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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO

COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO


DISCIPLINA DE DIREITO DO CONSUMIDOR

WEYNE AZEVEDO DA SILVA


DOS EFEITOS DA COISA JULGADA NAS AÇÕES COLETIVAS DO CDC

TERESINA/PI
2018
WEYNE AZEVEDO DA SILVA

DOS EFEITOS DA COISA JULGADA NAS AÇÕES COLETIVAS DO CDC

Trabalho da Disciplina de Direito do Consumidor


apresentado à Profº: Me. Rochele Firmeza, do Curso
de Direito do Centro Universitário Santo Agostinho
como requisito parcial para a obtenção da terceira
nota avaliativa.
Turma: 09N7A

TERESINA/PI
2018
DA COISA JULGADA NAS AÇÕES COLETIVAS NO CDC.

Ab initio, vale a pena relembrar que será erga omnes, os efeitos da coisa
julgada nas ações coletivas de direitos difusos, porém, só alcançará a todas as
pessoas e só terá valor jurídico, se for julgado o mérito da ação com as respectivas
provas produzidas.

No caso da procedência do pedido, seguindo a linha doutrinária de Flávio


Tartuce (2017, p. 389 e 390), a sentença definitiva será aproveitada por todos os
consumidores, incluindo pleitos individuais. No caso de sentença improcedente
ficará impedida a propositura de nova ação coletiva.

Percebe-se que no caso de insuficiência de provas, a sentença não produzirá


efeitos erga omnes e possibilitando a outros legitimados a propor a ação novamente,
não deixando de fora desse rol até mesmo o sujeito que propôs a ação anterior. Nas
palavras de Macedo, Borges, & Barros (2010, p. 140):

“Vê-se, pois, que ocorrerá exceção à regra da coisa julgada


erga omnes quando a decisão for pela improcedência, em razão da
insuficiência de provas. Nessa hipótese, qualquer legitimado poderá
intentar nova ação com idêntico fundamento - inclusive o autor da
ação julgada improcedente, desde que apresente nova prova. A
decisão favorável na ACP alcançará e beneficiará os litigantes em
ações individuais; mas a decisão de improcedência não terá
nenhuma repercussão nos litígios individuais.”

Se por algum motivo, o magistrado deixar obscura a sentença que julgar o


pedido improcedente, seja por insuficiência de provas relevantes, deverá o autor se
valor do recurso de embargos de declaração, para que o juiz o faça de forma
expressa e clara, para evitar danos coletivos a parte autora e impedir que novas
ações sejam interpostas.

De acordo com o entendimento de Flávio Tartuce (2017) a “doutrina entende


pela constitucionalidade da coisa julgada secundum eventum probationis – como
também da coisa julgada secundum eventum litis“, para o autor e conjuntamente
com a doutrina majoritária, os sujeitos titulares do direito que não participaram de
forma efetiva no processo, não podem ter prejuízos devido a “uma má condução
procedimental do autor da demanda”.

Expondo os comentários do doutrinador Carvalho Rocha, ET al. (2005, p.77).


O instituto da coisa julgada secundum eventum litis em relação ao direito coletivo,
surgiu em nosso país através da Lei da Ação Popular ainda em meados de 1965:

“A regra geral é que a coisa julgada tenha seus efeitos


independentemente do resultado da lide. Mas, nas ações coletivas,
desde o advento da lei de ação popular em 1965, temos a coisa
julgada secundum eventum litis, ou seja, de acordo com o resultado
do processo, assim se for julgada improcedente por falta ou
insuficiência de provas não há coisa julgada material, motivo pelo
qual também se diz com o resultado da coisa julgada é para alguns
seria secundum eventum probationis”.

Gregório Assagra de Almeida (2007, p. 215), preleciona que a única diferença


entre os limites subjetivos da coisa julgada em relação às ações que defendem
interesses coletivos e interesses difusos é a diferente proporção dos efeitos dessa
sentença em relação a terceiros, quer seja interesses coletivos ou difusos. Neste
último é natural do direito coletivo restringir os efeitos da sentença aos componentes
do grupo ou classes, que estão ligados entre si ou com parte contrária por uma
relação base

Ao que se refere a interesses ou direitos individuais homogêneos, existe uma


breve diferença em relação aos direitos difusos ou coletivos, tendo em vista que a
coisa julgada terá efeitos erga omnes. Vale salientar, que “somente em caso de
procedência do pedido para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores” (art. 103,
inciso III, do CDC).

Em relação aos direitos individuais homogêneos, o direito é divisível. O que


ocorre é que seus titulares se reúnem em juízo com uma única pretensão, motivo
pelo qual em caso de sentença denegatória, a mesma fará coisa julgada material
que se limita aos autores dessa ação.

Finalmente e não menos importante, haverá a possibilidade do individuo


detentor de direito individual homogêneo, que decide não participar da ação coletiva,
interpor sua demanda a título individual, como descreve artigo 103, § 2º, do CDC.

O titular de direito individual homogêneo só poderá se beneficiar de uma


sentença de ação coletiva, se solicitar que sua ação individual seja suspensa em
pelo menos trinta dias, contando da ciência nos autos da interposição de ação
coletiva, nos preceitos do artigo 104, do CDC. Vale ainda ressaltar que as ações
coletivas que visam proteger interesses ou direitos difusos, bem como aquelas que
visam à proteção de direitos coletivos estrito sensu, não incidem em litispendência
quando confrontadas com ações individuais, entendimento extraído também do art.
104, do Código de Defesa do Consumidor.
ALMEIDA, Gregório Assagra de. Manual das Ações Constitucionais. Belo
Horizonte: Editora Del Rey, 2007.

BRASIL. Código Brasileiro de Defesa do Consumidor: comentado pelos autores


do anteprojeto. 8. Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005.

MACEDO, Elaine Harzheim; BORGES GOMES, Roberto de Almeida; BARROS,


Wellington Pacheco. Ações Constitucionais. 4º ed. Curitiba: IESDE Brasil SA,
2010.

ROCHA, João Carlos de Carvalho. CAZETTA, Ubiratan. Henriques Filho, Tarcísio


Humbero. Ação Civil Pública, Edições 7347-7385. Editora Del Rey, 2005.

TARTUCE. Flávio. Manual de Direito do Consumidor: direito material e


processual. 6º Ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2017.

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