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Segunda-l'eira, 31 de Elezembro de 2007 I SÉRIE - Número 52

,
BOLEllM DA REPUBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

SUPLEMENTO
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE Art. 3. São revogados, respectivamente o Decreto n," 51/98,
de 21 de Setembro, e suas alterações, os Decretos n," 78/98
AVISO e 79/98, ambos de 29 de Dezembro, os Decretos n.~ 34/99, 35/99
e 36199, todos de 1 de Junho, e toda a legislação complementar
A matéria a publicar no «Boletim da República» que contrarie a presente Lei.
deve ser remetida em cópia devidamente autenticada,
Art, 4. A presente Lei entra em vigor em 1 de Janeiro de 2008.
uma por cada assunto, donde conste, além das lndl-
Aprovada pela Assembleia da República aos 7 de Dezembro
cações necessárias para esse efeito, o averbamento
de 2007.
seguinte, assinado e autenticado: Para publicação no
«Boletim da República». O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Joaquim
Mulémbwê.
•••••• 0 •••••••••••••••••••••••••
Promulgadaem 31 de Dezembro de 2007 .
Publique-se.
SUMÁRIO O Presidente da República, ARMANDO
EMíLIOGUEBUZA.

Assembleia da República:

Lei n," 3212007: Código do Imposto Sobre o Valor


Acrescentado (CIVA)
Aprova o Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado.
CAPiTULO I
Lei n," 3312007: Incidência
Aprova o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ARTtGOI
Singulares,
(Âmbito de aplicação)

•••••••••••••••••••••••••••••••• 1. Estão sujeitas a imposto sobre o valor acrescentado, IVA:


a) as transmissões de bens e as prestações de serviços
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA efectuadas a títulooneroso no território nacional, nos
termos do artigo 6, por sujeitos passivos agindo nessa
qualidade;
Lei n," 3212007
b) as importações de bens.
de 31 de Dezembro
2. O território nacional abrange toda a superfície terrestre, a
Havendo necessidade de reformular a tributação indirecta, zona marítima e o espaço aéreo, delimitados pelas fronteiras
estabelecida pela Lei n.· 1512002, de 26 de Junho, introduzindo nacionais.
alterações ao Imposto sobre o Valor Acrescentado, a Assembleia
da República, ao abrigo do disposto no n.· 2 do artigo 127, A!<TtG02
conjugado com a alínea o) do n.· 2 do artigo 179 ambos da (Incidi nela subjectiva)
Constituição, determina: I. São sujeitos passivos do imposto:
Artigo 1. É aprovado o Código do Imposto sobre o Valor a) as pessoas singulares ou colectivas residentes ou com
Acrescentado, anexo à presente Lei, dela fazendo parte integrante. estabelecimento estável ou representação em território
Arl. 2. Compete ao Conselho de Ministros regulamentar a nacional que, de um modo independente e com carácter
de habitualidade, exerçam, com ou sem fim lucrativo,
presente Lei e estabelecer os procedimentos necessários para
actividades de produção, comércio ou prestação de
simplificar as formas de cobrança deste imposto, no prazo de 90
serviços, incluindo as actividades extractivas,
dias, a contar da data da sua publicação.
agrícolas, sil vícolas, pecuárias e de pesca;
-------------_._--
31 DE DEZEMBRO DE 2007 768-{39)

Código Designação da Mercadoria


Pautal'
2815.11.00 Soda cáustica (sólida)
2823.00.00 Oxido de titânio (dióxido)
2824.90.00 Outros - Oxido de chumbo - BHT (Antioxidante)
2828.90.00 Outros - Hipocloritos - (lrgasan) DP 300)
2836.20.00 Carbonato dissódico (de sódio)
2836.30.00 Hidrogenocarbonato (bicarbonato) de sódio
2839.19.00 Outros - (Silicato de sódio)
2839.90.00 Outros - (Silicato de magnésio)
3204.19.00 Outros - matérias corantes orgânicos sintéticos - (Corantes)
3301.90.00 Outros - (Oleos essências)
3402.19.90 Outros - (Outros agentes orgânicos de superfície ou preparações
.tensoacti vas para indústria)
3912.31.00 Carboximetilcelulose e seus sais - C.M.C. (Aditivo)

Lei n," 3312007 Aprovada pela Assembleia da República, aos 7 de Dezembro


de 2007.
de 3t de Oezembro
O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Joaquim
Havendo necessidade de reformular os impostos sobre o Mulémbwê.
rendimento, estabelecidos pela Lei n," 1512002, de 26 de Junho, Promulgadaem 31 de Dezembro de 2007.
introduzindo alterações a tributação directa que incide sobre o Publique-se.
rendimento das pessoas singulares, a Assembleia da República,
O Presidente da República, ARMANDO
EMlLloGUEBUZA.
ao abrigo do disposto no n." 2 do artigo 127, conjugado com a
alínea o) do n.· 2 do artigo 179~ ambos da Constituição da
República, determina:
Artigo I. É: aprovado o Código do Imposto sobre o Rendimento Código do Imposto Sobre o Rendimento
das Pessoas Singulares, anexo à presente Lei, dela fazendo parte das Pessoas Singulares
integrante. CAPiTULO I
Art, 2. Compete ao Conselho de Ministros regulamentar a Incidência
presente Lei e estabelecer os procedimentos necessários para
SECÇÃO I
simplificar as formas de cobrança deste imposto, no prazo de 90
dias, a contar da data da sua publicação. tneldinell reli
Art. 3. É revogado o Decreto n," 2012002, de 30 de Julho, suas
ARTIGO 1
alterações e toda a legislação complementar que contrarie a
(Nlturezl do Impello)
presente Lei.
I. O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares -
Art. 4. A presente Lei entra em vigor em I de Janeiro de 2008, IRPS, é um imposto directo que incide sobre o valor global anual
sendo aplicável aos rendimentos do exercício de 2008 e seguintes. dos rendimentos, mesmo quando provenientes de actos ilícitos.
76&-(40) I SÉRIE-NÚMERO 52

2. Os rendimentos a que se refere o número anterior provêm c) os subsídios dei'esidência ou equivalentes ou a utilização
das categorias seguintes, depois de feitas. as correspondentes de casa de habitação fornecida pela entidade patronal,
deduções e abatimentos: excepto casas próprias localizadas no recinto do
Primeira Categoria: rendimentos do trabalho dependente; empreendimento;
Segunda Categoria: rendimentos empresariais e profissionais; á) os resultantes da utilização pessoal pelo trabalhador ou
Terceira Categoria: rendimentos de capitais e das mais-valias; membro de 6rgão social, de viatura autom6vel que gere
Quarla Categoria: rendimentos prediais; encargos para a entidade patronal, quando exista
Quinta Categoria: outros rendimentos. acordo escrito entre o trabalhador ou membro do 6rgão
social e a entidade patronal, sobre a imputação àquele
3. Ficam sujeitos à tributação os rendimentos, querem dinheiro,
da referida viatura automóvel;
quer em espécie, seja qual for o local onde se obtenham, a moeda
e a forma por que sejam auferidos. e) as j!J'lportâncias despendidas pela entidade patronal com
viagens e estadas, de turismo e similares. não conexas
ARTIGO 2 com as funções exercidas pelo trabalhador ao serviço
(Primeira Categoria) da mesma entidade;
I. Ficam compreendidos nesta categoria os rendimentos do f) os impostos e outros encargos legais devidos pelo
trabalho dependente e as pensões e rendas vitalícias ou trabalhador e que a entidade empregadora tome sobre
rendimentos de natureza equiparável. si.
2. Consideram-se rendimentos do trabalho dependente todas 2. Para efeitos do número anterior, considera-se rendimento
as remunerações pagas ou postas à disposição do seu titular,
do trabalhador os beneficios ou regalias atribuídos pela entidade
provenientes de:
patronal a qualquer pessoa do seu agregado familiar ou quea ele
a) trabalho por conta de outrem prestado ao abrigo de esteja ligado por vínculo de parentesco ou afinidade.
contrato individual de trabalho ou de outro a ele
3. Para efeitos deste imposto, considera-se entidade patronal
legalmente equiparado;
toda aquela que pague ou coloque à disposição remunerações
b) trabalho prestado ao abrigo de contrato de aquisição de
que constituam rendimentos de trabalho dependente nos termos
serviços ou outro de idêntica natureza, seja prestado
deste artigo, sendo a ela equiparada qualquer outra entidade que
sob a autoridade e a direcção da pessoa do adquirente
com ela esteja em relação de domínio ou de grupo,
dos serviços;
independentemente da respectiva localização geográfica.
c) exercício de função, serviço ou cargo públicos;
á) situações de pré-reforma, pré-aposentação ou reserva, ARTIGO 4
com ou sem prestação de trabalho, bem como de (Oulros rendimentos do trabalho dependente)
prestações atribuídas, a qualquer titulo, antes de Consideram-se ainda rendimentos do trabalho dependente:
verificados os requisilos exigidos nos regimes
a) as remunerações dos membros dos 6rgãos estatutários
obrigat6rios de segurança social aplicáveis para a
das pessoas colectivas e entidades .equiparadas;
passagem à situação de reforma ou, mesmo que não
subsista o contrato de trabalho, se mostrem b) as importâncias que os empresários individuais escriturem
subordinadas à condição de serem devidas até que como remuneração do seu trabalho ou do prestado
tais requisitos se verifiquem. mesmo que devidas por pelas pessoas que façam parte do respectivo agregado
fundos de pensões ou outras entidades, que se familiar,
substituam à entidade originariamente devedora. c) os abonos para falhas devidos a quem no seu trabalho
3. As remunerações referidas lIO número anterior tenha de movimentar numerário, na parte em que exceda
compreendem, designadamente, ordenados, salários, 5% da remuneração mensal fixa;
vencimentos. gratificações, percentagens, comissões, á) as ajudas de custo e, as importâncias auferidas pela
participações, subsídios ou prémios, senhas de presença, utilização de automóvel pr6prio em serviço da entidade
emolumentos. participações em multas e outras remunerações patronal, na parte em que ambas excedamo limite dos
acessórias, ainda que peri6dicas, fixas ou variáveis, de natureza
quantitativos estabelecidos para os funcionários do
contratual ou não.
Estado, com remunerações fixas equivalentes ou mais
ARTIGO 3 aproximadas;
(Remunerações acessórias) . e) as verbas para despesas de deslocação. viagens ou
representação de que não tenham sido prestadas
1. Consideram-se remunerações acessórias, nelas se
compreendendo todos os direitos. benefícios ou regalias não contas até ao termo do exercício;
incluídos na remuneração principal que sejam auferidos devido à f) quaisquer indemnizações resultantes da constituição,
prestação de trabalho ou em conexão com esta e constituam para extinção ou modificação de relação jurídica que origine
o respectivo beneficiário uma vantagem económica. tais como: rendimentos do trabalho.dependente, incluindo as que
a) os abonos de familia e respectivas prestações respeitem ao incumprimento das condições contratuais
complementares, excepto na parte em que não excedam ou sejam devidas pela mudança de local de trabalho:
os limites legais estabelecidos; g) as gratificações auferidas pela prestação ou em razão da
b) o subsídio de refeição, na parte em que exceder o salário' prestação do trabalho, quando não atribuídas pela
mínimo legalmente estabelecido; respectiva entidade patronal.
31 DE DEZEMBRO DE 2007 768-(41)

