Vous êtes sur la page 1sur 133

PORTUGUÊS

PORTUGUÊS INSTRUMENTAL U N I D A D E 1
LEITURA E PRODUÇÃO
TEXTUAL
1
Um grande comunicador
quem não
se comunica
brasileiro, Abelardo Barbosa,
também conhecido como
Chacrinha, muito popular na

se trumbica
década de 80, dizia sempre que
A SOCIABILIDADE
HUMANA É INDISCUTÍVELSaber se comunicar bem, conhecendo

E IMPRESCINDÍVEL.
o seu processo e reconhecendo as
suas particularidades, é uma habilidade
fundamental nos dias de hoje,

SOBRETUDO NO ÂMBITO
PROFISSIONAL.
Nessa unidade, discutiremos
aspectos importantes do processo
de comunicação, seus elementos,
funções, níveis e suas variações.

Vamos começar do começo!


comunicação
Você sabe o que é

e como ela surgiu?


2
A HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO
A História da Comunicação https://goo.gl/ddqKRs
Você viu no vídeo que os primeiros exemplos
de comunicação datam do período da pré-
história e que se caracterizavam por meio
de desenhos e pinturas rupestres; depois
o homem assimilou o processo da fala e a
partir daí deu-se a evolução da comunicação
por meio da escrita.
LINGUAGEM:
Para compreender é a capacidade comunicativa
melhor o processo que têm os seres humanos
de comunicação, é de usar intencionalmente
necessário conhecer qualquer sistema de sinais
alguns conceitos. significativos para comunicar
Segundo Rodrigues
seus pensamentos, ideias,
(2010, p. 30),
sentimentos e experiências.
É todo e qualquer sistema
de sinais que serve de meio
de comunicação entre os
indivíduos.
LÍNGUA:
Para compreender é a parte social da linguagem,
melhor o processo exterior ao indivíduo, que,
de comunicação, é por si só, não pode nem
necessário conhecer criá-la, nem modificá-la; ela
alguns conceitos. não existe senão em virtude
Segundo Rodrigues
duma espécie de contrato
(2010, p. 30),
estabelecido entre membros
da comunidade.
FALA:
Para compreender é a realização concreta de
melhor o processo uma língua, feita por um
de comunicação, é indivíduo de uma comunidade
necessário conhecer num determinado ato de
alguns conceitos. comunicação.
Segundo Rodrigues
(2010, p. 30),
COMUNICAÇÃO:
Para compreender é o espaço de troca de
melhor o processo sensações, vivências,
de comunicação, é informações com o outro. A
necessário conhecer comunicação é, depois da
alguns conceitos. sobrevivência física, a mais
Segundo Rodrigues
básica e vital de todas as
(2010, p. 30),
necessidades.
3
DEFINIÇÕES
Estudiosos e pesquisadores Realmente, comunicação é
definem comunicação como
a capacidade que um falante
Você já isso, uma troca de mensagens,
informações. Isso acontece
tem (emissor) de enviar uma
mensagem, por meio de um conhecia essa o tempo todo, quando damos
bom dia, por exemplo, quando
participamos de uma entrevista

definição?
canal (recurso ou meio), a um
outro falante (destinatário). de emprego, nas conversas com
os amigos etc.
MAS
Podemos definir linguagem como se for verbal, contará com as
toda ação pela qual se transmite palavras; se for transmitida apenas
alguma mensagem. Pode ser verbal com o auxílio dos gestos, dos sons,
ou não verbal, das imagens, dos movimentos etc.
teremos a linguagem não verbal.

o que, de fato, é a linguagem?


Não é fácil definir linguagem, uma vez que
existem diferentes opiniões a respeito.

Para alguns,
linguagem é
a representação
do pensamento;
para outros, é
simplesmente
um instrumento
de comunicação
e ainda há os que
acreditam que a
linguagem é
uma forma de
interação social.
Para compreender
melhor o que é a linguagem,
veja o esquema de suas formas
de representação:
Escrita
VERBAL Oral

linguagem
Sinais Fisionômicos
Sinais Luminosos
Sinais Acústicos
NÃO VERBAL Sinais Gestuais
Sinais Gráficos
Sinais Visuais
Nesta disciplina, tomaremos linguagem
como um processo utilizado pelo homem
para promover uma interação com o outro.
Esse processo, naturalmente, poderá
representar um pensamento e servirá
como um instrumento de comunicação.
4
A comunicação é
frequente, acontece contexto
canal
o tempo todo código
e, para que ela ocorra, são mensagem
usados vários mecanismos
e estratégias, e para que seja
eficaz, a mensagem enviada
pelo emissor precisa ser
compreendida pelo receptor.
Seguem os elementos que são
imprescindíveis para o processo EMISSOR RECEPTOR
de comunicação, representados REMETENTE DESTINATÁRIO
no esquema ao lado:
EMIS ca
ou Remetente: instrumento, recurso
que emite, ou seja, ou meio utilizado
codifica, envia para transmitir
a mensagem; a mensagem;

SOR nal CÓ
contexto no qual
a mensagem
está inserida.

