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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA 08
ELÉTRICA
Laboratório de Máquinas I – 2018.1

LIGAÇÕES ESTRELA-DELTA E DELTA-ESTRELA

Ligação Estrela-Delta com o Neutro Conectado


Deixando-se dois terminais (vértice) do delta secundário em aberto, tem-se uma configuração em que os
enrolamentos secundários do transformador estão ligados em série (para formar um delta aberto). A tensão nos
terminais abertos do delta secundário é igual à soma das tensões das três fases secundárias, e conterá apenas as
componentes harmônicas da sequência zero encontradas no fornecimento de tensão, já que a fonte é considerada
balanceada, como estabelecido na equação 1.
vabc  va  vb  vc  3T v an (1)
3,6,...
Na equação 1, T e v an representam a relação de espiras do transformador e a enésima componente de
tensão harmônica encontrada na fonte de energia, respectivamente. Quando o delta secundário estiver fechado,
haverá uma circulação de corrente da sequência zero proporcional à v abc . Além disso, haverá uma outra fonte
de circulação de corrente no secundário: a corrente de fase no primário não será mais igual à corrente de
excitação cujas componentes da sequência zero terão agora 2 caminhos (os circuitos primário e secundário estão
ambos fechados). A quantidade de harmônicas fluindo em cada caminho depende das impedâncias relativas dos
circuitos da fonte e do delta. A corrente de neutro medirá 3 vezes as componentes da sequência zero encontradas
em cada corrente de fase.

Ligação Estrela-Delta com o Neutro Isolado


Desconectando-se o fio do neutro, o caminho fechado no circuito primário será aberto. Consequentemente,
as componentes harmônicas de sequência zero das correntes de fase primárias não mais existirão, e as
componentes da sequência zero da corrente de excitação são forçadas a fluir apenas no circuito secundário. O
fluxo e a tensão de fase terão uma forma de onda ainda senoidal.

Ligação Delta-Estrela
Na ligação delta-estrela, a tensão de linha é aplicada através de cada perna do delta. Consequentemente, o
fluxo tem a mesma forma de onda da fonte de tensão. A ligação delta do primário fornece um caminho para as
correntes da sequência zero. A corrente de excitação é não-senoidal e contém todas as componentes de
sequência, como no caso da ligação estrela-estrela com neutro aterrado. A corrente de linha é, entretanto, muito
diferente em forma e amplitude da corrente de fase devido ao fato de que ela não contém componentes da
sequência zero.
As tensões de linha do primário e do secundário estão defasadas entre si de pelo menos 30. A relação entre
as tensões de linha do primário e do secundário é 1/ 3 vezes a relação de transformação para um transformador
monofásico (tensão de fase).

Vantagens da ligação delta-estrela:


1- As tensões de terceira harmônica são eliminadas pela circulação das correntes de terceira
harmônica no delta do transformador.
2- Quando em estrela no secundário, o neutro pode ser aterrado e utilizado para uma alimentação a
quatro condutores.
3- Cargas equilibradas e desequilibradas podem ser alimentadas simultaneamente.

Desvantagens da ligação delta-estrela:


1- A falta de uma fase leva à não operação do transformador.
2- O enrolamento em delta pode ser mecanicamente fraco no caso de transformadores abaixadores
com uma tensão primária muito alta, ou no caso de pequenas potências de saída.

Aplicações:
1- A principal aplicação é a alimentação a quatro condutores, onde as cargas podem ser equilibradas
ou desequilibradas.
2- Também é usado para elevação de tensão para alimentação de uma linha de alta tensão. Como as
tensões de terceiro harmônico são eliminadas, o neutro é disponível para aterramento, e ambos os
enrolamentos são empregados sob as melhores condições.

