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Criminalística

1 - HISTÓRICO E DEFINIÇÕES

2 - PRINCÍPIOS

- P. da OBSERVAÇÃO (LOCARD): todo contato deixa marcas.

- P. da ANÁLISE: a análise criminal deve sempre seguir o método científico (formulação de hipóteses
coerentes com base numa metodologia reprodutível e aceita pelos seus pares).

- P. da INTERPRETAÇÃO/ INDIVIDUALIDADE (II): dois objetos podem ser difíceis de serem distinguidos, mas
nunca serão idênticos. A perícia procura sempre fazer uma interpretação inequívoca, individualizando aquele
elemento de prova.

- P. da INTEGRALIDADE/INDIVISIBILIDADE: a construção e análise dos dados periciais não podem ser


fragmentadas. Todas as informações (objetivas, subjetivas) devem ser analisadas em um mesmo contexto. É
absolutamente vedado ao investigador concluir questões baseado na análise de um dado isolado  P. da
Indivisibilidade da investigação criminal.

- P. da DESCRIÇÃO: os resultados dos exames periciais devem ser descritos de forma clara, sendo
racionalmente dispostos e bem fundamentados em princípios científicos. Linguagem técnica e juridicamente
perfeita.

- P. da DOCUMENTAÇÃO: toda amostra deve ser documentada desde o momento em que é constatada pelo
perito no local do crime + exames complementares laboratoriais + destruição após autorização judicial 
Cadeia de Custódia da prova material.
Resumo:
- Há sempre uma parcela de subjetividade do Perito Criminal ao analisar elementos materiais (vestígios). Há
sempre a possibilidade de um viés cognitivo (tendência a pensar de certa maneira que pode levar a decisões
equivocadas) nessa construção.

- Princípio da Verdade Real  P. da VEROSSIMILHANÇA: a verdade real, em termos absolutos, pode se revelar
inatingível. O P. da Verossimilhança revela a versão verossímil que se encaixa nos elementos técnicos colhidos
no trabalho de IC.

2 - LEGISLAÇÃO APLICADA À PERÍCIA


- Art. 155 CPP

- Art. 156 CPP:


. Antes de iniciada a ação penal: o juiz pode ordenar a produção antecipada de provas consideradas urgentes
e relevantes. Juízo de necessidade, adequação e proporcionalidade.
. Esse artigo é criticado, visto que fere o Sistema Acusatório, a Imparcialidade do juiz e o P. da Presunção de
Inocência - dá ao juiz a possibilidade de determinar, por meio de sua iniciativa, a produção de provas durante
a investigação.

- Art. 157 CPP; Provas Ilícitas = provas ilícitas propriamente ditas + provas ilegítimas. A prova derivada da
prova ilícita deverá ser expurgada do processo.

- Art. 158 CPP; quando a infração deixar vestígios será INDISPENSÁVEL o exame de corpo de delito direto ou

indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

. Infrações penais que deixam vestígios (delictas factis permanentis)  ECD. NÃO TRANSEUNTE.

. Infrações penais que não deixam vestígios (delictas factis transeuntes)  não há que se falar em ECD.

TRANSEUNTE.

- Art. 159; os peritos não oficiais prestarão compromisso.


- Art. 167; se não for possível a realização do ECD por haverem desaparecido os vestígios  a prova
testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

- ECD DIRETO: no próprio corpo de delito.


- ECD INDIRETO: elementos periféricos, exemplo: ficha clínica.

- 184 CPP.

- Há quem cabe a REQUISIÇÃO da perícia?


1. Delegado de polícia: autoridade policial que preside o IP.
2. Promotor de Justiça
3. Juiz: prerrogativa exclusiva de requerer a revisão ou a complementação de exames periciais na fase
inquisitorial.
4. Partes; especialmente por intermédio de advogado (fase IP/fase judicial).
5. Oficial que preside o IP: no caso de crimes militares (Polícias Militares ou Forças Armadas).
6. Presidente de CPI.

