido de espaço Deve-se ter cuidado em relação a forma
como se deve abreviar os pré-nomes: se Alexandre de Oliveira da Silva, a forma abreviada
será: SILVA, A. de O. da. (exemplos 5.9 e 5.10).
123

EXEMPLO 5.9 − autor pessoa física − 1 autor

ARAÚJO, J. M. Curso de Concreto Armado. 2. ed. Rio Grande: Dunas, 2003. v. 1.

EXEMPLO 5.10 − autor pessoa física − 2 autores

LEONHARDT, F.; MÖNNIG, E. Construções de concreto: princípios básicos do


dimensionamento de estruturas de concreto armado. 1. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 1977
(reimpressão 1979). v. 1.

Apesar da NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002)


indicar que quando existirem mais de dois autores, pode-se indicar apenas o primeiro,
acrescentando-se a expressão et al. (como é feito, obrigatoriamente, nas citações), nos TCC
mencionar, obrigatoriamente, os nomes de todos os autores nas referências. Isso é
importante porque, muitas vezes não se sabe exatamente qual é, entre os autores do
documento, o mais destacado na área de conhecimento e que, por esse motivo, dá maior
credibilidade ao trabalho. Um exemplo disto é o de artigo escrito por orientandos de um
pesquisador, nos quais, muitas vezes, o nome do pesquisador é o último a ser citado no
trabalho. Veja exemplo 5.11.

EXEMPLO 5.11 − autor pessoa física − mais de 2 autores

BERNUCCI, L. B.; MOTTA, L. M. G. da; CERATTI, J. A. P.; SOARES, J. B.


Pavimentação Asfáltica: formação básica para engenheiros. Rio de Janeiro: ABEDA, 2008.

Quando houver, explicitamente, indicação de responsabilidade pelo conjunto da obra, em


coletânea de vários autores, a entrada deve ser feita pelo(s) nome(s) do responsável(is),
seguida, entre parênteses, pela abreviação do tipo de participação (exemplo 5.12). Caso a
citação não deve se referir a obra como um todo, mas a um capítulo que tem seu autor em
particular, a referência deverá ser feita como capítulo de livro. As abreviaturas utilizadas são::

a) organizador (Org.);
b) compilador (Comp.);
c) editor (Ed.);
d) coordenador (Coord.).
124

EXEMPLO 5.12 − autor pessoa física responsável pelo todo como editor

ISAIA, G. C. (Ed.). Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia


de Materiais. São Paulo: Ibracon, 2007. v. 2.

Quando a obra apresenta, por exemplo, tradutor, revisor, ilustrador, e deseja-se esta indicação
na referência (elemento complementar, logo não é obrigatório), esta é feita após o título
indicando.Veja exemplos 5.13.

EXEMPLO 5.13 − indicação de dados complementares como


responsáveis por tradução ou ilustração

STUART, R. Planejamento de obras. Tradução de Paulo José Andrade. São Paulo: ABC,
1999.

GOMES, H. O projeto arquitetônico e a sustentabilidade. Ilustrações de Paulo da Silva.


Rio de Janeiro: Renascer, 2000.

Se o autor é desconhecido, a entrada da referência (e da citação) é feita pelo título. Na


referência, a primeira palavra do título é grafada em sua totalidade em letras maiúsculas. Se o
título inicia por artigo (definido ou indefinido) ou palavra monossilábica esta acompanha a
primeira palavra. São apresentados casos no exemplo 5.14.

EXEMPLO 5.14 − sem autor explícito, entrada pelo título

IMPERMEABILIZAÇÃO de terraços: soluções disponíveis no mercado. Folha de São


Paulo, São Paulo, p. 4, 2 ago. 2001.

ou

A IMPERMEABILIZAÇÃO de terraços: soluções disponíveis no mercado. Folha de São


Paulo, São Paulo, p. 4, 2 ago. 2001.

5.3.1.2 Autor entidade

Sempre que o autor de um trabalho citado não se tratar de uma pessoa física, mas de uma
entidade, como órgãos governamentais, empresas, associações, congressos, seminários, a
entrada da referência é feita pela denominação da entidade: por extenso (não podem ser
125

empregadas siglas) e grafado em letras maiúsculas. Inclui-se, quando for o caso, a


característica jurídica da empresa (SA ou Ltda., por exemplo). Veja exemplo 5.15.

EXEMPLO 5.15 − autor entidade

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e


documentação – referências – elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

Se a entidade tem uma denominação genérica, esta é precedida pela denominação do órgão
superior ou pelo nome da jurisdição geográfica à qual pertence (exemplos 5.16)

EXEMPLO 5.16 − autor entidade vinculada a instância governamental com nome genérico

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n.
8.987, de 13 de fevereiro de 1995. Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da
prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras
providências. Brasília, DF, 1995. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8987cons.htm>. Acesso em: 15 jan. 2011.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Saúde. Departamento de Estatística. A situação da


saúde no estado de São Paulo. São Paulo, 2000.

Nesse caso especificamente há o esclarecimento que se trata do estado de São Paulo, pois
poderia ser o município e não haveria maneira de fazer a distinção.

Se a entidade tem uma denominação específica que a identifica, mesmo sendo vinculada a
um órgão maior, a entrada é feita diretamente pela sua denominação (exemplo 5.17).

EXEMPLO 5.17 − autor entidade vinculada a instância governamental com nome específico

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. O Brasil frente ao Problema


Ambiental. Brasília, DF, 2000. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/conama/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=78>. Acesso
em: 4 maio 2010.

Em caso de duplicidade de nomes, deve-se acrescentar no final, entre parênteses, a unidade


geográfica que identifica a jurisdição (exemplo 5.18).
126

EXEMPLO 5.18 − autor entidade vinculada a instância governamental


com nome específico com duplicidade

DEPARTAMENTO ESTADUAL DE ESTRADAS DE RODAGEM (Rio Grande do Sul).


Relatório da manutenção de estradas. Porto Alegre.

Quando houver, explicitamente, indicação de responsabilidade da entidade pelo conjunto da


obra, em coletânea de vários autores, a entrada deve ser feita pelo nome da entidade, seguida,
entre parênteses, pela abreviação do tipo de participação (exemplo 5.19):

a) organizador (Org.);
b) compilador (Comp.);
c) editor (Ed.);
d) coordenador (Coord.).

EXEMPLO 5.19 − autor entidade responsável pelo todo como organizador

INSTITUTO MINEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA (Org.).


Fundamentos de avaliações patrimoniais e perícias de engenharia: curso básico do
IMAPE. São Paulo: Pini, 1998.

5.3.2 Título e subtítulo

A NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002b) indica que


o título e subtítulo devem ser apresentados como estão no documento, separados por dois
pontos. Em casos de títulos e subtítulos muito longos, podem ser suprimidas as últimas
palavras (indicar a retirada da parte por reticências), desde que isto não altere o seu sentido –
apesar desta indicação, muito raramente se faz essa supressão. Quando não houver título,
deve-se atribuir um título que identifique o conteúdo do documento, entre colchetes.

Quando o título aparecer em mais de um idioma, se faz o registro do primeiro, mas, pode-se
registrar o segundo, usando o sinal de igualdade para os separar.
127

5.3.3 Edição

Somente alguns tipos de documentos tem a necessidade de indicar edição. A NBR 6023
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002b) destaca que, quando há
indicação de edição, “[...] esta deve ser transcrita, utilizando-se abreviaturas dos numerais
ordinais e da abreviatura da palavra edição, ambas na forma adotada no idioma do
documento.” (quadro 1). De maneira geral, quando não há indicação de edição em obra para a
qual normalmente é indicada a edição, muitas vezes é porque se trata da primeira. Nesses
casos, isso não é destacado na referência, pois pode não ser só a primeira, como a única.

Sempre que for informado que a edição tem emendas e acréscimos, isto deve ser indicado de
forma abreviada. Por exemplo: 6. ed. rev. e aum.

Quadro 1 – Abreviaturas dos números ordinais em português e inglês


PORTUGUÊS INGLÊS
número ordinal por extenso abreviado número ordinal por extenso abreviado
Primeira 1. first 1st
Segunda 2. second 2nd
Terceira 3. third 3rd
quarta  vigésima 4.  20. fourth  twentieth 4th 20th
vigésima primeira 21. twenty-first 21st
vigésima segunda 22. twenty-second 22nd
vigésima Terceira 23. twenty-third 23rd
vigésima quarta 24. twenty-fourth 24th
Trigésima 30. thirtieth 30th

(fonte: elaborada pela autora)

5.3.4 Local

O nome do local, sendo sempre entendido como a identificação da cidade na qual ocorre a
publicação, deve ser indicado tal como está registrado no documento. Assim, o nome da
cidade não pode ser substituído pelo nome do país no qual a cidade se localiza, por
exemplo. Mas, quando a cidade não é muito conhecida, pode-se complementar com a
128

indicação do país, preferencialmente na sua forma abreviada (ver exemplo 5.21). No caso de
homônimos de cidades, acrescenta-se o nome do estado ou país para não gerar dúvidas
(exemplo 5.20).

EXEMPLO 5.20 – uso da abreviatura de estado ou país, por ser desconhecida a localidade
ou por existirem cidades com mesmo nome

Little Rock, USA


Viçosa, AL // Viçosa, MG // Viçosa, RJ
Cambridge, UK // Cambridge, USA

A Norma ainda indica que “Quando houver mais de um local para uma só editora, indica-se o
primeiro ou o mais destacado.”. Além disso, indica que “Quando a cidade não aparece no
documento, mas pode ser identificada, indica-se entre colchetes.”. E, “Não sendo possível
determinar o local, utiliza-se a expressão Sine loco, abreviada, entre colchetes [S. l.]”
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002b, p. 16, grifo nosso).

5.3.5 Editora

Segundo a NBR 6023, o nome da editora deve ser reproduzido como consta na obra, mas
deve-se suprimir “[...] palavras que designam a natureza jurídica ou comercial, desde que
sejam dispensáveis para identificação.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2002b, p. 16). No caso das editoras das universidades, como exceção, deve
aparecer a indicação de editora para não haver confusão com trabalhos publicados na
instituição. Veja exemplo 5.21.

A Norma ainda indica que, caso a edição seja responsabilidade de duas editoras, ambas
devem ser indicadas, com seus respectivos locais, mas sendo três ou mais, indicar a que
aparece em primeiro lugar ou maior destaque na folha de rosto. Se forem citadas outras
editoras, estas podem ser registradas com os respectivos lugares, separadas por ponto-e-
vírgula.

Quando a editora não é identificada, deve-se indicar a expressão sine nomine, abreviada,
entre colchetes [s. n.]. Quando o local e a editora não puderem ser identificados na
publicação, utilizam-se ambas as expressões, abreviadas e entre colchetes [S. l.: s. n.].
129

Quando a editora é a mesma instituição responsável pela autoria e já tiver sido mencionada,
não é indicada novamente. Um exemplo disto é a Associação Brasileira de Normas Técnicas
que tanto é autora como responsável pela edição das normas técnicas.

EXEMPLO 5.21 – apresentação da editora na referência

Não usar palavras que indicam natureza jurídica da empresa:


Editora Atlas SA  somente Atlas

Nas editoras das universidades, verificar se fica clara a qual universidade diz respeito:
Editora da Universidade  Editora da Universidade/UFRGS

Caso se tenham duas editoras indicadas:


São Paulo: Pini; Rio de Janeiro: IBGE

5.3.6 Data

A data da publicação deve ser mencionada em números arábicos. A Norma salienta que “Por
se tratar de elemento essencial para a referência, sempre deve ser indicada uma data, seja da
publicação, distribuição, do copirraite, da impressão, da apresentação (depósito) de um
trabalho acadêmico, ou outra.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2002b, p. 17). Se nenhuma destas datas puder ser identificada, ou deduzida, registra-se uma
data aproximada entre colchetes (ver exemplos 5.22). Casos, hoje em dia, muito comuns são
os dos materiais encontrados na internet, no quais raramente há indicação de data de
publicação, devendo ser utilizada como data, por exemplo, a data de acesso.
130

EXEMPLO 5.22 – apresentação da editora na referência

Um ano ou outro: [1971 ou 1972]

Data provável: [1969?]

Data certa não indicada no item: [1972]

Se desejar usar intervalos de tempo, devem ser menores de 20 anos: [entre 1906 e 1912]

Data aproximada: [ca.1960], onde ca. = circa = por volta de

Década certa: [197-]; década provável: [197-?]

Século certo: [18--]; século provável [18--?]

Caso existam duas datas, ambas devem ser indicadas, desde que seja mencionada a relação
entre elas. Se a data que é indicada é do copirraite, esta é indicada antecedida pela letra c.
Veja exemplo 5.23.

EXEMPLO 5.23 – apresentação de datas nas referências

Data da publicação = 1970, data da impressão = 1994: 1970 (impressão 1994)

Data do copyright: c2000

A Norma recomenda que, quando a publicação requer a indicação, além do ano, dos meses,
esses devem ser indicados de forma abreviada, no idioma original da publicação e não se
abreviam palavras de quatro ou menos letras (quadro 2). Se a publicação indicar, em lugar dos
meses, as estações do ano (indica-se, por exemplo, primavera 1999) ou as divisões do ano em
trimestres ou semestres (indica-se 2. sem. 1970, por exemplo), na referência é este tipo de
identificação da data deve ser registrada. Nesses últimos casos, estações do ano, semestres,
etc., também grafar no idioma da publicação.
131

Quadro 2 – Abreviaturas dos nomes dos meses nos vários idiomas

abreviaturas
meses
Português Inglês Espanhol Francês Italiano Alemão

janeiro jan. Jan. ene. janv. gen. Jan.

fevereiro fev. Feb. feb. févr. feb. Feb.

março mar. Mar. mar. mars mar. März

abril abr. Apr. abr. avril apr. Apr.

maio maio May mayo mai mag. Mai

junho jun. June jun. juin giug. Juni

julho jul. July jul. juil giugl. Juli

agosto ago. Aug. ago. aout ago. Aug.

setembro set. Sept. sept. sept. set. Sept.

outubro out. Oct. oct. oct. ott. Okt.

novembro nov. Nov. nov. nov. nov. Nov.

dezembro dez. Dec. dic. déc. dec. / dic. Dez.

(fonte: MEDEIROS, 1999, p. 174)

5.3.7 Descrição física

Em algumas referências são requeridas informações sobre a descrição física da obra


consultada. A forma como esses elementos devem ser incluídos nas referências é descrita a
seguir.

5.3.7.1 Paginação

Em muitas situações, em função do tipo de documento é elemento essencial alguma


informação sobre paginação. Deve-se reproduzir a informação conforme foi encontrada no
documento, por exemplo, letras, algarismos romanos, algarismos arábicos. Ao se indicar o
total de páginas, verificar se o documento tem impressão dos dois lados, pois caso não haja, se
usa a denominação folhas. O número de páginas é caracterizado por “p.” e o de folhas, por
“f.”. Quando a publicação não for paginada (Não paginado) ou a paginação for irregular
132

(Paginação irregular), indica-se essa característica após a data, no final da referência


(terminando a referência com ponto).

Deve-se lembrar que nas citações diretas em um trabalho a indicação da página na qual
se encontra tal citação no original é obrigatória. Assim, caso o documento não seja
paginado, sempre que for possível, deduzir números para as páginas, se faz essa “numeração”.
Assim, no caso da página não estar grafada, na citação, indica-se entre colchetes o número
suposto para a página da qual a citação foi retirada. Neste caso, obrigatoriamente na
referência aparece a indicação de não paginado. Veja exemplo 5.24.

EXEMPLO 5.24 – indicação de texto não paginado

JOHN, V. M.; BONIN, L. C. Princípios de um Sistema de Manutenção. In: SEMINÁRIO


SOBRE MANUTENÇÃO DE EDIFÍCIOS, 1988, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre:
UFRGS, 1988. Não paginado.

No caso de informações retiradas de sites da Internet, para os quais não existe versão para
impressão (que apresenta o conteúdo do site em páginas definidas), não é possível deduzir a
paginação para indicar na citação direta. Desta forma, na citação direta nenhuma
informação de paginação é indicada e a justificativa desta falta deve estar, na respectiva
referência, a que o documento é não é paginado.

5.3.7.2 Volume

Quando a obra, como por exemplo, um livro, é formado por uma única unidade física, isto é,
um único volume, pode-se, como elemento complementar, indicar o número total de páginas
ou folhas que este tem (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002b).
Veja exemplo 5.25.

EXEMPLO 5.25 – indicação do total de páginas de um livro

INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA DE SÃO


PAULO. Inspeção predial: check-up predial – guia da boa manutenção. 2. ed. São Paulo:
Universitária de Direito, 2009. 319 p.
133

Quando a obra é publicada em mais de um volume, pode-se mencionar isso ao final da


referência ou referencial os volumes em separado.. Para fazer uma única referência do
conjunto de volumes, esses devem ter sido publicados numa mesma data e devem ser a
paginação sequencial do primeiro ao último volume. Caso contrário, deve-se fazer a
referência por volume. veja os exemplos 5.26 e 5.27.

