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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE GOLEGÃ AZINHAGA E POMBALINHO

O Terrorismo

Rafael Belmonte Thó Gonçalves


(rafael.belmonte.goncalves@hotmail.com)

Filosofia – 10º Ano – Professora Ana Bela Marques

22 Maio 2018

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ÍNDICE

1. Introdução 03

2. Desenvolvimento 04

3. Conclusão 06

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Introdução

Este trabalho, no âmbito da disciplina de Filosofia, tem como objetivo dar a conhecer, através
de uma pequena visão histórica, as origens do terrorismo e suas consequências. Após o fim da
Guerra Fria[1], pensava-se estar a entrar numa nova época de estabilidade no mundo, uma paz
americana. No entanto, em 11 de setembro de 2001, uma série de ataques coordenados,
levados acabo na nação mais poderosa do mundo (Estados Unidos), originou a morte de mais
de 3000 pessoas.

O mundo assistia, assim, pela primeira vez desde a II Guerra, o estado americano a sofrer um
ataque no seu território, e o responsável não era uma nação tecnológica com grande poder
militar, mas sim, um grupo de terroristas. A partir de então, nações e organismos
internacionais prepararam-se para combater o fenómeno terrorista do século XXI, mas
encontrariam o primeiro bloqueio às suas pretensões: o terrorismo.

Admitindo que se possa tipificar terrorismo, pura e simplesmente, como a ação violenta e
coerciva com intuito político, possibilitando, assim, ao direito penal regulá-lo e combatê-lo.
Vem à tona, então, a segunda questão: como combatê-lo?

Percebendo que a realidade mudou (já não estaríamos tão seguros quanto antes), os países
criaram medidas para a o aumento da segurança. Desta maneira, surge o dilema de que ao
diminuir a liberdade dos seus cidadãos, estes estariam naturalmente mais seguros, existindo
uma espécie de equilíbrio entre a segurança e a liberdade.

Surge assim, a terceira questão: se existe esta contradição entre segurança e liberdade, e,
mesmo que a haja caberia ao estado lidar com as garantias do individuo de forma utilitarista?

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Desenvolvimento

A atividade terrorista prejudica as relações entre os países. A quem serve? A atividade


terrorista é utilizada por uma grande gama de instituições, organizações políticas, grupos
separatistas e até por governos no poder, como forma de alcançar os seus objetivos através do
terror. Ora, podemos dizer que o terror e o terrorismo estão interligados: o terrorismo é a
ação de agir e o terror é a consequência dessa ação.

O terrorismo serve falsos valores, pois, em nome de uma virtude e de um ideal, cometem-se
injustiças que levam à morte, ao sofrimento e ao desespero. Portanto, no nosso entender, o
terrorismo serve para intimidar a população ou obrigar um governo ou uma organização
internacional a fazer ou a deixar de fazer qualquer ato. Eticamente considera-se, segundo a
nossa visão um ato incorreto.

Nem todas as ações terroristas têm as mesmas motivações. Por exemplo, a Euskadi Ta
Askatasuna[2] considerada de tipo marxista nacionalista e revolucionária, a sua motivação,
fundamentada num ideal, era alcançar a independência do País Basco relativamente ao estado
Espanhol. Há outros grupos de terrorismo em que as suas motivações são diversas deste. O
grupo em questão é de natureza política, mas outros, para além da questão política, são
movidos por objetivos religiosos, económicos e ideológicos.

Entendamos motivações politicas tudo o que cria descrédito da própria política e dos políticos,
no meio de vastas camadas da população, especialmente as mais jovens. Com um discurso
enfadonho e repetitivo, mas deixando aos militantes tarefas menores, sem resultados práticos
visíveis. Política e políticos podem fazer nascer, nos jovens mais agressivos ou fanáticos, o
desejo de entrarem em organizações que ofereçam o atrativo da ação imediata, como é o caso
das organizações terroristas. Em parte, isto explicará a razão de serem jovens a maioria dos
terroristas que atacam os Estados democráticos.

Os graves conflitos existentes no centro das grandes sociedades modernas são exemplos de
problemas geradores dessas tensões: o desemprego em grande número; prolongamento do
ensino, mas sem que este dê preparação ou garantias para a vida prática; as dificuldades para
conseguir o primeiro emprego; as injustiças que geram ódios, entre outros. No entanto, não
podemos acreditar que estas tensões sejam a causa única do terrorismo, pois isso seria fazer o
jogo das organizações terroristas.