- Art. 160; o laudo pericial será elaborado no prazo de 10 DIAS. Tal prazo pode ser prorrogado, em casos
excepcionais a requerimento dos peritos.

- Art. 161; o exame de corpo de delito poderá ser feito a QQ hora do dia ou da noite.

- Art. 162; a autópsia será feita pelo menos 06 horas após o óbito.

. Morte violenta: bastará o simples exame externo do cadáver quando não houver crime a ser apurado.

Exemplo: acidente de carro. Mesmo caso ocorrerá quando as lesões externas permitirem precisar a causa da

morte e não houver exame interno para averiguar alguma circunstância relevante.

- Art. 163; Exumação: em dia e hora previamente marcados será realizará a diligência. O administrador de
cemitério público ou particular indicará indicará o lugar da sepultura; sob pena de desobediência. As
exumações podem ser requeridas administrativamente ou judicialmente pelos herdeiros ou pelas
autoridades.

- Art. 164

- Art. 166: em caso de dúvida sobre a identidade do cadáver  auto de reconhecimento e identidade.

- Art. 167; não sendo possível o ECD por terem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-
lhe a falta.

- Art. 168

- Art. 169:
. Os peritos registrarão no LAUDO as alterações do estado das coisas;
. Os peritos discutirão no RELATÓRIO as consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos.

- Art. 170

- Art. 171

- Art. 173

- Art. 174

- Art. 177

- Art. 182

- Art. 184
3 - PROVAS, VESTÍGIOS, EVIDÊNCIAS E INDÍCIOS
- Há 3 tipos de provas:
1. Testemunhal
2. Documental: escritos públicos ou particulares.
3. Material

- A prova pode ser:


1. DIRETA: refere-se ao fato probando.
2. INDIRETA: necessita de um raciocínio indutivo.

- VESTÍGIOS, EVIDÊNCIAS e INDÍCIOS


Fase Pré-Processual
. V: toda alteração na cena do crime que possa ter relação com o mesmo.
<Possibilidade de relação com o fato>.

. E: é o vestígio que já tem constatado (técnico e cientificamente) sua relação com o fato.

Fase Processual
. I: conhecido e provado.
<Inequívoca relação com o fato>.

4 - LOCAL DO CRIME
- Classif. Quanto à NATUREZA da área
. L. Externo: “acesso livre”, ou seja, sem delimitações físicas que impeçam ou dificultem a entrada.
. L. Interno: há algum tipo de obstrução ou cercamento.

. L. Fechado: proteção contra intempéries.


. L. Aberto: exposto às intempéries (sem cobertura).

. L. IMEDIATO: onde se deu a CONSTATAÇÃO DO FATO CRIMINOSO (local em que o fato ocorrera). Ponto
inicial da IC. Um local imediato pode ter mais de um local relacionado.
. Local MEDIATO: local adjacente ao local imediato (próximo/mediato = mediações).
. L. Relacionado: apresenta vestígios relacionados com a ocorrência, porém NÃO se conecta geograficamente
ao local imediato.

- Classif. Quanto à PRESERVAÇÃO da área


. L. IDÔNEO: não ocorrera absolutamente nenhuma intervenção no local antes dos trabalhos periciais.
<Quase impossível>.

. L. INIDÔNEO: sofreram algum tipo de alteração, por menor que seja.

Classificação mais realista:


. L. ABSOLUTAMENTE idôneo: 100% preservado. A cena do crime e os vestígios não foram alterados EM
NADA.
<Difícil ocorrência; o simples acesso do policial na verificação das condições de segurança do local ou para
prestar socorro à vítima já descaracteriza o local por deixar vestígios de passagem>.

. L. RELATIVAMENTE idôneo: condições mantidas da maneira mais próxima possível ao encontrado.


Alterações apenas no que objetiva à SEGURANÇA DO LOCAL e o SOCORRO À VÍTIMA.

. L. INIDÔNEO: alterações desnecessárias no local, que não tenham por objetivo a preservação da segurança
ou da vida da vítima.