EXEMPLO 5.26 – indicação do total de volumes de uma obra

LEONHARDT, F. Construções de Concreto. 1. ed. (1. reimpr.). Rio de Janeiro: Interciência,


1979 (reimpr. 1981). 6 v.

EXEMPLO 5.27 – indicação do volume de uma obra referenciado isoladamente

LEONHARDT, F. Construções de Concreto: verificação da capacidade de utilização. 1. ed.


(1. reimpr.). Rio de Janeiro: Interciência, 1979 (reimpr. 1981). v. 4.

5.4 REGRAS PARA CRIAÇÃO DE REFERÊNCIAS EM FUNÇÃO DO


TIPO DE DOCUMENTO CONSULTADO

Para cada tipo de documento consultado os elementos essenciais que compõem as referências
são diferentes ou, algumas vezes, são os mesmos grafados de forma distinta. São citados aqui
somente os elementos essenciais para cada tipo de documento, pois somente esses serão
obrigatórios na lista de referências no TCC. Os tipos de documento incluídos também são
somente aqueles que são de uso mais frequente nos trabalhos da Engenharia Civil.

5.4.1 Monografia como um todo

Uma monografia é um item não seriado, isto é, item completo, constituído de uma só parte ou
que se pretende completar em um número preestabelecido de partes separadas. São exemplos
de monografias citadas no todo: livros, trabalhos acadêmicos (como por exemplo: trabalhos
de diplomação ou de especialização, dissertações de mestrado ou teses de doutorado),
manuais, guias, catálogos. A seguir são apresentados os formatos das referências de alguns
tipos de documentos referenciados desta maneira.
134

5.4.1.1 Livro

A referência de um livro, quando tem um autor responsável por todo o item, refere-se ao
livro como um todo, independente da parcela que foi efetivamente citada no texto. Deve-se
ressaltar que a edição do livro só é incluída se estiver explicitamente indicada no livro. No
exemplo 5.28, está de forma genérica esse tipo de referência e exemplos com e sem a
indicação de edição e com a indicação de volume.

EXEMPLO 5.28 – Modelo de referência para livros

SOBRENOME, I. N. I. Título destacado: subtítulo. n. ed. Local da edição: editora, data (ano)
da publicação.

O’BRIEN, J. A. Sistemas de Informação. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.

NOCEDAL, J.; WRIGHT, S. J. Numerical Optimization. 2nd ed. New York: Springer Verlag,
2006.

ALMEIDA, M. G.; ROSA, P. C. Internet, Intranets e Redes Corporativas. Rio de Janeiro:


Brasport, 2000.

LEONHARDT, F. Construções de Concreto: verificação da capacidade de utilização. 1. ed.


(1. reimpr.). Rio de Janeiro: Interciência, 1979 (reimpr. 1981). v. 4.

Deve-se lembrar, como explicado anteriormente, que a edição deve ser apresentada em
números ordinais. Em português, usa-se somente a indicação de pontos após o número para o
indicar como ordinal. Nas obras estrangeiras, para indicar edição, usar a abreviatura dos
números ordinais no idioma da obra (no quadro 1 está o caso do idioma inglês). Já para livros
com vários volumes, indica-se, no final da referência, qual o volume, caso tenha sido utilizado
um dos volumes especificamente.

5.4.1.2 Tese de Doutorado

A referência de uma tese de doutorado sempre indica o trabalho como um todo. Os dados
catalográficos, em sua maioria, devem ser pesquisados na folha de rosto do trabalho. Usa-se n
f. para indicar o número de folhas total do trabalho (por exemplo: 85 f.), quando o trabalho
acadêmico é impresso de um só lado da folha (forma tradicional). Caso a impressão tenha
sido feita nos dois lados da folha, usa-se n p. (por exemplo: 99 p.), ou seja, número de
135

páginas. O número de folhas ou páginas deve ser o grafado na última página do trabalho ou o
último que foi grafado acrescentando-se o número de folhas ou páginas de apêndices e anexos
que por ventura não foram numeradas ou usaram outra forma de numeração. A data da defesa
é a que aparece na folha de rosto e, a da homologação, a que aparece na folha de aprovação.
Caso haja só uma data assume-se esta para as duas situações. Veja, no exemplo 5.29, a forma
genérica desse tipo de referência e um exemplo.

EXEMPLO 5.29 – Modelo de referência para teses de doutorado

SOBRENOME, I. N. I. Título destacado: subtítulo. data (= ano da defesa). n f. Tese


(Doutorado em indicar área do conhecimento) – Curso de Pós-Graduação ou Faculdade,
Universidade, local onde Universidade está estabelecida, data (= data da homologação).

SCHMITT, C. M. Por um modelo integrado de sistema de informações para a


documentação de projetos de obras de edificação da indústria da construção civil. 1998.
318 f. Tese (Doutorado em Administração) – Programa de Pós-Graduação em Administração,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1998.

5.4.1.3 Dissertação de Mestrado

A referência de uma dissertação de mestrado sempre indica o trabalho como um todo. Os


dados catalográficos, em sua maioria, devem ser pesquisados na folha de rosto do trabalho.
Da mesma maneira como foi exposto para o caso da tese de doutorado, opta-se por indicar n f.
quando o trabalho acadêmico é impresso de um só lado da folha ou n p., caso a impressão
seja dos dois lados da folha. O número de folhas ou páginas deve ser o grafado na última
página do trabalho ou o último que foi grafado acrescentando-se o número de folhas ou
páginas de apêndices e anexos que por ventura não foram numeradas ou usaram outra forma
de numeração. A data da defesa é a que aparece na folha de rosto e, a da homologação, a que
aparece na folha de aprovação. Caso haja só uma data assume-se esta para as duas situações.
Veja, no exemplo 5.30, a forma genérica desse tipo de referência e um exemplo.
136

EXEMPLO 5.30 – Modelo de referência para dissertações de mestrado

SOBRENOME, I. N. I. Título destacado: subtítulo. data (= ano da defesa). n f. Dissertação


(Mestrado em indicar área do conhecimento) – Curso de Pós-Graduação ou Faculdade,
Universidade, local onde Universidade está estabelecida, data (= ano da homologação).

FONTENELLE, E. C. Estudos de caso sobre a gestão do projeto em empresas de


incorporação e construção. 2002. 369 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Escola
Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.

5.4.1.4 Trabalho de Diplomação

A referência de um trabalho de diplomação sempre indica o trabalho como um todo. Os


dados catalográficos, em sua maioria, devem ser pesquisados na folha de rosto do trabalho.
Da mesma maneira como foi exposto para os casos de tese de doutorado e dissertação de
mestrado, opta-se por indicar n f., quando o trabalho acadêmico é impresso de um só lado da
folha, ou n p., caso a impressão seja dos dois lados da folha. O número de folhas ou páginas
deve ser o grafado na última página do trabalho ou o último que foi grafado acrescentando-se
o número de folhas ou páginas de apêndices e anexos que por ventura não foram numeradas
ou usaram outra forma de numeração. A data da defesa é a que aparece na folha de rosto e, a
da homologação, a que aparece na folha de aprovação. Caso haja só uma data assume-se esta
para as duas situações. Veja, no exemplo 5.31, a forma genérica desse tipo de referência e um
exemplo.

EXEMPLO 5.31 – Modelo de referência para TCC

SOBRENOME, I. N. I. Título destacado: subtítulo. data (= ano da defesa). n f. Trabalho de


Diplomação (Graduação em indicar área do conhecimento) – Curso de Graduação ou
Faculdade, Universidade, local onde Universidade está estabelecida, data (= ano da
homologação).

GERHARD, F. C. Avaliação da Eficácia de Sistemas de Planejamento e Controle da


Produção. 2008. 98 f. Trabalho de Diplomação (Graduação em Engenharia Civil) –
Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, 2008.
137

5.4.2 Parte de uma monografia

Quando o autor do novo texto restringe a sua pesquisa a uma parte específica de uma
monografia, ele tem a opção de fazer a referência somente da parte consultada. Quando a
monografia é de um único autor, ainda que o texto lido seja só o de um capítulo, por exemplo,
se faz a referência da obra como um todo. Por outro lado, é recomendado que sempre seja
elaborada pelas partes as referências de obras que tiverem autor e título próprios por capítulo.
No final da referência, deve-se informar a paginação ou outra forma de individualizar a parte
referenciada. Quando se trata de obra que tem um autor para cada parte, normalmente existem
pessoas responsáveis pelo todo que são denominadas editores, organizadores, coordenadores
ou copiladores, por exemplo, e este tipo de responsabilidade sobre a obra deve ser citada. O
caso mais comum é o de capítulo de um livro. Veja, no exemplo 5.32, a forma genérica
desse tipo de referência e um exemplo.

EXEMPLO 5.32 – Modelo de referência para capítulo de livro

SOBRENOME (autor da parte), I. N. I. Título da parte sem destaque: subtítulo. In:


SOBRENOME, I. N. I. (tipo de participação abreviada). Título destacado: subtítulo. n. ed.
Local: editora, data da publicação. p. página inicial-página final.

SOLLERO FILHO, M.; CANÇADO, J. M. M. Avaliação de imóveis urbanos. In:


INSTITUTO MINEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA (Org.).
Fundamentos de avaliações patrimoniais e perícias de engenharia: curso básico do
IMAPE. São Paulo: Pini, 1998. p. 173-209.

Deve-se salientar que se o autor da parte for o mesmo do item todo, a informação não é
repetida na referência. Usa-se 5 x underline substituindo o nome deste como responsável pelo
todo. Veja, no exemplo 5.33, a forma genérica desse tipo de referência e um exemplo.

EXEMPLO 5.33 – Modelo de referência para capítulo de livro,


com autor da parte igual ao responsável pelo todo

SOBRENOME (autor da parte), I. N. I. Título da parte sem destaque : subtítulo. In: _____
(tipo de participação abreviada). Título destacado: subtítulo. n. ed. Local: editora, data da
publicação. p. página inicial-página final.

SILVA, M. A. C. Importância da gestão da qualidade na construção civil. In: _____ (Coord.).


Construção Civil: sistemas de qualidade. São Paulo: Atlas, 2007. p. 91-107.
138

5.4.3 Monografia como um todo ou parte de uma monografia acessada em


meio eletrônico

Quando o acesso é por meio eletrônico, os elementos essenciais são os mesmos citados nos
itens anteriores, mas se deve acrescentar a descrição física do meio ou suporte ou, se tratando
de obras consultadas online, são essenciais as informações sobre o endereço eletrônico,
apresentado-as entre os sinais < >, precedido da expressão “Disponível em:” e a data
completa de acesso ao documento, precedida da expressão “Acesso em:”. Não se recomenda
referenciar material eletrônico de curta duração na Internet.

Assim, elabora-se a referência como foi exemplificado anteriormente e acrescenta-se:

a) se em CD-ROM: n CD-ROM. – onde n = número de CD disponibilizados. Veja


exemplo 5.34;
b) se o material está disponível em site acrescentar: Disponível em: <endereço
completo do site>. Acesso em: dd mmm. aaaa. Mas deve-se ter o cuidado sobre
a forma de acessar o documento, pois o endereço eletrônico pode,
- levar diretamente ao documento (veja exemplo 5.35);
- não levar diretamente ao documento. Quando não há endereço que leva
diretamente ao material sugere-se que seja indicado o endereço do site, que
possibilita o acesso mais próximo, e, em nota de rodapé, indicar os passos
seguintes (veja exemplo 5.36).

EXEMPLO 5.34 – Modelo de referência para monografia disponível num CD

SAUTCHUK, C.; FARINA, H.; HESPANHOL, I.; OLIVEIRA, L. H. de; COSTI, L. O.;
ILHA, M. S. de O.; GONÇALVES, O. M.; MAY, S.; SCHMIDT, W. Conservação e reuso da
água em edificações. São Paulo: Sinduscon-SP, 2005. 1 CD.

EXEMPLO 5.35 – Modelo de referência para monografia disponível na internet


com acesso direto ao documento

FONTENELLE, E. C. Estudos de caso sobre a gestão do projeto em empresas de


incorporação e construção. 2002. 369 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Escola
Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002. Disponível em:
<http://www.planoauditoria.com.br/site/download/110908_GestaoEmpreendimetntos.pdf>.
Acesso em: 14 set. 2015.
139

EXEMPLO 5.36 – Modelo de referência para monografia disponível na internet


sem acesso direto ao documento

SCHMITT, C. M. Por um modelo integrado de sistema de informações para a


documentação de projetos de obras de edificação da indústria da construção civil. 1998.
318 f. Tese (Doutorado em Administração) – Programa de Pós-Graduação em Administração,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1998. Disponível em:
<http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/2234>21. Acesso em: 14 set. 2015.

5.4.4 Publicação periódica

Uma publicação periódica é aquela publicada “[...] em qualquer tipo de suporte, editada em
unidades físicas sucessivas, com designações numéricas e/ou cronológicas e destinada a ser
continuada indefinidamente (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2002b). São exemplos de publicações periódicas a serem referenciadas: fascículo ou número
de revista, número de jornal na íntegra ou matéria em um número, volume ou fascículo de
periódico (artigos científicos de revistas, editoriais, matérias jornalísticas, seções,
reportagens). Quanto à data de publicação, se for necessário indicar mês, esse deve ser
indicado de forma abreviada segundo as regras do idioma de publicação do material (ver
quadro 2). O caso mais comum é o do artigo em revista. Veja o exemplo 5.37.

EXEMPLO 5.37 – Modelo de referência para artigo em revista

SOBRENOME, I. N. I. Título do artigo sem destaque: subtítulo. Título destacado do


periódico: subtítulo, Local, v. n, n. x, p. página inicial-página final, data da publicação.

AUSTIN, S.; BALDWIN, A.; NEWTON, A. Manipulating the flow of design information to
improve the programming of building design. Construction Management and Economics,
Reading, v. 12, n. 5, p. 445-455, Sept. 1994.

Se o artigo estiver disponível em meio eletrônico, devem ser indicados todos os elementos
anteriormente indicados e acrescentar dados sobre a forma de acesso. Veja o exemplo 5.38.

21
estando no site <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/2234>, localize na parte final da página a indicação
<visualizar/abrir>: selecione para abrir o documento.
140

EXEMPLO 5.38 – Modelo de referência para artigo em revista

SOBRENOME, I. N. I. Título do artigo sem destaque: subtítulo. Título destacado do


periódico: subtítulo, Local, v. n, n. x, p. página inicial-página final, data da publicação.
Disponível em: <endereço completo do site>. Acesso em: dd mmm. aaaa.

KOCUR, G. K.; VOGEL, T. Classification of the damage condition of preloaded reinforced


concrete slabs using parameter-based acoustic emission analysis. Construction and Building
Materials, Amsterdam, v. 24, n. 12, p. 2331-2684, Dec. 2010. Dispoível em:
<http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0950061810002199>. Acesso em: 5 mar.
2011.

Existem nos artigos formas de apresentar os dados necessários para elaborar a sua referência
que podem não ser facilmente compreendidos. Por exemplo, ao se verificar no cabeçalho ou
no rodapé do artigo a indicação: Cerâmica Industrial, 6 (3) maio/junho, 2001, deve-se
considerar que:

a) Cerâmica Industrial = nome do periódico;


b) 6 = volume;
c) (3) = número;
d) maio/junho 2001 = data de publicação.

5.4.5 Boletim ou Caderno Técnico

Boletins ou Cadernos Técnicos não são tratados como periódicos. A referência é como a
de um livro e acrescenta-se após a data de publicação a denominação do boletim e seu
respectivo número. Veja o exemplo 5.39.

EXEMPLO 5.39 – Modelo de referência boletim técnico

SOBRENOME, I. N. I. Título destacado: subtítulo. Local da edição: editora, data da


publicação. Indicar nome do boletim ou caderno técnico n. indicar número.

MARTINELLI, F. A.; HELENE, P. R. L. Usos, funções e propriedades das argamassas


mistas destinadas ao assentamento e revestimento de alvenarias. São Paulo: EPUSP,
1991. Boletim Técnico PCC n. 47.
141

5.4.6 Trabalho apresentado em evento

Quando o trabalho pesquisado foi apresentado em algum evento, faz parte, na maior parte dos
casos, dos Anais22 (sempre no plural!) deste evento (ou, em inglês, dos Proceedings). Existem
outras maneiras de denominar publicações de eventos em função do tipo de material
publicado. Nos exemplos a seguir isto é indicado. Em função de como o trabalho foi incluído
no documento final do evento existem pequenas particularidades nas referências e, portanto,
estas são apresentadas nos próximos itens.

