Vous êtes sur la page 1sur 168

ADIANTAMENTOS A EMPREGADOS PAGAMENTO DE RECIBO DE FÉRIAS AO

FUNCIONÁRIO
A conta "Adiantamento a Empregados", de natureza
devedora, é debitada quando a empresa efetua as seguintes A forma mais simples de se fazer a contabilização do
operações: recibo de férias consiste em considerar o valor pago a esse
título como adiantamento.
1. paga adiantamento mensal ao empregado;
2. paga recibo de férias ao empregado; A apropriação do valor das férias nas respectiva conta de
3. paga despesas relativas a vale-farmácia, vale- custo ou de despesas operacionais é feita com base na
supermercado etc. folha de pagamento.

Por sua vez, referida conta é creditada quando as As férias incorridas no mês de setembro, por exemplo,
operações referidas são compensadas na folha de deverá ser apropriada na folha de pagamento do referido
pagamento mensal. mês. O restante das férias do mês de outubro deverá ser
apropriado na folha de pagamento desse mês,
PAGAMENTO DE ADIANTAMENTO MENSAL A permanecendo, portanto, em conta específica do ativo
EMPREGADOS circulante como adiantamento.

A maioria das empresas, por força de Convenção Coletiva Exemplo:


de Trabalho, estão obrigadas a pagar, mensalmente, a seus
empregados adiantamento salarial correspondente a um Período de Gozo das Férias: 16/09 a 15/10/2003
percentual sobre o salário nominal. Valor bruto das férias R$ 1.000,00
INSS Retido R$ 110,00
Exemplo: Valor líquido das férias R$ 890,00

Determinada empresa efetuou adiantamento salarial no Registro contábil no pagamento das férias:
montante de R$ 15.000,00.
1. Valor do pagamento líquido efetuado:
Com base nos dados do exemplo, o registro contábil
poderá ser efetuado da seguinte maneira: D – Adiantamento de Férias (Ativo Circulante)
C – Banco Bradesco S.A (Ativo Circulante)
D – Adiantamento Salarial (Ativo Circulante) R$ 890,00
C – Banco Bradesco S.A (Ativo Circulante)
R$ 15.000,00 2. Valor da retenção do INSS:

O histórico poderá ser feito do seguinte modo: D – Adiantamento de Férias (Ativo Circulante)
C – INSS a Recolher (Passivo Circulante)
a) conta devedora - Valor adiantamento salarial n/mês R$ 110,00
conforme relação nominal;
b) conta credora - Valor aviso de débito referente O valor das férias, apropriado na folha de pagamento de
adiantamento salarial conforme relação nominal. setembro/2003, corresponde a:

Por ocasião da compensação do adiantamento salarial na Férias (15 dias) R$ 500,00


respectiva folha de pagamento do mês, o lançamento INSS proporcional R$ 55,00
contábil poderá ser feito da seguinte forma: Valor líquido proporcional: R$ 445,00

D – Salários a Pagar (Passivo Circulante) Encargos previdenciários correspondente a parte da


C – Adiantamento Salarial (Ativo Circulante) empresa, relativos ao mês:
R$ 15.000,00
a) parte da empresa:
O histórico poderá ser feito do seguinte modo: R$ 500,00 x 20,00% = R$ 100,00

a) conta devedora - Valor relativo compensação b) seguro acidente do trabalho:


adiantamento salarial n;/mês; R$ 500,00 x 3,00% = R$ 15,00
b) conta credora - Valor relativo adiantamento salarial
n/mês, ora compensado. c) terceiros:
R$ 500,00 x 5,8% = R$ 29,00
Total dos encargos previdenciários/INSS = R$ 144,00 Circulante)
R$ 8.000,00
FGTS: R$ 42,50
D – Adiantamentos - Vale-Farmácia (Ativo Circulante)
Registro contábil da folha de pagamento correspondente às C – Contas a Pagar – Farmácia YZ (Passivo Circulante)
férias e respectivos encargos sociais: R$ 1.000,00

1. Registro do valor das férias proporcionais, no mês: Por ocasião do desconto na folha de pagamento dos
respectivos valores:
D – Férias (Conta de Resultado)
C – Adiantamento de Férias (Ativo Circulante) D – Salários a Pagar (Passivo Circulante) R$ 9.000,00
R$ 500,00 C – Adiantamentos – Vale Supermercado (Ativo
Circulante) R$ 8.000,00
2. Registro dos valores dos encargos sociais no mês: C – Adiantamentos - Vale-Farmácia (Ativo Circulante) R$
1.000,00
D – INSS (Conta de Resultado)
C – INSS a Recolher (Passivo Circulante)
R$ 144,00 ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES

D – FGTS (Conta de Resultado) Os adiantamentos a fornecedores ocorrem na aquisição de


C – FGTS a Recolher (Passivo Circulante) matérias-primas, mercadorias, imobilizado, serviços, etc.
R$ 42,50
Quando o adiantamento se referir a matérias-primas,
Nota: caso a empresa constitua mensalmente provisão de materiais de embalagens, mercadorias, insumos, materiais
férias, o débito do valor respectivo e encargos será de uso e consumo e serviços relativos à industrialização, o
debitado nesta conta. valor correspondente deverá ser classificado em conta
específica de "estoque" no grupo Ativo Circulante.
No mês de outubro será adotado o mesmo procedimento
Por sua vez, quando o adiantamento for feito para
contábil relativo ao mês de setembro.
aquisição de bens fixos, o valor correspondente será
classificado no subgrupo Imobilizado do Ativo
PAGAMENTO DE DESPESAS RELATIVAS A VALE- Permanente.
FARMÁCIA, VALE-SUPERMERCADO, ETC.
A classificação em conta específica de "estoque" será feita
Mediante convênios firmados com o comércio, é comum quando a empresa possuir controle permanente de estoque.
ocorrerem aquisições de produtos, por parte dos Caso contrário, ou seja, quando o controle do estoque for
empregados, no sistema de vale-farmácia, vale- feito de forma periódica, o adiantamento será classificado
supermercado, etc. no grupo Ativo Circulante, em conta específica de
"Adiantamentos a Fornecedores".
Nesta modalidade, a empresa autoriza despesas efetuadas
pelos empregados com farmácia e supermercado e, Na hipótese de adiantamento a fornecedores de serviços,
posteriormente, mediante autorização destes procede ao se os mesmos não se relacionarem à industrialização por
desconto na folha de pagamento. encomenda para formação dos estoques, serão
classificados como "Adiantamentos a Fornecedores" -
Para o registro contábil da operação contabiliza-se os realizável a curto prazo ou longo prazo, conforme o prazo
gastos efetuados com farmácia e supermercado em conta de execução dos mesmos.
de adiantamento a empregados para posterior
compensação na folha de pagamento. EXEMPLO 01:

Exemplo: Determinada empresa, sem controle permanente de


estoque, efetuou adiantamento para fornecedores no valor
Compras autorizadas de empregados em convênios, de R$ 100.000,00.
efetuados no mês, de R$ 8.000,00 de supermercado e R$
1.000,00 de farmácia: Referido adiantamento refere-se à futura aquisição de
matérias primas.
D – Adiantamentos – Vale Supermercado (Ativo
Circulante) Registro contábil:
C – Contas a Pagar – Supermercado X (Passivo
D – Adiantamentos a Fornecedores – Ind. XYZ (Ativo Circulante) R$ 1.350,00
Circulante) D – ICMS sobre Imobilizado a Recuperar (Realizável a
C – Banco do Brasil S/A – Cta. Movimento (Ativo Longo Prazo) R$ 4.050,00
Circulante) C – Veículos (Imobilizado - Ativo Permanente) R$
R$ 100.000,00 5.400,00

Quando do recebimento das matérias-primas: Nota: Para maiores detalhes sobre a contabilização do
ICMS sobre as compras de ativo imobilizado, leia o tópico
Valor das matérias-primas: R$ 100.000,00 “ICMS na Aquisição do Imobilizado”
ICMS recuperável: R$ 12.000,00
Valor do custo das matérias-primas adquiridas: R$ ICMS NA AQUISIÇÃO DO IMOBILIZADO
100.000,00 - R$ 12.000,00 = R$ 88.000,00
Com a Lei Complementar 102/2000, a partir de
D – Compras de Matérias-Primas (Conta de Resultado) R$ 01.01.2001 os créditos decorrentes de entrada de ativo
88.000,00 imobilizado poderão ser apropriados à razão de 1/48 por
D – ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 12.000,00 mês.
C – Adiantamentos a Fornecedores - Ind. XYZ (Ativo
Circulante) R$ 100.000,00 A contabilização do referido crédito a apropriar deve ser
feito em conta do ativo (impostos a recuperar) e a crédito
EXEMPLO 02: de imobilizado, já que o ICMS recuperável é considerado
como redutor do custo de aquisição.
Adiantamento para futura aquisição de 1 (um) veículo no
valor de R$ 20.000,00. Exemplo:

D – Adiantamentos a Fornecedores - Velpar Veículos Ltda. Valor de Aquisição de Máquina: R$ 100.000,00


(Imobilizado - Ativo Permanente) Valor do ICMS R$ 12.000,00
C – Banco do Brasil S/A - Cta. Movimento (Ativo
Circulante) Cálculo do ICMS recuperável para fins de distribuição nas
R$ 20.000,00 contas do ativo circulante e realizável a longo prazo:
Por ocasião da entrega do veículo:
Ativo Circulante: 12 parcelas x R$ 12.000,00 : 48 meses =
R$ 3.000,00
Valor do veículo R$ 30.000,00
Realizável a Longo Prazo: 36 parcelas x R$ 12.000,00 : 48
ICMS R$ 5.400,00
meses = R$ 9.000,00
1. Contabilização da aquisição:
1. Contabilização do ICMS recuperável, por ocasião da
D – Veículos (Imobilizado - Ativo Permanente) entrada do bem no estabelecimento:
C – Fornecedores - Velpar Veículos Ltda (Passivo
Circulante) D - ICMS sobre Imobilizado a Recuperar (Ativo
R$ 30.000,00 Circulante) R$ 3.000,00
D - ICMS sobre Imobilizado a Recuperar (Realizável a
2. Transferência do valor adiantado ao fornecedor: Longo Prazo) R$ 9.000,00
C – Máquinas e Equipamentos (Imobilizado) R$ 12.000,00
D – Fornecedores - Velpar Veículos Ltda (Passivo
Circulante) 2. Apropriação do ICMS 1/48 no mês:
C – Adiantamentos a Fornecedores - Velpar Veículos Ltda.
(Imobilizado - Ativo Permanente) D - ICMS a Recolher (Passivo Circulante)
R$ 20.000,00 C - ICMS sobre Imobilizado a Recuperar (Ativo
Circulante)
3. Registro do ICMS recuperável: R$ 250,00

Valor recuperável a curto prazo (12 parcelas x R$ 5.400,00 Nota: no final do exercício, deve ser ajustado a conta do
: 48 meses) R$ 1.350,00 ICMS sobre Imobilizado a Recuperar (Realizável a Longo
Valor recuperável a longo prazo (36 parcelas x R$ Prazo), transferindo o valor correspondente ás parcelas
5.400,00 : 36 meses) R$ 4.050,00 que faltarem para realização no curto prazo, conforme
seguinte lançamento:
D – ICMS sobre Imobilizado a Recuperar (Ativo
D - ICMS sobre Imobilizado a Recuperar (Ativo específica do Passivo Circulante ou do Exigível a Longo
Circulante) Prazo, conforme o prazo previsto para a entrega do bem ou
C - ICMS sobre Imobilizado a Recuperar (Realizável a execução do serviço, quando então serão baixados por
Longo Prazo) ocasião do cumprimento da obrigação assumida.

RECUPERAÇÃO PARCIAL DO CRÉDITO EXEMPLO

No caso da alienação do ativo que gerou o crédito do A empresa “A” recebe da Empresa “B”, em 20.01.2008,
ICMS, o valor do crédito do ICMS anulado volta a compor um adiantamento no valor de R$ 1.000,00 por conta de um
o custo do ativo imobilizado, ou alternativamente, a pedido de mercadorias no valor total de R$ 2.500,00, a ser
empresa poderá lançar o valor do crédito não aproveitado entregue no prazo de 15 dias, e cujo saldo será pago 30
como uma despesa no resultado. dias após a entrega.

Também pode ocorrer que, por força o inciso II § 5 do art. Por ocasião do recebimento do adiantamento, em
20 da Lei Complementar 87/96 (incluído pela Lei 20.01.2008, teríamos o seguinte lançamento:
Complementar nº 102, de 11.7.2000), em cada período de
apuração do imposto, não se admite o creditamento de D - Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)
parcela, em relação à proporção das operações de saídas ou C - Adiantamento de Clientes (Passivo Circulante)
prestações isentas ou não tributadas sobre o total das R$ 1.000,00
operações de saídas ou prestações efetuadas no mesmo
período. Em 05.02.2008, por ocasião da entrega das mercadorias,
será efetuado o registro da operação de venda da seguinte
Nesta hipótese, a parcela não aproveitada no mês deverá forma:
ser contabilizada como despesa.
D - Clientes (Ativo Circulante)
Exemplo: C - Receita de Vendas (Resultado)
R$ 2.500,00
O crédito de 1/48 do ICMS imobilizado no mês foi de R$
1.000,00. Porém, 50% das operações de saídas do Em seguida, é reconhecida a baixa do adiantamento
estabelecimento decorrem de saídas isentas ou não recebido em 20.01.2008, de forma que a conta “Clientes”
tributadas. Portanto, o crédito do mês (R$ 1.000,00) terá reflita a realidade da negociação, restando somente o saldo
que ser proporcional (50%), sendo que o saldo não a receber na data contratada:
aproveitado constituirá despesa tributária:
D - Adiantamento de Clientes (Passivo Circulante)
D – ICMS não recuperável (Conta de Resultado) R$ C - Clientes (Ativo Circulante)
500,00 R$ 1.000,00
D - ICMS a Recolher (Passivo Circulante) R$ 500,00
C - ICMS sobre Imobilizado a Recuperar (Ativo
Circulante) R$ 1.000,00 Finalmente, em 05.03.2008, data do vencimento da
obrigação da empresa “B”, por ocasião do recebimento do
saldo remanescente, seria realizado o último lançamento:

ADIANTAMENTOS DE CLIENTES D - Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)


C - Clientes (Ativo Circulante)
Em determinados casos, a empresa pode receber de seus R$ 1.500,00
clientes, alguns valores a título de adiantamento por conta
de encomendas que realizou de bens que ainda serão AJUSTES CONTÁBEIS DE EXERCÍCIOS
produzidos ou comprados para revenda ou ainda para a ANTERIORES
prestação de serviços futuros.
Os registros dos fatos contábeis são suscetíveis de erros,
Enquanto o bem encomendado não for entregue ou o que poderão ou não interferir na apuração do resultado e,
serviço contratado não for executado, os valores conseqüentemente, na base imponível do Imposto de
adiantados assumem a característica de uma obrigação que Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
a empresa possui para com o cliente. A obrigação de (CSLL) relativo ao exercício em determinado período.
entregar o produto ou de prestar o serviço.
Partindo do pressuposto de que a escrituração contábil é a
Neste caso os valores devem ser registrados em conta fonte de informações para a apuração do lucro ou prejuízo
fiscal, qualquer erro no registro de um fato, via de regra, Prejuízos Acumulados". Note-se que os ajustes são aqueles
poderá provocar o aumento ou diminuição do imposto resultantes de efeitos na retificação de erro imputável a
devido em determinado exercício. determinado exercício anterior e que não possam ser
atribuídos a fatos subseqüentes.
CRITÉRIO PARA UTILIZAÇÃO DA CONTA "AJUSTES
DE EXERCÍCIOS ANTERIORES" O contabilista deve ter bastante cautela e prudência para
registrar ajustes por erros de exercícios anteriores
De acordo com a Lei da S/A (Lei 6404/1976), o lucro diretamente na conta de Lucros Acumulados, e não se deve
líquido do exercício não deve estar influenciado por efeitos dar esse tratamento a pequenos valores.
que pertençam a exercícios anteriores, ou seja, deverão
transitar pelo balanço de resultados somente os valores que ERROS COM CONTAS PATRIMONIAIS
competem ao respectivo período.
Regra geral, os erros cometidos com contas patrimoniais,
Como ajustes de exercícios serão considerados apenas os tais como inversão de lançamento, contrapartida a débito
decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou em conta indevida ou contrapartida a crédito em conta
da retificação de erro imputável a determinado exercício indevida, não provocam influência na determinação do
anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos lucro e, por inferência, no resultado tributável do
subseqüentes. exercício.

MUDANÇA DE CRITÉRIO CONTÁBIL O reflexo na determinação do resultado do exercício, via


de regra, só ocorre quando a contrapartida das contas
A modificação de métodos ou critérios contábeis poderá patrimoniais transitar pelo balanço de resultados e,
ter ou não efeitos relevantes e, também, poderá influenciar conseqüentemente, se traduzem em aumento, redução ou
ou não a apuração do lucro líquido do exercício. postergação do pagamento do Imposto de Renda.

Observe-se que quando a modificação de métodos ou AUMENTO INDEVIDO DO RESULTADO NA


critérios contábeis afetar a apuração do lucro líquido do ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
exercício, o efeito correspondente deverá ser lançado,
conforme o caso, a débito ou a crédito da conta de "Lucros Os erros contábeis mais comuns que se traduzem em
ou Prejuízos Acumulados". aumento indevido do resultado podem ocorrer devido a:

Nota: Em virtude da edição da Lei nº 11.638/2007 que a) despesa lançada a menor do que a efetivamente paga ou
extinguiu a conta "Lucros Acumulados", a partir de incorrida;
01.01.2008, entendemos que a contrapartida dos ajustes b) receita lançada a maior ou manutenção na contabilidade
dependerão de um novo pronunciamento do órgão de valor de receita, cuja Nota Fiscal já foi objeto de
fiscalizador e poderão, provisoriamente, ser efetuados em cancelamento;
conta transitória integrante do subgrupo de Reserva de c) falta de registro referente a baixa de bens do ativo
Lucros ou, se for o caso, na conta “Prejuízos permanente.
Acumulados”.
Fora os casos exemplificados, existem outros que podem
Como exemplos de alterações de critérios contábeis: causar distorções na determinação do resultado.

a) alteração do método de avaliação dos estoques (do PROCEDIMENTO CONTÁBIL PARA


custeio direto para o custeio por absorção ou do Fifo para REGULARIZAÇÃO DO ERRO
o médio, etc.);
b) passagem do regime de caixa para o de competência, na Supondo-se que os erros que provocam aumento indevido
contabilização do Imposto de Renda (e outros passivos); do resultado tenham sido detectados após o encerramento
c) mudança no método de avaliação dos investimentos (do do período, o procedimento contábil a ser seguido pela
método do custo para o da equivalência patrimonial). empresa será o seguinte:

RETIFICAÇÃO DE ERROS DE EXERCÍCIOS a) lançamento de ajuste a débito da conta "Ajustes de


ANTERIORES Exercícios Anteriores";
b) transferência do valor do ajuste da conta "Ajustes de
A retificação de erros de exercícios anteriores poderá Exercícios Anteriores" para a conta "Lucros ou Prejuízos
afetar, também, o lucro líquido do exercício. Nesse caso, o Acumulados";
valor correspondente a retificação será lançado, conforme c) diminuir do valor a ser retificado a parcela
o caso, a débito ou a crédito da conta de "Lucros ou correspondente ao Imposto de Renda.
Exemplo: d) registro a débito em conta de resultado referente a
conserto de bens do ativo imobilizado, que resulte em
Considerando-se que no ano-calendário de 2006 a aumento da vida útil superior a um ano em relação a sua
empresa, inadvertidamente, não efetuou o registro contábil (s) data (s) de aquisição;
referente ao cancelamento de uma Nota Fiscal no valor de e) constituição da provisão para férias em valor superior ao
R$ 50.000,00, ocorrendo a sua regularização no período devido, etc.
subseqüente.
PROCEDIMENTO CONTÁBIL PARA
Os ajustes contábeis, no exemplo proposto, serão REGULARIZAÇÃO DO ERRO
efetuados da seguinte forma:
Na hipótese que os erros que provocaram a redução
D - Ajustes de Exercícios Anteriores (Patrimônio Líquido) indevida do resultado tenham sido detectados após o
C - Duplicatas a Receber (Ativo Circulante) encerramento do balanço, não sendo mais possível o
R$ 50.000,00 estorno ou retificação dos lançamentos efetuados, o
Histórico: Valor relativo baixa da duplicata nº 15009 procedimento contábil a ser seguido pela empresa será o
referente à Nota Fiscal nº 25097 de 30.12.2006, cancelada. seguinte:

a) lançamento de ajuste a crédito da conta "Ajustes de


D - Lucros ou Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido) Exercícios Anteriores";
b) transferência do valor do ajuste da conta "Ajustes de
C - Ajustes de Exercícios Anteriores (Patrimônio Líquido) Exercícios Anteriores" para a conta "Lucros ou Prejuízos
R$ 50.000,00 Acumulados";
Histórico: Transferência referente a ajustes efetuados no c) contabilizar a parcela correspondente ao Imposto de
exercício de 2006. Renda e Contribuição Social sobre o ajuste, caso
houverem.
D - Provisão Para Imposto de Renda (Passivo Circulante)
R$ 12.500,00 Exemplo:
D - Provisão Para a Contribuição Social (Passivo
Circulante) R$ 4.500,00 A empresa desembolsou R$ 10.000,00 em 2006 na reforma
C - Lucros ou Prejuízos Acumulados (Passivo Circulante) de um veículo e, em decorrência dessa reforma, houve um
R$ 17.000,00 aumento de vida útil superior a um ano.
Histórico: Valor do Imposto de Renda e CSLL calculado
sobre ajuste no resultado do ano-calendário de 2006. O registro contábil foi feito erroneamente da seguinte
forma:
Nota: considerou-se neste exemplo que a empresa é
tributada pelo lucro real e que esteve sujeita ao adicional D - Manutenção de Veículos (Conta de Resultado)
do Imposto de Renda de 10% no exercício de 2006. C - Fornecedores (Passivo Circulante)
R$ 10.000,00
Caso não haja saldo na conta de provisão para Imposto de
Renda, em virtude da empresa já ter efetuado o pagamento No exercício seguinte, o erro foi detectado, não sendo mais
do mesmo, o ajuste deverá ser efetuado, tendo como possível estornar o lançamento, tendo em vista que o
contrapartida as contas de Tributos a Compensar no Ativo balanço já se encontra fechado. Os registros contábeis
Circulante. serão:

REDUÇÃO INDEVIDA DO RESULTADO NA D - Veículos (Ativo Permanente)


ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL C - Ajustes de Exercícios Anteriores (Patrimônio Líquido)
R$ 10.000,00
Por sua vez, os erros de natureza contábil que implicam Histórico: Valor relativo a Nota Fiscal nº 1598 de
redução indevida do resultado, via de regra, são 29/12/2006 da Reformadora Alfa Ltda. referente à reforma
ocasionados por: do caminhão MBB, placas XYZ9999, cujo lançamento ora
regularizamos.
a) registro em duplicidade de uma nota fiscal de
fornecedor; D - Ajustes de Exercícios Anteriores (Patrimônio Líquido)
b) subavaliação do estoque final de mercadorias, C - Lucros ou Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido)
resultando em aumento excessivo do Custo das R$ 10.000,00
Mercadorias Vendidas; Histórico: Transferência referente a ajustes efetuados no
c) inobservância do regime de competência na escrituração ano-calendário de 2006.
da receita, rendimento, custo ou dedução;
D - Lucros ou Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido) As aplicações financeiras constituem-se num leque de
R$ 3.400,00 investimentos com rentabilidade fixa ou variável, do tipo:
C - Provisão Para Imposto de Renda (Passivo Circulante) Fundos de Investimento Financeiro (FIF), Certificados de
R$ 2.500,00 Depósitos Bancários (CDB), Letras Hipotecárias, etc.
C - Provisão Para a Contribuição Social (Passivo
Circulante) R$ 900,00 O valor dessas aplicações classifica-se, no balanço:
Histórico: Valor do Imposto de Renda e CSLL calculado
sobre ajuste no resultado do ano-calendário de 2006. No ativo circulante:

Nota: considerou-se neste exemplo que a empresa é a) entre as disponibilidades, no caso de aplicações em
tributada pelo lucro real e que esteve sujeita ao adicional modalidades resgatáveis a qualquer momento, sem
do Imposto de Renda de 10% no exercício de 2006. vinculação a determinado prazo, como é o caso dos
Fundos de Investimentos Financeiros (FIF);
AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL b) como investimentos temporários, se resgatáveis em
prazo vencível até 12 meses após a data de aplicação.
A Lei nº 11.638/2007 substitui a faculdade da reavaliação
de bens pela obrigação de se ajustar o valor dos ativos e No realizável a longo prazo:
passivos a preços de mercado. Um dos casos em que essa
regra se aplica é quando houver operação de incorporação, a) no caso de aplicações financeiras resgatáveis em prazo
fusão ou cisão vinculada a uma efetiva alienação de vencível após 12 meses da data de aplicação.
controle que tenha sido realizada entre partes
independentes, ou seja, sociedades que não façam parte de CONTABILIZAÇÃO DA APLICAÇÃO
um mesmo grupo econômico.
Por ocasião da aplicação efetuamos o lançamento de
Os ativos e passivos da sociedade a ser incorporada ou transferência de numerário da conta banco conta
decorrente da fusão ou cisão devem ser ajustados aos movimento para a conta de aplicação correspondente ao
valores de mercado e a contrapartida desses ajustes será tipo de aplicação efetuada.
realizada em uma conta do patrimônio líquido,
denominada “Ajustes de Avaliação Patrimonial”, que pode Exemplo:
apresentar saldo devedor (negativo) ou credor (positivo),
dependendo do caso.
Aplicação de R$ 10.000,00 em FIF na Caixa Econômica
Federal:
Nos termos da nova legislação, serão classificadas como
ajustes de avaliação patrimonial, as contrapartidas de
D – Aplicações Financeiras – FIF CEF (Disponibilidades)
aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos
C – CEF Conta Movimento (Disponibilidades)
do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a
R$ 10.000,00
preço de mercado. Este procedimento ocorre enquanto tais
valores não são computados no resultado do exercício em
obediência ao regime de competência. No tocante à CPMF incidente na operação, esse valor será
lançado como uma despesa tributária no resultado:
Em nosso entendimento, a redação do dispositivo que deu
origem à norma que cuida do ajuste de avaliação D – CPMF (Despesas Tributárias – Conta de Resultado)
patrimonial deverá ser adequadamente normatizada pelos C – CEF Conta Movimento (Disponibilidades)
órgãos reguladores (BACEN, CVM, CFC, etc.), de forma R$ 38,00
a indicar a quais hipóteses os ajustes se aplicam e como
eles devem ser processados. APROPRIAÇÃO DO RENDIMENTO PELO REGIME
DE COMPETÊNCIA
Porém, apenas a título de exemplo, na hipótese de
avaliação de imóveis a preço de mercado, com laudo A apropriação do rendimento de aplicação financeira deve
devidamente fundamentado e nas circunstâncias ser feita observando-se o regime de competência.
determinadas pela Lei, teremos o seguinte lançamento
contábil na empresa que detém os ativos: Assim, na data do balanço ou balancete, se existir saldo de
aplicação financeira a ser resgatado nos períodos
D - Ajuste a Valores de Mercado - Imóveis (Imobilizado) seguintes, o rendimento proporcional auferido até essa data
C - Ajustes de Avaliação Patrimonial - Imóveis deverá ser registrado em conta de resultado do período, em
(Patrimônio Líquido) contrapartida à conta de aplicação.

APLICAÇÕES FINANCEIRAS Exemplo:


Juros de aplicação FIF na Caixa Econômica Federal, no O custo de aquisição de mercadorias destinadas à revenda
valor de R$ 500,00: compreenderá:

D – Aplicações Financeiras – FIF CEF (Disponibilidades) 1. o preço líquido de descontos incondicionais e


C – Juros sobre Aplicações Financeiras (Conta de abatimentos;
Resultado) 2. transporte e seguro pagos na respectiva compra e
R$ 500,00 3. Os tributos não recuperáveis, devidos na aquisição ou
importação.
REGISTRO DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA
FONTE SOBRE O RENDIMENTO DE APLICAÇÃO Para outros detalhamentos sobre a composição dos custos
de mercadorias, acesse o tópico “Inventário de Estoques”,
O Imposto de Renda Retido na Fonte (IRF) sobre neste guia.
rendimentos de aplicação financeira, quando compensável
com o imposto devido pela empresa, deve ser registrado CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS - CPV
em conta do subgrupo de impostos a recuperar no ativo
circulante. No caso de produtos (bens produzidos por uma indústria),
a fórmula é semelhante ao CMV:
Exemplo:
CPV = EI + (In + MO + GGF) – EF
Retenção de R$ 100,00 sobre os rendimentos de aplicação,
conforme aviso bancário: Onde:

D – IRF a Compensar (Ativo Circulante) CPV = Custo dos Produtos Vendidos


C – Aplicações Financeiras – FIF CEF (Disponibilidades) EI = Estoque Inicial
R$ 100,00 In = Insumos (matérias primas, materiais de embalagem e
outros materiais) aplicados nos produtos vendidos
Na hipótese do IRF não ser compensável (como é o caso MO = Mão de Obra Direta aplicada nos produtos vendidos
do IRF retido sobre empresas optantes pelo Simples GGF = Gastos Gerais de Fabricação (aluguéis, energia,
Nacional), tal valor deve ser contabilizado como despesa depreciações, mão de obra indireta, etc.) aplicada nos
tributária: produtos vendidos
EF = Estoque Final (inventário final)
D – Imposto de Renda sobre Aplicações Financeiras
(Despesas Tributárias – Conta de Resultado) COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO
C – Aplicações Financeiras – FIF CEF (Disponibilidades)
R$ 100,00 O § 1º do art. 13 do Decreto-Lei 1.598/77 dispõe que o
custo de produção dos bens ou serviços vendidos
APURAÇÃO DO CUSTO DAS VENDAS compreenderá, obrigatoriamente:

CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS – CMV 1) o custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer


outros bens ou serviços aplicados ou consumidos na
A apuração do custo das mercadorias vendidas está produção, observado o disposto neste artigo;
diretamente relacionada aos estoques da empresa, pois 2) o custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de
representa a baixa efetuada nas contas dos estoques por supervisão direta, manutenção e guarda das instalações de
vendas realizadas no período. produção;
3) os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos
O custo das mercadorias vendidas pode ser apurado de depreciação dos bens aplicados na produção;
através da equação: 4) os encargos de amortização diretamente relacionados
com a produção;
CMV = EI + C - EF 5) os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados
na produção.
Onde:
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas Para outros detalhamentos sobre a composição dos custos
EI = Estoque Inicial de produção, acesse o tópico “Inventário de Estoques”,
C = Compras neste guia.
EF = Estoque Final (inventário final)
CUSTO DOS SERVIÇOS VENDIDOS (CSV)
COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DE MERCADORIAS
Numa empresa de serviços, a sistemática será semelhante à depreciações de equipamentos, etc.) aplicados nos serviços
anterior, sendo a fórmula: vendidos
Sfi = Saldo Final dos Serviços em Andamento
CSV = Sin + (MO + GDS + GIS) – Sfi
Para outros detalhamentos sobre a composição dos custos
Onde: de serviços, acesse o tópico “Inventário de Estoques”,
neste guia.
CSV = Custo dos Serviços Vendidos
Sin = Saldo Inicial dos Serviços em Andamento EXEMPLO PRÁTICO
MO = Mão de Obra Direta aplicada nos serviços vendidos
GDS = Gastos Diretos (locação de equipamentos, Calcular o Custo dos Produtos Vendidos de 01 de
subcontratações, etc.) aplicados nos serviços vendidos janeiro a 31 de dezembro de determinada indústria
GIS = Gastos Indiretos (luz, mão de obra indireta, que apurou os seguintes dados:
Estoque Inicial (01 de janeiro) 110.000,00
Compras de Insumos 1.750.000,00
ICMS sobre Compras 210.000,00
Fretes sobre Compras 70.000,00
Mão de Obra Direta 597.000,00
Gastos Gerais de Fabricação 790.000,00
Estoque inventariado (31 de dezembro) 185.000,00

A DEMONSTRAÇÃO DOS CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS ficará como segue:

Estoque Inicial (01 de janeiro) 110.000,00


+ Compras de Insumos 1.750.000,00
+ Fretes sobre Compras 70.000,00
- ICMS sobre Compras (210.000,00)
+ Mão de Obra Direta 597.000,00
+ Gastos Ferais de Fabricação 790.000,00
- Estoque inventariado (31 de dezembro) (185.000,00)
= Custo dos Produtos Vendidos 2.922.000,00

AQUISIÇÃO DE BENS PARA O ATIVO exercício social seguinte àquele em que


IMOBILIZADO ATRAVÉS DE houve a contratação, serão classificadas no
FINANCIAMENTO Exigível a Longo Prazo, e, por ocasião do
levantamento do balanço, serão transferidas
Quando a empresa adquire bens para o ativo as parcelas que devem ser liquidadas no
imobilizado através de financiamentos (como exercício social seguinte, para o Passivo
o Finame), deverá considerar como custo a Circulante.
ser ativado o preço total constante da Nota
Fiscal do fornecedor, acrescido de outros REGISTROS CONTÁBEIS
dispêndios, como por exemplo, o frete e o
seguro cobrados à parte. Exemplo:

As despesas financeiras decorrentes do Determinada empresa adquiriu equipamentos


empréstimo contraído para aquisição de bens para unidade fabril, em 01/12/2003, no valor
do Ativo Imobilizado não devem ser incluídas de R$ 300.000,00, sendo que 80% deste valor
no custo de aquisição dos bens adquiridos, e foi financiado pelo Finame, e será pago em
sim lançadas como despesas financeiras pelo 60 parcelas, sem carência, e o saldo será pago
regime de competência. com recursos próprios da empresa para o
fornecedor dos equipamentos.
Já os encargos financeiros de empréstimos e
financiamentos de terceiros para a construção Na data em que o financiamento foi liberado,
ou montagem de bens do imobilizado devem o bem foi entregue e foi pago R$ 2.800,00 a
ser capitalizados até o momento em que o título de taxas e comissões bancárias.
bem estiver em condições de operação.
O financiamento tem encargos de TJLP +
As obrigações contraídas, cujo prazo de juros, no total de 16% ao ano sobre o saldo
vencimento final ocorra após o término do devedor.
Lançamentos contábeis: Circulante)
R$ 60.000,00
1) Pelo registro dos equipamentos:
5) Em 31.12.2003, registro dos encargos
D - Equipamentos (Ativo Imobilizado) financeiros previstos no contrato (TJLP +
C - Fornecedores - Equipabrás S/A (Passivo juros, de 01.12 a 31.12.2003 - 1,2445% sobre
Circulante) o saldo devedor):
R$ 300.000,00
D - Despesas Financeiras (Resultado) R$
Nota: registrar, também, o ICMS sobre a 2.986,80
aquisição do imobilizado, quando cabível. C - Financiamentos - Finame (Passivo
Para maiores detalhes, leia o tópico “ICMS Circulante) R$ 597,36
Imobilizado”. C - Financiamentos - Finame (Exigível a
Longo Prazo) R$ 2.389,44
2) Pelo registro da liberação do
financiamento (pagamento direto ao 6) Em 02.01.2004, pelo pagamento da
fornecedor): primeira parcela do financiamento:

D - Fornecedores - Equipabrás S/A (Passivo D - Financiamentos - Finame (Passivo


Circulante) R$ 240.000,00 Circulante)
C - Financiamentos - Finame (Passivo C - Banco Conta Movimento (Ativo
Circulante) R$ 48.000,00 Circulante)
C - Financiamentos - Finame (Exigível a R$ 4.000,00
Longo Prazo) R$ 192.000,00
AQUISIÇÃO DE BENS PARA O ATIVO
Nota: cálculo dos valores distribuídos entre IMOBILIZADO DE VALOR
curto e longo prazo: IRRELEVANTE

R$ 240.000,00 : 60 parcelas = R$ 4.000,00 Como regra geral, os bens e direitos


12 parcelas x 4.000,00 = R$ 48.000,00 necessários à manutenção das atividades da
(Passivo Circulante) empresa, caracterizados por apresentar-se na
48 parcelas x 4.000,00 = R$ 192.000,00 forma tangível (edifícios, máquinas,
(Exigível a Longo Prazo) equipamentos, etc.), devem ser escriturados
no ativo imobilizado. O imobilizado abrange,
3) Pelo registro de taxas e comissões também, os custos das benfeitorias realizadas
bancárias no ato da liberação do em bens locados ou arrendados.
financiamento:
No entanto, a legislação fiscal (Art. 301 do
D - Despesas Financeiras (Resultado) RIR/1999) permite a dedução como despesa
C - Banco Conta Movimento (Ativo operacional, se o custo de aquisição do bem
Circulante) adquirido tiver valor unitário não superior a
R$ 2.800,00 R$ 326,61 (trezentos e vinte e seis reais e
sessenta e um centavos), ou prazo de vida útil
4) Registro do pagamento relativo à parte não que não ultrapasse um ano, qualquer que seja
financiada: o custo do bem.