5 - ISOLAMENTO E PRESERVAÇÃO DE LOCAIS DE CRIME

. Isolamento: retirar TODAS as pessoas do local do crime até a chegada dos peritos.
<um local pode estar isolado, mas não estar preservado>

. Preservação: estado das coisas.


<impossível um local preservado sem estar isolado>

. *Guarnecimento: custódia pelo Estado (policiais).

. *Delimitação: perímetro visual para o local de crime através de cordas, fitas, cones, etc.
*O Guarnecimento e a Delimitação não são primordiais para a preservação, visto que há casos que o local se
encontra preservado sem esses elementos.

- PQ isolar o local do crime?


1. Preservação dos vestígios
2. Garantir a segurança física do perito
3. Controlar o acesso às informações obtidas no trabalho pericial: somente a autoridade policial titular da
investigação pode determinar quais informações devem ser transmitidas aos familiares da vítima ou à mídia.
O isolamento justifica-se para que as informações obtidas não sejam captadas por pessoas indevidas nas
proximidades do local.
4. Preservar a integridade à imagem da vítima: durante os levantamentos policiais - em especial nos crimes
contra a vida - faz-se necessário despir o cadáver na busca de vestígios relacionados à ação delituosa.
5. Bom andamento dos trabalhos periciais

- QUEM deve isolar o local do crime?


1. Autoridade Policial (PM) que tão logo tiver conhecimento da infração.
. Na maioria dos casos o primeiro agente público a chegar a um local de crime é o PM, e, geralmente, são
esses profissionais os responsáveis pelas primeiras providências de isolamento.

2. PC, PRF e GM: Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal e Guarda Municipal.

5 - Técnicas de isolamento do local de crime


. Um bom isolamento NUNCA será possível se o responsável não adotar uma atitude proativa;
. Em muitas situações apenas a atitude proativa será suficiente para se alcançar um bom isolamento.

- TIPO DE ISOLAMENTO
 I. SIMPLES:
. Local com pequena aglomeração de pessoas;
. Área que não oferece riscos à equipe;
. Deve englobar todos os vestígios identificados;
. Distância de no mínimo 5 METROS do último vestígio.
 I. SEGMENTADO:
. Local com grande aglomeração de pessoas: familiares da vítima, mídia, autoridades, etc.
. Segmenta-se a área de isolamento em isolamentos secundários, destinados aos diversos segmentos
presentes no local.
1º Nível de Isolamento  destinado unicamente ao PERITO. Local em que se concentram os vestígios. Dist.
mínima de 5 metros entre o vestígio mais distante e o isolamento primário.
Outros  familiares, vítimas, repórteres, autoridades, policiais, etc.
. Objetivo do I. Segmentado: facilitar o controle das pessoas não relacionadas aos exames periciais.

 I. de SEGURANÇA:
1 - Área que oferece riscos à integridade física da equipe.
Exemplo: locais com grande comoção social ou áreas com alto índice de confrontos.
. Faixa de Segurança no entorno do local com emprego do maior número de unidades policiais com
armamento adequado, estando todas voltadas para fora do local com atenção direta para a fonte da ameaça;
. Os peritos devem utilizar coletes de proteção balística.

2. Área que apresenta risco pela sua topografia ou características específicas.


. Também tem por finalidade resguardar a vida das pessoas no entorno do local;
. Área de segurança entre o local e a ameaça.

6 - PERÍCIAS EXTERNAS E PERÍCIAS INTERNAS


. P. EXTERNAS: o Perito se desloca para o local onde o crime ocorreu.
. P. INTERNAS: as evidências são encaminhadas após a coleta pelos Peritos para exames complementares.

 DIVISÃO DE PERÍCIAS ESPECIALIZADAS


A) Seção Técnica de Perícias de Trânsito (STPT)
. O perito deve trabalhar única e exclusivamente com os vestígios materiais.
. Atividades realizadas pela STPT:
1. Perícia em local de acidente de trânsito;
2. Vistoriais em veículos;
3. Vistorias em centro de formação de condutores (CFC);
4. Exames químico-metalográficos.

