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- Direitos
Teoria Geral das Provas Produção de prova testemunhal
PROVA E VERDADE Fase Preparatória
LIMITAÇÕES Fase de Realização
Jurídicas PROVA PERICIAL
Processuais Conceito
Materiais Cabimento
Humanas Procedimento
VERDADE FORMAL E MATERIAL Indicação do Perito
Escusa do perito
OBJETO DA PROVA
Substituição do perito
EXCLUSÃO DO OBJETO DA PROVA Atos preparatórios
ÔNUS DA PROVA
Segunda Pericia
Regras de Distribuição INSPEÇÃO JUDICIAL
Inversão Convencional
Inversão Legal Conceito
Procedimento
VALORAÇÃO DAS PROVAS
PROVA ILÍCITA
PODERES INSTRUTÓRIOS DO JUIZ
PROVA EMPRESTADA
PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS
Cabimento
Competência
Questões Procedimentais
Provas em Espécie
ATA NOTARIAL
DEPOIMENTO PESSOAL
Conceito
Sujeitos envolvidos no depoimento pessoal
Procedimento
CONFISSÃO
Conceito
Espécies de confissão
Invalidação da confissão
EXIBIÇÃO DE COISA OU DOCUMENTO
Conceito
Aspectos procedimentais comuns
Procedimento contra a parte contrária
Procedimento contra terceiro
PROVA DOCUMENTAL
Conceito
Produção Da Prova Documental
Arguição de Falsidade Documental
PROVA TESTEMUNHAL
Conceito
Cabimento
Sujeitos que podem testemunhar
Direitos e deveres da testemunha
Concurso não se faz para passar, mas até passar. Porrada na preguiça! A fila anda e a catraca seleciona. É nóis, playboy!!!
Função: convencer o juiz da veracidade das alegações de fato.
Obs.: verdade é uma utopia; é inalcançável - direito constitucional à prova
(implícito nos princípios da ampla defesa e contraditório). Conclusão: o que se obtém é
PROVA E uma verdade possível ou quase-verdade, uma aparência da verdade.
VERDADE
Obs2: verossimilhança da alegação (aparência de verdade que decorre das
máximas de experiência2) é típica de tutela provisória, enquanto que a verdade
possível (aparência da verdade que decorre das provas) é típica de tutela definitiva.
Regras procedimentais (forma e prazo)
JURÍDICAS
OBS.: STJ, 1ª Turma, REsp 639.257/MT: possível
LIMITAÇÕES a indicação de quesitos e assistente técnico até início da
perícia, ou seja, depois de vencido o prazo.
Vedação constitucional à prova ilícita - Tem que garantir o
direito de privacidade, intimidade e integridade dos sujeitos envolvidos
Materiais
na produção da prova, sob pena de se colher provas ilícitas.
Ex.: prova sob tortura, prova com violação de correspondência.
- Pessoas são em regra a fonte de prova
HUMANAS - prova é valorada pelo juiz
1
Resumo feito com base nas aulas do Prof. Daniel Assumpção.
2
Máximas de experiência: o que costuma a acontecer em determinada circunstância.
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CONCLUSÃO: verdade formal e material são expressões utilizadas para justificar atuação do juiz
de oficio no campo probatório (STJ, 3ª Turm AgRg no AREsp 332.142/SP): Não há óbice à determinação
pelo juízo de exibição de documentos comuns entre as partes, haja vista que a "iniciativa probatória do
juiz, em busca da verdade real, com realização de provas de ofício, é amplíssima, porque é feita no
interesse público de efetividade da Justiça".
- fato irrelevante (diz respeito ao objeto do processo mas não influencia formação do convencimento)
- fato impertinente (estranho ao objeto do processo)
(b) prova inútil porque fato será considerado como verdadeiro pelo juiz independentemente de sua produção
* art. 374 do Novo CPC
I – Notórios
- Notoriedade relativa: conhecimento geral num determinado local e momento, ainda que nem todos o
conheçam.
- A notoriedade em si pode ser objeto de prova.
Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato
constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se:
I - não for admissível, a seu respeito, a confissão;
II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância
do ato;
III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.
Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público,
ao advogado dativo e ao curador especial.
