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Recebido em: 30/07/2017

Aprovado em: 10/08/2017

O MAÇOM E O TRÂNSITO: políticas públicas interna corporis como ferramental aplica-


do a mudanças na realidade do trânsito brasileiro
(THE MAÇOM AND THE TRAFFIC: internal public policies as a tool applied to changes in the reality of Brazili-
an traffic)

Jorge Amaral dos Santos ¹

Resumo
O trabalho retrata algumas características comportamentais do Homem maçom frente à realidade
social em que habita – ethos maçônico -, e a atual situação do trânsito brasileiro com vistas à pro-
blemática da acidentalidade, sugerindo políticas interna corporis de engajamento individual e cole-
tivo como meio de participação institucional atuante para mudanças desse contexto sócio-brasileiro
e mundial.

Palavras-chaves: maçonaria; políticas públicas; trânsito.

Abstract
The work portrays some behavioral characteristics of the Masonic Man in front of the social real-
ity in which He lives - Masonic ethos -, and the current situation of Brazilian traffic with a view to
the problem of accidentality, suggesting internal policies of individual and collective engage-
ment as a means of active institutional participation for changes in this socio-Brazilian and
world context.

Keywords: freemasonry; public policy; traffic.

¹ Policial Rodoviário Federal - Graduado em Direito, especialista em Direito Público, especialista em Direito Penal e Di-
reito Processual Penal, Mestre em Direito - Políticas Públicas pela Universidade de Santa Cruz do Sul UNISC. E-mail:
j.amarall2007@gmail.com

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1. Introdução coletividade, em um olhar voltado para o social e


