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RESUMO ANTROPOLOGIA – PRIMEIRA PROVA

CULTURA: UM CONCEITO ANTROPOLÓGICO


PRIMEIRO SEMESTRE – DIREITO PUC MINAS

PARTE UM: DA NATUREZA À CULTURA

I – INTRODUÇÃO

 Confúcio: “A natureza dos homens é a mesma, são seus hábitos que os


mantêm separados”,
 Mesmo antes da aceitação do monogenismo (todos os seres humanos
derivam de um mesmo tipo primitivo), os homens se preocupavam com a
diversidade de modos de comportamento existentes entre os diferentes
povos.
 Cada qual considera “bárbaro” o que não se pratica em sua terra.
 Desde a Antiguidade, foram comuns as tentativas de explicar as
diferenças de comportamento entre os homens, a partir das variações dos
ambientes físicos.
 Ibin Khaldun (séc XIV) acreditava que os habitantes dos climas quentes
tinham uma natureza passional, enquanto aos dos climas frios faltava
vivacidade.
 O encontro de povos leva ao estranhamento.
o O outro possui diferentes modos de realizar as atividades
o Naturalizar – o que fazemos é considerado “normal” (padrão)
o Etnocentrismo – egocentrismo de determinado grupo (não há como
fugir disso – acontece em todos os grupos)
o O que nos leva ao etnocentrismo?
 A cultura é uma lente, a qual enxergamos o mundo (Ruth
Bennet)
 Tudo que você faz, relaciona, pensa é através dessa lente

I – O DETERMINISMO BIOLÓGICO

 O que determina o ser humano é o padrão biológico


 Você consegue identificar as características culturais de um grupo por
meio do padrão biológico (ex: índio é preguiçoso)
 As diferenças de comportamento existentes entre pessoas de sexos
diferentes não são determinadas biologicamente
 O comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado, de um
processo que chamamos de endoculturação.
 Um menino e uma menina agem diferentemente não em função de seus
hormônios, mas em decorrência de uma educação diferenciada.

II – O DETERMINISMO GEOGRÁFICO

 O determinismo geográfico considera que as diferenças do ambiente


físico condicionam a diversidade cultural.
 Existência de limitação na influência geográfica sobre os fatores culturais
 É possível existir uma grande diversidade cultural localizada em um
mesmo tipo de ambiente físico.
 A cultura precisa se estabelecer em algum lugar, mas não significa que é
definida por esse local.

IV – O DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO DE CULTURA

 Antropólogos deparam-se com a origem divina


o A própria cultura seria uma determinação divina
o Teoria questionada por aprioristas/racionalistas
o Teoria rejeitada pela antropologia
 Cultura é algo que aprendemos
 Empiristas afirmam que a razão nasce da experiência
o Teoria rejeitada, pois não é a experiência, pois é mediada
o A cultura é ensinada
o Pensamos a partir de categorias que já existem, as coisas não
têm sentido por si só.
o Precisamos da mediação, não é algo que nascemos com.
 Primeira definição: Edward Tyler (1871)
o Cultura pode ser objeto de um estudo sistemático, pois trata-se
de um fenômeno natural que possui causas e regularidades,
permitindo um estudo objetivo e uma análise capazes de
proporcionar a formulação de leis sobre o processo cultural e a
evolução.
o Cultura é um comportamento aprendido (endoculturação), tudo
aquilo que independe de uma transmissão genética.
 A diversidade cultural é explicada por Tyler como resultado da
desigualdade de estágios existentes no processo de evolução.
o Antropologia estabeleceria a civilização.
 Evolucionismo unilinear (evolução cultural)
o Lei da evolução (Lei Natural): Existência de apenas uma linha de
evolução.
 Todos passariam por três fases: selvagens; bárbaros;
civilização (etnocentrismo)
 Assim, há classificação dos seres humanos por meio desses
estágios
 Favorecimento da colonização (Europa colonizando África
com o intuito de explorar, mas mascara tal verdade sobre
evoluir tais colônias)
 Características gerais dessa teoria:
 Trata a cultura como sistema natural
 Busca leis naturais
 Unidade psíquica do homem
 Procura semelhanças p/ estabelecer uma teoria
o Teoria rejeitada
 Particularismo Histórico (Franz Boas 1858-1949)
o Evolucionismo multilinear
 Cada cultura deve ser analisada por sua particularidade
 Cultura segue seus próprios caminhos em função dos
diferentes caminhos em função dos diferentes eventos
históricos que enfrentou.
 A partir de eventos é que vai determinar em que rumo a
evolução irá tomar
 Alfred Kroeber (1878-1960)
o Graças à cultura, a humanidade distanciou-se do mundo animal.
o Homem passou a ser considerado um ser que está acima de suas
limitações orgânicas.
o O homem depende de seu equipamento biológico
 Tem que satisfazer um numero determinado de funções
vitais, como a alimentação, o sono, a respiração, etc.
 A maneira de satisfazê-las é diferente de cultura para
cultura.
 Os comportamentos não são biologicamente determinados,
pois todos os seus atos dependem inteiramente de um
processo de aprendizado.
 O homem foi capaz de transformar toda terra em seu hábitat
 Por meio da cultura, o homem passou a depender mias do
aprendizado do que agir através de atitudes geneticamente
determinadas.
 O processo de endoculturação que determina o
comportamento e a capacidade artística ou profissional.
 A cultura é um processo acumulativo.
 Toda a experiência de um indivíduo é transmitida aos demais, criando
assim um interminável processo de acumulação.
 A linguagem humana é um produto da cultura, mas não existiria cultura
se o homem não tivesse a possibilidade de desenvolver um sistema
articulado de comunicação oral.