IV- Presunção
- Resultado de um processo mental: parte-se de um fato indiciário ou indício (deve ser provado) e se chega
após um processo mental a um fato não provado, mas presumido como verdadeiro (essa correlação é feita pelas
máximas de experiência).
Ex.: provado o “fato A”, costuma-se ocorrer o “fato B”. Onde há fumaça há fogo: provada a fumaça presume-se a
existência do fogo.
Distinções:
Obs: presunção absoluta é diferente de ficção jurídica: na ficção jurídica sabe-se que é mentira,
mas é tratada como verdade. A presunção absoluta trata com uma alta probabilidade de ser verdade.
3
Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se: I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação; II - o litígio versar
sobre direitos indisponíveis; III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato; IV - as alegações de
fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos.
4
Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos: I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a
convivência conjugal;
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ÔNUS DA PROVA
Art. 373. O ônus da prova incumbe:
REGRAS DE
- Distribuição fixa (em abstrato): feita pelo legislador.
DISTRIBUIÇÃO
- Distribuição dinâmica (em concreto) - feita pelo juiz no caso concreto:
- Casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa, relacionadas à impossibilidade ou à
excessiva dificuldade de cumprir o encargo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário (art.
373, § 1º)
- Decisão fundamentada
- Oportunidade da parte se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído (art. 373, § 1º), requerendo a
produção de provas.
- Inversão não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou
excessivamente difícil, tanto pelo autor quanto pelo réu (art. 373, § 2º): nesse caso deve ser mantida a regra
legal de distribuição do ônus da prova (art. 373, I e II).
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Art. 373 § 3o A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por
convenção das partes, salvo quando:
Vedação: recair sobre direito indisponível da parte e tornar excessivamente difícil a uma parte
o exercício do direito a produção de prova (prova do fato negativo indeterminado)
Regra legal específica em sentido contrário a regra legal geral (art. 373, I e II)
- art. 12, § 3º e 14, § 3º e 37 do CDC: é ônus do réu provar a falsidade do fato constitutivo o
direito do autor.
- dispensa de decisão judicial (I412/STJ, 4ª Turma, REsp. 720.930-RS):
RECURSO ESPECIAL. GRAVIDEZ ALEGADAMENTE DECORRENTE DE CONSUMO DE PÍLULAS
ANTICONCEPCIONAIS SEM PRINCÍPIO ATIVO ("PÍLULAS DE FARINHA"). INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA.
ENCARGO IMPOSSÍVEL. ADEMAIS, MOMENTO PROCESSUAL INADEQUADO. AUSÊNCIA DE NEXO CAUSAL
ENTRE A GRAVIDEZ E O AGIR CULPOSO DA RECORRENTE.
1. O Tribunal a quo, muito embora reconhecendo ser a prova "franciscana", entendeu que bastava
à condenação o fato de ser a autora consumidora do anticoncepcional "Microvlar" e ter esta apresentado
cartelas que diziam respeito a período posterior à concepção, cujo medicamento continha o princípio ativo
contraceptivo.
2. A inversão do ônus da prova regida pelo art. 6º, inciso VIII, do CDC, está ancorada na assimetria
técnica e informacional existente entre as partes em litígio. Ou seja, somente pelo fato de ser o consumidor
vulnerável, constituindo tal circunstância um obstáculo à comprovação dos fatos por ele narrados, e que
a parte contrária possui informação e os meios técnicos aptos à produção da prova, é que se excepciona
INVERSÃO a distribuição ordinária do ônus.
LEGAL 3. Com efeito, ainda que se trate de relação regida pelo CDC, não se concebe inverter-se o ônus
da prova para, retirando tal incumbência de quem poderia fazê-lo mais facilmente, atribuí-la a quem, por
impossibilidade lógica e natural, não o conseguiria. Assim, diante da não-comprovação da ingestão dos
aludidos placebos pela autora - quando lhe era, em tese, possível provar -, bem como levando em conta a
inviabilidade de a ré produzir prova impossível, a celeuma deve se resolver com a improcedência do
pedido.
4. Por outro lado, entre a gravidez da autora e o extravio das "pílulas de farinha", mostra-se
patente a ausência de demonstração do nexo causal, o qual passaria, necessariamente, pela demonstração
ao menos da aquisição dos indigitados placebos, o que não ocorreu.
