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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO – JUIZADO ESPECIAL

FEDERAL DA SUBSEÇÃO DE ---.

PEDRO, estado civil.., profissão ..., portador da Cédula de Identidade/RG n. ...,


devidamente inscrito no CPF/MF sob o n. ..., endereço eletrônico ..., residente e
domiciliado na Rua ..., vem, por seus advogados in fine assinados, ut instrumento
procuratório anexo, com endereço profissional na Rua ..., local onde recebem notificações
e intimações de estilo, perante a augusta presença de Vossa Excelência, propor AÇÃO
DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA em desfavor do INSTITUTO
NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, Autarquia Federal, pessoa jurídica de
direito público devidamente inscrita no CNPJ/MF sob n..., agencia situada na ..., pelos
fundamentos de fato e de direito a seguir aduzidos:

1. DOS FATOS

O Requerente trabalhou em minas de subsolo por mais de 15 anos, de acordo com contrato
de trabalho e laudos técnicos anexos. Em razão do labor desempenhado adquiriu doença
pulmonar, por aspiração de poeiras e outros elementos danosos.

Atualmente, sua condição de saúde é grave, com comprometimento de 70% do pulmão


esquerdo e 50% do direito.

O Demandante fez um requerimento administrativo junto ao INSS que de pronto indeferiu


o benefício sob o argumento de não ter comprovação de elementos prejudiciais à saúde e
integridade física e que o trabalho desenvolvido era ocasional.

Ante a frustração do meio administrativo, não restou opções ao Requerente, senão


postular seu Direito na via judicial.

Estes são os fatos.

2. DA TUTELA DE URGÊNCIA

Nos moldes do art. 300 do Diploma Processual Civil, a tutela de urgência será concedida
quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito (fumus boni iuris) e
o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (periculum in mora).

In casu, o requisito do fumus boni iuris encontra-se presente no contrato de trabalho e


laudos técnicos em anexo, ao passo que o periculum in mora é demonstrado pela doença
pulmonar suportada pelo Requerente e sua consequente incapacidade de prover sua
própria subsistência e de sua família em razão de sua enfermidade.

Vale ressaltar que a antecipação do provimento jurisdicional promovido pela tutela ora
pleiteada:
“Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à
propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao
requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de
tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca
realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do
processo”.

Dessa forma, o provimento provisório aqui pretendido é o mesmo que será requerido ao
final, quando se requerer-se-á decisão favorável, fato que permite o mesmo fundamento
tanto para a tutela de urgência quanto para o requerimento de sentença favorável.

3. DO DIREITO

Como ocorre no caso em tela, a aposentadoria por invalidez é devida nos casos em que o
segurado fica definitivamente impedido de desenvolver qualquer atividade laboral capaz
de prover-lhe a subsistência.

O regramento da aposentadoria por invalidez vem disciplinado no art. 42 da Lei 8.213/91:

"Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida,


quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado
que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado
incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de
atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga
enquanto permanecer nesta condição."

Verifica-se dos laudos acostados que o requerente é portador de patologia pulmonar,


consoante fora narrado nos fatos, sua condição de saúde é grave, com comprometimento
de 70% do pulmão esquerdo e 50% do direito. É necessário que o Autor faça tratamento
de saúde para conter os danos causados por sua atividade laboral em minas por mais de
15 anos, conforme contrato de trabalho também anexo.

Como se sabe, atividade mineradora e problemas pulmonares não são opostos


inconciliáveis, mas interligados, nos moldes dos laudos anexos, a prova da insalubridade
se faz presente no caso em comento.

Constam do anexo IV do Regulamento da Previdência Social a classificação dos agentes


nocivos e o tempo de exposição considerados para fins de concessão de aposentadoria
especial. O Requerente se enquadra no período de 15 anos por seu trabalho em mina
subterrânea em frente de produção com exposição extremada à agentes nocivos químicos,
físicos ou biológicos.

Dessa forma, a subsunção à esta categoria de aposentadoria especial pelo ora Demandante
é nítida, vez que laborou por mais de 15 anos na mesma função e percebendo somente 01
(um) salário mínimo mensal, consoante contrato de trabalho anexo, vindo a sofrer
problemas pulmonares gravíssimos.

O art. 57 da Lei 8.213/91 assim preceitua:

“Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida


a carência exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado
sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte
e cinco) anos, conforme dispuser a lei.”

Por esse mesmo caminho, a jurisprudência se consolidou, in verbis:

“PREVIDENCIÁRIO. RECONHECIMENTO DE TEMPO DE


SERVIÇO. ATIVIDADES PRESTADAS SOB CONDIÇÕES
ESPECIAIS. FRENTES DE SERVIÇO DE MINA
SUBTERRÂNEA. COMPROVAÇÃO. PERFIL
PROFISSIOGRÁFICO (PPP). APOSENTADORIA ESPECIAL.
CONCESSÃO. JUROS DE MORA. CORREÇÃO
MONETÁRIA. HONORÁRIOS. EFEITOS FINANCEIROS. 1.
Comprovado, através de perfil profissiográfico (PPP), emitido
pela empresa empregadora, que o autor exerceu atividade
laborativa, com exposição ao agente químico (poeira) e físicos
calor e ruído, acima dos limites de tolerância, de modo habitual e
permanente, nas funções de "oficial de mineração e operador de
equipamentos e instalação pleno", desempenhadas em mina
subterrânea, por mais de 15 anos, é de se manter a sentença que
deferiu a aposentadoria especial, nos termos do art. 57, da Lei nº
8.213/91;
2. Sem razão o INSS quando sustenta que o benefício requerido
na via administrativa é distinto do requerido na via judicial, uma
vez que a aposentadoria especial, pretendida nesta via, é
subespécie da aposentadoria por tempo de contribuição, objeto do
pedido administrativo;
3. Sobre as parcelas devidas, aplica-se o Manual de Cálculos da
Justiça Federal como critério de atualização, a contar do débito e
juros de mora de 0,5% ao mês, a contar da citação até a vigência
da Lei nº 11.690/09, passando, daí, a serem aplicados, como fator
de correção e de juros, os índices utilizados à caderneta de
poupança;
4. Honorários advocatícios fixados para o importe de R$ 1.000,00
(um mil reais), pois sendo vencida a Fazenda Pública, a
condenação é de ser estipulada conforme os princípios da
eqüidade e da razoabilidade (nos termos do parágrafo 4º, do art.
20, do CPC);
5. Apelação improvida e remessa oficial parcialmente provida.
(TRF5 - APELREEX 5325 SE 0000374-70.2008.4.05.8500,
Relator Desembargador Federal Paulo Roberto de Oliveira Lima,
Data de Julgamento: 08/04/2010, Terceira Turma, Data de
Publicação 19/04/2010)

Portanto, a concessão de aposentadoria especial é medida de Direito e de Justiça que se


faz mister.

4. DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, requer:

a) A concessão da tutela de urgência pleiteada para antecipar os efeitos do provimento


final;

b) Seja a Autarquia citada e intimada para, querendo, apresentar contestação no prazo


legal;

c) Ao final, sejam os pedidos julgados TOTALMENTE PROCEDENTES para deferir


a aposentadoria especial ao Requerente por ser medida de Justiça que se faz imperiosa.

Protesta-se provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, mormente
prova documental anexa.

Dá-se à causa o valor de R$ 11.448,00 (onze mil, quatrocentos e quarenta e oito reais),
nos moldes do art. 292, inciso III, do CPC/15.

Nestes termos, pede e espera deferimento


Cuiabá, 20 de maio de 2018.

[Advogado XXX][OAB/UF XXX]

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