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Aula 3
Prezados Alunos!
Segue nossa Aula 3 de Processo Civil para o TCU!
Bons estudos •••
Ricardo Gomes
QUADRO SINÓPTICO DA AULA:
1.Ação.
a. Conceito e natureza jurídica
b. Condições
c. Classificação
1. Da Ação.
ICF-88
Art. 5
Elementos da Ação.
As Ações possuem elementos objetivos e su bjetivos, que
caracterizam cada uma delas, evitando-se possível repropositura de novas
demandas, sob pena de proferimento de decisões contraditórias, em
decorrência de possíveis propostas simultâneas de duas ou mais ações ( caso
de litispendência) ou de casos já definitivamente ju lgados (coisa julgada).
São 3 (três) os ELEMENTOS básicos das Ações (sigla PCP) :
Condições da Ação.
Para que o direito de Ação seja efetivamente reconhecido no
âmbito judicial (consoante Teoria Eclética e CPC), será necessário o
preenchimento das Condições da Ação.
É importante que se explique desde já que quando o autor interpõe
qualquer Ação, o Juiz deve verificar se foram preenchidos todos os requ isitos
legais para seu processamento, entre eles, as Condições da Ação,
juntamente com os pressupostos processuais ( os dois são requisitos
necessários para a Sentença de Mérito) . Somente após a superação de tais
requ isitos legais é que o Juiz analisará o mérito da questão (pretensão
material do autor da demanda) .
Isto é, a análise de mérito do caso, que será pela procedência ou
improcedência da demanda, será um passo à frente da análise do
CPC
Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:
IV - quando se verificar a ausência de oressuoostos de
constituição e de desenvolvimento válido e regular do
processo;
VI - quando não concorrer qualquer das condicões da ação,
como a possibilidade ;urídica, a legitimidade das partes e o
interesse processual;
Vale frisar que se admite que o autor entre com ação declaratória
quando seja possível a propositura de uma ação condenatória. Por isso, que
o CPC prevê que é admissível a ação declaratória, ainda que tenha ocorrido a
violação do direito. Ou seja, poderá apresentar ação condenatória, que é pa ra
reconhecer e efetiva r o direito violado, como também, mesmo nessa situação,
o autor poderá entrar no Judiciário somente para reconhecer o direito, sem
desejar efetivá-lo.
CPC
Art. 4o O interesse do autor pode limitar-se à declaração:
I - da existência ou da inexistência de relação jurídica;
II - da autenticidade ou falsidade de documento.
Parágrafo único. É admissível a ação declaratória, ainda que
tenha ocorrido a violação do direito.
Súmula 181 - STJ
É admissível ação declaratória, visando a obter certeza
quanto à exata interpretação de cláusula contratual.
No processo existem questões principa is (mérito do processo) e
podem existir questões prejudiciais (acessórias, das qua is depende o exame
das principais). Estas questões prejudiciais são decididas, em regra, no bojo do
próprio processo principa l. No entanto, o CPC autoriza que tais questões
prejudiciais podem ser decididas em processo próprio, chamado de
Incidentes Processuais apensos ao Processo Principal, no qual é proferida
sentença apta à formação da coisa ju lgada.
Esta é a previsão da chamada Ação Declaratória Incidental, que
se propõe para o reconhecimento ou não reconhecimento de determinada
relação jurídica de que depende o julgamento da lide. Exemplo : ação de
alimentos e investigação de paternidade; o vínculo de parentesco é uma
questão prejudicial à ação de alimentos; este vínculo de parentesco poderá ser
provado no próprio processo de alimentos ou por meio de Ação Declaratória
I ncidental. Este ponto tem repercussões na coisa julgada, mas deve ser
Classificação da Ação.
A Ação pode ser classificada de acordo com diversos critérios.
Delinearemos abaixo as principais classificações da Ação.