sentimento de ―espírito de corpo‖ institucional, Me-
A Maçonaria é uma instituição social formada nezes (2014) infere que os maçons se unem conscien-
por pessoas que trabalham, como construtores soci- temente e abraçam um ideal e, através de troca de
ais, para o aperfeiçoamento da humanidade. Para experiências e sentimentos, cultivam a estima, a con-
tanto, utiliza-se de uma metodologia de ensino pau- fiança e amizade com afeto e sinceridade, compondo
tada na liturgia, ritualística e simbologia. Historica- uma família feliz e harmoniosa, com grande elevação
mente, a Maçonaria esteve à frente, atuante e partici- espiritual.
pativa, mesmo que de forma discreta, das grandes
discussões e conflitos que assolaram a humanidade. Entretanto, Righetto (1997) ressalva que o Ho-
Nestes dias atuais de pós-modernidade a sociedade mem é um ser ignorado pelo próprio Homem. Não
vive uma tragédia silenciosa, lenta e mortal denomi- conhece a si mesmo. Vive-se na ilusão de que os po-
nada acidentes de trânsito. Essa realidade permeia o vos encontrarão a felicidade sem uma radical trans-
cotidiano dos indivíduos que, em algum momento, formação das mentalidades. A Maçonaria, adverte
irão se utilizar da via pública para se movimentar, ou Righetto, necessita formar verdadeiros iniciados: isso
seja, está presente na vida da maioria das pessoas. não é apenas formar homens de bem, mas sobre tu-
Apresentaremos essa realidade, que é verificada sob do Homens de profundidade, homens com a cora-
a ótica de seu custo social – onde um acidente fatal gem de abandonar seus interesses e caprichos pesso-
de trânsito ultrapassa o custo de meio milhão de re- ais para abraçar algo mais que um ideal, porque esse
ais - para, em seguimento, discorrer sobre metodolo- é verdadeiramente o dever do Homem que compre-
gia de trabalho intelectual aplicado aos quadros ma- ende a verdade.
çônicos. Por fim, sugerir a construção/aplicação de Nos tempos atuais, onde o tecido social se
políticas públicas interna corporis da Maçonaria, com revela utilitarista e com alto grau de vaidade e egoís-
a finalidade de chamar a atenção dos seus integran- mo, em que cada vivente tem seu pensamento em
tes para essa realidade, de modo a contribuir signifi- razão de seus interesses mais próximos e de os que
cativamente no combate dessa chaga social. lhes pertencem, realmente é de difícil compreensão
que possa haver pessoas que estejam constantemen-
te em atividade em benefício de terceiros com quem
2. O ethos maçônico: breves observações a respei- não possuem nenhuma ligação, muitas vezes desco-
to do homem maçom nhecidos, sem que tal atividade lhes proporcione
A Maçonaria é um movimento filosófico, edu- qualquer recompensa, a não ser a certeza do dever
cativo, filantrópico e progressista que adota a investi- cumprido com os seus postulados (SILVEIRA, 1995).
gação da Verdade, em regime de plena liberdade. Ela Conforme o pensamento de Leal (2014), uma
é, portanto, uma sociedade formada por livres pensa- das grandes problemáticas a ser solucionada no âm-
dores, amantes da cultura moral (FREIRE, 2000). Nesse bito da teoria política e jurídica moderna desde sem-
alinhavar, a Ordem Maçônica é, ainda, uma autêntica pre é como dominar a natureza humana para que ela
escola de iniciação moral, cultural e espiritual, que não se apresente mais de forma ameaçadora a sua
prepara seus adeptos tanto para uma nobre vida ter- espécie, surgindo então o Direito como instrumento
rena e social, como para entrar num alto e esclarecido regulatório desta mesma natureza. Dessa forma, a lei
estado de consciência em sua futura vida ultraterrena, surge por uma necessidade de regulamentação do
terminado que haja o seu ciclo de aprendizagem e comportamento social, contendo as tradições, os cos-
atividade neste mundo (LEADBEATER, 2011). tumes e a orientação filosófica e política do momen-
Conforme o pensamento de d‘Olivet (2004), se to. O poder de legislar cabe ao Legislativo; ao Execu-
chega ao conhecimento da verdade pela prática das tivo, o seu cumprimento e observância. Toda lei deve
virtudes, e o homem regenerado se eleva por degraus ser clara, compreensível, moral e ética. As leis maçô-
do conhecimento de si ao conhecimento do Universo; nicas em nada diferem das leis civis e comuns, obser-
do conhecimento do Universo àquele do Ser dos Se- vando apenas a tradição histórica. As Constituições
res. Assim, o Maçom, de posse do território onde são as ―leis maiores‖ e podem, periodicamente, ser
se encontram escondidas as jóias do saber, deve ele- alteradas para adaptar-se às necessidades que sur-
var-se e verdadeiramente se elevará, por sobre os es- gem com a transformação da sociedade (DA CAMI-
combros do tempo e colocar-se frente a frente aos NO, 2014).
Sábios, e dizer ―Eu sou quem sou‖. A Maçonaria em Assim, a compreensão da missão da Ordem
sua mais pura concepção exige de seus iniciados a inscreve a Maçonaria na condição de promotora do
busca constante de seu aperfeiçoamento moral, inte- processo civilizatório e de instituição a serviço da hu-
lectual e de tolerância (SILVEIRA, 1995). Em termos de manidade, nos mesmos moldes de outras instituições