ARTIGOS b) os auferidos no exercício, por conta própria, de qualquer


(Pen.Cle.) actividade de prestação de serviços, ainda que conexas
I. Consideram-se .pensões, compreendidas na Primeira com qualquer actividade mencionada na alínea anterior;
Categoria deste imposto: c) os provenientes da propriedade intelectual ou industrial
a) as prestações devidas a título de pensões de aposentação
ou da prestação de informações respeitantes a uma
ou de reforma. velhice, invalidez ou sobrevivência, bem experiência adquirida no sector industrial, comercial
ou científico, quando auferidos pelo seu titular
como outras de idêntica natureza e ainda as pensões
originário;
de alimentos;
á) os decorrentes de actividades artísticas, desportivas e
b) as prestações a cargo de companhias de seguros, fundos
ou culturais.
de pensões, ou quaisquer outras entidades, devidas
no âmbito de regimes complementares de segurança 3. Consideram-se ainda rendimentos desta categoria:
social em razão de contribuições da entidade patronal; a) os rendimentos prediais imputáveis a actividades
c) as pensões e subvenções não compreendidas nas alíneas empresariais e profissionais:
anteriores; b) os rendimentos de capitais imputáveis a actividades
á) as rendas temporárias ou vitalícias. empresariais e profissionais;
2. A rem ição ou qualquer outra forma de antecipação de c) as mais-valias apuradas no âmbito das actividades
disponibilidade dos rendimentos previstos no número anterior empresariais e profissionais, definidas nos termos do
não lhes modifica a natureza de pensões. Código do IRPC, designadamente as resultantes da
transferência para o património particular dos
3. Os rendimentos. referidos neste artigo ficam sujeitos à
empresários de quaisquer bens afectos ao activo da
tributação desde que pagos ou colocados à disposição dos
empresa;
respectivos titulares.
á) as importâncias auferidas, a título de indemnização,
6
ARTIGO conexas com a actividade exercida, nomeadamente a
(Rendimento. do trabalho dependente não tributável.) sua redução. suspensão e cessação, assim como pela
mudança do local do respectivo exercício;
Não constituem rendimento tributável, não sendo, por isso.
englobados na determinação do rendimento colectável: e) as importâncias relativas à cessão temporária de
exploração de estabelecimento;
a) as prestações efectuadas pelas entidades patronais para
regimesobrigatórios de segurança social e as devidas j) os subsídios ou subvenções no âmbito do exercício de
para regimes complementares de segurança social, que actividade abrangida na alínea a) do n," 2;
visem assegurar exclusivamente benefícios em C~lS0 g) os subsídios ou subvenções no âmbito do exercício de
de reforma, invalidez ou sobrevivência; actividade abrangida na alínea b) do n." 2;
b) os benefícios imputáveis à utilização e fruição de h) os provenientes da prática de actos isolados referentes à
realizações de utilidade social e de lazer mantidas pela actividade abrangida na alínea a) do n," 2;
entidade patronal, desde que observados os critérios i) os provenientes da prática de actos isolados referentes à
estabelecidos nos artigos 24 a 26 do Código do IRPC; actividade abrangida na alínea b) do n." 2;
c) as prestações relacionadas exclusivamente com acções 4. Para efeitos do disposto nas alíneas h) e i) do número
d" formação profissional dos trabalhadores, quer estas anterior, consideram-se rendimentos provenientes de actos
sejam ministradas pela entidade patronal, quer por isolados os que não resultem de uma prática previsível ou
organismos de direi!" público ou entidade reconhecida reiterada.
como tendo competência nos domínios da formação e
5. Para efeitos deste imposto, consideram-se como
reabilttação profissionais pelos Ministérios
provenientes da propriedade intelectual os direitos de autor e
competentes;
direitos conexos.
d) as indemnizações r-or despedimento, previstas na lei,
recebidas ou colocadas à disposição do trabalhador, ARTIGO 9
emergentes da rescisão do contrato de trabalho, por (Actividades comerciais e Industriais, agrícolas. silvícolas ou
iniciativa do empregador ou do trabalhador, com justa pecuárlaa)
causa. 1. Para efeitos do disposto no artigo anterior consideram-se
actividades comerciais e industriais, designadamente. as
ARTIGO 7
seguintes:
(Rendimentos do trabalho dependente isentos)
a) compra e venda;
As pensões previstas no artigo 5 ficam isentas do Imposto
b) fabricação;
sobre o Rendimento das Pessoas Singulares.
c) pesca;
ARTIGO8 d) explorações mineiras e outras indústrias extractivas;
(Segunda Categoria) e) transportes;
1. Ficam compreendidos nesta categoria os rendimentos /) construção civil;
empresariais e profissionais.
g) urbanísticas e exploração de loteamentos;
2. Consideram-se rendimentos empresariais e profissionais:
h) actividades hoteleiras e similares, restauração e bebidas,
a) os decorrentes do exercício de qualquer actividade bem como venda ou' exploração do direito real de
comercial, industrial, agrícola, silvícola ou pecuária; habitação periódica;
768---{42) I SÉRIE - NÚMERO 52

i) agências de viagens e de turismo; b) os juros e outras formas de remuneração derivadas de


I) artesanato; depósitos à prazo em instituições financeiras;
k) as actividades agrícolas e pecuárias não conexas com a c) os juros, os prémios de amortização ou de reembolso e as
exploração da terra ou em que esta tenha carácter outras formas de remuneração de títulos da divida
manifestamente acessório; pública, obrigações, títulos de participação, certificados
() as actividades agrícolas, silvícolas e pecuárias integradas de consignação, obrigações de caixa ou outros títulos
noutras de natureza comercial ou industrial. análogos, emitidos por entidades públicas ou privadas
2. Para efeitos do disposto no artigo anterior consideram-se e demais instrumentos de aplicação financeira,
actividades agrícolas, silvícolas ou pecuárias, designadamente. designadamente letras, livranças e outros títulos de
as seguintes: crédito negociáveis, enquanto forem utilizados nessas
condições;
a) as comerciais ou industriais, meramente ácessórias ou
complementares daquelas, que utilizem, de forma cI) os juros e outras formas de remuneração de suprimentos,
exclusiva, os produtos das próprias explorações abonos ou adiantamentos de capital feitos pelos sócios
agrícolas, silvícolas ou pecuárias; à sociedade;
b) caça e exploração de pastos naturais, água e outros e) os juros e outras formas de remuneração devidos pelo
produtos espontâneos, explorados directamente ou por facto de os sócios não levantarem os lucros ou
terceiros; remunerações colocados à sua disposição;
c) explorações de marinhas de sal, algas e outras; f! o saldo dos juros apurado em contrato de conta corrente;
cI) explorações apícolas; g) os juros ou quaisquer acréscimos de crédito pecuniário
e) investigação e obtenção de novas variedades animais e resultantes da dilação do respectivo vencimento ou
vegetais, dependentes daquelas actividades. de mora no seu pagam ento, sejam legais, sejam
contratuais, com excepção dos juros devidos ao
AJmoo 10 Estado ou a outros entes públicos por atraso na
(Terceira .Categorla) liquidação ou mora no pagamento de quaisquer
1. Ficam compreendidos nesta categoria os rendimentos de contribuições, impostos ou taxas;
capitais e os provenientes das mais-valias. h) os lucros das entidades sujeitas a IRPC colocados à
2. Consideram-se rendimentos de capitais: disposição dos respectivos associados ou titulares,
a) os juros e os lucros, incluiJldo os apurados na liquidação, incluindo adiantamentos por conta de lucros, com
colocados à disposição dos sócios das sociedades ou exclusão daqueles a que se refere o artigo 25;
do associado num contrato de associação em i) o valor atribuído aos associados em resultado da partilha
participação ou de associação à quota, bem 'como as que, nos termos do imposto sobre o rendimento das
quantias postas à disposiçãc dos membros das pessoas' colectivas. seja considerado rendimento de
cooperativas a titulo de remuneração do capital; os aplicação de capitais, bem como o valor atribuído aos
rendimentos derivados de tftulos de participação,
associados na amortização de partes sociais sem
certificados de fundos de investimento, obrigações, e
redução de capital;
outros análogos ou de operações de reporte;
b) os rendimentos originados pelo diferimento no tempo de J) os rendimentos das unidades de participação em fundos
uma prestação ou pela mora no pagamento; de investimento;
c) os rendimentos provenientes de contratos que tenham k) os rendimentos auferidos pelo associado na associação
por objecto a cessão ou utilização. temporári a de em participação e na associação à quota, bem como,
direitos de propriedade intelectual ou industrial ou nesta última, os rendimentos referidos na alínea h) e
prestação de informações respeitante a uma auferidos pelo associante depois de descontada a
experiência adquirida no sector industrial. comercial prestação por si devida ao associado;
ou científico, quando não auferidos pelo seu autor ou
() os rendimentos provenientes de contratos que tenham
titular originário. ou ainda os derivados de'assistência
técnica e do uso ou da concessão do uso de por objecto a cessão ou utilização temporária de
equipamento agrfcola, industrial, comercial ou direitos da propriedade intelectual ou industrial ou a
cientifico. prestação de informações respeitantes a uma
experiência adquirida no sector industrial, comercial
3. Consideram-se ainda rendimentos de capitais os frutos e
demais vantagens económicas, qualquer que seja a sua natureza ou cientifico, quando não auferidos pelo respectivo
ou denominação, sejam pecuniários ou em espécie, procedentes, autor ou titular originário. bem como os derivados de
directa ou indirectamente, de elementos patrimoniais, bens, assistência técnica;
direitos ou situaçõesjurídicas, de natureza rnobiliãria, bem como m) os rendimentos decorrentes do uso ou da concessão do
da respectiva modificação, transmissão ou cessação, com uso de equipamento agrícola e industrial, comercial ou
excepção dos ganhos e outros rendimentos tributados noutras cientifico, quando não constituam rendimentos prediais
categorias.
e os provenientes da. cedência, esporádica ou
4. Os frutos e vantagens económicas referidas no número continuada, de equipamentos e redes informáticas,
anterior compreendem, designadamente:
incluindo transmissão de dados ou disponibilização
a) os juros e outras formas de remuneração decorrentes de de capacidade informática instalada em qualquer das
contratos de mútuo, abertura de crédito, reporte e suas formas possíveis;
outros que proporcionem. a título oneroso, a
disponibilidade lemporária de dinheiro ou outras coisas n) os juros que não se incluam em outras alíneas deste
fungíveis; artigo lançados em quaisquer contas correntes;
3/ DE DEZEMBRO DE 2007 768-(43)

o) quaisquer outros rendimentos derivados da simples b) alienação onerosa de partes sociais, incluindo a sua
aplicação de capitais; remição e amortização com redução de capital e de
1') O ganho decorrente de operações de swaps cambiais, outros valores mobiliários;
swaps de taxa de juro, swaps de taxa de juro e divisas e c) alienação onerosa da propriedade intelectual ou industrial
de operações camblais a prazo, desde que, neste último ou de experiência' adquirida no sector comercial,
caso, tenham subjacente um elemento, industrial ou científico, quando o transmitente não seja
designadamente depósitos ou valores mobiliários, que o seu titular originário;
assegure a cobertura do risco. ti) cessão onerosa de posições contratuais ou outros direitos
5. Estando em causa instrumentos financeiros derivados, o inerentes a contratos relativos a bens imóveis;
disposto no n.· II do artigo 59 do Código do IRPC é aplicável, , e) os rendimentos líquidos positivos, apurados em cada
com as necessárias adaptações, para efeitos de IRPS, ano provenientes de operações relativas a
instrumentos financeiros derivados, com excepção dos
ARTIGO II ganhos previstos na alínea p) do n.· 4 do
(Determlnaçlo dos ganhos de Swaps) artigo lO.