D - Fornecedores - Equipabrás S/A (Passivo Assim, a lei fiscal está desonerando a


Circulante) empresa do trabalho de calcular, registrar e
C - Banco Conta Movimento (Ativo controlar a depreciação individualizada destes
bens.
Todavia, vale alertar que, de acordo com os É praxe, na aquisição de um bem novo
Pareceres Normativos CST nº 100/1978 e (especialmente veículos), incluir na
20/1980: negociação um bem usado como parte do
pagamento.
a) a opção para o registro como despesa deve
ser exercida por ocasião da aquisição do bem, Deve-se observar que apesar da negociação
sendo inadmissível reverter para despesa o ficar caracterizada como uma troca, sob o
custo de bens anteriormente ativados; ponto de vista contábil, o que ocorre, e assim
deve ser registrado, são duas transações, uma
b) o valor unitário deve ser considerado em de venda do bem usado e outra de compra do
função do critério da utilidade funcional do novo bem.
bem, isto é, somente pode ser considerado
unitariamente o bem que, por si só, preste ou Para tanto, deve-se avaliar o bem usado para
tenha condições de prestar utilidade à determinar o valor que este representará
empresa adquirente, como cadeira para uso como parte do pagamento do novo bem, de
no escritório, grampeador, cesto de lixo etc. modo que se possa apurar o ganho ou perda
de capital decorrente da transação.
c) o conceito de valor unitário em função da
utilidade que o bem possa prestar, Exemplo:
singularmente tomado, não tem aplicação nos
casos de exploração de atividade que requeira Empresa adquiriu um veículo no valor de R$
o emprego concomitante de certa quantidade 25.000,00, dando como parte do pagamento
de bens, como, por exemplo, nas aquisições um veículo usado no valor de R$ 10.000,00.
de engradados e vasilhames (retornáveis)
utilizados por empresas distribuidoras de
O valor registrado contabilmente do veículo
águas minerais, refrigerantes, etc.
dado em pagamento é de R$ 15.000,00 e a
depreciação acumulada de R$ 9.000,00,
Exemplo: (valor residual = R$ 15.000,00 - R$ 9.000,00
= R$ 6.000,00):
Vamos supor que a empresa "A", adquiriu em
18.03.2007, uma calculadora cujo valor 1) Pela baixa do bem usado, para apurar o
unitário de aquisição foi de R$ 280,00 e que resultado da transação:
este valor tenha sido pago através de cheque
emitido ao fornecedor. Neste caso o
a) Pela baixa do custo registrado
reconhecimento como despesa deverá ser
contabilmente:
realizado com o seguinte lançamento
contábil:
D – Resultado na Venda do Imobilizado
(Resultado Não Operacional)
D - Imobilizado de Valor Irrelevante
C – Veículos (Imobilizado)
(Resultado)
R$ 15.000,00
C - Bancos Conta Movimento (Ativo
Circulante)
R$ 280,00 b) Pela baixa da depreciação acumulada:

AQUISIÇÃO DE BENS PARA O ATIVO D – Depreciação Acumulada - Veículos


IMOBILIZADO SEM (Ativo Imobilizado)
FINANCIAMENTO BANCÁRIO C – Resultado na Venda do Imobilizado
(Resultado Não Operacional)
R$ 9.000,00
COM PARTE DO PAGAMENTO
EFETUADO COM BEM USADO
c) Pela venda do veículo usado ao D – Adiantamentos de Consórcio
fornecedor: (Imobilizado)
C – Bancos cta. Movimento (Ativo
D – Fornecedores (Passivo Circulante) Circulante)
C – Resultado na Venda do Imobilizado R$ 1.500,00
(Resultado Não Operacional)
R$ 10.000,00 REGISTROS POR OCASIÃO DA
AQUISIÇÃO DO BEM
2) Pela aquisição do veículo novo:
Por ocasião da aquisição do bem adquirido
D – Veículos (Ativo Imobilizado) por Consórcio, há necessidade de registrar o
C – Fornecedores (Passivo Circulante) custo total na conta própria desse bem, no
R$ 25.000,00 subgrupo ativo imobilizado, bem como os
ajustes decorrentes do (a):
Nota: registrar, também, o ICMS sobre a
aquisição do imobilizado, quando cabível. a) total dos pagamentos realizados (inclusive
Para maiores detalhes, leia o tópico “ICMS lance, se for o caso), dando-se baixa na conta
Imobilizado”. transitória em que foram registrados
inicialmente;
AQUISIÇÃO DO IMOBILIZADO COM b) dívida assumida, calculada pela
PAGAMENTO À PRAZO OU À VISTA multiplicação do valor atual da parcela
mensal pelo número de parcelas restantes, a
Na hipótese de aquisição do imobilizado com qual será registrada em conta(s) do passivo
pagamento à prazo ou à vista, basta debitar o circulante e exigível a longo prazo, se for o
valor correspondente à aquisição e creditar a caso.
conta de fornecedor (se compra à prazo) ou
Caixa/Bancos Cta. Movimento (se à vista). Portanto, para fins de apuração do resultado
contábil, estes registros devem ser feitos
Nota: registrar, também, o ICMS sobre a imediatamente por ocasião do recebimento do
aquisição do imobilizado, quando cabível. bem.
Para maiores detalhes, leia o tópico “ICMS
Imobilizado”. Exemplo:

AQUISIÇÃO DE BENS POR MEIO DE Valor de veículo adquirido mediante


CONSÓRCIOS consórcio: R$ 50.000,00
Valor das quotas já pagas (registradas no
ADIANTAMENTOS EFETUADOS ativo) R$ 20.000,00

Nos pagamentos de quotas de consórcio não 1. Contabilização da aquisição do Veículo:


contemplado, registram-se tais valores em
uma conta de adiantamento, no ativo D – Veículos (Imobilizado)
imobilizado. C – Fornecedores (Passivo Circulante)
R$ 50.000,00
Exemplo:
2. Registro da quitação do bem, mediante a
Pagamento de quota de consórcio de R$ carta de crédito respectiva:
1.500,00, relativamente a grupo para
aquisição de veículo: D – Fornecedores (Passivo Circulante)
C – Consórcios a Pagar (Passivo)
R$ 50.000,00
3. Transferência dos valores adiantados de CSLL sobre o Lucro Real de até 34% sobre o
consórcio: valor da despesa financeira contabilizada.

D – Consórcios a Pagar (Passivo) ATIVO DIFERIDO


C – Adiantamentos de Consórcio
(Imobilizado) O Ativo Diferido caracteriza-se por
R$ 20.000,00 evidenciar os recursos aplicados na realização
de despesas que, por contribuírem para a
4. Registro da atualização dos valores das formação do resultado de mais de um
parcelas de consórcio contemplado a pagar, exercício social futuro, somente são
considerando os seguintes dados: apropriadas às contas de resultado à medida e
na proporção em que essa contribuição
Valor de cada parcela: R$ 1.000,00 influencia a geração do resultado de cada
Número de parcelas a pagar: 40 exercício.
Saldo devedor na data do recebimento do
bem: R$ 40.000,00 (40 x R$ 1.000,00) O Ativo Diferido deverá ser avaliado, pelo
Valor do ajuste: R$ 40.000,00 – R$ 30.000,00 valor do capital aplicado, ou seja, o valor dos
(valor já existente na conta Consórcios a gastos realizados, deduzido do saldo das
Pagar, sendo R$ 50.000,00 da carta de crédito contas que registrem a sua amortização (art.
menos R$ 20.000,00 dos valores das quotas 183 da Lei nº 6.404/76).
adiantadas) = R$ 10.000,00
O grupo Ativo Diferido, classificado no Ativo
Ajuste contábil: Permanente, apresenta, em geral, as seguintes
contas:
D – Variações de Consórcios a Pagar
(Despesas Financeiras) I - gastos de implantação e pré-operacionais;
C – Consórcios a Pagar (Passivo) II - gastos com pesquisa e desenvolvimento
R$ 10.000,00 de produtos;
III - gastos de implantação de sistemas e
Nota: separar os valores de Consórcios a métodos;
Pagar no passivo circulante e exigível a IV - gastos de reorganização ou
longo prazo, conforme o prazo de reestruturação.
vencimento das parcelas futuras.
GASTOS DE IMPLANTAÇÃO DE
ACRÉSCIMOS DA DÍVIDA A PARTIR DO SISTEMAS E MÉTODOS
RECEBIMENTO DO BEM
Os gastos significativos realizados com a
Os acréscimos no saldo a pagar que implantação de sistemas e métodos, quando
ocorrerem no futuro por mudanças no preço contribuírem para a formação do resultado de
do bem serão considerados despesas de mais de um exercício social futuro, devem ser
variações monetárias, visto que se referem à registrados no Ativo Diferido e amortizados
atualização monetária de obrigações em durante o período em que se espera a
função de índices contratados. produção de resultados para a empresa.

EFEITOS FISCAIS GASTOS PRÉ-OPERACIONAIS

A contabilização da forma apresentada é Os valores dispendidos com novos


respaldada pelo PN CST 1/83, e poderá empreendimentos, tais como organização,
representar menor pagamento de IRPJ e construção e implantação de uma nova
fábrica, bem como os gastos incorridos antes
do início das operações da empresa, serão Assim, se a empresa obtém receitas
registrados nesse agrupamento de contas. financeiras, deverá considerar essas receitas
como dedução das despesas financeiras
Nesses casos, a empresa deve manter um lançadas no próprio Ativo Diferido, e se
controle adequado, com contas detalhadas por ultrapassarem esse valor, deverá deduzi-las
natureza de gasto ou por projeto, para poder das outras despesas pré-operacionais,
identificar e segregar as despesas e mediante registro em uma conta específica à
contabilizá-las corretamente. parte, como redução das despesas pré-
operacionais.
GASTOS COM PESQUISAS E
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS No caso da venda de bens, o ganho apurado
será registrado como redução dos gastos pré-
Os custos do desenvolvimento e pesquisas operacionais. Por outro lado, se ocorrer
com produtos novos, bem como as pesquisas prejuízo, esse valor será acrescido ao Ativo
de mercado antes do seu lançamento, para Diferido.
aferir a existência de mercado ou utilidade do
produto, serão registrados nesse agrupamento CONTABILIZAÇÃO - EXEMPLO
de contas.
Gastos de pesquisa e desenvolvimento de
Os gastos com aprimoramento e produtos de R$ 100.000,00:
modificações nos produtos já existentes não
devem ser classificados no Ativo Diferido, D – Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento
mas lançados diretamente em despesas de Produtos (Ativo Diferido)
operacionais no resultado do período, no qual C – Bancos cta. Movimento (Ativo
são incorridos. Circulante)
R$ 100.000,00
GASTOS DE REORGANIZAÇÃO
AMORTIZAÇÃO
Os gastos significativos realizados com
reorganização ou reestruturação de De acordo com a Lei nº 6.404/76 e o art. 327
determinadas áreas ou da totalidade da do RIR/99, a amortização dos valores
empresa, que irão produzir benefícios futuros, registrados no Ativo Diferido deverá ser feita
serão contabilizados no diferido e em prazo não inferior a cinco anos e não
amortizados durante o período em que os superior a dez anos, a partir do início da
resultados dessa reorganização ou operação normal ou do exercício em que
reestruturação serão usufruídos pela empresa. passem a ser usufruídos os benefícios delas
decorrentes, devendo ser registrada a perda
RESULTADOS NA FASE PRÉ- do capital aplicado quando abandonados os
OPERACIONAL OU NA EXPANSÃO empreendimentos ou atividades a que se
destinavam, ou comprovado que essas
Além dos gastos efetivados pela empresa na atividades não poderão produzir resultados
fase pré-operacional ou na expansão, são suficientes para amortizá-los.
também registrados no grupo do Ativo
Diferido os resultados eventuais obtidos A contrapartida da amortização do Ativo
nessa fase e que são utilizados ou mantidos Diferido deve ser lançada em Despesas ou
para empregar no empreendimento em Custos Operacionais.
andamento, como por exemplo: venda de
bens, receita financeira de recursos ainda não Exemplo:
aplicados.
Amortização de R$ 20.000,00 de gastos com O registro do ativo imobilizado é regulado
pesquisa e desenvolvimento de produtos: pela NBC T 19.1.

D – Amortizações do Diferido (Conta de São classificados ainda, no imobilizado, os


Resultado) recursos aplicados ou já destinados à
C – Amortizações Acumuladas – Gastos com aquisição de bens de natureza tangível,
Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos mesmo que ainda não em operação, tais como
(Ativo Diferido) construções em andamento, importações em
R$ 20.000,00 andamento, etc.

RECUPERAÇÃO DOS VALORES Ressalte-se que as inversões realizadas em


bens de caráter permanente, mas não
A companhia deverá efetuar, periodicamente, destinadas ao uso nas operações, deverão ser
análise sobre a recuperação dos valores classificadas no grupo de investimentos,
registrados no diferido, a fim de que sejam: enquanto não definida sua destinação.

I - registradas as perdas de valor do capital A partir de 01.01.2008, por força da Lei


aplicado quando houver decisão de 11.638/2007, os ativos intangíveis (como
interromper os empreendimentos ou marcas e patentes) não serão mais registrados
atividades a que se destinavam ou quando no Ativo Imobilizado, e sim, no Ativo
comprovado que não poderão produzir Intangível.
resultados suficientes para recuperação desse
valor; ou CARACTERÍSTICAS E VALOR
CONTÁBIL
II - revisados e ajustados os critérios
utilizados para determinação da vida útil O Ativo imobilizado compreende os ativos
econômica estimada e para cálculo tangíveis que:
da amortização.
A PARTIR DE 01.01.2008 a) são mantidos por uma entidade para uso na
produção ou na comercialização de
A partir de 01.01.2008, classificar-se-ão no mercadorias ou serviços, para locação, ou
ativo diferido as despesas pré-operacionais e para finalidades administrativas;
os gastos de reestruturação que contribuirão, b) têm a expectativa de serem utilizados por
efetivamente, para o aumento do resultado de mais de doze meses;
mais de um exercício social e que não c) haja a expectativa de auferir benefícios
configurem tão-somente uma redução de econômicos em decorrência da sua utilização;
custos ou acréscimo na eficiência e
operacional. d) possa o custo do ativo ser mensurado com
Base: Lei 11.638/2007. segurança.
ATIVO IMOBILIZADO Valor contábil é o montante pelo qual o ativo
está registrado na contabilidade, líquido da
O Ativo Imobilizado é formado pelo conjunto respectiva depreciação acumulada e das
de bens e direitos necessários à manutenção provisões para perdas por redução ao valor
das atividades da empresa, caracterizados por recuperável.
apresentar-se na forma tangível (edifícios,
máquinas, etc.). O imobilizado abrange, CUSTO CONTÁBIL
também, os custos das benfeitorias realizadas
em bens locados ou arrendados. Custo é o valor de aquisição ou construção do
ativo imobilizado ou o valor atribuído ou de
mercado, no caso de doações.
b) custo para introduzir novo produto ou
O custo de um bem do imobilizado serviço, inclusive custos de propaganda e
compreende: promoção;
c) custo para a realização de negócios em
a) preço de compra, inclusive impostos de nova localidade ou para nova classe de
importação e impostos não-recuperáveis consumidores, inclusive custo de treinamento
sobre a compra, deduzidos de descontos de empregados; e
comerciais e abatimentos; d) custo de administração e outros custos
b) custos diretamente atribuíveis para instalar gerais indiretos.
e colocar o ativo em condições operacionais
para o uso pretendido; Os custos de manutenção diária de item do
Nota: são exemplos de custos imobilizado que incluem, principalmente,
diretamente atribuíveis: mão-de-obra, bens de consumo e pequenas
- custos com empregados, incluindo peças devem ser reconhecidos no resultado
todas as formas de remuneração e quando incorridos.
encargos proporcionados por uma
entidade a seus empregados ou a seus CLASSIFICAÇÃO CONTÁBIL DAS
dependentes originados diretamente CONTAS DO ATIVO IMOBILIZADO
da construção ou da aquisição do
item do imobilizado; As contas no grupo imobilizado devem ser
- custo da preparação do local; segregadas por espécie de ativo, segundo a
- custo de entrega inicial e manuseio; sua natureza, para que possa ter o controle do
- custo de instalação e montagem; custo e da depreciação, amortização ou
- custo de testes para verificação do exaustão relativo a cada bem.
funcionamento do bem, deduzido das
receitas líquidas obtidas durante o Em função dessas necessidades é que cada
período de teste, tais como amostras empresa deve elaborar seu plano de contas,
produzidas quando o equipamento era segregando o imobilizado da seguinte forma:
testado; e
- honorários profissionais. a) imobilizado em operação, que são todos os
c) custo estimado para desmontar e remover o bens já em utilização na atividade objeto da
ativo e restaurar o local no qual está sociedade;
localizado, quando existir a obrigação futura b) imobilizado em andamento, que são
para a entidade. classificadas todas as aplicações de recursos
de imobilizações, mas que ainda não estão
O custo de um bem do imobilizado é o preço operando.
pago ou equivalente na data da aquisição.
Quando a empresa tiver filiais ou diversas
Os encargos financeiros de empréstimos e fábricas e mesmo que a contabilidade seja
financiamentos de terceiros para a construção centralizada, deverá segregar as contas por
ou montagem de bens do imobilizado devem estabelecimentos, para efeitos de controle e
ser capitalizados até o momento em que o apropriação da depreciação, amortização ou
bem estiver em condições de operação. exaustão para fins de custeio.

CUSTOS QUE NÃO DEVEM SER IMOBILIZADO EM OPERAÇÃO


INCORPORADOS AO IMOBILIZADO
Terrenos
São exemplos de custos que não devem ser
classificados como imobilizado: Nesta conta são registrados os valores
relativos aos terrenos de propriedade da
a) custo para abrir novas instalações; empresa e que são utilizados em suas
operações, tais como: terrenos onde se No caso dos programas e aplicativos
localiza a fábrica, a administração, as filiais, ("software") adquiridos ou desenvolvidos
os depósitos. Os terrenos sem uma destinação pela empresa, devem ser apropriados ao
específica devem ser classificados no grupo resultado se o seu valor não for relevante. No
investimentos. entanto, nos casos de grandes sistemas,
envolvendo valores significativos, devem ser
Terrenos e construções são ativos que devem registrados no Ativo Intangível e amortizados
ser registrados separadamente, mesmo em função dos períodos a serem beneficiados.
quando adquiridos em conjunto.
Móveis e Utensílios
Edificações
Essa conta engloba os valores relativos às
Abrangem os edifícios que estão em mesas, cadeiras, arquivos, estantes, etc., que
operação, os imóveis ocupados pela tenham vida útil superior a um ano.
administração, fábrica, depósitos, filiais de
propriedade da empresa. Veículos

Não devem ser incluídos nessa conta os Classificam se nessa conta todos os veículos
valores relativos às instalações elétricas, de propriedade da empresa, utilizados pelo
hidráulicas, etc., que fazem parte da conta pessoal do departamento administrativo, de
instalações. vendas, ou de transporte. Os veículos
utilizados no processo produtivo, tais como
Instalações empilhadeiras, tratores e similares, podem ser
registrados na conta de equipamentos.
Nessa conta são registrados os equipamentos,
materiais e custos de implantação, relativos a Ferramentas e Peças de Reposição
instalações hidráulicas, sanitárias, de vapor,
de ar comprimido, de comunicações, de Peças maiores e equipamentos sobressalentes
climatização, etc., com a característica de devem ser classificados como ativo
serviços indiretos e auxiliares ao processo imobilizado quando a entidade espera usá-los
produtivo da empresa, que apesar de fazerem durante mais de 12 meses.
parte dos edifícios, devem ser segregadas,
uma vez que a sua vida útil e a depreciação Nessa conta também são registradas as peças
são diferentes. de reposição em estoque destinadas à
substituição ou manutenção das máquinas,
Máquinas e Equipamentos equipamentos, veículos, etc., classificados no
Ativo Imobilizado. Essas peças, quando
Engloba o conjunto de máquinas, aparelhos e utilizadas, serão contabilizadas como adição
equipamentos utilizados no processo de ao imobilizado em operação, e o valor das
produção de bens ou serviços da empresa, ou peças substituídas deve ser baixado dessa
seja, não são auxiliares, mas diretamente conta.
utilizados como base para a realização da
atividade da empresa. Por outro lado, os estoques mantidos pela
empresa, representados por material de
Equipamentos de Informática consumo, ferramentas e peças que serão
utilizados no processo produtivo ou utilizados
Incluem se nessa conta as unidades centrais nas operações normais da empresa, devem ser
de processamento, as unidades periféricas, classificados no grupo de Estoques -
bem como as impressoras e terminais. Almoxarifado, e à medida que são utilizados
ou consumidos serão apropriados como custo
ou despesa.
construção e instalação, até o momento em
Marcas e Patentes que os bens entram em operação, quando são
reclassificados para as contas específicas do
Nessa conta são registrados os gastos com grupo Imobilizado em Operação.
registro de marca, nome, invenções próprias
ou contratos de uso de marcas e patentes de O custo de um ativo de construção própria é
terceiros, sendo que, a partir de 01.01.2008, determinado usando os mesmos princípios
tais valores são contabilizados no Ativo aplicáveis a um ativo adquirido.
Intangível e não mais no Ativo Imobilizado.
Consórcios
Reflorestamentos e Jazidas
São classificados nessa conta os
Classificam se nessa conta custos relativos a adiantamentos por conta de fornecimento de
projetos de florestamento e reflorestamento bens, destinados ao Ativo Permanente, por
de propriedade da empresa, bem como os meio de consórcios antes do recebimento dos
custos incorridos na obtenção de direitos de mesmos. Quando do recebimento do bem, o
exploração de jazidas de minério e pedras valor constante dessa conta será transferido
preciosas. para uma conta específica do grupo
Imobilizado em Operação.
Benfeitorias em Propriedade de Terceiros
Os reajustes do valor das prestações a pagar,
São classificados nessa conta os valores após o recebimento do bem, serão
relativos às construções em terrenos reconhecidos contabilmente, tendo como
arrendados e as instalações e benfeitorias em contrapartida a conta de resultado intitulada
imóveis alugados, sejam de uso do setor Variações Monetárias Passivas.
administrativo ou produtivo da empresa, que
forem incorporados ao imóvel arrendado, e Importações em Andamento
revertam ao proprietário do imóvel no
término do contrato. As benfeitorias serão Serão registrados nessa conta todos os gastos
amortizadas em função da vida útil estimada incorridos desde a assinatura do contrato de
ou no período de vigência do contrato de câmbio (tais como: fretes, comissões,
locação ou arrendamento, dos dois o menor. seguros, impostos não recuperáveis, tarifas
aduaneiras, etc.), até o efetivo desembaraço
Bens do Ativo Imobilizado de Pequeno aduaneiro dos bens importados destinados ao
Valor Ativo Permanente.

A critério da empresa, poderá ser lançado Quando os bens importados forem


como custo ou despesa operacional o valor de desembaraçados, será efetuada a transferência
aquisição de bens do ativo permanente, cujo dos valores registrados nessa conta para a
prazo de vida útil não ultrapasse um ano ou o conta específica, do grupo Imobilizado em
valor unitário não seja superior a R$ 326,61 Operação.
(art. 301 do RIR/99 e art. 30 da Lei nº
9.249/95). As variações cambiais passivas ocorridas até
a data do desembaraço aduaneiro serão
IMOBILIZADO EM ANDAMENTO registradas como custo na conta de
Importação em Andamento. A partir da
Construções em Andamento entrada dos bens importados na empresa,
devem ser registradas como despesa
Nessa conta são classificados todos os gastos operacional, mediante obediência ao
com materiais, mão-de-obra direta e indireta princípio contábil da competência.
e outros gastos que a empresa incorrer na
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO As demais doações recebidas pela empresa
IMOBILIZADO serão apropriadas ao resultado do período
como receita.
A base de avaliação dos bens componentes do
Ativo Imobilizado é o seu custo de aquisição, Bens Incorporados ao Capital
ou seja, todos os gastos relacionados com a
aquisição dos bens e os necessários para Os bens que forem incorporados ao
colocá-lo em local e condições de uso no Patrimônio Líquido da empresa para
processo operacional da companhia. formação do capital social serão registrados
pelo seu valor de avaliação, estabelecido por
Bens Adquiridos três peritos ou por empresa especializada e
aprovado em assembléia geral (art. 8º da Lei
No caso de compra, o custo compreende o nº 6.404/76).
preço faturado pelo fornecedor acrescido de
todos os gastos necessários para poder REPAROS, MANUTENÇÕES E
efetivar a compra e instalar o bem, tais como: SUBSTITUIÇÃO DE PARTES OU PEÇAS
frete, seguro, comissões, desembaraço
aduaneiro, custos de instalação e montagem, Os gastos incorridos com melhorias,
custos com escritura e outros serviços legais e alterações, recuperações e reparos para
os impostos pagos, exceto quando ensejarem manter ou recolocar os ativos em condições
crédito fiscal. normais de uso serão agregados à conta que
registra o bem no grupo do Ativo Permanente
Os valores relativos a encargos financeiros e depreciados conforme prazo de vida útil
decorrentes de empréstimos e previsto, sempre que forem de valores
financiamentos, bem como os juros nas relevantes e aumentarem a vida útil
compras a prazo de bens do Ativo originalmente prevista para o bem. Caso
Imobilizado, não devem ser incluídos no contrário, serão lançados como despesas, à
custo dos bens adquiridos, mas lançados medida que os gastos são incorridos.
como despesas financeiras no resultado ou no
ativo diferido, se em fase de construção. Se há reconhecimento no valor contábil de
um item do imobilizado o custo da reposição
Bens Construídos de parte desse item, o valor contábil da parte
reposta deve ser baixado, independentemente
O custo dos bens construídos corresponde aos de ela ter sido depreciada separadamente.
gastos por aquisição dos materiais aplicados,
o da mão-de-obra e seus encargos e outros Perante a legislação do Imposto de Renda
custos diretos e indiretos relacionados com a pode ser lançado como custo ou despesa
construção, incorridos até a data da colocação operacional o valor de aquisição de bens para
dos mesmos em atividade. o Ativo Permanente, cujo prazo de vida útil
não ultrapasse um ano ou o valor unitário seja
Bens Recebidos em Doação ou Subvenções inferior a R$ 326,61 (art. 301 do RIR/99 e art.
Para Investimento 30 da Lei nº 9.249/95).

No caso de bens recebidos em doação ou BENS OBSOLETOS OU SUCATEADOS


subvenção para investimento, sem ônus para
a empresa, devem ser contabilizados pelo Tratando-se de bens obsoletos, sucateados ou
preço praticado no mercado, a crédito da totalmente depreciados, deverão permanecer
conta específica de Reserva de Capital (art. registrados contabilmente, pois a baixa
182, § 1º, letra "d" da Lei nº 6.404/76). contábil deve ser concomitante à baixa física
do bem, ou seja, com sua efetiva saída do
patrimônio da empresa, e o valor de
alienação, caso haja valor econômico aquisição ou deduzido como despesa
apurável, servirá para apuração da receita operacional.
eventual ou do valor efetivo da perda.
BAIXAS OU TRANSFERÊNCIAS
REVISÃO DO VALOR CONTÁBIL
O valor contábil de um item do ativo
O valor contábil do ativo imobilizado deve imobilizado deve ser baixado quando:
ser revisado periodicamente e quando o valor
recuperável for menor que o valor contábil a) alienado; ou
deve ser constituída provisão para perdas. b) não se prevê obter benefícios econômicos
futuros com seu uso ou venda.
A companhia deverá efetuar, periodicamente,
análise sobre a recuperação dos valores Ganhos ou perdas decorrentes da baixa de um
registrados no imobilizado, a fim de que item do ativo imobilizado devem ser
sejam: reconhecidos no resultado não-operacional
quando o item for baixado.
I - registradas as perdas de valor do capital
aplicado quando houver decisão de O ganho ou perda decorrente de baixa de um
interromper os empreendimentos ou item do imobilizado deve ser determinado
atividades a que se destinavam ou quando como a diferença entre o valor líquido da
comprovado que não poderão produzir venda, se houver, e o valor contábil do item.
resultados suficientes para recuperação desse
valor; ou O valor contábil de um item do ativo
imobilizado, quando for retirado da operação,
II - revisados e ajustados os critérios deve ser transferido para Investimentos,
utilizados para determinação da vida útil Realizável a Longo Prazo ou Ativo
econômica estimada e para cálculo da Circulante, conforme a destinação e reduzido
depreciação, exaustão e amortização. ao seu valor de realização quando este for
menor.
TRIBUTOS PAGOS NA AQUISIÇÃO DO ATIVO INTANGÍVEL
IMOBILIZADO
Os ativos intangíveis compreendem o leque
Os tributos pagos na aquisição de bens do de bens incorpóreos destinados à manutenção
imobilizado, quando não recuperáveis, devem da companhia ou exercidos com essa
fazer parte integrante do custo de aquisição. finalidade, inclusive o fundo de comércio
adquirido.
As contribuições sociais incidentes sobre o
faturamento ou receita bruta e sobre o valor Trata-se de um desmembramento do ativo
das importações, pagas pela pessoa jurídica imobilizado, que, a partir da vigência da Lei
na aquisição de bens destinados ao ativo 11.638/2007, ou seja, a partir de 01.01.2008,
permanente, serão acrescidas ao custo de passa a contar apenas com bens corpóreos de
aquisição, conforme art. 32 da Lei uso permanente. Deve ser ressaltado que,
10.865/2004. para as companhias abertas, a existência
desse subgrupo “Intangível” já se encontra
Perante a legislação do Imposto de Renda regulada pela Deliberação CVM nº 488/05.
(PN CST nº 02/79), o Imposto de
Transmissão na Aquisição de Bens Imóveis Como exemplos de intangíveis, os direitos de
(ITBI) pago pela pessoa jurídica na aquisição exploração de serviços públicos mediante
de bens do ativo permanente poderá, a seu concessão ou permissão do Poder Público,
critério, ser registrado como custo de marcas e patentes, softwares e o fundo de
comércio adquirido.
Mensalmente deve ser contabilizada a Nessa conta são registrados os ativos
amortização desses bens, em conta redutora intangíveis, ou seja, os gastos com registro de
específica. marca, nome, invenções próprias ou contratos
de uso de marcas e patentes de terceiros.
TRANSFERÊNCIA
Direitos de Uso – Softwares
Os valores intangíveis que, em 01.01.2008,
estavam contabilizados no imobilizado, Nesta conta serão registrados os custos pagos
devem ser transferidos, nesta data, para o ou relativos à elaboração de programas de
subgrupo de contas denominado “Ativo computador, amortizados com base na
Intangível”. estimativa de vida útil dos mesmos.

Exemplo: Fundo de Comércio

Transferência relativa aos saldos das contas Compreende os valores pagos a título de
“Marcas e Patentes”, no valor de R$ aquisição de direitos para exploração de
100.000,00 e respectiva amortização pontos comerciais, amortizados com base no
acumulada de R$ 40.000,00, existentes nas prazo de fruição de tais direitos.
contas do imobilizado, em 01.01.2008: AUDITORIA

D - Marcas e Patentes (Ativo Intangível) Uma auditoria é uma revisão das


C - Marcas e Patentes (Ativo Imobilizado) demonstrações financeiras, sistema
R$ 100.000,00 financeiro, registros, transações e operações
de uma entidade ou de um projeto, efetuada
D - Amortizações Acumuladas – Marcas e por contadores, com a finalidade de assegurar
Patentes (Ativo Imobilizado) a fidelidade dos registros e proporcionar
C - Amortizações Acumuladas – Marcas e credibilidade às demonstrações financeiras e
Patentes (Ativo Intangível) outros relatórios da administração.
R$ 40.000,00
A auditoria também identifica deficiências no
AVALIAÇÃO sistema de controle interno e no sistema
financeiro e apresenta recomendações para
melhorá-los.
Os direitos classificados no intangível devem
ser avaliados pelo custo incorrido na
aquisição deduzido do saldo da respectiva As auditorias podem diferir substancialmente,
conta de amortização, feita em função do dependendo de seus objetivos, das atividades
prazo legal ou contratual de uso dos direitos para os quais se utilizam as auditorias e dos
ou em razão da sua vida útil econômica, deles relatórios que se espera receber dos auditores.
o que for menor.
Em geral, as auditorias podem ser
O fundo de comércio e outros valores classificadas em três grupos:
intangíveis adquiridos são avaliados pelo
valor transacionado, deduzido das respectivas 1. auditoria financeira;
amortizações, calculadas com base na 2. auditoria de cumprimento e
estimativa de sua utilidade econômica. (NBC 3. auditoria operacional.
4.2.7.3.)
AUDITORIA FINANCEIRA
Marcas e Patentes
No caso da auditoria financeira, há interesse contabilidade é necessária para atender ás
na auditoria das demonstrações financeiras da normas fiscais do governo, por exemplo).
entidade como um todo.
A auditoria de cumprimento engloba a
O objetivo geral de uma auditoria das revisão, comprovação e avaliação dos
demonstrações financeiras é fazer com que o controles e procedimentos operacionais de
auditor expresse uma opinião sobre se as uma entidade.
demonstrações financeiras estão
razoavelmente apresentadas de acordo com A auditoria operacional é um exame mais
os princípios de contabilidade geralmente amplo da administração, recursos técnicos e
aceitos. desempenho de uma organização. O
propósito desta auditoria é medir o grau em
O auditor avalia a apresentação razoável das que as atividades da entidade estão
demonstrações financeiras por meio da alcançando seus objetivos.
obtenção de evidências de auditoria de uma
forma detalhada e cuidadosa. Quando o AUMENTO DE CAPITAL
auditor, com base em evidências adequadas,
suficientes, competentes e pertinentes, 1. COM LUCROS ACUMULADOS E
conclui que as demonstrações financeiras RESERVAS DE LUCROS
estão livres de erros importantes, emite uma
opinião sobre sua razoabilidade e anexa essa É comum as empresas, visando fortalecer a
opinião às demonstrações financeiras. situação patrimonial e financeira dos seus
negócios, capitalizarem parte dos lucros
O auditor não assegura ou garante a correção gerados, na forma de aumento de capital.
da apresentação das demonstrações
financeiras, porém tem uma grande O registro contábil correspondente ao
responsabilidade em informar aos usuários se aumento do capital social mediante
as demonstrações financeiras estão aproveitamento de lucros acumulados ou de
adequadamente apresentadas. Se o auditor reservas é realizado mediante a transferências
considera que as demonstrações financeiras do (s) valor (es) correspondentes á conta de
não estão razoavelmente apresentadas, ou se capital social.
não pode chegar a uma conclusão devido à
falta de evidências ou outras condições Exemplo:
prevalecentes, então tem a responsabilidade
de comunicar também aos usuários dessas
Capitalização mediante incorporação de
demonstrações financeiras, através de seu
lucros acumulados de R$ 50.000,00 e
parecer.
reservas de lucros de R$ 100.000,00.
AUDITORIA DE CUMPRIMENTO E
D – Lucros Acumulados (Patrimônio
OPERACIONAL
Líquido) R$ 50.000,00
D – Reserva de Lucros (Patrimônio Líquido)
A auditoria de cumprimento e a auditoria R$ 100.000,00
operacional têm objetivos específicos e C – Capital Social (Patrimônio Líquido) R$
podem ou não estar relacionadas á 150.000,00
contabilidade de uma entidade. Normalmente,
a contabilidade é base destes exames. Daí sua
2. CAPITALIZAÇÃO DE OUTRAS
importância para diferentes usuários e
RESERVAS
objetivos. Vemos que a contabilidade não é
uma ciência com um único usuário, como
pensam alguns (muitas pessoas sabem que a A capitalização de outras reservas (como as
de capital ou de reavaliação de bens) será
procedida da mesma forma, debitando-se a D – Bancos Cta. Movimento (Ativo
reserva correspondente e creditando-se o Circulante)
Capital Social. C – Capital a Integralizar (Patrimônio
Líquido)
3. COM ENTRADA DE NOVO SÓCIO
Se a integralização do Capital for mediante
A entrada de novo sócio normalmente é bens imóveis (edificações), teremos:
procedida de alteração contratual, com
subscrição de capital. D – Edificações (Imobilizado)
C – Capital a Integralizar (Patrimônio
A subscrição pode ou não ser procedida com Líquido)
integralização (em numerário ou bens)
imediata. BAIXA DE BENS OU DIREITOS DO
ATIVO PERMANENTE
Normalmente, no plano de contas, utiliza-se a
seguinte estrutura para visualizar o Capital A alienação, baixa ou obsolescência de bens
Social subscrito e integralizado: ou direitos do ativo permanente deve ser
contabilizada, para apuração do ganho de
2.4.1 Capital Social Subscrito e Integralizado capital, tributável pelo Imposto de Renda e
Contribuição Social sobre o Lucro.
2.4.1 01 Capital Subscrito
VALOR CONTÁBIL DO BEM
2 4 1 02 (-) Capital a Integralizar
2 4 1 02 001 (-) Sócio 1 Para efeito de apuração do ganho de capital,
2 4 1 02 002 (-) Sócio 2 considera-se valor contábil:

Nota: os números à frente das contas e 1 - INVESTIMENTOS PERMANENTES:


subcontas referem-se apenas ao modelo
proposto, sendo variável de acordo com o Participações societárias avaliadas pelo custo
plano de contas efetivo da empresa. de aquisição: o valor de aquisição.

A subconta “Capital Subscrito” é de natureza Participações societárias avaliadas pelo valor


credora, e a “Capital a Integralizar” é de de Patrimônio Líquido: Soma algébrica dos
natureza devedora. A soma do Capital seguintes valores:
Subscrito e do Capital a Integralizar totalizará
a conta “Capital Social Subscrito e – valor de Patrimônio Líquido pelo qual o
Integralizado”. investimento estiver registrado;
– ágio ou deságio na aquisição do
Portanto, há necessidade de 2 lançamentos investimento;
contábeis, por ocasião do aumento de capital: – provisão para perdas, constituídas até 31-
12-1995, quando dedutível.
1. Registro da subscrição do Capital Social:
2 - OURO NÃO CONSIDERADO ATIVO
D – Capital a Integralizar (Patrimônio FINANCEIRO
Líquido)
C – Capital Subscrito (Patrimônio Líquido) O valor de aquisição.