5.4.6.1 Resumo de trabalho em evento quando disponível em publicação impressa

A referência do resumo de um trabalho apresentado em uma publicação impressa própria para


resumos do evento indica que se trata de livro de resumos, não de anais. Veja exemplo 5.40.

EXEMPLO 5.40 – Modelo de referência para artigo em evento


publicado em livro de resumos impresso

SOBRENOME, I. N. I. Título do trabalho sem destaque: subtítulo. In: NOME DO EVENTO,


n. (número ordinal da edição do evento), ano, local. Resumos... Local: editora, data da
publicação. p. página inicial-página final (ou indicação – Não paginado).

NOVAES, C. C. Qualidade na habitação: o papel da coordenação de projetos. In:


ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 6., 1995,
Rio de Janeiro. Resumos... Rio de Janeiro: Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente
Construído, 1995. p. 85.

5.4.6.2 Trabalho em anais de evento quando disponível em publicação impressa

A referência de trabalho publicado em anais de evento (verificar denominação indicada caso a


caso, por exemplo, usa-se também, por exemplo, atas) apresentado em uma publicação
impressa com os trabalhos completos do evento segue o apresentado no exemplo 5.41.

22
Anais = publicação referente aos atos e estudos de congressos científicos, literários ou de arte.
142

EXEMPLO 5.41 – Modelo de referência para artigo em evento


publicado em anais impressos

SOBRENOME, I. N. I. Título do trabalho sem destaque: subtítulo. In: NOME DO EVENTO,


n. (número ordinal da edição do evento), ano, local. Anais... Local: editora, data da
publicação. p. página inicial-página final (ou indicação – Não paginado).

JOHN, V. M.; BONIN, L. C. Princípios de um Sistema de Manutenção. In: SEMINÁRIO


SOBRE MANUTENÇÃO DE EDIFÍCIOS, 1988, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre:
UFRGS, 1988. Não paginado.

5.4.6.3 Trabalho em anais de evento quando disponível em site eletrônico

A referência de trabalho publicado em anais de evento acessado em site eletrônico deve fazer
essa indicação. Veja exemplo 5.42.

EXEMPLO 5.42 – Modelo de referência para artigo em evento


publicado em anais eletrônicos (sites)

SOBRENOME, I. N. I. Título do trabalho sem destaque: subtítulo. In: NOME DO EVENTO,


n. (número ordinal da edição do evento), ano, local. Anais... Local: editora, data da
publicação. p. página inicial-página final (ou indicação – Não paginado). Disponível em:
<endereço completo do site>. Acesso em: dd mmm. aaaa.

ÂNGULO, S. C.; ULSEN, C.; JOHN, V. M.; KAHN, H. Characterisation and Reciclability of
Construction and Demolition Waste in Brazil. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON
THE ENVIRONMENTAL AND TECHNICAL IMPLICATIONS OF CONSTRUCTION
WITH ALTERNATIVE MATERIAL23 – PROGRESS ON THE ROAD TO
SUSTAINABILITY, 5th, 2003, San Sebastian. Proceedings... San Sebastian: INASMET,
2003. Não paginado. Disponível em: <http://www.reciclagem.pcc.usp.br/artigos1.htm>.
Acesso em: 2 out. 2004.

5.4.6.4 Trabalho em anais de evento quando disponível em CD

Quando o trabalho publicado em evento é disponibilizado em CD, isso deve ser informado.
Veja o exemplo 5.43.

23
Este congresso é conhecido internacionalmente por WASCON.
143

EXEMPLO 5.43 – Modelo de referência para artigo em evento


publicado em CD

SOBRENOME, I. N. I. Título do trabalho sem destaque: subtítulo. In: NOME DO EVENTO,


n. (número ordinal da edição do evento), ano, local. Anais... Local: editora, data da
publicação. p. página inicial-página final (ou indicação – Não paginado). n CD.

MELHADO, S. B. Coordenação e multidisciplinaridade do processo de projeto: discussão da


postura do arquiteto. In: WORKSHOP NACIONAL GESTÃO DO PROCESSO DE
PROJETOS NA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS, 2., 2002, Porto Alegre. Anais... Porto
Alegre: PUCRS; EESC/USP; UFSM, 2002. Não paginado. 1 CD.

5.4.7 Documento de acesso exclusivo em meio eletrônico

Quando o documento pesquisado tem acesso exclusivo por meio eletrônico, por exemplo,
base de dados, lista de discussão, site, arquivos em disco rígido, disquetes, programas ou
conjunto de programas, mensagens eletrônicas, para cada tipo de documento pesquisado
existem pequenas particularidades, portanto estas são apresentadas uma a uma nos exemplos
5.44 a 5.46 conforme NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2002b)

EXEMPLO 5.44 – Modelo de referência para site institucional

GALERIA virtual de arte do Vale do Paraíba. São José dos Campos, Fundação Cultural
Cassiano Ricardo, 1998. Apresenta reproduções virtuais de obras de artistas plásticos do Vale
do Paraíba. Disponível em: <http://www.virtualvale.com.br/galeria>. Acesso em: 25 nov.
1998.

EXEMPLO 5.45 – Modelo de referência para programa computacional

MICROSOFT Project for Windows 95, version 4.1: project planning software. [S. l.]:
Microsoft Corporation, 1995. Conjunto de programas. 1 CD-ROM.

EXEMPLO 5.46 – Modelo de referência para email (mensagem eletrônica)

ACCIOLY, F. Publicação eletrônica [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por


<cschmitt@ufrgs.br> em 26 jan. 2000.
144

5.4.8 Legislação

Quando o documento pesquisado é parte da legislação municipal, estadual ou federal,


incluindo Constituição, emendas constitucionais, leis (lei complementar, ordinária, medida
provisória, decreto, resolução do Senado Federal) ou normas de entidades públicas ou
privadas (por exemplo: ato normativo, portaria, resolução, ordem de serviço, instrução
normativa), deve-se ter o cuidado de verificar onde este documento foi acessado: se
diretamente na legislação, sendo o autor e editor o município, estado, país ou entidade pública
ou privada, ou se a consulta foi realizada em publicação realizada por uma editora, com ou
sem responsabilidade de um autor pessoa física, ou ainda em site, como por exemplo
<http://www.senado.gov.br/sf/legislacao/>, que disponibiliza toda a Legislação Federal do
País atualizada. Desta forma, esses casos são analisados em separado.

5.4.8.1 Legislação publicada num site

Quando a legislação foi acessada num site, segue-se a forma genérica desse tipo de referência
indicada no exemplo 5.47, no qual também há exemplos.

EXEMPLO 5.47 – Modelo de referência para legislação publicada na internet

JURISDIÇÃO GEOGRÁFICA (país, estado ou município). Órgãos relacionados seguindo da


hierarquia de maior nível para a de menor, separados por ponto. Identificação do tipo de
documento n. indicar número, data completa da publicação com mês por extenso de dd
de mmmmm de aaaa. Copiar caput da legislação referenciada. Local, data. Disponível em:
<endereço completo do site>. Acesso em: dd mmm. aaaa.

BRASIL. Presidência da República. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n. 4.591, de 16 de


dezembro de 1964. Dispõe sobre o condomínio em edificações e as incorporações
imobiliárias. Brasília, DF, 1964. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4591.htm>. Acesso em: 14 set. 2015.

RIO GRANDE DO SUL. Secretaria da Saúde e do Meio Ambiente. Divisão de Vigilância


Sanitária. Portaria n. 21, de 19 de janeiro de 1988. Aprova a Norma Técnica especial n.
03/88, que dispõe sobre o controle das condições sanitárias de reservatórios de água potável
de prédios coletivos. Porto Alegre, 1988. Disponível em:
<http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/sms/usu_doc/portaria21.pdf>. Acesso: 14
set. 2015.

continua
145

continuação

PORTO ALEGRE. Secretaria de Planejamento Municipal. Lei Complementar n. 434,


de 27 de março de 1999. Dispõe sobre o desenvolvimento urbano no Município de
Porto Alegre, institui o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto
Alegre e dá outras providências. Porto Alegre, 1999. Disponível em:
<http://www.portoalegre.rs.gov.br/planeja/spm/default.htm>. Acesso em 14 set. 2015.

5.4.8.2 Legislação publicada num livro com pessoa física responsável pela obra

Se publicado num livro e há indicação de responsabilidade sobre a obra, deve-se proceder


como no exemplo 5.48.

EXEMPLO 5.48 – Modelo de referência para legislação publicada com pessoa física
responsável pela mesma no formato de livro

SOBRENOME, I. N. I. (tipo de participação). Identificação do tipo de documento n.


indicar número: subtítulo. n. ed. Local da edição: editora, data (ano) da publicação.

OLIVEIRA, J. de (Org.). Código Civil: organização dos textos, notas remissivas e índices.
46. ed. São Paulo: Saraiva, 1995.

5.4.9 Norma Técnica

Para fazer a referência de uma norma técnica, devem ser indicados os dados respeitando a
ordem indicada. Se a instituição responsável pela autoria também for responsável pela edição,
não é indicada a editora. Veja o exemplo 5.49.

EXEMPLO 5.49 – Modelo de referência para norma técnica

INSTITUIÇÃO RESPONSÁVEL. Código da norma destacado: título da norma sem


destaque e em minúsculas. Local: editora, data (ano) da publicação.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e


documentação – referências – elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
146

5.4.10 Documento publicado por entidade vinculada a um órgão superior

Quando o documento pesquisado foi desenvolvido por órgão vinculado a um órgão


hierarquicamente superior, devem ser caracterizadas duas situações como já foi explicado
anteriormente. Ou seja, a entidade tem nome:

a) genérico: deve manter-se vinculada ao órgão superior na referência;


b) específico: pode ser referenciada por esse nome, mas, em caso de duplicidade
de nomes, acrescenta-se, após esse nome genérico, a unidade geográfica que
identifica a jurisdição.

5.4.10.1 Documento publicado por entidade com denominação genérica vinculada a um órgão
superior

Se a entidade tem uma denominação genérica, esta é precedida pela denominação do órgão
superior ou pelo nome da jurisdição geográfica à qual pertence. Veja exemplo 5.50.

EXEMPLO 5.50 – Modelo de referência de documento com autor


é órgão de nome genérico

BRASIL. Presidência da República. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n. 4.591, de 16 de


dezembro de 1964. Dispõe sobre o condomínio em edificações e as incorporações
imobiliárias. Brasília, DF, 1964. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4591.htm>. Acesso em: 14 set. 2015.

5.4.10.2 Documento publicado por entidade com denominação específica vinculada a um


órgão superior

Se a entidade tem uma denominação específica que a identifica, mesmo sendo vinculada a
um órgão superior, a entrada é feita diretamente pela sua denominação. Em caso de
duplicidade de nomes, deve-se acrescentar no final, entre parênteses, a unidade geográfica que
identifica a jurisdição. Veja o exemplo 5.51.
147

EXEMPLO 5.51 – Modelo de referência de documento com autor


é órgão de nome específico

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Demográfico 2010.


Rio de Janeiro, 2011. Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/>. Acesso em: 21 ago. 2015.

DEPARTAMENTO ESTADUAL DE ESTRADAS DE RODAGEM (Rio Grande do Sul).


Relatório da manutenção de estradas. Porto Alegre, 2000.
148
149

6 DIRETRIZES DE PESQUISA

É fundamental para o aluno que está iniciando a elaboração doo seu TCC, mas também para
seu leitor, que fique extremamente claro o que pretende desenvolver no trabalho. Isso deve
ficar registrado no seu Projeto de Pesquisa. Posteriormente, quando ele estiver concluindo o
trabalho, ou ao longo de sua jornada, ele deve atualizar o seu relatório, pois, muitas vezes, o
que foi possível fazer não é exatamente aquilo que se planejou fazer.

Assim, ainda que os itens sejam os mesmos no Projeto de Pesquisa e no Relatório Final,
algumas diferenças devem ser observadas e essas serão destacadas ao longo da descrição
deste capítulo. Além disso, deve-se ter atenção com a precisão com a qual se descrevem os
tópicos: é imprescindível clareza em cada item e coerência entre os itens.

Desta maneira, para desenvolver o TCC, ou qualquer outro trabalho acadêmico, é necessário
estejam claramente definidos:

a) questão de pesquisa;
b) objetivos da pesquisa;
c) hipóteses da pesquisa (se for o caso);
d) pressupostos da pesquisa (se houver necessidade);
e) premissas da pesquisa (se adequado para o caso);
f) delimitações;
g) limitações;
h) delineamento (definição, descrição e diagrama de relacionamento das etapas,
cronograma do TCC).

Com exceção do último desses tópicos, a função dos demais é de deixar clara qual a proposta
do trabalho em todos os seus detalhes. O último item, o delineamento, é aquele no qual se fará
a indicação de como se pretende desenvolver o trabalho. Esses tópicos são detalhados a
seguir, mas antes disso deve-se ter certeza que se conhece o tema e a forma de o abordar para
poder definir o que vai ser feito.

A descrição teórica destes itens não é de fácil compreensão para que não está habituado
propostas de pesquisa. Assim, é aconselhável fazer a leitura de trabalhos acadêmicos,
150

principalmente TCC, e especialmente aqueles que seguiram esta metodologia de propor o


trabalho, para entender através dos exemplos esses tópicos.

Algumas vezes há um entusiasmo tão grande com um tema que chamou atenção do aluno que
ele o idealiza e ao colocar o planejamento da pesquisa em prática (ou antes disso) nada do que
foi planejado pode ser realizado. Se houver alguma dúvida sobre a adequação e viabilidade do
estudo, seja nesse momento inicial ou quando já se evolui na definição do que será o trabalho,
se sugere a realização de uma pesquisa exploratória. Por esse motivo, antes dos itens que
compõem as diretrizes da pesquisa, esse tema será abordado.

6.1 PESQUISA EXPLORATÓRIA

A pesquisa exploratória é aquela que se caracteriza pelo desenvolvimento e esclarecimento de


ideias, com objetivo de oferecer uma visão panorâmica, uma primeira aproximação, a um
determinado fenômeno que é pouco explorado. Este tipo de pesquisa também é chamado de
pesquisa de base, pois oferece dados elementares que dão suporte para a realização de
estudos mais aprofundados sobre o tema.

Assim, algumas pesquisas, para definir sua questão e objetivos necessitam desta pesquisa
preliminar. Somente com os resultados deste estudo o pesquisador consegue chegar à
formulação do problema e objetivos da pesquisa propriamente dita. Desta forma, caso seja
necessário fazer algum tipo de averiguação sobre o status quo do conhecimento sobre o
assunto do trabalho para o definir, em primeiro lugar, se deve formular a questão e objetivos
para a pesquisa exploratória ou simplesmente fazer essa averiguação sobre as possíveis
condições para o estudo que se pretende realizar.. Com base nos resultados deste estudo, a
questão, os objetivos e demais tópicos da pesquisa do trabalho de diplomação poderão ser
elaborados. Isso deve ocorrer imediatamente para não retardar o início das definições das
diretrizes da pesquisa.
151

6.2 QUESTÃO DE PESQUISA

Uma vez escolhida área de conhecimento na qual a pesquisa será desenvolvida, deverá ser
possível definir a questão de pesquisa. Trata-se da questão que se deseja responder com a
realização do trabalho como um todo (figura 1).

Figura 1 – Esquema básico de uma pesquisa

QU ESTÃ O etapa 1 etapa 2 etapa n R ESP OSTA

P R OCESSO
D E P ESQU I SA

(fonte: elaborada pela autora)

A questão define o escopo do trabalho. Só se desenvolverá o trabalho com a finalidade de


chegar a resposta a essa pergunta. E, sendo assim, o trabalho se encerra ao se encontrar essa
resposta. Desta forma, deve-se pensar exatamente qual a abrangência do trabalho e essa deve
ser a da questão. Se a resposta for alcançada e restar ainda alguma atividade a ser feita para se
ter mais algum resultado: algo está errado. Ou este resultado almejado está fora do escopo do
trabalho ou a questão não abrangeu a totalidade da resposta desejada.

Comece escrevendo aquilo que lhe vem de imediato à mente como questão e passe a examinar
o alcance que ela tem. Se achar que é isso mesmo, passe para os próximos tópicos, mas talvez
tenha que voltar para fazer alguns ajustes. Se houver necessidade já nesse momento, reescreva
até lhe parecer clara e precisa.

O pesquisador quer encontrar uma resposta para essa questão, logo ela deve estar bem
estruturada e formulada de forma precisa. Isso significa, entre outras coisas, que os termos
utilizados devem ser os mais adequados possíveis para a área de conhecimento. Desta forma,
qualquer pessoa que tome contato com a questão a entenderá da mesma forma. Se algum
termo pode ser ambíguo, isso é pode ser compreendido de diversas maneiras em função do
embasamento teórico utilizado, este deverá ser definido, preferencialmente na introdução do
152

trabalho, mostrando que significado está sendo dado a ele e, para reforçar esse
posicionamento, indicando a fonte que o traz com esse entendimento.