1. Sem prejuízo do disposto no número seguinte, nos casos 2. Os ganhos consideram-se obtidos no momento da prática
previstos na alfneap) do n.· 4 do artigo anterior, o ganho sujeito dos actos previstos no n.· I, sem prejuízo do disposto nas alíneas
seguintes:
a imposto é constituído:
a) nos casos de promessa de compra e venda ou de troca,
a) tratando-se de swaps cambiais ou de operações cambiais
presume-se que o ganho é obtido logo que verificada
a prazo, pela diferença positiva entre a taxa de câmbio
a tradição ou posse dos bens ou direitos objecto do
acordada para a venda ou compra na data futura e a
contrato;
taxa de câmbio à vista verificada no dia da celebração
b) nos casos de afectação de quaisquer bens do património
do contrato para o mesmo par de moedas;
particular à actividade empresarial e profissional
b) tratando-se deswaps de taxa dejuro ou de divisas, pela exercida pelo seu proprietário, o ganho s6 se considera
diferença positiva entre os juros e; bem assim, no obtido no momento da ulterior alienação onerosa dos
segundo caso, pelos ganhos cambiais respeitantes aos bens em causa ou da ocorrência de outro facto que
capitais trocados. determine.o apuramento de resultados em condições
2. Havendo lugar à cessão ou anulação de um swap ou de uma análogas.
operação cambial a prazo, com pagamento e recebimento de 3. O ganho sujeito a IRPS é constituído:
valores de regularização, os ganhos respectivos constituem a) pela diferença entre o valor de realização e o valor de
rendimento para efeitos da alínea 1') do n.· 4 do artigo anterior, aquisição, líquidos da parte qualificada como
aplicando-se com as necessárias adaptações, o disposto no rendimento de capitais, sendo caso disso, nos casos
artigo 60 do Código do IRPC. previstos nas .alíneás a), b) e c);
b) peJa importância recebida pelo cedente, deduzida do preço
ARTIGO 12 por que eventualmente tenha obtido os direitos e bens
(Facto gerador dos rendimentos de capitais) objecto de cessão, no caso previsto na alínea ti) do
n." 1.
1. Os rendimentos referidos no artigo 10 ficam sujeitos à
tributação desde o momento em que: ARTIGO 14

a) se vencem; (Permuta dé aoçOes)


b) se presume o vencimenzo; I. No caso de se verificar uma permuta de acções nas condições
c) são colocados à disposição do seu titular; mencionadas nos n." I e 3 do artigo 57 do Código do IRPC, a
atribuição, em resultado dessa permuta, dos títulos
ti) são liquidados; ou
representativos do capital social da sociedade adquirente aos
e) desde a data do apuramento do respectivo quantitativo. s6cios da sociedade adquirida não dá lugar a qualquer tributação
2. Tratando-se de mútuo «. de depõsitos e de aberturas de destes últimos se os mesmos continuarem a valorizar, para efeitos
crédito, considera-se que G:; juros. incluindo os parcialmente fiscais, as novas acções pelo valor das antigas, determinado de
presumidos. se vencem na data estipulada. ou, na sua ausência, acordo com o estabelecido neste Código, sem prejuízo da
na data do reembolso do capital, salvo quanto aos juros tributação relativa às importâncias em dinheiro que lhes sejam
totalmente presumidos, cujo vencimento se considera ter lugar eventualmente atribuídas.'
em 31 de, Dezembro de cada ano ou na data do reembolso, se 2. Para efeitos do disposto no número anterior, observa-se
anterior. ainda o seguinte:
a) perdendo o sócio a qualidade de residente em territ6rio
13
ARTIGO moçambicano, antes de decorrido o prazo que
(Conceito de mals-vallas) corresponde ao somatório dos períodos em que foram
detidas as acções entregues e as acções recebidas em
1. Constituem mais-valias aqueserefere o n.· I do artigo IDos troca, há lugar à consideração na terceira categoria,
ganhos obtidos que, não sendo considerados rendimentos para efeitos de tributação respeitante ao ano em que
comerciais, industriais. agrícolas. de capitais ou prediais, se verificar aquela perda da qualidade de residente, do
resultem de: valor que, por virtude do disposto no n," I deste artigo,
a) alienação onerosa de direitos reais sobre bens imóveis e não foi tributado aquando da permuta de acções, o
afectação de quaisquer bens do patrim6nio particular qual corresponde à diferença entre o valor real das
à actividade empresarial e profissional exercida em nome acções recebidas e o valor de aquisição das antigas,
determinado de acordo com o estabelecido neste
individual peJo seu proprietário;
Código;
76S-{44) I SÉRIE-NÚMERO 52

b) é aplicável, com as necessárias adaptações, o regime SECÇÃo II


especial aplicável as fusões e cisões de sociedades
residentes. Incld'nc" peuOlII

3. O estabelecido nos n," 1 e 2 é também aplicável. com as ARnGOI8


-necessãrias adaptações. relativamente à atribuição de partes, (Sujeito pu.lvo)
quotas ou acções. nos casos de fusões ou cisões e entrada de
activos' que intervenham pessoas que não sejam sociedades nos I. Ficam sujeitas a IRPS as pessoas singulares que residam em
termos a regulamentar. território moçambicano e as que. nele não residindo, aqui obtenham
rendimentos.
ARTIGO 15 2. Existindo agregado familiar. o imposto é devido pelo conjunto
(Quarta Categoria) dos rendimentos das pessoas que o constituem. considerando-se
como sujeitos passivos aquelas a quem incumbe a sua direcção.
I. Ficam compreendidas nesta categoria de rendimentos
prediais, as rendas dos prédios rústicos. urbanos, pagas ou 3. O agregado familiar é constituído por:
colocadas à disposição dos respectivos titulares, bem como as a) cônjuges não separados judicialmente de pessoas e bens
provenientes da cessão de exploração de estabelecimentos e seus dependentes;
comerciais ou industriais, incluindo a dos bens móveis naquele b) cada um dos cônjuges ou ex-cônjuges, respectivamente.
existentes. nos casos de separação judicial de pessoas e bens ou
2. São havidas como rendas: de declaração de nulidade. anulação ou dissolução do
a) as importâncias relativas à cedência do uso do prédio ou casamento e os dependentes a seu cargo;
de parte dele e aos serviços relacionados com aquela c) o pai ou a mãe solteiros e.os dependentes a seu cargo;
cedência; c/) o adoptante solteiro e os dependentes a seu cargo.
b) as importâncias relativas ao aluguer de máquinas e 4. Para efeitos do disposto no número anterior, consideram-se
mobiliário instalados no ímõvel locado: dependentes:
c) a diferença, auferida pelo sublocador, entre a renda a) os filhos. adoptados e enteados. menores não
recebida do subarrendatário e a paga ao senhorio; emancipados;
c/) as importâncias relativas à cedência do uso. total ou k) os filhos. adoptados e enteados, maiores, que, não tendo
parcial, de bens imóveis, para publicidade ou outros mais de 25 anos nem auferindo anualmente rendimentos
fins especiais; superiores ao equivalente a 12 salários mínimos do
e) as importâncias relativas à cedência do uso de partes salário mínimo nacional mais elevado; tenham
comuns de prédios em-regime de propriedade frequentado no ano a que o imposto respeita a 12.'
horizontal; classe. estabelecimento de ensino médio ou superior
j) as importâncias relativas a constituição. à título oneroso. ou cumprido serviço militar efectivo normal;
de direitos reais de gozo temporários, ainda que c) os filhos. adoptados e enteados, maiores, inaptos para o
vitalícios, sobre prédios rústicos ou urbanos. trabalho e para angariar meios de subsistência, quando
não aufiram rendimentos superiores ao equivalente a
ARTIGO 16 12 salários mínimos do salário mínimo nacional mais
(Quinta Categoria) elevado;
Ficam compreendidos nesta categoria os seguintes c/) os menores sob tutela desde que não aufiram quaisquer
rendimentos: rendimentos;
a) os ganhos em numerário, efectivamente pagos ou postçs e) os ascendentes a cargo do sujeito passivo, incapazes
à disposição, provenientes de jogos de diversão social, para o trabalho e para angariar meios de subsistência,
nomeadamente: lotarias, rifas, apostas mútuas, loto. quando não aufiram rendimentos superiores ao
totoloto, bingo, sorteios, concursos e outras equivalente a 12 salários mínimos do salário mínimo
modalidades regidas pela Lei n.? 9/94. de 14 de nacional mais elevado.
Setembro; e S. O disposto nas alíneas a), b). c) ee) do número anterior não
b) os incrementos patrimoniais, desde que não considerados prejudica a tributação autónoma das pessoas nele referidas
rendimentos de outras categorias. excepto se. tratando-se de filhos. adoptados ou enteados,
menores não emancipados. a administração dos rendimentos por
ARTIGO 17 eles auferidos não lhes pertencer na totalidade.
(Incrementqs patrimoniais) 6. As pessoas referidas nos números anteriores não podem,
simultaneamente. fazer parte de mais do que um agregado familiar
Constituem incrementos patrimoniais. desde que não
nem, integrando um agregado familiar, ser consideradas sujeitos
considerados rendimentos de outras categorias: passi vos autónomos.
a) as indemnizações que visem a reparação de danos 7. A situação pessoal e familiar dos sujeitos passivos relevante
emergentes não comprovados e de lucros cessantes. para efeitos de tributação é aquela que se verificar no último dia'
considerando-se como tais apenas as que se destinem do ano a que o imposto respeite.
a ressarcir os benefícios líquidos deixados de obter em
consequência. da lesão; ARTIGO 19
(UnlOes de facto)
b) importâncias atribuídas em virtude da assunção de
obrigações de não concorrência. independentemente I. As pessoas reconhecidas nos termos da Lei n." 10/2004, de
da respectiva fonte ou título; 25 de Agosto. Lei da Família, como vivendo em união de facto,
c) acréscimos patrimoniais não justificados. que tenham sido podem optar pelo regime de tributação dos sujeitos passivos
determinados de forma indirecta. casados e não separados judicialmente de pessoas e bens.