Quanto ao provimento jurisdicional sol icitado pelo autor no
processo, as Ações podem ser:
a) Ações de CONHECIMENTO (Cognição) têm por
final idade solicitar ao Poder Judiciário a certificação do
dire ito, o reconhecimento de um direito. As Ações de
Conhecimento são subdivididas em outras 3 (três)
classificações:
1. Ação Meramente Declaratória - é a Ação
citada anteriormente, que tem por objeto a
declaração da existência ou inexistência ou do
modo de ser de uma situação jurídica , bem como
a declaração de autenticidade ou fa lsidade de um
documento. Nesta Ação o autor não deseja
compelir o réu a praticar ou deixar de praticar
ato, mas apenas tem por fina lidade a declaração
judicial, sem a necessidade de posterior execução
da decisão. Exemplo: Ação de Investigação de
Paternidade; Ação de nulidade de casamento;
Ação de Usucapião. As Ações Declaratórias têm
efeito ex-tunc, retroagindo à data do fato
declarado.
2. Ação Constitutiva ou Desconstitutiva -
visam à modificação, criação ou extinção de uma
re lação jurídica material preexistente. Para o
manejo de uma Ação Constitutiva, o autor deve
ostentar um dos Direitos Potestativos, que são
EXERCÍCIOS COMENTADOS
21/06/2009 (ADAPTADA}.
A respeito da jurisdição, da ação, da competência, do processo e dos
pressupostos, segundo o direito processual civil, julgue os itens abaixo:
a) O meio de se provocar a jurisdição é a exceção processual, direito público
subjetivo a um pronunciamento estatal que solucione o litígio.
b) A teoria eclética da ação - que não é adotada pelo CPC - proclama que a
jurisdição só pode ser acionada se houver o direito material postulado.
c) Pressupostos processuais em sentido lato são requ isitos que leg itimam o
autor a pleitear a tutela do Estado.
COMENTÁRIOS:
Item A - errado. A provocação da jurisdição é realizada por meio da Ação, que
um Direito Público Subjetivo - direito de agir, provocando a atuação da
tutela jurisdicional (relação entre Autor e Estado-Juiz - relação processual) .
Item B - errado. Teori a Eclética do Direito de Ação - para esta teoria, o
direito de Ação não é totalmente concreto e nem é totalmente abstrato (é uma
mistura das duas teorias anteriores) . O direito de Ação inegavelmente é
abstrato, inclusive reconhecido pela própri a CF-88 (art. 5, XXXV) , mas deve
preencher os requ isitos necessários para seu exercício ( di reito concreto): as
chamadas Condições da Ação. Estas condições conferem ao direito de Ação
um aspecto mais concreto, pois a sua ausência gerará, segundo o CPC, em
carência de Ação. Esta é a teoria adotada pelo Código de Processo Civil, em
decorrência da influência de Liebman na doutrina brasileira, sendo evidenciada
em vários dispositivos do CPC.
CF-88
Art. 5
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
lesão ou ameaça a direito;
A Teoria Eclética vem sofrendo severas críticas pela doutrina mais atua l, no
COMENTÁRIOS:
O interesse do autor poderá ser limitado apenas à simples
existência ou inexistência de relação jurídica (exemplo: declaração da relação
de paternidade, sem outras consequências possivelmente dela decorrentes),
bem como à autenticidade ou falsidade documental. Esta é a Ação
meramente declaratória, que tem por objeto a declaração da existência ou
inexistência ou do modo de ser de uma situação jurídica. A ação declaratória é
uma ação para declara r situações ju rídicas e não para declarar fatos, salvo a
ação de declaração de autenticidade ou falsidade de um documento.
CPC
Art. 4o O interesse do autor pode limitar-se à declaracão:
I - da existência ou da inexistência de relação jurídica;
II - da autenticidade ou falsidade de documento.
RESPOSTA CERTA: ~
COMENTÁRIOS:
No Direito Processua l Brasileiro formou-se 3 (três) correntes
distintas na tentativa de definir de forma completa e abrangente o conceito e a
natureza da Ação, as quais destacaremos abaixo:
1. Ação como Direito Autônomo e Concreto - para esta
corrente a Ação é um direito autônomo em relação ao direito
material protegido, mas ele somente seria reconhecido se a
decisão judicial fosse favorável ao autor. Apenas se após a
decisão judicial o direito material abrangido restasse
configurado é que seria reconhecido o ao autor o direito de
Ação. Assim, o direito de Ação seria posterior mente
dependente da efetiva existência do direito material. Por isso
que a Ação seria um Direito Autônomo inicialmente, mas
Concreto ( dependência posterior da concretude do direito
material).
