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CURSO DE
PEDAGOGIA WALDORF
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
PEDAGOGIA WALDORF
MÓDULO I
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são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
MÓDULO I
1 INTRODUÇÃO
1.1 O QUE É A PEDAGOGIA WALDORF
1.2 AS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
2 O DIFERENCIAL DA PEDAGOGIA WALDORF
2.1 PENSAMENTO TEÓRICO E PENSAMENTO ABSTRATO
2.2 A REENCARNAÇÃO
2.3 RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
2.4 A AVALIAÇÃO
2.5 O COMPUTADOR
2.6 A LIBERDADE INDIVIDUAL
3 O CURRÍCULO DA ESCOLA WALDORF E SUAS ESPECIFICIDADES
3.1 A DIVISÃO DA PEDAGOGIA WALDORF
3.2 CONHECIMENTO DO SER HUMANO
3.3 ENSINO CATIVANTE
3.4 A BASE ARTÍSTICA E SOCIAL E O DESPERTAR DA RELIGIOSIDADE
4 COMO A PEDAGOGIA WALDORF COMEÇOU
4.1 NOVAS PERSPECTIVAS APÓS A GUERRA
4.2 A ESCOLA DE STUTTGART
5 A PRESENÇA DA PEDAGOGIA WALDORF NO BRASIL
5.1 ESCOLAS WALDORF POR TODO O BRASIL
5.2 A FEDERAÇÃO DAS ESCOLAS WALDORF NO BRASIL
MÓDULO II
6 A FILOSOFIA POR TRÁS PEDAGOGIA WALDORF
6.1 UM SER DE CORPO, ALMA E ESPÍRITO
6.2 O HOMEM É ESPIRITUALMENTE LIVRE
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7 QUEM FOI RUDOLF STEINER
7.1 O EDUCANDO E O EDUCADOR STEINER
7.2 A SOCIEDADE TEOSÓFICA
7.3 A SOCIEDADE ANTROPOSÓFICA
8 COMO A LEITURA É ENSINADA EM UMA ESCOLA WALDORF
8.1 A ESCRITA ATRAVÉS DA ARTE, A LEITURA ATRAVÉS DA ESCRITA
8.2 VIVENCIANDO A HISTÓRIA
9 A ÊNFASE EM FESTAS E CERIMÔNIAS
MÓDULO III
10 ESCOLAS WALDORF DESESTIMULAM A ASSISTIR À TV
11 TAXA ANUAL DE UMA ESCOLA WALDORF
12 FORMAÇÃO DOS PROFESSORES WALDORF
13 A ANTROPOSOFIA
13.1 ASPECTOS QUE CARACTERIZAM A ANTROPOSOFIA
13.2 O QUE A ANTROPOSOFIA NÃO É
14 A EURITMIA
14.1 ORIGEM E EVOLUÇÃO DA EURITMIA
14.2 O OBJETIVO DA ARTE DA EURITMIA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO I
1 INTRODUÇÃO
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que é exigido das pessoas pela realidade da vida moderna precisa encontrar o seu
reflexo na organização escolar. O espírito dominante nesta vida deve ser despertado
nas crianças pela educação e pela instrução (STEINER, 1961).
Segundo a Escola Waldorf Rudolf Steiner (2013), a Pedagogia Waldorf tem
como ponto de partida o conhecimento da criança e de seu desenvolvimento em
diversos aspectos. Enfoca o ser humano como ente físico, anímico e espiritual. Tem
como objetivo o cultivo das potencialidades individuais. Leva em consideração a
diversidade cultural e se compromete com princípios éticos humanos amplos e
gerais.
• Infância saudável;
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Nas palavras de Steiner (apud SETZER, 1998, p. 1):
Não há, basicamente, em nenhum nível, uma educação que não seja a
autoeducação. [...] Toda educação é autoeducação e nós, como
professores e educadores, somos, em realidade, apenas o ambiente da
criança educando-se a si própria. Devemos criar o mais propício ambiente
para que a criança eduque-se junto a nós, da maneira como ela precisa
educar-se por meio de seu destino interior.