5. De outra sorte, é de se ressaltar que a distribuição do ônus da prova, em realidade, determina
o agir processual de cada parte, de sorte que nenhuma delas pode ser surpreendida com a inovação de
um ônus que, antes de uma decisão judicial fundamentada, não lhe era imputado. Por isso que não poderia
o Tribunal a quo inverter o ônus da prova, com surpresa para as partes, quando do julgamento da apelação.
6. Recurso especial parcialmente conhecido e, na extensão, provido.
(REsp 720.930/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em
20/10/2009, DJe 09/11/2009)
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Sistemas:
- Ordálias e juízos de Deus: desafios físicos e consultas a Deuses
- Prova legal (tarifada): ausência de liberdade valorativa ao juiz com carga de convencimento pré
estabelecida em lei
- Livre convencimento (persuasão íntima): juiz não está adstrito à prova
- Livre convencimento motivado (persuasão racional): juiz é livre para valorar, mas deve
VALORAÇÃO fundamentar suas opções
DAS PROVAS Obs.: NCPC fala em convencimento motivado (sem o “livre””)
Obs.: revogação dos arts. 401 CPC/73 e 227, caput, CC: prova testemunhal serve
para prova de negócio jurídico de qualquer valor.
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- Prova ilegal: ilegítima (violação de normas de direito processual) x ilícita (violação de normas de
direito material)
Obs.: o que importa é a distinção entre normas constitucionais e
infraconstitucionais que foram violadas.
(a) fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos
fatos na pendência da ação; nítida natureza cautelar, pois tem como requisito o periculum in
mora.
(b) prova a ser produzida for suscetível de viabilizar tentativa de conciliação ou de outro meio
adequado de solução do conflito; não é aplicável a direitos que não admitem autocomposição.
COMPETÊNCIA § 4o O juízo estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida
em face da União, de entidade autárquica ou de empresa pública federal se, na localidade,
não houver vara federal.
* foro do domicilio do réu ou local em que aprova deva ser produzida (art. 381, § 2º): foros
concorrentes
* não há prevenção (ainda que seja na mesma comarca) (art. 381, § 3º)
* competência delegada (art. 381, § 4º)
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QUESTÕES PROCEDIMENTAIS
Art. 382. Na petição, o requerente apresentará as razões que justificam a necessidade de
antecipação da prova e mencionará com precisão os fatos sobre os quais a prova há de recair.
§ 4o Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que
indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.
Art. 383. Os autos permanecerão em cartório durante 1 (um) mês para extração de cópias e
certidões pelos interessados.
Parágrafo único. Findo o prazo, os autos serão entregues ao promovente da medida.
A única decisão de que cabe recurso é a sentença de extingue o processo ao indeferir a prova. Cabe recurso de
apelação.
Crítica da doutrina: “Não se admite defesa” – inconstitucional e as matérias de defesa conhecíveis de ofício
podem ser alegadas pelo réu.
(e) autos em cartório por um mês de depois entregues ao promovente da medida (art. 383) – quando se tratar
de autos físicos.
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Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.
- Existência e modo de ser de algum fato (descrição, imagens e sons gravados em arquivos
ATA NOTARIAL eletrônicos) o notário tem fé pública, possuindo o que ele afirma presunção relativa de
veracidade.
Exemplos de utilização: Tutelas provisórias inaudita altera partes, internet, assembleias, relações
familiares ou de vizinhança
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DEPOIMENTO PESSOAL
Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de
que esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder
do juiz de ordená-lo de ofício.
- Objetivos: obtenção da confissão e esclarecimento dos fatos. O depoimento pessoal não faz
prova em favor do depoente.
* não se admite procuração quando a parte é pessoa humana (STJ, 3ª Turma, REsp. 623.575-
RO)
* incapaz: depoimento pessoal do representante legal (Dinamarco) x Marinoni – não cabe
SUJEITOS depoimento pessoal
* pessoa jurídica: representante legal ou preposto com poderes de transigir (STJ, 3ª Turma,
ENVOLVIDOS NO
REsp 191.078-MA)
DEPOIMENTO
PROCESSO CIVIL. DEPOIMENTO PESSOAL. PESSOA JURÍDICA. PREPOSTO. A
PESSOAL
pessoa jurídica pode ser representada em Juízo por preposto, ainda que este não
seja seu diretor; basta a designação regular. Recurso especial conhecido e provido.