Mas, de nada adianta uma questão bem elaborada se, para se chegar à resposta, forem
necessários recursos que não estão disponíveis. Portanto, se preocupe com a viabilidade do
trabalho dentro das condições nas quais ele será elaborado. Assim, verifique o mais cedo
possível, a disponibilidade de equipamentos, a qualidade de banco de dados que por ventura
será consultado, a real possibilidade de contar com a doação de materiais ou de implantar suas
ideias numa situação real. Esses são alguns exemplos de situações que foram vivenciadas por
alunos na elaboração dos seus TCC e que não puderam prosseguir com a ideia, pois, no
momento de buscar esses meios, esses não estavam disponíveis ou não se apresentaram como
foram idealizados.

As questões científicas não devem se referir a valores que envolvem considerações subjetivas
que invalidam os propósitos da investigação científica, mas a situações práticas. A
investigação científica deve ter a objetividade como uma das mais importantes características.

O pesquisador deve ter (ou obter) conhecimento mínimo sobre o tema para ter capacidade de
formular questões de pesquisa para as quais existem meios para solucioná-las. O processo de
formulação da questão de pesquisa deve ser refinado até que a pergunta colocada se apresente
como suscetível de solução.

Assim, deve-se reforçar que é importante que a questão de pesquisa seja delimitada e limitada
a uma dimensão viável. Isso significa que, desde o início do processo, deve-se saber que:

a) não pode ser muito ampla: é preciso delimitar – criar fronteiras dentro das quais
o trabalho será desenvolvido;
b) indicar todas as limitações que possam influenciar a interpretação dos
resultados encontrados.

Deixe agora a questão elaborada de lado e pense nos objetivos do trabalho.


153

6.3 OBJETIVOS DA PESQUISA

Os objetivos da pesquisa são os produtos da pesquisa, o que se pretende alcançar. Não devem
ser confundidos com a resposta da questão. São características dos objetivos:

a) torna explícito o problema;


b) deve ser limitado e claramente definido;
c) deve estar perfeitamente amarrado à questão de pesquisa e a ela estar restrito.

Os objetivos são classificados em (figura 2):

a) principal (ou geral);


b) secundário (ou específico).

Figura 2 – Objetivos da pesquisa: produtos

P R OD U TOS D A P ESQU I SA

OB JETI VOS
SECU N D Á R I OS OB JETI VO P R I N CI P A L

etapa 1 etapa 2 etapa n


QU ESTÃ O R ESP OSTA

P R OCESSO
D E P ESQU I SA

(fonte: elaborada pela autora)

O objetivo principal é:

a) o que se deseja alcançar com a conclusão da pesquisa como um todo;


b) o produto final do trabalho.

Os objetivos secundários são:

a) resultados obtidos em determinadas etapas da pesquisa com valor intrínseco;


b) os subprodutos da pesquisa.
154

6.4 HIPÓTESES

Hipótese é a possível resposta para a questão de pesquisa, que será, através do resultado do
trabalho, declarada verdadeira ou falsa. É, portanto, proposição testável que pode vir a ser a
solução do problema (figura 3).

Se a hipótese é verdadeira, o problema de pesquisa foi solucionado. Se a hipótese é falsa,


dois fatos podem ter ocorrido. Ou o problema de pesquisa não foi solucionado, ou, apesar da
hipótese não ter sido comprovada, o pesquisador apresenta qual é a resposta correta. Isso
depende do tipo de estudo realizado. Em alguns casos, se busca a resposta pelos meios
propostos e se verifica se era essa a hipótese formulada. Em outros, a investigação toda é
realizada buscando-se unicamente comprovar se a hipótese é verdadeira e, nesses casos, se a
hipótese é refutada, não se conhece a resposta correta.

Figura 3 – Hipótese da pesquisa: possível resposta

H I P ÓTESE =
R ESP OSTA ?

QU ESTÃ O etapa 1 etapa 2 etapa n R ESP OSTA

P R OCESSO
D E P ESQU I SA

(fonte: elaborada pela autora)

De qualquer maneira, quando a hipótese não é comprovada e não se sabe qual a resposta, para
área de estudo é importante o registro da pesquisa que provou que esta não é a solução do
problema. Isso é relevante, desde que a hipótese não comprovada seja plausível, pois assim
outra pessoa interessada no assunto pode, também, supor que essa é a resposta e pelo estudo
já é informada que não é a correta.

As hipóteses podem ser descritivas ou explicativas. As primeiras aparecem em trabalhos que


tem por foco a descrição de um objeto, pessoa ou fato, podendo ser sobre uma característica
qualquer ou sobre a frequência de acontecimentos. As explicativas se dividem naquelas que
estabelecem relações entre variáveis podendo ser:
155

c) relações de associação;
d) relações de dependência.

Para exemplificar esses tipos de hipóteses, serão apresentados os exemplos. Nos exemplos 6.1
a 6.4, nos quais serão apresentadas questões propostas e respectivas hipóteses.

EXEMPLO 6.1 – hipótese descritiva sobre características

Questão – nas edificações em condomínios de interesse social com quatro pavimentos, qual o
sistema construtivo que resulta em menores custos: estrutura em concreto armado ou
alvenaria estrutural?

Hipótese – nas edificações em condomínios de interesse social com quatro pavimentos o


sistema construtivo com alvenaria estrutural resulta em menores custos.

EXEMPLO 6.2 – hipótese descritiva sobre frequência de ocorrência

Questão – quantos dos profissionais de canteiro de obras (pedreiros, ferreiros, carpinteiros,


etc.) receberam, antes ou durante a sua vida profissional, treinamento formal?

Hipótese – 30% dos profissionais de canteiro de obras (pedreiros, ferreiros, carpinteiros, etc.)
receberam, antes ou durante a sua vida profissional, treinamento formal.

EXEMPLO 6.3 – hipótese explicativa com relação de associação entre variáveis

Questão – em canteiros de obras nos quais se verifica o não cumprimento de determinações


da NR 18 acontecem mais acidentes que naqueles que seguem essas regulamentações?

Hipótese – sim, um número de acidentes acima da média acontece em obras de empresas que
não cumprem as determinações da NR-18.
156

EXEMPLO 6.4 – hipótese explicativa com relação de dependência entre variáveis

Questão – qual teor de substituição de cimento Portland por cinza volante é eficaz na redução
da reação álcali-agregado em concretos usados na Região Metropolitana de Porto Alegre?

Hipótese – um teor de 30% de substituição de cimento Portland por cinza volante é eficaz na
mitigação da reação álcali-agregado em concretos de cimento Portland usados na Região
Metropolitana de Porto Alegre/RS.

As hipóteses que estabelecem relações entre duas ou mais variáveis, precisam ter
claramente definidas as variáveis do estudo. Quando estabelecem relação de associação entre
variáveis, com maior ênfase que nos outros, se deve identificar claramente quais são as
variáveis independentes (as manipuladas e controladas, cujos efeitos, sobre as variáveis
dependentes, se deseja medir) e dependentes (cujos efeitos, provocados pelas variáveis
independentes, interessam ao pesquisador medir). No exemplo 6.4:

a) independente – teor de substituição de cimento Portland por cinza volante;


b) dependente – expansão dos corpos-de-prova  indicador da reação álcali-
agregado nos concretos estudados.

Não existem regras para definir hipóteses. Sabe-se que se deve ter algum conhecimento sobre
o assunto para serem plausíveis. São consideradas fontes de hipóteses:

a) observação;
b) resultados de outras pesquisas;
c) teorias;
d) intuição.

As hipóteses definidas pela observação são fruto do estabelecimento assistemático de


relações entre fatos do dia-a-dia. Normalmente não conduz a conhecimento suficientemente
geral ou explicativo. Quando o resultado de outras pesquisas é a fonte de definição de uma
hipótese, normalmente referem-se à tentativa de confirmar os resultados obtidos, por
exemplo, em outras condições. Conduzem a resultados mais amplos que os decorrentes de
observações.

Sendo uma teoria a fonte de definição de uma hipótese esta se refere ao teste da teoria
desenvolvida e são as mais interessantes, pois proporcionam ligação clara com um conjunto
157

amplo de conhecimentos científicos. Quando fruto da intuição, a hipótese não passa de um


palpite. Neste caso não ficam claras as razões que as determinaram, tornando-se difícil, a
priori, avaliar a qualidade dessas afirmações.

Nem todas as pesquisas precisam da formulação de hipóteses, não sendo necessária quando o
objetivo é o de descrever determinado fenômeno ou as características de um grupo. Mas as
hipóteses são necessárias quando o objetivo é o de verificar relações de associação ou
dependência entre variáveis.

6.5 PRESSUPOSTOS

Os pressupostos são condições consideradas verdadeiras para o contexto da pesquisa e que


são declaradas de forma explícita. É circunstância ou fato considerado como antecedente
necessário ao outro. Nem toda a pesquisa tem um pressuposto a ser declarado. Os
pressupostos estão intimamente ligados com o problema de pesquisa. Os pressupostos:

a) não serão discutidos durante o desenvolvimento da pesquisa;


b) devem ser defensáveis, pois de nada adianta desenvolver uma pesquisa se os
pressupostos considerados estão errados.

6.6 PREMISSAS

As premissas são fatos ou princípios que servem de base para um raciocínio. Assim, não é,
também, obrigatória a presença de uma premissa num trabalho. As premissas estão ligadas ao
problema de pesquisa.

6.7 DELIMITAÇÕES

As delimitações são as condições do contexto da pesquisa que foram consideradas no trabalho


e que influenciam na interpretação dos resultados. Diz respeito às fronteiras do trabalho, por
exemplo, se referir a um determinado espaço geográfico, a um procedimento específico, a um
determinado tipo de obra ou edificação, a aplicação de materiais em determinados serviços.
Não serão discutidas no trabalho, somente declaradas.
158

6.8 LIMITAÇÕES

As limitações são as condições da pesquisa que definem a sua qualidade, pois dentro das
delimitações expressas, são os fatores que não foram considerados ou foram considerados de
forma deficiente na pesquisa. Por exemplo, num experimento, o não controle de uma variável
ou uso de equipamento com baixa precisão que pode limitar a interpretação dos resultados
alcançados. Não há posicionamento sobre a sua influência.

6.9 DELINEAMENTO

O delineamento é a definição de como a pesquisa será realizada, identificando-se as etapas


que o pesquisador deverá cumprir para a sua realização. Mas consiste, além da identificação
das etapas, da sua descrição e disposição num diagrama que apresenta a relação dessas etapas
de pesquisa (figura 4).

Figura 4 – Exemplo de diagrama que apresenta etapas de uma pesquisa

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

MODELAGEM DAS ATIVIDADES DO


PROCESSO DE PROJETO

VALIDAÇÃO DO MODELO

SISTEMATIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DO


PROCESSO DE PROJETO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

(fonte: elaborada pela autora)


159

Além disto, deverá ser apresentado o cronograma do trabalho. O cronograma é a disposição


gráfica do tempo que será gasto na realização do trabalho, de acordo com as etapas a serem
cumpridas, servindo para auxiliar no gerenciamento e controle deste trabalho, permitindo de
forma rápida a visualização de seu andamento. Normalmente, se utiliza um cronograma de
Gantt para sua representação. Na figura 5 é apresentado um exemplo de cronograma.

Figura 5 – Exemplo de cronograma de pesquisa

março abril maio junho julho agosto setembro outubro


ETAPAS 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA X X X X X X X X

MODELAGEM DAS ATIVIDADES DO


PROCESSO DE PROJETO
X

VALIDAÇÃO DO MODELO X X

SISTEMATIZAÇÃO DAS ATIVIDADES


DO PROCESSO DE PROJETO
X X

CONSIDERAÇÕES FINAIS X

(fonte: elaborada pela autora)


160
161

REFERÊNCIAS

ALVES-MAZZOTTI, A. J. A “revisão da bibliografia” em teses e dissertações: meus tipos


inesquecíveis – o retorno. In: BIANCHETTI, L.; MACHADO, A. M. N. A bússola do
escrever: desafios e estratégias na orientação de teses e dissertações. São Paulo: Cortez, 2002.
p. 25-44.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e


documentação – citações em documentos – apresentação. Rio de Janeiro, 2002a.

_____. NBR 6023: informação e documentação – referências – elaboração. Rio de Janeiro,


2002b.

_____. NBR 6027: informação e documentação – sumário – apresentação. Rio de Janeiro,


2003a.

_____. NBR 6024: informação e documentação – numeração progressiva das seções de um


documento – apresentação. Rio de Janeiro, 2003b.

_____. NBR 6028: informação e documentação – resumo – apresentação. Rio de Janeiro,


2003c.

_____. NBR 14724: informação e documentação – trabalhos acadêmicos – apresentação. Rio


de Janeiro, 2011a.

_____. NBR 15287: informação e documentação – projeto de pesquisa – apresentação. Rio de


Janeiro, 2011b.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação


Superior. Resolução n. 11, de 11 de março de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais
do Curso de Graduação em Engenharia. Brasília, DF, 2002.

CORAZZA, S. M. Manual infame... mas útil, para escrever uma boa proposta de tese ou
dissertação. In: BIANCHETTI, L.; MACHADO, A. M. N. A bússola do escrever: desafios e
estratégias na orientação de teses e dissertações. São Paulo: Cortez, 2002. p. 355-370.

FACHIN, O. Fundamentos da Metodologia. 3. ed. São Paulo, Saraiva, 2001.

GIL, A. C. Como elaborara projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996.

INSTITUTO ANTÔNIO HOUAISS. Houaiss Eletrônico: versão monousuário 3.0. São


Paulo: Objetiva, junho c2009.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Normas de apresentação


tabular. 3. ed. Rio de Janeiro, 1993 (reimpr. 1994).

KERLINGER, F. N. Metodologia da pesquisa em ciências social: um tratamento conceitual.


São Paulo: EDUSP, 1980.

LEDUR, P. F. Português Prático. 7. ed. rev. e ampl. Porto Alegre: AGE, 2006.
162

LUETICH, A. Cómo hacer uma monografia. Rosario: Luventicus Academia de Ciencias,


2002. Disponível em: <http://www.luventicus.org/articulos/02A014/index.html>. Acesso em:
5 ago. 2015.

MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Metodologia do Trabalho Científico. 7. ed. rev. e


ampl. São Paulo: Atlas, 2011.

MEDEIROS, J. B. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 4. ed.


São Paulo: Atlas, 1999.