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A antropologia geral é o conhecimento da fisiologia humana, mas não
apenas do ponto de vista médico, orgânico, do corpo físico, mas também de todo
conjunto de sentidos, de sensações que o homem ganha quando ele nasce (GALDI,
2008).
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2.1 PENSAMENTO TEÓRICO E PENSAMENTO ABSTRATO
2.2 A REENCARNAÇÃO
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Setzer (apud OLIVEIRA, 2012) esclarece que “A pedagogia Waldorf quer
formar adultos livres, que possam achar seu caminho por iniciativa própria”.
Até seis anos e meio ou sete anos, por exemplo, o mais importante é ter um
ambiente sadio para brincar, que incentive a imaginação. Esse ambiente
deve proporcionar impulsos sadios para uma criança de até aquela idade
aprender por imitação, pois essa é a ferramenta educacional mais
importante. Dos sete aos 14 anos, é importante ter um ambiente escolar
artístico, amoroso e caloroso, em todas as matérias (SETZER apud
OLIVEIRA, 2012, p. 1).
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O mesmo professor ensina as principais disciplinas a uma turma durante
todo o Ensino Fundamental, podendo assim seguir o desenvolvimento dos alunos e
evoluir com eles (OLIVEIRA, 2012).
2.4 A AVALIAÇÃO
O método de avaliação das escolas Waldorf não atribui nota aos alunos,
nem força repetições de ano. A avaliação é subjetiva; os boletins apontam falhas e
sucessos do aluno em cada matéria, e aconselha o que ele deve fazer para que haja
o aprimoramento (OLIVEIRA, 2012).
2.5 O COMPUTADOR
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O computador é uma máquina matemática e sempre força um raciocínio
matemático e uma linguagem formal nos seus usuários. Antes da
puberdade, parece-me que é prejudicial à criança ser forçada a pensar e se
expressar dessa maneira, pois tanto o pensar como o falar não são bem
delimitados e precisos (SETZER apud OLIVEIRA, 2012, p. 1).
Setzer (apud OLIVEIRA, 2012) afirma não ser comum que crianças ou
adolescentes já possuam essas competências desenvolvidas, e se já as possuem,
isso não é saudável do ponto de vista do seu desenvolvimento. Segundo ele:
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Elas foram fechadas pelo nazismo e muitos de seus professores foram
presos. Elas foram proibidas na União Soviética, onde era também proibida
a entrada dos livros de Steiner. Nessa última, houve ainda outro fator: como
a base da pedagogia Waldorf é a Antroposofia, que é uma cosmovisão
espiritualista, isso ia contra o materialismo dialético propugnado pelo
comunismo.
Nesta aula, vamos aprender um pouco sobre o conjunto das matérias das
Escolas Waldorf e suas características especiais.
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conteúdos acadêmicos indispensáveis para o desempenho profissional e para os
vestibulares são proporcionados durante cada setênio. Esses conteúdos são
fornecidos aos alunos de uma forma adequada para cada setênio. Adiantar
conteúdos não acarreta vantagem competitiva para as crianças, e pode atrapalhar a
oferta de experiências importantes para cada setênio. (MIZOGUCHI, 2010).
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Nas Escolas Waldorf, consideram-se intensamente as características
individuais (MIZOGUCHI, 2010). É uma escola primária em que os objetivos
educacionais e curriculares são baseados na percepção do professor sobre a
natureza do ser humano, tanto quanto isso é possível sob as condições atuais. As
crianças devem avançar nas séries escolares para satisfazer as normas vigentes.
Mas, dentro desse quadro, os ideais pedagógicos e curriculares vão assumir uma
forma em que esse conhecimento surge do ser humano e da vida real (STEINER,
1961).
Conforme Hale (2011), filósofo britânico, o objetivo da escola Waldorf é
educar a criança como um todo, "cabeça, coração e mãos". O currículo é tão amplo
quanto o tempo permitir, e equilibra assuntos acadêmicos com atividades artísticas e
práticas.
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A visão de mundo moderno, baseada como é na lei natural, não se aproxima
desses fatos do desenvolvimento humano em plena consciência. Para observá-los
com a atenção necessária, é preciso ter um senso de manifestações mais sutis da
vida do ser humano. Esse tipo de sentimento deve percorrer o conjunto da
educação, que deve moldar o currículo, de forma a se habituar ao espírito de unir
professor e aluno. Na educação, o professor não pode depender apenas de uma
pedagogia geral e abstrata, é necessário que haja a cada momento um
entendimento claro do jovem a quem ele está ensinando (STEINER, 1961).
