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Visando abordar a maioria dos assuntos relativos ao conteúdo, para isto vamos fazer
uma introdução e depois descrever cada parte do assunto indo da teoria do desenho
projetivo utilizado pelo desenho técnico até tolerância e ajustes.
Esse método, que passou a ser conhecido como método mongeano, é usado na geometria
descritiva. E os princípios da geometria descritiva constituem a base do desenho técnico. Veja:
SE QUISER FALAR DAS FIGURAS GEOMETRICAS ELEMENTARES,
FALAR DE PONTO (não tem dimensão nem comprimento) RETA SEGMENTO DE RETA PLANO
figuras planas (circulo quadrado triangulo etc sólidos geométricos (prisma cubo esfera, prisma)
o que é aresta, vértice sólidos de revolução
Um objeto colocado em qualquer diedro terá as suas projeções horizontal e vertical (Figura
xx). Como o objetivo é visualizar o objeto num só plano, o desenho é denominado “épura”, ou
planificação do diedro, que consiste na rotação do plano horizontal, de modo que a parte
anterior do pi’ coincida com a parte inferior de pi”, enquanto o plano vertical permanece
imóvel (figura xxx). A linha determinada pelo encontro dos dois planos é chamada de Linha de
Terra (LT).
4.1 Diedros
Atualmente, a maioria dos países que utilizam o método de representação por diedros adotam
a projeção ortogonal no 1º diedro. No Brasil, a ABNT recomenda a representação no 1º diedro.
Entretanto, alguns países, como por exemplo os Estados Unidos e o Canadá, representam seus
desenhos técnicos no 3º diedro.
Esses símbolos aparecem no canto inferior direito da folha de papel dos desenhos técnicos,
dentro da Legenda.
Em Desenho Técnico não se representam nem a linha de terra nem o traço do plano de
perfil. Porém, devem ser obedecidas as regras de posicionamento relativo das vistas,
decorrentes da teoria de dupla projeção ortogonal e do rebatimento dos planos de referência.
Para obter as vistas de um objeto, inicialmente, são comparadas as dimensões de largura, altura
e profundidade, para a escolha da posição vertical ou horizontal do papel. Efetua-se então a
representação das vistas necessárias do objeto, de acordo com suas dimensões (Figura 4.9).
PERSPECTIVAS
Quando olhamos para um objeto, temos a sensação de profundidade e relevo. As
partes que estão mais próximas de nós parecem maiores e as partes mais
distantes aparentam ser menores.
A fotografia mostra um objeto do mesmo modo como ele é visto pelo olho humano,
pois transmite a idéia de três dimensões: comprimento, largura e altura.
O desenho, para transmitir essa mesma idéia, precisa recorrer a um modo especial
de representação gráfica: a perspectiva. Ela representa graficamente as três
dimensões de um objeto em um único plano, de maneira a transmitir a idéia de
profundidade e relevo.
Existem diferentes tipos de perspectiva. Veja como fica a representação de um cubo em
três tipos diferentes de perspectiva:
VISTAS AUXILIARES
A Figura abaixo mostra as três vistas principais de um objeto com superfície
inclinada, pode-se observar que em nenhuma das três vistas aparece em verdadeira
grandeza a parte inclinada do objeto.
VISTAS EM CORTE
Corte significa divisão, separação. Em desenho técnico, o corte de uma
peça é sempre imaginário. Ele permite ver as partes internas da peça. 1)
Imaginar a peça cortada por um ou mais planos, sendo suprimida uma das partes.
2)Fazer a projeção da parte remanescente, adotando as regras gerais de disposição
das vistas. Finalmente, executar as hachuras sobre as superfícies das partes da peça
interceptadas pelo plano de corte.
4.1. HACHURA
Tipos de Cortes
Corte pleno ou total: O objeto é cortado em toda a sua extensão. Normalmente o plano passa
pelo eixo principal (Figura 86a).
Corte parcial: Representado sobre parte de uma vista, para mostrar algum detalhe interno da
peça (Figura 87b).
Seção
Distinguem-se dos cortes por representarem somente a interseção do plano secante com a
ESCALA
A escala é uma forma de representação que mantém as proporções das medidas
lineares do objeto representado. ou é uma relação que se estabelece entre as dimensões de
um objeto em verdadeira grandeza e aquelas que ele possui em um desenho.
Deve-se sempre que possível, procurar fazer o desenho nas medidas reais da peça, para
transmitir uma ideia melhor de sua grandeza, mais as vezes isso não é possível. Para
componentes que são demasiadamente pequenos, precisamos fazer ampliações que permitam
a representação de todos os detalhes conforme norma. No caso inverso, isto é, para peças de
grande tamanho, o desenho deve ter proporções menores, sendo possível assim a sua execução
dentro dos formatos padronizados, na figura abaixo temos exemplos de escala natural, de
ampliação e redução em um mesmo objeto:
Indicações de tolerância
As tolerâncias podem ser representadas por afastamentos ou pela norma ISO adotada pela
ABNT.