B) Seção Técnica de Perícias de Crimes Contra o Patrimônio (STPCCP)


. Atividades realizadas pela STPCCP:
1. Levantamento técnico em locais de furto, roubo e dano;
2. Vistorias em veículos automores;
3. Constatação de danos em veículos, imóveis ou objetos;
4. Vistoria em celas (tentativa de fuga ou fuga de presos);
5. Constatação de jogos de azar;
6. Avaliações diretas e indiretas (mercadologia).

C) Seção Técnica de Perícias de Crimes Contra a Vida (STPCCV)


. Sempre que no local houver vestígios sugestivos de ter ocorrido um crime contra a vida ou contra a
dignidade sexual deverá haver levantamento pericial.
. Se, durante os levantamentos periciais for encontrado, por exemplo, um aparelho celular que o investigador
julgue importante para seu trabalho, ele pode requisitá-lo aos peritos antes do ressarcimento à família.

D) Seção Técnica de Perícias de Engenharia Legal (STEL)


. Incêndio
. Explosão
. Acidente de trabalho
. Desabamentos
. Deslizamentos
. Desmoronamentos
. Soterramentos
. Máquinas e equipamentos
. Alteração de limites (área ou terreno)
. Local de furto e/ou energia
. Local de pulso telefônico e sinal de TV a cabo
. Peças e máquinas
E) Seção Técnica de Perícias de Crimes Contra o Meio Ambiente
. Desmatamento
. Supressão de vegetação em áreas de preservação permanente e unidades de conservação
. Corte de árvores
. Transporte de madeira, lenha e carvão
. Disposição inadequada de resíduos sólidos
. Atividades minerárias irregulares
. Atividades indústrias
. Pocilga irregular
. Abatedouro irregular
. Alteração do regime de curso de água
. Represamento de água
. Assoreamento de recursos hídricos
. Loteamento irregular
. Queimadas e incêndios florestais
. Utilização irregular de agrotóxicos

F) Seção Técnica de Perícias de Papiloscopia e Modelagem (STPPM)


. Levantamentos de fragmentos digitais em papéis
. Levantamentos de fragmentos digitais em objetos apreendidos em locais de crimes
. Exames de fragmentos digitais colhidos em locais de crime
. Confronto entre fragmentos em impressões digitais de suspeitos
. Exame e confronto digital em documentos que contenham impressão digital com suspeita de falsidade

. Perícia Papiloscópica: conjunto de técnicas utilizadas na busca e no exame de impressões papilares com a
finalidade de identificar as pessoas que a produziram, utilizando levantamento e o confronto papiloscópico.

. Tipos de impressões papilares:


1. I. VISÍVEIS  impressões impregnadas de algum tipo de “substância corante”, como tinta, sangue ou
outras. Facilmente localizadas a olho nu sobre luz convencional.
2. I. MODELADAS  impressões encontradas em “superfícies macias”, como massa de vidraceiro, goma de
mascar e argila.
3. I. LATENTES  impressões constituídas por “elementos excretados pela pele humana”, como suor e
gordura. Não são facilmente perceptíveis a olho nu, necessitando de tratamento com reveladores ou
reagentes específicos.

II.3 – Ao Investigador de Polícia cabe:


c) colher as impressões digitais para fins de identificação civil e criminal, inclusive de cadáveres,
para a realização do exame datiloscópico;

j) operacionalizar a captura e a pesquisa em sistema automatizado de leitura, comparação e identificação de


fragmentos e impressões papilares, à exceção de locais de crime, em que o Perito Criminal se fará presente;
o) determinar as fundamentais, os subtipos e os pontos característicos das impressões digitais, para fins de
identificação humana, e proceder à pesquisa monodactilar, decadactilar e onomástica, ressalvada a atuação
do Perito Criminal em caso de necessidade da emissão de laudo pericial para auxilar na apuração de infração
penal.