2. Ação como Direito Autônomo e Abstrato - a Ação é
autônoma e independente do direito material protegido,
sendo um direito preexistente ao processo e a qualquer outra
relação jurídica. Assim, o autor tem direito de ação mesmo
na hipótese de sua pretensão posta em juízo não ser
acolhida. Exemplo: autor ajuíza ação solicitando
reconhecimento de um direito de posse de determinado bem;
o Juiz nega o direito, indeferindo o pedido (neste caso, o
autor não terá o direito material levado a juízo, mas mantém
incólume seu direito de ação, direito de levar a juízo sua
pretensão) .
Para esta teoria, existem 2 relacões j urídicas d iversas
envolvidas no processo:
RESPOSTA CERTA: f
autor.
COMENTÁRIOS:
O INTERESSE DE AGIR é uma das Condições da Ação, que depende de dois
aspectos relevantes:
a. Necessidade/Utilidade da Ação - o processo deve
ser o meio necessário, além de qualquer outro, para
que o autor possa ter por satisfeita a sua pretensão.
Isto é, o órgão judiciário não pode ser utilizado como
mais uma forma do autor "resolver seu problema",
devendo ser o único caminho existente para solução do
conflito. O Judiciário não é órgão de simples consulta
pelo autor, devendo atuar apenas e tão somente
quando não houver outra forma de dirimir a lide. O
processo deve ser o meio necessário e útil para a parte
ver seu conflito resolvido.
b. Adequação da Ação - a ação proposta pelo autor
deve ser a adequada para o caso apresentado ( o
procedimento iniciado pela Ação deve ser o correto,
adequado e previsto na norma processual) . Não há
como o cidadão interpor uma Ação Popular quando for
caso de Mandado de Segurança.
Apesar de ser bastante criticado tal requisito, tem sido
o prevalecente em provas e para a doutrina
majoritária.
CPC
Art. 3o Para propor ou contestar ação é necessário ter interesse
e legitimidade.
RESPOSTA CERTA: ~
COMENTÁRIOS:
Sim, há carência de ação porque não há interesse de agir na hipótese.
Vejamos.
A parte já dispõe de um titulo executivo válido e vencido, pronto para ser
executado. Não há necessidade ou utilidade de entrar com um processo
para ter certificado o m esmo direito. O Juiz, sabendo da existência desse
títu lo, deve julgar extinto o processo sem reso lução de mérito por carência de
ação (falta de interesse de agir, tendo em vista a desnecessidade do
processo).
Gente, a atividade jurisdicional é coisa séria, não está para brincadeira!
RESPOSTA CERTA: ~
COMENTÁRIOS:
CAUSA DE PEDIR como elemento da Ação - constitu i-se dos fatos e dos
fundamentos jurídicos do ped ido do autor ao Juiz. Nada mais é do que a
descrição dos fatos envolvidos, bem como dos respectivos efeitos jurídicos
deles decorrentes. A Causa de Pedir é dividida pela doutrina em duas
(aplicação da Teoria da Substanciação):
i. Causa de Pedir Remota (Fática} - relaciona-se com o
fato, sendo apenas a descrição fática da lide, com indicação
da efetiva e concreta lesão ou ameaça de lesão ao direito do
autor. O fato terá repercussões jurídicas, por isso precisa
ser delim itado e descrito .
ii. Causa de Pedir Próxima (Jurídica} - é a descrição das
consequências jurídicas decorrentes do fato alegado. Não é
necessária a descrição do fundamento legal preciso que dê
sustentáculo ao pedido, basta a enunciação das próprias
consequências jurídicas (isto é , não precisa mencionar em
que lei, artigo, dispositivo de norma, etc, encontra-se o
dire ito requerido ) . Não há esta necessidade porque o Juiz
conhece o direito (Princípio do iura novit cúria). O que
importa é o autor mencionar qual a consequência jurídica do
fato.
Exemplo 1: pessoa sem pai conhecido descobre a
existência do seu pai; fato: relação de paternidade;
fundamento jurídico: nasce direito de reconhecimento
formal da paternidade. Observem que neste caso não há
qualquer necessidade do autor informar o dispositivo legal
que lhe assegura o di re ito à paternidade, basta a afirmação
desta consequência jurídica .
Exemplo 2: pessoa bate no veículo de outra e gera
preju ízo. Pede-se em juízo uma indenização : o acidente que
11/11/2008.