MICHAELIS DICIONÁRIO DE PORTUGUÊS ONLINE. São Paulo: Melhoramentos, c2009


163

APÊNDICE A – Estrutura do Projeto de Pesquisa e


indicação de estilos empregados
164
165

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL instituição na capa


ESCOLA DE ENGENHARIA instituição na capa
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL instituição na capa

Nome do Autor autor na capa

TÍTULO DO TRABALHO: SUBTÍTULO título na capa

Porto Alegre local


mês ano data
166
167

NOME DO AUTOR autor na folha de rosto

TÍTULO DO TRABALHO: SUBTÍTULO


título na folha de rosto

finalidade na folha de rosto

Projeto de Pesquisa do Trabalho de Conclusão de Curso a ser


apresentado ao Departamento de Engenharia Civil da Escola de
Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como
parte dos requisitos para obtenção do título de Engenheiro Civil

Orientador/a: Nome do/a Orientador/a


Coorientador/a: Nome do/a Coorientador/a
orientador na folha

Porto Alegre
mês ano local
data
168
título listas 169
ilustração/tabela na lista número página sumário/listas
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Incidência de patologias segundo a CIENTEC ............................................... 20


Figura 2 – Manifestações patológicas proveniente de umidade em blocos de concreto
sem revestimento ............................................................................................... 22
Figura 3 – Incidência de patologias .................................................................................. 23
Figura 4 – Diferentes categorias de poros ........................................................................ 24
Figura 5 – Representação esquemática dos teores de umidade de um material ............... 30
Figura 6 – Representação esquemática da difusão do vapor d’água ................................ 33
Figura 7 – Tensão superficial ........................................................................................... 40
Figura 8 – Tensões intermoleculares ................................................................................ 41
Figura 9 – Variação da tensão superficial da água com a variação da temperatura ......... 42
Figura 10 – Forças que agem sobre uma molécula de um líquido em contato com um
sólido .................................................................................................................. 44
Figura 11 – Formação do menisco quando a água entra em contato com a superfície de
um sólido ............................................................................................................ 45
170
título listas 171
ilustração/tabela na lista número página sumário/listas
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Variáveis direcionadas aos profissionais egressos do CAU/UFSM –


características sócio-culturais........................................................................... 27
Quadro 2 – Variáveis direcionadas aos profissionais egressos do CAU/UFSM –
satisfação com o Curso..................................................................................... 27
Quadro 3 – Variáveis direcionadas aos profissionais egressos do CAU/UFSM –
expectativas em relação ao futuro profissional................................................
28
Quadro 4 – Variáveis direcionadas aos profissionais não egressos do CAU/UFSM –
características sócio-culturais............................................................................. 28
Quadro 5 – Variáveis direcionadas aos profissionais não egressos do CAU/UFSM –
expectativas em relação ao futuro profissional................................................... 29
172
título listas 173
número página sumário/lista
ilustração/tabela na lista
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Distribuição de problemas encontrados em pesquisa realizada pelo IPT em


36 conjuntos habitacionais do Estado de São Paulo .......................................... 56
Tabela 2 – Freqüência de problemas de umidade, segundo pesquisa realizada pelo IPT,
em 36 conjuntos habitacionais do Estado de São Paulo .................................... 68
Tabela 3 – Freqüência de problemas de umidade no Bororé ........................................... 80
174
título listas 175

LISTA DE SIGLAS

CUB – Custo Unitário Básico sigla na lista

PIB – Produto Interno Bruto

UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul


176
título listas 177

LISTA DE SÍMBOLOS

A – área (m²) símbolo na lista

p – pressão (Pa)

x – coordenada cartesiana (m)

y – coordenada cartesiana (m)

y* – distância adimensional da parede

κ – constante de Karman (aproximadamente 0,4)


178
capítulo no sumário título sumário 179

divisão n.n no sumário SUMÁRIO número página sumário/listas

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 10
2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A FORMATAÇÃO DE TRABALHOS ................ 13
2.1 ELEMENTOS ESTRUTURAIS E COMPONENTES .............................................. 14
2.2 PAPEL, MARGENS E IMPRESSÃO ....................................................................... 15
2.3 TAMANHO ............................................................................................................... 16
2.4 IDENTIFICAÇÃO DO TRABALHO EM RODAPÉ ............................................... 16
3 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS ............................................................................... 17
3.1 CAPA ......................................................................................................................... 17
3.2 FOLHA DE ROSTO .................................................................................................. 19
divisão n.n.n no sumário
3.3 FOLHA DE APROVAÇÃO ...................................................................................... 20
3.3.1 Dissertação de Mestrado ....................................................................................... 20
3.3.1.1 Dois orientadores e três avaliadores .....................................................................
divisão n.n.n.n no sumário 20
3.3.1.1.1 Versão para defesa ............................................................................................ 20
divisão n.n.n.n.n no sumário
3.3.1.1.2 Versão final ....................................................................................................... 21
3.3.1.2 1 orientador e com mais de 3 avaliadores ............................................................ 21
3.3.1.2.1 Versão para defesa ............................................................................................ 21
3.3.1.2.2 Versão final ....................................................................................................... 22
3.3.2 Tese de Doutorado ................................................................................................ 23
3.3.2.1 2 orientadores e 4 avaliadores ............................................................................. 23
3.3.2.1.1 Versão para defesa ............................................................................................ 24
3.3.2.1.2 Versão final ....................................................................................................... 24
3.3.2.2 1 orientador e com mais de 4 avaliadores ............................................................ 25
3.3.2.2.1 Versão para defesa ............................................................................................ 25
3.3.2.2.2 Versão final .......................................................................................................
elementos pós-textuais no sumário 26
REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 27
APÊNDICE A ................................................................................................................. 30
ANEXO A ........................................................................................................................ 34
ANEXO B ........................................................................................................................ 36
180
linha em branco 181

capítulo
1 INTRODUÇÃO (capítulo n)
texto do trabalho
Preferencialmente, no início do capítulo, apresentar uma introdução e não passar diretamente
a subdivisão do trabalho. É conveniente dar uma ideia ao leitor das partes que constituem o
capítulo

divisão n.n

1.1 DIVISÃO 1 (n.n)


texto do trabalho
Sempre denominar cada uma das divisões do trabalho com títulos de seção que permitem ao
leitor ter uma ideia do que vai ser desenvolvido em cada uma delas.

divisão n.n.n

1.1.1 Divisão 2 (n.n.n)


texto do trabalho
Cada nível de subdivisão deverá ter no mínimo duas partes. Assim, se existir o item 1.1 é
porque existe 1.2. O mesmo acontece nas outras subdivisões: para ter 1.1.1 é obrigatória a
presença de divisão 1.1.2; para 1.1.1.1 é necessária a existência da seção 1.1.1.2; para se ter
1.1.1.1.1 é necessário se ter 1.1.1.1.2.

divisão n.n.n.n
1.1.1.1 Divisão 3 (n.n.n.n)
texto do trabalho
Deve-se ter muito cuidado com a criação de subdivisões. É necessário ter certeza que o leitor
não vai se perder nestas divisões, não compreendendo mais a lógica do trabalho.

divisão n.n.n.n.n
1.1.1.1.1 Divisão 4 (n.n.n.n.n) texto do trabalho

Cada dia mais, o fácil acesso aos trabalhos e a sua reprodução, muitas vezes parcial, geram a
perda da identificação da sua origem, impossibilitando que as informações sejam utilizadas
em outros trabalhos ou, pior do que isto, utilizadas sem citar a fonte 1título
. Desta forma,
e autor rodapé
recomenda-se a inclusão de identificação do trabalho no rodapé em todas as páginas.

Devem constar os seguintes dados, apresentados com o formato indicado:

1
Citar a fonte: a não citação da fonte caracteriza crime.
182
alínea
a) linha contínua que separa texto do rodapé,
- fonte: Times New Roman (TNR), 10 pts; subalínea
- parágrafo: alinhamento – justificado; entre linhas – simples; espaçamento – 0
pts antes e depois do parágrafo;
- estilo: linha separa rodapé;
b) título do trabalho,
- fonte: Times New Roman (TNR), 10 pts em caracteres maiúsculos;
- parágrafo: alinhamento – esquerdo; entre linhas – simples; espaçamento – 0
pts antes e depois do parágrafo;
- estilo: título no rodapé.
linha em branco texto do trabalho
A indústria da construção civil é um setor extremamente importante para o desenvolvimento
sócio-econômico do País, o que pode ser demonstrado pela estrutura percentual do produto
interno bruto a custo de fatores, segundo classes e ramos de atividade econômica no Brasil
(INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 1996). A tabela 1
apresenta dados relativos aos anos de 1990 a 1995 para as três classes de atividade
econômica. Pode-se verificar que a representatividade da atividade industrial tem diminuído
nos últimos anos, passando de valores próximos de 42% para cerca de 33%.
identificação de ilustração/tabela

Tabela 1 – estrutura percentual do produto interno bruto a custo de fatores (incluída


a imputação de intermediação financeira) das classes de atividade
conteúdo econômica2
quadro/ tabela TNR 12
ATIVIDADE

ECONÔMICA 1990 1991 1992 1993 1994 1995

Agropecuária 11,6 11,5 12,2 12,4 14,2 12,2

Indústria 41,9 38,4 38,3 37,9 36,1 33,6


texto nota de rodapé
Serviços 60,6 62,0 62,6 66,1 62,4 61,2

fonte de dados (fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 1996, p.99)


ilustração/tabela
ou

2
Tabela 1: utilizando o estilo conteúdo da tabela 12
identificação de ilustração/tabela conteúdo quadro/tabela TNR 10 183

Tabela 1 – estrutura percentual do produto interno bruto a custo de fatores (incluída


a imputação de intermediação financeira) das classes de atividade econômica3
ATIVIDADE

ECONÔMICA 1990 1991 1992 1993 1994 1995

Agropecuária 11,6 11,5 12,2 12,4 14,2 12,2

Indústria 41,9 38,4 38,3 37,9 36,1 33,6

Serviços 60,6 62,0 62,6 66,1 62,4 61,2

(fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 1996, p.99)

Estes dados comparativos demonstram que as duas realidades não são muito diferentes, sendo
comuns as deficiências, tanto organizacionais como técnicas, nas empresas. Com relação ao
uso de recursos computacionais, cabe destacar que os baixos níveis de aplicação justificam
trabalhos que incentivem a sua maior utilização neste setor. Desta forma feita a investigação
sobre o uso de computadores alguns resultados podem ser destacados. texto do trabalho

Com a intenção de conhecer o modelo no qual se baseia cada um dos programas


computacionais identificados nas organizações, buscou-se, mediante contato com as empresas
que desenvolvem programas computacionais para esta área, ter acesso a eles. Os contatos
propiciaram, também, o conhecimento de outros sistemas. Assim, para o conjunto de
programas examinado, foi definido, para cada um deles, na forma de fluxo de informações, a
sua forma básica de processamento de dados. Esta forma de apresentação dos sistemas, assim
como uma pequena descrição das suas funções.

As empresas de edificação de Porto Alegre, ao serem questionadas sobre quais os programas


computacionais disponíveis, indicaram os dados apresentados na figura 1. Isto define um
panorama da situação específica desta cidade como cita Schmitt (1996):

[...] na constante luta contra a água inimiga, o homem foi desenvolvendo e


aperfeiçoando a construção dos edifícios que lhe dão abrigo, criando novos métodos
para impedir a formação de umidade. Quando, finalmente, havia logrado um
citação
isolamento quase perfeito, a necessidade de comodidade faz com que ele leve para
direta dentro de sua morada a água necessária para seu sustento e limpeza, criando novas
destacada fontes de umidade.

ou

3
Tabela 1 utilizando o estilo conteúdo tabela 10 texto nota rodapé
184

A evolução dos recursos computacionais é notável. Nas últimas décadas, os recursos


citação direta da informática vêm sendo utilizados como importantes ferramentas para a
destacada arquitetura, o urbanismo e o paisagismo.
+ de 1 parágrafo A precisão dos recursos da informática:
a) permite a concepção de projetos de arquitetura, urbanismo e paisagismo através
do uso exclusivo do computador.

alínea em citação b) vem intervindo na pesquisa plástica e formal, modificando a concepção


arquitetônica, urbanística e paisagística contemporânea.
direta destacada
c) é incipiente no que se refere aos processos de produção de imagens
aerofotogramétricas.

d) é incipiente na visualização simultânea dos projetos complementares ao


arquitetônico, urbanístico e paisagístico.

identificação de ilustração/tabela

Figura 1 – uso de programas computacionais específicos pelas empresas que


possuem computador

indicaram 31
COMPUTACIONAIS ESPECÍFICOS

programa
usado 35
USO DE PROGRAMAS

Programação
da Obra
Orçamento
Discriminado

não usam 43
ilustração / programa para
tabela esta finalidade 22
colada

0 10 20 30 40 50
% EMPRESAS
(entre as que possuem computador)

fonte de dados ilustração/tabela (fonte: elaborado pelo autor)

Na figura 1, percebe-se que, com pequena diferença percentual, cerca de um terço das
empresas não indicou, ainda que afirmaram que usavam um programa específico, qual o
programa empregado para programação de obra ou orçamento. Quanto às respostas relativas
ao não uso de programa específico, mais de 40% informou não utilizar programa
computacional específico para programação de obras e cerca de 20%, para orçamento
discriminado. texto do trabalho
185

Pode-se verificar o uso de duas ilustrações pequenas lado a lado, nas figuras 2 e 3. Criação,
primeiramente, uma tabela Word com duas colunas e três linhas (inserir  tabela – com
identificação 2 ilustrações e 2 tabelas
contorno invisível). Os estilos utilizados são:

a) para a identificação: identificação 2 ilustrações e 2 tabelas;


b) para a ilustração ou tabela colada: ilustrações 2 e 2 tabelas coladas;
ilustrações 2 e 2 c) para a fonte: fonte de dados 2 ilustrações e 2 tabelas.
tabelas coladas

Figura 2 – Computador e periféricos utilizados Figura 3 – Computador com vírus

fonte de dados 2
ilustrações e 2 tabelas

(fonte: foto do autor) (fonte: SILVA, 2011, p. 6)

Para cálculo do índice de efetividade do uso de recursos deve-se utilizar a fórmula 1. Para
cada tipo de recurso um valor percentual representa a sua aceitabilidade ou não.

ER = (necessidade N) / (disponibilidade D x 100) (fórmula 1)

equações e fórmulas
Sendo:
ER = índice de efetividade do uso de recursos;
N = necessidade do recurso; sendo – itens
da equação
D = disponibilidade do recurso. ou fórmula

O levantamento estatístico que comparou o emprego de recursos computacionais para


desenvolvimento de tarefas nas empresas de Porto Alegre e no Reino Unido, resultou nos
dados na tabela 2.
186
identificação ilustração/tabela

Tabela 2 – atividades realizadas com uso de recursos computacionais


no Brasil e Reino Unido

ATIVIDADES COM USO DE REINO


RECURSOS BRASIL UNIDO
COMPUTACIONAIS (%) (%)

Programação de Obras 50 45

Orçamento Discriminado 69 64

Contabilidade 70 70

Processamento de Textos 87 80
fonte de dados ilustração/tabela (fonte: elaborado pelo autor)

Os impactos ambientais sobre o meio físico esperados para a área do Projeto Pontal Norte
podem ser vistos no quadro 1.
identificação ilustração/tabela

Quadro 1 – Impactos ambientais do Projeto Pontal Norte sobre o meio físico.

Escala de Atributos
Reversibilidade

Probabilidade
Abrangência
Persistência

Magnitude
Natureza

Duração

Impactos
Forma

Agricultura muito
adversa direto imediato permanente irreversível regional
irrigada alta certa

Modificação
das formas de adversa direto curto permanente irreversível local alta
uso/ocupação certa
continua
ilustração/tabela continua
ilustração/tabela continuação 187

continuação
Impactos Escala de Atributos

Reversibilidade

Probabilidade
Abrangência
Persistência

Magnitude
Natureza

Duração
Alteração da Forma
cobertura adversa direto imediato permanente irreversível regional alta provável
vegetal

Efeitos da
adversa indireto longo cíclico irreversível local alta certa
pluviosidade

Obras de
adversa direto imediato permanente irreversível local alta certa
infraestrutura

muito
adversa direto curto cíclico reversível local moderada
Solo exposto provável

Aumento da
muito
densidade adversa indireto curto permanente irreversível regional alta
provável
populacional

Instalação de
canteiro de adversa direto curto temporário reversível local moderada certa
obras

Qualidade da
adversa indireto curto permanente reversível local moderada provável
água

Poluição dos
adversa indireto longo permanente reversível regional moderada provável
mananciais

Alteração do muito
adversa direto curto cíclico reversível local moderada
solo provável

Movimentação
adversa direto imediato temporário irreversível local moderada certa
de terra

Erosão pluvial adversa indireto curto cíclico reversível local moderada provável

Escoamento
superficial adversa indireto curto cíclico reversível local moderada provável
concentrado

Extração
adversa direto imediato cíclico reversível local moderada certa
mineral

fonte de dados ilustração/tabela (fonte: adaptado de PROJETOS TÉCNICOS LTDA, 2007)


188 título referências
referência
REFERÊNCIAS

AHMAD, I. U.; RUSSEL, J. S.; ABOUD-ZEID, A. Information Technology (IT) and


integration in the construction industry. Construction Management and Economics, n. 13,
p. 163-171, 1995.

ALMEIDA, M. G.; ROSA, P. C. Internet, Intranets e Redes Corporativas. Rio de Janeiro:


Brasport, 2000.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13.531: elaboração de


projetos de edificações: atividades técnicas. Rio de Janeiro, 1995.

BORDIN, L.; SCHMITT, C. M.; GUERRERO, J. M. C. N. A importância de melhor


gerenciar a utilização de sistemas colaborativos para o desenvolvimento de projetos na
indústria da construção civil. In: WORKSHOP NACIONAL GESTÃO DO PROCESSO DE
PROJETOS NA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS, 2., 2002, Porto Alegre. Anais... Porto
Alegre: PUC/RS – EESC/USP - UFSM, 2002. 1CD.

BRITO, A. M. A. Diretrizes e padrões para produção de desenhos e gestão do fluxo de


informações no processo de projeto utilizando recursos computacionais. 2001. 157 f.
Dissertação (Mestrado em Engenharia) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre.

CONSTRUÇÃO Virtual. Revista Téchne, São Paulo: PINI, ano 10, n. 51, p. 30-35, mar./abr.
2001.
189

título glossário
GLOSSÁRIO
glossário

Deslocamento: peso da água deslocada por um navio flutuando em águas tranquilas.

Duplo fundo: robusto fundo interior no fundo da carena.