(REsp 191.078/MA, Rel. Ministro ARI PARGENDLER, TERCEIRA TURMA,
julgado em 15/09/2000, DJ 09/10/2000, p. 142)
OBS: art. 9º, § 4º, Lei 9.099/95: não precisa manter vínculo empregatício
OBS2: deve ter conhecimento dos fatos, sob pena de confissão
(Dinamarco/Greco Filho)
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Art. 386. Quando a parte, sem motivo justificado, deixar de responder ao que lhe
for perguntado ou empregar evasivas, o juiz, apreciando as demais circunstâncias e os
elementos de prova, declarará, na sentença, se houve recusa de depor.
PROCEDIMENTO
- Pedido expresso da parte contrária; juiz de ofício (art. 385, caput, do Novo CPC) e MP como
fiscal da ordem jurídica.
A própria parte não tem legitimidade para requerer seu depoimento pessoal.
- Intimação pessoal (constar do mandado a “pena” de confissão – art. 385, § 1º, do Novo CPC)
- Ônus processual
OBS: admite-se o silêncio nos casos previstos nos arts. 388 do Novo CPC
(causas de exclusão não são admitidas em ações de estado e de família (art. 388,
parágrafo único, do Novo CPC))
- Forma prescrita para oitiva das testemunhas (advogado da parte que presta depoimento não
faz perguntas)
CONFISSÃO
Art. 389. Há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte admite a verdade
de fato contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário.
§ 1o A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte ou por representante
com poder especial.
§ 2o A confissão provocada constará do termo de depoimento pessoal.
(a) reconhecimento de um fato alegado pela parte contrária;
(b) voluntariedade da parte que reconhece o fato;
(c) prejuízo ao confitente decorrente de seu ato.
- Confissão se limita aos fatos, não se confundindo com atos de disposição de direito material
Art. 392. Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a
direitos indisponíveis.
CONCEITO
§ 1o A confissão será ineficaz se feita por quem não for capaz de dispor do direito
a que se referem os fatos confessados.
(b) inexigibilidade de forma especial para a validade do ato jurídico como, por exemplo, ocorre
no casamento ou falecimento, que exigem para sua demonstração as respectivas certidões;
- Forma procedimental (não há mais previsão para o cabimento de ação rescisória e anulatória
INVALIDAÇÃO DA
a depender do transito em julgado)
CONFISSÃO
OBS.: a confissão viciada não é mais vício de rescindibilidade, mas seria a
possível a rescisória, com base em interpretação por analogia, seja pelo fundamento
na coação ou na falsidade da prova (art. 966, III e IV).
Art. 394. A confissão extrajudicial, quando feita oralmente, só terá eficácia nos
casos em que a lei não exija prova literal.
Art. 395. A confissão é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser
invocar como prova aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for
desfavorável, porém cindir-se-á quando o confitente a ela aduzir fatos novos, capazes de
constituir fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção.
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(i) individuação: permitir o conhecimento pelo réu e pelo oficial de justiça em caso de busca e
apreensão
Art. 400. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por
meio do documento ou da coisa, a parte pretendia provar se:
- Incidente processual
* inexistência da coisa/doc.;
* não estar em poder da coisa/doc.;
* não ter dever legal de exibir;
* impertinência da prova;
* matérias processuais
- Omissão e rejeição da defesa: presunção relativa de veracidade dos fatos (art. 400, caput,
CPC): STJ, 1ª Turma, REsp. 989.616/TO.
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PROCEDIMENTO
- possibilidade de audiência especial6 se houver necessidade de oitiva de testemunha
CONTRA
TERCEIRO
Obs.: art. 1.015, VI, do Novo CPC: cabimento de AI contra decisão de exibição
de documento
- Não exibição por terceiro: busca e apreensão, responsabilização por crime de desobediência,
pagamento de multa e outras medidas indutivas, coercitivas, mandamentais e ou sub-rogatórias (art.
403 do Novo CPC).
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Impossível presumir a veracidade nesse caso, pois o autor é incapaz de precisar o fato que pretende provar.
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Trata-se de mera audiência de instrução.
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PROVA DOCUMENTAL
Art. 405. O documento público faz prova não só da sua formação, mas também
dos fatos que o escrivão, o chefe de secretaria, o tabelião ou o servidor declarar que
ocorreram em sua presença.