2. Registro da integralização do Capital 3 - DEMAIS BENS E DIREITOS DO


Social (mediante depósito bancário): ATIVO PERMANENTE
O custo de aquisição, diminuído dos encargos – valor mensal, no caso de valores registrados
de depreciação, amortização ou exaustão a partir de 1-1-1987;
acumulada.
c) corrigir o valor original, até 31-1-1989,
EMPRESAS QUE NÃO CONTROLAM mediante multiplicação da quantidade em
OS BENS INDIVIDUALMENTE OTN pelo valor de NCz$ 6,92;
d) converter o valor corrigido em 31-1-89 em
Os bens não controlados individualmente quantidade de BTNF através da sua divisão
serão agrupados em uma mesma conta ou pelo valor do BTNF de NCz$ 1,0000;
subconta, desde que tenham idêntica e) multiplicar a quantidade de BTNF apurado
natureza, igual taxa de depreciação e ano de na letra “d” por CR$ 126,8621 e dividir o
aquisição. resultado pelo FAP de 01-02-1991 (CR$
126,8621), convertendo o valor em
Nesse caso, para proceder à baixa de qualquer quantidade de FAP;
desses bens, deverá observar o seguinte: f) a quantidade de FAP obtida na letra “e”
deve ser multiplicada por CR$ 597,06 (FAP
BENS OU DIREITOS ADQUIRIDOS ATÉ de dezembro/1991) e o resultado dividido por
31-01-1989 CR$ 597,06 (UFIR de 02-01-1992);
g) multiplicar o valor em UFIR determinado
O custo a ser baixado será determinado do conforme a letra “f” pelo valor de R$ 0,8287
seguinte modo: (UFIR vigente em 01-01-1996);
h) baixar na contabilidade e no controle do
Ativo Imobilizado adotado o valor apurado
a) identificar o valor original e a época de
na letra “g”, bem como os acréscimos
aquisição do bem ou direito a ser baixado,
posteriores a 01-01-1996.
inclusive dos acréscimos ao custo e
reavaliações anteriores ao início do período
de apuração; BENS OU DIREITOS ADQUIRIDOS DE
b) converter o valor do bem para OTN 01-02-1989 A 31-01-1991
através de sua divisão pelo valor da
ORTN/OTN na época da aquisição e de cada O custo a ser baixado corresponderá ao
acréscimo ao custo ou reavaliação, resultado das seguintes operações:
observando:
a) identificar o valor original e a época de
– o valor nominal da ORTN estipulado para o aquisição do bem a ser baixado, inclusive os
respectivo ano, quando se tratar de aquisições acréscimos ao custo e reavaliações
registradas até 31-12-1976; posteriores;
– o valor médio trimestral, em função do b) converter o valor para BTN Fiscal através
período de apuração do contribuinte, no caso de sua divisão pelo valor do BTN Fiscal do
de adições ocorridas a partir de 1º de janeiro dia de aquisição ou acréscimo;
de 1977 e até a data do balanço de c) multiplicar a quantidade de BTNF
encerramento do exercício social iniciado em determinada na letra “b” pelo BTNF de 01-
1978, sujeito à correção especial do Ativo 02-1991 (Cr$ 126,8621);
Imobilizado; d) converter o valor apurado na letra “c” em
– o valor médio trimestral ou o valor mensal, quantidade de FAP, mediante a sua divisão
conforme o contribuinte tenha optado pelo pelo FAP de janeiro/1991 (Cr$ 126,8621);
registro em partidas trimestrais ou mensais, e) multiplicar a quantidade de FAP obtida na
em relação aos bens registrados após o letra “d” pelo FAP de Cr$ 597,06 (FAP de
balanço de abertura de exercício social dezembro/1991);
iniciado em 1978 e até o balanço de 31-12- f) converter em UFIR DIÁRIA o valor
1986; apurado na letra “e”, dividindo-o pela UFIR
do dia 2-1-1992 (Cr$ 597,06); a) determina-se o valor que serviu de base à
g) multiplicar a quantidade de UFIR apurada correção complementar, que corresponderá:
na letra “f” pelo valor de R$ 0,8287 (UFIR
vigente em 1-1-1996); – ao valor corrigido até 31-12-1989, no caso
h) baixar, na contabilidade e no controle do de bens adquiridos até aquela data. A
Ativo Imobilizado adotado, o valor apurado quantidade de BTNF correspondente
na letra “g” bem como os acréscimos ao bem baixado deve ser multiplicada por
posteriores a 1-1-1996. NCz$ 10,9518 (BTNF de 31-12-1989);
– ao valor original em cruzeiros do custo de
CORREÇÃO COMPLEMENTAR PELO aquisição, no caso de bens adquiridos no
IPC/90 período de apuração de 1990;

No caso de bens e direitos adquiridos até 31- b) multiplica-se o valor obtido em “a”
12-1990, também deve ser baixado o valor da pelo índice do IPC correspondente:
correção complementar pela diferença entre o – a 31-12-1989, ou seja, 18,9472, se o
IPC e o BTNF em 1990, procedida de acordo bem foi adquirido até 31-12-1989;
com o artigo 3º da Lei 8.200/91.
– ao mês da aquisição ou acréscimo, no
caso de bens adquiridos ou acrescidos em
Nesse caso, para determinar o valor a ser
1990. Os coeficientes do IPC são os
baixado, procede-se do seguinte modo:
seguintes:

MÊS Coeficiente
dezembro-89 18,9472
janeiro-90 18,9472
fevereiro-90 12,1371
março-90 7,0246
abril-90 3,8111
maio-90 2,6320
junho-90 2,4400
julho-90 2,2273
agosto-90 1,9725
setembro-90 1,7607
outubro-90 1,5615
novembro-90 1,3673
dezembro-90 1,1830

c) multiplica-se a quantidade de BTNF do 12-90);


bem a ser baixado, bem como dos respectivos f) a quantidade de BTNF obtida em “e” deve
acréscimos ou reavaliações, pelo BTNF de ser multiplicada por Cr$ 126,8621 (BTNF de
31-12-1990 (Cr$ 103,5081); 1-2-91) e convertida em quantidade de Fator
d) o valor determinado na forma da letra “b” de Atualização Patrimonial - FAP, com base
deve ser diminuído do valor corrigido até 31- no valor de Cr$ 126,8621 (FAP de 1-2-1991);
12-1990 (letra “c”);
e) a diferença obtida na letra “d” deve ser g) o valor obtido em “f” deve ser
convertida em quantidade de BTNF, mediante multiplicado pelo FAP do mês de
sua divisão por Cr$ 103,5081 (BTNF de 31- dezembro/1991 (Cr$ 597,06);
h) o valor obtido em “g” deve ser convertido a) converter o valor adquirido ou acrescido
pela UFIR de 02-01-1992 (Cr$ 597,06); pela UFIR do trimestre da aquisição ou do
i) o valor em quantidade de UFIR apurado na acréscimo;
letra “h” será multiplicado por R$ 0,8287 b) multiplicar a quantidade de UFIR apurada
(UFIR vigente em 1-1-1996), obtendo-se na letra “a” pelo valor de R$ 0,8287 (UFIR
assim o valor da correção complementar pelo vigente em 1-1-1996);
IPC/90, a ser acrescido ao custo de aquisição, c) baixar, na contabilidade e no controle do
para efeito de apuração do ganho ou perda de Ativo Imobilizado adotado, o valor apurado
capital. na letra “b”, bem como os acréscimos
posteriores a 1-1-1996.
BENS OU DIREITOS ADQUIRIDOS A
PARTIR DE 01-01-1992 ATÉ 31-08-1994 CORREÇÃO ESPECIAL DO ATIVO
PERMANENTE
Os valores adquiridos a partir de 01-01-1992
e até 31-08-1994 devem ser baixados do A Lei 8.200/91, em seu artigo 2º, facultou às
seguinte modo: empresas corrigir monetariamente os bens do
seu Ativo Permanente, com base em índice à
a) converter o valor adquirido ou acrescido sua escolha, que refletisse, em nível nacional,
pela UFIR do dia da aquisição ou do variação geral de preços.
acréscimo;
b) multiplicar a quantidade de UFIR apurada Se a empresa efetuou a correção especial do
na letra “a” pelo valor de R$ 0,8287 (UFIR artigo 2º da Lei 8.200/91 sobre o bem a ser
vigente em 1-1-1996); baixado, deve determinar o valor dessa
c) baixar, na contabilidade e no controle do correção, a fim de proceder à sua baixa.
Ativo Imobilizado adotado, o valor apurado
na letra “b”, bem como os acréscimos A dificuldade para baixa dessa correção
posteriores a 01-01-1996. especial somente existirá se houve correção
de diversos bens e não se procedeu ao
BENS OU DIREITOS ADQUIRIDOS A registro individualizado.
PARTIR DE 01-09-1994 ATÉ 31-12-1994
Nesse caso, deve proceder do seguinte modo:
Os valores adquiridos a partir de 01-09-1994
até 31-12-1994 devem ser baixados do a) determinar o valor que serviu de base à
seguinte modo: correção especial;
b) aplicar sobre o valor da letra “a” o índice
a) converter o valor adquirido ou acrescido de variação escolhido pela empresa;
pela UFIR do mês da aquisição ou acréscimo; c) dividir o valor determinado em “b” por Cr$
b) multiplicar a quantidade de UFIR apurada 126,8621, convertendo-o em quantidade de
na letra “a” pelo valor de R$ 0,8287 (UFIR FAP;
vigente em 1-1-1996); d) multiplicar a quantidade de FAP por Cr$
c) baixar, na contabilidade e no controle do 597,06 (FAP de dezembro/1991);
Ativo Imobilizado adotado, o valor apurado e) converter, em quantidade de UFIR, o valor
na letra “b”, bem como os acréscimos obtido na letra “d”, mediante a sua divisão
posteriores a 01-01-1996. por Cr$ 597,06 (UFIR de 2-1-1992);
f) multiplicar a quantidade de UFIR obtida
BENS OU DIREITOS ADQUIRIDOS DE em “e” pelo valor de R$ 0,8287 (UFIR
01-01-1995 A 31-12-1995 vigente em 1-1-1996);
g) baixar na contabilidade e no controle do
Os valores adquiridos nesse período devem Ativo Imobilizado adotado, o valor apurado
ser baixados da seguinte maneira: na letra “f”;
h) o valor corrigido até 31-12-1995 será BAIXA DOS ENCARGOS DE
acrescido ao custo de aquisição do bem a ser DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E
baixado para apuração do ganho ou perda de EXAUSTÃO ACUMULADOS
capital.
BENS OU DIREITOS ADQUIRIDOS ATÉ
O valor da correção especial do bem objeto 31-12-1995
da baixa poderá ser deduzido normalmente na
determinação do resultado do período de O valor da depreciação, amortização ou
apuração em que ocorreu a baixa. exaustão acumulada, a ser baixado no Razão
Auxiliar e na contabilidade, deve ser
No entanto, cabe observar que a baixa de determinado do seguinte modo:
bens do Ativo Permanente, que foram objeto
da correção especial do Art. 2º da Lei a) determinar a percentagem total do encargo
8.200/91, implica a realização da Reserva acumulado até o último balanço. Para tanto,
Especial constituída em 31-1-91, ainda que devem ser tomadas por base a taxa do
ela já tenha sido incorporada ao Capital encargo e a época da aquisição e dos
Social. acréscimos ao custo, assim como as
reavaliações do bem a ser baixado;

b) aplicar a percentagem mencionada sobre o deve ser aplicada sobre o valor em UFIR da
valor em UFIR do bem a ser baixado; correção complementar do bem a ser baixado;
c) proceder à baixa do encargo na c) proceder à baixa do encargo na
escrituração e no controle do Ativo escrituração e no controle do Ativo
Imobilizado adotado, do valor correspondente Imobilizado adotado.
à multiplicação do valor em UFIR,
determinado de acordo com a letra “b” deste CORREÇÃO ESPECIAL DO ATIVO
subitem, pelo valor de R$ 0,8287 (UFIR PERMANENTE
vigente em 1-1-1996), bem como do valor
dos encargos apropriados a partir de 1-1- Se houve contabilização da correção especial
1996. prevista no 2º da Lei 8.200/91 sobre o bem do
Ativo Permanente que está sendo baixado,
CORREÇÃO COMPLEMENTAR PELO deve realizar as seguintes operações:
IPC/90 – LEI 8.200/91, Art. 3º
a) determinar o valor, em quantidade de
No caso de bens adquiridos até 1990, também UFIR, da correção especial relativa ao bem a
será necessário baixar a correção ser baixado;
complementar pela diferença entre o BTNF e b) a percentagem total do encargo acumulado
o IPC em 1990, referente ao encargo de deve ser aplicada sobre o valor em UFIR da
depreciação, amortização ou exaustão correção especial relativa ao bem a ser
porventura registrado. baixado;
c) multiplicar a quantidade de UFIR obtida na
O valor da correção complementar do forma da letra “b” pelo valor de R$ 0,8287
encargo, corrigido até 31-12-1995, será (UFIR vigente em 1-1-1996);
determinado como segue: d) proceder à baixa do encargo na
escrituração e no controle do Ativo
a) determinar o valor em quantidade de UFIR Imobilizado adotado, no valor correspondente
da correção complementar do IPC/90, relativa ao apurado na letra “c”, bem como aos
ao bem a ser baixado. encargos apropriados a partir de 1-1-1996;
b) a percentagem total do encargo acumulado, e) realizar a Reserva Especial constituída no
Patrimônio Líquido na mesma proporção dos Passo 2 – DETERMINAÇÃO DOS
encargos baixados. ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO
ACUMULADOS ATÉ 31-12-2002:
BENS ADQUIRIDOS A PARTIR DE 01-01-
1996 Ano e Taxa de Depreciação do Período (%)

Para a baixa dos encargos acumulados 1994 ........................................7,500


referentes aos bens adquiridos a partir de 01- 1995 ........................................10,00
01-1996 serão observados os seguintes 1996 ........................................10,00
procedimentos: 1997 ........................................10,00
1998 ........................................10,00
a) determinar a percentagem total do encargo 1999 ........................................10,00
acumulado até o balanço anterior; 2000 ........................................10,00
b) aplicar a percentagem mencionada na letra 2001 ........................................10,00
“a” sobre o custo de aquisição do bem a ser 2002 ........................................10,00
baixado; Total .........................................87,50
c) proceder à baixa do encargo acumulado na
escrituração contábil. Percentagem total da depreciação sobre o
custo de aquisição: 6.316,8201 UFIR x
Exemplo 1: 87,50% = 5.527,2176 UFIR
Valor dos encargos de depreciação
Empresa enquadrada no lucro real anual em acumulados, corrigidos até 31-12-1995:
2003 aliena um bem de seu ativo permanente, 5.527,2176 UFIR x R$ 0,8287 = R$ 4.580,41
contabilizado em móveis e utensílios.
Passo 3 – RESUMO DOS SALDOS DO
– Valor original de aquisição: CR$ BEM EM 31-12-2002:
4.000.000,00;
– Data da aquisição: 18-04-1994; MÓVEIS E UTENSÍLIOS R$ 5.234,75
– Valor da venda: R$ 1.000,00; DEPRECIAÇÃO ACUMULADA/MÓVEIS
– Data da venda: 10-09-2003; E UTENSÍLIOS R$ 4.580,41
– Data do último balanço: 31-12-2002;
– Apropriação dos encargos: anual; Passo 4 – CONTABILIZAÇÃO DA BAIXA:
– Taxa anual de depreciação: 10%;
– Não houve acréscimo ao custo original do Pelo recebimento do valor da venda:
bem.
D – Caixa/Bancos Conta Movimento
Passo 1 – DETERMINAÇÃO DO CUSTO (Disponibilidades)
CORRIGIDO DO BEM C – Ganhos ou Perdas de Capital (Resultado
Não Operacional)
Custo corrigido: R$ 1.000,00
Valor da aquisição: CR$ 4.000.000,00
UFIR da data de aquisição: CR$ 633,23 Pela baixa do valor contábil do bem:
Valor original convertido em UFIR:
CR$ 4.000.000,00 dividido por CR$ 633,23 = D – Ganhos ou Perdas de Capital (Resultado
6.316,8201 UFIR Não Operacional)
Valor corrigido em 31-12-1995: 6.316,8201 C – Móveis e Utensílios (Imobilizado – Ativo
UFIR x R$ 0,8287 = R$ 5.234,75 Permanente)
R$ 5.234,75

Pela baixa da depreciação acumulada do bem:


D – Depreciação Acumulada de Móveis e Passo 2 – RESUMO DOS SALDOS DO
Utensílios (Imobilizado - Ativo Permanente) BEM EM 31-12-2002:
C – Ganhos ou Perdas de Capital (Resultado
Não Operacional) MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS R$
R$ 4.580,41 15.000,00
DEPRECIAÇÃO ACUMULADA/
Resumo para fins de apuração do MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS R$
ganho/perda de capital: 9.625,50
Valor da Venda R$ 1.000,00
Menos: custo corrigido do bem R$ 5.234,75 Passo 3 - CONTABILIZAÇÃO DA BAIXA:
Mais: depreciação do bem R$ 4.580,41
Igual a: ganho ou perda de capital: R$ 345,66 Pelo recebimento do valor da venda:
(ganho de capital).
D – Caixa/Bancos Conta Movimento
Exemplo 2: (Disponibilidades)
C – Ganhos ou Perdas de Capital (Resultado
Empresa enquadrada no lucro real que apura Não Operacional)
balancetes mensais de suspensão e redução R$ 2.000,00
do imposto em 2003 que aliena o seguinte
equipamento: Pela baixa do valor contábil do bem:

– Valor original de aquisição: R$ 15.000,00; D – Ganhos ou Perdas de Capital (Resultado


– Data de aquisição: 05-11-1996; Não Operacional)
– Valor da venda: R$ 2.000,00; C – Máquinas e Equipamentos (Imobilizado –
– Data da venda: 15-04-2003; Ativo Permanente)
– Apropriação dos encargos: mensal R$ 15.000,00
– Taxa anual de depreciação: 10%;
– Não houve acréscimos ao custo original do Pela baixa da depreciação acumulada do bem:
equipamento.
D – Depreciação Acumulada - Móveis e
Passo 1 – DETERMINAÇÃO DOS Utensílios (Imobilizado - Ativo Permanente)
ENCARGOS ACUMULADOS SOBRE O C – Ganhos ou Perdas de Capital (Resultado
VALOR DO BEM EM 31-03-2003 (último Não Operacional)
balancete levantado antes da baixa): R$ 9.625,50

Ano e Taxa de Depreciação do Período (%) Resumo para fins de apuração do


ganho/perda de capital:
Ano 1996...................................1,67
Ano 1997.................................10,00 Valor da Venda R$ 2.000,00
Ano 1998.................................10,00 Menos: custo do bem R$ 15.000,00
Ano 1999.................................10,00 Mais: depreciação do bem R$ 9.625,50
Ano 2000.................................10,00 Igual a: ganho ou perda de capital: R$
Ano 2001.................................10,00 3.374,50 (perda de capital).
Ano 2002.................................10,00
Janeiro a Março/2003.................2,50 BALANÇO DE ABERTURA
Total ........................................64,17
Ocorrendo a mudança de regime tributário,
Valor dos encargos de depreciação de lucro presumido para lucro real, a pessoa
acumulados: R$ 15.000,00 x 64,17% = R$ jurídica que não manteve escrituração
9.625,50 contábil fica obrigada a realizar levantamento
patrimonial no dia 1o de janeiro seguinte ao No ativo deverão ser inventariados: o
do último período-base em que foi tributada dinheiro em caixa e em bancos, as
pelo lucro presumido, a fim de proceder a mercadorias, os produtos, as matérias primas,
balanço de abertura e iniciar a escrituração as duplicatas a receber, os bens do ativo
contábil (parágrafo único do artigo 19 da Lei permanente, etc., incluindo-se os valores
8.541/1992). relativos á depreciação dos bens do
imobilizado, como se tivessem sido
Pode ocorrer também que, por motivos de contabilizados nos períodos anteriores.
perda de dados ou destruição de arquivos,
fichas, livros e demais documentos contábeis, No passivo deverão ser arroladas todas as
a empresa não tenha condições de reconstituir obrigações e no patrimônio líquido o capital
sua escrita, sendo obrigada a levantar um registrado e a diferença (devedora ou credora)
balanço para reiniciar sua escrituração fiscal a do ativo menos o passivo exigível e capital
partir de determinada data. social.

O levantamento patrimonial deverá incluir Exemplo:


todos os bens do ativo, o patrimônio líquido e
as obrigações. Determinada empresa, que não mantinha
escrituração contábil, apurou os seguintes
valores patrimoniais em 31.12.2006:

Discriminação Valor R$
Caixa 15.000,00
Saldo c/c Banco do Brasil 4.700,00
Saldo c/c CEF 2.800,00
Aplicação FIF CEF 27.500,00
Duplicatas a Receber 79.500,00
Estoques 45.700,00
Veículos 15.500,00
Depreciação Veículos (6.450,00)
Máquinas e Equipamentos 9.400,00
Depreciação Máquinas e Equipamentos (3.150,00)
SOMA DO ATIVO 190.500,00
Fornecedores 37.990,00
Salários a Pagar 10.400,00
Tributos a Pagar 7.500,00
Capital Social 50.000,00
SOMA DO PASSIVO 105.890,00
Lucro ou Prejuízo (Ativo - Passivo) 84.610,00

A contabilização do balanço de abertura, em 01.01.2007, deverá ser como a que segue:

Conta Débito Crédito


Caixa 15.000,00
Saldo c/c Banco do Brasil 4.700,00
Saldo c/c CEF 2.800,00
Aplicação FIF CEF 27.500,00
Duplicatas a Receber 79.500,00
Estoques 45.700,00
Veículos 15.500,00
Máquinas e Equipamentos 9.400,00
Balanço de Abertura 200.100,00

Conta Débito Crédito


Balanço de Abertura 200.100,00
Depreciação Veículos 6.450,00
Depreciação Máquinas e Equipamentos 3.150,00
Fornecedores 37.990,00
Salários a Pagar 10.400,00
Tributos a Pagar 7.500,00
Capital Social 50.000,00
Lucros Acumulados 84.610,00

Nota: o prejuízo eventualmente apurado em levantamento patrimonial realizado não poderá ser
compensado na apuração do lucro real, tendo em vista tratar-se de prejuízo meramente contábil.

BALANÇO PATRIMONIAL é constituído pelo Ativo, pelo Passivo e pelo


Patrimônio Líquido.
Balanço Patrimonial é a demonstração
contábil destinada a evidenciar, qualitativa e O Ativo compreende os bens, os direitos e as
quantitativamente, numa determinada data, a demais aplicações de recursos controlados
posição patrimonial e financeira da Entidade. pela entidade, capazes de gerar benefícios
econômicos futuros, originados de eventos
No balanço patrimonial, as contas deverão ser ocorridos.
classificadas segundo os elementos do
patrimônio que registrem e agrupadas de O Passivo compreende as origens de recursos
modo a facilitar o conhecimento e a análise representados pelas obrigações para com
da situação financeira da empresa. terceiros, resultantes de eventos ocorridos que
exigirão ativos para a sua liquidação.
De acordo com o § 1º do artigo 176 da Lei
6.404/76, as demonstrações de cada exercício O Patrimônio Líquido compreende os
serão publicadas com a indicação dos valores recursos próprios da Entidade, e seu valor é a
correspondentes das demonstrações do diferença positiva entre o valor do Ativo e o
exercício anterior. valor do Passivo. Quando o valor do Passivo
for maior que o valor do Ativo, o resultado é
COMPOSIÇÃO denominado Passivo a Descoberto. Portanto,
a expressão Patrimônio Líquido deve ser
Conforme Lei 6.404/76 (artigos 176 a 182 e substituída por Passivo a Descoberto.
artigo 187) e NBC T.3, o Balanço Patrimonial
AGRUPAMENTO
Os elementos da mesma natureza e os saldos A conciliação consiste, basicamente, na
de reduzido valor quando agrupados, e desde comparação do saldo de uma conta com uma
que seja indicada a sua natureza e nunca informação externa à contabilidade, de
devem ultrapassar, no total, um décimo do maneira que se possa ter certeza quanto à
valor do respectivo grupo de contas, sendo exatidão do saldo em análise.
vedada a utilização de títulos genéricos como
"diversas contas" ou "contas correntes". As fontes de informações mais usuais para
verificação dos registros contábeis são os
PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO livros fiscais, os extratos bancários, as
DO BALANÇO posições de financiamentos e carteiras de
cobranças, as folhas de pagamento, os
Ao término do exercício, como se faz em controles de caixa, etc.
todos os meses, procede-se ao levantamento
do balancete de verificação, com o objetivo AJUSTES E RECLASSIFICAÇÕES
de conhecer os saldos das contas do razão e PATRIMONIAIS
conferir sua exatidão.
Para elaboração do balanço devem ser
No balancete são relacionadas todas as contas efetuados vários ajustes e reclassificações nas
utilizadas pela empresa, quer patrimoniais contas patrimoniais, entre os mais comuns
quer de resultado, demonstrando seus débitos, são:
créditos e saldos.
1 – na data da elaboração do balanço
As contas do balancete, no fim do exercício, (geralmente 31 de dezembro), prepara-se o
sejam patrimoniais ou de resultado, nem balancete de verificação, da mesma forma ao
sempre representam, entretanto, os valores que se faz mensalmente;
reais do patrimônio, naquela data, nem as
variações patrimoniais do exercício, porque 2 – confronta-se o saldo de cada conta do
os registros contábeis não acompanham a razão com os livros auxiliares tais como:
dinâmica patrimonial no mesmo ritmo em livro caixa, contas correntes, registro de
que ela se desenvolve. duplicatas, fichas de estoques de mercadorias,
fichas de controle do ativo permanente;
Desta forma, muitos dos componentes
patrimoniais aumentam ou diminuem de 3 – elabora-se o inventário dos materiais, de
valor, sem que a contabilidade registre tais mercadorias, dos produtos manufaturados,
variações, bem como muitas das receitas e dos produtos em elaboração, dos móveis e
despesas, recebidas ou pagas durante o utensílios, das máquinas e equipamentos, das
exercício, não correspondem realmente aos duplicatas a receber e a pagar, dos devedores
ingressos e ao custo do período. e credores em contas correntes, e de outros
componentes patrimoniais suscetíveis de
Daí a necessidade de se proceder ao ajuste serem inventariados;
das contas patrimoniais e de resultado, na
data do levantamento do balanço, para que 4 – após elaborar o inventário, confrontam-se
elas representem, em realidade, os seus totais com os saldos das respectivas
componentes do patrimônio nessa data, bem contas e dos registros específicos de cada
como suas variações no exercício. bem. Caso sejam constatadas divergências, e
apuradas suas causas, deve-se proceder aos
CONCILIAÇÕES DOS SALDOS ajustes;
CONTÁBEIS
5 – efetua-se os cálculos de depreciação dos
bens, procedendo-se aos respectivos
lançamentos. Nas empresas que apuram aos detentores de partes beneficiárias. Tais
custos mensais, as depreciações são valores devem ser contabilizados no
apropriadas mensalmente; encerramento do exercício.

6 – procede-se à regularização das contas de PROVISÃO DO IMPOSTO DE RENDA E


despesas dos exercícios seguintes (seguros a CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O
apropriar, assinaturas de periódicos, etc.) LUCRO

7 – apura-se o resultado da conta de Calcula-se a provisão para o Imposto de


mercadorias, transferindo-o para a conta de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro
resultados; Líquido, de acordo com as normas tributárias
vigentes, fazendo-se a respectiva
8 – ajusta-se outras contas patrimoniais, contabilização.
como os investimentos (cálculo da
Equivalência Patrimonial), transferência das LANÇAMENTOS DE ENCERRAMENTO
parcelas a vencer no exercício seguinte do DO EXERCÍCIO
exigível a longo prazo para o circulante,
variações cambiais e monetárias sobre os Para apuração do resultado do exercício, faz-
valores a receber e pagar (do tipo se os lançamentos de encerramento,
empréstimos bancários), apropriação dos debitando-se as contas de receitas e
juros sobre aplicações financeiras, etc. creditando-se uma conta transitória, chamada
de “apuração do resultado do exercício”.
CÁLCULO DAS PARTICIPAÇÕES NO
RESULTADO O inverso é efetuado nas contas de despesas e
custos, debitando-se a conta “apuração do
Algumas empresas destinam parte de seus resultado do exercício” e creditando-se as
lucros aos empregados, aos administradores, contas de custos ou despesas

Exemplo:

Conta Débito Crédito


Receitas de Vendas de Mercadorias 1.500.000,00
Receitas Financeiras 50.000,00
Resultado não-Operacional 15.000,00
Apuração do Resultado do Exercício 1.565.000,00

Conta Débito Crédito


Apuração do Resultado do Exercício 1.406.122,00
ICMS sobre Vendas 120.000,00
PIS e COFINS sobre Vendas 54.750,00
Custo das Mercadorias Vendidas 720.000,00
Folha de Pagamento 155.000,00
Encargos Sociais e Trabalhistas 60.450,00
Despesas Financeiras 79.000,00
Despesas Tributárias 54.000,00
Aluguel e Manutenção 50.000,00
Despesas de Veículos 40.000,00
Despesas de Escritório 19.000,00
Provisão para Imposto de Renda 34.770,00
Provisão para Contribuição Social 19.152,00

O saldo da conta “Apuração do Resultado do Após os ajustes mencionados anteriormente,


Exercício” será então transferida para a conta as contas remanescentes são apenas as contas
do Patrimônio Líquido. No exemplo acima, o patrimoniais, que devem ser separadas e
lançamento seria: classificadas em grupos para elaboração do
balanço patrimonial, sendo que o saldo do
D – Apuração do Resultado do Exercício ativo deve ser igual ao do passivo, da
(conta transitória de Resultado) seguinte forma:
C – Lucros a Destinar (Patrimônio Líquido)
R$ 158.878,00 a) no ATIVO, as contas serão dispostas em
ordem decrescente de grau de liquidez dos
Após essas operações, estão encerradas as elementos nelas registrados, nos seguintes
contas de resultado, restando somente as grupos:
contas patrimoniais.
- Ativo Circulante;
Nota: Em nosso entendimento a adoção da - Ativo Realizável a Longo Prazo;
conta transitória "Lucros a Destinar" - Ativo Permanente, dividido em
poderia ser utilizada em atendimento ao investimentos, ativo imobilizado, ativo
prescrito na Lei 11.638/2007, que extinguiu intangível e ativo diferido;
a conta "Lucros Acumulados". A utilização
desta conta implica na destinação do lucro b) no PASSIVO, as contas serão dispostas e
apurado antes do encerramento das serão classificadas nos seguintes grupos:
demonstrações contábeis, que pode ser
realizada pela distribuição dos lucros aos - Passivo Circulante;
sócios, criação de reservas ou mesmo - Passivo Exigível a Longo Prazo;
utilizados para o aumento do capital social - Resultados de Exercícios Futuros;
integralizado na sociedade. - Patrimônio Líquido, dividido em Capital
Social, Reservas de Capital, Ajustes de
CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros,
PATRIMONIAIS Ações em Tesouraria e Prejuízos
Acumulados.

Demonstrativo Gráfico:

ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

PERMANENTE RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

DESTINAÇÃO DO RESULTADO Absorção de R$ 20.000,00 de prejuízo do


exercício pela Reserva Legal:
Observe-se, ainda, que por determinação
contratual, legal ou estatutária, podem ser D – Reserva Legal (Patrimônio Líquido)
necessárias a formação de reservas de lucros C – Prejuízos Acumulados (Patrimônio
específicas, como para as Sociedades Líquido)
Anônimas, que devem constituir a Reserva R$ 20.000,00
Legal (5% sobre o lucro líquido do exercício
– nas condições do art. 193 da Lei das S/A). TRANSCRIÇÃO DO BALANÇO
PATRIMONIAL E DA DEMONSTRAÇÃO
Neste caso, o lançamento seria: DE RESULTADOS

D – Lucros a Destinar (Patrimônio Líquido - Após ter efetuado todos os lançamentos de


Conta Transitória) encerramento do exercício, no livro diário,
C – Reserva Legal (Patrimônio Líquido) devem ser transcritos também o balanço
patrimonial e a demonstração do resultado do
Na hipótese de ocorrer prejuízo no exercício, exercício, além da demonstração dos lucros
tal valor deve ser transferido para reservas de ou prejuízos acumulados, com a data e
lucros existentes. Se tais não existirem, ou assinatura dos administradores e do
forem insuficientes, o valor não compensado responsável pela contabilidade, com
deverá ser mantido em conta de “Prejuízos respectivo CRC.
Acumulados”, até sua futura absorção por
lucros, reservas de capital ou mesmo pela Observar que, no caso de S/A, há necessidade
redução do Capital Social. de publicação das respectivas demonstrações,
conforme Lei 6.404/76, além das
Nota: Em nosso entendimento a adoção da demonstrações de lucros ou prejuízos
conta transitória "Lucros a Destinar" acumulados, do fluxo de caixa e do valor
poderia ser utilizada em atendimento ao adicionado. Consulte o tópico respectivo ao
prescrito na Lei 11.638/2007, que extinguiu demonstrativo para obter maiores
a conta "Lucros Acumulados". A utilização detalhamentos.
desta conta implica na destinação do lucro
apurado antes do encerramento das BONIFICAÇÃO EM MERCADORIAS
demonstrações contábeis, que pode ser
realizada pela distribuição dos lucros aos É bastante comum, por conveniência entre o
sócios, criação de reservas ou mesmo comprador e o vendedor, a realização de
utilizados para o aumento do capital social vendas por meio de concessão de desconto
integralizado na sociedade. comercial disfarçado mediante entrega de
uma quantidade adicional da mercadoria
Exemplo: vinculada ao negócio realizado.
Na Nota Fiscal de Venda em vez de estarem Empresa distribui como amostra 3 pares de
demonstrados o valor de venda e o valor do sapatos a determinado cliente. O custo de
desconto dado, mantém-se o valor de venda, cada par de sapato é R$ 10,00, e a nota fiscal
mas entrega-se uma quantidade de consta:
mercadoria ou produto maior do que o
normal para aquele preço acertado. 3 pares de sapatos a R$ 30,00 cada = R$
90,00
Exemplo: o preço de 100 caixas do produto ICMS 18% = R$ 16,20
"YXZ" corresponde a R$ 500,00, e o
vendedor entrega por esse mesmo valor a Contabilização:
quantidade de 110 caixas do produto. A
quantidade adicional de 10 caixas 1) Pela nota fiscal de remessa como amostra:
corresponde à bonificação em mercadorias.
D - Amostras de Produtos (Resultado)
CLASSIFICAÇÃO CONTÁBIL C - Estoques (Ativo Circulante)
R$ 30,00
O desconto comercial, dado mediante
acréscimo da quantidade entregue, presume a 2) ICMS devido na operação:
existência de um desconto no negócio por
unidade vendida. D - ICMS sobre Amostras (Resultado)
C - ICMS a Recolher (Passivo Circulante)
No exemplo acima, a entrega de 10 caixas R$ 16,20
está vinculada à venda do lote de 100 caixas,
ou seja, a receita da venda está vinculada à BONIFICAÇÃO VINCULADA A VENDA
baixa do estoque de 110 caixas.
Se nos documentos fiscais de venda, em vez
O vendedor, em vez de vender o produto de mencionar o desconto comercial normal, a
"YXZ" pelo preço unitário de R$ 5,00 (R$ redução do preço unitário se der mediante a
500,00 : 100 caixas), nessa operação teve o entrega de uma quantidade adicional, a título
preço unitário real de R$ 4,545 (R$ 500,00 : de bonificação, e se a entrega dessa
110 caixas). quantidade adicional está condicionada à
venda em si, o registro contábil, pelo
Como a entrega da quantidade adicional está vendedor, dessa quantidade, será como custo
vinculada ao negócio em si, a classificação da das mercadorias vendidas.
baixa das 10 caixas "bonificadas" deve ser
efetuada como custo dos produtos vendidos, No comprador as mercadorias recebidas em
juntamente com as outros 100 caixas, não bonificação, serão registradas como redução
cabendo, nesse caso, a classificação como do custo unitário das mercadorias adquiridas.
despesas de vendas.
Exemplo:
DISTRIBUIÇÃO COMO AMOSTRA
Considerando-se determinada operação de
Se as 10 caixas do produto fossem venda de 500 brinquedos (custo médio
distribuídas como amostra pela empresa, sem unitário do estoque na data de R$ 1,25) pelo
obtenção direta de receita líquida em troca de preço unitário de R$ 2,00 e cuja Nota Fiscal
cada unidade entregue, neste caso, teríamos a constou os seguintes dados:
classificação contábil do valor como despesas
com vendas. 500 un. brinquedos a R$ 2,00 cada = R$
1.000,00
Exemplo:
bonificação de 100 brinquedos = R$ 0,00 De acordo com a Lei 7.357/1985, o cheque é
ICMS 18% = R$ 180,00 uma ordem de pagamento à vista.

1) Na empresa vendedora: Embora não exista previsão legal para a


figura do chamado "cheque pré-datado", tem-
Reconhecimento da receita de venda: se tornado praxe o pagamento e recebimento
através de cheque que, através de um simples
D - Clientes (Ativo Circulante) acordo entre as partes, só é apresentado ao
C - Vendas de Mercadorias (Resultado) banco sacado na data previamente
R$ 1.000,00 convencionada.