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existentes, tais como escolas, universidades, igrejas, pessoas por ano, o que representa uma das principais
institutos de pesquisa e tantas outras. O objetivo es- causas de morte no país. A malha rodoviária federal
pecífico, porém, de libertar o espírito das ilusões que brasileira é em torno de 71 mil quilômetros e o regis-
o enganam e potencializar a competência cognitiva tro dos acidentes que ocorrem nessas vias é feito pe-
superior preconizada no projeto humano implica pro- la Polícia Rodoviária Federal (PRF). Esses sinistros são
jeto de domínio pleno do ato de pensar, de modo a classificados como: acidentes fatais (onde ocorre pelo
torná-lo um ato metódico, plenamente formalizado menos uma morte); acidentes com vítimas (onde há
(RODRIGUES, 1999). pelo menos uma pessoa ferida); e acidentes sem víti-
Estas breves observações a respeito da Institu- mas (aqueles onde ocorrem apenas danos materiais).
ição Maçonaria e de como se comportam e agem (ou No ano de 2014 ocorreram 169.163 acidentes nessas
deveriam agir) os membros de seus quadros, tradu- rodovias federais, resultando na morte de 8.227 pes-
zem claramente (de forma ampla) a importância da soas e cerca de 100 mil feridos. Considerando as vias
instituição como construtora na promoção do bem públicas em sua totalidade (vias federais, estaduais e
comum e da paz social junto às comunidades em que municipais), no ano de 2014 mais de 596 mil vítimas
está inserida, o que se revela como um instrumento de acidentes de trânsito receberam indenização do
eficaz no trabalho de tratamento a uma mazela social seguro DPVAT por Invalidez Permanente.
específica, a acidentalidade no trânsito. Conforme o Relatório de Pesquisa IPEA/PRF
(2015, p. 11), as principais causas dos acidentes fatais
foram: a) ―falta de atenção‖ em 20,3% dos casos; b)
3. A acidentalidade no trânsito brasileiro ―velocidade incompatível‖ é causa em 13,1%; c)
A modernidade e o progresso social construí- ―ultrapassagem indevida‖ em 7,8%; d) ―ingestão de
ram um sistema de movimento de pessoas e merca- álcool‖ em 6,5%;e)―desobediência à sinalização‖ em
dorias fundado na dualidade espaço/tempo: o Siste- 5,6%; f) “dormindo”, em 3,8%; g) “não guardar distân-
ma Trânsito – movimentação e imobilização de veícu- cia de segurança‖, 1,4%; h) ―defeito na via‖, 1,2%; i)
los, pessoas e animais nas vias terrestres. Esse Siste- ―defeito mecânico em veículo‖, 1,9%; j) ―animais na
ma traz consigo um importante óbice - os acidentes pista‖, 1,3%; k) ―outras causas‖, 37,1%.
de trânsito - que têm, dentre suas muitas causas, o Por esses dados, pode-se verificar que em a-
uso indevido das tecnologias utilizadas pelo homem. penas 4,4% dos acidentes (defeito na via, defeito me-
No mundo 1,24 milhão de pessoas morrem no trânsi- cânico do veículo e animais na pista) não se atribui a
to anualmente, representando mais de 3.400 mortes a responsabilidade direta do condutor. Assim, além dos
cada dia, o que gera, também um exército entre 20 a traumas causados às vítimas e aos familiares, traumas
50 milhões de sobreviventes com traumatismos e se- estes não passíveis de mensuração monetária, os aci-
quelas. Jovens adultos com idade entre 15 e 44 anos dentes de trânsito representam altos custos para toda
representam 59% das mortes no trânsito e 92% dos a sociedade. Conforme o Relatório IPEA/PRF (2015)
acidentes ocorreram em países em desenvolvimento, os componentes de custos associados às pessoas são:
os quais representam apenas 48% da frota mundial pré-hospitalares, hospitalares, pós-hospitalares, perda
de veículos. O custo global desses acidentes gira em de produção, e remoção; os componentes de custos
torno de US$ 518 milhões/ano (OMS, 2009). associados aos veículos são: remoção/pátio, danos
A Organização Mundial de Saúde (OMS) apon- materiais, perda de carga; e os componentes de cus-
ta os cinco principais fatores de risco para mortalida- tos institucionais e danos patrimoniais são: atendi-
de no trânsito: beber e dirigir; excesso de velocidade; mento e danos materiais. Assim, os quase 170 mil aci-
não usar o capacete; não usar cinto de segurança; e dentes de trânsito ocorridos nas rodovias federais
ausência de equipamentos de segurança para crian- brasileiras no ano de 2014 geraram um custo para a
ças. Em 2010 a Organização das Nações Unidas sociedade de R$ 12,3 bilhões, sendo que 64,7% des-
(ONU) proclamou a Década de Ação para Segurança ses custos estavam associados às vítimas dos aciden-
Viária 2011-2020, com a adesão de 182 países e com tes, como cuidados com a saúde e perda de produ-
objetivo de reduzir a mortalidade no trânsito em 50% ção devido às lesões ou morte, e 34,7% estavam as-
ao final desse período. sociados aos veículos, como danos materiais e perda
de cargas, além dos procedimentos de remoção dos
O Relatório de Pesquisa Sobre Acidentes de veículos acidentados. O quadro a seguir demonstra
Trânsito nas Rodovias Federais Brasileiras (2015) a- os valores referidos no Relatório de Pesquisa:
presentado pelo Instituto de Pesquisa Econômica A-
plicada (IPEA) e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF)
revela que os acidentes de trânsito no Brasil são res-
ponsáveis pela morte de, aproximadamente, 43 mil