- Qualquer coisa capaz de representar um fato
CONCEITO
- Não precisa ser escrito nem em papel
Art. 435. É lícito às partes, em qualquer tempo , juntar aos autos documentos
novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para
contrapô-los aos que foram produzidos nos autos .
- Art. 435 do Novo CPC: produção extemporânea: fatos supervenientes; contrapor documento
da parte contrária
- Juntada de documento após petição inicial e contestação: documentos formados após esse
momento, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após esses atos.
Parte deve alegar motivo para juntada extemporânea e juiz deve analisar a boa-fé (art. 435, parágrafo
único do Novo CPC).
Obs.: rejeição a guarda de trunfos (STJ, 3.ª Turma, REsp 1.121.031/MG): “Se
estiver ausente a chamada guarda de trunfos, vale dizer, o espírito de ocultação
premeditada e o propósito de surpreender o juízo e a parte contrária, a juntada de
documento novo – mesmo em fase recursal – pode ser admitida, em caráter
excepcional, desde que sejam respeitados os princípios da lealdade, da boa-fé e do
contraditório, preservando-se, dessa forma, a função instrumental do processo.”
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- Prazo de 15 dias para manifestação sobre documentos juntados, podendo ser prorrogado
pelo juiz, desde que requerido pela parte, em razão da quantidade e complexidade da
documentação (art. 437, §§ 1º e 2º do Novo CPC)
OBS: STJ, 3ª Turma, AgRg no REsp. 729.281/SP: princípio da instrumentalidade
das formas: ausência de intimação só gera anulação se o documento for essencial
para a fundamentação
Art. 431. A parte arguirá a falsidade expondo os motivos em que funda a sua
pretensão e os meios com que provará o alegado.
Art. 432. Depois de ouvida a outra parte no prazo de 15 (quinze) dias, será
realizado o exame pericial.
Parágrafo único. Não se procederá ao exame pericial se a parte que produziu o
documento concordar em retirá-lo.
ARGUIÇÃO DE
Art. 433. A declaração sobre a falsidade do documento, quando suscitada como
FALSIDADE
questão principal, constará da parte dispositiva da sentença e sobre ela incidirá também
DOCUMENTAL a autoridade da coisa julgada.
- Legitimidade ativa: parte que não juntou o documento e MP como fiscal da ordem jurídica
- Quando suscitada como questão principal constará da parte dispositiva da sentença (art. 433
do Novo CPC): cabimento de apelação/decisão incidental pode ser antes8 ou na sentença
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Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração: II - da autenticidade ou da falsidade de documento.
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Art. 1.009. Da sentença cabe apelação. § 1o As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar
agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a
decisão final, ou nas contrarrazões.
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PROVA TESTEMUNHAL
- Declaração em juízo de um terceiro que tenha presenciado os fatos (qualquer sentido
humano: visão, olfato, audição, tato, paladar)
OBS.:
Testemunha presencial: presenciou o fato;
Testemunha de referência: ouviu falar (mero indicio);
Testemunha referida: mencionada por outra testemunha
CONCEITO
- Meio de prova desprestigiada:
Falta de memória;
Diferentes percepções;
Incapacidade de reproduzir o fato;
Má-fé.
Art. 442. A prova testemunhal é sempre admissível, não dispondo a lei de modo
diverso.
Obs.: art. 227, caput do CC9 (revogação expressa pelo art. 1.072, II, do Novo
CPC)/401 do CPC.
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Art. 227. Salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal só se admite nos negócios jurídicos cujo valor não ultrapasse o
décuplo do maior salário mínimo vigente no País ao tempo em que foram celebrados. (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015) (Vigência)
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Art. 447. Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes,
impedidas ou suspeitas.
