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NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

UFSJ - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REY

PÓLO: JABOTICATUBAS-MG
DISCIPLINA: METAFÍSICA I
PROFESSORA: Glória Maria Ferreira Ribeiro
ALUNO (A): LEONARDO BATISTA VIANA CORREIA
TUTOR A DISTÂNCIA: Jacquelline Christina Oleto Viana

2018
Tarefa 2
O que Platão compreende por Filosofia?

Platão pode ser considerado o precursor no desenvolvimento do


pensamento metafísico, entendido este como o conhecimento que estava além
do mundo físico, sensível e das aparências.
Da ideia de metafisica inicial em Platão, percebe-se o caráter de
dualidade de seu pensamento para buscar entender a realidade.
Deste modo e a princípio, a filosofia para Platão compreenderia a
investigação e a busca pela verdadeira realidade do mundo e das coisas,
busca esta que fez o seu pensamento se desdobrar em várias definições, não
podendo deixar de constar aqui que além deste principal tema, há outros
escritos do mencionado pensador em outras importantes áreas, como a política
por exemplo.
Inicialmente, Platão afirma que o que conhecemos pela aparência, pelo
que vimos no mundo pelos sentidos, não é exatamente a verdade real das
coisas, o que vemos neste mundo sensível seria apenas uma “representação”
do real. Essa “verdade” no mundo das aparências e do sensível seria mutável,
baseado na opinião e apenas no que vemos, neste sentido:

Para Platão, porém a opinião é quase sempre enganadora. Pode até


ser verdadeira e reta, mas jamais pode possuir em si mesma a
garantia de sua retidão, permanecendo sempre sujeita a alterações,
assim como mutável é o mundo sensível ao qual ela se refere.
(REALE, 2003, p.148)

De outro lado, a essência do mundo e das coisas, ou seja, a sua


verdadeira origem, estaria no mundo inteligível, denominado “mundo das
ideias”, no qual a verdade seria permanente e imutável.
Para se chegar a conhecer a realidade deste mundo inteligível, seria
necessário um método racional de investigação filosófica, que no caso de
Platão era a dialética, sendo está concebida como o diálogo, baseado na
argumentação para se chegar ao objetivo, que no caso seria a verdade real, ao
plano das ideias, assim:
O intelecto e a inteleção, superadas as sensações e todos os
elementos ligados ao sensível, captam, com um processo que é
simultaneamente discursivo e intuitivo, as Idéias puras, juntamente
com seus respectivos nexos positivos e negativos, isto é, com todas
as suas ligações de implicação e de exclusão, ascendendo de Idéia a
Idéia até a captação da Idéia suprema, ou seja, do Incondicionado.
Esse processo, pelo qual o intelecto passa de Idéia para Idéia,
constitui a "dialética”, de modo que o filosofo é o "dialético". (REALE,
2003, p.149)

Ressalta-se que o diálogo era o meio utilizado por Platão na condução


de seus escritos e teorias.
Passa-se agora a concepção filosófica de Platão, para o qual filosofia
seria o exercício para a morte, esta não entendida como um fenômeno
natural/biológico, de desprendimento da alma ao corpo, mas como uma
desagregação, abandono dos conceitos já existentes e do senso comum.
A alma tem de fugir o mais possível do corpo. Por isso, o verdadeiro
filósofo deseja a morte e a verdadeira filosofia é "exercício de morte".
O sentido desse paradoxo se manifesta de forma extremamente
clara. A morte representa um episódio que ontologicamente se refere
exclusivamente ao corpo. Ela não apenas não causa dano à alma,
mas, ao contrário, lhe traz grande benefício, permitindo-lhe viver uma
vida mais verdadeira, vida voltada para si mesma, sem obstáculos e
véus, inteiramente unida ao inteligível. Isso significa que a morte do
corpo é abertura para a verdadeira vida da alma. O sentido do
paradoxo, portanto, não muda com a inversão de sua formulação.
Pelo contrário, torna-se mais preciso: o filósofo e aquele que deseja a
verdadeira vida (= morte do corpo) e a filosofia é treino para a vida
autêntica, para a vida na dimensão exclusiva do espirito. A "fuga do
corpo" comporta o reencontro do espirito. (REALE, 2003, p.152-153)

O fundamento dessa morte filosófica de Platão seria o fato de que tudo


já está concebido e posto, não seria realmente conhecido, estaria viciado pela
simples aparência absorvida pelos sentidos, podendo levar ao equívoco do que
realmente seria verdadeiro, ou seja, nada seria certo.
Ainda no que diz respeito à realidade buscada por Platão e sua
concepção dual do mundo para o conhecimento, mundo sensível e inteligível,
seu detalhamento é demonstrada através das alegorias, método bastante
usado pelo filósofo em seus diálogos.
Em caráter exemplificativo, convém mencionar, ainda que de forma
breve e superficial, o Mito da Caverna e suas implicações.
Nesta alegoria criada por Platão e constante na sua obra A República,
são exemplificados a dualidade dos mundos sensível e inteligível de sua teoria,
ou seja, os homens aprisionados dentro da caverna e que nada podiam ver
além das sombras projetadas a sua frente, representavam o mundo sensível,
das aparências. Havia ainda o exterior da caverna, que seria o mundo
inteligível, onde haveria as coisas como realmente são. Explica ainda, que
apenas quando um dos homens aprisionados se solta das correntes e
consegue sair da caverna e que passa a ter conhecimento do real e da
verdade.
Este seria o exemplo mais conhecido e claro sobre a teoria da busca da
realidade por Platão.
Diante do acima exposto, ainda que de forma breve, percebe-se os
pontos principais ou ao menos os mais conhecidos do pensamento de Platão,
tendo como método a sua dialética e como distinção essencial de sua filosofia,
a busca pela realidade como a separação/dualidade do sensível e inteligível.
BIBLIOGRAFIA:

HEBECHE, Luiz Alberto. Ontologia I. Florianopolis: Filosofia/EAD/UFSC, 2008.

REALE, Giovanni. História da Filosofia. Vol.1. Tradução de Ivo Storniolo. São


Paulo: Editora Paulus, 2003.

RIBEIRO, Glória Maria Ferreira. GUIA DE ESTUDOS METAFÍSICA I.

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