Valor do ICMS na operação: O cheque pré-datado, portanto, surgiu por


uma imposição do mercado para facilitar as
D - ICMS sobre Vendas (Resultado) transações de compra e venda. O seu uso
C - ICMS a Recolher (Passivo Circulante) passou a ser feito de forma generalizada e,
R$ 180,00 atualmente, esse meio de pagamento é
utilizado, inclusive, pelas pessoas jurídicas.
Nota: contabilizar, também, o PIS e COFINS
sobre vendas, conforme o regime de RECEBIMENTO ATRAVÉS DE CHEQUE
tributação adotado. PRÉ-DATADO

Baixa do estoque: (500 vendidos + 100 A classificação mais adequada dos valores
bonificados) x R$ 1,25 = R$ 750,00 correspondentes aos cheques pré-datados é
em conta representativa de créditos a receber
D - Custo das Mercadorias Vendidas no ativo circulante. Portanto, os cheques pré-
(Resultado) datados não devem ser classificados como
C - Estoque de Mercadorias (Ativo disponibilidades.
Circulante)
R$ 750,00 Exemplo:

2) No comprador: Empresa efetuou uma venda no dia 16 de


novembro, no valor de R$ 1.000,00,
D - Estoque de Mercadorias (Ativo recebendo em cheque e ficando acertado com
Circulante) R$ 820,00 o cliente que o mesmo será depositado no dia
D - ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 1º de dezembro.
180,00
C - Fornecedores (Passivo Circulante) R$ 1) Pelo recebimento do cheque em 16.11:
1.000,00
D - Cheques a Receber (Ativo Circulante)
Nota: contabilizar, também, o PIS e COFINS C - Vendas de Mercadorias (Resultado)
sobre a compra, quando recuperáveis no R$ 1.000,00
regime não cumulativo.
2) Pelo depósito do cheque em 01.12:
CHEQUES PRÉ-DATADOS OU
DEVOLVIDOS D - Bancos C/Movimento (Ativo Circulante)
C - Cheques a Receber (Ativo Circulante)
CHEQUES PRÉ-DATADOS R$ 1.000,00

PAGAMENTO ATRAVÉS DE CHEQUE


PRÉ-DATADO
Sendo o cheque uma ordem de pagamento à Cheques em Cobrança - e a crédito da conta
vista, será efetuada a baixa da obrigação Bancos Conta Movimento.
registrada no passivo, mediante emissão do
cheque pré-datado. Nota: os cheques em cobrança não devem ser
classificados no subgrupo disponibilidades, e
O valor correspondente ao cheque pré-datado sim, como créditos a receber.
deverá ser classificado no passivo em conta
representativa de "cheques a pagar". Exemplo:

Exemplo: Devolução de cheque, por parte do Banco


XYZ, no valor de R$ 3.000,00:
Empresa comprou mercadorias, no dia 10 de
novembro, no valor de R$ 5.000,00, sendo D - Cheques em Cobrança (Ativo Circulante)
que o pagamento foi feito através de cheque, C - Banco XYZ – Cta. Movimento (Ativo
cuja apresentação foi acertada para o dia 11 Circulante)
de dezembro. R$ 3.000,00

1) Pelo registro da compra efetuada: Posteriormente, por ocasião do depósito do


mesmo cheque:
D - Estoques de Mercadorias (Ativo
Circulante) D - Banco XYZ – Cta. Movimento (Ativo
C - Fornecedores (Passivo Circulante) Circulante)
R$ 5.000,00 C - Cheques em Cobrança (Ativo Circulante)
R$ 3.000,00
Nota: não consideramos os impostos
recuperáveis incidentes na operação. Caso o cheque venha a ser liquidado em
dinheiro pelo devedor, o lançamento seria:
2) Pela emissão do cheque pré-datado:
D - Caixa (Ativo Circulante)
D - Fornecedores (Passivo Circulante) C - Cheques em Cobrança (Ativo Circulante)
C - Cheques a Pagar (Passivo Circulante) R$ 3.000,00
R$ 5.000,00
Verificar também os procedimentos para
3) Pela compensação do cheque: baixa, em caso do cheque se tornar
incobrável, no tópico “Perdas no
D - Cheques a Pagar (Passivo Circulante) Recebimento de Créditos”.
C - Bancos C/Movimento (Ativo Circulante)
R$ 5.000,00 COMISSÕES SOBRE VENDAS

CHEQUES DEVOLVIDOS Tratando-se de uma Despesa de Venda, as


parcelas variáveis de comissões de vendas
Na devolução, pelo banco sacado, de cheque devem ser registradas no momento em que
recebido em pagamento (de duplicata, de ocorrerem, independentemente do seu
venda a vista ou de qualquer outra transação), pagamento.
não cabe estorno do lançamento original que
registrou o pagamento, uma vez que a COMISSÕES SOBRE VENDAS À VISTA
transação em si não foi desfeita.
Debita-se uma conta de resultado e credita-se
Desta forma, registra-se respectivo valor a a conta de “Comissões a Pagar”:
débito de conta do Ativo Circulante -
D - Comissões sobre Vendas (Conta de REVERSÃO
Resultado)
C - Comissões a Pagar (Passivo Circulante) Na hipótese de não-recebimento da fatura
relativa à determinada venda, seja por
Nota: caso houver IRF sobre as comissões, devolução ou baixa da fatura (por esta ser
creditar na conta IRF a Recolher o valor do considerada incobrável), deverá ser feita a
mesmo, deduzindo-se das comissões a pagar. reversão da provisão para o pagamento de
comissões, da seguinte forma:
COMISSÃO VINCULADA AO
RECEBIMENTO DA VENDA D - Provisão para Comissões sobre Vendas
(Passivo Circulante)
As comissões, cujo pagamento dependa do C - Reversão da Provisão - Comissões sobre
recebimento das duplicatas ou de outro Vendas (Resultado)
evento futuro, devem (no mês das vendas a
que se referem) ser registradas a crédito na COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS
conta de “Provisão para Comissões” no
Passivo Circulante. PREJUÍZO CONTÁBIL

Posteriormente, serão transferidas para a O prejuízo contábil origina-se na


conta de “Comissões a Pagar”, à medida que contabilidade, sendo sua compensação
se tornarem disponíveis. efetuada com reservas existentes ou com
lucros contábeis futuros.
Os lançamentos serão:
O prejuízo contábil resulta do confronto entre
1 - Pelo reconhecimento da despesa com as receitas, operacionais e não operacionais,
comissão, na data da venda: custos e despesas operacionais, provisões e
outros valores que forem transferidos para o
D - Comissões sobre Vendas (Conta de resultado do exercício, onde o saldo líquido
Resultado) apurado na demonstração do resultado do
C - Provisão para Comissões (Passivo exercício, quando negativo, denomina-se
Circulante) prejuízo contábil.

2 - Pelo reconhecimento da parcela liberada O prejuízo contábil apurado é transferido para


para pagamento, na data do recebimento da a conta "Prejuízos Acumulados" do grupo
venda: Patrimônio Líquido, dando-lhe a destinação
prevista no contrato ou estatuto social.
D - Provisão para Comissões (Passivo
Circulante) De acordo com os artigos 167 e 189 da Lei
C - Comissões a Pagar (Passivo Circulante) 6.404/76, o prejuízo contábil apurado no
exercício será, obrigatoriamente, absorvido
Nota: caso houver IRF sobre as comissões, pelos lucros acumulados, pelas reservas de
creditar na conta IRF a Recolher o valor do lucros, reserva legal e pela reserva de capital,
mesmo, deduzindo-se das comissões a pagar. nessa ordem, não podendo, no entanto, ser
compensado com a reserva de correção
3 - Pelo pagamento das comissões: monetária do capital social, uma vez que a
legislação determina que esta reserva deve ser
capitalizada.
D - Comissões a Pagar (Passivo Circulante)
C - Caixa ou Bancos Conta Movimento
(Ativo Circulante) Inexistindo reservas de lucros ou se o valor
dessas for insuficiente para absorver o
prejuízo, o valor remanescente poderá ser exclusão na parte A do Livro de Apuração do
absorvido pelas reservas de capital (art. 200, Lucro Real - LALUR, conforme
inciso I, da Lei 6.404/1976). Ressalte-se, determinação da legislação do Imposto de
porém, que a absorção de prejuízos por outras Renda.
reservas que não as de lucros não é
obrigatória. Se, após estes ajustes, o resultado final
apurado for negativo, será denominado
Não havendo saldo credor em nenhuma das prejuízo fiscal, e será controlado na parte B
contas referidas, o valor negativo apurado no do LALUR, para futura compensação com o
resultado do exercício permanece na conta lucro real.
"prejuízos acumulados", inexistindo prazo
para sua compensação. Uma empresa, mesmo apurando resultado
contábil negativo, pode ficar sujeita ao
Exemplo: cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica
e da Contribuição Social sobre o Lucro, uma
Compensação de R$ 100.000,00 de prejuízo vez que, efetuando os ajustes de adições e
contábil ocorrido no exercício, sendo que exclusões a este resultado, o mesmo pode
existem as seguintes reservas de lucros: converter-se em resultado positivo para
efeitos fiscais.
1. Lucros Acumulados dos Exercícios
Anteriores: R$ 50.000,00 COMPENSAÇÃO DOS PREJUÍZOS
2. Reserva Legal R$ 20.000,00 FISCAIS
3. Reserva de Capital R$ 40.000,00
Total (1+2+3) R$ 110.000,00. A legislação do Imposto de Renda permite à
pessoa jurídica reduzir o lucro real apurado
Teremos o seguinte lançamento para no período-base, mediante compensação de
compensação do prejuízo do exercício: prejuízos fiscais apurados em períodos-base
anteriores, mensais ou anuais.
D – Lucros Acumulados R$ 50.000,00
D – Reserva Legal R$ 20.000,00 O prejuízo fiscal compensável com o lucro
D – Reserva de Capital R$ 30.000,00 real é aquele apurado e registrado no
C – Prejuízo do Exercício R$ 100.000,00 LALUR.

Nota: observar que a última reserva a ser No entanto, a compensação de prejuízos


compensada é a de Capital, haja visto a fiscais de períodos-base anteriores está
ordem preferencial determinada pela Lei limitada ao valor correspondente a 30% do
6.404/76, não sendo tal compensação lucro real e não tem prazo para compensação
obrigatória. (artigo 15 da Lei nº 9.065/95).

PREJUÍZO FISCAL Não há contabilização do prejuízo fiscal, já


que este é controlado no LALUR, e não na
O prejuízo fiscal, por sua vez, é o resultado contabilidade.
negativo decorrente da apuração do lucro real
e compensável com lucros reais posteriores. COMPRA DE MERCADORIAS

Diferentemente do prejuízo contábil, o Mercadorias são artigos adquiridos pelo


prejuízo fiscal tem sua origem na comércio para revenda em seus
determinação do lucro real, ou seja, partindo- estabelecimentos, seja a varejo, seja em
se do resultado do exercício, positivo ou atacado.
negativo, são efetuados os ajustes de adição e
TRIBUTOS RECUPERÁVEIS IPI NÃO RECUPERÁVEL

O valor dos impostos e contribuições A empresa comercial, quando adquire


recuperáveis não se inclui no custo das mercadoria de indústria, deve considerar o
mercadorias. IPI destacado na Nota Fiscal como custo de
aquisição, uma vez que, pela sua natureza,
Desta forma, o ICMS destacado na aquisição não poderá exercer o direito ao crédito desse
de mercadoria para revenda deve ser excluído imposto.
do custo de aquisição, contabilizando-se o
valor correspondente em conta própria do Exemplo:
ativo circulante. Esse procedimento faz com
que a mercadoria adquirida ingresse no Empresa comercial comprou mercadorias
estoque da empresa pelo seu valor líquido, ou para revenda cuja nota fiscal de entrada no
seja, sem o ICMS incluso no valor da Nota estabelecimento tem os seguintes dados:
Fiscal.
Preço da mercadoria - R$ 10.000,00
O mesmo se pode afirmar sobre a IPI Destacado e não recuperável - R$
contabilização do PIS e COFINS, quando 1.000,00
recuperáveis. Total da Nota Fiscal - R$ 11.000,00
ICMS destacado na nota fiscal - R$ 1.200,00
No caso do IPI, se a empresa não tiver direito Frete da mercadoria - R$ 300,00
a crédito desse imposto, o valor
correspondente integrará o custo de aquisição Lançamentos contábeis:
das mercadorias.
1. Registro do valor total da nota fiscal do
FRETE fornecedor:

O valor do frete pago pelo transporte de D – Estoques de Mercadorias (Ativo


mercadorias será registrado como parcela Circulante)
integrante do custo de aquisição. C – Fornecedores – Seabra Cia. Ltda.
(Passivo Circulante)
EMPRESA QUE NÃO MANTÉM R$ 11.000,00
CONTROLE DE ESTOQUES
2. Registro do ICMS recuperável:
Na empresa que não mantém controle de
estoques, usualmente as compras são D – ICMS a Recuperar (Ativo Circulante)
registradas em contas de resultado específicas C – Estoques de Mercadorias (Ativo
(Compra de Mercadorias, ICMS sobre Circulante)
Compra de Mercadorias, Fretes sobre R$ 1.200,00
Compras) sendo que na data de apuração dos
resultados se faz o levantamento físico dos 3 – Registro do frete:
estoques para a contabilização do valor a
débito de estoques e a crédito de conta de D – Estoques de Mercadorias (Ativo
resultado, chamado “Estoques Finais de Circulante)
Mercadorias”. C – Fornecedores – Transportes Paulista
Ltda. (Passivo Circulante)
Para maiores detalhamentos sobre Inventário R$ 300,00
Físico de Estoques e respectiva
contabilização, leia o tópico “Inventário de
Estoques”.
Para a contabilização das parcelas de crédito 2.5.1 - As contas de compensação constituem
do PIS e COFINS Não Cumulativos, acesse o sistema próprio.
tópico respectivo. 2.5.2 - Nas contas de compensação, registrar-
se-ão os atos relevantes cujos efeitos possam
CONTAS DE COMPENSAÇÃO se traduzir em modificações no patrimônio da
entidade.
O sistema de compensação é um controle à 2.5.3 - A escrituração das contas de
parte do sistema patrimonial, ou seja, compensação será obrigatória nos casos que
enquanto este último engloba as contas que se obrigue especificamente.
compõem o patrimônio da empresa como um
todo (ativo, passivo e patrimônio líquido), Isso significa que toda empresa que quiser
aquele abrange contas que servem fazer uso das contas de compensação, pode
exclusivamente para controle, sem fazer parte fazê-lo, mas nunca misturando as contas
do patrimônio. patrimoniais com as contas desse grupo.

Desta forma, as contas de compensação nada CONTROLE


têm a ver com o sistema de contas
patrimoniais, tratando-se de um conjunto de Quanto ao aspecto controle, esse sistema
contas de uso optativo e destinado a pode ser de fato útil à empresa, mas a sua
finalidades internas da empresa, podendo ausência não significa que essa empresa não
servir, como fonte de dados para transmitir tenha controle, uma vez que o controle pode
determinadas informações a terceiros. ser feito de várias formas, com sistemas
próprios, planilhas, etc.
O uso das contas de compensação é
recomendável, para as finalidades de controle O sistema de compensação tem como
interno, para registro de possíveis alterações objetivo propiciar maior controle à empresa,
patrimoniais futuras e como fonte de dados permitir o registro de possíveis futuras
para a elaboração de notas explicativas. alterações do patrimônio e, além disso, servir
como fonte de dados para a elaboração das
PREVISÃO LEGAL notas explicativas.

A legislação societária anterior, ou seja, o Assim sendo, as contas de compensação


Decreto-lei nº 2.627/40, que definia as regras podem ser utilizadas para registro, entre
de contabilidade até o advento da atual Lei outras, das seguintes operações:
das Sociedades por Ações, previa em seu
artigo 135, a obrigatoriedade do uso e da 1. Contratos de arrendamento mercantil;
publicação das contas de compensação. 2. Contratos de aluguel;
3. Contratos de avais, hipotecas, alienações
A atual Lei das S/A (Lei nº 6.404/76) não fiduciárias;
proíbe o uso das contas de compensação, no 4. Bens dados como garantia;
entanto, ao tratar das demonstrações e demais 5. Subcontratações;
informações publicáveis para as S/A, não 6. Contratos de seguros;
especifica essas contas. 7. Contratos de financiamentos/empréstimos
não liberados.
O Conselho Federal de Contabilidade, por 8. Consignação de mercadorias;
intermédio da Resolução CFC nº 612/85, 9. Remessa de títulos para caução.
aprovou a NBC T 2.5, que dispõe sobre as
contas de compensação, nos seguintes As contas de compensação devem ser
termos: apresentadas com títulos bem elucidativos e
com base em valores fixados em contratos ou
documentação específica. Quando do término 4.2) No consignatário - aquele que recebe as
do contrato ou da operação que originou o mercadorias:
registro contábil nas contas de compensação,
as mesmas serão encerradas mediante D - Mercadorias em Consignação (Conta de
lançamento inverso entre as contas que Compensação Ativa)
registram a operação. C - Consignadores (Conta de Compensação
Passiva)
Exemplos:
5) Responsabilidade da empresa pelo endosso
1) Arrendamento mercantil: de títulos:

Ao receber o equipamento, a empresa D - Títulos Endossados (Conta de


arrendatária nada registra em seu balanço Compensação Ativa)
patrimonial, podendo, para controle, apenas C - Endossos Para Desconto (Conta de
efetuar o registro nas contas de compensação: Compensação Passiva)

D - Bens Recebidos em Arrendamento (Conta 6) Responsabilidade pignoratícia da empresa:


de Compensação Ativa)
C - Contratos de Arrendamento (Conta de D - Bens Penhorados (Conta de
Compensação Passiva) Compensação Ativa)
C - Penhores (Conta de Compensação
2) Hipotecas: Passiva)

A responsabilidade por hipoteca de imóveis 7) Empréstimos com caução de títulos:


pode ser registrada em conta de compensação
da seguinte forma: D - Títulos Caucionados (Conta de
Compensação Ativa)
D - Imóveis Hipotecados (Conta de C - Endossos para Caução (Conta de
Compensação Ativa) Compensação Passiva)
C - Hipotecas (Conta de Compensação
Passiva) 8) Contratos de seguros:

3) Contratos de alienação fiduciária: D - Seguros Contratados (Conta de


Compensação Ativa)
D - Contratos de Alienação Fiduciária (Conta C - Contratos de Seguros (Conta de
de Compensação Ativa) Compensação Passiva)
C - Responsabilidade Por Financiamentos
(Conta de Compensação Passiva) 9) Financiamentos/empréstimos não
liberados:
4) Contratos de consignação mercantil:
D - Empréstimos/Financiamentos a Utilizar
4.1) No consignador - aquele que remete as (Conta de Compensação Ativa)
mercadorias: C - Contratos de
Empréstimos/Financiamentos (Conta de
D - Consignatários (Conta de Compensação Compensação Passiva)
Ativa)
C - Mercadorias Consignadas (Conta de REVERSÃO DAS CONTAS DE
Compensação Passiva) COMPENSAÇÃO
Para reverter o lançamento, quando o evento integralizadas ou o preço de emissão das
que deu causa ao mesmo não mais existir, ações sem valor nominal;
basta inverter o lançamento original. g) acréscimo pelo valor da alienação de
partes beneficiárias e bônus de subscrição;
Exemplo: h) acréscimo por prêmio recebido na emissão
de debêntures;
Término de contrato de seguro: i) redução por ações próprias adquiridas ou
acréscimo por sua venda;
D - Contratos de Seguros (Conta de j) acréscimo ou redução por ajuste de
Compensação Passiva) exercícios anteriores.
C - Seguros Contratados (Conta de
Compensação Ativa) 2 - Itens que não afetam o total do
patrimônio:
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES
DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (DMPL) a) aumento de capital com utilização de
lucros e reservas;
A elaboração da Demonstração das Mutações b) apropriações do lucro líquido do exercício
do Patrimônio Líquido (DMPL) é facultativa reduzindo a conta Lucros Acumulados para
e, de acordo com o artigo 186, parágrafo 2º, formação de reservas, como Reserva Legal,
da Lei das S/A, a Demonstração de Lucros ou Reserva de Lucros a Realizar, Reserva para
Prejuízos Acumulados (DLPA) poderá ser Contingência e outras;
incluída nesta demonstração. c) reversões de reservas patrimoniais para a
conta de Lucros ou Prejuízos acumulados;
A DMPL uma demonstração mais completa e d) compensação de Prejuízos com Reservas.
abrangente, já que evidencia a movimentação
de todas as contas do patrimônio líquido PROCEDIMENTOS A SEREM SEGUIDOS
durante o exercício social, inclusive a
formação e utilização das reservas não A elaboração da Demonstração das Mutações
derivadas do lucro. do Patrimônio Líquido é relativamente
simples, pois basta representar, de forma
MUTAÇÕES NAS CONTAS sumária e coordenada, a movimentação
PATRIMONIAIS ocorrida durante o exercício nas diversas
contas do Patrimônio Líquido, isto é, Capital,
As contas que formam o Patrimônio Líquido Reservas de Capital, Reservas de Lucros,
podem sofrer variações por inúmeros Reservas de Reavaliação, Ações em
motivos, tais como: Tesouraria e Lucros ou Prejuízos
Acumulados.
1 - Itens que afetam o patrimônio total:
Utiliza-se uma coluna para cada uma das
contas do patrimônio da empresa, incluindo
a) acréscimo pelo lucro ou redução pelo
uma conta total, que representa a soma dos
prejuízo líquido do exercício;
saldos ou transações de todas as contas
b) redução por dividendos;
individuais. Essa movimentação deve ser
c) acréscimo por reavaliação de ativos
extraída das fichas de razão dessas contas.
(quando o resultado for credor);
d) acréscimo por doações e subvenções para
investimentos recebidos; As transações e seus valores são transcritos
e) acréscimo por subscrição e integralização nas colunas respectivas, mas de forma
de capital; coordenada.
f) acréscimo pelo recebimento de valor que
exceda o valor nominal das ações
Por exemplo, se temos um aumento de capital MODELO
com lucros e reservas, na linha
correspondente a essa transação, transcreve- Tecnicamente, a elaboração da DMPL é
se o acréscimo na coluna de capital pelo valor bastante simples e seus componentes em
do aumento e, na mesma linha, as reduções linha vertical são os mesmos da DLPA.
nas contas de reservas e lucros utilizadas no
Na linha horizontal do quadro serão
aumento de capital pelos valores
correspondentes.
consignados os elementos componentes
do patrimônio líquido.

CIA. NACIONAL - DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO


DO EXERCÍCIO FINDO EM 31.12.X2 EM MILHARES DE R$
Histórico Capital RESERVAS DE CAPITAL RESERVAS DE LUCROS Lucros Total
Realizado Ágio na Subvenções para Reserva Para Reserva Reserva Acumulados
Emissão Investimentos Contingência Estatutária Legal
de Ações
Saldo em
31.12.X1
Ajustes de
Exercícios
Anteriores:
efeitos de
mudança de
critérios
contábeis
retificação de
erros de
exercícios
anteriores
Aumento de
Capital:
com lucros e
reservas
por subscrição
realizada
Reversões de
Reservas:
de
contingências
de lucros a
realizar
Lucro Líquido
do Exercício:
Proposta da
Administração
de Destinação
do Lucro:
Transferências
para reservas
Reserva legal
Reserva
estatutária
Reserva de
lucros para
expansão
Reserva de
lucros a realizar
Dividendos a
distribuir (R$ ...
por ação)
Saldo em
31.12.X2

Exemplo: Aumento de capital com reserva


estatutária - R$ 140.000
Com base nas informações apresentadas pela Aumento de capital com lucros
Cia. Bini em 31.12.2003, vamos elaborar a acumulados - R$ 200.000
Demonstração das Mutações do Patrimônio Valor do lucro líquido do exercício - R$
Líquido (valores em milhares de reais): 800.000
Valor destinado à reserva legal - R$
Ajuste devedor de exercícios anteriores 40.000
decorrentes de mudança de critério Valor destinado à reserva estatutária - R$
contábil - R$ 3.000 100.000
Aumento de capital realizado no exercício Valor destinado à reserva para
pela subscrição realizada pelos sócios - contingências - R$ 350.000
R$ 960.000 Dividendos a distribuir (R$ 0.10 por
Ágio na emissão de ações - R$ 250.000 ação) - R$ 200.000

CIA. BINI - DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO


DO EXERCÍCIO FINDO EM 31.12.2003 EM MILHARES DE R$
Histórico Capital RESERVAS DE CAPITAL RESERVAS DE LUCROS Lucros Total
Realizado Ágio na Subvenções para Reserva Para Reserva Reserva Acumulados
Emissão Investimentos Contingência Estatutária Legal
de Ações
Saldo em
31.12.X2 700.000 125.000 100.000 0 200.000 100.000 290.000 1.515.000
Ajustes de
Exercícios
Anteriores: 0 0 0 0 0 0 (3.000) (3.000)
Aumento de
Capital:
por subscrição
realizada 960.000 250.000 0 0 0 0 0 1.210.000
com lucros e
reservas 340.000 0 0 0 (140.000) 0 (200.000) 0
Lucro Líquido
do Exercício 0 0 0 0 0 0 800.000 800.000
Proposta da
Administração
de Destinação
do Lucro:
Reserva legal 0 0 0 0 0 40.000 (40.000) 0
Reserva
estatutária 0 0 0 0 100.000 0 (100.000) 0
Reserva de
contingências 0 0 0 350.000 0 0 (350.000) 0
Dividendos a
distribuir (R$
0,10 por ação) 0 0 0 0 0 0 (200.000) (200.000)
Saldo em
31.12.X3 2.000.000 375.000 100.000 350.000 160.000 140.000 197.000 3.322.000

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E 1 - as origens dos recursos, agrupadas em:


APLICAÇÕES DE RECURSOS (DOAR)
a) lucro do exercício, acrescido de
Até 31.12.2007, a Demonstração das Origens depreciação, amortização ou exaustão e
e Aplicações de Recursos (DOAR) era ajustado pela variação nos resultados de
obrigatória para as companhias abertas e para exercícios futuros;
as companhias fechadas com patrimônio b) realização do capital social e contribuições
líquido, na data do balanço patrimonial, para reservas de capital;
superior a R$ 1.000.000,00 (limite este c) recursos de terceiros, originários do
atualizado pela Lei nº 9.457/97). A DOAR aumento do passivo exigível a longo prazo,
indica as modificações na posição financeira da redução do ativo realizável a longo prazo e
da companhia. da alienação de investimentos e direitos do
ativo imobilizado;
Os financiamentos estão representados pelas
origens de recursos, e os investimentos pelas 2 - as aplicações de recursos agrupadas em:
aplicações de recursos, sendo que o
significado de recursos aqui não é a) dividendos distribuídos;
simplesmente o de dinheiro, ou de b) aquisição de direitos do ativo imobilizado;
disponibilidades, pois abrange um conceito c) aumento do ativo realizável a longo prazo,
mais amplo; representa capital de giro líquido dos investimentos e do ativo diferido;
que, na denominação dada pela lei, é Capital d) redução do passivo exigível a longo prazo;
Circulante Líquido.
3 - o excesso ou insuficiência das origens de
A partir de 01.01.2008, a DOAR foi extinta, recursos em relação às aplicações,
por força da Lei 11.638/2007, sendo representando aumento ou redução do capital
obrigatória para apresentação das circulante líquido;
demonstrações contábeis encerradas somente
até 31.12.2007. 4 - os saldos no início e no fim do exercício,
do ativo e passivo circulantes, o montante do
FORMA DE APRESENTAÇÃO capital circulante líquido e o seu aumento ou
redução durante o exercício.
A DOAR indicará as modificações na posição
financeira da companhia, discriminando: ORIGENS DE RECURSOS
As origens de recursos são representadas As aplicações de recursos mais comuns que
pelos aumentos no Capital Circulante implicam na variação do Capital Circulante
Líquido, e as mais comuns são: Líquido são as seguintes:

a) das próprias operações, quando as receitas 1) Imobilizações


(que geram ingressos de capital circulante
líquido) do exercício são maiores que as Ocorrendo a aquisição de bens para o Ativo
despesas, ou seja, resultam do lucro líquido Imobilizado, investimentos permanentes ou
apurado exclusivamente das operações aplicação de recursos no Ativo Diferido, tais
regulares da empresa. fatos representam aplicação de recursos e,
conseqüentemente, refletem numa variação
Assim, se houver lucro, teremos uma origem líquida negativa do Capital Circulante
de recursos, se houver prejuízo, teremos uma Líquido.
aplicação de recursos;
2) Redução do Passivo Exigível a Longo
b) dos acionistas, pelos aumentos de capital Prazo
integralizados pelos mesmos no exercício, já
que tais recursos aumentaram as A amortização de empréstimos a longo prazo
disponibilidades da empresa e, significa, em princípio, uma redução do
conseqüentemente, seu capital circulante passivo exigível a longo prazo e representa
líquido; uma aplicação de recursos. Por outro lado, a
obtenção de um novo financiamento
c) de terceiros, por empréstimos obtidos pela representa uma origem de recursos.
empresa, pagáveis a longo prazo, bem como
dos recursos oriundos da venda a terceiros de Tendo em vista que o conceito de recursos é o
bens do Ativo Permanente, ou de de Capital Circulante Líquido, a mera
transformação de Realizável a Longo Prazo transferência de um saldo de empréstimo do
em Ativo Circulante. Exigível a Longo Prazo para o Passivo
Circulante, por vencer no exercício seguinte,
Os empréstimos feitos e pagáveis a curto representa uma aplicação de recursos, pois
prazo não são considerados como origem de reduziu o Capital Circulante Líquido.
recursos para fins dessa demonstração, pois
não alteram o Capital Circulante Líquido. c) Remuneração de dividendos:
Nesse caso há um aumento de
disponibilidades e, ao mesmo tempo, do A remuneração de acionistas, decorrente de
Passivo Circulante. dividendos, representa uma aplicação de
recursos, refletindo numa variação negativa
A depreciação, amortização ou exaustão, por do Capital Circulante Líquido.
representarem uma recuperação de fundos,
devem ser adicionadas ao lucro líquido CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO
apurado no exercício, para efeito de
elaboração da demonstração das origens e O Capital Circulante Líquido é a diferença
aplicações de recursos. entre o ativo circulante (disponível, contas a
receber, estoques e despesas pagas
APLICAÇÕES DE RECURSOS antecipadamente) e o passivo circulante
(fornecedores, contas a pagar e outras
As aplicações de recursos são representadas exigibilidades do exercício seguinte) em
pela redução do Capital Circulante Líquido determinada data.
entre o início e o término de determinado
período.
Quando o Ativo Circulante é maior do que o e) depreciação, amortização e exaustão. Tais
Passivo Circulante, tem-se um Capital valores, lançados como despesa do exercício,
Circulante Líquido próprio. diminuem o resultado, mas não reduzem o
capital circulante líquido; representam
Quando o Ativo Circulante é menor do que o redução no Ativo Permanente e redução no
Passivo Circulante, tem-se um Capital Patrimônio Líquido, mas não alteram os
Circulante Líquido negativo ou de terceiros. valores de Ativo e Passivo Circulantes. Desta
forma, o valor desses itens registrados no ano
TRANSAÇÕES QUE NÃO AFETAM O devem ser adicionados ao Lucro Líquido para
CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO apuração do valor efetivo dos recursos
gerados pelas próprias operações;
Além das origens e aplicações relacionadas
anteriormente, há inúmeros tipos de f) variação nos resultados de exercícios
transações efetuadas que não afetam o Capital futuros representa lucros que, pelo regime de
Circulante Líquido, mas são representadas competência, pertencem a exercícios futuros,
como origens e aplicações simultaneamente, porém, já afetaram o Capital Circulante
como por exemplo: Líquido, ou seja, se o saldo de Resultados de
Exercícios Futuros tem um aumento no
a) aquisição de bens do Ativo Permanente exercício, significa que a empresa já o
(Investimentos ou Imobilizado) pagáveis a recebeu, aumentando o Capital Circulante
Longo Prazo. Nesse caso, há uma aplicação Líquido, mas sem que o tenha registrado
pelo acréscimo do Ativo Permanente e, ao como receita, não fazendo parte do lucro do
mesmo tempo, uma origem pelo ano. Assim, como se trata de recebimento
financiamento obtido pelo acréscimo no originário pelas operações da empresa, deve
Exigível a Longo Prazo no exercício, como se ser agregado ao resultado do exercício. Se
houvesse entrado um recurso que fosse houver redução do saldo desse grupo, deve
imediatamente aplicado; ser diminuído do Lucro Líquido;

b) conversão de empréstimos de longo prazo g) lucro ou prejuízo registrado pelo método


em capital, caso em que há uma origem pelo da equivalência patrimonial para
aumento do capital e, paralelamente, uma investimentos em coligadas ou controladas,
aplicação pela redução do Exigível a Longo esse resultado, que afeta o lucro da
Prazo, como se houvesse ingresso de recurso investidora, não afeta o seu Capital
de capital aplicado na liquidação da dívida; Circulante Líquido. Por isso, na apuração da
origem de recursos das operações, esse valor
c) integralização de Capital em bens do Ativo deve ser diminuído do Lucro Líquido, se for
Permanente, situação também sem efeito receita; ou a ele acrescentado, se for despesa;
sobre o Capital Circulante Líquido, mas
representada na origem (aumento de capital) h) ajustes de exercícios anteriores; esses
e na aplicação (bens do Ativo Permanente ajustes são registrados diretamente na conta
recebidos), como se houvesse essa circulação de Lucros ou Prejuízos Acumulados, não
do recurso; afetando, portanto, o Lucro Líquido do ano.
Neste caso, os ajustes são efetuados nos
d) venda de bens do Ativo Permanente saldos iniciais do balanço, nas contas a que se
recebível a Longo Prazo, operação que refere, como se já houvesse sido registrado
também deve ser demonstrada na origem, nos anos anteriores, assim sendo, as origens e
como se fosse recebido o valor da venda e, na aplicações de recursos do ano já ficarão
aplicação, como se houvesse o empréstimo expurgadas desse efeito;
sido feito para recebimento a longo prazo;
i) variações monetárias de dívidas de longo apresentação do prejuízo e de seus ajustes
prazo, essas despesas afetam o lucro mas, por deve ser no agrupamento das origens.
reduzirem o Patrimônio Líquido e
aumentarem o Exigível a Longo Prazo, não No caso da empresa apresentar lucro, mas os
alteram o Capital Circulante Líquido. Devem, ajustes evidenciarem uma aplicação de
por isso, também ser adicionadas ao Lucro recursos (prejuízo), a apresentação do lucro e
Líquido do exercício. seus ajustes deve ser no agrupamento de
aplicações.
OCORRÊNCIA DE PREJUÍZO
ELABORAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO
Quando as operações consomem Capital DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE
Circulante Líquido, isso representa uma RECURSOS
aplicação e, como tal, deve ser apresentado
na demonstração, no grupo de aplicações, 1º passo: obtenção do balanço final, depois de
como o primeiro item do grupo. todos os ajustes, na data de encerramento do
exercício, bem como do balanço de
Isso ocorre quando a empresa está operando encerramento do exercício anterior.
com prejuízo. Entretanto, se a empresa está
com prejuízo, mas em decorrência dos ajustes Exemplo:
citados, as operações próprias apresentam
uma origem de recursos (lucro), a Balanços da Negocial S/A de 31.12.2002
e 31.12.2003 (valores em R$):

ATIVO 31.12.2002 31.12.2003

ATIVO CIRCULANTE 60.000,00 100.000,00


Disponível 6.000,00 10.000,00
Duplicatas a Receber 20.000,00 30.000,00
Estoques 30.000,00 53.000,00
Despesas Antecipadas 4.000,00 7.000,00

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 10.000,00 5.000,00

ATIVO PERMANENTE 254.000,00 400.000,00


Investimentos 30.000,00 40.000,00
Ativo Imobilizado 200.000,00 320.000,00
Ativo Diferido 24.000,00 40.000,00

TOTAL DO ATIVO 324.000,00 505.000,00

PASSIVO 31.12.2002 31.12.2003

PASSIVO CIRCULANTE 36.000,00 55.000,00


Empréstimos 12.000,00 18.000,00
Fornecedores 10.000,00 15.000,00
Contas a Pagar 8.000,00 12.000,00
Provisão para Imposto de Renda 6.000,00 10.000,00

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 120.000,00 155.000,00


Empréstimos 120.000,00 155.000,00

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 168.000,00 295.000,00


Capital 80.000,00 120.000,00
Reservas de Capital 24.000,00 55.000,00
Reservas de Lucros 23.000,00 40.000,00
Lucros Acumulados 41.000,00 80.000,00

TOTAL DO PASSIVO 324.000,00 505.000,00

2º passo: apurar as variações dos saldos das contas, ou seja, a diferença líquida entre os
mesmos. Os grupos de Exigível a Longo Prazo, Resultados de Exercícios Futuros e
Patrimônio Líquido, por serem credores, devem ser indicados como negativos. Como
exemplo:

CONTAS 31.12.2002 31.12.2003 VARIAÇÃO


Ativo Circulante 60.000,00 100.000,00 40.000,00
Passivo Circulante (36.000,00) (55.000,00) (19.000,00)
Capital Circulante Líquido 24.000,00 45.000,00 21.000,00
Realizável a Longo Prazo 10.000,00 5.000,00 (5.000,00)
PERMANENTE:
Investimentos 30.000,00 40.000,00 10.000,00
Ativo Imobilizado 200.000,00 320.000,00 120.000,00
Ativo Diferido 24.000,00 40.000,00 16.000,00
Exigível a Longo Prazo (120.000,00) (155.000,00) (35.000,00)
Patrimônio Líquido (168.000,00) (295.000,00) (127.000,00)
SOMA 0,00 0,00 0,00

A soma três colunas deve ser igual a zero, 3º passo: análise da composição das variações
como evidência de que se tomaram todas as ocorridas em cada uma das contas, como
contas e se apuraram corretamente as exemplificado a seguir.
variações.
a) Realizável a Longo Prazo:
O valor de R$ 21.000,00 é a variação no
Capital Circulante Líquido, valor esse que se Conforme o livro Razão da empresa é
pretende demonstrar como foi apurado. Por composto pelas contas abaixo e teve a
esse motivo, há que se apurar, para cada uma seguinte movimentação no período:
das contas não-circulantes, a movimentação
ocorrida.

CONTAS SALDO EM ADIÇÕES BAIXAS SALDO EM


31.12.2002 31.12.2003
Empréstimos Compulsórios 2.500,00 1.000,00 0,00 3.500,00
Impostos a Recuperar 1.500,00 0,00 0,00 1.500,00
Títulos a Receber 6.000,00 0,00 (6.000,00) 0,00
SOMA 10.000,00 1.000,00 (6.000,00) 5.000,00

Assim, os R$ 1.000,00 de adições b) Investimentos


representam uma aplicação de recursos, pois
reduziram o Capital Circulante Líquido, os Esse grupo teve a seguinte
R$ 6.000,00 de baixas nos Títulos a Receber movimentação:
representam origem de recursos, e o líquido
entre ambas é o que resultou na redução nesse
grupo no valor de R$ 5.000,00.