As condições da ação tornam possível o surgimento de uma relação jurídica e
válido e regular seu desenvolvimento.
A ausência de qualquer uma dessas condições acarreta a nulidade do processo
no todo, ou em parte, ou, ainda, o indeferi mento liminar da petição inicial.
COMENTÁRIOS:
Se não preench idas as Condições da Ação, o processo iniciado
pelo autor será extinto SEM resolução do mérito. Esta é a chamada pela
doutrina de Carência de Ação. Se preenchidos, inclusive, os pressupostos
processuais, será iniciada a análise de mérito do processo.
Os pressupostos processuais, estudados de forma apartada, são
requisitos necessários à validade e eficácia da relação processual, enquanto
que as condições da ação são requisitos que legitimam o autor a pleitear a
tutela ju risdicional.
CPC
Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:
IV - quando se verificar a ausência de oressuoostos de
constituição e de desenvolvimento válido e regular do
processo;
VI - quando não concorrer aualauer das condições da ação,
como a possibilidade ;urídicac a legitimidade das partes e o
interesse processual;
RESPOSTA CERTA: f
COMENTÁRIOS:
Item A - errado. Ao contrá rio. Se as partes reso lverem concilia r no meio do
processo, o ato judicial que homologa o acordo será considerado de Jurisdição
Voluntár ia, posto que não decidiu qualquer lide (apenas atestou a vontade das
partes).
Item B - correto. A ausência de qualquer das condições da ação pode ser
atestada desde a análise da petição inicial até o fim do processo, com a
prolação da Sentença de Mérito, não precluindo a sua análise em qualquer fase
do processo.
CPC
Art. 295. A petição inicial será indeferida:
II - quando a parte for manifestamente ilegítima;
III - quando o autor carecer de interesse processual;
RESPOSTA CERTA: B.
COMENTÁRIOS:
São 3 as Condições da Ação:
1. POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO;
2. INTERESSE DE AGIR;
3. LEGITIMIDADE PARA A CAUSA (AD CAUSAM).
COMENTÁRIOS:
Item A - correto. Este é o Princípio da INÉRCIA de Jurisdição.
Item B - correto. Legitimidade Extraordinária (Substituição Processual)
- quando a lei autoriza terceiros a atuarem em juízo em nome próprio, mas
na defesa de interesse alheio (interesse do titular do direito), em substituição
do legitimado ordinário. Na legit imação extraordinária há uma não-
coincidência entre o legitimado e o t itular do da relação discutida em juízo. Ou
seja, o legitimado não coincide com o titular da relação discutida. Alguém está
em juízo em nome próprio defendendo interesse alheio ( está no processo
discutindo um interesse que não é dele). Sempre que alguém estiver em juízo
defendendo interesse de outrem em nome próprio será um legitimado
extraordinário. Característica principal da Legitimidade Extraordinária:
Previsão Legal - decorre da lei em sentido amplo, não sendo permitido por
simples acordo das partes (exemplo : contratos ou quaisquer negócios
jurídicos). Ou seja, somente com autorização legal (previsão expressa na lei) é
que será possível a legitimação extraordinária (substituição processual).
CPC
Art. 60 Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito
alheio, salvo quando autorizado por lei.
Item C - correto. O interesse do autor poderá ser limitado apenas à
simples existência ou inexistência de relação jurídica (exemplo: declaração da
relação de paternidade, sem outras consequências possivelmente dela
decorrentes), bem como à autenticidade ou falsidade documental. Esta é a
Ação meramente declaratória, que tem por objeto a declaracão da
existência ou inexistência ou do modo de ser de uma situação jurídica. A ação
declaratória é uma ação para declarar situações j urídicas e não para decla rar
fatos, salvo a acão de declaracão de autenticidade ou falsidade de um
documento.
CPC
Art. 4o O interesse do autor pode limitar-se à declaração:
I - da existência ou da inexistência de relação jurídica;
II - da autenticidade ou falsidade de documento.
Item D - errado. Admite-se que o autor entre com ação declaratória quando
seja possível a propositura de uma ação condenatória. Por isso, que o CPC
prevê que é admissível a ação declaratória, ainda que tenha ocorrido a
violação do direito . Ou seja, poderá apresentar ação condenatória, que é para
reconhecer e efetivar o direito violado, como também, mesmo nessa situação,
o autor poderá entrar no Judiciário somente para reconhecer o direito, sem
desejar efetivá-lo.