190
191

linha em branco

título apêndice

APÊNDICE N – Nome do apêndice

-
192
193

CONTEÚDO DO APÊNDICE, OCUPANDO TANTAS


PÁGINAS QUANTAS FOREM NECESSÁRIAS,
MANTENDO NUMERAÇÃO DA PÁGINA E RODAPÉ
194

linha em branco

título anexo

ANEXO N – Nome do anexo


195
196

CONTEÚDO DO ANEXO, OCUPANDO TANTAS


PÁGINAS QUANTAS FOREM NECESSÁRIAS,
MANTENDO NUMERAÇÃO DA PÁGINA E RODAPÉ
197

APÊNDICE B – Estrutura da versão final do TCC com a


indicação de estilos empregados
198
199

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL instituição na capa


ESCOLA DE ENGENHARIA instituição na capa
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL instituição na capa

Nome do Autor autor na capa

TÍTULO DO TRABALHO: SUBTÍTULO título na capa

Porto Alegre local


mês ano data
200
201

NOME DO AUTOR autor na folha de rosto

TÍTULO DO TRABALHO: SUBTÍTULO


título na folha de rosto

finalidade na folha de rosto

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de


Engenharia Civil da Escola de Engenharia da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, como parte dos requisitos para obtenção do
título de Engenheiro Civil

Orientador/a: Nome do/a Orientador/a


Coorientador/a: Nome do/a Coorientador/a
orientador na folha

Porto Alegre
mês ano local
data
202
203

NOME DO AUTOR autor na folha de aprovação

TÍTULO DO TRABALHO DIPLOMAÇÃO: SUBTÍTULO


título na folha de aprovação frase de aprovação

Este Trabalho de Diplomação foi julgado adequado como pré-requisito para a obtenção do
título de indicar o título obtido (por exemplo, Engenheiro Civil) e aprovado pela banca
examinadora e, em sua forma final, pelo/a Professor/a Orientador/a.

Porto Alegre, mmmm de 20xx local e data da aprovação

Prof./a Fulano/a de Tal


titulação do oriente./coord. Título (abreviatura)
nome orient./coorden.
pela Instituição onde o título foi obtido
condição orientador Orientador/a

título banca examinadora BANCA EXAMINADORA

nome avaliador trab. diplomação


Prof./a Fulano/a de Tal (sigla da instituição)
titulação do avaliador Título (abreviatura) pela Instituição onde este título foi obtido

Prof./a Fulano/a de Tal (sigla da instituição)


Título (abreviatura) pela Instituição onde este título foi obtido

Prof./a Fulano/a de Tal (sigla da instituição)


Título (abreviatura) pela Instituição onde este título foi obtido
204
205

MODELO QUANDO HÁ COORIENTADOR E/OU


QUATRO PESSOAS NA BANCA

NOME DO AUTOR autor na folha de aprovação

título na folha de aprovação

TÍTULO DO TRABALHO DIPLOMAÇÃO: SUBTÍTULO


frase de aprovação
Este Trabalho de Diplomação foi julgado adequado como pré-requisito para a obtenção do
título de indicar o título obtido (por exemplo, Engenheiro Civil) e aprovado pela banca
examinadora e, em sua forma final, pelo/a Professor/a Orientador/a.

local e data da aprovação


Porto Alegre, mmmm de 20xx (data da entrega de cada versão)

nome orient./coorden.
rtamento
Prof./a Fulano/a de Tal Prof./a Fulano/a de Tal
Título (abreviatura) pela Instituição onde o Título (abreviatura) pela Instituição onde o
título foi obtido título foi obtido
titulação do orien./coorden. condição orientador
Orientador/a Coorientador/a

título banca examinadora BANCA EXAMINADORA


nome avaliador trab. diplomação

Prof./a Fulano/a de Tal Prof./a Fulano/a de Tal


(sigla da instituição) (sigla da instituição)
Título (abreviatura) pela Instituição onde este Título (abreviatura) pela Instituição onde este
titulação do avaliador título foi obtido título foi obtido

Prof./a Fulano/a de Tal Prof./a Fulano/a de Tal


(sigla da instituição) (sigla da instituição)
Título (abreviatura) pela Instituição onde este Título (abreviatura) pela Instituição onde este
título foi obtido título foi obtido
206
207

dedicatória Dedico este trabalho a meus pais, Fulano e Fulana, que


sempre me apoiaram e especialmente durante o período do
meu Curso de Graduação estiveram ao meu lado.
208
209

AGRADECIMENTOS título agradecimentos

Agradeço ao Prof. Fulano de Tal, orientador deste trabalho pela .... (terminar cada uma das
agradecimentos
frases com ponto).

Agradeço .... (TERMINAR TODAS AS FRASES COM PONTO).


210
211

texto da epígrafe Os que se encantam com a prática sem a ciência são como
os timoneiros que entram no navio sem timão nem
bússola, nunca tendo certeza do seu destino.
autor da epígrafe Leonardo da Vinci
.
212
213

RESUMO título do resumo


texto do resumo/abstract
Este trabalho versa sobre a comparação, quanto aos aspectos geométricos e espaciais, entre os
prédios residenciais multifamiliares, classificadas pela Secretária Municipal de Obras e
Viação (SMOV) como habitação coletiva, que receberam carta de habitação por parte da
Prefeitura Municipal de Porto Alegre (PMPA), estado do Rio Grande do Sul, no período entre
maio de 2002 e julho de 2003, e os projetos-padrão residenciais do novo texto-minuta
proposto para a NBR 12.721. A partir da revisão da literatura que aborda os custos na
construção, adotou-se critérios para a escolha de determinadas variáveis geométricas de
prédios e de unidades habitacionais de Porto Alegre. Primeiramente, a comparação entre os
projetos foi focada em variáveis geométricas das edificações, nomeadas como características
principais, e analisadas através de gráficos de dispersão. Na segunda parte do trabalho, foi
feita a comparação entre os projetos utilizando a área total da unidade e das dependências
através de gráficos de dispersão. Constatou-se que as áreas das unidades dos projetos-padrão
de 2 e 3 dormitórios são bastante inferiores às áreas dos projetos analisados e que os últimos,
em especial os de 3 dormitórios, apresentam uma grande variabilidade de áreas internas.
Conclui-se a dificuldade da escolha de um projeto-padrão com características, classificadas
como principais, semelhantes as da amostra analisada apesar da elaboração por parte da
Norma de projetos arquitetônicos ditos mais representativos no mercado atual. Também
verificam-se unidades de 2 e 3 dormitórios com padrão baixo, normal ou alto, contradizendo a
convenção da Norma onde uma unidade de 2 dormitórios é de padrão baixo e uma unidade de
3 dormitórios é de padrão normal. Por fim se constata que as metragens quadradas internas
das unidades autônomas utilizadas pela Norma são inferiores das encontradas no mercado
imobiliário de Porta Alegre. Desta forma, pode-se constatar que sendo aprovada o texto-
minuta com os projetos como ali estão propostos, haverá dificuldade de escolha do projeto-
padrão mais semelhante ao projeto em estudo para edificações a serem executadas em Porto
Alegre.

Palavras-chave: NBR 12.721. Tipificação de palavras-chave


Edificações.
Projetos Padrão para Edificações Multifamiliares.
214
215

ABSTRACT título do resumo


texto do resumo/abstract
Apresentar a versão do Resumo para o idioma escolhido, aqui no exemplo, Abstract, para o
inglês, inclusive as palavras-chave.

palavras-chave

Key-words: Key-word 1. Key-word 2. Key-word 3.


216
título listas 217
ilustração/tabela na lista número página sumário/listas
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Incidência de patologias segundo a CIENTEC ............................................... 20


Figura 2 – Manifestações patológicas proveniente de umidade em blocos de concreto
sem revestimento ............................................................................................... 22
Figura 3 – Incidência de patologias .................................................................................. 23
Figura 4 – Diferentes categorias de poros ........................................................................ 24
Figura 5 – Representação esquemática dos teores de umidade de um material ............... 30
Figura 6 – Representação esquemática da difusão do vapor d’água ................................ 33
Figura 7 – Tensão superficial ........................................................................................... 40
Figura 8 – Tensões intermoleculares ................................................................................ 41
Figura 9 – Variação da tensão superficial da água com a variação da temperatura ......... 42
Figura 10 – Forças que agem sobre uma molécula de um líquido em contato com um
sólido .................................................................................................................. 44
Figura 11 – Formação do menisco quando a água entra em contato com a superfície de
um sólido ............................................................................................................ 45
218
título listas 219
ilustração/tabela na lista número página sumário/listas
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Variáveis direcionadas aos profissionais egressos do CAU/UFSM –


características sócio-culturais........................................................................... 27
Quadro 2 – Variáveis direcionadas aos profissionais egressos do CAU/UFSM –
satisfação com o Curso..................................................................................... 27
Quadro 3 – Variáveis direcionadas aos profissionais egressos do CAU/UFSM –
expectativas em relação ao futuro profissional................................................
28
Quadro 4 – Variáveis direcionadas aos profissionais não egressos do CAU/UFSM –
características sócio-culturais............................................................................. 28
Quadro 5 – Variáveis direcionadas aos profissionais não egressos do CAU/UFSM –
expectativas em relação ao futuro profissional................................................... 29
220
título listas 221
número página sumário/lista
ilustração/tabela na lista
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Distribuição de problemas encontrados em pesquisa realizada pelo IPT em


36 conjuntos habitacionais do Estado de São Paulo .......................................... 56
Tabela 2 – Freqüência de problemas de umidade, segundo pesquisa realizada pelo IPT,
em 36 conjuntos habitacionais do Estado de São Paulo .................................... 68
Tabela 3 – Freqüência de problemas de umidade no Bororé ........................................... 80
222
título listas 223

LISTA DE SIGLAS

CUB – Custo Unitário Básico sigla na lista

PIB – Produto Interno Bruto

UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul


224
título listas 225

LISTA DE SÍMBOLOS

A – área (m²) símbolo na lista

p – pressão (Pa)

x – coordenada cartesiana (m)

y – coordenada cartesiana (m)

y* – distância adimensional da parede

κ – constante de Karman (aproximadamente 0,4)


226
capítulo no sumário título sumário 227

divisão n.n no sumário SUMÁRIO número página sumário/listas

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 10
2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A FORMATAÇÃO DE TRABALHOS ................ 13
2.1 ELEMENTOS ESTRUTURAIS E COMPONENTES .............................................. 14
2.2 PAPEL, MARGENS E IMPRESSÃO ....................................................................... 15
2.3 TAMANHO ............................................................................................................... 16
2.4 IDENTIFICAÇÃO DO TRABALHO EM RODAPÉ ............................................... 16
3 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS ............................................................................... 17
3.1 CAPA ......................................................................................................................... 17
3.2 FOLHA DE ROSTO .................................................................................................. 19
divisão n.n.n no sumário
3.3 FOLHA DE APROVAÇÃO ...................................................................................... 20
3.3.1 Dissertação de Mestrado ....................................................................................... 20
3.3.1.1 Dois orientadores e três avaliadores .....................................................................
divisão n.n.n.n no sumário 20
3.3.1.1.1 Versão para defesa ............................................................................................ 20
divisão n.n.n.n.n no sumário
3.3.1.1.2 Versão final ....................................................................................................... 21
3.3.1.2 1 orientador e com mais de 3 avaliadores ............................................................ 21
3.3.1.2.1 Versão para defesa ............................................................................................ 21
3.3.1.2.2 Versão final ....................................................................................................... 22
3.3.2 Tese de Doutorado ................................................................................................ 23
3.3.2.1 2 orientadores e 4 avaliadores ............................................................................. 23
3.3.2.1.1 Versão para defesa ............................................................................................ 24
3.3.2.1.2 Versão final ....................................................................................................... 24
3.3.2.2 1 orientador e com mais de 4 avaliadores ............................................................ 25
3.3.2.2.1 Versão para defesa ............................................................................................ 25
3.3.2.2.2 Versão final .......................................................................................................
elementos pós-textuais no sumário 26
REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 27
APÊNDICE A ................................................................................................................. 30
ANEXO A ........................................................................................................................ 34
ANEXO B ........................................................................................................................ 36
228
linha em branco 229

capítulo
1 INTRODUÇÃO (capítulo n)
texto do trabalho
Preferencialmente, no início do capítulo, apresentar uma introdução e não passar diretamente
a subdivisão do trabalho. É conveniente dar uma ideia ao leitor das partes que constituem o
capítulo

divisão n.n

1.1 DIVISÃO 1 (n.n)


texto do trabalho
Sempre denominar cada uma das divisões do trabalho com títulos de seção que permitem ao
leitor ter uma ideia do que vai ser desenvolvido em cada uma delas.

divisão n.n.n

1.1.1 Divisão 2 (n.n.n)


texto do trabalho
Cada nível de subdivisão deverá ter no mínimo duas partes. Assim, se existir o item 1.1 é
porque existe 1.2. O mesmo acontece nas outras subdivisões: para ter 1.1.1 é obrigatória a
presença de divisão 1.1.2; para 1.1.1.1 é necessária a existência da seção 1.1.1.2; para se ter
1.1.1.1.1 é necessário se ter 1.1.1.1.2.

divisão n.n.n.n
1.1.1.1 Divisão 3 (n.n.n.n)
texto do trabalho
Deve-se ter muito cuidado com a criação de subdivisões. É necessário ter certeza que o leitor
não vai se perder nestas divisões, não compreendendo mais a lógica do trabalho.

divisão n.n.n.n.n
1.1.1.1.1 Divisão 4 (n.n.n.n.n) texto do trabalho

Cada dia mais, o fácil acesso aos trabalhos e a sua reprodução, muitas vezes parcial, geram a
perda da identificação da sua origem, impossibilitando que as informações sejam utilizadas
em outros trabalhos ou, pior do que isto, utilizadas sem citar a fonte 1título
. Desta forma,
e autor rodapé
recomenda-se a inclusão de identificação do trabalho no rodapé em todas as páginas.

Devem constar os seguintes dados, apresentados com o formato indicado:

__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
230
alínea
a) linha contínua que separa texto do rodapé,
- fonte: Times New Roman (TNR), 10 pts; subalínea
- parágrafo: alinhamento – justificado; entre linhas – simples; espaçamento – 0
pts antes e depois do parágrafo;
- estilo: linha separa rodapé;
b) título do trabalho,
- fonte: Times New Roman (TNR), 10 pts em caracteres maiúsculos;
- parágrafo: alinhamento – esquerdo; entre linhas – simples; espaçamento – 0
pts antes e depois do parágrafo;
- estilo: título no rodapé.
linha em branco texto do trabalho
A indústria da construção civil é um setor extremamente importante para o desenvolvimento
sócio-econômico do País, o que pode ser demonstrado pela estrutura percentual do produto
interno bruto a custo de fatores, segundo classes e ramos de atividade econômica no Brasil
(INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 1996). A tabela 1
apresenta dados relativos aos anos de 1990 a 1995 para as três classes de atividade
econômica. Pode-se verificar que a representatividade da atividade industrial tem diminuído
nos últimos anos, passando de valores próximos de 42% para cerca de 33%.
identificação de ilustração/tabela

Tabela 1 – estrutura percentual do produto interno bruto a custo de fatores (incluída


a imputação de intermediação financeira) das classes de atividade
conteúdo econômica2
quadro/ tabela TNR 12
ATIVIDADE

ECONÔMICA 1990 1991 1992 1993 1994 1995

Agropecuária 11,6 11,5 12,2 12,4 14,2 12,2

Indústria 41,9 38,4 38,3 37,9 36,1 33,6


texto nota de rodapé
Serviços 60,6 62,0 62,6 66,1 62,4 61,2

fonte de dados (fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 1996, p.99)


ilustração/tabela
ou

1
Citar a fonte: a não citação da fonte caracteriza crime.
2
Tabela 1: utilizando o estilo conteúdo da tabela 12
__________________________________________________________________________________________
Carin Maria Schmitt - cschmitt@ufrgs.br
identificação de ilustração/tabela conteúdo quadro/tabela TNR 10
231

Tabela 1 – estrutura percentual do produto interno bruto a custo de fatores (incluída


a imputação de intermediação financeira) das classes de atividade econômica3
ATIVIDADE

ECONÔMICA 1990 1991 1992 1993 1994 1995

Agropecuária 11,6 11,5 12,2 12,4 14,2 12,2

Indústria 41,9 38,4 38,3 37,9 36,1 33,6

Serviços 60,6 62,0 62,6 66,1 62,4 61,2

(fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 1996, p.99)

Estes dados comparativos demonstram que as duas realidades não são muito diferentes, sendo
comuns as deficiências, tanto organizacionais como técnicas, nas empresas. Com relação ao
uso de recursos computacionais, cabe destacar que os baixos níveis de aplicação justificam
trabalhos que incentivem a sua maior utilização neste setor. Desta forma feita a investigação
sobre o uso de computadores alguns resultados podem ser destacados. texto do trabalho

Com a intenção de conhecer o modelo no qual se baseia cada um dos programas


computacionais identificados nas organizações, buscou-se, mediante contato com as empresas
que desenvolvem programas computacionais para esta área, ter acesso a eles. Os contatos
propiciaram, também, o conhecimento de outros sistemas. Assim, para o conjunto de
programas examinado, foi definido, para cada um deles, na forma de fluxo de informações, a
sua forma básica de processamento de dados. Esta forma de apresentação dos sistemas, assim
como uma pequena descrição das suas funções.