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Quadro 1: Custo total e médio por gravidade de acidente 4. As leis de trânsito. A (des)obediência à norma
– rodovias federais brasileiras (2014)
O porquê da desobediência à regra de
trânsito? Os dados apresentados apon-
tam uma média anual de mais de 43 mil
mortes no trânsito brasileiro. O fator hu-
mano (motorista) foi o grande responsá-
vel pela quase totalidade desses aciden-
tes, pois em apenas 4,4% deles (defeito
na via, defeito mecânico do veículo e
animais na pista) não se pode imputar a
responsabilidade direta do condutor do
veículo (RELATÓRIO IPEA/PRF 2015).
Fonte: IPEA, Denatran e ANTP (2006), com atualização da
base de acidentes da PRF (2014). Elaboração dos autores. Assim, em uma primeira assertiva, parece que
Valores referentes ao mês de dezembro de 2014. não há, de forma latente na consciência do motorista,
a possibilidade de um potencial sancionador da con-
duta irregular (infração de trânsito). Esse potencial
Analisando os custos separadamente, verifica- sancionador se caracteriza pela presença ou
se que o maior valor estimado é referente à perda de ―sensação da presença‖ de algum agente do Estado
produção das pessoas (43%), ou seja, quanto de ren- ou mecanismo de controle (lombadas eletrônicas,
da uma vítima de trânsito deixa de auferir tanto ao ―pardais, radares, etc.) que possa verificar a conduta
longo do período em que esteja afastada das ativida- irregular do motorista (o não uso do cinto de segu-
des econômicas quanto, no caso de morte, em rela- rança, o capacete em motociclistas, transporte inade-
ção a sua expectativa de vida. Os impactos da perda quado de crianças, estado de manutenção do veículo,
de produção recaem sobre a previdência social e excessos de velocidade, uso de aparelho celular e ou-
também sobre a família, em função de seu empobre- tras). Consoante o entendimento de Da Mata (2010)
cimento. O segundo maior custo é o dano veicular, essa é uma problemática diretamente ligada ao viés
representando cerca de 30% do total, seguido dos educacional, pois diz respeito ao fato de obedecer à
custos hospitalares (20%). Ainda de acordo com o regra pelo simples fato de ser uma conduta ética, e
Relatório de Pesquisa, os custos dos acidentes nas não pelo propósito de que a desobediência poderá
rodovias estaduais e municipais se encontram numa acarretar sancionamentos diversos.
faixa de R$ 24,8 bilhões a R$ 30,5 bilhões no ano de Ainda, parece não estar presente de forma
2014, ficando o custo total dos acidentes de trânsito latente na consciência do motorista, a real periculosi-
no Brasil (ano de 2014) em torno de R$ 40 bilhões dade de seu ato/gesto irregular (infração de trânsito)
por ano.
para sua própria segurança aproximada e dos outros
Em análise histórica da acidentalidade no usuários do sistema trânsito (o excesso de velocidade,
trânsito brasileiro verifica-se que desde meados da uso do aparelho celular ao dirigir, avançar no sinal
década de 1980 os índices de acidentes têm aumen- vermelho do semáforo, etc.) quanto ao envolvimento
tado – as causas desse aumento podem ser verifica- em um acidente de trânsito.
das como aumento da frota; legislação inadequada; Considera-se também, que exista de forma
crescimento e desenvolvimento da nação, entre ou-
premente na consciência do motorista um pensa-
tros - mesmo com todo o arcabouço legal, o aparato mento intencional mais importante (pressa, compro-
publicitário, pedagógico e fiscalizatório atuante na missos futuros, segurança no dirigir, segurança no
realidade nacional. veículo que conduz, condições da via, condições am-
Em seguimento, serão traçadas algumas con- bientais), que ―impulsione e justifique‖sua conduta de
siderações sobre a motivação que conduz o motorista agir em desconformidade, como por exemplo o mo-
a infringir a Norma de trânsito, de modo a estabele- torista que transita em alta velocidade, ou ainda a-
cer uma possibilidade de ligação entre o referencial quele profissional transportador de cargas ou passa-
cognitivo (Rodrigues, 1999) – metodologia de ensino geiros que dirige durante muitas horas sem descanso
trabalhada com vistas ao aprimoramento de conduta e, para tanto, faz uso de substâncias psicoativas para
social ética e de elevada moral, notadamente no sen- manter-se acordado e dirigindo. Nesse sentido Leal
tido de obediência às leis – e a conduta desregrada, (2010) aduz que a tradição liberal, pela via do merca-
irregular, perigosa e irresponsável do infrator de trân- do globalizado e instantâneo, impõe ao indivíduo
sito. enquanto cidadão um leque de ―necessidades‖ artifi-
ciais com vistas à afirmação de uma conduta consu-