INVESTIMENTOS CONTROLADA EMPRESA EMPRESA TOTAL


"BETA" "A" "B"
Saldo em 25.000,00 3.000,00 2.000,00 30.000,00
31.12.2002
Integralizações na 3.500,00 2.000,00 0,00 5.500,00
empresa "BETA" e
Empresa "A"
Baixa por venda do 0,00 0,00 (2.000,00) (2.000,00)
investimento na
empresa "B"
Participação no 8.000,00 0,00 0,00 8.000,00
lucro da controlada
BETA pelo método
da equivalência
patrimonial
Dividendos (1.500,00) 0,00 0,00 (1.500,00)
recebidos
Saldos em 35.000,00 5.000,00 0,0040.000,00
31.12.2003

A variação líquida total no grupo de pois sua contrapartida está em receita do


investimentos é a seguinte: exercício; assim sendo, esse valor não entra
como aplicação, mas como redução do Lucro
- A integralização em participações Líquido nas origens para se chegar aos
societárias no período, no valor de R$ valores oriundos das operações;
3.500,00, representa uma aplicação, pois - Os dividendos recebidos no valor de R$
reduziu o Capital Circulante Líquido; 1.500,00 representam uma origem, pois
- A venda de investimentos (feita pelo mesmo ingressaram na disponibilidade, aumentando
valor de baixa) por R$ 2.000,00, representa o Capital Circulante Líquido.
uma origem;
- O aumento nos investimentos relativo à c) Imobilizado
participação no lucro da controlada, pelo
método da equivalência patrimonial, no valor No Razão da empresa foi constatada a
de R$ 8.000,00, caracteriza um aumento no seguinte movimentação do imobilizado
Ativo Permanente, no entanto, tal aumento da empresa em 2003:
não reduziu o Capital Circulante Líquido,
Saldos em Adições Transferências Saldos em
CONTA 31.12.2002 Baixas 31.12.2003
Terrenos 30.000,00 9.000,00 0,00 0,00 39.000,00
Edifícios 60.000,00 18.000,00 0,00 12.000,00 90.000,00
Máquinas e 170.000,00 110.000,00 (29.400,00) 10.000,00 260.600,00
equipamento
s
Veículos 20.000,00 11.700,00 (4.000,00) 0,00 27.700,00
Obras em 30.000,00 55.000,00 0,00 (22.000,00) 63.000,00
andamento
SOMA 310.000,00 203.700,00 (33.400,00) 0,00 480.300,00
Depreciação (15.000,00) (7.700,00) 0,00 0,00 (22.700,00)
Acumulada
Edifícios
Máquinas e (90.000,00) (50.000,00) 10.700,00 0,00 (129.300,00)
equipamento
s
Veículos (5.000,00) (5.300,00) 2.000,00 0,00 (8.300,00)
SOMA (110.000,00) (63.000,00) 12.700,00 0,00 (160.300,00)
Depreciações
Total Líquido 200.000,00 140.700,00 (20.700,00) 0,00 320.000,00

Conclui-se que houve uma variação líquida Preço de venda R$ 50.000,00


de R$ 120.000,00 no Imobilizado. Valor líquido dos bens baixados R$ 20.700,00
Lucro apurado R$ 29.300,00
O valor das adições ao custo no valor de R$
203.700,00 representam uma aplicação. Neste caso, o valor de venda de R$ 50.000,00
entra como origem e o lucro de R$ 29.300,00
O valor da depreciação do ano no valor de R$ como redução do lucro líquido para
63.000,00 deverá ser adicionado ao Lucro determinar o ingresso efetivo de recursos das
Líquido para apurar a origem das operações, operações.
uma vez que não afetou o Capital Circulante
Líquido, pois foi lançada em conta de e) Ativo Diferido
resultado.
Esse grupo de contas apresentou a
d) Venda de Imobilizado seguinte movimentação no período:

Considerando-se que as vendas do


imobilizado foram efetuadas pelo valor de R$
50.000,00, temos:

Histórico Custo Amortização Total Líquido

Saldo em 31.12.2002 24.000,00 0,00 24.000,00


Adições no exercício ao custo 21.000,00 0,00 21.000,00
Amortização do ano 0,00 (5.000,00) (5.000,00)
Saldo em 31.12.2003 45.000,00 (5.000,00) 40.000,00
Assim, as adições no ano ao custo no valor de f) Exigível a Longo Prazo
R$ 21.000,00 representam uma aplicação e as
amortizações no período, no valor de R$ Esse grupo de contas teve a seguinte
5.000,00 devem ser adicionadas ao Lucro movimentação no período:
Líquido para apurar as origens das operações.

Histórico Banco "A" Banco "B" Banco "C" Total


Saldos em 31.12.2002 a longo 70.000,00 50.000,00 0,00 120.000,00
prazo
(+) Novos empréstimos 30.000,00 0,00 20.000,00 50.000,00
(+) Variações monetárias 25.500,00 13.000,00 3.000,00 41.500,00
(-) Transferências para o Circulante (25.000,00) (31.500,00) 0,00 (56.500,00)
Saldos em 31.12.2003 100.500,00 31.500,00 23.000,00 155.000,00

Neste caso, o valor do novo empréstimo no g) Patrimônio Líquido


valor de R$ 50.000,00 representa uma
origem. As variações no Patrimônio Líquido são
facilmente identificadas se a empresa tiver a
As variações monetárias lançadas em Demonstração das Mutações do Patrimônio
despesas financeiras não afetaram o Capital Líquido, pois tais variações são tão-somente
Circulante Líquido, pois, na verdade, não as transações que aumentaram ou diminuíram
houve o ingresso de recursos, devendo ser o patrimônio total do exercício; transações
adicionadas ao lucro líquido para se chegar essas que são extraídas da coluna total
aos recursos originados pelas operações. daquela demonstração.

A transferência para o circulante do valor de Se a Demonstração das Mutações do


R$ 56.500,00 que representa efetivamente Patrimônio Líquido apresentasse os
uma aplicação, pois aumentou o Passivo seguintes dados:
Circulante, diminuindo o Capital Circulante
Líquido.

Saldo em 31.12.2002 168.000,00


Integralização de capital 91.000,00
Lucro líquido do exercício 46.000,00
Dividendos (10.000,00)
Saldo em 31.12.2003 295.000,00

A integralização de capital no valor de R$ dispor cada valor, já de forma ordenada, na


91.000,00 e o Lucro Líquido do exercício no Demonstração de Origens e Aplicações de
valor de R$ 46.000,00 representam origens de Recursos, como segue:
recursos.
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E
Os dividendos no valor de R$ 10.000,00 APLICAÇÕES DE RECURSOS
representam uma aplicação de recursos. EXERCÍCIO FINDO EM 31.12.2003
(em R$):
Temos, assim, a composição líquida de todas
as contas não circulantes, bastando agora
ORIGENS DE RECURSOS: Valor - R$ Soma
DAS OPERAÇÕES:
Lucro Líquido do Exercício 46.000,00
Mais: Depreciação e amortização 68.000,00
Variações monetárias de empréstimo a longo prazo 41.500,00
Menos: Participação de R$ 8.000 no lucro da controlada, menos (6.500,00)
dividendos recebidos no valor de R$ 1.500
Lucro na venda de imobilizado (29.300,00)
SOMA DAS OPERAÇÕES 119.700,00
DOS ACIONISTAS:
Integralização de capital 91.000,00
SOMA DOS ACIONISTAS 91.000,00
DE TERCEIROS:
Ingresso de novos empréstimos 50.000,00
Baixa do imobilizado (valor de venda) 50.000,00
Venda de investimentos 2.000,00
Resgate de títulos a longo prazo 6.000,00
SOMA DE TERCEIROS 108.000,00
TOTAL DAS ORIGENS
318.700,00

APLICAÇÕES DE RECURSOS: Valor - R$ Soma


Aquisição de imobilizado 203.700,00
Adições ao custo no ativo diferido 21.000,00
Integralização de novos investimentos 5.500,00
Aumento em empréstimos compulsórios 1.000,00 231.200,00
Transferência para o passivo circulante dos empréstimos LP 56.500,00 56.500,00
Dividendos propostos e pagos 10.000,00 10.000,00
TOTAL DAS APLICAÇÕES 297.700,00
VARIAÇÃO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 21.000,00

Demonstração do Aumento no Capital Circulante Líquido (em R$):

Saldos em 31.12.2002 31.12.2003 Variação


Ativo Circulante 60.000,00 100.000,00 40.000,00
Passivo Circulante 36.000,00 55.000,00 (19.000,00)
Capital Circulante 24.000,00 45.000,00 21.000,00
Líquido

DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU De acordo com o artigo 186, § 2º da Lei nº


PREJUÍZOS ACUMULADOS (DLPA) 6.404/76, adiante transcrito, a companhia
poderá, à sua opção, incluir a demonstração
A DLPA evidencia as alterações ocorridas no dos lucros ou prejuízos acumulados nas
saldo da conta de lucros ou prejuízos demonstrações das mutações do patrimônio
acumulados, no Patrimônio Líquido. líquido.
"A demonstração de lucros ou prejuízos REVERSÕES DE RESERVAS
acumulados deverá indicar o montante do
dividendo por ação do capital social e Correspondem às alterações ocorridas nas
poderá ser incluída na demonstração das contas que registram as reservas, mediante a
mutações do patrimônio líquido, se reversão de valores para a conta Lucros
elaborada e publicada pela companhia." Acumulados, em virtude daqueles valores não
serem mais utilizados.
Nota: Em virtude da edição da Lei nº
11.638/2007 que extinguiu a conta "Lucros LUCRO OU PREJUÍZO LÍQUIDO DO
Acumulados", entendemos que o EXERCÍCIO
demonstrativo em questão deverá ser
renomeado através de um novo É o resultado líquido do ano apurado na
pronunciamento do órgão fiscalizador e que Demonstração do Resultado do Exercício,
os artigos que tratam da DLPA na Lei cujo valor é transferido para a conta de
Societária devem sofrer alterações para Lucros Acumulados.
espelhar a nova nomenclatura e as novas
normas para a elaboração do relatório. TRANSFERÊNCIAS PARA RESERVAS

OUTRAS SOCIEDADES São as apropriações do lucro feitas para a


constituição das reservas patrimoniais, tais
A DLPA é obrigatória para as sociedades como: reserva legal, reserva estatutária,
limitadas e outros tipos de empresas, reserva de lucros a realizar, reserva para
conforme a legislação do Imposto de Renda contingências.
(art. 274 do RIR/99).
SUBSTITUIÇÃO PELA
COMPOSIÇÃO DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
A demonstração dos lucros ou prejuízos
acumulados deverá discriminar: De acordo com o § 2º do artigo 186 da Lei nº
6.404/76 a Demonstração dos Lucros ou
1. O saldo do início do período e os ajustes de Prejuízos Acumulados poderá ser incluída na
exercícios anteriores; demonstração das mutações do patrimônio
2. As reversões de reservas e o lucro líquido líquido, se elaborada e divulgada pela
do exercício; e companhia, pois não inclui somente o
3. As transferências para reservas, os movimento da conta de lucros ou prejuízos
dividendos, a parcela dos lucros incorporada acumulados, mas também o de todas as
ao capital e o saldo ao fim do período. demais contas do patrimônio líquido.

AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES MODELO

Como ajustes de exercícios serão CIA. MODELO - DEMONSTRAÇÃO DOS


considerados apenas os decorrentes de efeitos LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
da mudança de critério contábil, ou da EXERCÍCIO FINDO EM 31.12.X1 -
retificação de erro imputável a determinado SALDO EM 31.12.X1
exercício anterior, e que não possam ser
atribuídos a fatos subseqüentes. RECURSOS:
1. Saldo inicial de lucros acumulados
Para obter detalhamentos sobre tais ajustes, 2. Ajustes credores de Exercícios Anteriores
acesse o tópico “Ajustes de Exercícios 3. Reversão de reservas
Anteriores”, neste guia. - De contingências
- De lucros a realizar Durante o exercício de 2007, houve os
4. Outros recursos seguintes lançamentos na conta Lucros
5. Lucro líquido do exercício Acumulados:
6. (-) Saldo anterior de prejuízos acumulados
7. (-) Ajustes devedores de exercícios Destinação proposta para Distribuição de
anteriores Dividendos (R$ 0,11 por ação) - R$
8. (-) Prejuízo líquido do ano 10.500,00
9. Total dos recursos Transferência Para Reserva de Investimentos
- R$ 6.000,00
APLICAÇÕES: Transferência Para Reserva de Contingências
10. Transferência para reservas - R$ 1.100,00
- Reserva legal Transferência Para Aumento de Capital - R$
- Reserva estatutária 20.000,00
- Reserva p/ contingências Reversão das Reservas de Lucros a Realizar -
- Reserva de lucros a realizar R$ 9.000,00
- Reserva p/ investimentos Reversão da Reserva de Contingências - R$
11. Dividendos ou lucros distribuídos, pagos 10.000,00
ou creditados (R$ .... por ação) Diferença a Maior de CMV p/ Mudança de
12. Parcela dos lucros incorporados ao capital Critério de Avaliação - R$ 3.000,00
Transferência Para Reserva Estatutária - R$
13. Outras aplicações 5.000,00
14. Total das aplicações Lançamento a Menor na conta Provisão de
15. Lucros ou prejuízos acumulados (recursos Férias - R$ 1.000,00
- aplicações) Transferência Para Reservas de Lucros a
Realizar - R$ 1.500,00
Exemplo: Constituição da Reserva Legal - R$ 1.750,00

Em 31.12.2006, o saldo da conta de Lucros CIA. NACIONAL


Acumulados da Cia. Nacional registrava o DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU
valor de R$ 39.000,00. PREJUÍZOS ACUMULADOS
EXERCÍCIO FINDO EM 31.12.2007

RECURSOS: Valor - R$
1. Saldo inicial do exercício 39.000,00
2. Ajustes credores de exercícios anteriores
- Efeitos de mudança de critério contábil 3.000,00
3. Reversão de reservas
- De contingências 10.000,00
- De lucros a realizar 9.000,00
4. Lucro líquido do exercício 35.000,00
5. (-) Ajuste de exercícios anteriores
- Retificação de erro de exercício anterior 1.000,00
6. Total dos recursos 97.000,00

APLICAÇÕES:
7. Transferência para reservas
- Reserva legal 1.750,00
- Reserva estatutária 5.000,00
- Reserva para contingência 1.100,00
- Reserva para investimentos 6.000,00
- Reserva de lucros a realizar 1.500,00
8. Dividendos a distribuir (R$ 0,11 por ação) 10.500,00
9. Transferência para aumento de capital 20.000,00
10. Total das aplicações 45.850,00
11. Lucros Acumulados (Recursos - Aplicações) 51.150,00
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE  Empréstimos bancários e
CAIXA (DFC) financiamentos oriundos das
instituições financeiras;
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC),
ao contrário da DOAR, passou a ser um  Vendas de Ativos Permanentes;
relatório obrigatório pela contabilidade para
todas as sociedades de capital aberto ou com  Outras entradas (juros recebidos,
patrimônio líquido superior a R$ indenizações de seguros, etc.).
2.000.000,00 (dois milhões de reais). Esta
obrigatoriedade vigora desde 01.01.2008, por b) Transações que Diminuem o Caixa
força da Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de (Disponível)
2007, e desta forma torna-se mais um
importante relatório para a tomada de  Pagamento de dividendos aos
decisões gerenciais. acionistas;
 Pagamento de juros, correção
De forma condensada, esta demonstração monetária de dívidas;
indica a origem de todo o dinheiro que entrou
no caixa em determinado período e, ainda, o  Aquisicão de itens do Ativo
Resultado do Fluxo Financeiro. Assim como Permanente;
a Demonstração de Resultados de Exercícios,
a DFC é uma demonstração dinâmica e  Compra à vista e pagamento de
também está contida no balanço patrimonial. fornecedores;
A Demonstração do Fluxo de Caixa irá  Pagamentos de despesas/custo,
indicar quais foram às saídas e entradas de contas a pagar e outros.
dinheiro no caixa durante o período e o
resultado desse fluxo.
c) Transações que não Afetam o Caixa
AS PRINCIPAIS TRANSAÇÕES QUE
Dentre as transações realizadas pela empresa,
AFETAM O CAIXA
algumas não afetam o caixa, isto é, não há
encaixe e nem desencaixe de dinheiro, como
A seguir, relacionaremos em dois grupos as por exemplo: - Depreciação, amortização e
principais transações que afetam o caixa. exaustão; - Provisão para devedores
duvidosos; - Correção monetária de balanço;
a) Transações que Aumentam o Caixa - Acréscimo ou diminuições de investimentos
(Disponível) avaliados pelo método de equivalência
patrimonial, sem significar que houve vendas
 Integralização do Capital pelos ou novas aquisições.
proprietários em dinheiro;
APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO DE Para os ingressos de recursos, considerar os
FLUXO DE CAIXA valores positivos, para as saídas, negativos.

Seguindo as tendências internacionais, o A seguir mostraremos um modelo


fluxo de caixa pode ser incorporado às simplificado de DFC pelo método direto,
demonstrações contábeis tradicionalmente baseado no modelo FAS 95, ou seja, fazendo
publicadas pelas empresas. Basicamente, o uma segregação dos tipos de atividades:
relatório de fluxo de caixa deve ser
segmentado em três grandes áreas: 1. Das Atividades Operacionais
(+) Recebimentos de Clientes e outros
I - Atividades Operacionais; (-) Pagamentos a Fornecedores
(-) Pagamentos a Funcionários
II - Atividades de Investimento; (-) Recolhimentos ao Governo
(-) Pagamentos a Credores Diversos
III - Atividades de Financiamento. 2. Das Atividades de Investimentos
(+) Recebimento de Venda de Imobilizado
As Atividades Operacionais são explicadas (-) Aquisição de Ativo Permanente
pelas receitas e gastos decorrentes da (+) Recebimento de Dividendos
industrialização, comercialização ou 3. Das Atividades de Financiamentos
prestação de serviços da empresa. Estas (+) Novos Empréstimos
atividades têm ligação com o capital (-) Amortização de Empréstimos
circulante líquido da empresa. (+) Emissão de Debêntures
(+) Integralização de Capital
As Atividades de Investimento são os gastos (-) Pagamento de Dividendos
efetuados no Realizável a Longo Prazo ou no 4. Aumento/Diminuição nas
Ativo Permanente, bem como as entradas por Disponibilidades
venda de ativos imobilizados.
Método Indireto
As Atividades de Financiamento são os
recursos obtidos do Exigível a Longo Prazo e O Método Indireto é aquele pelo qual os
do Patrimônio Líquido. Devem ser incluídos recursos provenientes das atividades
aqui os empréstimos e financia-mentos de operacionais são demonstrados a partir do
curto prazo. As saídas correspondem à lucro líquido, ajustado pelos itens
amortização destas dívidas e os valores pagos considerados na contas de resultado, porém
aos acionistas a título de dividendos, sem afetar o caixa da empresa. O Método
distribuição de lucros. Indireto é feito com base nos ajustes do lucro
líquido do exercício que se encontra na
MONTAGEM DOS FLUXOS DE CAIXA Demonstração de Resultado.

Método Direto Primeiro passo: Os itens operacionais que não


usaram dinheiro, mas foram deduzidos como
despesas devem ser acrescentados de volta ao
Pelo Método Direto a empresa fará o
lucro do exercício, como é o caso da
confronto direto entre as contas da
depreciação.
Demonstração de Resultado e as contas do
Balanço Patrimonial, detalhando as entradas e
saídas de caixa. Segundo passo: As alterações ocorridas no
Capital Circulante Líquido (AC e PC)
também devem ser ajustadas, porque estão
Agora é só uma questão de ordenamento das
relacionadas com as atividades operacionais.
entradas e saídas de caixa, conforme a
estrutura internacional pelo Método Direto.
1. Fluxo de Caixa Operacional Líquido CONCLUSÃO
Lucro Líquido
(-) Aumento de Estoques A demonstração é uma ferramenta que
(+) Depreciação permite ao administrador financeiro melhorar
(-) Aumento de Clientes o planejamento financeiro da empresa,
(+) Pagamento a Funcionários conseguindo, com isso, que o Caixa fique
(+) Contas a Pagar livre de excessos e que a empresa conheça
(+) Pagamentos de Impostos e Tributos antecipadamente as suas necessidades de
(+) Aumentos de Fornecedores dinheiro.
2. Das Atividades de Investimentos
(+) Recebimento de Venda de Imobilizado Dessa maneira, deverá sempre ser comparada
(-) Aquisição de Ativo Permanente com o efetivo desempenho de Caixa da
(+) Recebimento de Dividendos empresa para poder alcançar toda a sua
3. Das Atividades de Financiamentos utilidade nas previsões orçamentárias e de
(+) Novos Empréstimos investimentos, assim como ser aperfeiçoada
(-) Amortização de Empréstimos para tornar-se cada vez mais objetiva e
(+) Emissão de Debêntures próxima da realidade.
(+) Integralização de Capital
(-) Pagamento de Dividendos DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
4. Aumento/Diminuição nas DO EXERCÍCIO (DRE)
Disponibilidades
O artigo 187 da Lei nº 6.404, de 15 de
Quando há um aumento nos ativos circulantes dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por
(estoques, contas a receber), o raciocínio é Ações), instituiu a Demonstração do
que foi usado dinheiro do caixa, para comprar Resultado do Exercício.
estoques ou conceder crédito a clientes. De
maneira inversa, se os estoques ou clientes A Demonstração do Resultado do Exercício
diminuírem é porque a empresa está tendo tem como objetivo principal apresentar de
receita ou recebimento de clientes. forma vertical resumida o resultado apurado
em relação ao conjunto de operações
Nota: Os aumentos do Ativo Circulante usam realizadas num determinado período,
caixa, as diminuições produzem caixa. normalmente, de doze meses.

Os aumentos do Passivo Circulante têm o De acordo com a legislação mencionada, as


efeito oposto sobre o caixa. Quando os empresas deverão na Demonstração do
fornecedores concedem créditos, o caixa é Resultado do Exercício discriminar:
liberado para outras atividades. Quando a
empresa diminui a conta de fornecedores, é - A receita bruta das vendas e serviços, as
que ela está usando caixa para solver deduções das vendas, os abatimentos e os
compromissos. impostos;
- A receita líquida das vendas e serviços, o
Nota: Os aumentos do Passivo Circulante custo das mercadorias e serviços vendidos e o
produzem caixa, as diminuições usam caixa. lucro bruto;
- As despesas com as vendas, as despesas
Todos estes ajustes fazem parte das atividades financeiras, deduzidas das receitas, as
operacionais. As demais atividades de despesas gerais e administrativas, e outras
investimento e de financiamento serão despesas operacionais;
elaboradas nos mesmos moldes do Método - O lucro ou prejuízo operacional, as receitas
Direto, usando-se para tanto os dados do e despesas não operacionais
Balanço Patrimonial. - O resultado do exercício antes do Imposto
sobre a Renda e a provisão para o imposto; Variações Monetárias e Cambiais Passivas
- As participações de debêntures, (-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas
empregados, administradores e partes
beneficiárias, e as contribuições para (-) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS
instituições ou fundos de assistência ou OPERACIONAIS
previdência de empregados;
- O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o = RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO
seu montante por ação do capital social.
RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS
Na determinação da apuração do resultado do Receitas Não Operacionais
exercício serão computados em obediência ao Despesas Não Operacionais
princípio da competência:
= LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IMPOSTO
a) as receitas e os rendimentos ganhos no DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO
período, independentemente de sua realização SOCIAL E SOBRE O LUCRO
em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, (-) Provisão para Imposto de Renda e
pagos ou incorridos, correspondentes a essas Contribuição Social Sobre o Lucro
receitas e rendimentos.
= LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS
MODELO DA DEMONSTRAÇÃO DO PARTICIPAÇÕES
RESULTADO DO EXERCÍCIO
(-) Participações de Administradores,
RECEITA OPERACIONAL BRUTA Empregados, Debêntures e Partes
Vendas de Produtos Beneficiárias
Vendas de Mercadorias
Prestação de Serviços (=) RESULTADO LÍQUIDO DO
EXERCÍCIO
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
Devoluções de Vendas RECEITA OPERACIONAL BRUTA
Abatimentos
Impostos e Contribuições Incidentes sobre
Compreende a receita bruta das vendas de
Vendas
bens e serviços prestados em operações
realizadas pela empresa.
= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
Na receita bruta não se incluem as vendas
(-) CUSTOS DAS VENDAS canceladas, os descontos incondicionais
Custo dos Produtos Vendidos concedidos e os impostos não cumulativos
Custo das Mercadorias cobrados destacadamente do comprador ou
Custo dos Serviços Prestados contratante dos quais o vendedor dos bens ou
o prestador dos serviços seja mero depositário
= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO (parágrafo único do art. 31 da Lei
8.981/1995).
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas Com Vendas Os impostos não cumulativos citados
Despesas Administrativas correspondem ao IPI e ao ICMS quando
cobrado como substituição tributária.
(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS
Despesas Financeiras Desta forma, para que se possa aplicar o
(-) Receitas Financeiras conceito legal de Receita Operacional Bruta,
é recomendável que a empresa que Despesas de Vendas e Administrativas
contabiliza o IPI e o ICMS como Receita de
Vendas, o faça em conta de “Faturamento As despesas de vendas representam os gastos
Bruto” e não em “Receita de Venda de de promoção, colocação e distribuição dos
Produtos”, ficando assim o plano de contas da produtos da empresa, bem como os riscos
empresa: assumidos pela venda, tais como:

Faturamento Bruto a) despesas com folha de pagamento da área


(-) IPI Faturado de vendas;
(-) ICMS Substituição Tributária b) comissões sobre vendas;
(=) Receita Bruta de Vendas e Serviços c) propaganda e publicidade;
d) gastos com garantia de produtos;
DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA e) utilidades e serviços: transporte,
depreciação e manutenção de bens, energia
Devoluções de Vendas elétrica, telefone, água.

Nesta conta, de natureza devedora, são As despesas administrativas representam os


registradas as devoluções de vendas relativas gastos, pagos ou incorridos, para direção ou
à anulação de valores registrados como gestão da empresa, tais como:
receita bruta de vendas e serviços. Assim
sendo, as devoluções não devem ser a) despesas com o pessoal: salários,
deduzidas diretamente da conta de vendas, gratificações, férias, encargos, assistência
mas registradas nessa conta devedora. médica, transporte;
b) utilidades e serviços: energia elétrica,
Abatimentos água, telefone, fax, correio, seguros;
c) despesas gerais: material de escritório,
Nessa conta serão registrados os descontos material de limpeza, viagens, alimentação,
incondicionais concedidos aos clientes jornais e revistas, despesas legais e judiciais,
relativos às vendas e serviços. serviços profissionais contratados,
depreciação e manutenção de bens;
Impostos e Contribuições Incidentes sobre d) impostos e taxas: IPTU, IPVA, ITR,
Vendas Contribuição Sindical.

A receita bruta deve ser registrada pelos Receitas e Despesas Financeiras


valores totais, incluindo os impostos sobre ela
incidentes (exceto IPI e ICMS substituição Nesse grupo são incluídos os juros, os
tributária), que são registrados em contas descontos e a atualização monetária pré-
devedoras. Desta forma, os valores dos fixada, além de outros tipos de receitas ou
impostos incidentes sobre as vendas, tais despesas, bem como aquelas decorrentes de
como: ISS, ICMS, PIS, COFINS, serão aplicações financeiras.
diminuídos da receita bruta.
As atualizações monetárias ou variações
Custos das Vendas cambiais de empréstimos são registradas
separadamente no grupo variações
Estas contas registram os custos de bens ou monetárias.
serviços vendidos. Para maiores
detalhamentos sobre a composição dos As Receitas Financeiras compreendem:
Custos das Vendas, acesse o tópico
respectivo, neste guia. - Descontos obtidos, decorrentes de
pagamentos antecipados de duplicatas de
fornecedores ou outros títulos; Nesse grupo são segregados os resultados não
- Juros recebidos referentes aos juros operacionais, ou seja, aqueles decorrentes de
cobrados pela empresa de seus clientes, por outras operações não ligadas às atividades
atraso de pagamento e outras operações principais ou acessórias da empresa, tais
similares; como:
- Receitas de aplicações financeiras que
englobam as receitas decorrentes de a) ganhos e perdas na alienação de
aplicações financeiras, correspondentes à investimentos permanentes;
diferença entre o valor aplicado e o valor b) ganhos e perdas na alienação de bens e
resgatado, do tipo Certificado de Depósito direitos do ativo permanente;
Bancário (CDB), etc.; c) ganhos e perdas por desapropriação, baixa
- Outras receitas de investimentos por perecimento, extinção, desgaste,
temporários. obsolescência de bens do ativo permanente.

As Despesas Financeiras compreendem: Imposto de Renda e Contribuição Social


Sobre o Lucro
- Descontos concedidos aos clientes pelo
pagamento antecipado ou pontual de Nessas contas devem ser registrados os
duplicatas; valores relativos à Contribuição Social Sobre
- Juros de empréstimos, financiamentos, o Lucro e do Imposto de Renda devido sobre
desconto de títulos e outras operações; o resultado.
- Comissões e despesas bancárias cobradas
pelos bancos nas operações de desconto, de Participações e Contribuições
concessão de crédito, etc.
- Correção monetária prefixada de Essas participações e contribuições devem ser
empréstimos. contabilizadas na própria data do balanço,
mediante débito nas contas de participações
As Variações Monetárias de Obrigações e no resultado e crédito nas contas de provisão
Créditos compreendem: no Passivo Circulante.

- Variação cambial incorrida pela atualização De acordo com o artigo 189 da lei das S/A,
periódica de obrigações ou créditos a serem do resultado do exercício, serão deduzidos,
pagos ou recebidos em moeda estrangeira; antes de qualquer participação, os prejuízos
- Atualização monetária que registra as acumulados e a provisão para o imposto
atualizações sobre obrigações ou créditos sobre a renda.
sujeitos à cláusula de atualização monetária.
Dessa forma, toma-se o lucro líquido depois
Outras Receitas e Despesas Operacionais do imposto de renda e contribuição social,
antes das participações e dele se deduz o
Abrange outras receitas e despesas saldo eventual de prejuízos acumulados,
operacionais decorrentes de atividades apurando-se assim a base inicial de cálculo
acessórias do objeto da empresa, tais como: das participações.

a) lucros e prejuízos em participações Ressalte-se que o cálculo das participações


societárias; não é feito sobre o mesmo valor. Deve ser
b) vendas de sucatas ou sobras de estoques. calculado extracontabilmente, primeiramente,
a participação das debêntures. Do lucro
Resultados Não Operacionais remanescente se calcula a participação dos
empregados, do lucro remanescente desse
cálculo, se calcula a participação dos
administradores, e do saldo, a participação administradores e partes beneficiárias
das partes beneficiárias. tenham direito à participação de 5% do
lucro do exercício. A empresa tem um
Exemplo: saldo de prejuízos acumulados no valor
de R$ 20.000,00, e o seu resultado do
Considerando-se que determinada exercício após o Imposto de Renda e
empresa tenha definido no seu estatuto, Contribuição Social corresponde a R$
que as debêntures, empregados, 100.000,00, teremos:

Lucro após Imposto de Renda e Contribuição Social 100.000,00


(-) Prejuízo acumulado 20.000,00
(=) Base de cálculo das participações de Debêntures 80.000,00
(-) Debêntures = 5% de R$ 80.000,00 4.000,00
(=) Base de cálculo da participação dos Empregados 76.000,00
(-) Empregados = 5% de 76.000,00 3.800,00
(=) Base de cálculo da participação dos Administradores: 72.200,00
(-) Administradores = 5% de R$ 72.200,00 3.610,00
(=) Base de cálculo da participação das Partes Beneficiárias 68.590,00
(-) Partes beneficiárias = 5% de R$ 68.590,00 3.429,50
(=) Lucro líquido após as participações 65.160,50

Lucro Por Ação A quota de depreciação a ser registrada na


escrituração contábil da pessoa jurídica, como
O artigo 187 da Lei nº 6.404/76 determina a custo ou despesa operacional, será
indicação do montante do lucro ou prejuízo determinada mediante aplicação da taxa de
líquido por ação do Capital Social, o que depreciação sobre o valor do bem em reais.
possibilita melhor avaliação pelos
investidores dos resultados apurados pela Observe-se que o limite de depreciação é o
companhia em relação às ações que possui. valor do próprio bem. Desta forma, deve-se
manter um controle individualizado, por bem,
O lucro por ação é apurado pela divisão do do tipo “ficha do imobilizado” ou “planilha
lucro líquido de exercício pelo número de de item do imobilizado” para que o valor
ações em circulação do capital social. contabilizado da depreciação, somado ás
quotas já registradas anteriormente, não
DEPRECIAÇÃO ultrapasse o valor contábil do respectivo bem.

Depreciação é a redução do valor dos bens INÍCIO E TÉRMINO DA DEPRECIAÇÃO


pelo desgaste ou perda de utilidade por uso,
ação da natureza ou obsolescência. A depreciação de um ativo começa quando o
item está em condições de operar na forma
Segundo a NBC T 19.5, é obrigatório o pretendida pela administração, e cessa
reconhecimento da depreciação, amortização quando o ativo é baixado ou transferido do
e exaustão. imobilizado.

A taxa anual de depreciação de um bem será


fixada em da estimativa de sua vida útil ou
prazo de utilização.
A depreciação não cessa quando o ativo A legislação fiscal (Regulamento do Imposto
torna-se obsoleto ou é retirado de Renda – artigo 309) admite a utilização
temporariamente de operação a não ser que o somente do método linear, com exceção a
ativo esteja totalmente depreciado. seguir.

VIDA ÚTIL, PERÍODO DE USO E O método linear é a aplicação de uma taxa


VOLUME DE PRODUÇÃO fixa anual sobre o valor do bem a depreciar.

Os seguintes fatores devem ser considerados Exemplo: móveis e utensílios – vida útil de
ao se estimar a vida útil, período de uso e 10 anos – taxa = 100% : 10 = 10% ao ano.
volume de produção de um ativo:
Entretanto, no caso dos bens aplicados
a) o uso esperado do ativo, que deve ser exclusivamente na exploração de minas,
avaliado com base na capacidade esperada ou jazidas e florestas, cujo período de
na produção física do ativo; exploração total seja inferior ao tempo de
b) o desgaste físico esperado, que depende de vida útil desses bens, poderá ser determinada,
fatores operacionais, tais como o número de opcionalmente, em função do prazo da
turnos durante os quais o ativo será usado, o concessão ou do contrato de exploração ou,
programa de reparo e manutenção, inclusive ainda, do volume da produção de cada
enquanto estiver ocioso; período de apuração e sua relação com a
c) a obsolescência tecnológica resultante de possança conhecida da mina ou dimensão da
mudanças ou aperfeiçoamentos na produção floresta explorada (Lei nº 4.506, de 1964,
ou mudanças na demanda no mercado pelo arts. 57, § 14, e 59, § 2º).
produto ou serviço produzido pelo ativo; e
d) os limites legais ou semelhantes sobre o O cálculo das quotas de depreciação de bens
uso do ativo, tais como datas de expiração do ativo imobilizado será efetuado da
dos respectivos arrendamentos, permissões de seguinte forma:
exploração ou concessões.
Bens já Existentes no Patrimônio no
Observe que a legislação do imposto de renda Exercício Anterior
fixa limites máximos de depreciação para os
bens, constantes no anexo 1 da IN SRF Para os bens já existentes no Exercício
162/1998. anterior, que não foram baixados no
exercício, basta aplicar a taxa anual de
CÁLCULO DAS QUOTAS DE depreciação sobre o respectivo valor do bem.
DEPRECIAÇÃO
Exemplo:
Dentre os vários métodos de cálculo dos
encargos de depreciação, destacam-se: Valor de Edificações da sede: R$ 105.000,00
Taxa anual de depreciação: 4%
a) o método linear que resulta numa despesa Valor da Depreciação no ano: R$ 105.000,00
constante durante a vida útil, se o valor x 4% = R$ 4.200,00
residual do ativo não mudar; Valor da Depreciação mensal: R$ 4.200,00 :
b) o método dos saldos decrescentes que 12 meses = R$ 350,00
resulta em despesa decrescente durante a vida
útil; Bens Acrescidos no Ativo Imobilizado no
c) o método das unidades produzidas que Período
resulta em despesa baseada na expectativa de
produção.
A quota de depreciação em reais, das Bem baixado em 10 de julho, no valor
aquisições ou dos valores acrescidos aos bens original de R$ 18.000,00
existentes, será calculada da seguinte forma: Taxa anual de depreciação: 20%
Valor da depreciação anual: R$ 18.000,00 x
a) aplicar a taxa anual de depreciação sobre o 20% = R$ 3.600,00
valor do custo de aquisição ou acréscimo, Valor da depreciação mensal: R$ 3.600,00 :
obtendo a quota anual em reais; 12 = R$ 300,00
b) dividir a quota anual em reais por 12, para Valor da depreciação no ano até a data da
obter o valor do duodécimo mensal de baixa: 7 quotas x R$ 300,00 = R$ 2.100,00
depreciação, a ser registrado na escrituração a
partir do mês de aquisição ou incorporação CONTABILIZAÇÃO
do acréscimo;
c) no caso de bem incorporado e baixado do O registro contábil do encargo de depreciação
Ativo Imobilizado, dentro do ano-calendário, será feito a débito de uma conta de custo ou
serão apropriados os duodécimos de despesa operacional e a crédito da conta
depreciação proporcionais ao número de redutora do ativo imobilizado intitulada
meses que o bem permanecer incorporado ao depreciação acumulada.
ativo.
Exemplo:
Exemplo:
Depreciação de R$ 10.000,00 de máquinas e
Bem acrescido em 10 de fevereiro, no valor equipamentos:
de R$ 21.600,00
Taxa anual de depreciação: 10% D - Depreciações (Custo ou Despesa
Valor da depreciação anual: R$ 21.600,00 x Operacional – Conta de Resultado)
10% = R$ 2.160,00 C - Depreciação Acumulada - Máquinas e
Valor da depreciação mensal: R$ 2.160,00 : Equipamentos (Ativo Imobilizado)
12 = R$ 180,00 R$ 10.000,00
Valor da depreciação no ano de aquisição: 11
quotas x R$ 180,00 = R$ 1.980,00 Bens que não são depreciáveis

Bens Baixados no Período A legislação tributária não admite como


despesas dedutíveis às quotas de depreciação
a) aplicar a taxa anual de depreciação sobre o dos seguintes bens do ativo imobilizado:
valor do custo de aquisição ou acréscimo,
obtendo a quota anual em reais; Terrenos (exceto quanto às edificações e
b) dividir a quota anual em reais por 12, para benfeitorias);
obter o valor do duodécimo mensal de Imóveis cedidos para fins residenciais a
depreciação, a ser registrado na escrituração a sócios, diretores, administradores ou
partir do mês de aquisição ou incorporação empregados;
do acréscimo; Prédios ou construções não alugados nem
c) no caso de bem baixado do Ativo utilizados pelo proprietário na produção dos
Imobilizado, dentro do ano-calendário, serão seus rendimentos ou destinados à revenda;
apropriados os duodécimos de depreciação Bens que normalmente aumentam de valor
proporcionais ao número de meses que o bem com o tempo, tais como obras de arte ou
permanecer incorporado ao ativo. antiguidades;
Bens que não estiverem funcionando ou em
Exemplo: condições de produzir;
Bens para os quais seja registrada quota de
exaustão;
Bens adquiridos no exterior por empresa I – um turno de oito
instalada em Zona de Processamento de horas..................................1,0;
Exportação (ZPE). II – dois turnos de oito
horas.............................1,5;
Com algumas exceções, tais como pedreiras e III – três turnos de oito
aterros, os terrenos têm vida útil ilimitada e horas.............................2,0.
não devem ser depreciados.
Portanto, a utilização da aceleração da
Depreciação de Partes de Item do depreciação contábil, quando há mais de um
Imobilizado turno diário de operação, poderá permitir uma
contabilização maior de encargos dedutíveis
Cada parte de um item do ativo imobilizado na apuração do resultado tributável.
com custo significativo em relação ao total do
custo do item deve ser depreciado, Base: art. 312 do Regulamento do IR/99.
amortizado ou exaurido separadamente.
DEPRECIAÇÃO DAS PARTES E PEÇAS
Como exemplo, depreciar separadamente a DE EQUIPAMENTOS SUBSTITUÍDOS
fuselagem e os motores de um avião.
As contas que registram recursos aplicados
DEPRECIAÇÃO DE BENS USADOS para manutenção em almoxarifado de partes e
peças, máquinas e equipamentos de
A taxa de depreciação de bens usados, para reposição, que têm por finalidade manter
fins de apuração do custo ou despesa constante o exercício normal das atividades
operacional das empresas tributadas pelo da pessoa jurídica, devem ser classificadas no
lucro real, tem parâmetros fixados pela IN ativo imobilizado.
103/84 da SRF, podendo a mesma ser
calculada considerando como prazo de vida As partes e peças que quando aplicadas em
útil o maior dentre: substituição das danificadas resultarem em
aumento de vida útil superior a um ano,
1. Metade do prazo de vida útil admissível prevista no ato de aquisição do bem, deverão
para o bem adquirido novo; ser acrescidas ao valor desse bem. Caso
2. Restante da vida útil do bem, considerada contrário, poderão ser computadas como
esta em relação á primeira instalação para custo ou despesa operacional (RIR/99, art.
utilização. 301 e §§ 1º e 2º).

