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Comunidades
Saudáveis
Guia
dos Prefeitos
para Promover
Qualidade de Vida
Organização
Pan-Americana
da Saúde
Escritório Regional da Organização Mundial da Saúde
ISBN 92 75 72414 8
Agradecimentos
Um especial reconhecimento e apreço pelas pessoas que generosamente contribuíram para
a preparação desta publicação. O texto original desta publicação foi preparado por Cristiane
Paulin Simon, Karina Chierzi e Cláudia Maria Bógus, sob a supervisão de María Teresa
Cerqueira, Diretora da Divisão de Promoção e Proteção da Saúde (HPP) da OPAS/OMS.
Algumas avaliações foram realizadas durante os diferentes estágios do processo de elabora-
ção do material por prefeitos, autoridades sanitárias, comunicadores e educadores em
saúde do Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, República Dominicana, Equador,
México, Peru e Estados Unidos da América. Valiosos comentários e sugestões foram dados
por consultores e pontos focais de Promoção da Saúde em cada país da região e pela
representação da OPAS na fronteira EUA-México. Contribuições importantes foram dadas
pela Sede da OPAS em Washington, DC, especialmente pela equipe da Divisão de Promoção
e Proteção da Saúde e também pelas equipes das Divisões de Desenvolvimento de Sistemas
e Serviços de Saúde, Saúde e Desenvolvimento Humano, Saúde e Meio-Ambiente, Prevenção
e Controle de Doenças, bem como do Programa Expandido de Imunização e Programa de
Preparação de Emergência e Auxílio em Desastres.
Uma versão revisada deste material em espanhol e inglês foi testada por Marilyn Rice,
Coordenadora Regional em Comunicação em Saúde e ponto focal de Municípios e
Comunidades Saudáveis na Divisão de Promoção e Proteção da Saúde (HPP), no Chile com
prefeitos e outras autoridades locais e nacionais do Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica,
Equador, El Salvador, México e Estados Unidos. Uma versão em português foi testada por
Cláudia Maria Bógus e Rosilda Mendes no Brasil. Diversas revisões e edições foram realiza-
das pela equipe da OPAS, incluindo as seguintes pessoas: Cláudia Maria Bógus, Amina
Bouadis, Julieta Conrad, Claudia Conti, Alejandro De la Torre, Patrícia Owen, Aaron Rak,
Marilyn Rice, Gabriela Ruiz e Daniele Pompei Sacardo. Agradecimentos especiais à Unidade
de Tradução e à Divisão de Informação Pública da OPAS (DPI), especialmente à Bola
Oyeleye, pelo desenho e configuração deste Guia. Este Guia foi elaborado e produzido com
o generoso apoio da Fundação Kellogg.
Índice
Prefácio i
Introdução 1
Componentes do Guia 4
Guia dos Prefeitos e outras Autoridades Locais 5
Conceitos chaves relacionados à estratégia de
Municípios e Comunidades Saudáveis (MCS) 7
Qual é a importância deste material informativo sobre Municípios
e Comunidades Saudáveis para prefeitos e autoridades locais? 7
O que é a estratégia de Municípios e Comunidades Saudáveis? 8
O que entendemos como uma visão integral da saúde? 8
O que queremos dizer com Promoção da Saúde? 9
O que queremos dizer com participação comunitária? 10
O que queremos dizer com criação de alianças
estratégicas efetivas? 10
O que queremos dizer com políticas públicas saudáveis? 10
Por que a estratégia de MCS tem sido bem sucedida e
despertado interesse na Região das Américas? 11
Quais são os elementos essenciais para a implantação da
estratégia de Municípios e Comunidades Saudáveis? 11
Sustentabilidade: Como garantir a continuidade da iniciativa
de Municípios e Comunidades Saudáveis? 13
Estabelecendo Redes de Municípios e Comunidades Saudáveis 13
Por que a avaliação é importante? 14
Municípios e Comunidades Saudáveis: Recursos 16
Diretrizes para a Avaliação da estratégia de Municípios e
Comunidades Saudáveis(MCS) 19
Glossário dos termos utilizados neste Guia 29
Exemplos de boas práticas que estão sendo implementadas 33
Acordos, Declarações e Convenções Internacionais 41
Representações da OPAS/OMS nos países, Centros Colaboradores
e Redes Internacionais, Nacionais e Locais de Municípios e
Comunidades Saudáveis 59
Representações da OPAS/OMS 61
Centros Colaboradores da OMS 64
Redes Internacionais 64
Redes nacionais, estaduais e locais de comunidades, cidades
e municípios saudáveis 65
Prefácio
A
estratégia de Municípios e Comunidades Saudáveis (MCS) representa
a concretização de uma das abordagens locais mais efetivas da pro-
moção de saúde. Sob a ótica da saúde como qualidade de vida, as
ações da estratégia de MCS têm como enfoque estratégico os deter-
minantes da saúde mais do que as conseqüências em termos da doença. Em
resumo, o que se pretende é facilitar os mecanismos para que as pessoas pos-
sam melhorar suas condições de vida. A estratégia de MCS também enfoca a
união entre autoridades locais e membros da comunidade e o estabeleci-
mento e fortalecimento de parcerias.