RECE MEN REFE


SA DIGO REN
aquilo que

PTOR
se comunica,
as informações recursos
repassadas; linguísticos,

GEM TE
conjuntos
ou Destinatário:
de signos utilizados
que decodifica,
na mensagem;
recebe a mensagem;
Observe a imagem abaixo:
Quem é o emissor da mensagem?
A que público se destina?
Qual é o conteúdo da mensagem?
E o canal?
FOTO Qual é o código usado nessa mensagem?
Em qual contexto está inserida?
Você conseguiu identificar os elementos da comunicação?
Encontrou alguma dificuldade?
Se sim, quais?
Em toda situação comunicativa, os elementos da comunicação estão presentes.
5

FUNÇÕES DA
LINGUAGEM
Como vimos, os elementos da comunicação
são imprescindíveis para o processo comu-
nicativo e estão relacionados diretamente
às Funções da Linguagem, que apresentam,
de certa forma, os objetivos e as intenções
quando nos comunicamos.
MAS
o que são funções da linguagem?
j a ,
são as formas que cada

s e
FUNÇÕES DA LINGUAGEM pessoa organiza a sua fala,

o u
SÃO RECURSOS DE ÊNFASE dependendo da mensagem
que se quer transmitir,às
QUE ATUAM SEGUNDO vezes, queremos somente
A INTENÇÃO DO PRODUTOR informar, em outros
momentos apresentar um
DA COMUNICAÇÃO, ponto de vista pessoal.
No esquema abaixo, a relação entre os elementos da comunicação e as
funções da linguagem fica mais clara, veja:

contexto
canal
código
mensagem

EMISSOR RECEPTOR
REMETENTE DESTINATÁRIO
AGORA
vamos entender
o que significa cada uma dessas funções!
FUNÇÃO EMOTIVA
A função emotiva está centrada
no emissor. Nela reconhecemos,
facilmente, o caráter emocional e
afetivo do emissor, além do emprego
da 1ª pessoa (verbos e pronomes).
Ela é muito comum em letras de
músicas e poemas que tratam de
amor. Veja o exemplo:
EU SEI
QUE VOU
TE AMAR
Eu sei que vou te amar Eu sei que vou chorar
Por toda a minha vida eu vou te amar A cada ausência tua eu vou chorar,
Em cada despedida eu vou te amar Mas cada volta tua há de apagar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar O que esta ausência tua me causou

E cada verso meu será Eu sei que vou sofrer


Pra te dizer que eu sei que vou te amar A eterna desventura de viver a espera
Por toda minha vida De viver ao lado teu
Por toda a minha vida.
MORAIS, Vinicius.
Nova antologia poética
(organização de Antonio Cicero
e Eucanaã Ferraz). 1a Ed. 2003.
Ouça abaixo a bela interpretação dessa
canção pela cantora Maria Creuza,
acompanhada por Vinicius e Toquinho
no La Fuza em Buenos Aires.

https://goo.gl/ZMY75z
FUNÇÃO CONATIVA
A função conativa está centrada no
receptor. Ela tem como objetivo persuadir
o receptor. É muito comum o uso dos
pronomes tu e você, além de verbos
no imperativo. Os textos publicitários
são excelentes exemplos desse tipo
de função, conforme mostramos no
exemplo a seguir.
Garoto - Compre Baton! https://goo.gl/2C2267
Em ambas as peças publicitárias, o
emissor tenta convencer o receptor
(leitor/espectador) a comprar chocolate
e, para isso, utiliza de forma repetida a
frase “peça baton” (na revista) e “compre
baton” na versão em vídeo. Observe
que os verbos estão no vocativo (que
é o termo da oração por meio do qual
chamamos ou interpelamos o nosso
interlocutor, real ou imaginário).
FUNÇÃO FÁTICA
É uma mensagem que serve para
prolongar ou interromper a comunicação.
Verificar se o canal funciona.
Nas mensagens
escritas essa
função é
identificada
por meio de
recursos como:
N I S
Negrito Itálico Sublinhado
CARACTERES
MAIÚSCULOS
aspas
( )
parênteses
e etc.
UMA
O objetivo dessa função
é estabelecer

RELAÇÃO
COM
o emissor
um contato para
verificar se a
mensagem está
sendo transmitida
ou para dilatar a
conversa.
Quando estamos
em um diálogo, por
exemplo, e dizemos
ao nosso receptor:

ESTÁ
enten
dendo? estamos utilizando
este tipo de função.
Ou quando atendemos o

Alô
telefone e dizemos:
Observe o diálogo a seguir:
Ele: Ele: Ele:
Pois é. Por exemplo, de você. E então?
Ela: Ela: Ela:
Pois é o quê? Eu?! Então o quê?
Ele: Ele: Ele:
Eu só disse pois é! Por que esse espanto? Você não Olhe, eu vou embora porque
é gente? Gente fala de gente. você é impossível!
Ela:
Mas “pois é” o quê? Ela: Ela:
Desculpe mas não acho que É que só sei ser impossível, não
Ele: sou muito gente. sei mais nada. Que é que eu faço
Melhor mudar de conversa para conseguir ser possível?
porque você não me entende. Ele:
Mas todo mundo é gente, meu Deus! Ele:
Ela: Pare de falar porque você só diz
Entender o quê? Ela:
besteira! Diga o que é do teu agrado.
É que não me habituei.
Ele: Ela:
Ele:
Santa Virgem, Macabéa, vamos Acho que não sei dizer.
mudar de assunto e já! Não se habituou com quê?
Ele:
Ela:
Ela: Não sabe o quê?
Falar então de quê? Ah, não sei explicar.
Ela:
Hein?
LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro, Rocco, 1999.
Você leu o confuso diálogo entre Macabéa
e Olímpico de Jesus, personagens do livro
A hora da estrela, de Clarice Lispector. Nele,
percebemos o uso de palavras que não têm
outra função, exceto estabelecer contato
com o receptor.
FUNÇÃO POÉTICA
A função poética está centrada na forma
da própria mensagem, ou seja, o emissor
não está preocupado, simplesmente, com
suas ideias, crenças e desejos, assim
como, também, não está interessado em
persuadiroumantercontatocomoreceptor,
mas sim na forma como passará a sua
mensagem e, naturalmente, essa forma
será sempre peculiar. A poesia concreta é
um bom exemplo dessa função.
é denominada poesia concreta aquela forma de
poesia surgida do movimento concretista apli-
cado ao poema, movimento iniciado no Brasil na
década de 50 do século XX por Décio Pignatari
(1927), Haroldo de Campos (1929) e Augusto de
Segundo Campos (1931). Em uma nova identidade surgida
Emerson Santiago, da Revolução Industrial e sua recente instalação
no Brasil, estes três autores anteviram uma nova
perspectiva para a arte poética, e, assim como a
industrialização iria mudar a paisagem e o povo
brasileiro, o concretismo iria estabelecer nova re-
alidade neste segmento da arte, rompendo com o
verso tradicional e sua forma convencional de dis-
posição e rima, organizando-o de uma maneira a
privilegiar o espaço em branco da página, a pau-
sa, as imagens, o significante, sons e até mesmo
cores e nuances. O concretismo, enfim, propunha
uma arte poética que ocupasse a página de um
modo diferente, aproveitando conceitos pouco ou
nunca antes explorados pelos autores consagrados.
http://www.infoescola.
com/literatura/poesia-
-concreta/
Observe o poema concreto
“Beba Coca-Cola” (1957)
de Décio Pignatari:

beba coca cola


babe cola
beba coca
babe cola caco
caco
cola
c l o a c a
Veja também a versão
audiovisual desse poema:
Beba Coca Cola - Décio Pignatari https://goo.gl/zWrnb6
Os aspectos formais que aparecem no po-
ema não são aleatórios, existe um gran-
de cuidado na seleção das palavras. Esse
cuidado com a forma aparecerá, natural-
mente, em outras áreas, no seu curso, por
exemplo, teremos capítulos destinados a
documentos técnicos, lá você verá que a
forma do documento deve predominar.
FUNÇÃO METALINGUÍSTICA
A função metalinguística está centrada
no código, na própria linguagem,
utilizando-a para explicar, definir ou
analisar ela mesma. São exemplos
dessa função gramáticas, dicionários,
um poema que fala do poeta ou da
própria poesia; uma música que fala
do músico ou da própria música.
Exemplos:
Começo o arrepender-me deste livro. Não que ele
me canse; eu não tenho que fazer; e, realmente, ex-
pedir alguns magros capítulos para esse mundo
sempre é tarefa que distrai um pouco da eternida-
de. Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz
certa contração cadavérica; vício grave, e aliás ín-
fimo, porque o maior defeito deste livro és tu, leitor.
Tu tens pressa de envelhecer, e o livro anda deva-
gar; tu amas a narração direita e nutrida, o estilo re-
gular e fluente, e este livro e o meu estilo são como
os ébrios, guinam à direita e à esquerda, andam e
param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o
céu, escorregam e caem...
E caem! – Folhas misérrimas do meu cipreste, heis
de cair, como quaisquer outras belas e vistosas;
e, se eu tivesse olhos, dar-vos-ia uma lágrima de
saudade. Esta é a grande vantagem da morte, que,
se não deixa boca para rir, também não deixa olhos
para chorar... Heis de cair.

Machado de Assis - Memórias Póstumas de Brás Cubas.


Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia.
Diante dela, a vida é um sol estático,
não aquece nem ilumina.
As afinidades, os aniversários, os incidentes
pessoais não contam.
Não faças poesia com o corpo,
esse excelente, completo e confortável corpo,
tão infenso à efusão lírica [...]