Assim, por exemplo, um caminhão de carga, Notas:


cuja vida útil é de 4 anos, se adquirido após 3
anos de fabricação, poderá ser depreciado em 1) O procedimento acima não é aplicável a
2 anos, aplicando-se a taxa de 50% ao ano (ao certas peças e partes que quando incorporadas
invés de 25% a.a., que seria a taxa para o às respectivas máquinas ou equipamentos têm
caminhão novo). vida útil não superior a um ano, intervalo de
tempo no qual devem ser substituídas. Assim,
DEPRECIAÇÃO ACELERADA os recursos aplicados na sua aquisição, por
CONTÁBIL (em função dos turnos) não chegarem a possuir características de
permanência, devem ser classificados fora do
Em relação aos bens móveis, poderão ser ativo permanente (PN CST 02/84).
adotados, em função do número de horas
diárias de operação, os seguintes coeficientes 2) A pessoa jurídica que incorrer em gastos
de depreciação acelerada (Lei 3.470/58, art. com reparos, conservação ou substituição de
69): partes e peças de bens de seu ativo
imobilizado, de que resulte aumento de vida 4) Na apuração do percentual correspondente
útil superior a um ano, deverá: à parte não depreciada, deverá ser computada
além das depreciações normais e aceleradas,
a) aplicar o percentual de depreciação a depreciação acelerada incentivada relativa
correspondente à parte não depreciada do ao bem, registrada na parte B do LALUR. Os
bem sobre os custos de substituição das valores registrados na parte B do LALUR
partes ou peças. somente serão corrigidos monetariamente até
b) apurar a diferença entre o total dos custos 31.12.1995.
de substituição e o valor determinado
conforme a letra "a"; Exemplo:
c) escriturar o valor de "a" a débito das contas
de resultado; Valor atualizado do bem: R$ 100.000,00
d) escriturar o valor de "b" a débito da conta Depreciação acumulada registrada: 45% ou
do ativo imobilizado que registra o bem, o R$ 45.000,00
qual terá novo valor contábil depreciável no Depreciação acelerada incentivada (parte B
novo prazo de vida útil previsto (PN CST do LALUR): não há
22/87, subitem 3.2). Parte não depreciada do bem: R$ 100.000,00
– R$ 45.000,00 = R$ 55.000,00 ou 55%
Por novo valor contábil do bem deve ser Custo das partes ou peças substituídas em
entendido o saldo residual depreciável julho: R$ 50.000,00
consignado na contabilidade, isto é, o valor Percentual da parte do bem não depreciada:
que estiver registrado na escrituração do (55%), a ser debitada em conta de resultado:
contribuinte (corrigido monetariamente até R$ 27.500,00
31.12.1995 nos casos dos bens adquiridos
anteriormente a essa data), diminuído da Diferença, a ser debitada em conta do ativo
depreciação acumulada e acrescido do valor permanente: R$ 22.500,00
da reforma. Novo valor residual contábil do bem
depreciável no prazo de vida útil previsto
Não interfere na fixação da nova taxa de para o bem recuperado:
depreciação a ser utilizada o eventual saldo R$ 55.000,00 (saldo residual anterior) + R$
da depreciação acelerada incentivada 22.500,00 = R$ 77.500,00
controlada na parte B do LALUR. Prazo restante para depreciação do bem
reformado, anterior á reforma = 5,5 anos (66
3) Os gastos aqui referidos são os que se meses)
destinam a recuperar o bem para recolocá-lo Aumento do prazo de vida útil previsto : 2,0
em condições de funcionamento, mantendo as anos ou 24 meses
suas características. Não se aplica aos casos Novo prazo de vida útil para o bem
em que ocorre mudança na configuração, na recuperado : 7,5 anos ou 90 meses
natureza ou no tipo do bem – sobre os gastos Nova taxa de depreciação aplicável sobre o
que devam ou não ser capitalizados e a forma custo de aquisição do bem registrado na
de contar o prazo de vida útil superior a um escrituração acrescido do custo de reforma
ano. ativado: R$ 100.000,00 valor original
corrigido + R$ 22.500,00 valor imobilizado
da reforma = R$ 122.500,00
Saldo Residual Contábil R$ 77.500,00
dividido por 90 meses (ou 7,5 anos) dividido
por R$ 122.500,00 igual a:
8,4% a.a. ou 0,70% ao mês
5) A pessoa jurídica que não quiser adotar os de substituição das partes e peças obterá um
procedimentos indicados no PN CST 022/87 novo valor do bem (R$ 122.500,00 ou R$
deverá incorporar ao valor do bem o total dos 150.000,00), que somente poderá ser
custos de substituição das partes e peças, depreciado levando em consideração o novo
podendo depreciar o novo valor contábil no saldo residual a depreciar em confronto com
novo prazo de vida útil previsto para o bem o novo prazo de vida útil restante previsto
recuperado (PN CST 22/87, item 5). para o bem recuperado, a partir desta data
(7,5 anos), obtendo-se, então, a nova taxa de
Exemplo: depreciação utilizável de 8,44% a.a. ou
9,33% a.a., respectivamente, conforme a
Utilizando-se os mesmo dados do exemplo do situação a seguir:
item 4:
Novo valor do bem, sujeito à depreciação:
Novo valor contábil do bem seria: R$ 122.500,00 ou 150.000,00
55.000,00 + R$ 50.000,00 = R$ 105.000,00, Depreciação acumulada, já registrada:
depreciável no mesmo prazo e às mesmas 45.000,00 ; 45.000,00
taxas acima indicadas aplicáveis ao saldo Saldo a ser depreciado em 7,5 anos:
residual depreciável (13,33% a.a. ou 1,11% 77.500,00 ; 105.000,00
ao mês sobre R$ 105.000,00) ou 9,33% a.a. Valor anual a ser registrado (em 7,5 anos):
ou 0,78% ao mês se aplicada sobre R$ 10.333,00 ; 14.000,00
150.000,00. Percentual sobre o valor do bem sujeito à
depreciação: 122.500,00 ou 150.000,00 -
6) A pessoa jurídica que simplesmente 8,4% ou 9,33%
incorporar ao valor do bem o total dos custos

ANEXO I - IN SRF 162/98

Bens Relacionados na Nomenclatura Comum do MERCOSUL - NCM

Referência Bens Vida Útil Taxa


NCM em Anos Anual
Capítulo 01 ANIMAIS VIVOS
0101 ANIMAIS VIVOS DAS ESPÉCIES CAVALAR, ASININA E
MUAR 5 20 %
0102 ANIMAIS VIVOS DA ESPÉCIE BOVINA
5 20 %
0103 ANIMAIS VIVOS DA ESPÉCIE SUÍNA
5 20 %
0104 ANIMAIS VIVOS DAS ESPÉCIES OVINA E CAPRINA
5 20 %
0105 GALOS, GALINHAS, PATOS, GANSOS, PERUS, PERUAS 2
E GALINHAS-D'ANGOLA (PINTADAS), DAS ESPÉCIES 50 %
DOMÉSTICAS, VIVOS
Capítulo 39 OBRAS DE PLÁSTICOS
3923 ARTIGOS DE TRANSPORTE OU DE EMBALAGEM, DE
PLÁSTICOS
3923.10 -Caixas, caixotes, engradados e artigos semelhantes
5 20 %
3923.30 -Garrafões, garrafas, frascos e artigos semelhantes
5 20 %
3923.90 -Outros vasilhames
5 20 %
3926 OUTRAS OBRAS DE PLÁSTICOS E OBRAS DE OUTRAS
MATÉRIAS DAS POSIÇÕES 3901 A 3914
3926.90 Correias de transmissão e correias transportadoras
2 50 %
3926.90 Artigos de laboratório ou de farmácia
5 20 %
Capítulo 40 OBRAS DE BORRACHA
4010 CORREIAS TRANSPORTADORAS OU DE
TRANSMISSÃO, DE BORRACHA VULCANIZADA 2 50 %
Capítulo 42 OBRAS DE COURO
4204 Correias transportadoras ou correias de transmissão
2 50 %
Capítulo 44 OBRAS DE MADEIRA
4415 CAIXOTES, CAIXAS, ENGRADADOS, BARRICAS E
EMBALAGENS SEMELHANTES, DE MADEIRA; 5 20 %
CARRETÉIS PARA CABOS, DE MADEIRA; PALETES
SIMPLES, PALETES-CAIXAS E OUTROS ESTRADOS
PARA CARGA, DE MADEIRA; TAIPAIS DE PALETES, DE
MADEIRA
4416 BARRIS, CUBAS, BALSAS, DORNAS, SELHAS E
OUTRAS OBRAS DE TANOEIRO 5 20 %
Capítulo 57 TAPETES E OUTROS REVESTIMENTOS PARA
PAVIMENTOS, 5 20 %

DE MATÉRIAS TÊXTEIS
Capítulo 63 OUTROS ARTEFATOS TÊXTEIS CONFECCIONADOS
6303 CORTINADOS, CORTINAS E ESTORES; SANEFAS E
ARTIGOS SEMELHANTES PARA CAMAS PARA USO EM 5 20 %
HOTÉIS E HOSPITAIS
6305 SACOS DE QUAISQUER DIMENSÕES, PARA
EMBALAGEM 5 20 %
6306 ENCERADOS E TOLDOS; TENDAS; VELAS PARA
EMBARCAÇÕES, PARA PRANCHAS À VELA OU PARA 4 25 %
CARROS À VELA; ARTIGOS PARA ACAMPAMENTO
Capítulo 69 PRODUTOS CERÂMICOS
6909 APARELHOS E ARTEFATOS PARA USOS QUÍMICOS OU
PARA OUTROS USOS TÉCNICOS, DE CERÂMICA; 5 20 %
ALGUIDARES, GAMELAS E OUTROS RECIPIENTES
SEMELHANTES PARA USOS RURAIS, DE CERÂMICA;
BILHAS E OUTRAS VASILHAS PRÓPRIAS PARA
TRANSPORTE OU EMBALAGEM, DE CERÂMICA
Capítulo 70 OBRAS DE VIDRO
7010 GARRAFÕES, GARRAFAS, FRASCOS, BOIÕES, VASOS, 5
EMBALAGENS TUBULARES, AMPOLAS E OUTROS 20 %
RECIPIENTES, DE VIDRO, PRÓPRIOS PARA
TRANSPORTE OU EMBALAGEM; BOIÕES DE VIDRO
PARA CONSERVA
Capítulo 73 OBRAS DE FERRO FUNDIDO, FERRO OU AÇO
7308 CONSTRUÇÕES, DE FERRO FUNDIDO, FERRO OU AÇO,
EXCETO AS CONSTRUÇÕES PRÉ-FABRICADAS DA
POSIÇÃO 9406
7308.10 -Pontes e elementos de pontes
25 4%
7308.20 -Torres e pórticos
25 4%
7309 RESERVATÓRIOS, TONÉIS, CUBAS E RECIPIENTES 10
SEMELHANTES PARA QUAISQUER MATÉRIAS 10 %
(EXCETO GASES COMPRIMIDOS OU LIQUEFEITOS),
DE FERRO FUNDIDO, FERRO OU AÇO, DE
CAPACIDADE SUPERIOR A 300 LITROS, SEM
DISPOSITIVOS MECÂNICOS OU TÉRMICOS, MESMO
COM REVESTIMENTO INTERIOR OU CALORÍFUGO
RECIPIENTES PARA GASES COMPRIMIDOS OU
LIQUEFEITOS, DE FERRO FUNDIDO, FERRO OU AÇO 5 20 %
7311
7321 AQUECEDORES DE AMBIENTES (FOGÕES DE SALA),
CALDEIRAS DE FORNALHA, FOGÕES DE COZINHA 10 10 %
(INCLUÍDOS OS QUE POSSAM SER UTILIZADOS
ACESSORIAMENTE NO AQUECIMENTO CENTRAL),
CHURRASQUEIRAS (GRELHADORES), BRASEIRAS,
FOGAREIROS A GÁS, AQUECEDORES DE PRATOS, E
APARELHOS NÃO ELÉTRICOS SEMELHANTES, DE
USO DOMÉSTICO, DE FERRO FUNDIDO, FERRO OU
AÇO
7322 RADIADORES PARA AQUECIMENTO CENTRAL, NÃO
ELÉTRICOS, DE FERRO FUNDIDO, FERRO OU AÇO; 10 10 %
GERADORES E DISTRIBUIDORES DE AR QUENTE
(INCLUÍDOS OS DISTRIBUIDORES QUE POSSAM
TAMBÉM FUNCIONAR COMO DISTRIBUIDORES DE AR
FRIO OU CONDICIONADO), NÃO ELÉTRICOS,
MUNIDOS DE VENTILADOR OU FOLE COM MOTOR,
DE FERRO FUNDIDO, FERRO OU AÇO
Capítulo 76 obras DE Alumínio
7610 CONSTRUÇÕES DE ALUMÍNIO
25 4%
7611 RESERVATÓRIOS, TONÉIS, CUBAS E RECIPIENTES
SEMELHANTES PARA QUAISQUER MATÉRIAS 10 10 %
(EXCETO GASES COMPRIMIDOS OU LIQUEFEITOS),
DE ALUMÍNIO, DE CAPACIDADE SUPERIOR A 300
LITROS, SEM DISPOSITIVOS MECÂNICOS OU
TÉRMICOS, MESMO COM REVESTIMENTO INTERIOR
OU CALORÍFUGO
7613 RECIPIENTES PARA GASES COMPRIMIDOS OU
LIQUEFEITOS, DE ALUMÍNIO 5 20 %
Capítulo 82 FERRAMENTAS
8201 PÁS, ALVIÕES, PICARETAS, ENXADAS, SACHOS,
FORCADOS E FORQUILHAS, ANCINHOS E 5 20 %
RASPADEIRAS; MACHADOS, PODÕES E
FERRAMENTAS SEMELHANTES COM GUME;
TESOURAS DE PODAR DE TODOS OS TIPOS; FOICES E
FOICINHAS, FACAS PARA FENO OU PARA PALHA,
TESOURAS PARA SEBES, CUNHAS E OUTRAS
FERRAMENTAS MANUAIS PARA AGRICULTURA,
HORTICULTURA OU SILVICULTURA
8202 SERRAS MANUAIS; FOLHAS DE SERRAS DE TODOS
OS TIPOS (INCLUÍDAS AS FRESAS-SERRAS E AS 5 20 %
FOLHAS NÃO DENTADAS PARA SERRAR)
8203 LIMAS, GROSAS, ALICATES (MESMO CORTANTES),
TENAZES, PINÇAS, CISALHAS PARA METAIS, CORTA-
TUBOS, CORTA-PINOS, SACA-BOCADOS E
FERRAMENTAS SEMELHANTES, MANUAIS
8203.20 -Alicates (mesmo cortantes), tenazes, pinças e ferramentas
semelhantes 5 20 %
8203.30 -Cisalhas para metais e ferramentas semelhantes
5 20 %
8203.40 -Corta-tubos, corta-pinos, saca-bocados e ferramentas
semelhantes 5 20 %
8204 CHAVES DE PORCAS, MANUAIS (INCLUÍDAS AS
CHAVES DINAMOMÉTRICAS); CHAVES DE CAIXA 5 20 %
INTERCAMBIÁVEIS, MESMO COM CABOS
8205 FERRAMENTAS MANUAIS (INCLUÍDOS OS CORTA-
VIDROS) NÃO ESPECIFICADAS NEM 5 20 %
COMPREENDIDAS EM OUTRAS POSIÇÕES,
LAMPARINAS OU LÂMPADAS DE SOLDAR
(MAÇARICOS) E SEMELHANTES; TORNOS DE
APERTAR, SARGENTOS E SEMELHANTES, EXCETO OS
ACESSÓRIOS OU PARTES DE MÁQUINAS-
FERRAMENTAS; BIGORNAS; FORJAS-PORTÁTEIS;
MÓS COM ARMAÇÃO, MANUAIS OU DE PEDAL
8206 FERRAMENTAS DE PELO MENOS DUAS DAS
POSIÇÕES 8202 A 8205 5 20 %
8210 APARELHOS MECÂNICOS DE ACIONAMENTO
MANUAL, PESANDO ATÉ 10kg, UTILIZADOS PARA 10 10 %
PREPARAR, ACONDICIONAR OU SERVIR ALIMENTOS
OU BEBIDAS
8214 MÁQUINAS DE TOSQUIAR
5 20 %
Capítulo 83 OBRAS DIVERSAS DE METAIS COMUNS
8303 COFRES-FORTES, PORTAS BLINDADAS E
COMPARTIMENTOS PARA CASAS-FORTES, COFRES E 10 10 %
CAIXAS DE SEGURANÇA E ARTEFATOS
SEMELHANTES, DE METAIS COMUNS
8304 CLASSIFICADORES, FICHÁRIOS (FICHEIROS*),
CAIXAS DE CLASSIFICAÇÃO, PORTA-CÓPIAS, PORTA- 10 10 %
CANETAS, PORTA-CARIMBOS E ARTEFATOS
SEMELHANTES, DE ESCRITÓRIO, DE METAIS
COMUNS, EXCLUÍDOS OS MÓVEIS DE ESCRITÓRIO
DA POSIÇÃO 9403
Capítulo 84 REATORES NUCLEARES, CALDEIRAS, MÁQUINAS,
APARELHOS E INSTRUMENTOS MECÂNICOS
8401 REATORES NUCLEARES; ELEMENTOS COMBUSTÍVEIS
(CARTUCHOS) NÃO IRRADIADOS, PARA REATORES 10 10 %
NUCLEARES; MÁQUINAS E APARELHOS PARA A
SEPARAÇÃO DE ISÓTOPOS
8402 CALDEIRAS DE VAPOR (GERADORES DE VAPOR),
EXCLUÍDAS AS CALDEIRAS PARA AQUECIMENTO 10 10 %
CENTRAL CONCEBIDAS PARA PRODUÇÃO DE ÁGUA
QUENTE E VAPOR DE BAIXA PRESSÃO; CALDEIRAS
DENOMINADAS "DE ÁGUA SUPERAQUECIDA"
8403 CALDEIRAS PARA AQUECIMENTO CENTRAL, EXCETO
AS DA POSIÇÃO 8402 10 10 %
8404 APARELHOS AUXILIARES PARA CALDEIRAS DAS
POSIÇÕES 8402 OU 8403 (POR EXEMPLO: 10 10 %
ECONOMIZADORES, SUPERAQUECEDORES,
APARELHOS DE LIMPEZA DE TUBOS OU DE
RECUPERACAO DE GÁS); CONDENSADORES PARA
MÁQUINAS A VAPOR
8405 GERADORES DE GÁS DE AR (GÁS POBRE) OU DE GÁS
DE ÁGUA, COM OU SEM DEPURADORES; GERADORES 10 10 %
DE ACETILENO E GERADORES SEMELHANTES DE
GÁS, OPERADOS A ÁGUA, COM OU SEM
DEPURADORES
8406 TURBINAS A VAPOR
10 10 %
8407 MOTORES DE PISTÃO, ALTERNATIVO OU ROTATIVO,
DE IGNIÇÃO POR CENTELHA (FAÍSCA) (MOTORES DE 10 10 %
EXPLOSÃO)
8408 MOTORES DE PISTÃO, DE IGNIÇÃO POR
COMPRESSÃO (MOTORES DIESEL OU SEMI-DIESEL) 10 10 %
8410 TURBINAS HIDRÁULICAS, RODAS HIDRÁULICAS, E
SEUS REGULADORES 10 10 %
8411 TURBORREATORES, TURBOPROPULSORES E OUTRAS
TURBINAS A GÁS 10 10 %
8412 OUTROS MOTORES E MÁQUINAS MOTRIZES
10 10 %
8413 BOMBAS PARA LÍQUIDOS, MESMO COM DISPOSITIVO
MEDIDOR; ELEVADORES DE LÍQUIDOS 10 10 %
8414 BOMBAS DE AR OU DE VÁCUO, COMPRESSORES DE
AR OU DE OUTROS GASES E VENTILADORES; COIFAS 10 10 %
ASPIRANTES (EXAUSTORES*) PARA EXTRAÇÃO OU
RECICLAGEM, COM VENTILADOR INCORPORADO,
MESMO FILTRANTES
8415 MÁQUINAS E APARELHOS DE AR-CONDICIONADO
CONTENDO UM VENTILADOR MOTORIZADO E 10 10 %
DISPOSITIVOS PRÓPRIOS PARA MODIFICAR A
TEMPERATURA E A UMIDADE, INCLUÍDOS AS
MÁQUINAS E APARELHOS EM QUE A UMIDADE NÃO
SEJA REGULÁVEL SEPARADAMENTE
8416 QUEIMADORES PARA ALIMENTAÇÃO DE
FORNALHAS DE COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS, 10 10 %
COMBUSTÍVEIS SÓLIDOS PULVERIZADOS OU DE
GÁS; FORNALHAS AUTOMÁTICAS, INCLUÍDAS AS
ANTEFORNALHAS, GRELHAS MECÂNICAS,
DESCARREGADORES MECÂNICOS DE CINZAS E
DISPOSITIVOS SEMELHANTES
8417 FORNOS INDUSTRIAIS OU DE LABORATÓRIO,
INCLUÍDOS OS INCINERADORES, NÃO ELÉTRICOS 10 10 %

Ver Nota (1)


8418 REFRIGERADORES, CONGELADORES ("FREEZERS") E
OUTROS MATERIAIS, MÁQUINAS E APARELHOS PARA 10 10 %
A PRODUÇÃO DE FRIO, COM EQUIPAMENTO
ELÉTRICO OU OUTRO; BOMBAS DE CALOR,
EXCLUÍDAS AS MÁQUINAS E APARELHOS DE AR-
CONDICIONADO DA POSIÇÃO 8415
8419 APARELHOS E DISPOSITIVOS, MESMO AQUECIDOS
ELETRICAMENTE, PARA TRATAMENTO DE MATÉRIAS 10 10 %
POR MEIO DE OPERAÇÕES QUE IMPLIQUEM
MUDANÇA DE TEMPERATURA, TAIS COMO
AQUECIMENTO, COZIMENTO, TORREFAÇÃO,
DESTILAÇÃO, RETIFICAÇÃO, ESTERILIZAÇÃO,
PASTEURIZAÇÃO, ESTUFAGEM, SECAGEM,
EVAPORAÇÃO, VAPORIZAÇÃO, CONDENSAÇÃO OU
ARREFECIMENTO, EXCETO OS DE USO DOMÉSTICO;
AQUECEDORES DE ÁGUA NÃO ELÉTRICOS, DE
AQUECIMENTO INSTANTÂNEO OU DE ACUMULAÇÃO
8420 CALANDRAS E LAMINADORES, EXCETO OS
DESTINADOS AO TRATAMENTO DE METAIS OU 10 10 %
VIDRO, E SEUS CILINDROS
8421 CENTRIFUGADORES, INCLUÍDOS OS SECADORES
CENTRÍFUGOS; APARELHOS PARA FILTRAR OU 10 10 %
DEPURAR LÍQUIDOS OU GASES
8422 MÁQUINAS DE LAVAR LOUÇA; MÁQUINAS E
APARELHOS PARA LIMPAR OU SECAR GARRAFAS OU 10 10 %
OUTROS RECIPIENTES; MÁQUINAS E APARELHOS
PARA ENCHER, FECHAR, ARROLHAR OU ROTULAR
GARRAFAS, CAIXAS, LATAS, SACOS OU OUTROS
RECIPIENTES; MÁQUINAS PARA CAPSULAR
GARRAFAS, VASOS, TUBOS E RECIPIENTES
SEMELHANTES; OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS
PARA EMPACOTAR OU EMBALAR MERCADORIAS
(INCLUÍDAS AS MÁQUINAS E APARELHOS PARA
EMBALAR COM PELÍCULA TERMO-RETRÁTIL);
MÁQUINAS E APARELHOS PARA GASEIFICAR
BEBIDAS
8423 APARELHOS E INSTRUMENTOS DE PESAGEM,
INCLUÍDAS AS BÁSCULAS E BALANÇAS PARA 10 10 %
VERIFICAR PEÇAS USINADAS (FABRICADAS*),
EXCLUÍDAS AS BALANÇAS SENSÍVEIS A PESOS NÃO
SUPERIORES A 5cg; PESOS PARA QUAISQUER
BALANÇAS
8424 APARELHOS MECÂNICOS (MESMO MANUAIS) PARA
PROJETAR, DISPERSAR OU PULVERIZAR LÍQUIDOS 10 10 %
OU PÓS; EXTINTORES, MESMO CARREGADOS;
PISTOLAS AEROGRÁFICAS E APARELHOS
SEMELHANTES; MÁQUINAS E APARELHOS DE JATO
DE AREIA, DE JATO DE VAPOR E APARELHOS DE JATO
SEMELHANTES
8425 TALHAS, CADERNAIS E MOITÕES; GUINCHOS E
CABRESTANTES; MACACOS
10 10 %
8426 CÁBREAS; GUINDASTES, INCLUÍDOS OS DE CABO;
PONTES ROLANTES, PÓRTICOS DE DESCARGA OU DE 10 10 %
MOVIMENTAÇÃO, PONTES-GUINDASTES, CARROS-
PÓRTICOS E CARROS-GUINDASTES
8427 EMPILHADEIRAS; OUTROS VEÍCULOS PARA
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA E SEMELHANTES, 10 10 %
EQUIPADOS COM DISPOSITIVOS DE ELEVAÇÃO
8428 OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS DE ELEVAÇÃO,
DE CARGA, DE DESCARGA OU DE MOVIMENTAÇÃO 10 10 %
(POR EXEMPLO: ELEVADORES OU ASCENSORES,
ESCADAS ROLANTES, TRANSPORTADORES,
TELEFÉRICOS)
8429 "BULLDOZERS", "ANGLEDOZERS", NIVELADORES,
RASPO-TRANSPORTADORES ("SCRAPERS"), PÁS 4 25 %
MECÂNICAS, ESCAVADORES, CARREGADORAS E PÁS
CARREGADORAS, COMPACTADORES E ROLOS OU
CILINDROS COMPRESSORES, AUTOPROPULSORES
8430 OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS DE
TERRAPLENAGEM, NIVELAMENTO, RASPAGEM, 10 10 %
ESCAVAÇÃO, COMPACTAÇÃO, EXTRAÇÃO OU
PERFURAÇÃO DA TERRA, DE MINERAIS OU
MINÉRIOS; BATE-ESTACAS E ARRANCA-ESTACAS;
LIMPA-NEVES
8432 MÁQUINAS E APARELHOS DE USO AGRÍCOLA,
HORTÍCOLA OU FLORESTAL, PARA PREPARAÇÃO OU 10 10 %
TRABALHO DO SOLO OU PARA CULTURA; ROLOS
PARA GRAMADOS (RELVADOS), OU PARA CAMPOS DE
ESPORTE
8433 MÁQUINAS E APARELHOS PARA COLHEITA OU
DEBULHA DE PRODUTOS AGRÍCOLAS, INCLUÍDAS AS 10 10 %
ENFARDADORAS DE PALHA OU FORRAGEM;
CORTADORES DE GRAMA (RELVA) E CEIFEIRAS;
MÁQUINAS PARA LIMPAR OU SELECIONAR OVOS,
FRUTAS OU OUTROS PRODUTOS AGRÍCOLAS,
EXCETO AS DA POSIÇÃO 8437
8434 MÁQUINAS DE ORDENHAR E MÁQUINAS E
APARELHOS PARA A INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS 10 10 %
8435 PRENSAS, ESMAGADORES E MÁQUINAS E
APARELHOS SEMELHANTES, PARA FABRICAÇÃO DE 10 10 %
VINHO, SIDRA, SUCO DE FRUTAS OU BEBIDAS
SEMELHANTES
8436 OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS PARA
AGRICULTURA, HORTICULTURA, SILVICULTURA, 10 10 %
AVICULTURA OU APICULTURA, INCLUÍDOS OS
GERMINADORES EQUIPADOS COM DISPOSITIVOS
MECÂNICOS OU TÉRMICOS E AS CHOCADEIRAS E
CRIADEIRAS PARA AVICULTURA
8437 MÁQUINAS PARA LIMPEZA, SELEÇÃO OU
PENEIRAÇÃO DE GRÃOS OU DE PRODUTOS 10 10 %
HORTÍCOLAS SECOS; MÁQUINAS E APARELHOS PARA
A INDÚSTRIA DE MOAGEM OU TRATAMENTO DE
CEREAIS OU DE PRODUTOS HORTÍCOLAS SECOS,
EXCETO DOS TIPOS UTILIZADOS EM FAZENDAS
8438 MÁQUINAS E APARELHOS NÃO ESPECIFICADOS NEM
COMPREENDIDOS EM OUTRAS POSIÇÕES DO 10 10 %
PRESENTE CAPÍTULO, PARA PREPARAÇÃO OU
FABRICAÇÃO INDUSTRIAIS DE ALIMENTOS OU DE
BEBIDAS, EXCETO AS MÁQUINAS E APARELHOS
PARA EXTRAÇÃO OU PREPARAÇÃO DE ÓLEOS OU
GORDURAS VEGETAIS FIXOS OU DE ÓLEOS OU
GORDURAS ANIMAIS
8439 MÁQUINAS E APARELHOS PARA FABRICAÇÃO DE
PASTA DE MATÉRIAS FIBROSAS CELULÓSICAS OU 10 10 %
PARA FABRICAÇÃO OU ACABAMENTO DE PAPEL OU
CARTÃO
8440 MÁQUINAS E APARELHOS PARA BROCHURA OU
ENCADERNAÇÃO, INCLUÍDAS AS MÁQUINAS DE 10 10 %
COSTURAR CADERNOS
8441 OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS PARA O
TRABALHO DA PASTA DE PAPEL, DO PAPEL OU 10 10 %
CARTÃO, INCLUÍDAS AS CORTADEIRAS DE TODOS OS
TIPOS
8442 MÁQUINAS, APARELHOS E MATERIAL (EXCETO AS
MÁQUINAS-FERRAMENTAS DAS POSIÇÕES 8456 A 10 10 %
8465), PARA FUNDIR OU COMPOR CARACTERES
TIPOGRÁFICOS OU PARA PREPARAÇÃO OU
FABRICAÇÃO DE CLICHÊS, BLOCOS, CILINDROS OU
OUTROS ELEMENTOS DE IMPRESSÃO; CARACTERES
TIPOGRÁFICOS, CLICHÊS, BLOCOS, CILINDROS OU
OUTROS ELEMENTOS DE IMPRESSÃO; PEDRAS
LITOGRÁFICAS, BLOCOS, PLACAS E CILINDROS,
PREPARADOS PARA IMPRESSÃO (POR EXEMPLO:
APLAINADOS, GRANULADOS OU POLIDOS)
8443 MÁQUINAS E APARELHOS DE IMPRESSÃO,
INCLUÍDAS AS MÁQUINAS DE IMPRESSÃO DE JATO 10 10 %
DE TINTA, EXCETO AS DA POSIÇÃO 8471; MÁQUINAS
AUXILIARES PARA IMPRESSÃO
8444 MÁQUINAS PARA EXTRUDAR, ESTIRAR, TEXTURIZAR
OU CORTAR MATÉRIAS TÊXTEIS SINTÉTICAS OU 10 10 %
ARTIFICIAIS
8445 MÁQUINAS PARA PREPARAÇÃO DE MATÉRIAS
TÊXTEIS; MÁQUINAS PARA FIAÇÃO, DOBRAGEM OU 10 10 %
TORÇÃO, DE MATÉRIAS TÊXTEIS E OUTRAS
MÁQUINAS E APARELHOS PARA FABRICAÇÃO DE
FIOS TÊXTEIS; MÁQUINAS DE BOBINAR (INCLUÍDAS
AS BOBINADEIRAS DE TRAMA) OU DE DOBAR
MATÉRIAS TÊXTEIS E MÁQUINAS PARA
PREPARAÇÃO DE FIOS TÊXTEIS PARA SUA
UTILIZAÇÃO NAS MÁQUINAS DAS POSIÇÕES 8446 OU
8447
8446 TEARES PARA TECIDOS
10 10 %
8447 TEARES PARA FABRICAR MALHAS, MÁQUINAS DE
COSTURA POR ENTRELAÇAMENTO ("COUTURE- 10 10 %
TRICOTAGE"), MÁQUINAS PARA FABRICAR
GUIPURAS, TULES, RENDAS, BORDADOS,
PASSAMANARIAS, GALÕES OU REDES; MÁQUINAS
PARA INSERIR TUFOS
8448 MÁQUINAS E APARELHOS AUXILIARES PARA AS
MÁQUINAS DAS POSIÇÕES 8444, 8445, 8446 OU 8447 10 10 %
(POR EXEMPLO: RATIERAS, MECANISMOS
"JACQUARD", QUEBRA-URDIDURAS E QUEBRA-
TRAMAS, MECANISMOS TROCA-LANÇADEIRAS)
8449 MÁQUINAS E APARELHOS PARA FABRICAÇÃO OU
ACABAMENTO DE FELTRO OU DE FALSOS TECIDOS, 10 10 %
EM PEÇA OU EM FORMAS DETERMINADAS,
INCLUÍDAS AS MÁQUINAS E APARELHOS PARA
FABRICAÇÃO DE CHAPÉUS DE FELTRO; FORMAS
PARA CHAPÉUS E PARA ARTEFATOS DE USO
SEMELHANTE
8450 MÁQUINAS DE LAVAR ROUPA, MESMO COM
DISPOSITIVOS DE SECAGEM 10 10 %
8451 MÁQUINAS E APARELHOS (EXCETO AS MÁQUINAS
DA POSIÇÃO 8450) PARA LAVAR, LIMPAR, ESPREMER, 10 10 %
SECAR, PASSAR, PRENSAR (INCLUÍDAS AS PRENSAS
FIXADORAS), BRANQUEAR, TINGIR, PARA APRESTO E
ACABAMENTO, PARA REVESTIR OU IMPREGNAR
FIOS, TECIDOS OU OBRAS DE MATÉRIAS TÊXTEIS E
MÁQUINAS PARA REVESTIR TECIDOS-BASE OU
OUTROS SUPORTES UTILIZADOS NA FABRICAÇÃO DE
REVESTIMENTOS PARA PAVIMENTOS, TAIS COMO
LINÓLEO; MÁQUINAS PARA ENROLAR,
DESENROLAR, DOBRAR, CORTAR OU DENTEAR
TECIDOS
8452 MÁQUINAS DE COSTURA, EXCETO AS DE COSTURAR
CADERNOS DA POSIÇÃO 8440; MÓVEIS, BASES E 10 10 %
TAMPAS, PRÓPRIOS PARA MÁQUINAS DE COSTURA;
AGULHAS PARA MÁQUINAS DE COSTURA
8453 MÁQUINAS E APARELHOS PARA PREPARAR, CURTIR
OU TRABALHAR COUROS OU PELES, OU PARA 10 10 %
FABRICAR OU CONSERTAR CALÇADOS E OUTRAS
OBRAS DE COURO OU DE PELE, EXCETO MÁQUINAS
DE COSTURA
8454 CONVERSORES, CADINHOS OU COLHERES DE
FUNDIÇÃO, LINGOTEIRAS E MÁQUINAS DE VAZAR 10 10 %
(MOLDAR), PARA METALURGIA, ACIARIA OU
FUNDIÇÃO
8455 LAMINADORES DE METAIS E SEUS CILINDROS
10 10 %
8456 MÁQUINAS-FERRAMENTAS QUE TRABALHEM POR
ELIMINAÇÃO DE QUALQUER MATÉRIA, OPERANDO 10 10 %
POR "LASER" OU POR OUTROS FEIXES DE LUZ OU DE
FÓTONS, POR ULTRA-SOM, ELETRO-EROSÃO,
PROCESSOS ELETROQUÍMICOS, FEIXES DE
ELÉTRONS, FEIXES IÔNICOS OU POR JATO DE
PLASMA
8457 CENTROS DE USINAGEM (CENTROS DE
MAQUINAGEM*), MÁQUINAS DE SISTEMA 10 10 %
MONOSTÁTICO ("SINGLE STATION") E MÁQUINAS DE
ESTAÇÕES MÚLTIPLAS, PARA TRABALHAR METAIS
8458 TORNOS (INCLUÍDOS OS CENTROS DE
TORNEAMENTO) PARA METAIS. 10 10 %
8459 MÁQUINAS-FERRAMENTAS (INCLUÍDAS AS
UNIDADES COM CABEÇA DESLIZANTE) PARA FURAR, 10 10 %
MANDRILAR, FRESAR OU ROSCAR INTERIOR E
EXTERIORMENTE METAIS, POR ELIMINAÇÃO DE
MATÉRIA, EXCETO OS TORNOS (INCLUÍDOS OS
CENTROS DE TORNEAMENTO) DA POSIÇÃO 8458
8460 MÁQUINAS-FERRAMENTAS PARA REBARBAR, AFIAR,
AMOLAR, RETIFICAR, BRUNIR, POLIR OU REALIZAR 10 10 %
OUTRAS OPERAÇÕES DE ACABAMENTO EM METAIS
OU CERAMAIS ("CERMETS") POR MEIO DE MÓS, DE
ABRASIVOS OU DE PRODUTOS POLIDORES, EXCETO
AS MÁQUINAS DE CORTAR OU ACABAR
ENGRENAGENS DA POSIÇÃO 8461
8461 MÁQUINAS-FERRAMENTAS PARA APLAINAR,
PLAINAS-LIMADORAS, MÁQUINAS-FERRAMENTAS 10 10 %
PARA ESCATELAR, BROCHAR, CORTAR OU ACABAR
ENGRENAGENS, SERRAR, SECCIONAR E OUTRAS
MÁQUINAS-FERRAMENTAS QUE TRABALHEM POR
ELIMINAÇÃO DE METAL OU DE CERAMAIS
("CERMETS"), NÃO ESPECIFICADAS NEM
COMPREENDIDAS EM OUTRAS POSIÇÕES
8462 MÁQUINAS-FERRAMENTAS (INCLUÍDAS AS
PRENSAS) PARA FORJAR OU ESTAMPAR, MARTELOS, 10 10 %
MARTELOS-PILÕES E MARTINETES, PARA
TRABALHAR METAIS; MÁQUINAS-FERRAMENTAS
(INCLUÍDAS AS PRENSAS) PARA ENROLAR,
ARQUEAR, DOBRAR, ENDIREITAR, APLANAR,
CISALHAR, PUNCIONAR OU CHANFRAR METAIS;
PRENSAS PARA TRABALHAR METAIS OU
CARBONETOS METÁLICOS, NÃO ESPECIFICADAS
ACIMA
8463 OUTRAS MÁQUINAS-FERRAMENTAS PARA
TRABALHAR METAIS OU CERAMAIS ("CERMETS"), 10 10 %
QUE TRABALHEM SEM ELIMINAÇÃO DE MATÉRIA
8464 MÁQUINAS-FERRAMENTAS PARA TRABALHAR
PEDRA, PRODUTOS CERÂMICOS, CONCRETO 10 10 %
(BETÃO), FIBROCIMENTO OU MATÉRIAS MINERAIS
SEMELHANTES, OU PARA O TRABALHO A FRIO DO
VIDRO
8465 MÁQUINAS-FERRAMENTAS (INCLUÍDAS AS
MÁQUINAS PARA PREGAR, GRAMPEAR, COLAR OU 10 10 %
REUNIR POR QUALQUER OUTRO MODO) PARA
TRABALHAR MADEIRA, CORTIÇA, OSSO, BORRACHA
ENDURECIDA, PLÁSTICOS DUROS OU MATÉRIAS
DURAS SEMELHANTES
8467 FERRAMENTAS PNEUMÁTICAS, HIDRÁULICAS OU DE
MOTOR, NÃO ELÉTRICO, INCORPORADO, DE USO 10 10 %
MANUAL
8468 MÁQUINAS E APARELHOS PARA SOLDAR, MESMO DE
CORTE, EXCETO OS DA POSIÇÃO 8515; MÁQUINAS E 10 10 %
APARELHOS A GÁS, PARA TÊMPERA SUPERFICIAL
8469 MÁQUINAS DE ESCREVER, EXCETO AS IMPRESSORAS
DA POSIÇÃO 8471; MÁQUINAS DE TRATAMENTO DE 10 10 %
TEXTOS
8470 MÁQUINAS DE CALCULAR QUE PERMITAM GRAVAR,
REPRODUZIR E VISUALIZAR INFORMAÇÕES, COM
FUNÇÃO DE CÁLCULO INCORPORADA; MÁQUINAS
DE CONTABILIDADE, MÁQUINAS DE FRANQUEAR,
DE EMITIR BILHETES E MÁQUINAS SEMELHANTES,
COM DISPOSITIVO DE CÁLCULO INCORPORADO;
CAIXAS REGISTRADORAS
8470.21 --Máquinas eletrônicas de calcular com dispositivo impressor
incorporado 10 10 %
8470.29 --Outras máquinas eletrônicas de calcular, exceto de bolso
10 10 %
8470.30 -Outras máquinas de calcular
10 10 %
8470.40 -Máquinas de contabilidade
10 10 %
8470.50 -Caixas registradoras
10 10 %
8470.90 Máquinas de franquear correspondência
10 10 %
8471 MÁQUINAS AUTOMÁTICAS PARA PROCESSAMENTO
DE DADOS E SUAS UNIDADES; LEITORES 5 20 %
MAGNÉTICOS OU ÓPTICOS, MÁQUINAS PARA
REGISTRAR DADOS EM SUPORTE SOB FORMA
CODIFICADA, E MÁQUINAS PARA PROCESSAMENTO
DESSES DADOS, NÃO ESPECIFICADAS NEM
COMPREENDIDAS EM OUTRAS POSIÇÕES
8472 OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS DE ESCRITÓRIO
[POR EXEMPLO: DUPLICADORES HECTOGRÁFICOS 10 10 %
OU A ESTÊNCIL, MÁQUINAS PARA IMPRIMIR
ENDEREÇOS, DISTRIBUIDORES AUTOMÁTICOS DE
PAPEL-MOEDA, MÁQUINAS PARA SELECIONAR,
CONTAR OU EMPACOTAR MOEDAS, APONTADORES
(AFIADORES) MECÂNICOS DE LÁPIS, PERFURADORES
OU GRAMPEADORES]
8474 MÁQUINAS E APARELHOS PARA SELECIONAR,
PENEIRAR, SEPARAR, LAVAR, ESMAGAR, MOER, 5 20 %
MISTURAR OU AMASSAR TERRAS, PEDRAS,
MINÉRIOS OU OUTRAS SUBSTÂNCIAS MINERAIS
SÓLIDAS (INCLUÍDOS OS PÓS E PASTAS); MÁQUINAS
PARA AGLOMERAR OU MOLDAR COMBUSTÍVEIS
MINERAIS SÓLIDOS, PASTAS CERÂMICAS, CIMENTO,
GESSO OU OUTRAS MATÉRIAS MINERAIS EM PÓ OU
EM PASTA; MÁQUINAS PARA FAZER MOLDES DE
AREIA PARA FUNDIÇÃO
8475 MÁQUINAS PARA MONTAGEM DE LÂMPADAS, TUBOS
OU VÁLVULAS, ELÉTRICOS OU ELETRÔNICOS, OU DE 10 10 %
LÂMPADAS DE LUZ RELÂMPAGO ("FLASH"), QUE
TENHAM INVÓLUCRO DE VIDRO; MÁQUINAS PARA
FABRICAÇÃO OU TRABALHO A QUENTE DO VIDRO
OU DAS SUAS OBRAS
8476 MÁQUINAS AUTOMÁTICAS DE VENDA DE PRODUTOS
(POR EXEMPLO: SELOS, CIGARROS, ALIMENTOS OU 10 10 %
BEBIDAS), INCLUÍDAS AS MÁQUINAS DE TROCAR
DINHEIRO
8477 MÁQUINAS E APARELHOS PARA TRABALHAR
BORRACHA OU PLÁSTICOS OU PARA FABRICAÇÃO 10 10 %
DE PRODUTOS DESSAS MATÉRIAS, NÃO
ESPECIFICADOS NEM COMPREENDIDOS EM OUTRAS
POSIÇÕES DESTE CAPÍTULO
8478 MÁQUINAS E APARELHOS PARA PREPARAR OU
TRANSFORMAR FUMO (TABACO), NÃO 10 10 %
ESPECIFICADOS NEM COMPREENDIDOS EM OUTRAS
POSIÇÕES DESTE CAPÍTULO
8479 MÁQUINAS E APARELHOS MECÂNICOS COM FUNÇÃO
PRÓPRIA, NÃO ESPECIFICADOS NEM
COMPREENDIDOS EM OUTRAS POSIÇÕES DESTE
CAPÍTULO
8479.10 -Máquinas e aparelhos para obras públicas, construção civil ou
trabalhos semelhantes 4 25 %
8479.20 -Máquinas e aparelhos para extração ou preparação de óleos
ou gorduras vegetais fixos ou de óleos ou gorduras animais 10 10 %
8479.30 -Prensas para fabricação de painéis de partículas, de fibras de
madeira ou de outras matérias lenhosas, e outras máquinas e 10 10 %
aparelhos para tratamento de madeira ou de cortiça
8479.40 -Máquinas para fabricação de cordas ou cabos
10 10 %
8479.50 -Robôs industriais, não especificados nem compreendidos em
outras posições 10 10 %
8479.60 -Aparelhos de evaporação para arrefecimento do ar
10 10 %
8479.8 -Outras máquinas e aparelhos
8479.81 --Para tratamento de metais, incluídas as bobinadoras para
enrolamentos elétricos 10 10 %
8479.82 --Para misturar, amassar, esmagar, moer, separar, peneirar,
homogeneizar, emulsionar ou agitar 10 10 %
8479.89 --Outros
10 10 %
8480 CAIXAS DE FUNDIÇÃO; PLACAS DE FUNDO PARA
MOLDES; MODELOS PARA MOLDES; MOLDES PARA 3 33,3 %
METAIS (EXCETO LINGOTEIRAS), CARBONETOS
METÁLICOS, VIDRO, MATÉRIAS MINERAIS,
BORRACHA OU PLÁSTICOS
Capítulo 85 MÁQUINAS, APARELHOS E MATERIAIS ELÉTRICOS,
APARELHOS DE GRAVAÇÃO OU DE REPRODUÇÃO DE
SOM, APARELHOS DE GRAVAÇÃO OU DE
REPRODUÇÃO DE IMAGENS E DE SOM EM
TELEVISÃO
8501 MOTORES E GERADORES, ELÉTRICOS, EXCETO OS
GRUPOS ELETROGÊNEOS 10 10 %
8502 GRUPOS ELETROGÊNEOS E CONVERSORES
ROTATIVOS, ELÉTRICOS 10 10 %
8504 TRANSFORMADORES ELÉTRICOS, CONVERSORES
ELÉTRICOS ESTÁTICOS (RETIFICADORES, POR 10 10 %
EXEMPLO), BOBINAS DE REATÂNCIA E DE AUTO-
INDUÇÃO
8508 FERRAMENTAS ELETROMECÂNICAS DE MOTOR
ELÉTRICO INCORPORADO, DE USO MANUAL 5 20 %
8510 APARELHOS OU MÁQUINAS DE TOSQUIAR DE
MOTOR ELÉTRICO INCORPORADO 5 20 %
8514 FORNOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS OU DE
LABORATÓRIO, INCLUÍDOS OS QUE FUNCIONAM POR 10 10 %
INDUÇÃO OU POR PERDAS DIELÉTRICAS; OUTROS
APARELHOS INDUSTRIAIS OU DE LABORATÓRIO
PARA TRATAMENTO TÉRMICO DE MATÉRIAS POR
INDUÇÃO OU POR PERDAS DIELÉTRICAS
8515 MÁQUINAS E APARELHOS PARA SOLDAR (MESMO DE
CORTE) ELÉTRICOS (INCLUÍDOS OS A GÁS AQUECIDO 10 10 %
ELETRICAMENTE), A "LASER" OU OUTROS FEIXES DE
LUZ OU DE FÓTONS, A ULTRA-SOM, A FEIXES DE
ELÉTRONS, A IMPULSOS MAGNÉTICOS OU A JATO DE
PLASMA; MÁQUINAS E APARELHOS ELÉTRICOS PARA
PROJEÇÃO A QUENTE DE METAIS OU DE CERAMAIS
("CERMETS")
8516 APARELHOS ELÉTRICOS PARA AQUECIMENTO DE
AMBIENTES, DO SOLO OU PARA USOS SEMELHANTES 10 10 %
8517 APARELHOS ELÉTRICOS PARA TELEFONIA OU
TELEGRAFIA, POR FIO, INCLUÍDOS OS APARELHOS 5 0%
TELEFÔNICOS POR FIO CONJUGADO COM UM
APARELHO TELEFÔNICO PORTÁTIL SEM FIO E OS
APARELHOS DE TELECOMUNICAÇÃO POR
CORRENTE PORTADORA OU DE TELECOMUNICAÇÃO
DIGITAL; VIDEOFONES
8520 GRAVADORES DE DADOS DE VÔO
5 20 %
8521 APARELHOS VIDEOFÔNICOS DE GRAVAÇÃO OU DE
REPRODUÇÃO, MESMO INCORPORANDO UM
RECEPTOR DE SINAIS VIDEOFÔNICOS
8521.10 Gravador-reprodutor de fita magnética, sem sintonizador
5 20 %
8521.90 Gravador-reprodutor e editor de imagem e som, em discos, por
meio magnético, óptico ou opto-magnético 5 20 %
8524 DISCOS, FITAS E OUTROS SUPORTES GRAVADOS,
COM EXCLUSÃO DOS PRODUTOS DO CAPÍTULO 37
8524.3 -Discos para sistemas de leitura por raio "laser":
3 33,3 %
8524.40 -Fitas magnéticas para reprodução de fenômenos diferentes do
som e da imagem 3 33,3 %
8524.5 -Outras fitas magnéticas
3 33,3 %
8524.60 -Cartões magnéticos
3 33,3 %
8525 APARELHOS TRANSMISSORES (EMISSORES) PARA
RADIOTELEFONIA, RADIOTELEGRAFIA, 5 20 %
RADIODIFUSÃO OU TELEVISÃO, MESMO
INCORPORANDO UM APARELHO DE RECEPÇÃO OU
UM APARELHO DE GRAVAÇÃO OU DE REPRODUÇÃO
DE SOM; CÂMERAS DE TELEVISÃO; CÂMERAS DE
VÍDEO DE IMAGENS FIXAS E OUTRAS CÂMERAS
("CAMCORDERS")
8526 APARELHOS DE RADIODETECÇÃO E DE
RADIOSSONDAGEM (RADAR), APARELHOS DE 5 20 %
RADIONAVEGAÇÃO E APARELHOS DE
RADIOTELECOMANDO
8527 APARELHOS RECEPTORES PARA RADIOTELEFONIA,
RADIOTELEGRAFIA OU RADIODIFUSÃO, EXCETO DE 5 20 %
USO DOMÉSTICO
8543 MÁQUINAS E APARELHOS ELÉTRICOS COM FUNÇÃO
PRÓPRIA, NÃO ESPECIFICADOS NEM 10 10 %
COMPREENDIDOS EM OUTRAS POSIÇÕES DO
PRESENTE CAPÍTULO
Capítulo 86 VEÍCULOS E MATERIAL PARA VIAS FÉRREAS OU
SEMELHANTES, APARELHOS MECÂNICOS
(INCLUÍDOS OS ELETROMECÂNICOS) DE
SINALIZAÇÃO PARA VIAS DE COMUNICAÇÃO
8601 LOCOMOTIVAS E LOCOTRATORES, DE FONTE
EXTERNA DE ELETRICIDADE OU DE 10 10 %
ACUMULADORES ELÉTRICOS
8602 OUTRAS LOCOMOTIVAS E LOCOTRATORES;
TÊNDERES 10 10 %
8603 LITORINAS (AUTOMOTORAS), MESMO PARA
CIRCULAÇÃO URBANA, EXCETO AS DA POSIÇÃO 8604
10 10 %
8604 VEÍCULOS PARA INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE VIAS
FÉRREAS OU SEMELHANTES, MESMO 10 10 %
AUTOPROPULSORES (POR EXEMPLO: VAGÕES-
OFICINAS, VAGÕES-GUINDASTES, VAGÕES
EQUIPADOS COM BATEDORES DE BALASTRO,
ALINHADORES DE VIAS, VIATURAS PARA TESTES E
DRESINAS)
8605 VAGÕES DE PASSAGEIROS, FURGÕES PARA
BAGAGEM, VAGÕES-POSTAIS E OUTROS VAGÕES 10 10 %
ESPECIAIS, PARA VIAS FÉRREAS OU SEMELHANTES
(EXCLUÍDAS AS VIATURAS DA POSIÇÃO 8604)
8606 VAGÕES PARA TRANSPORTE DE MERCADORIAS
SOBRE VIAS FÉRREAS 10 10 %
8608 Aparelhos mecânicos (incluídos os eletromecânicos) de
sinalização, de segurança, de controle ou de comando para vias 10 10 %
férreas ou semelhantes, rodoviárias ou fluviais, para áreas ou
parques de estacionamento, instalações portuárias ou para
aeródromos
8609 CONTEINERES (CONTENTORES), INCLUÍDOS OS DE
TRANSPORTE DE FLUIDOS, ESPECIALMENTE 10 10 %
CONCEBIDOS E EQUIPADOS PARA UM OU VÁRIOS
MEIOS DE TRANSPORTE
Capítulo 87 VEÍCULOS AUTOMÓVEIS, TRATORES, CICLOS E
OUTROS