ii
A
saúde é promovida com um padrão decente de viver, boas condições
de trabalho, educação, atividade física, descanso e recreação, escreveu
o médico e historiador Henry Sigerist em 1941. Ele também disse que
a saúde não era a ausência da doença, mas incluiu uma atitude posi-
tiva para a vida e uma aceitação das responsabilidades que a vida nos dá1 . A
criação de ambientes e entornos saudáveis, também conhecidos como abor-
dagens por entornos e localidades específicas, continua a ser a estratégia mais
usada de promoção da saúde. Uma maneira eficaz para criar um ambiente
saudável é utilizar a estratégia de Municípios e Comunidades Saudáveis (MCS).
Na região das Américas, especialmente na América Latina e Caribe, a estraté-
gia de MCS é a mais usada de todas as estratégias de promoção da saúde. A
promoção da saúde deve ser considerada tanto nas atividades de planejamen-
to como nas atividades de gestão. Em reconhecimento ao papel crítico da pro-
moção da saúde em um governo responsável, todos os países das Américas
assinaram a Declaração do México (Quinta Conferência Mundial de Promoção
da Saúde, 2000), que é um compromisso para implementar planos nacionais
de ação em promoção da saúde, em reconhecimento ao papel fundamental
que a promoção da saúde exerce em um bom governo.
1
O marco conceitual da cooperação técnica em promoção da saúde da OPAS e o
plano estratégico de ação2 estão baseados na Carta de Ottawa, resultado da
Primeira Conferência Internacional de Promoção da Saúde realizada em Ottawa
em1986. De acordo com a Carta de Ottawa, Promoção de Saúde "é o processo de
empowerment das populações para obter um melhor controle sobre sua saúde e
para melhorar os determinantes da saúde" e define a saúde como "um recurso
para a vida diária, um conceito positivo que enfatiza recursos pessoais e sociais,
bem como as capacidades físicas"3 . A Carta define também os pré-requisitos para
a saúde como a paz, a moradia, educação, alimentação, renda, um ecossistema
estável, recursos sustentáveis, a justiça social e a equidade. A Carta de Ottawa pro-
pões cinco ações estratégicas em promoção da saúde como: 1) o estabelecimen-
to de políticas públicas saudáveis, 2) criação de ambientes e entornos saudáveis,
3) empoderamento e ação comunitária, 4) desenvolvimento de habilidades pes-
soais e 5) reorientação dos serviços de saúde. A Carta tem sido criticamente revi-
sada e divulgada devido às subseqüentemente quatro conferências globais e duas
regionais de promoção da saúde4 .
Há uma história freqüentemente contada que descreve melhor o trabalho da pro-
moção da saúde 5. Um homem, suponhamos que era um prefeito, estava andando
1. Sigerist, HE. Medicine and Human Welfare. New Haven: Yale University Press, 1941.
2 OPAS. Health Promotion Planning for Action. Marco Regional aprovado pelo 43o Conselho
Diretivo, 2001.
3 Ottawa Charter for Health Promotion. First International Conference on Health Promotion,
Ottawa 1986.
4 Conferência Internacional de Promoção da Saúde (Adelaide 1988, Sundsvall 1991, Jakarta
1997,e Mexico 2000), Primeira Conferência de Promoção da Saúde do Caribe (Trinidad, 1993)
e Conferência Internacional de Promoção da Saúde (Colombia, 1992).
5 Adaptada e recontada por J. Ashton, 3o Encontro Regional de MCS, Medellin, Colombia 1999.
Colombia, 1999.