Carlos Drummond de Andrade - Procura da Poesia


FUNÇÃO REFERENCIAL
A função referencial está centrada
no referente da mensagem, isto é,
no seu caráter informativo. Esse tipo
de função é predominante em textos
científicos, acadêmicos e notícias de
jornal. Em textos referenciais não há
espaço para opiniões e juízo de valor.
Veja um texto predominantemente
referencial:
A proposta é incentivar o público a juntar o
óleo de cozinha e doá-lo para cooperativa de
catadores de materiais recicláveis. Posterior-
mente, o material será convertido em biodiesel
gerando renda para os catadores. A empresa
possui uma usina de biodiesel no município
cearense de Quixadá (CE) – 170 quilômetros
de Fortaleza.
A Petrobras Biocombustível Para viabilizar a logística reversa do óleo es-
está lançando uma campanha tão sendo usadas as equipes de distribuição
da Liquigás. O óleo será recolhido nas residên-
para incentivar a coleta cias pelos entregadores da empresa durante a
entrega dos botijões de gás. Com a campanha,
e reciclagem de óleo de cozinha ao receber o gás em casa, o morador terá aces-
usado que vai abranger os so a folhetos explicativos sobre as vantagens
ambientais e sociais do reaproveitamento do
municípios da região metropolitana óleo de fritura.
de Fortaleza (CE). A iniciativa foi A expectativa é que a iniciativa atinja 140 mil
residências por mês só na capital.
batizada de “Óleo usado e doado,
Jessika Thaís – Tribuna do
Brasil preservado”. Ceará com adaptação
BiodieselBR.com.
No texto acima, temos predominantemente a
função referencial, pois nela há uma descrição
objetiva da ação que está sendo empreendi-
da, no caso, uma campanha de conscientiza-
ção ambiental. São explicadas, as etapas da
campanha, o que o receptor deve fazer para
participar e quais os seus objetivos.
QUANDO É IMPORTANTE
PRODUZIMOS
PERCEBER
que essas funções da linguagem não serão
encontradas separadamente, assim como

UM TEXTO,
também você não verá, de forma isolada,
os elementos da comunicação.

precisamos conside-
rar todos os elemen-
O que geralmente acontece é um encontro de várias dessas funções
tos da comunicação em único texto, mas com a predominância de alguma delas.
e todas as funções da
linguagem, a fim de
Em um texto publicitário, por exemplo,
que a nossa produção
temos dados referenciais, mas o que pre-
atinja seus propósitos
comunicativos.
dominará, em algumas situações, será o Fique atento a isso!
desejo de persuadir o leitor, portanto, a
função conativa.
6
Neste tópico, estudaremos os níveis L E V E L O F
de linguagem e a variação linguística. F O R M A L I T Y
É imprescindível reconhecer o

EASY
nível de
formalidade MEDIUM
de uma situação
comunicativa e usar HARD
adequadamente
a linguagem.
Dentro do processo comunicativo, existem
algumas particularidades que devem ser
observadas e levadas em consideração na hora
de produzir um texto, seja oral ou escrito.

É preciso considerar

a situação
comunicacional
EO

interlocutor,
pois determinarão o grau de formalidade.
Algumas situações exigem uma postura
comunicativa mais formal como uma
entrevista de emprego, por exemplo, a
apresentação de um seminário, de um
trabalho acadêmico.
7

AS
LINGUAGENS
Vitor Pirralho - Dramatização da crônica https://goo.gl/ouQvaX
“Aí, galera” de Luis Fernando Veríssimo
Nessa dramatização da crônica “Aí galera”,
de Luís Fernando Veríssimo, a postura do
repórter e o comportamento do jogador
são coerentes com a imagem que temos
desses profissionais?
O que chama a atenção nessa

VOCÊ
entrevista é o vocabulário erudito
do jogador, que surpreende o repórter,
pois não é comum jogadores
de futebol se expressarem assim,
usando palavras muito rebuscadas,

CONCORDA?
A CHARGE
AO LADO TAMBÉM
APRESENTA O USO
DE UM VOCABULÁRIO
INESPERADO PARA
A OCASIÃO?
Para compreender melhor
esse assunto, é preciso
conhecer algumas definições,
as quais veremos a seguir.
8
A é a referência normativa que determina as

RAM
regras para o uso da língua, denominadas
de norma culta ou língua padrão.

ICA
Muitas vezes, essas normas estabelecidas pela
gramática não são obedecidas pelos falantes.