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mista - pautada no consumo de bens nem tão neces- de vontade. Estes mesmos atos de vontade são tradu-
sários ao seu existir – tornando-o um mero sujeito de zidos como disposições individuais, onde cada cida-
consumo, alienado e sem qualquer identidade coleti- dão, com uma conduta particular no seu ―agir confor-
va e comunitária. me‖ a Regra, amplia-se como construtor social e pro-
Ainda, o consumo de álcool ou outras subs- dutor da paz social tanto pelo exemplo prático quan-
tâncias psicoativas (medicamentos e drogas ilícitas) to pelo exercício de sua influência positiva no espaço
combinado com o ato de dirigir. Alvo, nos últimos social que estiver ao seu alcance.
anos, de intensa campanha governamental e esforços Nessa mesma linha, Morin (2004) afirma que o
da sociedade organizada, inclusive com reformulação objetivo da educação não é o de transmitir conheci-
da lei de trânsito nesse sentido, mas que ainda é cau- mentos sempre mais numerosos ao aluno, mas o de
sa de significativa parcela das mortes no trânsito criar nele um estado interior e profundo, uma espécie
(PECHANSKY, 2014). de polaridade de espírito que o oriente em um senti-
Nessa direção, verificou-se que a segurança do definido, não apenas durante a infância, mas por
viária se reveste de tamanha importância na vida em toda a vida. É mostrar que ensinar a viver necessita
sociedade que recentemente foi elevada ao patamar não só do conhecimento, mas também da transfor-
de direito fundamental protegido constitucionalmen- mação, em seu próprio ser mental, desse conheci-
te. A Emenda Constitucional nº 82/2014 incluiu o § mento adquirido em sabedoria, e da incorporação
10 ao art. 144 da Constituição Federal brasileira para dessa sabedoria como norma de conduta para a vida.
disciplinar a segurança viária no trânsito, exercida pa- Pensamento semelhante transmite Freire (1979), ao
ra preservação da ordem pública e da incolumidade afirmar que estudar é também e sobretudo pensar a
das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas prática e pensar a prática é a melhor maneira de pen-
compreendendo, entre outras atividades, a educação sar certo.
e a fiscalização de trânsito, de forma a garantir ao O vocábulo ―cidadania‖, no entendimento de
cidadão o direito à mobilidade. Essa emenda explici- Habermas, pode ser traduzido como a capacidade de
tou positivamente a segurança viária como direito traçar os próprios rumos político-sociais, onde o indi-
fundamental da pessoa humana, aplicando ao víduo é o destinatário final da Norma construída, em
―trânsito seguro‖ uma proteção estatal adequada à última análise, por ele próprio. Assim, além de cons-
realidade brasileira. truir indiretamente essa Norma é necessário que o
Entretanto, cumpre afirmar que, conforme o cidadão viva, exercite e multiplique esse conhecimen-
pensamento de Hesse (1991) a Constituição será con- to no objetivo de fazê-la alcançar resultados satisfa-
vertida em força ativa se estiverem presentes na tórios. E esse engajamento é campo notadamente
consciência geral – particularmente, na consciência fértil de aplicação na seara maçônica.
dos principais responsáveis pela manutenção da or- Um modelo de conduta individual - do agir
dem constitucional -, não apenas a vontade de poder em conformidade com a Norma - encontra guarida
(WillezurMacht), mas também a vontade de Constitui- no discurso de Leal (2014), quando aponta para o
ção (WillezurVerfassung). Essa vontade de Constitui- surgimento de uma matriz estatal de conformação
ção está baseada na compreensão da necessidade e dos interesses públicos e privados, com a presença
do valor de uma ordem jurídica inquebrantável que mais forte e, por vezes, interventiva, das instituições
proteja o Estado contra os arbítrios; na compreensão públicas à proteção de interesses e bens que são in-
de que essa mesma ordem constituída é mais que disponíveis por pertencerem à coletividade, sinaliza
uma ordem legitimada pelos fatos e, portanto, preci- que o engajamento de setores sociais basilares e for-
sa de constante processo de legitimação; e de que talecedores do estado-nação (aqui a Maçonaria brasi-
essa ordem se torna eficaz com o concurso da vonta- leira) se apresenta de forma cada vez mais importan-
de humana, isto é, adquire e mantém vigência de po- te, em face das necessidades coletivas que, com o
der através de atos de vontade. Nessa acepção, a e- avançar social, vão eclodindo intensamente.
ducação prevista na redação constitucional deve ser Isto posto, verificado o imenso óbice social
entendida não apenas como ferramenta pedagógica que se tornou a acidentalidade de trânsito, no Brasil e
à disposição do Estado; deve ser entendida, ainda e no mundo, serão traçadas algumas considerações
de forma não menos eficaz, como a possibilidade do acerca de metodologia de ensino pautada na simbo-
engajamento de setores sociais – aqui sugere-se a logia, liturgia e ritualística, que é trabalhada no Ho-
Maçonaria - na construção de políticas públicas inter- mem, no sentido da construção e aprimoramento de
na corporis voltadas ao enfrentamento dessa proble- uma elevada conduta ética e moral.
mática. A força ativa da nossa Lei Máxima, no pensar
de Hesse, adquire e mantém vigência através de atos