E
ste Guia tem a intenção de fortalecer a implementação de atividades de pro-
moção da saúde no nível local, colocando a promoção da saúde na agen-
da política de prefeitos e outras autoridades locais. Um componente vital
deste material é construir e fortalecer alianças intersetoriais para melhorar
as condições sociais e de vida nos lugares onde as pessoas vivem. Ao disseminar e
advogar pela implementação da estratégia de Municípios e Comunidades
Saudáveis(MCS), é esperado que esforços sejam feitos para estabelecer e assegu-
rar políticas públicas saudáveis, manutenção de meio-ambiente e espaços saudá- 7
veis e a promoção de estilos de vida saudáveis. Este Guia é destinado a Prefeitos e
outros tomadores de decisão e deve servir como estrutura e paradigma de concei-
tos chaves, elementos e fases para o estabelecimento de um Município ou
Comunidade Saudável. Estes fundamentos podem ser aplicados podem ser aplica-
dos em programas específicos descritos nas Fichas Temáticas, as quais contém a
descrição de tópicos e programas onde a OPAS pode oferecer apoio técnico. Além
disso, estas Fichas Temáticas podem ser atualizadas regularmente e acessadas atra-
vés do endereço eletrônico (website) de Municípios e Comunidades Saudáveis.
6. OPS/OMS Municipios Saludables. Serie Comunicación para la Salud No.11, Washington DC,
1997.
7. Convenção Internacional em Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (Artigo 12) e no Protocolo
Adicional da Convenção Interamericana de Direitos Humanos (Protocolo de San Salvador
(Artigo 10). Veja Seção de Acordos, Declarações e Convenções Intetrnacionais”.
Colômbia
Costa Rica
Cuba
República Dominicana
El Salvador
México
Venezuela
17. Walt G. Health Policy: An Introduction to Process and Power. Johannesburg: Witwatersrand
University Press, 1994.
18 Rootman I, Goodstadt M, Potvin L, Springett J. Hacia un Marco de Referencia Conceptual
para la Evaluación de la Promoción de la Salud. Copenhagen: OMS, Oficina Regional de
Europa, 1997.
17
Bibliografia:
Ashton J. Healthy Cities Buckingham, UK: Open University Press, 1993.
(também disponível em Espanhol Las Ciudades Sanas, Barcelona, España. Masson
S.A.,1993).
Emakunde/Basque Women’s Institute. Guía metodológica para integrar la
perspectiva de género en proyectos y programas de desarrollo. Vitoria-Gasteiz:
Basque Women's Institute & Secretariat of Exterior Action, Office of Cooperation and
Development, 1998. (www.emakunde.es).
Flynn B. Healthy Cities: Toward Worldwide Health Promotion. Annual Review
of Public Health 1996; 17:299-309.
Flynn B. Healthy Cities: A Model of Community Change. Family Community Health
1992; 15(1):13-23.
Flynn B, Ray DW, Rider MS. Empowering Communities: Action Research through
Healthy Cities. Health Education Quarterly 1994; Vol.21(3): 395-405.
Goumans M. Innovations in a fuzzy domain: Healthy Cities and health policy deve-
lopment in the Netherlands and the United Kingdom. Tese de Doutorado apresenta-
da à Universidade de Maastricht, Faculdade de Ciências da Saúde, 1997..
Granados J. Municipios Saludables- Como? Municipios Saludables 1997; 1: 33-35.
Owen P, Cerqueira MT. The Healthy Municipalities Movement: A settings approach
and strategy for health promotion in Latin America and the Caribbean. Washington,
DC: OPAS, 2001 (no prelo).
Paganini JM. El Desarrollo Municipal: Una Estrategia para la Equidad en Salud.
I Congreso de Secretarios Municipales de Salud de las Américas. Fortaleza, Brasil, 10-
12 Outubro, 1995. Washington, DC:OPAS
OPAS. Promoting Health in the Americas. Annual Report of the Director – 2001.
Washington, DC: 2001. (Documento Ofcial No. 302, disponível em Inglês e Espanhol).
19. Taller de Evaluación de Municipios Saludables- Informe Final Washington, DC. PAHO HPP,
1999.
Avaliar Resultados
Resultados em promoção da saúde são de natureza dinâmica e diversa. Ao medir
estes resultados deve-se levar em conta informações das seguintes áreas23:
20. OPS/OMS. Taller de Evaluación de Municipios Saludables. Antigua, Guatemala-Informe final,
Washington, DC. OPS, HPP 2001.
21 OPS/OMS.Reunión del Grupo Central de Evaluación –Informe Final. Washington, DC. OPS/HPP,
2002.