§ 2o São impedidos:
§ 1o São incapazes:
I - o cônjuge, o companheiro, o
I - o interdito por enfermidade ou
ascendente e o descendente em qualquer grau
deficiência mental; e o colateral, até o terceiro grau, de alguma
das partes, por consanguinidade ou afinidade,
salvo se o exigir o interesse público ou,
II - o que, acometido por
tratando-se de causa relativa ao estado da
enfermidade ou retardamento mental,
pessoa, não se puder obter de outro modo a
ao tempo em que ocorreram os fatos,
prova que o juiz repute necessária ao
não podia discerni-los, ou, ao tempo em
julgamento do mérito;
que deve depor, não está habilitado a
transmitir as percepções;
II - o que é parte na causa;
SUJEITOS QUE III - o que tiver menos de 16
PODEM (dezesseis) anos; III - o que intervém em nome de uma
TESTEMUNHAR parte, como o tutor, o representante legal da
pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros
IV - o cego e o surdo, quando a
que assistam ou tenham assistido as partes.
ciência do fato depender dos sentidos
que lhes faltam.
§ 3o São suspeitos:
- Art. 228, parágrafo único, CC: incapazes serão ouvidos como informantes do juízo
- Art. 447, §§ 4º e 5º do Novo CPC: menores suspeitos e impedidos podem ser ouvidos quando
estritamente necessário
OBS: art. 452 do Novo CPC: juiz arrolado como testemunha: aceitando a parte
não poderá desistir da oitiva e o processo será remetido ao substituto legal
- Autoridades tem prerrogativa de serem ouvida em sua residência ou local de trabalho (art.
454 do Novo CPC)
- Art. 378 do Novo CPC: dever de colaboração com o Poder Judiciário na obtenção da verdade
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(III) de dizer a verdade (art. 458 do Novo CPC: advertência a respeito do crime
de falso testemunho)
(ii) não sofrer prejuízos em seu trabalho, não pode sofrer perda de
salário/remuneração nem desconto no tempo de serviço
- Direitos
(iii) tratadas com urbanidade e respeito, evitando-se perguntas vexatórias
ou capciosas.
Art. 357 § 4o Caso tenha sido determinada a produção de prova testemunhal, o juiz
fixará prazo comum não superior a 15 (quinze) dias para que as partes apresentem rol de
testemunhas.
- Máximo de 10 no total e 3 por fato (juiz pode limitar o número de testemunhas em razão da
complexidade da causa (art. 357, § 7º do Novo CPC)
Art. 455. Cabe ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele
arrolada do dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do
juízo.
- Intimação:
Regra: cabe ao advogado da parte por carta AR (juntar com antecedência mínima de três dias);
Exceção: Oficial de justiça (frustração; servidor público ou militar; arrolamento pelo MP e DP;
autoridades) (art. 455 do Novo CPC)
Parágrafo único. O juiz advertirá à testemunha que incorre em sanção penal quem
faz afirmação falsa, cala ou oculta a verdade.
Oitiva da testemunha
Juiz poderá:
- Testemunhas do autor são ouvidas antes. Perguntas pelo juiz, parte que arrolou, parte
contrária e MP como fiscal da lei. O juiz pode mudar essa ordem.
- Art. 461, II, CPC: acareação – havendo divergência entre testemunhas elas são colocadas frente
a frente perante o juiz (§§ 1º e 2º do art. 461 do Novo CPC)
Art. 461. O juiz pode ordenar, de ofício ou a requerimento da parte:
I - a inquirição de testemunhas referidas nas declarações da parte ou das
testemunhas;
II - a acareação de 2 (duas) ou mais testemunhas ou de alguma delas com a parte,
quando, sobre fato determinado que possa influir na decisão da causa, divergirem as suas
declarações.
§ 1o Os acareados serão reperguntados para que expliquem os pontos de
divergência, reduzindo-se a termo o ato de acareação.
§ 2o A acareação pode ser realizada por videoconferência ou por outro recurso
tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real.
- Perguntas diretas (art. 459, caput do Novo CPC – art. 212, caput do CPP)
Art. 459. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha,
começando pela que a arrolou, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a
resposta, não tiverem relação com as questões de fato objeto da atividade probatória ou
importarem repetição de outra já respondida.
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PROVA PERICIAL
Art. 464. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.
(i) exame: tem como objeto bens móveis, pessoas, coisas e semoventes;
(ii) vistoria: tem como objeto bens imóveis;
(iii) avaliação: aferição de valor de determinado bem, direito ou obrigação.