A linguagem formal e linguagem


informal estão, sobretudo,
associadas ao contexto social
em que a fala é produzida.
LINGUAGEM
FORMAL
é aquela usada em
situações em que não há
familiaridade, intimidade,
que exigem mais
formalidade, como, por
exemplo, em entrevistas
de empregos, quando se
dirigem aos superiores
hierárquicos ou quando
têm de falar para um
público desconhecido.
LINGUAGEM
INFORMAL
é essa que fazemos uso
com mais frequência,
quando estamos com
a família ou os amigos.
Em situações assim,
não nos preocupamos,
geralmente, com a
escolha do vocabulário.
A situação comunicativa é o que determina o
grau de formalidade da linguagem (vocabulário)
que usamos. É necessário esclarecer ainda que
a linguagem informal não é errada, no entanto,
ela pode ser inadequada se utilizada em alguns
ambientes.
9 VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Discutiremos agora sobre Variação Linguística e,
para começar nossa discussão, vamos ouvir a música “Língua”, de Caetano Veloso.
Caetano Veloso e Elza Soares - Língua https://goo.gl/nykA8Z
sotaques
Na música de Caetano Veloso, temos
alguns exemplos de variação linguística:

regionalismos
estrangeirismos
formas coloquiais
coisa
Como já foi dito antes, a língua não é falada
de uma única forma por todos os seus
falantes, de modo que

existem várias formas de você dizer a mesma


A seguir você verá alguns dos principais tipos de variações linguísticas.
10
A linguagem, o vocabulário que usamos hoje não
são os mesmos que foram usados, por exemplo,
em 1980, ou seja, ela mudou, evidência disso é o
texto a seguir, de Carlos Drummond de Andrade,
que tem mais de 30 anos:
Antigamente, as moças chamavam-se mademoi-
selles e eram todas mimosas e muito prendadas.
Não faziam anos: completavam primaveras, em
geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo rapa-
gões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa,
mas ficavam longos meses debaixo do balaio. E le-
vavam tábua, o remédio era tirar o cavalo da chuva
e ir pregar em outra freguesia. As pessoas, quan-
do corriam, antigamente, era de tirar o pai da forca,
e não caíam de cavalo magro. Algumas jogavam
verde para colher maduro, e sabiam com quantos
paus se faz uma canoa. O que não impedia que,
nesse entrementes, esse ou aquele embarcasse
em canoa furada. Encontravam alguém que lhes
passava manta e azulava, dando às de Vila-diogo.
Os idosos, depois da janta, faziam o quilo, saindo
para tomar a fresca; e também tomavam cautela
de não apanhar sereno. Os mais jovens, esses iam
ao animatógrafo, e mais tarde ao cinematógrafo,
chupando balas de alteia. Ou sonhavam em andar
de aeroplano; os quais, de pouco siso, se metiam
em camisa de onze varas, e até em calças pardas;
não admira que dessem com os burros n’água.

Havia os que tomavam chá em criança, e, ao visita-


rem família da maior consideração, sabiam cuspir
dentro da escarradeira. Se mandavam seus res-
peitos a alguém, o portador garantia-lhes: “Farei
presente.” Outros, ao cruzarem com um sacerdo-
te, tiravam o chapéu, exclamando: “Louvado seja
Nosso Senhor Jesus Cristo”; ao que o Reverendís-
simo correspondia: “Para sempre seja louvado.” E
os eruditos, se alguém espirrava - sinal de deflu-
xo -, eram impelidos a exortar: “Dominus Tecum.”
Embora sem saber da missa a metade, os presun-
çosos queriam ensinar padre-nosso ao vigário, e
com isso punham a mão em cumbuca. Era natural
que com eles se perdesse a tramontana. A pessoa
cheia de melindres ficava sentida com a desfeita
que lhe faziam, quando, por exemplo, insinuavam
que seu filho era artioso. Verdade seja que às ve-
zes os meninos eram encapetados; chegavam a
pitar escondido, atrás da igreja. As meninas, não:
verdadeiros cromos, umas teteias.