1 ::e 4o
COMENTÁRIOS:
Item A - errado. Somente a Jurisdição tem a característica da Definitividade,
que é a aptidão para formação da coisa julgada. A jurisdição tem o condão
de tornar suas decisões imutáveis. Contudo, há jurisdição mesmo se não
houver coisa ju lgada (ex: quando é extinto o processo sem resolução de
mérito).
Item B - co rreto. Princípio do Juiz Natural ou Imparcialidade - O Pr incípio
do Juízo Natural é extraído do Devido Processo Legal e de dois específicos
dispositivos do art. so da Constituição Federal (incisos XXXVII e LIII). O Juiz
Natural é aquele investido regularmente na jurisdição (investidura ) e com
competência constituciona l para ju lgamento dos conflitos a ele submet idos. É
aquele previsto antecedentemente, com competência abstrata e geral, para
ju lgar matéria específica prevista em lei.
RESPOSTA CERTA: B
COMENTÁRIOS:
São 3 (três) os ELEMENTOS básicos das Ações (sigla PCP):
1. PARTES - Autor e Réu. São os que efetivamente
participam da relação jurídica processua l, triangularizada
com a figura do Juiz, mediante o contraditório.
2. CAUSA DE PEDIR - constitui-se dos fatos e dos
fundamentos jurídicos do pedido do autor ao Juiz. Nada
mais é do que a descrição dos fatos envolvidos, bem como
dos respectivos efeitos jurídicos deles decorrentes.
3. PEDIDO (OBJETO) - é a parte final da Ação, consistente
na solicitação ao Estado-Juiz da prestação da tutela
jurisdiciona l, obrigando ao réu o respeito à pretensão do
autor.
RESPOSTA CERTA: ~
COMENTÁRIOS:
Não há condições da jurisdição, apenas condições da ação, que são 3:
1. POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO;
2. INTERESSE DE AGIR;
3. LEGITIMIDADE PARA A CAUSA (AD CAUSAM}.
COMENTÁRIOS:
O direito de Ação possui as seguintes características:
• Direito Público Subjetivo - direito de agir, provocando a
atuacão da tutela jurisdicional (relação entre Autor e
Estado-Juiz - relação processual) - portanto não é
OBJETIVO!
• Direito Autônomo - a natureza do direito de Acão (r elação
processual) é distinta da natureza do direito material (r elação
material: Autor e Réu) afirmado em juízo pela parte;
• Direito Abstrato - a existência do direito de Acão
independe da efetiva existência do direito material. O
sujeito de direito poderá interpor Ação, mesmo na hipótese
de não restar resguardado o seu direito pleiteado na Justiça.
RESPOSTA CERTA: f
COMENTÁRIOS:
Vide comentá rios anteriores.
RESPOSTA CERTA: B.
COMENTÁRIOS:
Item A, D e E - errados. O interesse do autor poderá ser limitado apenas à
simples existência ou inexistência de relação jurídica (exemplo: declaração da
relação de paternidade, sem outras consequências possivelmente dela
decorrentes), bem como à autenticidade ou fa lsidade documental. Esta é a
Ação meramente declaratória, que tem por objeto a decl aração da
existência ou inexistência ou do modo de ser de uma situação jurídica. A ação
declaratória é uma ação para declarar situações ju rídicas e não para declarar
fatos, salvo a ação de declaração de autenticidade ou falsidade de um
documento.
CPC
Art. 4o
Parágrafo único. É admissível a ação declaratória, ainda que
tenha ocorrido a violação do direito.
COMENTÁRIOS:
Item A errado. Membro do MP exercendo Jurisd ição?
Princípio da Investidura - a atividade jurisdicional deve ser exercida pelos
órgãos estatais que foram regularmente investidos na função jurisdicional. Ou
seja, somente poderá exercer a jurisdição aquele órgão a que a lei atribui o
poder jurisdicional.
Item B - errado. O Princípio da Inércia impõe que deve haver provocação da
parte.
Item C - errado. Não. É preciso preencher todas as 3 condições da ação,
mais os pressupostos processuais.