VEÍCULOS TERRESTRES
8701 TRATORES (EXCETO OS CARROS-TRATORES DA
POSIÇÃO 8709) 4 25 %
8702 VEÍCULOS AUTOMÓVEIS PARA TRANSPORTE DE 10
PESSOAS OU MAIS, INCLUINDO O MOTORISTA 4 25 %
8703 AUTOMÓVEIS DE PASSAGEIROS E OUTROS
VEÍCULOS AUTOMÓVEIS PRINCIPALMENTE 5 20 %
CONCEBIDOS PARA TRANSPORTE DE PESSOAS
(EXCETO OS DA POSIÇÃO 8702), INCLUÍDOS OS
VEÍCULOS DE USO MISTO ("STATION WAGONS") E OS
AUTOMÓVEIS DE CORRIDA
8704 VEÍCULOS AUTOMÓVEIS PARA TRANSPORTE DE
MERCADORIAS 4 25 %
8705 VEÍCULOS AUTOMÓVEIS PARA USOS ESPECIAIS (POR
EXEMPLO: AUTO-SOCORROS, CAMINHÕES- 4 25 %
GUINDASTES, VEÍCULOS DE COMBATE A INCÊNDIOS,
CAMINHÕES-BETONEIRAS, VEÍCULOS PARA VARRER,
VEÍCULOS PARA ESPALHAR, VEÍCULOS-OFICINAS,
VEÍCULOS RADIOLÓGICOS), EXCETO OS
CONCEBIDOS PRINCIPALMENTE PARA TRANSPORTE
DE PESSOAS OU DE MERCADORIAS
8709 VEÍCULOS AUTOMÓVEIS SEM DISPOSITIVO DE
ELEVAÇÃO, DOS TIPOS UTILIZADOS EM FÁBRICAS, 10 10 %
ARMAZÉNS, PORTOS OU AEROPORTOS, PARA
TRANSPORTE DE MERCADORIAS A CURTAS
DISTÂNCIAS; CARROS-TRATORES DOS TIPOS
UTILIZADOS NAS ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS
8711 MOTOCICLETAS (INCLUÍDOS OS CICLOMOTORES) E
OUTROS CICLOS EQUIPADOS COM MOTOR AUXILIAR, 4 25 %
MESMO COM CARRO LATERAL; CARROS LATERAIS
8716 REBOQUES E SEMI-REBOQUES, PARA QUAISQUER
VEÍCULOS; OUTROS VEÍCULOS NÃO 5 20 %
AUTOPROPULSORES
Capítulo 88 AERONAVES E APARELHOS ESPACIAIS
8801 BALÕES E DIRIGÍVEIS; PLANADORES, ASAS
VOADORAS E OUTROS VEÍCULOS AÉREOS, NÃO 10 10 %
CONCEBIDOS PARA PROPULSÃO COM MOTOR
8802 OUTROS VEÍCULOS AÉREOS (POR EXEMPLO:
HELICÓPTEROS, AVIÕES); VEÍCULOS ESPACIAIS 10 10 %
(INCLUÍDOS OS SATÉLITES) E SEUS VEÍCULOS DE
LANÇAMENTO, E VEÍCULOS SUBORBITAIS
8804 PÁRA-QUEDAS (INCLUÍDOS OS PÁRA-QUEDAS
DIRIGÍVEIS E OS PARAPENTES) E OS PÁRA-QUEDAS 10 10 %
GIRATÓRIOS
8805 APARELHOS E DISPOSITIVOS PARA LANÇAMENTO DE
VEÍCULOS AÉREOS; APARELHOS E DISPOSITIVOS 10 10 %
PARA ATERRISSAGEM DE VEÍCULOS AÉREOS EM
PORTA-AVIÕES E APARELHOS E DISPOSITIVOS
SEMELHANTES; APARELHOS SIMULADORES DE VÔO
EM TERRA
Capítulo 89 EMBARCAÇÕES E ESTRUTURAS FLUTUANTES
8901 TRANSATLÂNTICOS, BARCOS DE CRUZEIRO, "FERRY-
BOATS", CARGUEIROS, CHATAS E EMBARCAÇÕES 20 5%
SEMELHANTES, PARA O TRANSPORTE DE PESSOAS
OU DE MERCADORIAS
8902 BARCOS DE PESCA; NAVIOS-FÁBRICAS E OUTRAS
EMBARCAÇÕES PARA O TRATAMENTO OU 20 5%
CONSERVAÇÃO DE PRODUTOS DA PESCA
8903 IATES E OUTROS BARCOS E EMBARCAÇÕES DE
RECREIO OU DE ESPORTE; BARCOS A REMOS E
CANOAS
8903.10 -Barcos infláveis
5 20 %
8903.9 -Outros
10 10 %
8904 REBOCADORES E BARCOS CONCEBIDOS PARA
EMPURRAR OUTRAS EMBARCAÇÕES 20 5%
8905 BARCOS-FARÓIS, BARCOS-BOMBAS, DRAGAS,
GUINDASTES FLUTUANTES E OUTRAS 20 %
EMBARCAÇÕES EM QUE A NAVEGAÇÃO É
ACESSÓRIA DA FUNÇÃO PRINCIPAL; DOCAS OU
DIQUES FLUTUANTES; PLATAFORMAS DE
PERFURAÇÃO OU DE EXPLORAÇÃO, FLUTUANTES
OU SUBMERSÍVEIS
8906 OUTRAS EMBARCAÇÕES, INCLUÍDOS OS NAVIOS DE
GUERRA E OS BARCOS SALVA-VIDAS, EXCETO OS 20 5%
BARCOS A REMO
8907 OUTRAS ESTRUTURAS FLUTUANTES (POR EXEMPLO:
BALSAS, RESERVATÓRIOS, CAIXÕES, BÓIAS DE
AMARRAÇÃO, BÓIAS DE SINALIZAÇÃO E
SEMELHANTES)
8907.10 -Balsas infláveis
5 20 %
8907.90 -Outras
20 5%
Capítulo 90 INSTRUMENTOS E APARELHOS DE ÓPTICA,
FOTOGRAFIA OU CINEMATOGRAFIA, MEDIDA,
CONTROLE OU DE PRECISÃO; INSTRUMENTOS E
APARELHOS MÉDICO-CIRÚRGICOS
9005 BINÓCULOS, LUNETAS, INCLUÍDAS AS
ASTRONÔMICAS, TELESCÓPIOS ÓPTICOS, E SUAS 10 10 %
ARMAÇÕES; OUTROS INSTRUMENTOS DE
ASTRONOMIA E SUAS ARMAÇÕES, EXCETO OS
APARELHOS DE RADIOASTRONOMIA
9006 APARELHOS FOTOGRÁFICOS; APARELHOS E
DISPOSITIVOS, EXCLUÍDAS AS LÂMPADAS E TUBOS, 10 10 %
DE LUZ-RELÂMPAGO ("FLASH"), PARA FOTOGRAFIA
9007 CÂMERAS E PROJETORES, CINEMATOGRÁFICOS,
MESMO COM APARELHOS DE GRAVAÇÃO OU DE 10 10 %
REPRODUÇÃO DE SOM INCORPORADOS
9008 APARELHOS DE PROJEÇÃO FIXA; APARELHOS
FOTOGRÁFICOS, DE AMPLIAÇÃO OU DE REDUÇÃO 10 10 %
9009 APARELHOS DE FOTOCÓPIA, POR SISTEMA ÓPTICO
OU POR CONTATO, E APARELHOS DE TERMOCÓPIA 10 10 %
9010 APARELHOS DOS TIPOS USADOS NOS
LABORATÓRIOS FOTOGRÁFICOS OU 10 10 %
CINEMATOGRÁFICOS (INCLUÍDOS OS APARELHOS
PARA PROJEÇÃO OU EXECUÇÃO DE TRAÇADOS DE
CIRCUITOS SOBRE SUPERFÍCIES SENSIBILIZADAS DE
MATERIAIS SEMICONDUTORES); NEGATOSCÓPIOS;
TELAS PARA PROJEÇÃO
9011 MICROSCÓPIOS ÓPTICOS, INCLUÍDOS OS
MICROSCÓPIOS PARA FOTOMICROGRAFIA, 10 10 %
CINEFOTOMICROGRAFIA OU MICROPROJEÇÃO
9012 MICROSCÓPIOS (EXCETO ÓPTICOS) E
DIFRATÓGRAFOS 10 10 %
9015 INSTRUMENTOS E APARELHOS DE GEODÉSIA,
TOPOGRAFIA, AGRIMENSURA, NIVELAMENTO, 10 10 %
FOTOGRAMETRIA, HIDROGRAFIA, OCEANOGRAFIA,
HIDROLOGIA, METEOROLOGIA OU DE GEOFÍSICA,
EXCETO BÚSSOLAS; TELÊMETROS
9016 BALANÇAS SENSÍVEIS A PESOS IGUAIS OU
INFERIORES A 5cg, COM OU SEM PESOS 10 10 %
9017 INSTRUMENTOS DE DESENHO, DE TRAÇADO OU DE
CÁLCULO (POR EXEMPLO: MÁQUINAS DE 10 10 %
DESENHAR, PANTÓGRAFOS, TRANSFERIDORES,
ESTOJOS DE DESENHO, RÉGUAS DE CÁLCULO E
DISCOS DE CÁLCULO); INSTRUMENTOS DE MEDIDA
DE DISTÂNCIAS DE USO MANUAL (POR EXEMPLO:
METROS, MICRÔMETROS, PAQUÍMETROS E
CALIBRES), NÃO ESPECIFICADOS NEM
COMPREENDIDOS EM OUTRAS POSIÇÕES DO
PRESENTE CAPÍTULO
9018 INSTRUMENTOS E APARELHOS PARA MEDICINA,
CIRURGIA, ODONTOLOGIA E VETERINÁRIA,
INCLUÍDOS OS APARELHOS PARA CINTILOGRAFIA E
OUTROS APARELHOS ELETROMÉDICOS, BEM COMO
OS APARELHOS PARA TESTES VISUAIS
9018.1 -Aparelhos de eletrodiagnóstico (incluídos os aparelhos de
exploração funcional e os de verificação de parâmetros 10 10 %
fisiológicos)
9018.20 -Aparelhos de raios ultravioleta ou infravermelhos
10 10 %
9018.4 -Outros instrumentos e aparelhos para odontologia
9018.41 --Aparelhos dentários de brocar, mesmo combinados numa
base comum com outros equipamentos dentários 10 10 %
9018.49 --Outros instrumentos e aparelhos para odontologia
10 10 %
9018.50 -Outros instrumentos e aparelhos para oftalmologia
10 10 %
9018.90 -Outros instrumentos e aparelhos
10 10 %
9019 APARELHOS DE MECANOTERAPIA; APARELHOS DE
MASSAGEM; APARELHOS DE PSICOTÉCNICA; 10 10 %
APARELHOS DE OZONOTERAPIA, DE
OXIGENOTERAPIA, DE AEROSSOLTERAPIA,
APARELHOS RESPIRATÓRIOS DE REANIMAÇÃO E
OUTROS APARELHOS DE TERAPIA RESPIRATÓRIA
9020 OUTROS APARELHOS REPIRATÓRIOS E MÁSCARAS
CONTRA GASES, EXCETO AS MÁSCARAS DE 10 10 %
PROTEÇÃO DESPROVIDAS DE MECANISMO E DE
ELEMENTO FILTRANTE AMOVÍVEL
9022 APARELHOS DE RAIOS X E APARELHOS QUE
UTILIZEM RADIAÇÕES ALFA, BETA OU GAMA, 10 10 %
MESMO PARA USOS MÉDICOS, CIRÚRGICOS,
ODONTOLÓGICOS OU VETERINÁRIOS, INCLUÍDOS OS
APARELHOS DE RADIOFOTOGRAFIA OU DE
RADIOTERAPIA, OS TUBOS DE RAIOS X E OUTROS
DISPOSITIVOS GERADORES DE RAIOS X, OS
GERADORES DE TENSÃO, AS MESAS DE COMANDO,
AS TELAS DE VISUALIZAÇÃO, AS MESAS,
POLTRONAS E SUPORTES SEMELHANTES PARA
EXAME OU TRATAMENTO
9024 MÁQUINAS E APARELHOS PARA ENSAIOS DE
DUREZA, TRAÇÃO, COMPRESSÃO, ELASTICIDADE OU 10 10 %
DE OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE
MATERIAIS (POR EXEMPLO: METAIS, MADEIRA,
TÊXTEIS, PAPEL, PLÁSTICOS)
9025 DENSÍMETROS, AREÔMETROS, PESA-LÍQUIDOS E
INSTRUMENTOS FLUTUANTES SEMELHANTES, 10 10 %
TERMÔMETROS, PIRÔMETROS, BARÔMETROS,
HIGRÔMETROS E PSICRÔMETROS, REGISTRADORES
OU NÃO, MESMO COMBINADOS ENTRE SI
9026 INSTRUMENTOS E APARELHOS PARA MEDIDA OU
CONTROLE DA VAZÃO (CAUDAL), DO NÍVEL, DA 10 10 %
PRESSÃO OU DE OUTRAS CARACTERÍSTICAS
VARIÁVEIS DOS LÍQUIDOS OU GASES [POR
EXEMPLO: MEDIDORES DE VAZÃO (CAUDAL),
INDICADORES DE NÍVEL, MANÔMETROS,
CONTADORES DE CALOR], EXCETO OS
INSTRUMENTOS E APARELHOS DAS POSIÇÕES 9014,
9015, 9028 OU 9032
9027 INSTRUMENTOS E APARELHOS PARA ANÁLISES
FÍSICAS OU QUÍMICAS [POR EXEMPLO: 10 10 %
POLARÍMETROS, REFRATÔMETROS,
ESPECTRÔMETROS, ANALISADORES DE GASES OU
DE FUMAÇA]; INSTRUMENTOS E APARELHOS PARA
ENSAIOS DE VISCOSIDADE, POROSIDADE,
DILATAÇÃO, TENSÃO SUPERFICIAL OU
SEMELHANTES OU PARA MEDIDAS
CALORIMÉTRICAS, ACÚSTICAS OU FOTOMÉTRICAS
(INCLUÍDOS OS INDICADORES DE TEMPO DE
EXPOSIÇÃO); MICRÓTOMOS
9028 CONTADORES DE GASES, LÍQUIDOS OU DE 10 %
ELETRICIDADE, INCLUÍDOS OS APARELHOS PARA 10
SUA AFERIÇÃO
9029 OUTROS CONTADORES (POR EXEMPLO:
CONTADORES DE VOLTAS, CONTADORES DE 10 10 %
PRODUÇÃO, TAXÍMETROS, TOTALIZADORES DE
CAMINHO PERCORRIDO, PODÔMETROS);
INDICADORES DE VELOCIDADE E TACÔMETROS,
EXCETO OS DAS POSIÇÕES 9014 OU 9015;
ESTROBOSCÓPIOS
9030 OSCILOSCÓPIOS, ANALISADORES DE ESPECTRO E
OUTROS INSTRUMENTOS E APARELHOS PARA 10 10 %
MEDIDA OU CONTROLE DE GRANDEZAS ELÉTRICAS;
INSTRUMENTOS E APARELHOS PARA MEDIDA OU
DETECÇÃO DE RADIAÇÕES ALFA, BETA, GAMA, X,
CÓSMICAS OU OUTRAS RADIAÇÕES IONIZANTES
9031 INSTRUMENTOS, APARELHOS E MÁQUINAS DE
MEDIDA OU CONTROLE, NÃO ESPECIFICADOS NEM 10 10 %
COMPREENDIDOS EM OUTRAS POSIÇÕES DO
PRESENTE CAPÍTULO; PROJETORES DE PERFIS
9032 INSTRUMENTOS E APARELHOS PARA REGULAÇÃO
OU CONTROLE, AUTOMÁTICOS 10 10 %
Capítulo 94 MÓVEIS; MOBILIÁRIO MÉDICO-CIRÚRGICO;
CONSTRUÇÕES PRÉ-FABRICADAS
9402 MOBILIÁRIO PARA MEDICINA, CIRURGIA,
ODONTOLOGIA OU VETERINÁRIA (POR EXEMPLO: 10 10 %
MESAS DE OPERAÇÃO, MESAS DE EXAMES, CAMAS
DOTADAS DE MECANISMOS PARA USOS CLÍNICOS,
CADEIRAS DE DENTISTA); CADEIRAS PARA SALÕES
DE CABELEIREIRO E CADEIRAS SEMELHANTES, COM
DISPOSITIVOS DE ORIENTAÇÃO E DE ELEVAÇÃO
9403 OUTROS MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO
10 10 %
9406 CONSTRUÇÕES PRÉ-FABRICADAS
25 4%
Capítulo 95 ARTIGOS PARA DIVERTIMENTO OU PARA ESPORTE
9506 ARTIGOS E EQUIPAMENTOS PARA CULTURA FÍSICA E
GINÁSTICA; PISCINAS 10 10 %
9508 CARROSSÉIS, BALANÇOS, INSTALAÇÕES DE TIRO-
AO-ALVO E OUTRAS DIVERSÕES DE PARQUES E 10 10 %
FEIRAS; CIRCOS, COLEÇÕES DE ANIMAIS E TEATROS
AMBULANTES

DESCONTO DE DUPLICATAS desconto e creditadas no momento em que a


despesa é incorrida, observando-se o regime
O desconto de duplicatas é uma operação de competência.
financeira em que a empresa entrega
determinadas duplicatas para o banco e este Exemplo:
lhe antecipa o valor em conta corrente,
cobrando juros antecipadamente. Operação de desconto de duplicata no valor
de R$ 20.000,00, sendo que os encargos
Embora a propriedade dos títulos negociados respectivos foram de R$ 1.000,00.
seja transferida para a instituição, a empresa é
co-responsável pelo pagamento dos mesmos 1) Pelo registro do desconto creditado em
em caso de não liquidação pelo devedor. conta:

Neste caso, a instituição financeira leva a D - Banco C/Movimento (Ativo Circulante)


débito em conta corrente da empresa o valor C - Duplicatas Descontadas (Ativo
de face do título não liquidado. Circulante)
R$ 20.000,00
TRATAMENTO CONTÁBIL
2) Pelo registro do débito bancário, relativo a
Os valores de face das duplicatas descontados juros e encargos sobre a operação:
são registrados numa conta redutora do ativo
circulante, logo após a conta “duplicatas a D - Encargos Financeiros a Transcorrer
receber”. Esta conta recebe o nome de (Ativo Circulante)
“duplicatas descontadas”, tendo saldo credor. C - Bancos Conta Movimento (Ativo
Circulante)
A conta "duplicatas descontadas" apresenta a R$ 1.000,00
seguinte função na operação de desconto:
3) Quando da liquidação da duplicata
a) é creditada, pelo valor de face dos títulos, descontada pelo cliente:
no momento em que é efetuada a operação de
desconto e a instituição financeira faz o D - Duplicatas Descontadas (Ativo
crédito em conta corrente da empresa; Circulante)
b) é debitada no momento da liquidação do C - Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)
título pelo devedor ou quando a instituição R$ 20.000,00
financeira leva a débito em conta corrente da
empresa por falta de pagamento por parte do Na hipótese do cliente não ter liquidado a
devedor. duplicata e o banco debitar o respectivo valor
na conta da empresa, então o lançamento
Os encargos financeiros debitados pela será:
instituição financeira devem ser
contabilizados como "encargos financeiros a D - Duplicatas Descontadas (Ativo
transcorrer", já que se tratam de despesas Circulante)
antecipadas, sendo debitada por ocasião do
C - Banco C/Movimento (Ativo Circulante) D - Juros sobre Desconto de Duplicatas
R$ 20.000,00 (Conta de Resultado)
C - Encargos Financeiros a Transcorrer
ENCARGOS FINANCEIROS A (Ativo Circulante)
TRANSCORRER R$ 110,00

Os encargos financeiros pagos Em dezembro, faz-se lançamento semelhante,


antecipadamente, como é o caso de desconto só que com o valor do saldo dos encargos a
de duplicatas, devem ser apropriados pelo transcorrer (R$ 180,00).
período a que competirem.
DESCONTOS OBTIDOS
Exemplo:
Trata-se de operações onde o
Juros debitados em desconto de duplicata de cliente/comprador, ao pagar o fornecedor,
R$ 290,00, relativa ao período de 29 dias. O obtém uma redução do valor a pagar na fatura
desconto foi efetuado em 20.11.2006 e a ou duplicata.
duplicata vencerá em 19.12.2006:
Tal redução corresponde a uma receita
Nota: nos cálculos de rateio de encargos financeira.
financeiros, considera-se o dia da operação e
exclui-se o dia do vencimento. Exemplo:

Lançamento por ocasião do desconto: Valor da duplicata - R$ 1.000,00


Desconto por pagamento pontual - 2,00%
D - Encargos Financeiros a Transcorrer Valor do desconto - R$ 20,00
(Ativo Circulante) Valor líquido pago - R$ 980,00
C - Bancos Cta. Movimento (Ativo
Circulante) CONTABILIZAÇÃO
R$ 290,00
Debita-se a conta da obrigação respectiva e
No balancete de 30.11.2006, se apropriará a credita-se uma conta de receita.
despesa financeira proporcional, relativa ao
período de 20.11 a 30.11.2006: No exemplo anterior, a contabilização
poderia ser como segue:
Despesa financeira relativa a 11 dias de
novembro: D – Fornecedores (Ativo Circulante) R$
1.000,00
R$ 290,00 dividido por 29 vezes 11 igual a C – Descontos Obtidos (Conta de Resultado)
R$ 110,00. R$ 20,00
C – Caixa/Bancos Cta. Movimento (Ativo
Despesa financeira a transcorrer de Circulante) R$ 980,00
01.12.2006 a 19.12.2006 (18 dias, porque no
cálculo de rateio exclui-se o dia do DESPESAS ANTECIPADAS
vencimento do título):
As despesas antecipadas são aquelas pagas ou
R$ 290,00 – R$ 110,00 = R$ 180,00. devidas com antecedência, mas referindo-se a
períodos de competência subseqüentes.
Contabilização relativa à transferência da
despesa financeira incorrida em novembro: Exemplos:
a) Prêmios de seguro No balancete de 30.11.2006, se apropriará a
b) Aluguel pago antecipadamente despesa financeira proporcional, relativa ao
c) Assinaturas de periódicos e anuidades período de 20.11 a 30.11.2006:
d) Juros sobre descontos de duplicatas
Despesa financeira relativa a 11 dias de
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DAS novembro: R$ 290,00 dividido por 29 vezes
DESPESAS ANTECIPADAS 11 igual a R$ 110,00.