O entusiamo por um ideal, leva à exaltação livre da violência como substituto da política,
deixando correr sem contestação séria as justificações leninistas, sartreanas ou marxistas, da
violência. É uma causa ideológica exagerada pela propaganda, feita involuntariamente por
alguns meios da comunicação social, em especial os audiovisuais. À exaltação da violência vem
juntar-se a sedução exercida pelos comportamentos extremistas, próprias de um período de
minorias que se vive nas sociedades democráticas.

Não devemos esquecer a existência de legislações extremamente permissivas que toleram a


subsistência destas organizações e que contribuem para o adormecimento de certos instintos
morais, debilitando consciências, que, por isso, aderirão quase naturalmente à prática da
violência.

Também é de salientar a motivação social, dado que não se pode deixar de referir a
desumanização da vida nas sociedades modernas, especialmente nas grandes cidades. Este

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enunciado das possíveis causas do terrorismo ilustra o paradoxo de serem as sociedades
democráticas as mais afetadas.

Para as organizações terroristas, trata-se do aproveitamento da liberdade e da tolerância,


reinantes naquelas sociedades, para deflagrar e prosseguir a ação violenta, precisamente,
quando pareceria mais natural e lógico recorrer à contestação pacífica de possíveis injustiças.

Assim, é no seio das sociedades democráticas que o terrorismo se revela um empreendimento


mais repulsivo, já que há fortíssimas probabilidades de que as vítimas das ações sejam
inocentes; e desta forma chocar o mundo. Neste contexto, constatamos que o terrorismo é
fruto de várias componentes, não podendo dar maior importância a uma destas motivações,
pois, elas estão interligadas.

O grande problema do terrorismo é lidarmos com um inimigo sem rosto. O mesmo não
acontecendo com uma guerra tradicional, em que há um código ético, impondo-se regras. Por
exemplo, o terrorismo indiscriminado em que as ações se destinam a provocar danos a um
agente indefinido ou irrelevante, tendo como objetivo provocar insegurança, pois estas ações
jogam com o fator surpresa, é o caso dos “lobos solitários”[3].

Por outro lado, o terrorismo seletivo, pretende atingir diretamente um indivíduo e as suas
ações são centradas na chantagem, vingança ou até eliminação de um obstáculo. Já o
terrorismo de estado consiste num regime de violência instaurado por um governo, em que o
grupo político que detém o poder se utiliza do terror como instrumento de governabilidade[4].

Quanto ao terrorismo comunal é caracterizado por manifestações e atentados desordenados


em que a população residente ou a autoridade intervêm diretamente com outras autoridades,
muitas vezes minorias étnicas ou religiosas.

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Conclusão

Podemos concluir que o terrorismo não se poderá combater de uma forma aberta e através de
uma guerra tradicional. Os conflitos e os confrontos, na maioria das vezes, não levam a nada
construtivo; pelo contrário, geram-se mais conflitos.

Mas, há quem defenda a guerra como solução para o problema em questão como George W.
Bush. O antigo presidente norte-americano George W. Bush criou, após o 11 de Setembro a
“Doutrina Bush”, um documento que apresentava estratégias político-militares a ser adotadas
em nome da defesa nacional frente às ameaças terroristas.

Contrariamente a Gorge W. Bush, Robert A. Pape, cientista e político da Universidade de


Chicago, argumenta que os ataques suicidas não são impulsionados por fanatismos religiosos,
mas sim com o intuito de retirar as forças militares ocidentais dos territórios dos terroristas.

Este considera que as ofensivas militares e as concessões raramente funcionam isoladamente.


Por exemplo, uma ação militar que resulte na morte de líderes terroristas apenas cessa os
ataques de uma forma temporária. E as concessões somente funcionam se satisfizerem
substancialmente as aspirações nacionalistas dos terroristas.

“O melhor meio de os Estados Unidos combaterem o terrorismo é deixarem de ser um dos


principais terroristas do mundo”. (–Noam Chomsky)

Podemos intuir que Noam Chomsky vê a guerra como um meio para alcançar interesses
instalados.

Em resumo: o terror é nada mais nada menos que uma justiça imediata, severa, inflexível; ele
é, portanto, uma emanação da virtude. É uma consequência do princípio geral da democracia
aplicado às mais prementes necessidades dos estados totalitários.

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