-------------~._ .•. _~
3/ DE DEZEMBRO DE 2007 768-(45)

2. A aplicação do regime a que se refere o número anterior industrial ou científico, ou do uso ou concessão do
depende da identidade de domicílio fiscal dos sujeitos passivos uso de equipamento 'agrícola, comercial ou científico,
durante o período exigido pela lei para verificação dos quando não constituam rendimentos prediais, bem
pressupostos da união de facto e durante o período de tributação, como os derivados de assistência técnica, devidos por
bem como da assinatura, por ambos, da respectiva declaração de entidades que nele tenham residência, sede, direcção
rendimentos. efectiva ou ~belecimento estável a que deva imp'utar-
3. No caso de exercício da opção prevista no n.· I, é aplicável -se o pagamento;
o disposto no n," 2 do artigo 18, sendo ambos os unidos de facto e) os rendimentos de actividades empresariais e profissionais
responsáveis pelo cumprimento das obrigações tributárias. imputáveis a estabelecimento estável nele situado,
incluindo os rendimentos provenientes da
AIIT'G020 intermediação na celebração de quaisquer contratos
(Âmbito da suJelçlo) ou derivados de outras prestações de serviços
I. O IRPS devido pelas pessoas residentes em território realizados ou utilizados em território moçambicano;
moçambicano, incide sobre a totalidade dos seus rendimentos, fJ outros rendimentos de aplicação de capitais devidos por
incluindo os obtidos fora desse território. entidades que nele tenham residência, sede, direcção
2. Tratando-se de não residentes, o IRPS incide unicamente efectiva ou estabelecimento estável a que deva imputar-
sobre os rendimentos obtidos em território moçambicano. -se o pagamento;
g) os rendimentos respeitantes a imóveis nele situados,
AIIT'GO21 incluindo as mais-valias resultantes da sua
(Resldêncls) transmissão;
I. São residentes em território da República de Moçambique h) as mais-valias resultantes da transmissão onerosa de
as pessoas que, no ano a que respeitem ós rendimentos: partes de capital de entidades que nele tenham sede
a) hajam nele permanecido mais de 180 dias, seguidos ou ou direcção efectiva ou de outros valores mobiliários
interpolados; emitidos por entidades que aí tenham sede ou direcção
b) tendo permanecido por menos tempo, aí disponham de efectiva, ou ainda de partes de capital ou outros valores
habitação em condições que façam supor a intenção mobiliários quando, não se verificando essas
de a manter e ocupar como residência permanente; condições, o pagamento dos respectivos rendimentos
seja imputável a estabelecimento estável aí situado;
c) desempenhem no estrangeiro funções ou comissões de
carácter público, ao serviço da República de i) as mais-valias resultantes da alienação dos bens referidos
Moçambique; na alínea c) do n.· 1'do artigo 13, quando nele tenha
sido feito o registo ou praticada formalidade
d) sejam tripulantes de navios ou aeronaves, desde que equivalente;
aqueles estejam ao serviço de entidades com
residência, sede ou direcção efectiva no território Ji as pensões e os ganhos de lotaria, apostas mútuas ou
moçambicano, outros jogos, devidos por entidade que nele tenha
residência, sede, direcção efectiva ou estabelecimento
2. São sempre havidas como residentes em território estável a que deva imputar-se o pagamento;
moçambicano as pessoas que constituem o agregado familiar,
k) os rendimentos de actos isolados nele praticados;
desde que naquele resida qualquer das pessoas a quem incumbe
a direcção do mesmo. l) incrementos patrimoniais não compreendidos nas alíneas
anteriores, quando nele se situem os bens, direitos ou
3. É obrigatória a comunicação da residência do sujeito passivo situações jurídicas a que respeitem.
à administração tributária.
2. Entende-se por estabelecimento estável qualquer instalação
AIIT'G022 fixa ou representação permanente através das quais seja exercida
(Rendimentos obtidos em Moçambique) total uu parcialmente uma das actividades previstas no artigo 8.
3. É aplicável ao IRPS o disposto no n.· 4 do artigo 5 e nos
I.Consideram-se obtidos em território moçambicano:
n." 2 a 9 do artigo 3 do 'Código do IRPC, com as necessárias
a) os rendimentos do trabalho dependente decorrentes de adaptações.
actividades nele exercidas, 0' quando tais rendimentos
sejam devidos por entidades que nele tenham AIIT'G023
residência, sede, direcção efectiva ou estabelecimento (Co-tltularldade de rendimentos)
eslável a que deva imputar-se o pagamento; Os rendimentos que pertençam em comum a várias pessoas
b) as remunerações dos membros dos órgãos estatutários são imputados a estas na proporção das respectivas quotas. que
das pessoas colectivas e outras entidades, devidas se presumem iguais quando indeterminadas.
por entidades que nele tenham residência, sede,
direcção efectiva ou estabelecimento estável a que deva ARr1Go24
imputar-se o pagamento; (Imputação aspeclal)
c) os rendimentos de trabalho prestado a bordo de navios e 1. Constituirendimento dos sócios ou membros das entidades
aeronaves .. desde que os seus beneficiários estejam referidas no artigo 6 do Código do IRPC, que sejam pessoas
ao serviço de entidade com residência, sede ou direcção singulares, o resultante da imputação efectuada .nos termos e
efectiva nesse território; condições dele constantes.
d) os rendimentos provenientes da propriedade intelectual 2. Para efeitos do disposto no número anterior, as respectivas
ou industrial, da prestação de informações respeitantes importâncias integram-se como rendimento líquido na Segunda
a uma experiência adquirida no sector comercial, Categoria.

--._------------- ---
768-(46) I SÉRIE - NÚMERO 52

3. Constitui rendimento. dos sócios que sejam pessoas 8. Para efeitos do número anterior, quando seja de aplicar o
singulares o resultante da imputação efectivada nos termos e disposto no artigo 55, o quociente da divisão por dois dos
condições do artigo 44 do Código do IRPC aplicando-se para o rendimentos isenteis é imputado proporcionalmenle à fracção de
efeito, com as necessárias adaptações, o regime aí estabelecido. rendimento a que corresponde a taxa a aplicar.
4. Para efeitos do disposto no m1mero anterior, as respectivas
AJmoo27
importâncias integram-se como rendimento líquido na Segunda
Categoria, nos casos em que a participação social esteja afecta a (Vslores lixados em moeda diversa do metical)
uma actividade empresarial e profissional, ou na Terceira 1. A equivalência em meticais de rendimentos ou encargos
Categoria, nos demais casos. expressos noutra moeda será determinada pela cotação oficial
em Moçambique da respectiva divisa, de acordo com as seguintes
ArrrIGo25 regras:
(SubstllUlçio trlbutárls)
a) tratando-se de rendimentos transferidos para o exterior,
Quando, através de substituição tributária, este Código exigir aplica-se o câmbio de venda da data da efectiva
o pagamento total ou parcial do IRPS a pessoa di versa daquela transferência ou da retenção na fonte, se a ela houver
em relação à qual se verificam os respectivos pressupostos, lugar;
considera-se a substituta, para todos os efeitos legais, b) tratando-se de rendimentos provenientes do exterior,
como devedor principal do imposto, ressalvado o disposto no aplica-se o câmbio de compra da data em que aqueles
artigo 67, foram pagos ou postos à disposição do sujeito passivo
em Moçambique;
cAPfrULo' 1/
c) tratando-se, de rendimentos obtidos e pagos no·
Determinação do rendimento colectável estrangeiro que não sejam .rransferldos para
Moçambique até ao fim do ano, aplica-se o câmbio de
sECÇÃo I
conipra da data em que aqueles forem pagos ou postos
Regras gerais à disposição do sujeito passivo;
AJmoo26 ti) tratando-se de encargos, aplica-se.a regra prevista na
alínea a) deste artigo.
(Englobamento)
1. O rendimento colectável em IRPS é o que resulta do
i.Não sendo possível comprovar qualquer das datas referidas
no número anterior, aplica-se o câmbio de 31 de Dezembro do
englobamento dos rendimentos das várias categorias auferidos
ano a que os rendimentos ou encargos respeitem.
em cada ano, depois de feitas -as deduções e os abatimentos
previstos nas secções seguintes. 3. Não existindo câmbio nas datas referidas no n.· I, aplica-se
o da última cotação anterior a essas datas.
2. Nas situações de cc-titularidade, o englobamento, faz-se
nos seguintes termos: AJm0028
a) tratando-se de rendimentos da Segunda Categoria, cada (Rendimentos em espéele)
ce-titular engloba a parte do lucro tributável que lhe
1.'" equivalência em meticais dos rendimentos em espécie faz-
couber, na proporção das respectivas quotas;
-se de acordo com as seguintes regras, de aplicação sucessiva:
b) tratando-se de rendimentos das restantes categorias, cada a) pelo preço tabelado oficialmente;
cc-titular engloba os rendimentos ilíquidos e as
deduções legalmente admitidas, na proporção das' b) pela cotação oficial de compra;
respectivas quotas. c) pelo valor de mercado, em condições de concorrência.
3. Não são englobados para efeito da sua tributação: 2. Quando se tratar da utilização de habitação, o rendimento
em espécie corresponde à diferença entre o valor do respectivo
a) os rendimentos referidos no artigo 57, sem prejtiízo da
opção pelo englobamento previsto na lei;
uso e a importância paga aesse título pelo beneficiário,
observando-se na determinação daquele as regras seguintes:
b) os rendimentos que beneficiam de isenção.
a) o valor douso é igual à renda suportada em substituição
4. Ainda que não englobados para efeito da sua tributação, os do beneficiário;
rendimentos isentos, quando a lei imponha o respectivo
b) não havendo renda, o valor do uso' é igual ao valor da
englobamento, são sempre incluídos para efeito de determinação
renda determinada 'segundo o valor do mercado, em
da taxa a aplicar aos restantes rendimentos.
condições de concorrência, não devendo, ·porém,
5. Quando o sujeito passivo exerça a opção referida na exceder um sexto do total das remunerações auferidas
alínea a) do n.· 3, fica, por esse facto, obrigado' a declarar 'a pelo beneficiário;
totalidade dos rendimentos compreendidos em cada uma das
c) quando para a situação em causa estiver fixado por lei
alíneas do artigo 57, relativamente às quais optou pelo
subsídio de residência ou equivalente quando não é
englobamento. fornecida casa de habitação. o valor de uso não pode
6. Quando o sujeito passivo aufira rendimentos que dêem exceder. em qualquer caso, esse montante.
direito a crédito de imposto por dupla tributação internacional
3. No caso de empréstimos sem juros ou a taxa de juro reduzida,
previsto no artigo 61, os correspondentes rendimentos devem
o rendimento em espécie corresponde ao valor obtido por
ser considerados pelas respectivas importâncias illquidas dos
aplicação ao respectivo capital da diferença entre a taxa de juro
impostos sobre o rendimento pagos no estrangeiro. de referência para o tipo de operação em causa, a qual
7. Sempre que a lei imponha o englobamento de rendimentos corresponde, para este efeito' à taxa de redesconto do Banco de
isentos. estes são considerados, sem deduções, para efeitos do Moçambique, divulgada por Aviso daquela Instituição e em vigor
disposto no artigo 55, sendo caso disso, e para determinação da no início da cada ano civil, e a taxa de juro que eventualmente
taxa a aplicar ao restante rendimento colectável. seja suportada pelo beneficiário.
31 DE DEZEMBRO DE2007 768-(47)