O professor trabalha com base em um conhecimento genuíno do ser
humano; isso possui um poder único de despertar o interesse de todos os alunos
sobre o assunto discorrido, e permite que cada aluno o assimile de sua maneira
individual. É preciso que, o que quer que o professor faça, seja suficientemente vivo
(STEINER, 1961).
Se o educador tiver verdadeira sensibilidade para com a natureza humana, o
ser humano em desenvolvimento torna-se para ele um enigma vivo, e a tentativa de
resolvê-lo desperta no aluno a empatia, que é um estado de espírito no qual uma
pessoa se identifica com outra, e passa a sentir o que ela está sentindo. Essa
empatia é mais valiosa do que o trabalho individual, que pode muito facilmente
podar a iniciativa da criança (STEINER, 1961).
Grandes classes ministradas por professores que estão imbuídos com a vida
que vem do conhecimento genuíno do ser humano vão conseguir melhores
resultados do que classes pequenas lideradas por professores que procedem
apenas segundo o padrão de teorias educacionais, e não colocam vida em seu
trabalho.
A transformação da alma aos seis ou sete anos é muito marcante. Mas, para
a arte de educar, essa transformação não é menos importante que aquela que
acontece por volta do final do nono ano de vida, e que pode ser percebida por um
estudo penetrante do ser humano. Nesse momento, a percepção de si mesmo
assume uma forma que desperta na criança uma relação com a natureza e com o
mundo ao seu redor, de tal forma que agora se pode falar mais com ele sobre as
conexões entre as coisas e seus processos, enquanto que anteriormente ele estava
interessado quase exclusivamente em coisas e processos apenas em relação ao ser
humano (STEINER, 1961).
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Esse tipo de evento relacionado ao desenvolvimento de um ser humano
deve ser cuidadosamente observado pelo educador, pois, se alguém introduz no
mundo da criança conceitos e sentimentos que coincidem com a direção tomada por
seus próprios poderes em desenvolvimento naquele período da vida, isso dará vigor
adicional para o seu crescimento integral, e continuará a ser uma fonte de força ao
longo de sua vida. Se, em qualquer período da vida, alguém trabalhar na contramão
desses poderes em desenvolvimento, irá enfraquecer o indivíduo (STEINER, 1961).
Ter conhecimento das necessidades especiais de cada período de vida
fornece uma base para a elaboração de um currículo adequado; esse conhecimento
também pode ser uma base para lidar com assuntos de instrução em períodos
sucessivos. Até o final do nono ano, já se deve ter apresentado à criança uma
determinada porção de tudo o que veio à vida humana por meio do crescimento da
civilização (STEINER, 1961).
Os primeiros anos escolares devem ser usados para ensinar a criança a ler
e a escrever, mas de uma forma que permita o desenvolvimento do caráter
essencial dessa fase. Se a criança for ensinada de uma maneira que se garanta
apenas o desenvolvimento do seu intelecto e meramente a aquisição abstrata de
habilidades, então o desenvolvimento natural da vontade e das sensibilidades é
prejudicado. Porém, se a criança aprende de uma forma que seduz todo o seu ser,
ela se desenvolve integralmente (STEINER, 1961).
Elementos artísticos e os exercícios físicos são levados a uma combinação
adequada; ginástica e jogos de ação são desenvolvidos como expressões de
sentimentos, aflorados por elementos como a música ou a declamação. O
movimento Eurítmico (prática corporal que harmoniza corpo, alma e espírito) é o
movimento com um significado, e vai substituir os movimentos baseados apenas na
anatomia e fisiologia do corpo físico (STEINER, 1961).
Há um poder enorme em uma forma artística de instrução como ferramenta
para se desenvolver a vontade e o sentimento. No entanto, para ensinar ou instruir
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desta forma e obter resultados valiosos, o trabalho precisa ser realizado por
professores que tenham uma visão suficientemente aguçada do ser humano para
perceberem claramente a conexão entre os métodos que estão empregando e as
forças de desenvolvimento que se manifestam em qualquer ser humano em um
específico período da vida (STEINER, 1961).