Antigamente, certos tipos faziam negócios e fica-


vam a ver navios; outros eram pegados com a boca
na botija, contavam tudo tintim por tintim e iam
comer o pão que o diabo amassou, lá onde judas
perdeu as botas. Uns raros amarravam cachorro
com linguiça. E alguns ouviam cantar o galo, mas
não sabiam onde. As famílias faziam sortimento
na venda, tinham conta no carniceiro e arrema-
tavam qualquer quitanda que passasse à porta,
desde que o moleque do tabuleiro, quase sempre
um “cabrito”, não tivesse catinga. Acolhiam com
satisfação a visita do cometa, que, andando por
ceca e meca, trazia novidades de baixo, ou seja, da
corte do Rio de Janeiro. Ele vinha dar dois dedos
de prosa e deixar de presente ao dono da casa um
canivete roscofe. As donzelas punham carmim e
chegavam à sacada para vê-lo apear do macho
faceiro. Infelizmente, alguns eram mais que velha-
cos: eram grandessíssimos tratantes.
Acontecia o indivíduo apanhar constipação; fican-
do perrengue, mandava o próprio chamar o doutor
e, depois ir à botica para aviar a receita, de cáp-
sulas ou pílulas fedorentas. Doença nefasta era
phtysica, feia era o gálico. Antigamente, os sobra-
dos tinham assombrações, os meninos lombrigas,
asthmas os gatos, os homens portavam ceroulas,
botinas e capa-de-goma, a casimira tinha de ser
superior e mesmo X.P.T.O.London, não havia fotó-
grafos, mas retratistas, e os cristãos não morriam:
descansavam. Mas tudo isso era antigamente, isto
é, outrora.
Antigamente, os pirralhos dobravam a língua dian-
te dos pais, e se um se esquecia de arear os den-
tes antes de cair nos braços de Morfeu, era capaz
de entrar no couro. Não devia também se esque-
cer de lavar os pés sem tugir nem mugir. Nada
de bater na corcunda do padrinho, nem de debi-
car os mais velhos, pois levava tunda. Ainda ce-
dinho, aguava as plantas, ia ao corte e logo volta-
va aos penates. Não ficava mangando na rua nem
escapulia do mestre, mesmo que não entendesse
patavina da instrução moral e cívica. O verdadeiro
smart calçava botina de botões para comparecer
todo liró ao copo d’água, se bem que no conves-
cote apenas lambiscasse, para evitar flatos. Os
bilontras é que eram um precipício, jogando com
pau de dois bicos, pelo que carecia muita caute-
la e caldo de galinha. O melhor era pôr as barbas
de molho diante de um treteiro de topete; depois
de fintar e de engambelar os coiós, e antes que se
pusesse tudo em pratos limpos, ele abria o arco.
O diacho eram os filhos da Candinha: que somava
a candongas acabava na rua da amargura, lá en-
contrando, encafifada, muita gente na embira, que
não tinha nem para matar o bicho; por exemplo, o
mão-de-defunto.
Bom era ter costas quentes, dar as cartas com a
faca e o queijo na mão; melhor ainda, ter uma cai-
xinha de pós de pirlimpimpim, pois isso evitava de
levar a lata, ficar na pindaíba ou espichar a canela
antes que Deus fosse servido. Qualquer um aca-
bava enjerizado se lhe chegavam a urtiga no nariz,
ou se o faziam de gato-sapato. Mas que regalo,
receber de graça, no dia-de-reis, um capado! Ga-
nhar vidro de cheiro marca Barbante, isso não: a
mocinha dava o cavaco. Às vezes, sem tirte nem
guarte, aparecia um doutor pomada, todo cheio de
noive horas; ia-se ver, debaixo de tanta farafo era
um doutor mula ruça, um pé rapado, que espiga!
E a moçoila, que começava a nutrir xodó por ele,
que estava mesmo de rabicho, caía das nuvens.
Quem queria lá fazer papel pança? Daí se perder
as estribeiras por uma tutamei, um alcaide que o
caixeiro nos impingia, dando de pinga um cascão
de goiabada.

Em compensação, viver não era sangria desatada,


e até o Chico vir de baixo vosmecê podia provar uma
abrideira que era o suco, ficando na chuva mes-
mo com bom tempo. Não sendo pexote, e soltando
arame, que vida supimpa a do Degas! Macacos me
mordam se estou pregando peta. E os tipos que
havia: o pau-para-toda-obra, o vira-casaca (este
cuspia no prato em que comera), o testa-de-ferro, o
sabe-com-quem-está-falando, o sangue-de-ba-
rata, o dr. Fiado que morreu ontem, o Zé-povinho,
o biltre, o peralvilho, o salta-pocinhas, o alferes, a
polaca, o passador de nota falsa, o mequetrefe, o
safardana, o maria-vai-com-as-outras.... Depois
de mil peripécias, assim ou assado, todo mundo
acabava mesmo batendo com o rabo na cerca, ou
simplesmente a bota, sem saber como descalçá-
-la. Mas até aí morreu o Neves, e não foi no dia de
São Nunca de tarde: foi vítima de pertinaz enfermi-
dade que zombou de todos os recursos da ciência,
e acreditam que a família nem sequer botou fumo
no chapéu?

Mas tudo isso era antigamente, isto é, outrora.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e prosa.


Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988.
11 V A R I A Ç Ã O G E O G R Á F I C A
É determinada pela região na qual vivemos.
Muitas vezes, apresentamos marcas linguísticas
que denunciam a região a que pertencemos,
por exemplo, há diferenças na pronúncia, no
vocabulário, nas expressões, no ritmo etc.

Assista ao vídeo intitulado “Dicionário


Nordestinês”, e identifique as palavras
que são próprias da nossa região.
Dicionário Nordestinês https://goo.gl/zZKpVx
Veja também as diversas variações em outras regiões do país:
Variações Linguísticas Regionais https://goo.gl/vJz4Gv
12 Va r i a ç ã o S o c i a l
Muitas vezes, as variações linguísticas da língua
portuguesa são determinadas por características
como sexo, escolaridade, grupos sociais e o nível
socioeconômico de uma pessoa.

Leia o texto a seguir, que circula


na internet, de autoria anônima:
O político
e o bêbado
Um político que estava em plena campanha elei-
toral chegou a uma pequena cidade, subiu no
palanque e começou o discurso: “Compatriotas,
companheiros, amigos! Encontramo-nos aqui,
convocados, reunidos ou juntos para debater, tra-
tar ou discutir um tópico, tema ou assunto, o qual
me parece transcendente, importante ou de vida
ou morte.