4. Quando se tratar da atribuição do uso de viatura automóvel 4. O valor de mercado a que se referem os números anteriores,
pela entidade patronal, o rendimento anual corresponde ao atribuido pelo sujeito passivo no momento da afectação ou da
produto de 0.25% do seu custo de aquisição ou produção, pelo transferência dos bens. pode ser objecto de correcção sempre
número de meses de utilização da mesma. que a Administração Tributária considere. fundarnentadamente,
que o mesmo não corresponde ao que seria praticado entre
5. No caso de aquisição de viatura, que tenha sido usada nas pessoas independentes.
condições referidas no número anterior. pelo trahalhador ou
membro de órgão social da empresa, o rendimento corresponde à ARTloo32
diferença positiva entre o respectivo valor médio de mercado (Actos Isolados)
considerado pelas associações do sector automóvel e o Na determinação do rendimento dos actos isolados. deduzem-
somatório dos rendimentos anuais tributados como rendimentos -se apenas as despesas necessárias à sua obtenção devidamente
decorrentes da atribuição do uso, com a importância paga a título comprovadas, com as limitações decorrentes do artigo 35.
de preço de aquisição.
ARTIGO 33
(Regime simplificado de determlnaçio do rendimento
SECÇÃO II colectável)
I~endlmentos do trabalho dependente I.Ficam abrangidos pelo regime simplificado de determinação
do rendimento colectável os sujeitos passivos enquadrados na
A1mG029
Segunda Categoria, que não tendo optado pelo regime de
(Determlnaçio do rendimento colectável)
contabilidade organizada ou pelo regime simplificado de
Aos rendimentos brutos da Primeira Categoria deduz-se, por escrituração, previstos nos.artigos 72 e 73, respectivamente, e
cada titular que os ienha auferido, os seguintes montantes: apresentem. no exercício anterior ao da aplicação do regime, um
a) as quotizações sindicais; volume total anual de negócios não superior a 2 500 000.00 MT:
b) as indemnizações pagas pelo trabalhador à sua entidade 2. No exercício do inicio de actividade, o enquadramento neste
patronal por rescisão unilateral do contrato individual regime simplificado faz-se, verificados os demais pressupostos.
de trabalho sem aviso prévio em resultado de sentença em conformidade com o valor total anual de proveitos estimado,
judicial ou de acordo judicialmente homologado. constante da declaração de inicio de actividade, caso não seja
exercida a opção a que se refere o número anterior.
SECÇÃO III 3. O apuramento do rendimento colectável resulta da aplicação
dos seguintes coeficientes:
Rendimentos empresariais e profissIonais
a) 0.20 ao valor das :vendas de mercadorias e de produtos;
ARTIGO
30 b) 0,20 ao valor das vendas e prestação de serviços 'de
(Formas de delermlnaçio dos randlmentos colectáveis) alojamento. restauração e bebidas;
1. A determinação dos rendimentos empresariais e c) 0,30 para os restantes proveitos.
profissionais. consoante os casos, faz-se com base: 4. A opção a que se refere o n." I deve ser formalizada pelos
a) na conlabilidade organizada; sujeitos passivos:
b) no regime de escrituração simplificada; ou a) na declaração do inicio de actividade;

c) na aplicação das regras decorrentes do regime simplificado b) até ao fim do mês de Março do ano em que pretendem
de determinação do rendimento colectável. utilizar a contabilidade organizada ou escrituração
simplificada como forma de determinação do
2. Se os rendimentos auferidos resultarem de serviços
rendimento. mediante a apresentação de declaração
prestados a uma única entidade, o sujeito passivo pode optar
de alterações.
pela tributação de acordo com as regras estabelecidas para a
Primeira Categoria, mantendo-se essa opção por um período de 5. Cessa a aplicação do regime simplificado quando o limite
três anos. total anual de negócios a que se refere o n," I for ultrapassado.
caso em que a tributação pelo regime de contabilidade organizada
AJmGo31 se faz a partir do exercício seguinte ao da verificação desse facto.
(Imputaçio)
6. Os valores de base necessários para o apuramento do
I. Na determinação do rendimento só são ,considerados rendimento colectável são passiveis de correcção pela
proveitos e custos os relativos a bens ou valores que façam Administração Tributária nos termos do artigo 38, aplicando-se
parte do activo da empresa individual do sujeito passivo ou que o disposto no número anterior quando se verifiquem os
estejam afectos às actividades empresariais e profissionais por pressupostos ali referidos.
ele desenvolvidas.
7. Em caso de correcção aos valores de base referidos no
2. No caso de afectação de quaisquer bens do património número anterior por recurso a métodos indirectos de acordo com
particular do sujeito passivo à sua actividade empresarial e o artigo 38. é aplicável com as necessárias adaptações o disposto
profissional, o valor de aquisição pelo qual esses hens são nos artigos 48 e seguintes do Código do IRPC.
consideradas corresponde ao valor de mercado à data da
afectação. 8. Ficam excluídos do regime simplificado:

3. No cala de transferência para o património particular do a) os sujeitos passivos cujo volume de negócios ultrapasse
o montante referido no n." 1;
sujeito passivo de bens afectos à sua actividade empresarial e
profissional, o valor dos bens corresponde ao valor de mercado b) os sócios ou membros das entidades abrangidas pelo
dos mesmos à data da transferência. disposto no artigo 6 do Código do IRPC.
76S-{48) [SÉRIE NÚMERO 52

A!mG034 b)'a pessoa singular transmitente fique a deter pelo menos


(Remlnlo) 50% do capital da sociedade e a actividade exercida
por esta seja substancialmente idêntica à que era
Na determinação dos rendimentos empresariais e profissionais
exercida a título individual;
dos sujeitos passivos não abrangidos pelo regime simplificado
de determinação do rendimento colectável, conforme dispõe o c) os. elementos activos e passivos objecto da transmissão
artigo 33. seguem-se as regras estabelecidas no Código do IRPC sejam tidos em conta para efeitos desta com os mesmos
para a determinação do rendimento colectável. com as adaptações valores por que estavam registados na contabilidade
resultantes dos artigos seguintes. ou nos livros de escrita da pessoa singular. ou seja. os
que resultam da aplicação das disposições do presente
ARTIGO 35 Código ou de reavaliações feitas ao abrigo de
(EncargÇ)1 nio dedutíveis para efeitos fiscais) legislação de carácter fiscal;
á) as partes de capital recebidas em contrapartida da
i. Para além das limitações previstas rio Código do IRPC. não
transmissão sejam valorizadas. para efeito de tributação
são dedutíveis para efeitos de determinação do rendimento da
dos ganhos' ou perdas relativos à sua ulterior
Segunda Categoria, mesmo quando contabilizados ou
transmissão, pelo valor líquido correspondente aos
escriturados como custos ou perdas do exercício as despesas de
elementos do activo e do passivo transferidos,
deslocações, viagens e estadas do sujeito passivo ou membro
valorizados nos termos da alínea anterior;
do seu agregado familiar, que com ele trabalham, na parte que
exceder, no seu conjunto, iO% do total dos proveitos e) a sociedade referida na alínea a) se comprometa, através
contabilizados, sujeitos e não isentos deste imposto. de declaração, a respeitar o disposto no artigo 58 do
Código do IRPC, a qual deve ser junta à declaração
2. Quando o sujeito passivo afecte à sua actividade empresarial
periódica de rendimentos da pessoa singular relativa
e profissional parte do imóvel destinado à sua habitação, os
ao exercfcio da transmissão.
encargos dedutíveis com ela conexas, designadamente
amortizações, juros. rendas, energia. água e telefone fixo, não 2. O.disposto no número anterior não é aplicável aos casos em
podem ultrapassar ;t5% do total dos proveitos contabilizados, que façam parte do património transmitido bens em relação aos
sujeitos e' não isentos deste imposto. quais tenha havido diferimento de tributação dos respectivos
ganhos, nos termos da alínea b) do n." 2 do artigo 13.
3. Se o sujeito passivo exercer a sua actividade em conjunto
com outros profissionais, os encargos dedutlveis são rateados 3. Os ganhos resultantes da transmissão onerosa, qualquer
em função da respectiva utilização dos respectivos serviços ou que seja o seu título, e' das partes de capital recebidas em
meios de trabalho ou, na falta de elementos que permitam o rateio, contrapartida da transmissão referida no o.' I são considerados,
antes de decorridos cinco anos a contar da data desta, como
proporcionalmente aos rendimentos brutos auferidos.
rendimentos empresariais e profissionais.
4. Não são dedutíveis as despesas ilícitas, designadamente as
que decorram de comportamentos que fundadamente indiciem a ARTIGO 38
violação da legislação penal moçambicana: mesmo que ocorridos (Apllcaçlo de métodos Indirectos)
fora do âmbito territorial da sua aplicação. . I. A determinação do lucro tributávei por métodos indirectos
5. As remunerações dos titulares de rendimentos desta verifica-se sempre que ocorra qualquer dos seguintes factos:
categoria. bem como as atribuídas a membros do seu agregado a) inexistência de contabilidade organizada ou dos livros de
familiar que lhes prestem serviço, assim como outras prestações registo exigidos no artigo 73, bem como a falta. atraso
a título de ajudas de custo, utilização de viatura própria ao serviço ou irregularidade na sua execução. escrituração ou
da actividade. subsídios de refeição e outras de natureza organização;
remuneratéria, não são dedutíveis na parte que exceder. no seu
b) recusa de exibição da contabilidade, dos livros de registo
conjunto, i 0% do total dos proveitos contabilizados, sujeitos e e demais documentos de suporte legalmente exigidos
não isentos deste imposto. e, bem assim, a sua ocultação, destruição, inutilização,
ARTIGO 36 falsificação ou viciação;
(Dedução de prejulzos fiscais) c) existência de diversas contabilidades ou grupos de livros
com Q propósito de dissimular a realidade perante a
Nos casos de sucessão por morte, a dedução de prejuízos
Administração Tributária;
fiscais prevista no artigo 4i do Código cio IRPC só aproveita ao
sujeito passivo que suceder àquele que suportou o prejuízo. ti) erros ou inexactidões no registo das operações ou indícios
fundados de que a contabilidade ou os livros de registo
ARTIGO 37 não reflectem a exacta situação patrimonial e o
(Realização do capital social com entrada do património resultado efectivamente obtido.
empresarial) 2. A aplicação dos métodos indirectos em consequência de
I. Não há lugar ao apuramento de qualquer resultado tributável anomalias e incorrecções da contabilidade ou dos livros de registo
por virtude da realização de capital social resultante da s6 pode verificar-se quando não seja possível a comprovação e
transmissão da totalidade do património afecto ao exercício de a quantificação directa e exacta dos elementos indispensáveis à
uma actividade empresarial e profissional por uma pessoa correcta determinação do lucro tributável.
singular, desde que, cumulativamente, sejam observadas as 3. O atraso na execução da contabilidade ou na escrituração
seguintes condições: dos livros de registo, bem como a não exibição imediata daquela
ou destes sé determinam a aplicação dos métodos indirectos
a) a entidade para a qual é transmitido o património seja
após o decurso do prazo fixado para regulari aação ou
uma sociedade e tenha a sua sede e direcção efectiva
apresentação. sem que se mostre cumprida a obrigação.
em território moçambicano;
31 DE DEZEMBRO DE 2007 768-(49)