V – IDÉIA SOBRE A ORIGEM DA CULTURA

 Paleontologia busca a origem da cultura (lógica biológica)


o Richard Leackey e Roger Lewin
o A vida arborícola – responsável pela eclosão de uma visão
estereoscópica
 Juntamente com a capacidade de utilização das mãos:
abertura de um mundo tridimensional. Pegar um objeto e
examiná-lo, atribuindo significado próprio.
o Bipedismo: animal parece maior e mais intimidante, para
transportar objetos, para utilizar armas e mais visibilidade.
o Cultura seria resultado de um cérebro mais volumoso e complexo
 Antropólogos buscam a origem da cultura
o Claude Lévi-Strauss: considera que a cultura surgiu no momento
em que o homem convencionou a primeira regra (incesto)
o Leslie White: considera que a passagem do estado animal para o
humano ocorreu quando o cérebro do homem foi capaz de gerar
símbolos.
 Todo o comportamento humano se origina com o uso de
símbolos. Sem o símbolo não haveria cultura. Para perceber
o significado de um símbolo é necessário conhecer a cultura
que o criou.
o Teoria do ponto crítico: eclosão da cultura como um acontecimento
súbito, um salto quantitativo na filogenia dos primatas
 Teoria rejeitada, pois a natureza não age por saltos. O salta
da natureza foi contínuo e incrivelmente lento.
o Clifford Geertz: não há ponto crítico
 A cultura desenvolveu-se simultaneamente com o próprio equipamento
biológico. Compreendida como uma das características da espécie, ao
lado do bipedismo e de um adequado volume cerebral.

VI – TEORIAS MODERNAS SOBRE CULTURA

 Teorias idealistas de cultura


o Cultura como sistema cognitivo (W. Goodenough)
 Cultura é um sistema de conhecimento: consiste em tudo
aquilo que alguém tem de conhecer ou acreditar para operar
de maneira aceitável dentro de sua sociedade.
o Cultura como sistemas culturais (Claude Lévi-Strauss)
 Cultura como um sistema simbólico que é uma criação
acumulativa da mente humana. O seu trabalho tem sido o
de descobrir na estruturação dos domínios culturais (mito,
arte, parentesco e linguagem) os princípios da mente que
geram essas elaborações culturais.
o Cultura como sistemas simbólicos (Clifford Geertz e David
Schneider)
 Geertz: a cultura dever ser considerada não um complexo
de comportamentos concretos, mas um conjunto de
mecanismos de controle, planos, receitas, regras,
instruções para governar o comportamento.
 Todos os homens são geneticamente aptos para receber
um programa, a cultura.
 Schneider: cultura é um sistema de símbolos e significados.
Compreende categorias ou unidades e regras sobre
relações e modos de comportamento.

PARTE DOIS – COMO OPERA A CULTURA

CAPÍTULO 1: A CULTURA CONDICIONA A VISÃO DE MUNDO DO HOMEM

 Homens de culturas diferentes têm visões desencontradas das coisas.