E) Seção Técnica de Documentoscopia (STD)


. Verificação da autenticidade ou não do suporte (papel)
. Verificação da autenticidade ou não dos manuscritos (assinatura)
. Verificação da identidade: tipográfica, mecanográfica e de carimbagens
. Determinação de autoria ou procedência
. Exames em alteração de documentos

A Seção Técnica de Documentoscopia realiza exames periciais relacionados às ANÁLISES GRAFOTÉCNICAS


(autenticidade gráfica, autoria material, identidade gráfica, prioridade de lançamento e identidade
mecanográfica) e DOCUMENTOSCÓPICAS (autenticidade documental, alteração documental, origem
documental, violação de correspondência).

Nos “exames de autenticidade” são indispensáveis:


1 - “Peça-padrão” ou “Conjunto-padrão”: é o documento autêntico, similar àquele questionado que será
utilizado no confronto.
. O padrão deverá respeitar os critérios de ADEQUABILIDADE (original e similar ao questionado),
CONTEMPORANEIDADE (data de emissão próximo a da peça motivo) e AUTENTICIDADE (realizada somente
no original).
2 - Peça-motivo ou “Conjunto-motivo”: é o material questionado.

G) Seção Técnica de Perícias Contábeis (STPC)


. Crimes de sonegação fiscal
. Crimes de apropriação indébita
. Crimes de fraude nos registros contábeis
. Demonstrações contábeis
. Crimes contra o patrimônio público
. Compatibilidade entre patrimônio e renda declarada (IR, contra cheque, etc.)
. Falências fraudulentas
. Constatação de taxas de juros em empréstimos e financiamentos que configurem ilícitos penais

Conceito: consiste na verificação de fatos ligados ao patrimônio individualizado. Os procedimentos periciais


são aplicados de acordo com a necessidade de cada caso.

- Perícia Contábil x Auditoria:


. Perícia  se vale de um objetivo para traçar o rumo do seu trabalho, e, por isso, sua tarefa é analítica,
objetiva, precisa, clara, fiel, etc.
. Auditoria  utiliza-se da amostragem, já que a matéria a ser examinada é muito extensa, o que impossibilita
a análise pela totalidade.

H) Seção Técnica de Áudio e Vídeo (STAV)


- O método de acondicionamento do material deverá seguir às seguintes recomendações:
. Utilizar de preferência o invólucro padrão.
Na ausência do invólucro padrão, proceder ao envio em envelope de papel ou caixa de papelão.
. Especificação do tipo de infração investigada. Delimitação do trecho de interesse criminalístico.

- Ler art.1 da Resolução 7654 (pág. 52).


- Representação Facial Humana (RFH): trabalho de edição que pode ser realizado na fotografia de um cadáver
que buscará recompor as regiões que foram afetadas em função de algum tipo de agressão.
É utilizada erroneamente como um meio de prova. Não exclui e nem inclui um indivíduo qualquer do rol dos
suspeitos propriamente ditos. É apenas um meio investigatório, sem comprometimento futuro com as provas
determinantes.

I) Seção Técnica de Crimes Informáticos e Fraudes Similares (STPCIFS)


. Dispõe de tecnologia para a recuperação de arquivos deletados. Porém, para que se tenha êxito, esses
dispositivos devem ser apreendidos o mais breve possível, pois quanto mais vezes forem utilizados, menor
será a chance de recuperação das informações.
. Em CD´s, DVD´s e celulares que não são detectados como dispositivos de armazenamento pelo sistema
operacional (Windows) não é realizada a recuperação de arquivos deletados.
. Nos CD´s e DVD´s - dependendo do estado dos membros - às vezes se consegue a recuperação de arquivos
não deletados corrompidos por sujeira e arranhões (Programa Elprime Recovery).
. Se a busca e a apreensão ocorrer no momento em que o computador estiver ligado, deve o investigador
verificar se existe aberto algum tipo de documento de interesse para a investigação. Se sim, ele deve registrar
isso, fotografando ou salvando em um pen drive. Se for um celular ligado, agir da mesma forma, sendo que,
constatando arquivo de interesse, deve o investigador certificar-se de que não há senha do aparelho ou
desligar o modo de proteção de tela, para que o mesmo não trave com o tempo ou desligue.
. Vistoria em aparelho celular: sempre que possível encaminhar o manual de operação, bateria e carregador,
senhas de acesso ao aparelho, ao cartão sim e à caixa postal.