4. O prazo a que se refere o número anterior não deve ser AKrtG041


inferior a quinze nem superior a trinta dias e não prejudica a (Valores de reallzaçlo)
sanção a aplicar pela eventual infracção praticada.
I. Para a determinação dos ganhos sujeitos a IRPS, considera-
5. Adeterminação do lucro tributável por métodos indirectos
obedece ainda ao disposto no artigo 48 do Código do IRPC, com se valor de realização:
as necessárias adaptações. a) no caso de troca, o valor atribuído no contrato aos bens
ou direitos recebidos, ou o valor de mercado, quando
SECÇÁoIV aquele não exista ou este for superior, acrescidos' ou
Rendimentos de capitais e mals-vaUas . diminuídos, um ou outro, da importância em dinheiro a
receber ou a pagar;
ARTIGO 39
b) no caso de expropriação, o valor da indemnização;
(Determinação dos rendimentos de capitais)
c) no caso de afectação de quaisquer bens do património
Os rendimentos de capitais previstos no artigo 10 deste
Código, sujeitos a imposto são os colocados à disposição do particular do titular de rendimentos da Segunda
seu titular ou os liquidados, conforme os casos, não sendo Categoria a actividade empresarial e profissional, o
efectuadas quaisquer deduções. valor de mercado à data da afectação;
á) nos demais casos, o valor da respectiva contraprestação.
ARTIGO 40 2. Nos casos das aJfneas a), b) e c) do número anterior, tratando-
(Determinação das mais-valias) se de direitos reais sobre bens imóveis, prevalecem. quando
I.O valor dos rendimentos qualificados como mais-valias é o superiores, os valores por que os bens tenham sido considerados
correspondente ao saldo apurado entre as mais-valias e as rnenos- para efeitos de liquidação de sisa ou, não havendo lugar a esta
-valias realizadas no mesmo ano, determinadas nos termos dos liquidação, os que devessem ser, caso fosse devida.
artigos seguintes.
3. No caso de troca por bens futuros, os valores referidos
2. O saldo referido no número anterior, respeitante às
na alínea a) do n." I reportam-se à data da celebração do
transmissões previstas nas alíneas a), c), e d) do n," I do artigo
13, positivo ou negativo, é apenas considerado em 50% do seu contrato.
valor. 4. No caso previsto na alínea c) do n,? I deste artigo, prevalece,
3. O saldo referido no n." I, respeitante às transmissões se o houver, o valor resultante da correcção a que se refere o
previstas na alínea b) do 11." Ido artigo 13, positivo ou negativo, n.04 do artigo 31.
é apeoas considerado:
ARTIGO 42
a) em 75% do seu valor, quando as palies sociais ou outros
valores mobiliários forem detidos durante menos de 12 (Valor de aquisição a titulo gratuito)
rr eses; I.Para a determinação dos ganhos sujeitos a IRPS, considera-
b) em 60% do seu valor, quando as partes sociais ou outros -se valor de aquisição, no caso de bens ou direitos adquiridos a
valores mobiliários forem detidos por período entre 12 título gratuito, aquele que haja sidoconsiderado para efeito de
e24meses; liquidação do imposto sobre as sucessões e doações.
c) em 40% do seu vaor, quando as partes sociais ou outros 2. Não havendo lugar à liquidação do imposto referido no
valores mcbiliártos forem detidos por período entre 24 número anterior, consideram-se os valores que lhe serviriam de
e 60 meses; base, caso fosse devido, determinados de harmonia com as regras
d) em 30% do seu valor, li l~.i.d.;) as partes sociais ou outros próprias daquele imposto.
valores moblliãnos forem detidos durante 60 ou mais ARTIGO 43
meses. (Valor de aquisição a título oneroso de bens Imóveis)
4. Para efeitos do número anterio-, consi dera-se que:
I. No caso da alínea a) do n." I do artigo 13, se o bem
a) a data de aquisiçu.: do,; .alores mobiliários cuja
imóvel tiver sido adquirido a título oneroso. considera-se valor
propriedade tenhz 'ido adquirida pelo sujeito passivo
de aquisição o que tiver servido para efeitos de liquidação de
por incorporação de reservas ou por substituição
daqueles, designadamente por alteração do valor sisa.
nominal ou modificação do objecto social da sociedade 2. Não havendo lugar à liquidação de Sisa, considera-se o
emitente, é a data de aquisição dos valores mobiliários valor que lhe serviria de base, caso fosse devida, determinado de
que lhes deram origem; harmonia com as regras próprias daquele imposto.
b) tratando-se de vaJores mobiliários da mesma natureza e 3. O valor de aquisição de imóveis construídos pelos próprios
q ue confiram idênticos direitos., considera-se que os sujeitos passivos corresponde ao valor patrimonial inscrito na
alienados são os adquiridos há mais tempo:
matriz, acrescido dos custos de construção devidamente
c) nas permutas de acções nas condições mencionadas nos comprovados, se superior àquele.
r.'" I e 3 do artigo 57 do Código do IRPC, o período de
c etenção corresponde ao somatório dos períodos em ARTIGO 44
c ue foram detidas as acções recebidas em troca; (Equiparação ao valor da aquisição)
d) o regime da alínea anterior é aplicável. com as necessárias
No caso de transferência para o património particular do titular
adaptações, à aquisição de partes sociais, quotas ou
de rendimentos da Segunda Categoria de quaisquer bens afectos
acções nos casos de fusões ou cisões de sociedades
residentes, bem como as que sejam aplicáveis ao artigo à actividade empresarial e profissional, considera-se valor de
56 do Código do IRPC. aquisição o valor de mercado à data da transferência.
768-{50)
I SÉRIE NÚMERO 52

ARTIGO
45 sECÇÃo VI
(Valor de aqulllçio a titulo onerOlo de part •• soclall
e de outros valores mobiliários) Outrol rendimentos

No caso da a1íneab) do n," Ido artigo 13, o valor de aquisição, ARTIoo49


quando esta tenha sido efectuada a título oneroso, é o seguinte: (Determlneçio dos rendimentos colectávell)
a) tratando-se de valores mobiliários cotados em Bolsa, o Na determinação do rendimento colectável dos rendimentos
custo documentalmente provado ou, na sua falta, o da qualificados como incrementos patrimoniais não são efectuadas
menor cotação verificada nos dois anos anteriores à quaisquer deduções.
data da alienação, se outro menos elevado não' for
declarado; SECÇÃO VII

b) tratando-se de quotas ou de outros valores mobiliários Deduçio de perdas


não cotados em Bolsa, o custo documentalmente
provado ou, na sua falta, o respectivo valor nominal. ARTloo50
(Deduçõel de perdas)
ARfIGo46 I. Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, é dedutível
(Vator de aqulsl9io a titulo onaroso de outros ao conjunto dos rendimentos líquidos sujeitos a tributação o
bena e dlraltos)
resultado líquido negativo apurado em qualquer categoria de
Nos casos das alíneas c) e e) do n." I do artigo 13, o valor de rendimentos.
aquisição. quando efectuada a título oneroso, é constituído pelo
preço pago pelo alienante, documentalmente provado. 2. O resultado líquido negativo apurado nas categorias
Segunda e Terceira, bem como a percentagem do saldo negati vo
ARTIoo47 a que se refere o n," 2 do artigo 40, só podem ser reportados aos
(Despesas e encargos) cinco anos seguintes àquele a que respeitam, deduzindo-se aos
Para a determinação das mais-valias sujeitas a imposto, ao rendimentos líquidos da mesma categoria ou à percentagem do
valor de aquisição acrescem: saldo positivo apurado entre as mais-valias e as menos-valias
realizadas no ano em causa, de harmonia com a parte aplicável do
a) os encargos com a valorização dos bens,
comprovadamente realizados nos últimos 5 anos, e as artigo 41 do C6digo do IRPC.
despesas necessárias e efectivamente praticadas. 3. Na Segunda Categoria não são dedutíveis as perdas
inerentes à aquisição e alienação, nas situações resultantes do exercício de actividades agrícolas, silvícolas e
. previstas na alínea a) do n," I do artigo 13; pecuárias quando estas actividades sejam exercidas com outras
b) as despesas necessárias e efectivamente praticadas, abrangidas pela mesma categoria de rendimentos, sem prejuízo
inerentes à alienação, nas situações previstas nas do seu reporte a rendimentos líquidos positivos da mesma
alíneas b) e c) do n," 1 do artigo 13. natureza, devendo os titulares destes rendimentos assegurar os
procedimentos contabilísticos que forem exigíveis para apurar
sECÇÃo v
separadamente as perdas daquelas actividades, salvo se
Rendimentos predllls estiverem sujeitos ao regime simplificado de determinação do
rendimento.colectãvel,
ARrloo48
(Determlnaçio dos rendimentos prediais) 4. A percentagem do saldo negativo a que se refere o número
3 do artigo 41 s6 pode ser reportada aos dois anos seguintes
1. Aos rendimentos brutos referidos no artigo 15 deduzem-se
àquele a que respeitam, deduzindo-se aos rendimentos líquidos
as despesas de manutenção e ele conservação que incumbam ao
da mesma natureza ou à percentagem do saldo positivo apurado
sujeito passivo, e por ele sejam suportadas, presumindo-se que
entre as mais-valias e as menos-valias realizadas no ano em causa,
as mesmas correspondam a 30% do rendimento, excepto se, sendo
de harmonia com a parte aplicável do artigo 41 do C6digo do
superiores, o sujeito passivo provar documentalmente, bem
IRPC.
como. os juros pagos a instituições de crédito moçambicanas.
devidamente documentadas, resultantes de empréstimos para a
SECÇÃO VIU
construção de habitação própria, desde que englobado o valor
das respectivas rendas e até à concorrência deste montante. Abatimentos
2. Deduz-se ainda o imposto predial autárquico que incide
sobre o valor dos prédios ou parte de prédios cujo rendimento ARrlG051
tenha sido englobado. (Abatimentos ao rendimento liquido total)
3. No caso de fracção autónoma de prédio em regime de Para apuramento do rendimento colectável dos sujeitos
propriedade horizontal. deduz-se também os encargos de passivos residentes em territério.moçambicano, à totalidade dos
conservação, fruição e outros, que, nos termos da lei l"l\ il, () rendimentos líquidos determinados nos termos das secções
condómino deva obrigatoriamente suportar, por ele sejam anteriores abatem-se as importâncias comprovadamente
suportados, e.se encontrem documentalmente provados. suportadas e não reembolsadas respeitantes aos encargos com
4. Na sublocação,' a diferença entre a renda recebida pelo pensões a que o sujeito passivo esteja obrigado por sentença
sublocador e a paga por este não beneficia de qualquer dedução, judicial ou por acordo homologado nos termos da lei civil.
31 DE DEZEMBRO DE 2007 768-(51)

