Universidade Federal de Pernambuco

Departamento de Engenharia Elétrica

Máquinas Elétricas
Máquinas de Indução
Data:
Aluno: Renê Luis Pereira Fragoso de Sousa
10/05/2018

1. Objetivos Gerais

Esta prática tem como finalidade a aplicação dos conceitos aprendidos em aukla, bem,
como a obtenção dos parâmetos relativos ao modelo equivalente da máquina de indução.

2. Resultados

O motor de indução será estudando tomando o seu circuito equivalente para análise.
Sua representação está exibida na figura a seguir.

Figura 1: Representação para o ensaio a vazio da máquina síncrona.

Em que:

V1 - Tensão do estator.

E2 - Tensão de fase gerada pelo fluxo de entreferro resultante.

I1 - Corrente do estator.

I2 - Corrente do rotor.

Iφ - Corrente gerada pelo fluxo de entreferro.

R1 - Resistência efetiva do estator.

 X1 - Reatância de dispersão do estator.

Rc - Resistência do núcleo.

Xm - Reatância de magnetização.

R2 - Resistência dos enrolamentos do rotor referido ao estator.

- Resistência elétrica representativa a carga mecânica do rotor.

X2 - Reatância de dispersão do rotor referida ao estator.

s - Velocidade de escorregamento.

O motor usado nos ensaior possui os seguintes dados informados em sua placa:

Máquina WEG, 4 pólos, 60Hz, 220V (∆) – 380V (Y). Momento de inércia: I = 0,00056
kgm². Classe B.

Para a determinação dos parâmetros do motor de indução nós realizamos, são eles: o
ensaio a vazio, ensaio com rotor bloqueado e, por último, procedemos a medição da
resistência do enrolamento do estator. Os resultados estão expostos a seguir :

Ensaio a vazio:

No ensaio a vazio procura-se obter a corrente de linha, I 1,vz,, a potência total de entrada,
Pvz e a tensão de fase, V 1,vz. Para isso, deixa-se a máquina livre de qualquer carga mecânica e
aplica-se a frequência nominal e tensões polifásicas equilibradas nos terminais do estator.Os
resultados estão exibidos a seguir, juntamente com a tabela 1 que contém alguns parâmetros
necessários para a realização dos mesmos.

A potência a vazio é calculada da seguinte forma:

 A resistência total medida entre os terminais de fase foi de,R =24,1 Ω.Porém, como tal valor é para os
enrolamentos ligados em ∆, precisamos converte-lo para o cálculo do valor real, para só depois pode obter
seu valor por fase. Para isso, fazemos uso da relação mostrada abaixo.

E o seu valor equivalente de fase é dado por:

Podemos calcular a potência requisitada pela máquina P VZ pela soma das potência de perdas nos
enrolamentos do estator e do rotor aliadas a potência de perdas do núcleo e pelas perdas rotacionais
(provenientes do atrito e da ventilação), conforme a relação:

Como se sabe, no ensaio a vazio a corrente do roto, I 2, corresponde ao menor valor necessário para
que o conjugado possa superar as perdas por atrito e ventilação que estão associadas a rotação da máquina.
Sabendo disso, pode-se desprezar as perdas no rotor, e as perdas no estator (no qual a perda no núcleo está
inclusa) pode ser calculada por:

Por sua vez, a perda rotacional é :

O próximo passo foi observar o decaimento da velocidade da máquina síncrona pela variação da
tensão de entrada. A tensão no terminal do estator foi sendo reduzida até que seu valor atingisse 10% dela,
fizemos isso em passos de 5V. Essa parte da prática teve como objetivo analisar a relação da velocidade de
decaimento com as perdas rotacionais para, então, obter um ajuste fino em relação às perdas a vazio,
desconsiderando o valor da perda no núcleo. Os dados obtidos são mostrados a seguir.
 Tabela 1: Valores da variação da tensão terminal obtidos no ensaio a vazio.