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5. Metodologia de ensino e processo de interpre- relevo e importância, como aporte necessário ao de-
tações humanas senvolvimento de metodologias que possam focalizar
O processo cognitivo do sujeito, que produz o processo cognitivo e potencializar seu desenvolvi-
ideias e pensamentos e a partir destes a tomada de mento. O ambiente cultural em que o indivíduo está
decisão no sentido de um agir – aqui especificamente inserido determina, explicita e implicitamente, o refe-
- enquanto condutor de veículo automotor na via pú- rencial cognitivo que esse mesmo sujeito adotará em
blica, é, consoante o pensamento de Rodrigues (1999, sua ação interpretativa no mundo da vida. Por exem-
p. 78), um processo com interpretações humanas de plo, não se percebe mas carrega-se o hábito de clas-
feições subjetivas. Nesse processo há duas perspecti- sificar tudo como bom ou mau, ou ainda julgar as
vas: a fisiológica, patrocinada por neurocientistas, que coisas de acordo com o interesse econômico. O refe-
privilegia o cérebro enquanto unidade biológica es- rencial cognitivo torna-se, então, o único espaço fértil
pecializada; e a funcional, patrocinada pela filosofia, com vistas ao aperfeiçoamento da cognição/conduta
que privilegia o processo cognitivo enquanto fluxo humana. Logo, esse olhar cognitivo de que trata Ro-
produtivo de ideias, dotado de racionalidade. drigues (1999) transcende à mera condição biológica,
pois ao recepcionar as sensações percebidas pelos
A perspectiva fisiológica, que toma como sentidos humanos junto ao meio ambiente, realiza
ponto de partida o funcionamento do sistema nervo- uma codificação conceitual no âmbito de um sistema
so periférico e como ponto de chegada os estados de lingüístico cultural que permeia aquele mesmo ambi-
consciência do sistema nervoso central, possui um ente vivido pelo agente homem. Assim, a influência
―apelo‖ científico mais acentuado uma vez que, na do referencial cognitivo particular de cada indivíduo
ciência, impera uma pretensão bastante alardeada de será a base da ação interpretativa que norteia a to-
rigor científico e neutralidade ideológica. Nesse dia- mada de decisão da ação/omissão (o seu agir) em
pasão, o cérebro humano é visto como expoente de dado momento histórico, especificamente neste tra-
um processo evolucionário, donde se conclui que tu- balho, no espaço tempo no trânsito.
do na vida é aprendido cumulativamente, por um
processo tal onde nossos sentidos desempenham um Dentro desse labor reflexivo voltado ao inte-
papel principal no monitoramento de realidades. As- lecto do Homem, d‘Olivet (2004) infere que o objetivo
sim, há um olhar tato que percebe pelo contato; um do trabalhador é o trabalho interior e o conhecimen-
olhar auditivo que sente pela sonoridade; um olhar to de si mesmo, pois o homem, chegando ao conhe-
palativo que percebe pelo sabor degustativo; um o- cimento de si próprio pode alcançar o conhecimento
lhar olfato, aromático-perceptivo; e um olhar visual do universo, visto que a analogia é a grande lei dos
ótico, fotossensível. Esses recursos instrumentalizam a seres. Para d‘Olivet (2004) o autoconhecimento era o
percepção cognitiva que instaura um novo patamar objetivo da ciência telesmática dos antigos, donde
perceptivo (comum à espécie humana) inaugurando ele traz a justificação para os primeiros sábios gregos
um olhar subjetivo, instrumentalizado para além da terem gravado o preceito sobre a porta do Templo de
materialidade, o olhar cognitivo (RODRIGUES, 1999). Apolo em Delfos: ―Conhece-te a ti mesmo‖.