 DIVISÃO DE LABORATÓRIO (DIVLAB)


A) Seção Técnica de BIOLOGIA e BACTERIOLOGIA LEGAL (STBBL)
. Pesquisa de esperma
Antígeno prostático específico (PSA) é uma proteína presente no esperma e a sua pesquisa é realizada em
casos de crimes sexuais e materiais coletados da vítima, como preservativos ou peças de vestuário.
Resultado (+): presença do PSA e não a presença de espermatozoides.

. Pesquisa de sangue humano


Identificar a presença de sangue humano impregnado à materiais diversos utilizando testes rápidos como o
imunoensaio.
. Análises de DNA

- Apenas o Perito Criminal possui as informações técnicas sobre como coletar e armazenar adequadamente
cada fluido biológico encontrado na cena do crime, a fim de preservá-lo até a chegada do laboratório.

B) Seção Técnica de BALÍSTICA e IDENTIFICAÇÃO DE ARMAS E MUNIÇÕES (STBIAM)


. Identificação de Armas de fogo: quanto ao fabricante, à época de fabricação (trata-se da numeração de série
do armamento) e à nacionalidade.
. Eficiência de Arma de Fogo
. Determinação de grãos de chumbo (projéteis múltiplos): quando recebidos para exames, não há condições
de se precisar o calibre da arma. Classificação apenas do número de grãos e massa total dos mesmos.
. Determinação de Calibre
. Microcomparação de Projéteis: esclarece se o projétil foi propelido pela arma em questão.
. Microcomparação de Estojos: deformações produzidas pelo precursor, placa de obturação na deflagração do
cartucho e marcas do extrator e ejetor.
. Rupturas em Vidros: comparação das linhas radiais (forma-se primeiro e corresponde ao orifício de saída) e
concêntricas (forma-se em segundo plano e corresponde ao orifício de entrada).
. Projeção de projéteis (Mossas): local de crime com estruturas rígidas. Possível trajetória dos projéteis através
dos ângulos da deformação.
. Trajetória: determinada através de dois pontos (no mínimo) onde se localiza o ponto em que estaria o
atirador.
. *Verificação da distância do disparo e seus efeitos
. Exames em outros Objetos/Instrumentos: objetos e instrumentos utilizados como armas ou assemelhados,
tais como facas, machados, pedras, hastes, etc.

C) Seção Técnica de FÍSICA e QUÍMICA LEGAL (STFQL)


Conceito: produção de provas materiais para a justiça, através da análise de substâncias diversas em amostras
não biológicas, tais como drogas lícitas e ilícitas, venenos, medicamentos, pesticidades, solventes, resíduos de
incêndio, explosivos, resíduos de disparo de arma de fogo, combustíveis, tintas e fibras.
. Identificação de drogas de abuso para elaboração de laudo químico toxicológico definitivo
. Análise de resíduos (metais) relacionados ao emprego de arma de fogo
. Análise de composição de pólvora
. Identificação de substâncias químicas desconhecidas
. Identificação de medicamentos
. Pesquisa de pesticidas em alimentos e bebidas
. Constatação de bebidas alcoólicas e do teor alcoólico
. Pesquisa de metais pesados
. Identificação de solventes orgânicos e inalantes
. Pesquisas de substancias inflamáveis encontradas em locais de incêndio
. Constatação de corpos estranhos em alimentos e bebidas
. Pesquisas de substâncias causticas e corrosivas
. Análise de ligas metálicas contendo ouro ou prata
. Comparação de perfil químico entre dois materiais coletados em locais distintos

- Ler pág. 64, 65 e 66.