 Herança cultural nos condicionou a reagir depreciativamente ao
comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceitos.
 O modo de ver o mundo, as apreciações de ordem moral e valorativa, os
diferentes comportamentos sociais e mesmo as posturas corporais são o
resultado da operação de uma determinada cultura.
 Indivíduos de culturas diferentes podem ser facilmente identificados.
 Exercício da fisiologia pode refletir diferenças de cultura (riso).
 Dentro de uma mesma cultura, a utilização do corpo é diferenciada em
função do sexo.
 O fato de que o homem vê o mundo através de sua cultura tem como
consequência a propensão em considerar o seu modo de vida o mais
correto e o mais natural (Etnocentrismo).
 O costume de discriminar os que são diferentes pode ser encontrado
mesmo dentro de uma sociedade.
 Práticas de outros sistemas culturais são catalogadas como absurdas.

CAPÍTULO 2: A CULTURA INTERFERE NO PLANO BIOLÓGICO

 Apatia: perda de motivação da vida quando inserido em outra cultura.


 Doenças psicossomáticas: fortemente influenciadas pelos padrões
culturais.
 A sensação de fome depende dos horários de alimentação do que são
estabelecidos diferentemente em cada cultura.
 Em muitas sociedades humanas, os horários foram definidos
diferentemente, assim, o indivíduo pode passar um grande número de
horas sem se alimentar e sem sentir a sensação de fome.
 A cultura também é capaz de provocar curas de doenças, reais ou
imaginárias. Isso acontece devido à fé do doente na eficácia do remédio
ou no poder dos agentes culturais.

CAPÍTULO 3: OS INDIVÍDUOS PARTICIPAM DIFERENTEMENTE DE SUA


CULTURA.

 Nenhuma pessoa é capaz de participar de todos os elementos de sua


cultura.
 As pessoas participam da cultura determinadas pelo seu sexo e idade.
 Essas limitações decorrem geralmente da incapacidade do desempenho
de funções que dependem da força física ou agilidade, como referentes à
guerra, à caça etc.
 Dependência do acúmulo de uma experiência obtida através de muitos
anos de preparação.
 Nenhum sistema de socialização é idealmente perfeito, em nenhuma
sociedade são todos os indivíduos igualmente bem socializados, e
ninguém é perfeitamente socializado.
 O indivíduo pode permanecer completamente ignorante a respeito de
alguns aspectos da sociedade.
 Obrigatório existir um mínimo de participação do indivíduo na paute de
conhecimento da cultura a fim de permitir a sua articulação com os demais
membros da sociedade.
 As pessoas sabem como agir e podem prever a ação do outro.
 É necessário ter um conhecimento mínimo para operar dentro da
sociedade, o qual deve ser partilhado para permitir a convivência.

CAPÍTULO 4: A CULTURA TEM UMA LÓGICA PRÓPRIA

 Todo sistema cultural tem sua própria lógica e não passa de um ato
primário de etnocentrismo tentar transferir a logica de um sistema para
outro.
 A coerência de um hábito cultural somente pode ser analisada a partir do
sistema a que pertence.
 Sem meios materiais o homem tem que tirar conclusões a partir de sua
observação direta, valendo-se apenas do instrumento sensorial de que
dispõe.
 Tentativas de explicar o início e o fim da vida humana foram sem dúvida
responsáveis pelo aparecimento dos diversos sistemas filosóficos.
 Nem sempre as relações de causa e efeito são percebidas da mesma
maneira por homens de culturas diferentes.
 As explicações encontradas pelos membros das sociedades humanas,
portanto, são lógicas e encontram a sua coerência dentro do próprio
sistema.
 Entender a lógica de um sistema cultural depende da compreensão das
categorias constituídas pelo mesmo.

CAPÍTULO 5: A CULTURA É DINÂMICA

 O contato de pessoas de diferentes culturas estimula a mudança mais


brusca, geral e rápida do que as forças internas.
 A mudança do próprio sistema cultural pode ser lenta, quase
imperceptível para aquele que a observa. Mas aquela que contata outro
sistema cultural pode ser mais rápido e brusco.
 Essa mudança que exige o contato de outra sociedade faz parte da
maioria das culturas, a qual não apresenta tal característica
provavelmente encontra-se isolada.
 As mudanças com o passar dos anos comprovam de uma maneira mais
evidente o caráter dinâmico da cultura.
 O tempo constitui um elemento importante na análise de uma cultura.
 Cada mudança, por menor que seja, representa o desenlace de números
conflitos. Isto porque em cada momento as sociedades humanas são
palco do embate entre as tendências conservadoras e as inovadoras.
 Cada sistema cultural está sempre em mudança. Entender tal dinâmica é
importante para atenuar o choque entre as gerações e evitar
comportamentos preconceituosos.

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