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FIELDBUS

Em meados de 1960 o sinal analógico de 4-20mA (miliampére) foi introduzido para realizar o
controle de dispositivos industriais. Aproximadamente em 1980, os sensores inteligentes
começaram a ser desenvolvidos e implementados usando um controle digital. Isso motivou a
necessidade de integrar vários tipos de instrumentações digitais em campos de comunicações,
visando otimizar a performance dos sistemas. Dessa forma se tornou óbvio que um padrão era
necessário para formalizar o controle dos dispositivos inteligentes.
Dessa forma, definiu-se o Fieldbus, no qual é um sistema de rede de comunicação industrial
para controle em tempo real. Fieldbus seria um termo genérico empregado para descrever
tecnologias de comunicação industrial. O termo fieldbus abrange muitos diferentes protocolos para
redes industriais. Tal tecnologia é usada na indústria para substituir o sinal analógico de 4- 20 mA
(miliampére).
A decisão sobre fornecer o tal padrão (tecnologia) partiu de: Instrument Society of America (ISA),
a International Electrotechnical Commission (IEC), Profibus (German national standard) e FIP
(French national standard), formando a IEC/ISA SP50 Fieldbus committee. O padrão a ser
desenvolvido deveria integrar uma grande variedade de dispositivos de controle.
A tecnologia tem como promessa melhorar a qualidade e reduzir custos. Com a tecnologia
fieldbus há uma economia significativa na fiação empregada, dado que usando o sinal analógico
de 4-20mA é necessária que cada dispositivo tenha seu próprio conjunto de fios e seu próprio ponto
de conexão. Fieldbus elimina tal necessidade empregando um esquema que necessita somente de
um par trançado (a fibra ótica também pode ser utilizada).

Padrões
Atualmente há uma vasta variedade de padrões fieldbus. Alguns dos mais amplamente usados
incluem:

 AS-Interface
 CAN
 DeviceNet
 ControlNet
 FOUNDATION fieldbus
 HART Protocol
 Industrial Ethernet
 Interbus
 LonWorks
 Modbus
 Profibus
 SERCOS
Protocolo Industrial ControlNet
Rede industrial de camada de controle em tempo real, aberta, que permite o transporte em alta
velocidade de dados de E/S e mensagens de dados críticos em termo de tempo, inclusive o
carregamento e o descarregamento de dados de programação e de configuração de mensagens
ponto-a-ponto, em uma única conexão de meio físico.
O protocolo ControlNet™ foi desenvolvido pela Allen-Bradley (atual Rockwell Automation) em
1995, tornando-se um protocolo aberto controlado pela ControlNet International em 1996 e
finalmente em 2008 passou para o suporte e gestão da ODVA. A rede ControlNet™ possui modelo
de rede produtor-consumidor e é uma rede determinística, com repetibilidade, alto throughput (taxa
de transmissão), sincronismo e grande comprimento de rede. Trata-se de uma rede robusta para o
nível de controle, com transferência de dados em tempo real para dados críticos de E/S (entradas
e saídas) e mensagens, incluindo configuração de dispositivos e adição/remoção de E/S em tempo
real.

CARACTERÍSTICAS CONTROLNET
• Comunicação Serial;
• Alta velocidade;
• PLC’s, HMIs, múltiplos controladores I/O no mesmo link físico, Redes I/0, reduz tráfego
no bus ;
• Processos contínuos e discretos;
• Rede única para programação e I/O;
• Mensagens ponto-a-ponto;
• Intertravamento em tempo real;
• Suporte embutido para redundância total de cabos;
• Estritamente programada e altamente determinista, definida pela operação coordenada e
sincronizada;
• Modelo Produtor-Consumidor;
• Entradas compartilhadas;
• Flexibilidade para o meio físico:
- Topologia: árvore, barramento, estrela, híbrido;
- Redundância de hardware;
- Pleno acesso a rede.
• Troca de dados e programas de configuração e tráfego de mensagem ponto-a-ponto;
• Perfomance atinge 5 Mbps na forma determinística e repetitiva;
• Instalação simples, sem ferramentas especiais;
• Mídia Física Coaxial ou Mídia Fibra.
• Muito utilizada para redundância de PLC’s;
• Alcance de longas distâncias com este protocolo;
• Até 20 km de extensão através de fibra óptica e 99 dispositivos conectados;
• Transmite dois tipos de informações:
- Controle e dados I/O;
- Informações não críticas;
• Acesso à rede por qualquer nó;
• Substituição de TAP’s em qualquer ponto do cabo tronco sem maiores problemas;