Procedimento:
1. Usando três transformadores monofásicos, monte uma ligação estrela-delta com o neutro
conectado, conforme mostrado na figura 1 (NÃO FECHAR O DELTA).
1.1 COM O DELTA SECUNDÁRIO EM ABERTO, verifique se a tensão nos terminais livres
do delta é praticamente nula e, neste caso, feche o delta (caso contrário deve haver algum
problema nas ligações).
1.2 Com um canal do osciloscópio, observe a forma de onda da tensão de linha VAB do primário.
Simultaneamente (ou com ajuda do gatilho “modo rede” do osciloscópio), observe a forma de
onda da tensão de linha Vab do secundário. Comente sobre o defasamento angular entre estas
tensões. (ATENÇÃO: CUIDADO PARA NÃO CONECTAR OS DOIS CANAIS DO
OSCILOSCÓPIO EM UM MESMO LADO DO TRANSFORMADOR, POIS HAVERIA
PROBLEMA DE REFERÊNCIA).
1.3 Com o osciloscópio, observe as tensões de linha da saída, verificando o formato da onda (se
senoidal, ou não) e medindo os seus valores eficazes.
1.4 Retire uma das fases do primário e meça novamente as tensões no secundário. Compare com os
valores obtidos em 1.3 e explique os resultados observados.

Fig.1 Ligação estrela-delta com neutro conectado.


A a

125 V

B b

C c

NEUTRO

Fonte: autoria própria.

1.5 Com todas as fases do primário conectadas novamente, retire a conexão do neutro e meça as
tensões no secundário. Explique os resultados observados.
1.6 Com o osciloscópio, monitore uma das tensões de linha de saída (verifique principalmente o
formato da mesma) e simultaneamente observe com a ponteira de corrente* a corrente em um
ponto qualquer do circuito delta do secundário.
1.7 Abrindo e fechando o circuito do delta do secundário, verifique com o osciloscópio as
conseqüentes modificações nas tensões de linha do secundário.

1.8 Com o delta do secundário fechado e com o neutro do primário ainda desconectado, retire uma
das fases do primário e meça as tensões no secundário do transformador. Explique os
resultados observados.
2. Monte uma ligação delta-estrela, e conecte uma carga monofásica na fase C, como mostrado na
figura 2. Inicialmente, mantenha todas as cargas individuais desligadas (carga nula).

2.1 Com um canal do osciloscópio, observe a forma de onda da tensão de linha VAB do primário.
Simultaneamente (ou com ajuda do gatilho “modo rede” do osciloscópio), observe a forma de
onda da tensão de linha Vab do secundário. Comente sobre o defasamento angular entre estas
tensões.
2.2 Ligue as lâmpadas uma a uma e observe o que acontece com as tensões de linha no
secundário do banco. Explique porque, ao contrário da ligação estrela-estrela alimentada a 3
fios, as tensões de saída não ficam desequilibradas.

Fig.2 Ligação delta-estrela com carga monofásica


A a

125 V

B b

C c

Fonte: autoria própria.

2.3 Retire a linha A de alimentação do primário, simulando a queda de um alimentador (mas


mantenha o fechamento do delta do primário). Verifique as tensões de linha e fase na saída
para as seguintes condições (análise qualitativa):
a) Cargas conectadas na fase A (desde a vazio até 6 lâmpadas)
b) Cargas conectadas na fase B (desde a vazio até 6 lâmpadas)
c) Cargas conectadas na fase C (desde a vazio até 6 lâmpadas)
Por fim, trace comentários.

PRÁTICA ADICIONAL

Refaça a ligação estrela/delta mostrada na figura 1, mas desta vez não conecte o neutro. Em
seguida, desfaça uma ligação do delta de saída antes de alimentar o circuito. Verifique se é
possível fazer o fechamento do delta !!!!

* DICA (para o item 1.6)


Caso a corrente lida com a ponteira de corrente seja muito baixa e apresente uma relação
sinal/ruído muito alta, é possível enrolar algumas espiras na ponteira para assim obter um ganho
adicional.

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