As empresas de edificação de Porto Alegre, ao serem questionadas sobre quais os programas


computacionais disponíveis, indicaram os dados apresentados na figura 1. Isto define um
panorama da situação específica desta cidade como cita Schmitt (1996):

[...] na constante luta contra a água inimiga, o homem foi desenvolvendo e


aperfeiçoando a construção dos edifícios que lhe dão abrigo, criando novos métodos
para impedir a formação de umidade. Quando, finalmente, havia logrado um
citação
isolamento quase perfeito, a necessidade de comodidade faz com que ele leve para
direta dentro de sua morada a água necessária para seu sustento e limpeza, criando novas
destacada fontes de umidade.

ou

3
Tabela 1 utilizando o estilo conteúdo tabela 10 texto nota rodapé
__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
232

A evolução dos recursos computacionais é notável. Nas últimas décadas, os recursos


citação direta da informática vêm sendo utilizados como importantes ferramentas para a
destacada arquitetura, o urbanismo e o paisagismo.
+ de 1 parágrafo A precisão dos recursos da informática:
a) permite a concepção de projetos de arquitetura, urbanismo e paisagismo através
do uso exclusivo do computador.

alínea em citação b) vem intervindo na pesquisa plástica e formal, modificando a concepção


arquitetônica, urbanística e paisagística contemporânea.
direta destacada
c) é incipiente no que se refere aos processos de produção de imagens
aerofotogramétricas.

d) é incipiente na visualização simultânea dos projetos complementares ao


arquitetônico, urbanístico e paisagístico.

identificação de ilustração/tabela

Figura 1 – uso de programas computacionais específicos pelas empresas que


possuem computador

indicaram 31
COMPUTACIONAIS ESPECÍFICOS

programa
usado 35
USO DE PROGRAMAS

Programação
da Obra
Orçamento
Discriminado

não usam 43
ilustração / programa para
tabela esta finalidade 22
colada

0 10 20 30 40 50
% EMPRESAS
(entre as que possuem computador)

fonte de dados ilustração/tabela (fonte: elaborado pelo autor)

Na figura 1, percebe-se que, com pequena diferença percentual, cerca de um terço das
empresas não indicou, ainda que afirmaram que usavam um programa específico, qual o
programa empregado para programação de obra ou orçamento. Quanto às respostas relativas
ao não uso de programa específico, mais de 40% informou não utilizar programa

__________________________________________________________________________________________
Carin Maria Schmitt - cschmitt@ufrgs.br
233

computacional específico para programação de obras e cerca de 20%, para orçamento


discriminado.
texto do trabalho

Pode-se verificar o uso de duas ilustrações pequenas lado a lado, nas figuras 2 e 3. Criação,
primeiramente, uma tabela Word com duas colunas e três linhas (inserir  tabela – com
contorno invisível). Os estilos utilizados são:

a) para a identificação: identificação 2 ilustrações e 2 tabelas;


b) para a ilustração ou tabela colada: ilustrações 2 e 2 tabelas coladas;
c) para a fonte: fonte de dados 2 ilustrações e 2 tabelas.

Figura 2 – Computador e periféricos utilizados Figura 3 – Computador com vírus

(fonte: foto do autor) (fonte: SILVA, 2011, p. 6)

Para cálculo do índice de efetividade do uso de recursos deve-se utilizar a fórmula 1. Para
cada tipo de recurso um valor percentual representa a sua aceitabilidade ou não.

ER = (necessidade N) / (disponibilidade D x 100) (fórmula 1)

equações e fórmulas
Sendo:
ER = índice de efetividade do uso de recursos;
N = necessidade do recurso; sendo – itens
da equação
D = disponibilidade do recurso. ou fórmula

__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
234

O levantamento estatístico que comparou o emprego de recursos computacionais para


desenvolvimento de tarefas nas empresas de Porto Alegre e no Reino Unido, resultou nos
dados na tabela 2.
identificação ilustração/tabela

Tabela 2 – atividades realizadas com uso de recursos computacionais


no Brasil e Reino Unido

ATIVIDADES COM USO DE REINO


RECURSOS BRASIL UNIDO
COMPUTACIONAIS (%) (%)

ilustração /
Programação de Obras 50 45
tabela
colada
Orçamento Discriminado 69 64

Contabilidade 70 70

Processamento de Textos 87 80
fonte de dados ilustração/tabela (fonte: elaborado pelo autor)

Os impactos ambientais sobre o meio físico esperados para a área do Projeto Pontal Norte
podem ser vistos no quadro 1.
identificação ilustração/tabela

Quadro 1 – Impactos ambientais do Projeto Pontal Norte sobre o meio físico.

Escala de Atributos
Reversibilidade

Probabilidade
Abrangência
Persistência

Magnitude
Natureza

Duração

Impactos
Forma

Agricultura muito
adversa direto imediato permanente irreversível regional
irrigada alta certa

Modificação
das formas de adversa direto curto permanente irreversível local alta
uso/ocupação certa
continua
ilustração/tabela continua
continuação

__________________________________________________________________________________________
Carin Maria Schmitt - cschmitt@ufrgs.br
ilustração/tabela continuação
235

Impactos Escala de Atributos

Reversibilidade

Probabilidade
Abrangência
Persistência

Magnitude
Natureza

Duração
Forma
Alteração da
cobertura adversa direto imediato permanente irreversível regional alta provável
vegetal

Efeitos da
adversa indireto longo cíclico irreversível local alta certa
pluviosidade

Obras de
adversa direto imediato permanente irreversível local alta certa
infraestrutura

muito
adversa direto curto cíclico reversível local moderada
Solo exposto provável

Aumento da
muito
densidade adversa indireto curto permanente irreversível regional alta
provável
populacional

Instalação de
canteiro de adversa direto curto temporário reversível local moderada certa
obras

Qualidade da
adversa indireto curto permanente reversível local moderada provável
água

Poluição dos
adversa indireto longo permanente reversível regional moderada provável
mananciais

Alteração do muito
adversa direto curto cíclico reversível local moderada
solo provável

Movimentação
adversa direto imediato temporário irreversível local moderada certa
de terra

Erosão pluvial adversa indireto curto cíclico reversível local moderada provável

Escoamento
superficial adversa indireto curto cíclico reversível local moderada provável
concentrado

Extração
adversa direto imediato cíclico reversível local moderada certa
mineral

fonte de dados ilustração/tabela (fonte: adaptado de PROJETOS TÉCNICOS LTDA, 2007)

__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
236

__________________________________________________________________________________________
Carin Maria Schmitt - cschmitt@ufrgs.br
título referências 237
referência
REFERÊNCIAS

AHMAD, I. U.; RUSSEL, J. S.; ABOUD-ZEID, A. Information Technology (IT) and


integration in the construction industry. Construction Management and Economics, n. 13,
p. 163-171, 1995.

ALMEIDA, M. G.; ROSA, P. C. Internet, Intranets e Redes Corporativas. Rio de Janeiro:


Brasport, 2000.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13.531: elaboração de


projetos de edificações: atividades técnicas. Rio de Janeiro, 1995.

BORDIN, L.; SCHMITT, C. M.; GUERRERO, J. M. C. N. A importância de melhor


gerenciar a utilização de sistemas colaborativos para o desenvolvimento de projetos na
indústria da construção civil. In: WORKSHOP NACIONAL GESTÃO DO PROCESSO DE
PROJETOS NA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS, 2., 2002, Porto Alegre. Anais... Porto
Alegre: PUC/RS – EESC/USP - UFSM, 2002. 1CD.

BRITO, A. M. A. Diretrizes e padrões para produção de desenhos e gestão do fluxo de


informações no processo de projeto utilizando recursos computacionais. 2001. 157 f.
Dissertação (Mestrado em Engenharia) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre.

CONSTRUÇÃO Virtual. Revista Téchne, São Paulo: PINI, ano 10, n. 51, p. 30-35, mar./abr.
2001.

__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
238

__________________________________________________________________________________________
Carin Maria Schmitt - cschmitt@ufrgs.br
239

título glossário
GLOSSÁRIO
glossário

Deslocamento: peso da água deslocada por um navio flutuando em águas tranquilas.

Duplo fundo: robusto fundo interior no fundo da carena.

__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
240

__________________________________________________________________________________________
Carin Maria Schmitt - cschmitt@ufrgs.br
241

linha em branco

título apêndice

APÊNDICE N – Nome do apêndice

__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
242

__________________________________________________________________________________________
Carin Maria Schmitt - cschmitt@ufrgs.br
243

CONTEÚDO DO APÊNDICE, OCUPANDO TANTAS


PÁGINAS QUANTAS FOREM NECESSÁRIAS,
MANTENDO NUMERAÇÃO DA PÁGINA E RODAPÉ

__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
244

__________________________________________________________________________________________
Carin Maria Schmitt - cschmitt@ufrgs.br
245

linha em branco

título anexo

ANEXO N – Nome do anexo

__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
246

__________________________________________________________________________________________
Carin Maria Schmitt - cschmitt@ufrgs.br
247

CONTEÚDO DO ANEXO, OCUPANDO TANTAS


PÁGINAS QUANTAS FOREM NECESSÁRIAS,
MANTENDO NUMERAÇÃO DA PÁGINA E RODAPÉ

__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
248

__________________________________________________________________________________________
Carin Maria Schmitt - cschmitt@ufrgs.br
249

APÊNDICE C – Características dos estilos para formatação


dos trabalhos de diplomação

__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
250

__________________________________________________________________________________________
Carin Maria Schmitt - cschmitt@ufrgs.br
251

Os estilos para formação dos trabalhos de diplomação, e respectivos projetos de pesquisa, são
aqui caracterizados. A apresentação se dá pela ordem de aparição de cada estilo no trabalho.

ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

CAPA

Instituição na capa

O estilo instituição na capa é utilizado somente na capa do trabalho e tem as seguintes


características:

a) fonte: TNR 12, em negrito, letras maiúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes e depois de 0 pt;
e) entre linhas simples.

Autor na capa

O estilo autor na capa é utilizado somente na capa do trabalho e tem as seguintes


características:

a) fonte: TNR 14, em negrito, letras minúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 90 pt e depois de 36 pt;
e) entre linhas simples.

Título na capa

O estilo título na capa é utilizado somente na capa do trabalho e tem as seguintes


características:

a) fonte: TNR 16, em negrito, letras maiúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
252

d) espaçamento antes de 150 pt e depois de 6 pt;


e) entre linhas de 1,5 linhas.

Local

O estilo local é utilizado na capa e na folha de rosto do trabalho e tem as seguintes


características:

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 6 pt;
e) entre linhas simples.

Data

O estilo data é utilizado na capa e na folha de rosto do trabalho e tem as seguintes


características:

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas (grafar nome do mês com todas as
letras minúsculas);
b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes e depois de 0 pt;
e) entre linhas simples.

FOLHA DE ROSTO

Autor na folha de rosto

O estilo autor na folha de rosto é utilizado na folha de rosto do trabalho e tem as seguintes
características:

a) fonte: TNR 14, em negrito, letras maiúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
__________________________________________________________________________________________
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253

d) espaçamento antes e depois de 0 pt;


e) entre linhas simples.

Título na folha de rosto

O estilo título na folha de rosto é utilizado na folha de rosto do trabalho e tem as seguintes
características:

a) fonte: TNR 16, em negrito, letras maiúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 90 pt e depois de 6 pt;
e) entre linhas simples.

Finalidade na folha de rosto

O estilo finalidade na folha de rosto é utilizado na folha de rosto do trabalho e tem as


seguintes características:

a) fonte: TNR 14, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: à direita;
c) recuo à esquerda de 2,5 cm, sem recuo à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 90 pt e depois de 0 pt;
e) entre linhas simples.

Orientador na folha de rosto

O estilo orientador na folha de rosto é utilizado na folha de rosto para identificação do


orientador e co-orientador do trabalho e tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 14, em negrito, letras minúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 90 pt e depois de 36 pt;
e) entre linhas simples.

__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
254

Local

O estilo local é utilizado na capa e na folha de rosto do trabalho e tem as seguintes


características:

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 6 pt;
e) entre linhas simples.

Data

O estilo data é utilizado na capa e na folha de rosto do trabalho e tem as seguintes


características:

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas (grafar nome do mês com todas as
letras minúsculas);
b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes e depois de 0 pt;
e) entre linhas simples.

FOLHA DE APROVAÇÃO
Autor na folha de aprovação

O estilo autor na folha de aprovação é utilizado na folha de aprovação do trabalho, que é


incluída somente na versão final do trabalho, e tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 14, em negrito, letras maiúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes e depois de 0 pt;
e) entre linhas simples.

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255

Título na folha de aprovação

O estilo título na folha de aprovação é utilizado na folha de aprovação do trabalho, que é


incluída somente na versão final do trabalho, e tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 16, em negrito, letras maiúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 36 pt e depois de 0 pt;
e) entre linhas simples.

Frase de aprovação

O estilo frase de aprovação é utilizado na folha de aprovação do trabalho, que é incluída


somente na versão final do trabalho e, mais especificamente esta frase, deve ser indicada
somente na versão já corrigida com as sugestões da banca após a defesa, e tem as seguintes
características:

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 36 pt e depois de 0 pt;
e) entre linhas de 1,5 linhas.

Local e data de aprovação

O estilo local e data de aprovação é utilizado na folha de aprovação do trabalho, que é


incluída somente na versão final do trabalho, e tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 30 pt e depois de 0 pt;
e) entre linhas simples.

__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
256

Nome orientador

O estilo nome orientador/coordenadora é utilizado tanto para indicação do nome do


orientador, como do chefe do Departamento de Engenharia Civil, precedido por Prof. ou
Profa., na folha de aprovação do trabalho, que é incluída somente na versão final do trabalho,
e tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: à direita;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 42 pt e depois de 0 pt;
e) entre linhas simples.

Titulação do orientador

O estilo titulação do orientador é utilizado para indicar a titulação de mais alto grau do
orientador na folha de aprovação do trabalho, que é incluída somente na versão final do
trabalho, com o seguinte formato – Dr. pela UFRGS, por exemplo – e tem as seguintes
características:

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: à direita;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes e depois de 0 pt;
e) entre linhas simples.

Condição de orientador

O estilo condição de orientador é utilizado na folha de aprovação do trabalho, que é incluída


somente na versão final do trabalho, e tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: à direita;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes e depois de 0 pt;
e) entre linhas simples.

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257

Título BANCA EXAMINADORA

O estilo título banca examinadora é utilizado na folha de aprovação do trabalho, que é


incluída somente na versão final do trabalho, e tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, em negrito, letras maiúsculas;


b) alinhamento: à direita;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 42 pt e depois de 0 pt;
e) entre linhas simples.

Nome avaliador trabalho de diplomação

O estilo nome avaliador trabalho diplomação é utilizado para indicação do nome de cada
avaliador do trabalho de diplomação na folha de aprovação do trabalho, que é incluída
somente na versão final do trabalho. É precedido por Prof. ou Profa. (se for o caso de
professor/a) ou pelo título acadêmico que possui (Eng., Arq., etc.). Após a indicação do nome,
entre parênteses, indica-se a empresa ou instituição com a qual mantêm vínculo empregatício
(no caso de alunos de Mestrado ou Doutorado que no momento são somente alunos de pós-
graduação, sem manter vículo empregatício com nenhuma empresa ou instituição, não fazer
nenhuma indicação). Tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, em negrito, letras minúsculas;


b) alinhamento: à direita;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 30 pt e depois de 0 pt;
e) entre linhas simples.

Titulação do avaliador

O estilo titulação do avaliador é utilizado para indicar a titulação de mais alto grau do
avaliador na folha de aprovação do trabalho, que é incluída somente na versão final do
trabalho, com o seguinte formato – Dr. pela UFRGS, Eng. Civil pela UFSC, por exemplo – e
tem as seguintes características:

__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
258

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: à direita;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes e depois de 0 pt;
e) entre linhas simples.

DEDICATÓRIA

O estilo dedicatória é utilizado na folha da dedicatória, que é incluída somente na versão


final do trabalho. A dedicatória é digitada de tal forma que sua última linha corresponda a
última linha da folha. Tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: à direita;
c) recuo à esquerda de 6 cm e sem recuo à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes e depois de 0 pt;
e) entre linhas simples.

AGRADECIMENTOS
Título AGRADECIMENTOS

O estilo título agradecimentos é utilizado na folha de agradecimentos, que é incluída


somente na versão final do trabalho, e tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 14, em negrito, letras maiúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 24 pt;
e) entre linhas simples.

Agradecimentos

O estilo agradecimentos é utilizado na folha de agradecimentos, que é incluída somente na


versão final do trabalho, e tem as seguintes características:

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259

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: justificado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 12 pt e depois de 0 pt;
e) entre linhas de 1,5 linhas.