- Meio de prova mais complexo, demorado e caro de todo o sistema probatório (limitações
legais e lógicas)
- Art. 464, parágrafo único, I, do Novo CPC: prova não depender de conhecimento técnico
(Dinamarco: cabe ao juiz se valer de regras de experiência técnica, nos termos do art. 375, do Novo
CPC)
OBS: juiz não pode funcionar como perito (Nery/Marinoni/Dinamarco)
- art. 464, parágrafo único, II, do Novo CPC: prova pericial se mostra desnecessária em razão de
outros meios de prova (STJ, 1ª Turma, REsp. 665.320/PR: prova documental)
CABIMENTO
OBS: art. 473 do Novo CPC: pareceres técnicos produzidos pelas partes
(invariavelmente diante de contradição séria o juiz precisará do auxilio de um perito
para ajudá-lo a dirimir suas dúvidas)
- Art. 464, parágrafo único, III, do Novo CPC: verificação impraticável (ciência não tem meios ou
a fonte de prova não existe mais)
Obs: pericia simplificada em audiência quando o p
onto controvertido for de menor complexidade (art. 464, §§ 2º a 4º do Novo
CPC)
Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito,
indicando-o mediante requerimento, desde que:
- Pericia complexa (art. 475 do Novo CPC): não pode o perito indicado pelo
juiz indicar outro perito (STJ, 2ª Turma, REsp. 866.240/RS)
Escusa do
- Art. 467 do Novo CPC: recusa por motivo legítimo (prazo de 5 dias da
perito
indicação)
- Perito substituto tem 15 dias para restituir valores recebidos, sob pena
de ficar por 5 anos impedido de atuar como perito (art. 468, § 2º). Cabe execução,
servindo como TEJ a decisão que determinar a devolução do numerário (art. 468,
§ 3º)
PROVAS EM ESPÉCIE 39/42
- Perito terá um prazo de cinco dias para apresentar sua proposta de honorários, indicar
seu currículo, a fim de comprovar sua especialização, e indicar seus contatos profissionais, em
especial o endereço eletrônico que servirá para as intimações (art. 465, § 2º do Novo CPC).
- Partes tem cinco dias para falar sobre proposta de honorários (§3º)
- art. 95 do Novo CPC (autor adianta quando ele pede a prova, o juiz determina de oficio
e ambas as partes pedem; réu só adianta se ele for o único que pedir)
OBS1: na inversão do ônus da prova não se inverte o ônus de se adiantar
os honorários periciais (STJ, 4ª Turma, REsp. 845.601/SP)
- Prorrogação do prazo pela metade do originariamente fixado (art. 476 do Novo CPC)
- Partes tem prazo comum de 15 dias para manifestação sobre o laudo e protocolo do
parecer técnico (art. 477, § 1º, do Novo CPC). Perito tem o dever de em 5 dias esclarecer ponto
divergente ou dúvida (§ 2º)
OBS1: art. 477, caput, do Novo CPC: prazo mínimo de 20 dias entre
protocolo do laudo pericial e audiência de instrução.
SEGUNDA PERICIA - Art. 439, § 3º do Novo CPC: segunda perícia não anula a primeira, podendo o juiz se
valer de ambas em sua fundamentação
OBS: pode ser o mesmo perito? Marinoni: SIM x HTJr.: NÃO
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INSPEÇÃO JUDICIAL
Art. 481. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do
processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à
decisão da causa.
- Nery: meio raro porque subsidiário x Scarpinella Bueno: independe do esgotamento de outros
meios de prova
OBS: só existe inspeção quando realizada pelo juiz. Marinoni afirma que
inspeção feita por pessoa de confiança do juiz é “inspeção indireta”. Art. 35, parágrafo
único, L 9099/95: prova atípica nos JEC realizada por pessoa de confiança do juiz
Art. 483. O juiz irá ao local onde se encontre a pessoa ou a coisa quando:
I - julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que deva
observar;
II - a coisa não puder ser apresentada em juízo sem consideráveis despesas ou
graves dificuldades;
III - determinar a reconstituição dos fatos.
Parágrafo único. O auto poderá ser instruído com desenho, gráfico ou fotografia.
- Art. 483, parágrafo único, do Novo CPC: partes têm o direito de assistir à inspeção. Ausência
de participação transforma as impressões judiciais em ciência privada do juiz (Dinamarco)
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- Ao final juiz elabora um auto circunstanciado, no qual o juiz não deve ainda valorar a prova