Item D - correto. A Legitimidade Ad Causam poderá ser:
a) Legitimidade Ordinária - quando os próprios
t itu lares do direito pleiteado são os autores da
demanda. Na legitimação ordinária há coincidência
entre o legitimado e o sujeito da relação jurídica
discutida em juízo. Significa que se alguém vai a
juízo e é t itular do interesse próprio, então ele é o
legitimado ordinário. Essa é a regra.
b) Legitimidade Extraordinária (Substituição
Processual ) - quando a lei autoriza terceiros a
atuarem em juízo em nome próprio, mas na defesa
de interesse alheio (interesse do t itular do direito),
em substituição do legitimado ordinário.
Item E - errado. Já vimos que é plenamente possível.
COMENTÁRIOS:
Item A - correto. Sim, é uma das características do Direito de Ação: Direito
Público Subjetivo - di reito de agir, provocando a atuação da tutela
jurisdicional (relação entre Autor e Estado-Juiz - relação processual).
Item B - errado. é Autônomo e Abstrato!
RESPOSTA CERTA: D.
d) II e III.
e) II, III e IV.
COMENTÁRIOS:
Item I - correto. O interesse de agir envolve a Necessidade/Utilidade da
Ação - o processo deve ser o meio necessário, além de qualquer outro, para
que o autor possa ter por satisfeita a sua pretensão. Isto é, o órgão judiciário
não pode ser utilizado como mais uma forma do autor "resolver seu
problema", devendo ser o único cam inho existente para solução do conflito. O
Judiciário não é órgão de simples consulta pelo autor, devendo atuar apenas e
tão somente quando não houver outra forma de dirimir a lide. O processo deve
ser o meio necessário e útil para a parte ter o seu conflito resolvido.
Repito, a Ação não pode ser utilizada como uma forma de consulta!
Item II - correto. Já v imos que sim!
Item III - correto. Legitimação Extraordinária (substituição processual).
Item IV - errado. Princípio da Inércia da Jurisdição.
COMENTÁRIOS:
O INTERESSE DE AGIR é uma das Condições da Ação, que depende de dois
aspectos re levantes:
a. Necessidade/Utilidade da Ação - o processo deve
ser o meio necessário, além de qualquer outro, para
que o autor possa ter por satisfeita a sua pretensão.
Isto é, o órgão judiciário não pode ser utilizado como
ma is uma forma do autor \\reso lver seu problema",
devendo ser o único caminho existente para solução do
conflito. O Judiciário não é órgão de simples consulta
pelo autor, devendo atuar apenas e tão somente
quando não houver outra fo rma de dirimir a lide. O
processo deve ser o meio necessário e útil para a parte
ver seu conflito reso lvido.
b. Adequação da Ação - a ação proposta pelo autor
deve ser a adequada para o caso apresentado ( o
procedimento in iciado pela Ação deve ser o correto,
adequado e previsto na norma processual) . Não há
como o cidadão interpor uma Ação Popular quando fo r
caso de Mandado de Segu rança.
Apesar de ser bastante criticado tal requisito, tem sido
o prevalecente em provas e para a doutrina
majoritária .
RESPOSTA CERTA: ~
COMENTÁRIOS:
Por isso é importante conhecer os 2 termos (Legitimado Extraordinário ou
Substituto Processual).
RESPOSTA CERTA: ~
COMENTÁRIOS:
O interesse do autor poderá ser limitado apenas à simples
existência ou inexistência de relacão j urídica (exemplo : declaração da relação
de paternidade, sem outras consequências possivelmente dela decorrentes),
bem como à autenticidade ou falsidade documental. Esta é a Ação
meramente declaratória , que tem por objeto a declaracão da existência ou
inexistência ou do modo de ser de uma situa cão jurídica . A ação declaratória é
uma ação para declarar situacões ju ríd icas e não para declara r fatos, sa lvo a
acão de declaracão de autenticidade ou falsidade de um documento.
CPC
Art. 4o O interesse do autor pode limitar-se à declaração:
I - da existência ou da inexistência de relação jurídica;
II - da autenticidade ou falsidade de documento.