EPÍGRAFE

Texto da epígrafe

O estilo texto da epígrafe é utilizado na folha da epígrafe, que é incluída somente na versão
final do trabalho. Deve-se digitar de tal forma que a linha seguinte, correspondente ao autor
da epígrafe, seja a última linha da página. Tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: à direita;
c) recuo à esquerda de 6 cm e sem recuo à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes e depois de 0 pt;
e) entre linhas simples.

Autor da epígrafe

O estilo autor da epígrafe é utilizado na folha da epígrafe, que é incluída somente na versão
final do trabalho. Deve-se digitar de tal forma que a linha correspondente ao autor da epígrafe,
seja a última linha da página. Tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, em itálico, letras minúsculas;


b) alinhamento: à direita;
c) recuo à esquerda de 6 cm e sem recuo à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 6 pt e depois de 0 pt;
e) entre linhas simples.

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TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
260

RESUMO
Título RESUMO

O estilo título resumo é utilizado na folha do resumo e tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 14, em negrito, letras maiúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 24 pt;
e) entre linhas simples.

Referência no resumo

O estilo referência no resumo é utilizado na folha do resumo e tem as seguintes


características:

a) fonte: TNR 12, sendo em negrito somente o título do trabalho, letras


minúsculas;
b) alinhamento: à esquerda;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 24 pt;
e) entre linhas simples.

Texto do resumo

O estilo texto do resumo é utilizado na folha do resumo e tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: justificado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes e depois de 0 pt;
e) entre linhas de 1,5 linhas.

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261

Palavras-chave

O estilo palavras-chave é utilizado na folha do resumo e devem ser precedidas por –


Palavras-chave: – e separadas por ponto-e-vírgula. Ocupam a última linha da página e tem as
seguintes características:

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 24 pt e depois de 0 pt;
e) entre linhas simples.

LISTAS
Título LISTAS

O estilo título listas é utilizado nas folhas das listas de ilustrações, tabelas, siglas e símbolos e
tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 14, em negrito, letras maiúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 24 pt;
e) entre linhas simples.

Figura/tabela na lista

Deve-se criar nas páginas das listas de ilustrações e tabelas uma tabela, que funcionará como
uma máscara, com duas colunas: a primeira coluna tem 15 cm e, a segunda, 1,2 cm de largura.
O estilo figura/tabela na lista é empregado na primeira coluna, na qual indica-se o tipo de
ilustração (ou se trata-se de tabela), acompanhada pelo seu número identificador, seguido de
dois pontos e pela identificação da ilustração ou tabela. Tem as seguintes características:

__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
262

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: à esquerda;
c) sem recuo à esquerda e à direita, com deslocamento de 1,5 cm;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 6 pt;
e) entre linhas simples.

Número página sumário/listas

Deve-se criar nas páginas do sumário e das listas de ilustrações e tabelas uma tabela, que
funcionará como uma máscara, com duas colunas: a primeira coluna tem 15 cm e, a segunda,
1,2 cm de largura. O estilo número página sumário/listas é utilizado na segunda coluna, na
qual indica-se a página onde o item identificado na primeira coluna se localiza no trabalho.
Tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: à esquerda;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 6 pt;
e) entre linhas simples.

Sigla na lista

O estilo sigla na lista é utilizado para a identificação de sigla e de seu significado na lista de
siglas. Tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: justificado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 12 pt;
e) entre linhas de 1,5 linhas.

Símbolo na lista

O estilo símbolo na lista é utilizado para a identificação de símbolo, seu significado e


unidade de medida na lista de símbolos. Tem as seguintes características:

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263

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: justificado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 12 pt;
e) entre linhas de 1,5 linhas.

SUMÁRIO
Título SUMÁRIO

O estilo título sumário é utilizado na folha do smário e tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 14, em negrito, letras maiúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 24 pt;
e) entre linhas simples.

Capítulo no sumário

O estilo capítulo no sumário é utilizado no sumário para apresentação de cada capítulo do


trabalho e tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, em negrito, letras maiúsculas;


b) alinhamento: à esquerda;
c) sem recuo à esquerda e à direita, com deslocamento de 0,5 cm;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 6 pt;
e) entre linhas simples.

Divisão n.n no sumário

O estilo divisão n.n no sumário é utilizado no sumário para apresentação de cada divisão n.n
do trabalho e tem as seguintes características:

__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
264

a) fonte: TNR 12, normal, letras maiúsculas;


b) alinhamento: à esquerda;
c) sem recuo à esquerda e à direita, com deslocamento de 0,5 cm;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 6 pt;
e) entre linhas simples.

Divisão n.n.n no sumário

O estilo divisão n.n.n no sumário é utilizado no sumário para apresentação de cada divisão
n.n.n do trabalho e tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, em negrito, letras minúsculas;


b) alinhamento: à esquerda;
c) sem recuo à esquerda e à direita, com deslocamento de 0,5 cm;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 6 pt;
e) entre linhas simples.

Divisão n.n.n.n no sumário

O estilo divisão n.n.n.n no sumário é utilizado no sumário para apresentação de cada divisão
n.n.n.n do trabalho e tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: à esquerda;
c) sem recuo à esquerda e à direita, com deslocamento de 0,5 cm;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 6 pt;
e) entre linhas simples.

Divisão n.n.n.n.n no sumário

O estilo divisão n.n.n.n.n no sumário é utilizado no sumário para apresentação de cada


divisão n.n.n.n.n do trabalho e tem as seguintes características:

__________________________________________________________________________________________
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265

a) fonte: TNR 12, em itálico, letras minúsculas;


b) alinhamento: à esquerda;
c) sem recuo à esquerda e à direita, com deslocamento de 0,5 cm;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 6 pt;
e) entre linhas simples.

Elementos pós-textuais no sumário

O estilo elementos pré-textuais no sumário é utilizado no sumário para apresentação dos


elementos pós-textuais do trabalho. No caso de apêndices e anexos, coloca-se somente a sua
identificação alfabética, sem a descrição do seu conteúdo (por exemplo: APÊNDICE A). Tem
as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, em itálico, letras minúsculas;


b) alinhamento: à esquerda;
c) sem recuo à esquerda e à direita, com deslocamento de 1,5 cm;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 6 pt;
e) entre linhas simples.

Número página sumário/listas

Deve-se criar nas páginas do sumário e das listas de ilustrações e tabelas uma tabela, que
funcionará como uma máscara, com duas colunas: a primeira coluna tem 15 cm e, a segunda,
1,2 cm de largura. O estilo número página sumário/listas é utilizado na segunda coluna, na
qual indica-se a página onde o item identificado na primeira coluna se localiza no trabalho.
Tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: à esquerda;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 6 pt;
e) entre linhas simples.

__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
266

ELEMENTOS TEXTUAIS
Capítulo n

O estilo capítulo n é utilizado no texto para apresentação de cada capítulo do trabalho e tem
as seguintes características:

a) fonte: TNR 14, em negrito, letras maiúsculas;


b) alinhamento: justificado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, com deslocamento de 0,5 cm;
d) espaçamento antes de 36 pt e depois de 24 pt;
e) entre linhas de 1,5 linhas.

Divisão n.n

O estilo divisão n.n é utilizado no texto para apresentação de cada divisão n.n do trabalho e
tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 14, normal, letras maiúsculas;


b) alinhamento: justificado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, com deslocamento de 0,8 cm;
d) espaçamento antes de 36 pt e depois de 12 pt;
e) entre linhas de 1,5 linhas.

Divisão n.n.n

O estilo divisão n.n.n é utilizado no texto para apresentação de cada divisão n.n.n do trabalho
e tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 14, em negrito, letras minúsculas;


b) alinhamento: justificado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, com deslocamento de 1,2 cm;
d) espaçamento antes de 36 pt e depois de 12 pt;
e) entre linhas de 1,5 linhas.

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267

Divisão n.n.n.n

O estilo divisão n.n.n.n é utilizado no texto para apresentação de cada divisão n.n.n.n do
trabalho e tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas, sublinhado com linha contínua;
b) alinhamento: justificado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, com deslocamento de 1,4 cm;
d) espaçamento antes de 36 pt e depois de 12 pt;
e) entre linhas de 1,5 linhas.

Divisão n.n.n.n.n

O estilo divisão n.n.n.n.n é utilizado no texto para apresentação de cada divisão n.n.n.n.n do
trabalho e tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, em itálico, letras minúsculas, sublinhado com linha contínua;
b) alinhamento: justificado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, com deslocamento de 1,7 cm;
d) espaçamento antes de 36 pt e depois de 12 pt;
e) entre linhas de 1,5 linhas.

Texto do trabalho

O estilo texto do trabalho é utilizado em todo o texto que não exige nenhum estilo em
particular como alíneas, citação destacada, etc. Tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: justificado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 12 pt;
e) entre linhas de 1,5 linhas.

__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
268

Alínea

O estilo alínea é utilizado ao longo do texto quando é necessário citar uma série de itens. Só
poderá ser usado se existirem pelo menos duas alíneas e deverá existir um texto introdutório
que anuncia as alíneas (no final deste texto introdutório, usar dois-pontos). São identificadas
pelas letras do alfabeto, grafadas em letras minúsculas, e acompanhadas por um fecha
parênteses à sua direita. Ao terminar a seqüência de alíneas (ou subalíneas) deve ser incluída
uma linha no estilo linha em branco, se forem seguidas por texto e não por novo item, para
separá-las do texto imediatamente posterior. Tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: justificado;
c) recuo à esquerda de 2 cm e sem recuo à direita, deslocamento de 0,5 cm;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 6 pt;
e) entre linhas simples.

Subalínea

O estilo subalínea é utilizado ao longo do texto quando é necessário subdividir uma alínea, e
só poderá ser usado se existirem pelo menos duas subalíneas para cada alínea. São
identificadas por um hífen. Ao terminar a seqüência de subalíneas (ou alíneas) deve ser
incluída uma linha no estilo linha em branco para separá-las do texto imediatamente posterior.
Tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: justificado;
c) recuo à esquerda de 2,5 cm e sem recuo à direita, deslocamento de 0,3 cm;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 6 pt;
e) entre linhas simples.

Linha em branco

O estilo linha em branco é utilizado logo abaixo de um conjunto de alíneas, subalíneas ou


citação direta destacada com mais de um parágrafo para separar do texto imediatamente
posterior. Tem as seguintes características:

__________________________________________________________________________________________
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269

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: justificado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes e depois de 0 pt;
e) entre linhas 1,5 linha (alterado em 2009_2).

Citação direta destacada

O estilo citação direta destacada é utilizado para apresentar as citações diretas que tem mais
de três linhas (considerando-se o estilo texto do trabalho). Tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 10, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: justificado;
c) recuo à esquerda de 4 cm e sem recuo à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 12 pt e depois de 24 pt;
e) entre linhas simples.

Citação direta destacada com mais de um parágrafo

O estilo citação direta destacada com mais de um parágrafo é utilizado para apresentar as
citações diretas que mais de um parágrafo que não se constituam de alíneas. Se forem usadas
alíneas deverá ser usado o estilo alínea em citação direta destacada. Ao terminar a citação
deve ser incluída uma linha no estilo linha em branco para separá-la do texto imediatamente
posterior. Tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 10, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: justificado;
c) recuo à esquerda de 4 cm e sem recuo à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 12 pt e depois de 0 pt;
e) entre linhas simples.

Alínea em citação direta destacada

O estilo alínea em citação direta destacada é utilizado para apresentar as alíneas que
compõem citações diretas. Ao terminar a citação deve ser incluída uma linha no estilo linha
em branco para separá-la do texto imediatamente posterior. Tem as seguintes características:

__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
270

a) fonte: TNR 10, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: justificado;
c) recuo à esquerda de 4 cm e sem recuo à direita, sem deslocamento;
d) deslocamento = 0,5 cm
e) espaçamento antes de 12 pt e depois de 0 pt;
f) entre linhas simples.

Tabela colada

O estilo tabela colada é utilizado para posicionar a tabela no texto que foi criada em outro
arquivo. Recomenda-se trazer as tabelas para o texto de outros arquivos (Word ou Excel),
para não se ter problemas. Tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, normal;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 0 pt;
e) entre linhas simples.

Identificação de tabela

O estilo identificação de tabela é utilizado acima da tabela. Deve-se indicar – Tabela n:


identificação da tabela – e tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 10, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) recuo à esquerda de 2 cm e à direita de 2 cm, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 24 pt e depois de 6 pt;
e) entre linhas simples.

Conteúdo tabela TNR 12

O estilo conteúdo tabela TNR 12 é utilizado para formatar o conteúdo da tabela, quando este
tamanho de letra é adequado. Tem as seguintes características:

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271

a) fonte: TNR 12, normal, letras maiúsculas ou minúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 6 pt e depois de 6 pt;
e) entre linhas simples.

Conteúdo tabela TNR 10

O estilo conteúdo tabela TNR 10 é utilizado para formatar o conteúdo da tabela, quando este
tamanho de letra é adequado. Tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 10, normal, letras maiúsculas ou minúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 6 pt e depois de 6 pt;
e) entre linhas simples.

Fonte de dados na tabela

O estilo fonte de dados na tabela é utilizado para indicar, abaixo da tabela, a origem dos
dados incluídos na tabela. Deve ser indicado da seguinte forma – (fonte: citação completa) – e
tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 10, normal, letras maiúsculas ou minúsculas;


b) alinhamento: à direita;
c) recuo à esquerda de 2 cm e sem recuo à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 6 pt e depois de 24 pt;
e) entre linhas simples.

Linha em branco após tabela sem indicação de fonte

O estilo texto do trabalho é utilizado em todo o texto que não exige nenhum estilo em
particular como alíneas, citação destacada, etc. Tem as seguintes características:

__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
272

a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: justificado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 12 pt;
e) entre linhas de 1,5 linhas.

Identificação de ilustração

O estilo identificação de ilustração é utilizado abaixo das ilustrações. Deve-se indicar, por
exemplo, – Figura n: identificação da figura – e tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 10, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) recuo à esquerda de 2 cm e à direita de 2 cm, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 24 pt;
e) entre linhas simples.

Ilustração colada

O estilo ilustração colada é utilizado para posicionar a ilustração no texto. Deve-se sempre
trazer figuras, quadros, gráficos como figuras fechadas para o texto, para não se ter
problemas. Tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, normal;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 24 pt e depois de 0 pt;
e) entre linhas simples.

Equações e fórmulas

O estilo equações e fórmulas é utilizado para formatar equações ou fórmulas na máscara que
deverá ser formada por tabela com duas colunas. A primeira coluna tem 13,25 cm e a segunda
3 cm. Na primeira coluna indica-se a equação ou fórmula propriamente dita e na segunda a
sua identificação. Tem as seguintes características:

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Carin Maria Schmitt - cschmitt@ufrgs.br
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a) fonte: TNR 12, normal, em maiúsculas e minúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 24 pt e depois de 24 pt;
e) entre linhas duplo.

Onde (ou sendo) e itens da equação ou fórmula

O estilo onde e itens da equação ou fórmula é utilizado para formatar a identificação dos
itens que compõem as equações ou fórmulas. Numa primeira linha, indica-se – Onde: – e nas
linhas seguintes os termos da expressão matemática. Tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, normal, em maiúsculas e minúsculas;


b) alinhamento: à esquerda;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 6 pt;
e) entre linhas de 1,5 linhas.

RODAPÉ
Título e autor no rodapé

É utilizado no rodapé de cada uma das páginas, constando numa o título do trabalho e na
seguinte – Nome do Autor. Porto Alegre: DECIV/UFRGS, ano. Antes de citar o título ou os
dados dos autores, cria-se uma linha cheia com underlines. Tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 10, normal, letras minúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes e depois de 0 pt;
e) entre linhas simples.

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TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
274

ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Título REFERÊNCIAS

O estilo título referências é utilizado na folha onde a lista das referências empregadas no
trabalho são apresentadas. Tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 14, em negrito, letras maiúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 24 pt;
e) entre linhas simples.

Referência

O estilo referência é utilizado para formatar cada uma das referências apresentada na lista.
Tem as seguintes características:

a) fonte: TNR 12, normal mas em negrito nas partes indicadas para o tipo de
referência, letras minúsculas;
b) alinhamento: à esquerda;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 12 pt;
e) entre linhas simples.

Título APÊNDICE

O estilo título apêndice é utilizado na folha que define a capa de cada um dos apêndices. A
apresentação é feita da seguinte maneira: APÊNDICE A – Nome do apêndice. Tem as
seguintes características:

a) fonte: TNR 14, em negrito, letras maiúsculas e minúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 200 pt e depois de 6 pt;
e) entre linhas 1, 5 linhas.

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Carin Maria Schmitt - cschmitt@ufrgs.br
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Título ANEXO

O estilo título anexo é utilizado na folha que define a capa de cada um dos anexos. A
apresentação é feita da seguinte maneira: ANEXO A – Nome do anexo. Tem as seguintes
características:

a) fonte: TNR 14, em negrito, letras maiúsculas e minúsculas;


b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 200 pt e depois de 6 pt;
e) entre linhas 1, 5 linhas.

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TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio

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