O tópico, tema ou assunto que hoje nos convoca, re-


úne ou junta é a minha postulação, aspiração ou can-
didatura a Presidente da Câmara deste Município.”
De repente, uma pessoa do público pergunta: -
Ouça lá, porque é que o senhor utiliza sempre três
palavras, para dizer a mesma coisa?

O candidato respondeu: - Pois veja, meu senhor: a


primeira palavra é para pessoas com nível cultural
muito alto, como intelectuais em geral; a segunda
é para pessoas com um nível cultural médio, como
o senhor e a maioria dos que estão aqui; a terceira
palavra é para pessoas que têm um nível cultural
muito baixo, pelo chão, digamos, como aquele al-
coólatra ali, deitado na esquina. De imediato, o al-
coólatra levanta-se cambaleando e ‘dispara’:
- Senhor postulante, aspirante ou candidato: o fato,
circunstância ou razão pela qual me encontro num
estado etílico, alcoolizado ou mamado, não impli-
ca, significa, ou quer dizer que o meu nível cultural
seja ínfimo, baixo ou mesmo rasca. E com toda a
reverência, estima, ou respeito que o senhor me
merece pode ir agrupando, reunindo ou juntando
os seus haveres, coisas ou bagulhos e encami-
nhar-se, dirigir-se ou ir direitinho à leviana da sua
progenitora, à mundana da sua mãe biológica ou
... à p**a que o pariu.

Anônimo
O texto traz uma perspectiva da variação social
da linguagem, a qual foi determinada, de acordo
com o político, pelo nível cultural dos falantes. O
político fez essa análise, baseando-se numa visão
estereotipada da relação entre o nível cultural e o
social. O raciocínio dele foi contrariado pela res-
posta, para muitos surpreendente, do bêbado, pois
este mostrou um nível cultural diferente daquele
estereotipado pelo político.
13 V A R I A Ç Ã O E S T I L Í S T I C A
estilo
COMO ESTUDADO, CADA
GRUPO SOCIAL TEM UM

próprio, característico, e o mesmo


acontece com os indivíduos.
FORMAL MODE ALGUNS,
POR EXEMPLO,
INFORMAL MODE DOMINAM TANTO
A LINGUAGEM FORMAL,
QUANTO A INFORMAL E,
DEPENDENDO DO LOCAL
ONDE ESTÃO, ESCOLHEM
UMA OU OUTRA.
Mundo das Gírias http://dai.ly/x2vkvfy
No vídeo, os estudantes comentam não
apenas sobre os significados das gírias,
mas também sobre como elas surgem e
desaparecem, além de enfatizarem que a
internet é o principal meio de criação e
difusão da maioria delas.
Leia a matéria que acompanha esse vídeo:

https://goo.gl/jErZ0a
Veja também um breve resumo das gírias mencionadas e o seu significado:

VÉI NÃO, PERA SUGOU

TIPO
ASSIM Usado antes de dar
o exemplo de algo.
Abreviação de velho.
A “palavra” pode ser
substituída por “cara.”
Dito em fim de frase, de forma irônica, Quando a zoação já

MANO
Outra forma para contradizer algo que acabou de perdeu a graça.
de chamar ser dito. Exemplo: “Adoro fazer dieta.

SEM
um colega. Não, pera...”

NOVINHA SÓ ÓLEO FILTRO TOMBOU


Quer
dizer:
“Só olho.”
Refere-se a outras meninas. Significado semelhante
Abreviação de ao de “lacrar”. Vencer

SWAG
Uma foto sem


“Só que não”.
Usado para intervenção, sem efeitos algum tipo de disputa.
sqn
Estar em uma ou uma imagem feia.

GASTAR
negar a sentença
situação superior.
anterior.

DIVANDO Exemplo: Significa estilo. Quer


“Odeio bolo de dizer que a pessoa tem
limão. SQN...” estilo próprio. Zoar muito alguém.
14
Você já percebeu que, devido à utilização
das marcas próprias de um grupo social, no
caso as gírias, fazem com que a mensagem
não seja plenamente compreendida por
aqueles que não dominam essa variante.
Segue mais um exemplo:
tipo
assim...
Kledir Ramil
Tô ficando velho!

Um dia desses, às 2 da manhã, peguei o carro e fui


buscar minha filha adolescente na saída do show do
Charlie Brown Jr. Ela e as amigas estavam eufóricas
e eu ali, meio dormindo, meio de pijama, tentei entrar
na conversa.

“E aí, o show foi legal?”. A resposta veio de uma mais


exaltada do banco de trás: “Cara! Tipo assim, foda!”.
E outra emendou: “Tipo foda mesmo!”

Fiquei, tipo assim, calado o resto do percurso, cum-


prindo minha função de motorista. Tô precisando
conversar um pouco mais com minha filha, senão
daqui a pouco vamos precisar de tradução simul-
tânea.