• Opção de arquitetura flexível


- Incremento do número de nós no mesmo link;
- Processadores com portas ControlNet, Remote I/O e DH+;
• Programação avançada:
- Seleção do tempo de atualização de controle e de I/O pelo usuário.
- Resposta on-line da utilização dos recursos da rede.
- Mapeamento do controle e dados de I/O.
• Rede de capacidade avançada
- Eliminação dos atrasos na comunicação entre controladores com a
- eliminação dos blocos de mensagens.
- Eliminação das instruções de block transfer para rack's remotos.
Tabela 1 – Características e funcionalidades do ControlNet

Método Produtor-Consumidor
No método de comunicação Produtor-Consumidor existem dois tipos de dados e estes podem ser
identificados como origem ou destino. Neste sistema vários nós, denominados produtores, podem
transmitir informações para outros nós, denominados consumidores. Também pode haver nós na
rede que assumam o papel de produtor e consumidor.
A vantagem do método de comunicação Produtor-Consumidor em relação ao Mestre-Escravo é
o tempo de entrega dos dados aos dispositivos do sistema, pois este método não trabalha com
varredura onde os dados só são enviados por requisição e determinismo.

Então, temos:
• Dados de origem e destino;
• Produtores (nós) transmitem informação para consumidores (nós);
• Múltiplos nós podem consumir os mesmos dados de um único produtor;
• Sincronização dos nós para receberem as informações simultaneamente;
• A banda de comunicação pode ser otimizada para um melhor desempenho;
• Uma única rede para controle, mensagem de I/O e programação;
• Tempo de espera inferior ao mestre-escravo.

Fig. 1 – Comunicação Produtor-Consumidor

TABELA 2 – PROTOCOLOS INDUSTRIAIS


Fig. 2 – Sistema de controle e módulo ControlNet

Fig. 3 – Sistema com meio redundante

Fig. 4 – Áreas Sistema com ControlNet


TOPOLOGIA

A camada física ControlNet™ é implementado utilizando RG-6 cabo coaxial (até 1000 metros de
comprimento máximo do segmento) e conectores BNC, com suporte para cabeamento redundante.
Cabos de fibra óptica, também podem ser utilizados para aumentar o comprimento máximo do
segmento (até 30 km, dependendo do tipo de fibra utilizada). O esquema de sinalização utilizado é
codificação Manchester, e a taxa de dados é de 5 Mbps. ControlNet™ suporta várias topologias,
incluindo barramento (tronco-derivação), árvore, estrela, anel ou combinações. Na sua forma mais
simples, esta rede usa o barramento, no qual cada nó é conectado através de um derivador a uma
linha de um metro. Repetidores são utilizados para conectar um número de segmentos. Alguns
exemplos desta rede são mostrados abaixo.

Fig. – Topologias para Rede ControlNet.

Fig. 6 – Exemplo ControlNet topologia estrela


Fig. 7 – Exemplo ControlNet topologia anel

Camada Física
Um sistema de cabos de uma rede ControlNet e composto em sua maioria dos seguintes
dispositivos abaixo:
 Nós;
 Cabos de tronco;
 Taps;
 Repetidores;
 Terminadores;
 Pontes ou segmentos.

Fig. 8 – Sistemas de Cabos ControlNet


Troca de informações pela rede

Abaixo, temos um descritivo de como é feita a troca de dados pela rede ControlNet:
• Uma mensagem é enviada por um produtor e contém apenas um caractere identificador
chamado de CID (connection ID). Este ID é criado automaticamente quando os nós da
ControlNet são conectados à rede.
• Os nós podem estar configurados para identificar um ID determinado.
• O acesso à rede é controlado por um algoritmo, que permite que apenas um nó possa
transmitir a cada oportunidade de transmissão em cada intervalo de atualização da rede
(NUT).

SERVIÇOS DE REDE

O Serviço Scheduled (Programado)


A rede ControlNet pode enviar mensagens programadas, as quais possuem as seguintes
características:
• Tem maior prioridade na troca de dados;
• É determinística e repetitiva;
• Podem ser dados digitais, analógicos, e intertravamento ponto-a-ponto.