COMENTÁRIOS:
São 3 as Condições da Ação:
1. POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO;
2. INTERESSE DE AGIR;
3. LEGITIMIDADE PARA A CAUSA (AD CAUSAM}.
COMENTÁRIOS:
São 3 (três) os ELEMENTOS básicos das Ações (sigla PCP):
1. PARTES - Autor e Réu. São os que efetivamente
participam da relação jurídica processua l, triangularizada
com a figura do Juiz, mediante o contraditório.
2. CAUSA DE PEDIR - constitui-se dos fatos e dos
fundamentos jurídicos do pedido do autor ao Juiz. Nada
mais é do que a descrição dos fatos envolvidos, bem como
dos respectivos efeitos jurídicos deles decorrentes.
3. PEDIDO (OBJETO) - é a parte final da Ação, consistente
na solicitação ao Estado-Juiz da prestação da tutela
jurisdicional, obrigando ao réu o respeito à pretensão do
autor.
aut or.
QUESTÃO 20: AGU - ADV - Advogado da União [CESPE] - 01/02/2009.
Conforme raciocínio possível a partir da teoria eclética da ação, adotada pelo
CPC, no caso de ação de conhecimento ajuizada com o fim de obter a
condenação de alguém ao pagamento de quantia já expressa em t ít ulo
executivo extraj udicial válido e vencido, existe carência de ação por ausência
do interesse de agir, e não improcedência do pedido por falta de direito à
tutela requerida .
QUESTÃO 21: AGU - ADV - Advogado da União [CESPE] - 01/02/2009.
Afirmar que o CPC adotou a teoria da substanciação do pedido em detrimento
da teoria da individuação significa dizer que, para a correta identificação do
pedido, é necessário que constem da inicia l os fundamentos de fato e de
direito, também identificados como causa de ped ir próxima e remota .
QUESTÃO 22: TRT 9 ª - Analista Judiciário - Judiciária [CESPE] -
11/11/2008.
As condições da ação tor nam possível o surgimento de uma relação jurídica e
válido e regular seu desenvolvimento .
A ausência de qua lquer uma dessas condições acarreta a nulidade do processo
no todo, ou em parte, ou, ainda, o indeferimento liminar da petição inicial.
QUESTÃO 23: OAB - Exame de Ordem 2008- 1 [CESPE] - 18/05/2008.
A respeito da jurisdição e da ação, assinale a opção correta .
a) Caso seja iniciado um procedimento de jurisdição contenciosa, este deve
seguir até a sentença final no procedimento escolhido pelo autor, não sendo
possível transformar o contencioso em voluntário por ato subseqüente ou por
manifest ação de vontade de qua lquer das partes.
b) As cond ições da ação dev em ser v erificadas pelo juiz desde o despacho de
recebimento da petição inicial até a prolação da sentença, pois a falta de uma
delas durante o processo caracteriza a ca rência superv eniente, que enseja a
extinção do processo sem resolução do mérito.
GABARITOS OFICIAIS
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
EEE e E e e e E B e D
26 27 28 29 30 31 32 33 34 35
B e D E B B D B B e
36 37 38 39
E e e e
RESUMO DA AULA
pretensão) .
Para esta teoria, existem 2 relações jurídicas diversas
envolvidas no processo:
CF-88
Art. 5
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
lesão ou ameaça a direito;
A Teoria Eclética vem sofrendo severas críticas pela doutrina
mais atual, no entanto, permanece em vigor, sendo aceita
como a dom inante para qualquer efeito.
Após a definição das Teorias do Conceito do direito de Ação, vale
frisar suas pri ncipais características, para fins de memorização :
LEGISLAÇÃO ESTUDADA
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL (CPC)
CAPÍTULO II
DA AÇÃO
Art. 3o Para propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade.
Art. 4o O interesse do autor pode limita r-se à declaração:
1 - da existência ou da inexistência de relação jurídica;
II - da autenticidade ou falsidade de documento.
Parágrafo ún ico. É adm issível a ação declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do
direito.
Art. So Se, no curso do processo, se tornar litigiosa relação jurídica de cuja existência
ou inexistência depender o ju lgamento da lide, qua lquer das partes poderá requerer que o juiz
a declare por sentença. (Redação dada pela Lei nº 5. 925, de 1973)
Art. 60 Ninguém poderá pleitea r, em nome próprio, di reito alheio, salvo quando
autorizado por lei.