Referindo-se a isso, Steiner (1961) afirmou que, para ser verdadeiramente
professor e educador, não basta estudar a teoria educacional enquanto ciência da
gestão de crianças, pois é indispensável que tenha despertado no indivíduo o
pedagogo por meio da consciência da natureza humana.
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Segundo Steiner (2003, p. 130):
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período da manhã por quatro semanas, e depois aquele assunto é descansado na
consciência da criança, para que talvez seja retomado futuramente. Isso ajuda a
trazer a compreensão do professor em relação à necessidade da criança em ter
essa pausa. Essa é uma característica do currículo, de como ele é oferecido;
envolve também a metodologia da pedagogia, mas o aspecto essencial é a área
artística, social e o despertar da religiosidade que já existe no ser humano (GALDI,
2008).
Não é no sentido de lidar com dogmas, mas de resgatar a religiosidade que
todo ser humano tem, e que se manifesta especialmente quando se é criança, e
depois tende a adormecer, ficar esquecido. Na Pedagogia Waldorf, enfatizam-se as
festas cristãs; então, a religiosidade acaba tendo um peso muito grande (GALDI,
2008).
Ute Craemer, Professora Waldorf, tradutora e fundadora da Associação
Comunitária Monte Azul e da Aliança pela Infância no Brasil, Membro do Conselho
Deliberativo em São Paulo, apresenta propostas para um Currículo Social. Craemer
(2012) explica que tais propostas são ideias que surgiram a partir de perguntas
sobre a atual questão social do Brasil e do mundo. Segundo essa autora, em vários
países, incluindo o Brasil, poucos são os estudantes que têm acesso a uma boa
educação escolar; enquanto a grande maioria está impossibilitada de ter acesso a
essa educação. Assim, é importantíssimo disponibilizarem-se recursos para se
“construir a ponte" que una essas realidades tão diferentes.
Craemer (2012) alista algumas ideias que poderiam ser incluídas no
currículo Waldorf, para que os estudantes mais privilegiados percebam essa
realidade social, e desenvolvam o anseio de transformá-la. Há formas de despertá-
los para a questão social de forma didática e lúdica. As propostas estão divididas
desde o Jardim da Infância, e a partir do primeiro até o décimo segundo ano estão
divididas em triênios:
Jardim da Infância: primeiro é necessário aprender a dar e a dividir; isso
começa por meio de exemplos práticos, como fazer cartões de Natal para os
funcionários da escola. Os professores podem contar histórias cheias dos valores da
doação e da justiça, para que eles ajam na alma infantil.
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Primeiro, segundo e terceiro anos: podem ser gerados encontros entre
crianças de ambientes sociais diferentes, por meio de excursões, teatro,
brincadeiras, etc. Por exemplo, as crianças da favela poderiam preparar uma peça
de teatro para apresentarem às crianças de escolas particulares e vice-versa. Essa
troca de experiências ajudaria a evitar um “sentimento de superioridade” nas
crianças de classe privilegiada. Tais atividades devem ser promovidas de forma que
ambos os grupos logo possam perceber a troca, o que se deu e o que se recebeu.
Durante as festas cristãs, como Natal ou Páscoa, poderia haver trocas de presentes,
de ovos pintados, cartões, etc. O aprendizado social pode acontecer na escola, com
o pessoal da manutenção, do escritório, ou com outros alunos. As crianças podem
fazer brinquedos de madeira para o jardim de infância da própria escola ou
promover excursões em que cada criança se responsabilize por cuidar de outra do
jardim de infância. Podem-se promover apresentações de roda, música, teatro,
preparadas pelas crianças maiores para as crianças menores.
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ou de doação de roupas. Alunos acima de 16 anos podem ser voluntários para
auxiliar como monitores em excursões ou em aulas em uma entidade social ou
escola pública.
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4 COMO A PEDAGOGIA WALDORF COMEÇOU
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uma necessidade de estruturar a sociedade a partir de seus três sistemas
essenciais:
A vida espiritual;
A vida jurídica;
A vida econômica.