22 Triangualação requer uma combinação de metodologias no estudo do mesmo programa. Isto significa
usar diversos tipos de métodos ou dados, inclusive usando as duas abordagens qualitativa e quantitativa.
23. OMS. Diretrizes para elaboração de planos nacionais de ação para Promoção da Saúde. V
Conferência Internacional de Promoção da Saúde, México (2000).
28
29
30. Wallerstein N. Powerlessness, Empowerment, and Health: Implications for Health Promotion
Programs. American Journal of Health Promotion 1992; Jan-Feb, (6)3:197-205.
31. OMS, Health Promotion Glossary. OMS/HPR/HEP98.01, Genebra: WHO, 1998.
32. PAHO’s Women, Health and Development Internet-
(http://www.paho.org/English/HDP/HDW/gensalud_about.htm).
33. Adaptada por Gender and Health – A Technical Paper
(http://www.who.int/frh-whd/GandH/GHreport/gendertech.htm).
33
Brasil
Município Chopinzinho34
Chopinzinho é um município localizado na região sudoeste do Estado do
Paraná, com população de 20.740 habitantes, sendo 62% na zona rural e 38%
na urbana e uma economia predominantemente agropecuária. A partir de
1993, iniciou-se um processo de desenvolvimento municipal através do Plano
de Desenvolvimento Rural (PDR) que tinha como metas iniciais a recuperação
do solo e o incentivo ao uso de novas técnicas, a fim de reverter seus baixos
índices de produtividade agrícola. A partir destas ações, Chopinzinho inicia
também seu Projeto de Município Saudável, ampliando suas metas para os 35
diferentes setores (educação, habitação, saúde, entre outros).
Através do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural composto por dife-
rentes representações - governamentais e não governamentais - representantes
de diferentes setores da sociedade civil desempenham ações dirigidas ao pla-
nejamento, execução e aprovação das políticas agrícolas para o município.
Este plano está sustentado em um processo organizacional, através do asso-
ciativismo com divisão de trabalho e parcerias estratégicas entre os produto-
res e a administração municipal, e através da implementação de políticas
públicas intersetoriais. A ação intersetorial associada com a forte participação
comunitária possibilitou a ampliação do alcance deste Conselho, além das
questões rurais. Com isso, Chopinzinho melhorou as estradas rurais, organi-
zou uma cooperativa habitacional para promover projeto de desfavelamento;
elevou o nível de ensino agrupando escolas, garantindo o acesso para todas as
crianças na área rural, disponibilizando o transporte escolar e adotando novas
técnicas pedagógicas (educação alternativa). Instalou creches rurais, reduziu
queimadas e garantiu a preservação das matas nas beiras dos rios.
Foi criada a Estação do Ofício para crianças e adolescentes com atividades
coletivas de esportes e profissionalizantes. Também, instituiu programas de
prevenção de diabetes, controle da hipertensão arterial (junto ao Clube da
Terceira Idade), combate à mortalidade infantil e planejamento familiar (nas
unidades de saúde e junto ao Clube de Mães). Instituiu-se um programa de
acompanhamento de portadores de doença mental nas unidades de saúde e
nos domicílios, garantindo o uso regular dos medicamentos e a redução das
internações.
34. “Projeto de Promoção da Saúde/Secretaria de Políticas de Saúde. Ministério da Saúde. Em
Chopinzinho, a melhora da qualidade de vida começou no campo. Revista Promoção da Saúde “
1999; Brasília, 1 (2): 27-30.
Costa Rica
37
Cantão de San Carlos
É o município mais povoado da Costa Rica (122.888 habitantes) e está situa-
do ao norte do país. Em 1993 iniciou formalmente seu projeto de “Cantón
Ecológico y saludable", aproveitando a larga história que tinha esta região de
enfrentar e resolver seus problemas através da organização e mobilização
comunitária. Cantão de San Carlos começou suas atividades reunindo aproxi-
madamente 100 representantes de diversos setores (econômicos, sociais,
saúde, educação, previdência social, transportes, meios de comunicação,
associações juvenis e de terceira idade) interessados em transformar o muni-
cípio em um modelo de promoção da saúde. A partir da identificação das
necessidades priorizadas pelos distintos participantes, deu-se maior impor-
tância a proteção do meio-ambiente e estilos de vida saudáveis.