Por afastamento Pela norma ISO
300+0025
,
30H7
O sistema de tolerância ISO adotado pela ABNT, conhecido como sistema internacional de
tolerância, consiste numa série de princípios, regras e tabelas que permitem a escolha racional
de tolerâncias na produção de peças. A unidade de medida para tolerância ISO é o micrômetro
(µm = 0,001mm).
A tolerância ISO é representada normalmente por uma letra e um numeral colocados à direita
da cota. A letra indica a posição do campo de tolerância e o numeral, a qualidade de trabalho.
Campo de tolerância
É o conjunto dos valores compreendidos entre as dimensões máxima e mínima. O sistema ISO
prevê 28 campos representados por letras, sendo as maiúsculas para furos e as minúsculas
para eixos:
Furos
A, B, C, CD, D, E, EF, F, FG, G, H, J, JS, K, M, N, P, R, S, T, U,
V, X, Y, Z, ZA, ZB, ZC
Eixos
a, b, c, cd, d, e, ef, f, fg, g, h, j, js, k, m, n, p, r, s, t, u, v, x, y, z, za, zb, zc
QUALIDADE DE TRABALHO
A qualidade de trabalho (grau de tolerância e acabamento das peças) varia de acordo com a
função que as peças desempenham nos conjuntos.
O sistema ISO estabelece dezoito qualidades de trabalho, que podem ser adaptadas a qualquer
tipo de produção mecânica.
Essas qualidades são designadas por IT 01, IT 0, IT 1, IT 2... IT 1.6 (I - ISO e T = tolerância).
AJUSTES
O ajuste é a condição ideal para fixação ou funcionamento entre peças executadas dentro de
um limite. São determinados de acordo com a posição do campo de tolerância.
A origem dos termos furo e eixo provém da importância que as peças cilíndricas têm nas
construções mecânicas. Na prática, porém, os termos furo e eixo são entendidos como
medida interna e medida externa, respectivamente.
Para estabelecer a tolerância, usa-se a tabela a seguir:
AJUSTES RECOMENDAÇÕES
TIPO EXEMPLO EXEMPLO
DE DE DE
AJUSTE AJUSTE APLICAÇÃO
Peças cujos
funcionamentos
H6 e7 H7 e7 H8 e9 H11 a11 necessitam de folga por
LIVRE H7 e8 força de dilatação, mau
Montagem à mão, com
alinhamento, etc.
facilidade.
Peças que giram ou
deslizam com boa
lubrificação.
H6 f6 H7 f7 H8 f8 H10 d10
Ex.: eixos, mancais, etc.
ROTATIVO Montagem à mão H11 d11
podendo girar sem
esforço.
Peças que deslizam ou
giram com grande
precisão.
H6 g5 H7 g6 H8 g8 H10 h10
Ex.: anéis de rolamentos,
DESLIZANTE Montagem à mão com H8 h 8 H11 h11 corrediças, etc.
leve pressão.
Encaixes fixos de
precisão, órgãos
DESLIZANTE lubrificados deslocáveis à
H6 h 5 H7 h6
Montagem à mão, mão. Ex.: punções, guias,
JUSTO porém, necessitando de etc.
algum esforço.
Órgãos que necessitam
ADERENTE de freqüentes
H 6 j5 H 7 j6 desmontagens. Ex.:
FORÇADO polias, engrenagens,
Montagem com auxílio rolamentos, etc.
LEVE de martelo.
Órgão possíveis de
montagens e
FORÇADO H6 m5 H7 m6 desmontagens sem
deformação das peças.
DURO Montagem com auxílio
de martelo pesado.
À Peças impossíveis de
serem desmontadas sem
PRESSÃO deformação. Ex.: buchas
H6 p 5 H7 p6
à pressão, etc.
COM Montagem com auxílio
de balancim ou por
ESFORÇO dilatação
Peças em geral.
As tolerâncias estão relacionadas à dimensão total dos elementos, a não ser no caso de
exceções, indicadas no desenho (por exemplo: 0,02/100 significa que a tolerância de 0,02mm
é aplicada numa extensão de 100mm de comprimento, medida em posição conveniente no
elemento controlado). Se a indicação ou o triângulo de referência devem ser colocados sobre
a linha de cota.
Caso a identificação esteja relacionada como uma superfície ou linha de contorno, a seta de
identificação ou o triângulo de referência não devem ser colocados sobre a linha de cota.