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Uma das pessoas envolvidas pelo movimento da trimembração social foi
Emil Molt, diretor da fábrica de cigarros Waldorf-Astoria, onde os operários
podiam, durante o horário de trabalho, assistir às aulas de formação de
adultos e ouvir palestras de Steiner e de Hahn sobre os problemas da
atualidade. Sentiram muita gratidão por estas aulas, mas colocaram para
Emil Molt que gostariam que seus filhos tivessem acesso a uma formação
mais humana, já que eles não a tiveram na sua infância. Aí nasceu o
impulso para a 1ª Escola (livre) Waldorf. Emil Molt pediu para R. Steiner
assumir a direção pedagógica desta escola. Steiner viu a oportunidade de,
através dessa escola, dar um impulso novo pelo menos no âmbito da Vida
Cultural, pois seria uma escola autogestada e independente do estado, uma
escola para todos: filhos dos operários e de outras classes sociais, uma
escola de 12 anos, sem repetência e exclusão, para meninos e meninas e
sem o mortífero esfacelamento em grades curriculares de aulas de 45
minutos de duração (IGNÁCIO, 2007, p. 1).
1. Antropologia geral;
2. Metódica e didática;
3. Exercícios Seminarísticos.
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FIGURA 1 - FOTOGRAFIA DE EMIL MOLT
FONTE: Federação das Escolas Waldorf no Brasil: FEWB, 2008. Disponível em:
<http://www.federacaoescolaswaldorf.org.br/imagens/apresFewb.pdf>. Acesso em: 16 abr. 2013.
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comunistas. Hoje, conta com mais de 1.000 escolas no mundo inteiro, sem contar os
jardins de infância Waldorf isolados, ou seja, os que não incluem o ensino
fundamental (SETZER, 1998).
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FIGURA 3 - FOTOGRAFIA DA PRIMEIRA ESCOLA WALDORF NO BRASIL
FONTE: Federação das Escolas Waldorf no Brasil: FEWB, 2008. Disponível em:
<http://www.federacaoescolaswaldorf.org.br/imagens/apresFewb.pdf>. Acesso em: 16 abr. 2013.
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espaço suficiente para o desenvolvimento de todas as atividades previstas no
currículo Waldorf (ESCOLA WALDORF RUDOLF STEINER, 2013).
De acordo com a Federação das Escolas Waldorf no Brasil (2008), essa
transferência de lugar pôde acontecer graças à generosidade dos casais Schmidt,
Mahle, Berkhout e Bromberg, que doaram a propriedade.
As instalações da Escola Waldorf Rudolf Steiner foram sendo ampliadas,
objetivando proporcionar um ambiente com dimensões apropriadas para as
crescentes demandas de alunos (ESCOLA WALDORF RUDOLF STEINER, 2013).
Nessa escola, existem hoje Jardins de Infância com extensa área verde,
salas de aula acolhedoras, laboratórios de Ciências (Química, Física e Biologia),
salas de Tecnologia e Computação, salas de Trabalhos Manuais, salas de Música,
oficinas de Arte, Teatro, Biblioteca, quadras de esporte (aberta e coberta), refeitório,
áreas de plantio e jardinagem (ESCOLA WALDORF RUDOLF STEINER, 2013).
Em 1970, inaugurou-se o primeiro seminário de Pedagogia Waldorf no
Brasil, fundado pelo casal Rudolf Lanz e Mariane Lanz. Atualmente, esse local é o
Centro de Formação de Professores Waldorf, onde funciona o curso Normal
(FEDERAÇÃO DAS ESCOLAS WALDORF NO BRASIL, 2008).
Em 1973, foi criado o ensino médio da EW Rudolf Steiner, e em 1975
aconteceu à conclusão da primeira turma. Em 1978, foi fundado do Colégio Waldorf
Micael, em São Paulo, próximo a Cotia, para atender o crescente interesse de pais
pela Pedagogia Waldorf (FEDERAÇÃO DAS ESCOLAS WALDORF NO BRASIL,
2008).
Foram então nascendo muitos outros empreendimentos, como jardins de
infância Waldorf, e Escolas Waldorf pelo estado de São Paulo e em outros estados
(FEDERAÇÃO DAS ESCOLAS WALDORF NO BRASIL, 2008).