A perspectiva funcional privilegia a faculdade Analogamente, d‘Olivet (2004) aduz que os


cognitiva enquanto recurso instrumental do indivíduo homens são apenas reflexos mais ou menos vivos,
para o exercício de seu viver, considerando que o do- mais ou menos elevados, do Homem Universal, no
mínio consciente e competente (eficaz e eficiente) espírito do qual eles estão mergulhados. O percorrer
desse recurso o habilita a uma suficiente compreen- do caminho para esse aperfeiçoamento e elevação
são de mundo, na criação e aperfeiçoamento do co- traça três graus: ―Aspirante, Trabalhador e Cultivador‖
nhecimento e ainda a ampliação da própria capacida- que, acredita-se, d‘Olivet (2004) buscou nos ―Versos
de elaborativa da mente, por meio de ideias e pensa- Dourados de Pitágoras‖ nos dois períodos essenciais
mentos circunstancialmente ambientados e adequa- da formação pitagoriana.
dos. Nesta direção, pode ser sugerido que alguns cé- Nesse diapasão, Silveira (1995) afirma que os
rebros desenvolvem, por aprendizado, uma capacida- segredos encontrados na literatura da Franco-
de interpretativa mais apurada que outros? Consoan- Maçonaria, nos significados de seus simbolismos que
te Rodrigues (1999), o domínio consciente dos méto- compreende uma filosofia profunda e revela uma ci-
dos amplifica a competência laboral nas atividades, ência universal, ainda não foram ultrapassados pelos
posto que a competência cognitiva do ser humano conhecimentos atuais. Nas Eras antes de Cristo os
está diretamente ligada à qualidade heurística do re-
povos já acreditavam na prevalência da alma sobre a
ferencial cognitivo que a sua experiência de vida lhe
matéria como ensinava Pitágoras pelas provas numé-
permitiu desenvolver. ricas. O simbolismo maçônico estudado revela o pre-
Nesse sentido, a perspectiva funcional ganha paro do homem, para que seja útil à família e a toda