Para piorar ainda mais, inventaram o ICQ, essa praga


da internet onde elas ficam horas e horas escreven-
do abobrinhas umas pras outras, em código secreto.
Tipo assim “kct! vc tmb nunk tah trank, kra. Eh d+, sl.
T+ Bjoks. Jubys”. Em português: “Cacete! Você tam-
bém nunca está tranquila, cara. É demais, sei lá. Até
mais, beijocas. Jubys”.

Jubys, que deve ser pronunciado “diúbis”, é isso mes-


mo que você está imaginando, a assinatura. Só que o
nome de batismo é Júlia, um nome bonito, cujo signi-
ficado é “cheia de juventude”, que eu e minha mulher
escolhemos, sentados na varanda, olhando a lua...

Pois Jubys é hoje essa personagem de cabelo cor de


abóbora, cheia de furos nas orelhas, que quer encher
o corpo de piercings e tatuagens. Tô ficando velho!

Outro dia tentei explicar pro mesmo bando de adoles-


centes o que era uma máquina de escrever. Nunca vi-
ram uma. A melhor definição que consegui foi “é, tipo
assim, um computador que vai imprimindo enquanto
você digita”.

Acho que não entenderam nada. Eu sou do tempo do


mimeógrafo. Para quem não sabe, é uma máquina que
você coloca álcool e dá manivela para imprimir o que
está na folha matriz. Por sua vez, essa matriz precisa
ser datilografada (ver “datilografia” no dicionário) na
tal máquina de escrever, sem a fita (o que faz com que
você só descubra os erros depois do trabalho feito),
com o papel carbono invertido...

Enfim, procure na internet que deve haver algum site


de antiguidades que fale sobre mimeógrafo, papel
carbono, essas coisas. Se eu ficar explicando cada
vocábulo descontinuado, não vou conseguir acom-
panhar meu próprio raciocínio.

Voltando às garotas, a cultura cinematográfica delas


varia entre a “obra” de Brad Pitt e a de Leonardo de
Caprio. Há anos tento convencê-las a ver “Cantando
na Chuva”, mas sempre fica para depois.

Um dia, cheguei entusiasmado em casa com a fita


de um filme francês que marcou minha infância: “A
guerra dos botões”. Juntei toda a família para a exi-
bição solene e a coisa não durou nem 5 minutos. O
guri foi jogar bola, Jubys inventou “um trabalho de
história sobre a civilização greco-romana que tem
que entregar, tipo assim, até amanhã senão perde
ponto” e até minha mulher, de quem eu esperava
um mínimo de solidariedade, se lembrou que tinha
um compromisso com hora marcada e se mandou.

Fiquei ali, assistindo sozinho e lembrando do tempo


em que eu trocava gibi na porta do Capitólio. Eu sou do
tempo em que vidro de carro fechava com maçaneta.
E o Fusca tinha estribo e quebra vento. Não espalha,
mas eu andei de Simca Chambord, de DKW, Gordini,
Aero Willis e até de Romiseta.

Não dá pra explicar aqui o que era uma Romiseta,


só vou dizer que era, tipo assim, um veículo auto-
motivo, com 3 rodas, que a gente entrava pela par-
te da frente (onde hoje fica o motor) e a direção era
grudada na porta.
Procure na internet, deve haver um site. Tá bom, tá
bom, confesso mais: usei camisa Volta ao Mundo, ca-
saquinho de Banlon, assisti à Jovem Guarda, O Direito
de Nascer... mas é mentira essa história de que meu
primeiro disco gravado foi em 78 rotações.

Há pouco tempo, João, meu filho de 8 anos, pegou


um LP e ficou fascinado. Botei pra tocar e mostrei
a agulha rodando dentro do sulco do vinil. Expli-
quei que aquele atrito era transformado em pulsos
elétricos e transmitido através do toca-discos, dos
fios, até chegar ao alto falante onde era gerado o
som que estávamos escutando... mas aí ele já es-
tava jogando o Pokemon Stadium no Game Boy.

Não é que ele seja desinteressado, eu é que fiquei pa-


tinando nos detalhes. Ele até que é bastante curioso
e adora ouvir as “histórias do tempo em que eu era
criança”. Quando contei que a TV, naquela época, era
toda em preto e branco ele “viajou” na ideia de que o
mundo todo era em preto e branco e só de uns tempos
para cá é que as coisas começaram a ganhar cores.

Acho que de certa forma ele tem razão. Tipo assim...

Fonte:
http://francidias-franci.blogspot.com.br/2013/06/kledir-ramil.html.
Acesso em 12 de jul. 2014.
O texto acima, também menciona no entanto, deve saber que,
uma linguagem característica
e é importante que quando necessário (na hora
de um grupo social, no caso, o você saiba que não de escrever uma redação em
internetês, um processo de seleção) você
está errado escrever deverá redigir seu texto de
utilizando os códigos acordo com a norma padrão.

da Internet,

Vous aimerez peut-être aussi