O Serviço Unscheduled (Não programado)


Dados não programados podem ainda serem transmitidos pela rede, tais dados possui as
seguintes características:
• A transmissão é feita somente após a realização da transmissão dos dados programados.
• Possui informações que não são críticas ao processo
• São mensagens do tipo ponto-a-ponto e dados de programação, como upload e download
de programas.

ControlNet™ utiliza o método CTDMA (Concurrent Time Domain Media Access) na sua camada
de enlace para acesso ao barramento, isto significa que todo o tráfego de dados em uma rede
ControlNet™ é estritamente programada e altamente determinista. CTDMA significa que todos os
nós têm acesso igual à rede em intervalos de tempo fixos. Um intervalo de tempo é configurado
onde cada nó pode acessar a rede pela ordem sequencial do seu nó. Após cada nó ter tido sua
oportunidade de transmitir, os nós podem uma segunda chance de fazê-lo no tempo restante antes
do início do próximo intervalo. Cada nó tem a garantia de transmitir a cada intervalo, porém não há
garantia que tenha uma segunda chance neste mesmo período temporal. A oportunidade garantida
de transmitir é chamada de agendada (scheduled), e os dados adicionais enviados na sequência
ocorrem nos dados não-agendados (unscheduled). Cada intervalo de tempo, ou NUT (Network
Update Time), é subdividida no tempo de serviço agendado (scheduled), em tempo de serviço
nãoagendado (unscheduled) e tempo de manutenção de serviço (guardband). A figura 36
representa os conceitos apresentados acima.

Fig. 9 – Definições do CTDMA na rede ControlNet

A figura acima apresenta os seguintes conceitos da rede:


 NUT: intervalo de tempo base no qual a rede reinicia a largura de banda agendada
(configurável de 2ms a 100ms).
 Largura de banda agendada: cada nó terá uma oportunidade por NUT para enviar dados.
 Largura de banda não-agendada: cada nó terá uma oportunidade compartilhada para
enviar dados numa ordem de "fatias" de tempo iguais até que o NUT seja exaurido.
 Guardband - pequeno pedaço de dados enviados ao final de cada NUT para manutenção e
coordenação da rede.
 SMAX - scheduled maximum address: endereço do nó de maior numeração que pode
transmitir durante a banda agendada.
 UMAX - unscheduled maximum address: endereço do nó de maior numeração que pode
transmitir durante a banda não-agendada. Para completar a base conceitual desta rede,
alguns outros conceitos necessitam ser postos:
 Slot time: intervalo de tempo que se deve esperar antes de declarar que um dado nó não
vai comunicar. Como o schedule dos nós é seqüencial, caso hajam nós faltando na
configuração, haverão tantos slot times quantos nós faltantes na rede.
 RPI - Requested Packet Interval: taxa na qual o usuário define que dois dispositivos devam
comunicar. Ao invés de enviar todos os dados a cada NUT, os dispositivos podem enviá-
los somente na taxa demandada pela aplicação.
 API - Actual Packet Interval: taxa real em que dois dispositivos comunicam. Naturalmente,
o API sempre será menor que o RPI, uma vez que a comunicação se dará dentro de um ou
múltiplos binários de um NUT.
 Scanner - dispositivos que podem abrir conexões agendadas e comunicar durante a parte
agendada de um NUT. Os CLPs são dispositivos desta classe.
 Adaptadores - dispositivos que podem comunicar durante a parte agendada de um NUT
mas não podem abrir conexões agendadas. Dispositivos de E/S são classificados nesta
classe.
 Mensagem - dispositivos que não podem comunicar durante a parte agendada de um NUT.
Geralmente as NICs (placas de rede) estão nesta classe.

Configurando o ControlNet™

Há três maiores componentes de software quando se trabalha com a rede ControlNet™.


A figura 37 mostra como as camadas físicas se relacionam com os pacotes de
configuração.

 RSNetWorx: software de comissionamento de rede. Este software criará o schedule da


rede e pode também ser utilizado para configurar conexões individuais.
 RSLinx: contém os drivers para os cartões de comunicação no computador. Trata-se do
gateway para a rede para todos os pacotes de software residentes no computador. Na
rede ControlNet™ o RSNetWorx comunica através do RSLinx.
 RSLogix 5000: software de programação para os controladores Rockwell Logix. Trata-se
também da interface de configuração para as conexões ControlNet™ antes do schedule de
rede pelo RSNetWorx.