Patrocinado por 10% do imposto florestal, lançou-se o projeto “Unidos por
una ciudad limpia” no distrito de Quesada, que é um dos onze distritos que
38 formam o cantão, estimulando a participação ativa dos cidadãos na promo-
ção de projetos para o melhoramento dos ambientes. Todos os meios de
comunicação social da zona norte foram utilizados através de uma campa-
nha informativa realizada em rádios, em centros educativos, associações de
desenvolvimento comunitário e instituições locais.
Como parte da campanha, realizou-se um concurso de desenho e pintura,
denominado “Um ambiente saudável produz saúde” no qual participaram
236 crianças de vários centros educativos. Também, foi organizado uma com-
petição familiar com o tema “Semeie uma árvore pela vida”, atividade em que
participaram 105 famílias de San Carlos e realizou-se a “Feira de Saúde
Intersetorial” com o tema “Protejamos nosso ambiente”, em que participa-
ram 27 instituições.
Nas instituições, recicla-se papel, vidro e latas de alumínio na área urbana do
distrito de Quesada; também são fornecidas à população em geral, informa-
ções (folhetos) sobre os centros de coleta de materiais para reciclagem,
reduzindo a quantidade de lixo que era depositada no aterro sanitário ou em
locais inadequados, aumentando assim a vida útil do aterro e diminuindo o
perigo de contaminação ambiental.
Excelentes resultados foram alcançados na limpeza e na imagem da cidade,
assim como uma crescente conscientização dos habitantes, das organizações
e empresas comerciais em relação às vantagens de trabalhar por um distrito
saudável. Essa consciência traduziu-se na participação mais ativa e responsá-
vel da comunidade para alcançar os objetivos propostos de diminuição do
lixo nos lugares identificados como problemáticos e de maior cobertura na
educação ambiental através da difusão por meios de comunicação e da insta-
lação de recipientes de lixo nas ruas.
37. Ministerio de Salud. OPS/OMS. Premio Cantones Saludables de Costa Rica- Directorio de
Proyectos. San José, Costa Rica, OPS 1997.
México
Rede Mexicana de Municípios pela Saúde e
38, 39
as Redes Estaduais de Municípios Saudáveis
No México, o Programa de Municípios Saudáveis faz parte de um conjunto de
estratégias de Promoção da Saúde Municipal, que se enriqueceu e fortaleceu-se
com a criação da Rede Mexicana de Municípios pela Saúde.
41
Declaração de Guatemala
NÓS, Representantes e Delegados de Municípios, Associações Municipais,
Institutos de Fomento Municipal, Institutos de Investigações em Saúde e con-
vidados do país irmão México, no contexto da “Primeira Reunião Centro
Americana de Municípios e Comunidades Saudáveis”, realizada na cidade de
Antígua, Guatemala, de 28 a 31 de outubro de 1996, formulamos a seguinte
DECLARAÇÃO, dirigida a incentivar e fortalecer a implementação da estratégia
de Municípios Saudáveis na América Central.
CONSIDERANDO
Primeiro: O processo de integração subregional e de reforma e modernização
51
das sociedades de Centro América, em curso,
Segundo: O crescente protagonismo dos governos locais da subregião a favor
da promoção e proteção da vida e do bem-estar de seus cidadãos;
Terceiro: A existência de experiências exitosas de municípios saudáveis nos
países da América Central, conhecidas por nós no transcurso da
reunião;
Quarto: A experiência adquirida pelo país irmão México na implementação
da estratégia de Municípios Saudáveis, incluindo a organização de
redes ao nível nacional e estadual, que consideramos benéfica
como referência para a experiência da América Central.
DECLARAMOS:
Primeiro: Que reconhecemos na estratégia de Municípios Saudáveis uma via
para colocar a vida e o bem-estar dos cidadãos no centro do desen-
volvimento municipal;
Segundo: Que sua implementação na América Central contribui para o desen-
volvimento humano local, incentivar a implementação da equidade e
o exercício responsável da cidadania no entorno municipal;
Terceiro: Que entendemos a saúde como um produto social que advém da
ação integrada dos governos locais, personalidades e líderes de
diferentes índoles, organismos não-governamentais e outras instân-
cias da sociedade civil, assim como da colaboração da comunidade
doadora internacional;
Quarto: Que é necessário que os países da América Central preparem planos
de ação para a implementação desta iniciativa, que contem com a
Paraguai
Edificio "Faro del Río"
Mcal. López 957 Esq. Estados Unidos
Asunción, Paraguay
Casilla de Correo 839
Tel: 595-21-450-495
Fax: 595-21-450-498 63
Perú
Los Cedros 269, San Isidro
Lima 27, Perú
Casilla 2117
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