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A eaqul/ofronla é caracterizada por dlsfunçôos variadas, simultâneas e de dlvorsos graus de intensidado A motivação, os
estados afetivos, ob procesBos cognitivos, o conteúdo do pensamento e a percepção se apresentam alterados Em
conseqüência dessas alteraçAes, o indivíduo p(xte perder o senso do identidade pessoal, e apreBontar dlflculdado em
estabelecer contato social Devido à variedade de seut sintomas, a esquizofrenia é um transtorno de natureza complexa e
de causas ainda controversas Oa modelos experimentais animais servem de Instrumento para estudar a neuropslcoblologla
da esquizofrenia. Sâo discutidos: (a) modelos baseados em manipulação do sistema nervoso central, como por exemplo
através de lesOes cerebrais, (b) modelos baseados na açâo de drogas e neurutransmissores. como por exemplo drogas
estimulantes, drogas alucinógenas, agonistas dopaminórgicos e agonistas serotonArgicos; e (c) modelos baseados em
manipulação de variáveis ambientais, como o de isolamento social, “resposta de esquiva condicionada - CAR", inibição pré-
pulso e Inibição Intonte. Desses, a maioria sAo modelos de simulação, que visam á mimetlzaçflo de um ou mais sintomas
como parte da slndrome completa
Palavraa-chava: esquizofrenia, modelos animais, modelos de simulação.
* Esta tabela baseia-se em Graeff, 1989; Ashton, 1992; Louzâ Neto, 1996.
1.2.3. Opióides
Os modelos animais relacionados com opióides tentam fazer um paralelo com a
esquizofrenia humana por simularem o sintoma catotônico da esquizofrenia. A catatonia
pode ser medida pelo comportamento de imobilidade, falta de reação e redução da atenção
produzido por drogas opiáceas endógenas (p.ex., betaendorfina) e exógenas (p.ex., morfina)
1.2.8Antagonistas de glutamato
O glutamato (GLU), importante neurotransmissor excitatório, ó encontrado em
várias regiões do cérebro, como córtex pró-frontal medial, parte rostral do corpo estriado,
núcleo accumbens (Lyon, 1991). A relação do GLU com a esquizofrenia parece ter ligação
com seu papel como neurotransmissor ou modulador em neurônios do hipocampo. Estudos
verificaram que alterações nos níveis de GLU em algumas regiões do cérebro, em especial
no hipocampo, são encontradas no cérebro de esquizofrênicos (Lyon, 1991 ). Antagonistas
desse neurotransmissor, como ester-dimetil-ácido-glutâmico (GDEE), produziram em
experimentos animais alterações comportamentais como aumento do catalepsia e
locomoção, que possuem semelhança com os sintomas da esquizofrenia. Dessa forma,
os modelos animais que utilizam antagonistas de GLU parecem reproduzir alterações
biológicas presentes nesse distúrbio psiquiátrico.
Concluindo, os modelos animais descritos acima, que utilizam ações de drogas e
neurotransmissores, são sem dúvida importantes instrumentos para a simulação da
esquizofrenia humana. Desses, os modelos relacionados com a dopamina (DA) constituem
os modelos animais mais completos na simulação dos principais sintomas desse transtorno,
uma vez que o sistema de neurotransmissão dopaminérgica parece funcionar em excesso
na esquizofrenia, como já foi dito. Sintomas do tipo alucinações, desordens motoras,
estereotipias da fala e ações, e alguns outros sintomas específicos dessa síndrome encontram
uma similaridade muito grande com sintomas produzidos por algumas drogas estimulantes
de ação dopaminérgica (Lyon, 1991; McKinneyeMoran, 1981). Além disso, alguns modelos,
como o de agonistas dopaminérgicos, são bastante utilizados em triagem industrial.
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S lM cm * Nervim» ('e n lm l
(SNC):
1.esiVs cerebrais Istereotipias, compt" 1) Si mu lav Ao
exploratório, posiura, ngresnio
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eleito de anlipsicótico,
* I'.sta tuhclu baseia-sc cm M c K in n cyc M oran.1981; Lyon, 1991 c Ahlenius 1991
Referências