- Não existem análises capazes de determinar a cronologia de um disparo de arma de fogo. O exame realizado
pela STFQL determina, apenas, se a arma já efetuou algum disparo.

*Verificação da distância do disparo e seus efeitos


- Efeitos Primários: decorrentes da penetração do projétil. São eles: orla de enxugo (sujidade), orla de
contusão (abrasão) e orla equimótica.
- Efeitos Secundários: decorrentes dos tiros encostados ou a curta distância, da ação dos gases, seus efeitos
explosivos, de resíduos da combustão da pólvora e de microprojéteis.
Nos efeitos secundários podem ocorrer:
1. Zona de Chama  produzida pelos gases inflamados.
2. Zona de Esfumaçamento  produzida pela fuligem da combustão da pólvora.
3. Zona de Tatuagem  produzida pela impregnação de grãos da pólvora combusta.

- Distância do tiro:
. Tiro Distante  caracterizado pela ausência dos Efeitos Secundários do disparo no alvo. Apenas Efeitos
Primários.
. Tiro à Curta Distância  caracterizado pela presença dos Efeitos Secundários do disparo no alvo.
. Tiro Encostado  lesão produzida pela ação do projétil e dos gases resultantes da deflagração da pólvora
quando a boca do cano está junto ao alvo (Efeito Primário + Efeito Secundário).

 CADEIA DE CUSTÓDIA
 Conceito:
. Contribui para manter e documentar a história cronológica da evidência;
. Rastrear a posse a o manuseio da amostra a partir do preparo do recipiente coletor, da coleta, do transporte,
do recebimento, da análise e do armazenamento. Inclui toda a sequência de posse;
. Sucessão de eventos e procedimentos realizados de forma segura e confiável, iniciados na cena do crime,
que promovem a idoneidade e integridade da evidência até a sua utilização pelo Poder Judiciário como
elemento probatório;
. Garantia da autenticidade dos materiais que serão submetidos a exames, desde a coleta até o final da perícia
realizada;
. Zelo na preservação dos vestígios;
. Procedimento operacional padrão e metodologia específica;
. Etapa sequenciada de documentação e responsabilização do vestígio, desde sua observação, registro, coleta,
armazenamento, transporte e análise, enquanto o mesmo estiver sendo custodiado;
. Sempre haverá alguém a ser responsabilizado pela idoneidade da prova pericial em todas essas etapas até a
mesma se tornar prova material no processo penal;
. Não há na legislação brasileira vigente nenhuma referência explícita à cadeia de custódia das provas
materiais. Porém, por interpretação (hermenêutica) constata-se em determinados artigos do CP a
obrigatoriedade de sua existência.
 A Cadeia de Custódia divide-se em:
1. Cadeia de Responsabilidade  registro documental. É através do registro documental que saberemos
todas as pessoas que tiveram a posse daquela prova, responsabilizando-se por ela em um determinado
momento. Sempre haverá alguém passível de responsabilização.
2. Cadeia de Integridade  inteireza do vestígio para sua credibilidade. Devem ser registradas todas as
análises e manipulações feitas naquele espécime (vestígio específico). Segunda etapa do registro documental
acima. Local adequado para o armazenamento das evidências (Centro de Custódia).

 Etapas da Cadeia de Custódia


1. CONSTATAÇÃO
Metodologia, procedimentos, rotinas adotadas pelos peritos criminais no local de crime objetivando garantir a
correta visualização do vestígio no exato local onde se encontra.

2. REGISTRO
Registro do exato ponto onde o vestígio foi constatado e nas condições originais até aquele momento,
fazendo-se a descrição detalhada, fotografia e amarração do vestígio.

3. IDENTIFICAÇÃO
Garante que o objeto que chega à fase final do processo é aquele mesmo objeto visualizado, registrado e
recolhido do local de crime.

Os vestígios dividem-se em dois grupos:


1. Aqueles que os peritos constatam, registram e identificam no local de crime, mas que não são recolhidos
para exames complementares.
2. Aqueles que são analisados no local do crime, mas deve ser recolhido para análises posteriores.