SECÇÃo IX CAPITULO III

Processo de determlnaçlo do rendimento colectlvel Taxas

ARTIGO 52 ARnG054
(Declaraçao 'de rendlment,os) (Taxas gerais)
1. Os sujeitos passivos apresentam. anualmente. uma I. As taxas do imposto são as constantes da tabela seguinte:
declaração de modelo oficial, relativa aos rendimentos do ano Rendimentos Colectáveis
anterior e a outros elementos informativos relevantes para a sua Anuais em Meticais Taxas Parcela a abater
concreta situação tributária. (A) (8) (MT1IC)

2, Sem prejuízo do disposto no numero anterior, ficam Até 42,000 10% -,-
dispensados de apresentar a declaração de rendimentos os De 42,001 a 168.000 15% 2,tOO
sujeitos passivos que, no ano a que o imposto respeita: De t68,001 a 504,000 20% tO.500
a) apenas tenham' auferido rendimentos tributados pelas De 504,001 a 1512000 25% 35.700
taxas previstas no artigo 57, que não sejam rendimentos Além de 1.512.000 32% 141.540
de acções, e não optem, quando legalmente permitido,
2, As percentagens indicadas na coluna B representam taxas
pelo seu englobamento; marginais, sendo cada uma delas válida dentro dos limites do
b) apenas tenham auferido rendimentos da Primeira Categoria correspondente escalão de rendimento, As importâncias da
coluna C destinam-se a permitir o cálculo prático do imposto,
no valor igualou inferior a 100 OOO,OOMT,desde que cuja colecta é obtida aplicando à totalidade do rendimento
tenha sido objecto, pela totalidade, de retenção na fonte colectável a taxa máxima que lhe corresponda, segundo a coluna
do correspondente IRPS, podendo se o desejarem optar B, deduzindo-se depois a parcela indicada na coluna C,
pelo englobamento, 3, Quando se tratar de sujeitos passivos que no englobamento
apenas incluam rendimentos da Segunda Categoria, provenientes
ARTIGO 53
de actividades agrícola ou pecuária. a colecta que resultar da
aplicação das taxas constantes do número 1 não pode ser superior
(Bóses para o apuramento, lixaçlo ou alteração a que resullaria da aplicação da taxa reduzida de 10% a que se
dos rendimentos)
refere o número 2 do artigo 61 do Código do JRPC, ao rendimento
J. O rendimento colectável de IRPS apura-se de harmonia com colectável, durante a vigência da mesma taxa reduzida,
as regras estabelecidas nas secções precedentes e com as regras ARTIGO 55
relativas a benefícios fiscais a que os sujeitos passivos tenham (QuocIente conJugai)
direito, com base na declaração anual de rendimentos apresentada I. Tratando-se de sujeitos passivos casados e não separados
em prazo legal e noutros elementos de que a Administração judicialmente de pessoas e bens, a taxa aptícãvel é a
Tributária disponha, correspondente ao rendimento colectável dividido por 2,
2, As taxas fixadas no artigo anterior aplicam-se ao quociente
2. A Administração Tributária procede à fixação do conjunto
do rendimento colectável, multiplicando-se por dois o resultado
dos rendimentos líquidos sujeitos a tributação quando:
obtido para se apurar a colecta do IRPS,
a) ocorra alguma das sin» .•ções ou factos previstos no 0.° 4 ARTIGO 56
do artigo 31 e no artigo 38; (Minlmo não tributãvel)
I, Não é tributado o rendimento colectável anual inferior ou
b) não tenha sido apresentada ., declaração de rendimentos
igual a trinta e seis salários mínimos, do salário mínimo mais
prevista no artigo .52, quando o deva ser. elevado em 31 de Dezembro do ano a que respeitam os
rendimentos, ficando o excedente sujeito a imposto,
3. No caso previsto na aunea b) do número anterior, o sujeito 2, No caso de tributação pelo agregado familiar, o mínimo não
passivo é previamente notificado para, no prazo de 15 dias, tributável a que se refere o número anterior aplica-se aos
apresentar a declaração em falta, sem prejuízo das sanções rendimentos de cada titular até ao seu montante,
aplicáveis.
ARTIGO 57
4, A Administração Tributária procede à alteração dos (Taxas IIberatórlas)
elementos declarados sempre que, não havendo lugar à fixação a 1. Estão sujeitos a retenção na fonte, a título definitivo, os
que se refere o n.02, devam ser efectuadas correcções decorrentes rendimentos obtidos em território moçambicano constantes dos
de erros evidenciados nas próprias declarações, de omissões números seguintes e, bem assim, os rendimentos mencionados
nelas praticadas ou correcções decorrentes de divergência na na alínea b) do n." 4 do artigo 65, às taxas liberatórias neles
previstas.
qualificação dos actos, factos ou documentos com relevância
2, São tributados à taxa de 20%:
para a liquidação do imposto,
a) os rendimentosde acções, nominativas ou ao portador;
5. A competência para a prática dos acl~s de apuramento, b) os rendimentos do trabalho dependente e os rendimentos
fixação ou alteração referidos no presente artigo é exercida pelo previstos na alínea b) do n." 2 do artigo 8, ainda que
decorrentes de actos isolados, e nas alíneas d) e) e g)
Director da Área Fiscal onde se situe o domícílio fiscal dos do n," 3 do mesmo artigo, auferidos por não residentes
sujeitos passivos. em Moçambique;
768-(52) ISÉRIE-NOMER052

c) os lucros colocados à disposição dos respectivos 6. Feita a opção a que se refere o número anterior, a retenção
associados ou titulares, incluindo os adiantamentos que tiver sido efectuada tem a natureza de pagamento per conta
por conta de lucros, devidos por-entidades sujeitas a do imposto devido a final.
IRPC, auferidos por não residentes em Moçambique;
ti) os rendimentos a que se refere a alínea p) do n," 4 do CAPiTULO IV
artigo lO; Liquidação
e) quaisquer rendimentos de capitais auferidos por não
ARTIGO 58
residentes em Moçambique não expressamente
I. ributados a taxa diferente;
(Competência para a liquidação)

fJ os rendimentos de capitais referidos nas alíneas I) e m) do A competência para a liquidação do IRPS compete:
n," 4 do artigo to, auferidos por não residentes em a) aos serviços competentes da Administração Tributária;
Moçambique; b) a autoliquidação é obrigatória para os titulares de
g) as comissões por intermediação na celebração de rendimentos da Segunda Categoria, com contabi Iidade
quaisquer contratos e os rendimentos derivados de organizada e facultativa para os restantes, devendo,
em qualquer caso, ser efectuada nas respectivas
outras prestações de serviços referidos na alínea e) do
declarações, quando apresentadas nos prazos
n," Ido artigo 22, pagos ou colocados à disposição de
previstos na regulamentação deste Código.
não residentes em território moçambicano;
Ir) os rendimentos provenientes da propriedade intelectual Artigo 59
ou industrial ou da prestação de informações (Ded~çéles à colecta)
respeitantes a uma experiência no sector industrial, I. À colecta do IRPS são efectuadas, nos termos dos artigos
comercial ou científico, auferidos por titulares subsequentes, as seguintes deduções relativas:
originários, não residentes em Moçambique;
a) à situação pessoal e familiar dos sujeitos passivos;
i) os rendimentos de títulos de dívida, nominativos ou ao b) à dupla tributação internacional.
portador, incluindo 'as obrigações, bem como os
2. São ainda deduzidos à colecta do IRPS os pagamentos por
rendimentos de operações de reporte, cessões de
conta do imposto e as importâncias retidas na fonte que tenham
crédito, contas de títulos com garantia de preço ou de aquela natur~za, respeitantes ao mesmo período de tributação.
outras operações similares o.u afins.
3. As deduções referidas neste artigo serão efectuadas pela
3. São tributados à taxa de 10% : ordem nele indicada e apenas as previstas no número anterior,
a) o, juros de depósito a prazo; quando superiores ao imposto devido, conferem direito ao
reembolso da diferença.
b) os rendimentos dos títulos cotados na Bolsa de Valores
4. As deduções previstas no n.o I aplicam-se apenas aos
de Moçambique;
sujeitos passivos residentes em território moçambicano.
c) os ganhos em numerário, provenientes de jogos de
di versão social. tais como: lotarias, rifas. apostas ARTIGO 60
mútuas. loto, bingo, sorteios. concursos; (Déduçoes retetlvas à sltueção pessoal e 'amltlar)
ti) as remunerações auferidas por artistas de teatro, dança, I. À colecta do IRPS devida por sujeitos passivos residentes
variedades ou circo. actores de cinema e figurantes •. em território moçambicano e até ao seu montante são deduzidos
músicos, cantores ou desportistas e outras profissões anualmente:
afins, domiciliadas ou não no território nacional, a) I 800,OOMT por cada sujeito passivo não casado ou
excepto quando aufiram remunerações de forma regular separado judicialmente de pessoas e bens;
pelo exercício de actividade por conta de outrem. b) 1 500,OOMT por cada sujeito passivo casado e não
4. As taxas previstas nos n.02 e 3 incidem sobre os rendimentos separado judicialmente de pessoas e bens;
i1íquidos. c) 6OO,OOMT,quando exista um dependente, existindo dois,
5. Podem ser englobados para efeitos da sua tributação, por deduz-se o montante de 9OO,OOMT, existindo três deduz-
se o montante de I 200,OOMT e sendo quatro ou mais,
opção dos respectivos titulares, residentes em território nacional.
o montante a deduzir é de I 800,OOMT,desde que não
desde que obtidos fora do âmbito do exercfcio de actividades
sejam sujeitos passivos deste imposto.
empresariais e profissionais, os seguintes rendimentos devidos
2. Verificando-se fraccionamento de rendimentos resultante
por entidades com sede, domicílio, direcção efectiva ou
de constituição da sociedade conjugal ou da dissolução por
estabelecimento estável naquele situado, a que seja imputável o declaração de nulidade ou anulação do casamento, por divórcio
seu pagamento: ou por separação judicia) de pess.oas e bens. as deduções a que
a) os rendimentos de títulos de dívida, nominativos ou ao se refere '0 0.° 1 são consideradas como respeitando ao ano
portador, bem como os rendimentos de operações de completo, determinando-se a parte relativa a cada período pelo
reporte, cessões de créditos, contas de títulos com número de dias que nele se contém.
garantias de preço ou de outras operações similares
ARTIGO 61
ou afins;
(Crédito de Imposto por dupla tributação internacional)
b) os rendimentos de acções, nominativas ou ao portador;
c) os juros de depósitos a prazo; 1. Os titulares de rendimentos das diferentes categorias obÜdos
no estrangeiro têm direito a um crédito de imposto por dupla
d) os rendimentos a ql;Je se refere a alínea p) do 0.° 4 do
artigo lO. tributação internacional, dedutível até à concorrência da parte
3/ DE DEZEMBRO DE 2007 768-(53)