N (rpm) V1,VZ (V) I1,VZ (A) FP PVZ (W) Prot (W)

1797 127,2 0,947 0,164 59,3 26,5
1797 120,6 0,874 0,166 52,5 24,5
1797 110,2 0,776 0,171 43,9 21,8
1797 101,0 0,700 0,177 37,5 19,6
1797 90,20 0,618 0,188 31,4 17,5
1797 80,20 0,550 0,202 26,7 15,6
1793 70,20 0,480 0,222 22,4 14,0
1792 65,20 0,447 0,235 20,5 13,2
1791 59,90 0,412 0,252 18,6 12,4
1789 55,70 0,386 0,268 17,3 11,8
1786 50,80 0,355 0,292 15,8 11,2
1783 45,46 0,324 0,323 14,3 10,4
1778 40,60 0,297 0,365 13,2 9,98
1770 35,10 0,270 0,423 12,0 9,36
1753 30,60 0,253 0,484 11,2 8,90
1718 25,40 0,246 0,562 10,5 8,32
1648 15,30 0,264 0,620 7,51 4,96

Fazendo uso dos dados da tabela,foi construído o gráfico das perdas rotacionais, P rot, em função da
tensão a vazio, VVZ. O resultado está exibido a seguir:
 Figura 2: Gráfico da relação entre a tensão a vazio e as perdas rotacionais.

Para se calcular as perdas do núcleo, precisamos das perdas rotacionais. Para se obter as perdas
rotacionais precisamos que a máquina esteja desligada, ou seja, devemos olhar a curva do gráfico e olhar o
ponto em que ela corta o eixo das abscissas.

Feito isso, temos: .

Portanto,as perdas no núcleo são dadas por:

Sabendo desses dados,tornou-se possível a obtenção dos seguintes parâmetros:

Ensaio com rotor travado:

O ensaio de rotor bloqueado, que fornece informações sobre as impedâncias de dispersão, é realizado
com a aplicação de uma tensões equilibradas no estator da máquina aliado ao travamento do rotor. Neste
ensaio, medimos a corrente de linha Ibl,a tensão de fase aplicada na máquina Vbl ,a frequência elétrica da
tensão de entrada, fbl e potência polifásica Pbl.

Embora esse ensaio deva ser realizado em uma frequencia baixa (25% da frequência nominal) devido a
limitações técnicas do laboratório isso não foi possível, de modo que o mesmo foi feito com 60Hz. Os valores
obtidos estão expostos a seguir:

Tabela 2: Valores obtidos do ensaio com rotor bloqueado

Vbl (V) Ibl (A) FP

13,60 0,531 0,550
15,41 0,640 0,576
24,02 0,742 0,600
25,86 0,816 0,616
27,90 0,903 0,628
30,73 1,020 0,650
33,87 1,140 0,666
36,10 1,240 0,675
 Fazendo uso dos valores da tabela, podemos obter a potência a vazio e alguns parâmetros, como
exibido a seguir:

Fazendo uso desses parâmetros, podemos calcular os parâmetros do circuito equivalente da máquina
de indução. Utilizando as seguintes relações:

Ao se isolar X2 em função de Xm, X1 e Xbl, ficaremos com:

Substituindo Xm na equação anterior, obtém-se:

A máquina utilizada no ensaio é de classe B.Sabendo disso, podemos relacionar as reatâncias (X 1 e X2 ),

por:

De posse de todas essas equações e esses dados, os parâmetros encontrados são listados abaixo:
 Medição da resistência do enrolamento do estator:

A temperatura medida foi de T = 28°C.

3. Pessoal Envolvido

Tauana Priscila Cordeiro Cavalcanti

Thomaz Rhafael Guimarães de Melo

Heitor Farias de Barros

4. Comentários

Não possuo qualquer comentário acerca da prática.

5. Conclusões

A realização desta prática foi bastante útil para termos a oportunidade de praticar os conceitos
assimilados em aula. Outro ponto que merece destaque, é que com esses conhecimentos foi possível a
determinação dos parâmetros de uma máquina de indução.