4. ENCAMINHAMENTOS
Garantia da rotina de trânsito, manipulação, análises e retornos dos resultados com a checagem do material
recebido, visando a certeza de que se está recebendo o vestígio original coletado no local de crime.
 COLETA DE VESTÍGIOS - ACONDICIONAMENTO E TRANSPORTE
. A maior parte dos erros cometidos no levantamento pericial ocorre ao se coletar as amostras. Os erros mais
comuns são a insuficiência da amostra e a falta de fornecimento de padrões de comparação. A análise da
evidência usualmente requer a destruição de parte do material, portanto, deve-se coletar uma amostra
suficiente.
. Para manter a individualidade da amostra, cada peça deve ser acondicionada separadamente e não deve
fazer parte de um mesmo recipiente, a não ser pelo emprego de invólucros resistentes, de modo que seja
afastado todo e QQ perigo de se misturarem os materiais.
. A escolha do recipiente dependerá do tamanho do exemplar, da sua fragilidade, do seu estado físico e da
maneira de ser transportado.

As técnicas e maneiras empregadas para a coleta de materiais diferem para cada tipo de vestígio. São elas:
a) Sangue:
A amostra de sangue deve ser coletada da maneira “mais seca possível”. Caso a roupa da vítima esteja
impregnada, deve-se cortar um fragmento tão maior quanto possível, vez que o sangue não apresenta grande
quantidade de células nucleadas de onde será extraído o DNA.
. Mancha aderida a alguma superfície  deverá ser raspada com bisturi esterilizado ou descartável.
. Mancha úmida  coletada com auxílio de papel feltro.

b) Esperma:
. Ressecado sobre a pele da vítima  raspagem da mancha.
. Existente em peças de roupa  as roupas deverão ser cuidadosamente dobradas, separando cada dobra
com uma folha de papel branco.
O esperma existente no ambiente vaginal ou anal deve ser recolhido pelo médico legista.

c) Peças de Roupa:
. Cada peça deve ser seca naturalmente, isso é, não deve ser exposta a raios solares e nem a outra fonte de
calor.
. Cada peça deve ser embrulhada separadamente, evitando-se dobrá-la separadamente.

d) Cabelos, Pêlos e Fibras:


. Recolher com pinça, embrulhar frouxamente em papel filtro e colocar no envelope.
e) Arma de fogo
. Deverão ser descarregadas no próprio local. Nunca devem ser levadas municiadas para o instituto de
criminalística e nem tampouco assim serem enviadas para exames.

f) Projéteis e Estojos
. Devem ser manuseados quanto menos possível. Evitando-se todo e qualquer contato com algum objeto
resistente.
. Evite utilizar pinça.
. Os projéteis devem ser acondicionados individualmente por papel e colocados me envelopes.

g) Resíduos provenientes de armas de fogo


. São colhidos através de kits apropriados compostos de tubos esterializados, swabs e ácido nítrico a 5%, que
devem ser encaminhados para análise no laboratório do instituto de criminalística.

h) Material de mossas e fragmentos de pintura de veículos


. A remoção deve ser feita por meio de uma espátula de madeira (depressor de língua).
. Cada amostra será acondicionada separadamente.

i) Bilhetes e Cartas
. Quando encontrados nos locais, devem ser levados ao Instituto de Criminalística, onde os Peritos
providenciarão xerocópias das mesmas, que serão anexadas ao laudo.

j) Material para análise de conteúdo de áudio, vídeo e audiovisual


. O suporte que contém o registro a ser examinado deve ser acondicionado em invólucro padrão. Na ausência
deste, proceder ao envio em envelope de papel ou caixa de papelão.

k) Drogas apreendidas
. O material será pesado, descrito, analisado quimicamente e será retirada uma amostra do total para ser
encaminhada em envelope de segurança lacrado ao laboratório para a realização do exame definitivo de
droga.
. O restante da droga ficará na delegacia em envelope de segurança lacrado para ser incinerado após
autorização judicial.

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