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Abaixo, estão relacionados, conforme Pedagogia Waldorf (2013), os jardins
de infância Waldorf isolados (que não incluem o ensino fundamental) e os
pertencentes a Escolas Waldorf (que têm o ensino fundamental parcial ou integral).
Os jardins estão ordenados da seguinte forma: estado, nome da Escola e
cidade. São eles:
BAHIA
CEARÁ
MATO GROSSO
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Escola Livre Porto Cuiabá. Cuiabá.
Jardim Luz do Sol. Cuiabá.
Jardim Moitará. Cuiabá.
Pingo de Luz – Hotelzinho e Educação Infantil. Cuiabá.
MINAS GERAIS
PARANÁ
PERNAMBUCO
RIO DE JANEIRO
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RIO GRANDE DO SUL
SANTA CATARINA
SÃO PAULO
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Cora Coralina Escola Waldorf – Berçário, maternal, jardim e 1º ano. Marília.
Escola Waldorf Novalis – maternal, jardim de infância, recreação para
crianças de 18 meses a 6 anos. Palestras sobre Pedagogia Waldorf. Grupo de
estudos de Antroposofia. Oficinas de trabalhos manuais. Piracicaba.
Jardim de Infância Alecrim. Piracicaba.
Espaço Arcanjo Micael – Maternal e jardim de infância. Poá.
Centro Educacional Pomar – Maternal e jardim de infância. Ribeirão Pires.
Escola Waldorf João Guimarães Rosa – Maternal e jardim de infância.
Ribeirão Preto.
Escola Jardim Girassol. Ribeirão Preto.
Jardim Waldorf Flauta Mágica. Santos.
Associação Comunitária Monte Azul. São Paulo.
Centro Educacional Waldorf Alecrim Dourado – Berçário, maternal, jardim de
infância, recreação infantil, palestras gratuitas sobre Pedagogia Waldorf, cursos
sobre Antroposofia, oficinas artísticas. São Paulo.
Colégio Waldorf Micael. São Paulo.
Escola Manacá – Berçário ao 5º ano, jardim de infância. Santo Amaro.
Escola Waldorf São Paulo. São Paulo.
Escola Waldorf Francisco de Assis. São Paulo.
Escola Waldorf Rudolf Steiner. São Paulo.
Espaço Bem Viver – Maternal e jardim de infância, Recreação a partir de 7
anos, com horticultura, culinária, atividades artísticas, de movimento e outras.
Palestras e grupo de estudo à noite. São Paulo.
Jardim Colibri – Berçário, maternal, jardim de infância em português e em
alemão, atividades artísticas. São Paulo.
Jardim da Margarida. São Paulo.
Jardim da Maria Eugênia – de 1 a 7 anos. São Paulo.
Jardim da Renate Baldacin. São Paulo.
Jardim Waldorf Rumo do Girassol. São Paulo.
Quintal do João Menino. São Paulo.
Escola Cambará. São Vicente.
Escola Cecília Meirelles. São Vicente.
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Recanto do Jatobá. Vinhedo.
SERGIPE
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Segundo a Secretária Executiva da Federação das Escolas Waldorf no
Brasil:
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A seguir, estão listados os projetos que, segundo a Federação das Escolas
Waldorf no Brasil (2012), estão sendo desenvolvidos para a ampliação e o
aprofundamento da Educação Waldorf de Rudolf Steiner no Brasil:
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das escolas, por meio de advogados competentes na área da educação
escolar;
12. Edição de livros e dos Periódicos - para o aprofundamento da Pedagogia
Waldorf e da Antroposofia, traduções e edições de livros de Rudolf Steiner e
outros;
13. Grupo de Administradores das escolas mais antigas de São Paulo, dando
apoio à FEWB e às outras escolas;
14. Bolsas de estudos para os cursos e seminários, para alunos que
necessitam de suporte financeiro e que estão envolvidos no Movimento da
Educação Waldorf;
15. Apoio à Aliança pela Infância e à Associação Sophia de estudos
Antroposóficos, nas parcerias de cursos e conferências.
FIM DO MÓDULO I
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