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a sociedade. O Maçom verdadeiramente iniciado, es- lhões, onde o fator humano (condutor de veículo) é
clarecido que estuda, pesquisa, aprende e compreen- apontado como responsável direto pela grande mai-
de os significados de ser Maçom, será probo, dispos- oria desses acidentes.
to a servir seus semelhantes e sua pátria, jamais tole- Trazendo esse assunto para debate - aciden-
rando a corrupção, a maldade, a desonestidade e a talidade de trânsito e suas consequências - com o
ilegalidade. aporte das mais variadas ferramentas (propagandas,
Dessa forma, saber pensar metodicamente seminários, discussões em grupo, campanhas tipo
exige um método formal de pensar, e pretender ensi- ―semana maçônica do trânsito‖, palestras em Lojas e
nar isso para seus adeptos pressupõe uma instituição assembléias entre outras), e o apoio das diversas Po-
que detenha e domine esse conhecimento. Isso dife- tências da Maçonaria brasileira, objetivando uma mu-
rencia a missão da Maçonaria e a torna uma institui- dança comportamental no homem condutor de veí-
ção única no mundo, de vez que, pelo que se sabe, culos automotores e ainda na utilização desse pró-
em nenhuma universidade, encontra-se uma discipli- prio homem como agente multiplicador de conheci-
na com a pretensão de ensinar a pensar metodica- mentos aos seus pares, familiares, colegas, amigos e
mente. Assim, esse pensar metodicamente, trabalha- todo o círculo em que sua voz se fizer ouvir e sentir,
do por meio de instrumental inerente à simbologia, dentro do espaço social disponível ao seu alcance,
ritualística e liturgia é capaz de produzir no Homem estar-se-á aplicando importante contribuição social.
condutas carregadas de ética e moral elevadas, fazen- Um trabalho dessa dimensão traz como característica
do desse mesmo Homem um construtor do bem co- uma ramificação desde os principais centros de tra-
mum e da paz social, no caminho para uma socieda- balhos maçônicos até o homem individualmente pre-
de eivada de liberdade, igualdade e fraternidade. sente no mais longínquo rincão do país (e fora deste),
no sentido de se produzir de forma mais significativa
uma conduta de respeito e obediência à Norma de
6. Considerações finais. trânsito e outros comportamentos fundamentais que,
A Maçonaria é uma instituição social que tra- certamente, contribuirão para diminuir os índices de
balha para o aperfeiçoamento da humanidade. Para acidentalidade no trânsito.
isso, ela prepara seus membros por meio do exercício Conforme o pensamento de Wirth, a Maçona-
da liturgia, da ritualística e da simbologia, que aden- ria está destinada a refazer o mundo, e a tarefa não é
tram no intelecto profundo do homem para ali reali- superior às suas forças, contanto que ela se torne o
zar as mudanças comportamentais necessárias a um que deve ser. E nesse mesmo caminho, a compreen-
paradigma de elevada conduta ética e moral. Assim, o são da missão da Ordem inscreve a Maçonaria na
homem pertencente aos seus quadros torna-se um condição de promotora do processo civilizatório e de
obreiro-construtor social na produção do bem co- instituição a serviço da humanidade.
mum e da paz social, tanto pelo exemplo de conduta
interior e exterior, quanto pela disseminação dos co-
nhecimentos éticos e de elevada moral a que tem o- 7. Referências
portunidade de acesso, de vivência e experienciação. BRASIL. Constituição da República Federativa do Bra-
Em tempo recente – desde meados da década sil de 1988. Diário Oficial da União 1988; 05 out.
de 1980 – e nos dias atuais, a sociedade brasileira (e BRASIL. Lei Federal 9.503/1997, Anexo I, conceitos e
mundial) sofre uma tragédia silenciosa, lenta e mortal definições. Disponível em: <http://
denominada acidentes de trânsito. Essa realidade está www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9503.htm > Aces-
presente na rotina daqueles indivíduos que, em al- so em 19 jul. 2017.
gum momento, farão uso da via pública para se loco-
mover, portanto, é uma constante na vida da maioria DA CAMINO, Rizzardo. Breviário maçônico. São Paulo:
das pessoas. O saldo mundial dessa acidentalidade é Madras, 2014.
de aproximadamente 1,24 milhão de pessoas mortas DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO. Pacto
por ano no trânsito, sendo que no Brasil esse número nacional pela redução de acidentes. [Acesso 09 jun
é de 43 mil mortes anuais (dados de 2014). O custo 2017]; [cerca de 5 p.] Disponível em: < http://
social brasileiro para cada acidente fatal de trânsito www.denatran.gov.br/decada_transito.htm >.
foi verificado em R$ 646 mil e para cada acidente
com vítima lesionada o custo é de R$ 90 mil. Confor- D‘OLIVET, Fabre. A verdadeira maçonaria e a cultura
me estabelecido pelo Relatório IPEA/PRF 2015, estima celeste. São Paulo: Madras, 2004.
-se que os custos anuais da acidentalidade no trânsi- FREIRE, José Robson Gouveia. O que é a maçonaria.
to brasileiro sejam de aproximadamente R$ 40 bi- Disponível em: <http://www.revistaartereal.com.br/

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