Fig. 10 – Softwares para configuração da rede ControlNet

O RSNetWorx para o ControlNet™ é utilizado para fazer o schedule da rede, com as seguintes
informações básicas. A interface gráfica é similar à apresentada na figura 38.
 Network Update Time (NUT)
 Scheduled Maximum Nodes (SMAX)
 Unscheduled Maximum Nodes (UMAX)
 Configuração do meio físico: para cálculo do slot time.

Fig. 11 – Interface gráfica do RSNETWorx para ControlNet.

PARÂMETROS DA REDE
Alguns parâmetros a serem configurados para iniciar as trocas de dados entre os dispositivos:
• Tempo de atualização da rede (NUT)
• Máximo nó da banda programada (SMÁX)
• Máximo nó de rede (UMÁX)
• Meio físico

CAMADA DE ENLACE
• Formato de armação de mensagem de ControlNet;
• O protocolo de ControlNet adota um mecanismo de token-passing implícito e nomeia um
MAC ID sem igual (de 1 a 99) para cada nó.

VISÃO GERAL

Fig. 12 – Camadas de atuação da ControlNet

Fig. 13 – Faixas de aplicação de redes.


APLICAÇÕES TÍPICAS
Bem adequada para aplicações de alta velocidade I/O ou remoto analógico:
• Transferência de linhas automotivas, oficinas de pintura e linhas de montagem;
• Água e esgoto;
• Processamento de alimentos;
• Farmacêutico;
• Transportadores seccionais;
• Manuseio de bagagens;
• Aplicações de controle altamente sincronizado e de alto rendimento;
• I/O de contagem;
• Distribuição através de grandes distâncias geográficas;
• Desempenho em tempo real.

SISTEMAS DISTRIBUÍDOS
Com a evolução da arquitetura de controle distribuído e divulgação de suas vantagens, os
comitês envolvidos com a norma internacional incluíram na especificação da rede, funções de
controle e de gerenciamento distribuído. Deste modo, o programa de controle pode ser dividido
para ser executado em dispositivos diferentes, aumentando a confiabilidade do sistema e a
velocidade do que em um único equipamento como num PLC, por exemplo. Isto pode significar
que não será necessário um equipamento de controle como um PLC no futuro (Figura 14).

Fig. 14- Arquitetura Fieldbus distribuída.

No entanto, para que estas partes do programa pudessem ser entendidas por diferentes
dispositivos de diferentes fabricantes, e também, redundantes em diferentes dispositivos (para
maior confiabilidade que os usuais PLCs e controladores centralizadores do programa de controle),
foi necessário também uma padronização das mesmas. Esta padronização está continuamente
sendo expandida, mas tem como base, blocos funcionais padronizados anteriormente para as
conhecidas arquiteturas de SDCDs (Figura 6).
Fig. 15 – Arquitetura Fieldbus em blocos.

Deste modo, o verdadeiro fieldbus não é mais somente uma rede, mas um sistema de controle em
tempo real que utiliza uma rede, geralmente implementada numa topologia em barramento, e que
distribui o controle.

REFERÊNCIAS
[1] - CRUZ, V. S. Automação Industrial: F oundation Fieldbus. Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, 2013.
[2] - AZEVEDO, J. A. P; SOUZA, A. B. Comparativo entre Redes de Automação Industrial e
suas Características. 2014. 8f. Trabalho de Conclusão de Curso (Pós-Graduação em Engenharia
de Sistemas Eletro-Eletrônicos, Automação e Controle Industrial), Instituto Nacional de
Telecomunicações.

[3] - PIMENTEL, J. C. Alteração da Topologia de Rede ControlNet para Ethernet/IP para a


Estação de Controle Mestre de um Sistema de Produção Submarino. 2013. 96 f. Monografia
(Especialização em Automação Industrial), Departamento Acadêmico de Eletrônica, Universidade
Tecnológica do Paraná, Curitiba, 2013.

[4] – ELO Consultoria e Automação Ltda, Redes ControlNet e DiviceNet. Disponível em


https://pt.scribd.com/doc/173236322/Apostila-Rede-ControlNet-Elo

[5] – FENG . Protocolos Industriais ControlNet. Jan. 2015. 55 Slides.

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