da colecta do IRPS proporcional a esses rendimentos líquidos. intermediação na celebração de quaisquer contratos, no acto do
considerados nos termos do número 6 do artigo 26. que seu pagamento ou colocação à disposição, a deduzir-lhes as
corresponde à menor das seguintes importâncias: importâncias correspondentes à aplicação das taxas nele previstas
a) imposto sobre o rendimento pago no estrangeiro; por conta do imposto respeitante ao ano em que esses actos
b) fracção da colecta do IRPS. calculada antes da dedução, ocorrem.
correspondente aos rendimentos que no país em causa 2. As entidades devedoras de rendimentos de trabalho
possam ser tributados. dependente. fixos ou variáveis são obrigadas a reter o imposto
2. Quando existir convenção para eliminar a dupla tributação no momento do seu pagamento ou colocação à disposição dos
celebrada por Moçambique, a dedução a efectuar nos termos do respectivos titulares, com excepção dos rendimentos previstos
número anterior não pode ultrapassar o imposto pago no' nas alíneas c) e ti) do n.· I do artigo 3. deste Código que não
estrangeiro 110S termos previstos pela convenção. sejam certas e regulares e os da alínea g) do artigo 4, deste Código.
3. Sempre que não seja possível efectuar as deduções a que- 3. As entidades que disponham ou devam dispor de
se referem os números anteriores, por insuficiência de colecta no contabilidade organizada são obrigadas a reter o imposto,
ano a que os rendimentos obtidos no estrangeiro foram mediante aplicação. aos rendimentos ilíquidos de que sejam
englobados na matéria colectável. o remanescente pode ser devedoras, das taxas de 20%, tratando-se de rendimentos de
deduzido até ao fim dos cinco anos seguintes à parte da colecta capitais e da Quarta Categoria. de rendimentos provenientes da
do IRPS proporcional ao rendimento líquido da respectiva propriedade intelectual ou industrial ou da prestação de
categoria. informações respeitantes a uma experiência no sector industrial,
comercial ou cientifico, auferidos por titulares originários, bem
ARTIGO 62
com,? dos rendimentos do trabalho independente ou de
(Limites minlmos)
comissões pela intermediação na celebração de quaisquer
Não há lugar a cobrança ou reembolso quando, em virtude de contratos, sem prejuízo do disposto no número seguinte.
liquidação, ainda que adicional, reforma ou revogação de
4. Tratando-se de rendimentos sujeitos à tributação pelas taxas
liquidação. a importância a cobrar seja inferior a 100, OOMTou a
Iiberatórias previstas no artigo 57:
.importância" restituir seja inferior a IOO,OOMT.
a) As entidades devedoras dos rendimentos deduzem a
ART,GO63 importância" correspondente às taxas nele fixadas:
(Restituição oficiosa do Imposto) b) As entidades que paguem ou coloquem à disposição dos
I. A diferença entre o imposto devido a fi nal e o que tiver sido respectivos titulares, residentes em território
entregue nos Cofres do Estado em resultado de retenção na fonte moçambicano, por conta de entidades que nâo tenham
ou de pagamentos por conta, favorável ao sujeito passivo, deve aqui residência, sede, direcção efecti va ou
estabelecimento estável a que possa imputar-se o
ser restituída até ao fim do terceiro mês seguinte ao termo do
pagamento, rendimentos de títulos nominativos ou ao
prazo previsto na regulamentaçâo deste imposto para o
portador, deduzem a importância correspondente à taxa
pagamento relativo ao ano anterior,
de 20%.
2. Se, por motivos imputáveis aos serviços, não for cumprido
5. Para aplicação da taxa de 20% prevista no n." 3, aos
o prazo previsto no númer- anterior, são d~vidos juros
rendimentos da Quarta Categoria é tomado em consideração a
indemnizatórios previstos na Lei n." 212006, de 22 de Março. deduçâo de 30% a título de despesas de manutenção e
conservação a que se refere O n." I do artigo 48 deste Código.
CAPÍTULO V
6. Consideram-se rendimentos de trabalho independente. para
Pa'l"",ento efeitos do n." 3, os correspondentes a pagamentos que tenham
ARrJGo64 lugar em remuneração de trabalho técnico ou cientifico, exercido
em regime livre. incluindo serviço de consultorias, estudos,
(Pagamento do Imposto)
pareceres e outros trabalhos ou actividades da mesma natureza.
I. O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares é sempre que no seu desempenho predomine carácter científico •
.pago no ano seguinte àquele a que respeitam os rendimentos, técnico ou artístico da respectiva profissão.
sem prejuízo do disposto nos artigos seguintes.
AIITIG066
2. Os prazos e termos de pagamento do Imposto são objecto
(Pagamentos por conta)
de regulamentação.
A titularidade de rendimentos da Segunda Categoria determina;
ARTIGO65 para os respectivos sujeitos passivos, a obrigatoriedade de
(Retençio na fonte) efectuarem três pagamentos por conta do imposto devido a final,
1. Nos casos previstos nos números seguintes e noutros de montantes iguais. arredondados por excesso. cuja totalidade
estabelecidos na lei a entidade devedora dos rendimentos sujeitos dos pagamentos por conta é igual a 80% do montarite resultante
a retenção na fonte é obrigada, no acto do pagamento, do da aplicação da percentagem resultante da participação dos
vencimento. ainda que presumido. da sua colocação à disposição. rendimentos da Segunda Categoria no total dos rendimentos
da sua liquidação ou do apuramento do respectivo quantitativo. englobados, ao IRPS do exercício anterior, nos termos a
consoante os casos, ou, tratando-se de comissões, pela regulamentar.

--._-----------------
768-{54) ISÉRIE-NÚMER052

ARTIGO67 CAPiTULO VI
(ResponsabJlldade em caso de substituição) Obrigações acessórias
I. Em caso de substituição tributária, a entidade obrigada à
AJITIGo72
retenção é responsável pelas importâncias retidas e não
(Obrigações conlabmstlcas)
entregues nos cofres do Estado, ficando o substituído
desobrigado de qualquer responsabilidade no seu pagamento, I. Os titulares de rendimentos da Segunda Categoria, cujo
sem prejuízo do disposto nos números seguintes. volume de negócios do ano anterior seja superior a
2. Quando a retenção for efectuada meramente a título de 2 500 OOO.OOMT são obrigados a dispor de contabilidade
pagamento por conta de imposto devido a final, cabe ao organizada nos termos da lei comercial e fiscal, que permita o
substituído a responsabilidade originária pelo imposto não retido controlo do rendimento apurado.
e ao substituto a responsabilidade subsidiária. ficando este ainda 2: Aos sujeitos passivos referidos no número anterior é
sujeito aos juros compensatórios devidos desde o termo do prazo aplicável o disposto no artigo 75 do Código do IRPC.
de entrega até ao termo do prazo da apresentação da declaração
ARTIGO 73 ,
pelo responsável originário ou até à data da entrega do imposto
retido, se anterior. . (Regime simplificado de escrituração)

3. Nos restantes casos, o substituído é apenas I. Os sujeitos passivos que. exercendo qualquer actividade
comercial ou industrial, não sejam obrigados a dispor de
subsidiariamente responsável pelo pagamento da diferença entre
contabilidade organizada, devem possuir:
as import.incias que deveriam ter ·sido deduzidas e as que
a) livro de registo de compras de mercadorias e/ou livros de
efectivamente o foram.
registos de matérias-primas e de consumo;
AIITIG068 b) livro de registo de vendas de mercadorias e lou livros de
(Compensação) registos de produtos fabricados;
c) livro de registo de serviços prestados;
I, A obrigação de IRPS pode extinguir-se por compensação,
total ou parcial. com crédito do devedor ao reembolso de IRPS. cl) livro de registo de despesas e de operações ligadas a
bens de investimento;
2. Acompensação opera-se com a entrega pelo sujeito passivo
da respectiva nota de crédito. e) livro de registo de mercadorias, matérias primas e de
consumo. de produtos fabricados e outras existências
AIITIG069
à data de 31 de Dezembro de cada ano.
(Juros de mora) 2. Os sujeitos passivos. quando não possuam contabilidade
organizada são obrigados a evidenciar em separado no respectivo
Quando o imposto liquidado ou apurado pela Administração livro de registo as importâncias respeitantes ao reembolso de
Tributária" acrescido dos juros compensatórios eventualmente despesas efectuadas em nome" por conta do cliente. as quais.
devidos, não for pago no prazo em que o deva ser, começarão a quando devidamente documentadas. não influenciam a
contar juros de mora a partir do termo daquele prazo. calculados determinação do rendimento.
nos termos legais.
3. Por despacho do Ministro que superintende a área das
ARTIGO 70 Finanças, podem ser estabelecidos outros registos obrigatórios
destinados ao apuramento do rendimento colectável.
(Privilégios credltórios)
4. Os livros referidos neste artigo devem ser escriturados nos
Para pagamento do IRPS. a Fazenda Nacional gozade privilégio termos a regulamentar.
mobiliário geral e privilégio imobiliário sobre os bens existentes
no património do sujeito passivo à data da penhora ou outro ARTIGO 74
acto equivalente. (Opção por contabilldade organizada)

AIITIG071
I. Os sujeitos passivos enquadrados na Segunda Categoria
(p.gamento de rendimentos a sUJettos passivos do regime simplificado de escrituração. cujo volume de negócios
não residentes) anual seja igualou inferior a 2 500 000.00 MT podem optar por
contabilidade organizada nos termos da lei comercial e fiscal,
Não se pode realizar transferências para o estrangeiro de
que permita o controlo do rendimento apurado.
rendimentos sujeitos a IRPS obtidos em território moçambicano
por sujeitos passivos não residentes sem que se mostre pago ou' 2. Aos sujeitos passivos referidos no número anterior é
assegurado o imposto que for devido. aplicável o disposto no artigo 75 do Código do IRPC.

Preço-22.ooMT

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE

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