As despesas do exercício seguinte serão Despesa financeira a transcorrer de


apresentadas no balanço pelas importâncias 01.12.2006 a 19.12.2006 (18 dias, porque no
aplicadas, diminuídas das apropriações cálculo de rateio exclui-se o dia do
efetuadas no período, de forma a obedecer ao vencimento do título): R$ 290,00 – R$ 110,00
regime de competência. = R$ 180,00.

A apropriação das despesas relacionadas Contabilização relativa á transferência da


neste grupo deve ser feita ao resultado do despesa financeira incorrida em novembro:
período a que corresponderem e não ao
período em que foram pagas, mediante D - Juros sobre Desconto de Duplicatas
controles auxiliares, com as informações (Conta de Resultado)
relativas aos valores pagos e às parcelas a C - Encargos Financeiros a Transcorrer
serem apropriadas. (Ativo Circulante)
R$ 110,00
ENCARGOS FINANCEIROS A
TRANSCORRER Em dezembro, faz-se lançamento semelhante,
só que com o valor do saldo dos encargos a
Os encargos financeiros pagos transcorrer (R$ 180,00).
antecipadamente, como é o caso de desconto
de duplicatas, devem ser apropriados pelo DEVOLUÇÃO DE COMPRAS
período a que competirem.
A identificação dos valores que deverão ser
Exemplo: contabilmente registrados nos casos de
devolução de compras a fornecedores exige 3
Juros debitados em desconto de duplicata de informações distintas:
R$ 290,00, relativa ao período de 29 dias. O
desconto foi efetuado em 20.11.2006 e a 1 - O valor da Nota Fiscal de devolução - é o
duplicata vencerá em 19.12.2006: preço de aquisição da mercadoria devolvida
que consta da Nota Fiscal de compra;
Nota: nos cálculos de rateio, considera-se o 2 - O valor que compõe o estoque - é o valor
dia da operação e exclui-se o dia do pelo qual a mercadoria foi registrada nos
vencimento. estoques, que geralmente têm agregados ao
preço de compra da mercadoria outros
Lançamento por ocasião do desconto: valores, tais como valor de seguros, valor de
fretes e outros, por vezes apropriados de
D - Encargos Financeiros a Transcorrer forma indireta devido às características das
(Ativo Circulante) mercadorias ou do próprio gasto;
C - Bancos Cta. Movimento (Ativo 3 - O valor dos tributos recuperados - é o
Circulante) valor do ICMS, IPI, PIS e COFINS que a
R$ 290,00 empresa se credita pela entrada da
mercadoria.
Exemplo: No dia 05.12.2006 foram devolvidas 40
unidades correspondentes ao último lote
Empresa possui em seu estoque, no dia comprado em 10.11.2006.
31.10.2006, 120 unidades da mercadoria "X"
registradas ao preço unitário de R$ 90,00. O valor registrado na contabilidade em
10.11.2006, referente à entrada das 100
No dia 10.11.2006, efetuou uma compra de unidades, engloba o valor do preço da
100 unidades dessa mercadoria pelo valor mercadoria constante da Nota Fiscal de
total de R$ 12.195,12, incluindo 18% de Entrada líquido do ICMS e do valor do frete,
ICMS sobre esse preço. Não houve também líquido do ICMS, incorrido no
recuperação de outros tributos. transporte da mercadoria.

A contabilização da compra foi procedida da Contabilização das operações de estoque


seguinte forma: relativas à devolução:

a) Pela entrada da mercadoria no estoque da 1 - Registro da Nota Fiscal de devolução no


empresa: valor de R$ 4.878,05 (40 unidades x R$
121,95) com incidência de 18% de ICMS:
D - Estoque de Mercadorias (Ativo
Circulante) R$ 10.000,00 D - Fornecedores (Passivo Circulante) R$
D - ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 4.878,05
2.195,12 C - Estoque de Mercadorias (Ativo
C - Fornecedores (Passivo Circulante) R$ Circulante) R$ 4.000,00
12.195,12 C - ICMS a Recolher (Passivo Circulante) R$
878,05
b) Pelo registro do frete da mercadoria:
2 - Registro da transferência do valor do frete
Considerando-se que o valor do frete foi de correspondente às 40 unidades devolvidas
R$ 2.272,72, com a incidência de ICMS à para despesa operacional (R$ 2.000,00 ÷ 100
alíquota de 12%, que gera um crédito de x 40 = R$ 800,00):
imposto no valor de R$ 272,72, teremos o
seguinte lançamento: D - Despesa de Frete (Resultado)
C - Estoque de Mercadorias (Ativo
D - Estoque de Mercadorias (Ativo Circulante)
Circulante) R$ 2.000,00 R$ 800,00
D - ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) R$
272,72 A ficha de estoque dessa mercadoria
C - Fretes a Pagar (Passivo Circulante) R$ apresentaria os seguintes registros:
2.272,72

Entrada Saída Saldo


Data Quant. Valor R$ Quant. Valor R$ Quant. Valor R$
Unit Total Unit. Total Unit Total
31.10.2006 120 90,00 10.800,00
10.11.2006 100 120,00 12.000,00
30.11.2006 220 103,64 22.800,00
05.12.2006 (40) 120,00 (4.800,00)
31.12.2006 180 100,00 18.000,00
DEVOLUÇÃO DE VENDAS D - ICMS a Recuperar (Ativo Circulante)
C - ICMS sobre Vendas (Resultado)
DEVOLUÇÃO DE VENDAS DO PRÓPRIO R$ 5.100,00
EXERCÍCIO
3) Reversão do custo das mercadorias
Ocorrendo a devolução de venda, o valor apropriado ao resultado:
correspondente a essa devolução deverá ser
contabilizado em conta própria, como D - Estoques (Ativo Circulante)
redutora da receita bruta das vendas. C - Custo das Mercadorias Vendidas
(Resultado)
Exemplo: R$ 22.000,00

Empresa recebe a seguinte devolução DEVOLUÇÃO DE VENDAS EFETUADAS


mercadorias de cliente: EM EXERCÍCIO ANTERIOR

Valor das mercadorias (100 unidades x R$ Quando ocorre uma devolução de


30,00) R$ 30.000,00 mercadorias que foram vendidas no exercício
Valor do IPI destacado: R$ 3.000,00 anterior, existe a necessidade de um
Valor Total da Nota Fiscal: R$ 33.000,00 tratamento específico no registro contábil,
Valor do ICMS destacado: R$ 5.100,00 para que não haja distorção nas
demonstrações do exercício.
O custo das mercadorias vendidas relativas ao
lote devolvido é de R$ 22.000,00 Assim, o registro será feito na forma de um
cancelamento, neste exercício, de um lucro
1) Lançamento contábil das mercadorias bruto apurado no exercício anterior, que será
recebidas em devolução: tratado com uma despesa operacional e não
mais como uma conta redutora da conta que
D - Devoluções de Vendas (Resultado) R$ registra as vendas.
30.000,00
D - IPI a Recuperar (Ativo Circulante) R$ Com base nos dados do exemplo do item
3.000,00 anterior teremos os seguintes lançamentos
C - Duplicatas a Receber (Ativo Circulante) contábeis:
R$ 33.000,00
1) Registro da devolução:
Determinadas empresas registram o IPI como
impostos sobre vendas, para controle. Neste D - Devolução de Vendas de Exercício
caso, os lançamentos deveriam ser o seguinte: Anterior (Resultado) R$ 30.000,00
D - IPI a Recuperar (Ativo Circulante) R$
D - Devoluções de Vendas (Resultado) 3.000,00
C - Duplicatas a Receber (Ativo Circulante) C - Duplicatas A Receber (Ativo Circulante)
R$ 33.000,00 R$ 33.000,00

D - IPI a Recuperar (Ativo Circulante) 2) Registro do ICMS:


C - IPI sobre Vendas (Resultado)
R$ 3.000,00 D - ICMS a Recuperar (Ativo Circulante)
C - Devolução de Vendas de Exercício
2) Contabilização do ICMS: Anterior (Resultado)
R$ 5.100,00

3) Registro na entrada do estoque:


D - Estoques (Ativo Circulante) Aquisição do direito de uso de marca, no
C - Devolução de Vendas de Exercício valor de R$ 10.000,00, a ser pagos em 4
Anterior (Resultado) parcelas de R$ 2.500,00:
R$ 22.000,00
D – Direitos de Uso – Marcas (Intangível)
DIREITOS DE USO C – Contas a Pagar (Passivo Circulante)
R$ 10.000,00
Direito de uso corresponde a autorização do
detentor de marca, patente, licença, processo AMORTIZAÇÃO
industrial, ou de qualquer outro direito
legalmente disponível, para terceiro. A amortização de tais direitos deve respeitar
o prazo previsto no contrato.
Quando há aquisição de direitos de uso, tais
desembolsos devem ser contabilizados de A amortização deverá ser a débito de conta de
forma específica. resultado, e a crédito de conta redutora do
Intangível.
De acordo com o artigo 179 da Lei 6.404/76,
nas contas do ativo imobilizado registram-se Exemplo:
os direitos que tenham por objeto bens
corpóreos destinados à manutenção das Considerando um direito de uso,
atividades da companhia ou da empresa ou contratualmente fixado para 60 meses (5
exercidos com essa finalidade, inclusive os anos), no valor contabilizado (total) de R$
decorrentes de operações que transfiram à 12.000,00, teremos uma amortização mensal
companhia os benefícios, riscos e controle de R$ 12.000,00 dividido por 60 meses = R$
desses bens. 200,00.

Com a publicação da Lei 11.638/2007, o Lançamento:


artigo 179, teve a inclusão do inciso VI que
criou, a figura do ativo intangível onde serão D – Amortização de Direitos de Uso (Conta
classificados os direitos que tenham por de Resultado)
objeto bens incorpóreos destinados à C – Amortizações Acumuladas – Direitos de
manutenção da companhia ou exercidos com Uso (Intangível)
essa finalidade, inclusive o fundo de R$ 200,00
comércio adquirido.
Bases: Art. 305, 307, 310, 324, 325 e 327 do
Sendo assim, a partir de 01.01.2008, os Regulamento do IR/99, artigo 179 da Lei
direitos de uso que antes eram registrados no 6.404/76 e os citados no texto.
imobilizado, agora passam a configurar as DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS OU
contas do ativo intangível, por tratarem-se de DIVIDENDOS
bens incorpóreos.
SOCIEDADE ANÔNIMA
A contabilização dos valores relativos aos
direitos de uso adquiridos pela pessoa jurídica Tratando-se de sociedade anônima, a Lei nº
serão registradas a débito da conta do 6.404/76 determina que a administração
Intangível tendo como contrapartida de deverá propor, na data do balanço, a
lançamento a conta do Exigível (ou destinação do resultado, inclusive dividendos.
Disponibilidades, se pagos à vista).
Portanto, a destinação do resultado deverá ser
Exemplo: contabilizada na data do balanço, no
pressuposto de sua aprovação pela
assembléia.
Exemplo: Exemplo:

Se a proposta de distribuição de dividendos Empresa Ltda em que o lucro apurado no


for de R$ 20.000,00, o valor correspondente encerramento do exercício social tenha sido
deverá ser contabilizado na data do balanço de R$ 50.000,00 e que o contrato social
da seguinte forma: preveja distribuição de lucros de 60% (R$
30.000,00):
D - Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido)
D - Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido)
C - Dividendos Propostos (Passivo C - Lucros a Pagar (Passivo Circulante)
Circulante) R$ 30.000,00
R$ 20.000,00
E por ocasião do pagamento:
Após a aprovação pela Assembléia, os
dividendos propostos serão transferidos para D - Lucros a Pagar (Passivo Circulante)
a conta de "Dividendos a Pagar”: C - Caixa/Bancos Cta. Movimento (Ativo
Circulante)
D - Dividendos Propostos (Passivo R$ 30.000,00
Circulante)
C - Dividendos a Pagar (Passivo Circulante) Nota: Em virtude da nova regulamentação
R$ 20.000,00 societária prevista na Lei 11.638/2007, a
partir de 01.01.2008 a conta "Lucros
E, por ocasião do pagamento aos acionistas: Acumulados" deixou de ser usual, fazendo
desta forma, com que a rubrica a ser
D - Dividendos a Pagar (Passivo Circulante) utilizada seja a conta contábil de reservas
C - Caixa/Bancos Cta. Movimento (Ativo onde estão escriturados os resultados
Circulante) positivos acumulados no período. Sugerimos
R$ 20.000,00 a utilização da conta "Lucros a Distribuir"
no grupo Reserva de Lucros (Patrimônio
Nota: Em virtude da nova regulamentação Líquido).
societária prevista na Lei 11.638/2007, a
partir de 01.01.2008 a conta "Lucros
Acumulados" deixou de ser usual, fazendo
desta forma, com que a rubrica a ser
utilizada seja a conta contábil de reservas
onde estão escriturados os resultados EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
positivos acumulados no período. Sugerimos
a utilização da conta "Lucros a Distribuir" Tais contas registram as obrigações da
no grupo Reserva de Lucros (Patrimônio empresa junto a instituições financeiras do
Líquido). País e do Exterior, cujos recursos são
destinados para financiar imobilizações ou
SOCIEDADES EMPRESÁRIAS para capital de giro para ser aplicado na
LIMITADAS empresa.

No caso de sociedades empresárias limitadas, Como regra geral, os empréstimos e


a proposta de destinação de lucro deverá ser financiamentos são suportados por contratos
estabelecida no contrato social. O contrato que estabelecem o seu valor, forma e época
social poderá prever a retenção total ou de liberação, encargos incidentes, forma de
parcial dos lucros para reforço no capital de pagamento, garantias além de outras
giro, futura incorporação ao capital, etc. cláusulas contratuais.
Os empréstimos distinguem-se dos D – Bancos Cta. Movimento (Ativo
financiamentos pelo fato de que estes Circulante) R$ 99.500,00
representam um crédito vinculado à aquisição D – IOF s/Empréstimos (Conta de Resultado)
de determinado bem, podendo ter a R$ 500,00
intervenção de instituição financeira ou C – Empréstimos – Banco Alfa S/A (Passivo
diretamente com o fornecedor do bem. Circulante) R$ 100.000,00

Por outro lado, os empréstimos são VARIAÇÕES MONETÁRIAS OU


concessões de crédito em espécie, sem CAMBIAIS
vinculação específica, muito embora conste
do contrato a finalidade do mesmo. Os empréstimos e financiamentos contratados
em moeda corrente nacional pedem ser
REGISTRO CONTÁBIL corrigidos monetariamente com base nos
índices previstos nos contratos. Tratando-se
O registro contábil deve ser efetuado quando de empréstimos pagáveis em moeda
a empresa receber os recursos, o que muitas estrangeira, estes são atualizados pela
vezes coincide com a data do contrato. No variação cambial ocorrida entre a data do
caso dos contratos em que a liberação dos empréstimo ou do último saldo atualizado e a
recursos ocorrer em várias parcelas, o registro data do balanço.
será efetuado à medida dos recebimentos das
parcelas. As variações monetárias serão registradas
contabilmente na própria conta que registra o
Os financiamentos e empréstimos ainda não empréstimo ou financiamento, tendo como
liberados podem ser controlados contrapartida uma conta de despesa
contabilmente em contas de compensação e operacional ou do Ativo Diferido (quando se
informados em nota explicativa. tratar de empreendimento em fase pré-
operacional).
Todos os empréstimos e financiamentos
contraídos pela empresa, cujo prazo de Exemplo:
pagamento final seja inferior a um ano,
contado a partir da assinatura do contrato, Contabilização da variação monetária passiva
deverão ser registrados contabilmente no de R$ 10.000,00 relativamente á empréstimo
Passivo Circulante. Caso o prazo final seja do Banco Alfa S/A (a empresa está em fase
superior a um ano, esses contratos serão operacional):
registrados no Exigível a Longo Prazo, e por
ocasião da data do balanço, as parcelas dos D – Variação Monetária Passiva (Resultado)
empréstimos e financiamentos a longo prazo C – Empréstimo – Banco Alfa S/A (Passivo
que se tornarem exigíveis até o término do Circulante)
exercício seguinte, devem ser transferidas R$ 10.000,00
para o Passivo Circulante.
JUROS, COMISSÕES E OUTROS
Exemplo: ENCARGOS FINANCEIROS

Contabilização de empréstimo de curto prazo Os juros, comissões e outros eventuais


com vencimento em parcela única, no valor encargos financeiros serão também
de R$ 100.000,00, sendo deduzidos R$ registrados pelo regime de competência, ou
500,00 a título de IOF. Os juros serão pagos seja, pelo tempo transcorrido, independendo
por ocasião do vencimento. da data de pagamento.
No caso dos juros e demais encargos D – Encargos Financeiros a Transcorrer
incorridos, que serão pagáveis após a data do (Passivo Circulante) R$ 50.000,00
balanço, serão também provisionados. C – Empréstimo – Banco Beta S/A (Passivo
Circulante) R$ 1.000.000,00
O valor relativo aos juros e outros encargos
financeiros serão registrados contabilmente 2) Apropriação, no final do mês, dos encargos
na própria conta que registra o empréstimo ou financeiros transcorridos (supondo-se que se
financiamento, tendo como contrapartida uma passaram 15 dias da data do empréstimo,
conta de despesas financeiras, exceto no caso portanto, a apropriação será de 15/30 do valor
dos juros e encargos incorridos durante a fase dos encargos financeiros):
pré-operacional (que devem ser registrados
no Ativo Diferido). D – Juros Passivos (Conta de Resultado)
C – Encargos Financeiros a Transcorrer
Exemplo: (Passivo Circulante)
R$ 25.000,00
Contabilização de juros de R$ 20.000,00
relativamente á empréstimo do Banco Beta ENCARGOS FINANCEIROS -
S/A (a empresa está em fase operacional): IMOBILIZADO

D – Juros Passivos (Resultado) Os encargos financeiros de empréstimos e


C – Empréstimo – Banco Beta S/A (Passivo financiamentos de terceiros para a construção
Circulante) ou montagem de bens do imobilizado devem
R$ 20.000,00 ser capitalizados até o momento em que o
bem estiver em condições de operação (NBC
ENCARGOS FINANCEIROS A T 19.1.6.2).
TRANSCORRER
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL -
Quando os encargos financeiros são FORMALIDADES
descontados antecipadamente, sendo recebido
somente o valor líquido do empréstimo, a A entidade deve manter um sistema de
empresa deve registrar o valor recebido na escrituração uniforme dos seus atos e fatos
conta Bancos e o valor total do empréstimo administrativos, através de processo manual,
na conta de Passivo, e os encargos financeiros mecanizado ou eletrônico.
antecipados serão debitados em uma conta
Encargos Financeiros a Transcorrer, que é As formalidades da escrituração estão
redutora da conta Empréstimos. expressas no Decreto Lei 486/1969.

Exemplo: ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS DOS


REGISTROS
Empréstimo obtido junto ao Banco Beta S/A,
para capital de giro R$ 1.000.000,00, sendo A escrituração será executada:
descontados R$ 50.000,00 a título de
encargos financeiros. O prazo de a) Em idioma e moeda corrente nacionais;
financiamento é de 30 dias. b) Em forma contábil;
c) Em ordem cronológica de dia, mês e ano;
1) Escrituração do empréstimo liberado em d) Com ausência de espaços em branco,
conta corrente: entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou
transportes para as margens;
D – Bancos Cta. Movimento (Ativo e) Com base em documentos de origem
Circulante) R$ 950.000,00 externa ou interna ou, na sua falta, em
elementos que comprovem ou evidenciem No "Diário" serão lançadas, em ordem
fatos e a prática de atos administrativos. cronológica, com individualização, clareza e
referência ao documento probante, todas as
A terminologia utilizada deve expressar o operações ocorridas, incluídas as de natureza
verdadeiro significado das transações. aleatória, e quaisquer outros fatos que
provoquem variações patrimoniais.
UTILIZAÇÃO DE CÓDIGOS E/OU
ABREVIATURAS Observada esta disposição, admite-se:

Admite-se o uso de códigos e/ou abreviaturas a) A escrituração do "Diário" por meio de


nos históricos dos lançamentos, desde que partidas mensais;
permanentes e uniformes, devendo constar, b) A escrituração resumida ou sintética do
em elenco identificador, no "Diário" ou em "Diário", com valores totais que não excedam
registro especial revestido das formalidades a operações de um mês, desde que haja
extrínsecas. escrituração analítica lançada em registros
auxiliares.
Veja maiores detalhes no tópico “Históricos c) No caso de a entidade adotar para sua
Padronizados”. escrituração contábil o processo eletrônico, os
formulários contínuos, numerados mecânica
ATRIBUIÇÃO EXCLUSIVA A ou tipograficamente, serão destacados e
CONTABILISTA encadernados em forma de livro.

A escrituração contábil e a emissão de O Livro "Diário" será registrado na Junta


relatórios, peças, análises e mapas Comercial do Estado. Na hipótese de pessoas
demonstrativos e demonstrações contábeis jurídicas não sujeitas a registro de seus atos
são de atribuição e responsabilidade constitutivos na Junta Comercial (como é o
exclusivas de contabilista legalmente caso de entidades sem fins lucrativos e
habilitado. Sociedades Simples - SS), o registro é feito
no Cartório Civil da sede.
TRANSCRIÇÃO DO BALANÇO E
DEMAIS DEMONSTRAÇÕES Não há necessidade de registro do Livro
CONTÁBEIS Razão. Entretanto, o mesmo deve conter
termo de abertura e encerramento, com a
O Balanço e demais Demonstrações assinatura do contabilista e do responsável
Contábeis de encerramento de exercício serão pela empresa.
transcritas no "Diário", completando-se com
as assinaturas do Contabilista e do titular ou Os demais livros auxiliares (como de entradas
representante legal da entidade. de mercadorias, livro de apuração do ISS,
etc.) devem ser registrados de acordo com a
DIÁRIO, RAZÃO E OUTROS REGISTROS legislação de fiscalização do respectivo órgão
fazendário ou legal que determine a sua
obrigatoriedade.
O Diário e o Razão constituem os registros
permanentes da entidade.
TERMO DE ABERTURA E
ENCERRAMENTO
Os registros auxiliares, quando adotados,
devem obedecer aos preceitos legais da
escrituração contábil, observadas as De acordo com os artigos 6º e 7º do Decreto
peculiaridades da sua função. 64.567, de 22 de maio de 1969, o livro Diário
deverá conter, respectivamente, na primeira e
na última páginas, tipograficamente
numeradas, os termos de abertura e de Os estoques estão representados basicamente
encerramento. por: mercadorias para revenda, produtos
acabados, produtos em elaboração, matérias-
Do termo de abertura constará a finalidade a primas, almoxarifado, importações em
que se destina o livro, o número de ordem, o andamento e adiantamentos a fornecedores de
número de folhas, a firma individual ou o estoques, observando-se que serão também
nome da sociedade a que pertença, o local da considerados:
sede ou estabelecimento, o número e data do
arquivamento dos atos constitutivos no órgão a) os itens existentes fisicamente em
de registro do comércio e o número de estoques, excluindo-se aqueles que estão
registro no Cadastro Nacional de Pessoas fisicamente na empresa, mas não são de
Jurídicas (CNPJ). propriedade da empresa, tais como aqueles
recebidos em consignação, para conserto,
O termo de encerramento indicará o fim a que remessa para industrialização, etc.;
se destinou o livro, o número de ordem, o b) os itens de propriedade da empresa que
número de folhas e a respectiva firma estão em poder de terceiros para conserto,
individual ou sociedade mercantil. consignação, beneficiamento ou
armazenamento.
Os termos de abertura e encerramento serão
datados e assinados pelo comerciante ou por CLASSIFICAÇÃO CONTÁBIL
seu procurador e por contabilista legalmente
habilitado. Na localidade em que não haja O termo "estoque" refere-se a todos os bens
profissional habilitado, os termos de abertura tangíveis mantidos para venda ou uso próprio
e encerramento serão assinados, apenas, pelo no curso ordinário do negócio, bens em
comerciante ou seu procurador. Referido livro processo de produção para venda ou para uso
Diário deverá ser registrado no órgão próprio ou que se destinam ao consumo na
competente. produção de mercadorias para venda ou uso
próprio.
Aplicam-se as regras específicas para os
termos de abertura e encerramento para os Seguindo o conceito de liquidez, o subgrupo
demais livros contábeis, como o razão. estoques classifica-se no Circulante, após os
subgrupo “Outros Créditos”.
ESTOQUES
Todavia, poderá haver casos de empresas que
A contabilização das compras de itens do tenham estoques cuja realização ultrapasse o
estoque deve ocorrer no momento da exercício seguinte, assim deve haver a
transmissão do direito de propriedade dos reclassificação dos estoques para o Realizável
mesmos. a Longo Prazo, em conta à parte.

Geralmente, tal momento ocorre na entrada Produtos Acabados


física dos bens no estabelecimento. Mas
existem estoques que, mesmo não estando Nessa conta são registrados os produtos
fisicamente presentes no local, devem ser terminados e oriundos da própria fabricação
contabilizados, como por exemplo, matérias da empresa, disponíveis para venda, podendo
primas que foram remetidas pelo fornecedor, ser estocados na fábrica, depósitos de
por conta e ordem do cliente, á terceira terceiros ou filiais.
empresa que efetuará industrialização dos
referidos materiais. Essa conta é debitada pela transferência da
conta produtos em elaboração e creditada por
ocasião das vendas ou transferências para Exemplos:
outro estabelecimento da empresa.
1. Contabilização de transferência de custos
Exemplos: de mão de obra apurados, relativos a lote de
produtos em fabricação, em empresa que
1. Transferência da conta Produtos em mantém contabilidade de custos integrada e
Elaboração para Produtos Acabados, pelo coordenada com o restante da escrituração:
acabamento dos referidos produtos:
D - Produtos em Elaboração (Estoques –
D - Produtos Acabados (Estoques – Ativo Ativo Circulante)
Circulante) C - Transferência de Custos de Mão de Obra
C - Produtos em Elaboração (Estoques – (Conta de Resultado)
Ativo Circulante)
2. Contabilização de estoques de produtos em
2. Baixa de estoques de produtos acabados, elaboração no final de período de apuração
por saídas decorrentes de vendas: do Imposto de Renda, em empresa que não
tem contabilidade de custos integrada e
D - Custo dos Produtos Vendidos (Conta de coordenada com o restante da escrituração:
Resultado)
C - Produtos Acabados (Estoques – Ativo D - Produtos em Elaboração (Estoques –
Circulante) Ativo Circulante)
C - Custo dos Produtos Vendidos (Conta de
Produtos em Elaboração Resultado)

Correspondem a custos de materiais, gastos Mercadorias Para Revenda


de fabricação e mão de obra, alocados aos
produtos que não foram totalmente Representa os produtos adquiridos de
industrializados, mas já estão em processo de terceiros para revenda, acabados e que não
industrialização. sofrem nenhum processo de transformação na
empresa.
Recebe débitos correspondentes aos custos
incorridos, e créditos relativos á transferência Para maiores detalhes, acesse o tópico
para produtos acabados. “Compra de Mercadorias”.

Numa empresa com contabilidade de custos COMPRA DE MERCADORIAS


integrada e coordenada com a escrituração
contábil, esta contabilização ocorre Mercadorias são artigos adquiridos pelo
regularmente, de acordo com os custos comércio para revenda em seus
efetivamente apurados (através de mapas de estabelecimentos, seja a varejo, seja em
rateio e controle dos estoques á produção). atacado.

Numa empresa que não mantém custos TRIBUTOS RECUPERÁVEIS


integrados á contabilidade, a contabilização é
procedida no final do período de apuração, O valor dos impostos e contribuições
mediante transferência do valor de estoques recuperáveis não se inclui no custo das
apurados de acordo com os critérios fiscais mercadorias.
(56% do maior preço de venda praticado no
período ou 1,5 vezes o custo de materiais Desta forma, o ICMS destacado na aquisição
empregados nos estoques em elaboração). de mercadoria para revenda deve ser excluído
do custo de aquisição, contabilizando-se o
valor correspondente em conta própria do Exemplo:
ativo circulante. Esse procedimento faz com
que a mercadoria adquirida ingresse no Empresa comercial comprou mercadorias
estoque da empresa pelo seu valor líquido, ou para revenda cuja nota fiscal de entrada no
seja, sem o ICMS incluso no valor da Nota estabelecimento tem os seguintes dados:
Fiscal.
Preço da mercadoria - R$ 10.000,00
O mesmo se pode afirmar sobre a IPI Destacado e não recuperável - R$
contabilização do PIS e COFINS, quando 1.000,00
recuperáveis. Total da Nota Fiscal - R$ 11.000,00
ICMS destacado na nota fiscal - R$ 1.200,00
No caso do IPI, se a empresa não tiver direito Frete da mercadoria - R$ 300,00
a crédito desse imposto, o valor
correspondente integrará o custo de aquisição Lançamentos contábeis:
das mercadorias.
1. Registro do valor total da nota fiscal do
FRETE fornecedor:

O valor do frete pago pelo transporte de D – Estoques de Mercadorias (Ativo


mercadorias será registrado como parcela Circulante)
integrante do custo de aquisição. C – Fornecedores – Seabra Cia. Ltda.
(Passivo Circulante)
EMPRESA QUE NÃO MANTÉM R$ 11.000,00
CONTROLE DE ESTOQUES
2. Registro do ICMS recuperável:
Na empresa que não mantém controle de
estoques, usualmente as compras são D – ICMS a Recuperar (Ativo Circulante)
registradas em contas de resultado específicas C – Estoques de Mercadorias (Ativo
(Compra de Mercadorias, ICMS sobre Circulante)
Compra de Mercadorias, Fretes sobre R$ 1.200,00
Compras) sendo que na data de apuração dos
resultados se faz o levantamento físico dos 3 – Registro do frete:
estoques para a contabilização do valor a
débito de estoques e a crédito de conta de D – Estoques de Mercadorias (Ativo
resultado, chamado “Estoques Finais de Circulante)
Mercadorias”. C – Fornecedores – Transportes Paulista
Ltda. (Passivo Circulante)
Para maiores detalhamentos sobre Inventário R$ 300,00
Físico de Estoques e respectiva
contabilização, leia o tópico “Inventário de Para a contabilização das parcelas de crédito
Estoques”. do PIS e COFINS Não Cumulativos, acesse o
tópico respectivo.
IPI NÃO RECUPERÁVEL
PIS E COFINS NÃO CUMULATIVOS
A empresa comercial, quando adquire
mercadoria de indústria, deve considerar o O Conselho Federal de Contabilidade (CFC),
IPI destacado na Nota Fiscal como custo de através do Comunicado Técnico 1/2003
aquisição, uma vez que, pela sua natureza, (adiante reproduzido), estabeleceu que “em
não poderá exercer o direito ao crédito desse conta específica (Recuperação de PIS) deve
imposto. ser contabilizado o crédito valendo como
redutor do custo da mercadoria ou da despesa Este crédito calculado será utilizado em 12
na prestação de serviços”: (doze) parcelas mensais iguais e sucessivas,
a partir de 1º/12/2002 (art. 11, parágrafos 1º
O Conselho Federal de Contabilidade, por e 2º).
permissão Regimental – art. 13º , inciso XXI,
c/c o art. 4º da Resolução CFC n.º 751/93 – Brasília-DF, 24 de janeiro de 2003.
emite o seguinte Comunicado Técnico: Lei Contador Alcedino Gomes Barbosa
n.º 10.637/2002 – PIS/PASEP NÃO Presidente
CUMULATIVO – FORMA DE
CONTABILIZAÇÃO. Desta forma, conclui-se que é obrigatória a
contabilização do crédito do PIS, não
COMUNICADO TÉCNICO Nº 01/03 bastando contabilizar o encargo
correspondente pelo valor líquido (débito
O Conselho Federal de Contabilidade, por menos crédito), devendo sê-lo
permissão Regimental - art. 13º, inciso XXI, destacadamente. O mesmo procedimento
c/c o art. 4º da Resolução CFC nº 751/93 - deve ser adotado para a COFINS não
emite o seguinte Comunicado Técnico: cumulativa, vigente a partir de 01.02.2004. A
seguir, apresentamos exemplos de
Lei nº 10.637/2002 - PIS/PASEP NÃO contabilização:
CUMULATIVO – FORMA DE
CONTABILIZAÇÃO CRÉDITO DE ESTOQUES DE 01.12.2002

Com o advento da lei supra epigrafada, a Estoques Existentes em 01.12.2002 - R$


contribuição para o PIS e PASEP tornaram- 50.000,00
se contribuições não-cumulativas. Neste
sentido, deve ser adotado, quanto a estas Crédito do PIS R$ 50.000,00 x 0,65% = R$
contribuições, a mesma sistemática conferida 325,00 dividido por 12 = R$ 27,03
à Contabilização do ICMS, uma vez que
estas geram créditos em relação a operações D - Pis a Recuperar (Ativo Circulante)
anteriores. C - Estoques (Ativo Circulante)
R$ 325,00 (valor integral do crédito)
Em conta específica (Recuperação de PIS)
deve ser contabilizado o crédito valendo CRÉDITO NA AQUISIÇÃO DE BENS E
como redutor do custo da mercadoria ou da SERVIÇOS
despesa na prestação de serviços.
Valor das compras do mês (sem IPI): R$
Quando da venda da mercadoria ou da 100.000,00
prestação do serviço, o valor do PIS,
contabilizado em conta específica redutora Crédito do PIS R$ 100.000,00 x 1,65% = R$
da Receita. 1.650,00

Deve ser observado que os efeitos desta lei D. PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
têm vigência a partir de 1º de dezembro de C. Custo da Mercadoria Vendida ou Estoques
2002. Já nesta data, deve ser provisionado o (Conta de Resultado ou Ativo Circulante)
crédito decorrente do estoque existente, à R$ 1.650,00
razão de 0,65%, como credito presumido.
Nota: Se as mercadorias correspondentes
estiverem em estoque, deve-se creditar a
respectiva conta de estoques, ou
proporcionalmente, caso parte das
mercadorias tenham sido vendidas e parte Aluguéis pagos a pessoa jurídica: R$
ficaram em estoques. 5.000,00 x 1,65% R$ 82,50

CRÉDITO DE DEPRECIAÇÃO D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)


C - PIS Crédito de Custos ou Despesas
Depreciação no mês R$ 916,00 x 1,65% = R$ Operacionais* (Conta de Resultado)
15,11 R$ 82,50

D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante) * Estas contas são redutoras de custos ou


C - Custo dos Produtos Vendidos* (Conta de despesas.
Resultado)
R$ 15,11 CRÉDITO RELATIVO Á DEVOLUÇÃO
DE VENDAS
* Lançamento para depreciação relativa a
custos de produção. Se a depreciação se Devolução de vendas no valor de R$
referir a despesas gerais (por exemplo, 4.000,00 x 1,65% = R$ 66,00
depreciação de computadores), lança-se a
crédito de uma conta específica de redução de D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
despesas administrativas ("PIS crédito de C - PIS sobre Receita (Conta de Resultado)
depreciações" ou semelhante). R$ 66,00

CRÉDITO DE DESPESAS FINANCEIRAS Nota: na prática, o crédito do PIS de


devoluções de vendas é um estorno da
Despesas Bancárias no mês R$ 500,00 x despesa do PIS contabilizada anteriormente,
1,65% = R$ 8,25 por isso, o crédito do mesmo recai sobre a
própria conta de resultado onde foi
D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante) contabilizado o PIS sobre as vendas.
C - PIS Crédito de Despesas Financeiras*
(Conta de Resultado) DÉBITO DO PIS
R$ 8,25
Total da receita bruta: R$ 250.000,00
* Esta conta é redutora das despesas
financeiras. Débito do PIS: R$ 250.000,00 x 1,65% =
4.125,00
Nota: observar que as despesas financeiras
não geram mais créditos do PIS, a partir de D - PIS sobre Receita (Conta de Resultado)
01.08.2004. C - PIS a Recolher (Passivo Circulante)
R$ 4.125,00
CRÉDITO DE ENERGIA ELÉTRICA E
OUTRAS DESPESAS APURAÇÃO CONTÁBIL DO PIS A
RECOLHER:
Energia Elétrica no mês R$ 1.000,00 x 1,65%
= R$ 16,50 Pela transferência dos créditos do PIS,
apurados no mês, á conta de PIS a Recolher:
D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
C - PIS Crédito de Energia Elétrica* (Conta D - PIS a Recolher (Passivo Circulante)
de Resultado) C - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
R$ 16,50 R$ * (conforme valor apurado no mês)
* Se o saldo do PIS a Recuperar for superior Almoxarifado e Bens de Consumo
ao débito apurado no período, deve-se Eventual
transferir só o montante exato para zerar a
conta de PIS a Recolher, sendo o saldo Nessa conta são registrados itens de estoque
remanescente mantido na Conta de PIS a de consumo geral, tais como: material de
Recuperar, para futura compensação com o escritório, produtos de higiene, produtos para
próprio PIS ou outros tributos federais. alimentação dos funcionários, etc.

APLICAÇÃO DO PRESENTE TÓPICO É comum às empresas lançarem tais valores


AOS CRÉDITOS DA COFINS A PARTIR como despesas no momento da compra,
DE 01.02.2004 mantendo à parte um controle quantitativo,
uma vez que tais itens, na maioria das vezes,
Se aplica a contabilização explanada também representam uma quantidade muito grande de
á COFINS não cumulativa, a partir de itens, mas de pequeno valor, não afetando os
01.02.2004, adaptando-se somente as contas resultados.
contábeis relativa a esta contribuição.
Poderá ser registrado diretamente como custo
de produção a aquisição de bens de consumo
eventual, cujo valor não exceda a 5% (cinco
Matérias-primas por cento) do custo total dos produtos
vendidos no exercício social anterior.
Engloba todos os materiais a serem utilizados
ou transformados no processo produtivo. Bens de consumo eventual são aqueles de uso
imprevisível ou de freqüência irregular ou
Material de Embalagem esporádica no processo produtivo, tais como
(PN CST nº 70/79):
Abriga os itens de estoque que se destinam à
embalagem ou acondicionamento dos a) materiais destinados a restaurar a
produtos para venda. integridade ou da apresentação de produtos
danificados;
Manutenção e Suprimento b) materiais e produtos químicos para testes;
c) produtos químicos e outros materiais para
Nessa conta são registrados os valores remoção de impurezas de recipientes
relativos aos estoques de peças para utilizados no processo produtivo;
manutenção de máquinas, equipamentos, d) embalagens especiais utilizadas, por
edifícios, etc., que serão utilizados em exemplo, para atender determinadas
consertos. necessidades de transporte;
e) produtos para retificar deficiências
reveladas pelas matérias-primas ou produtos
No caso de troca de peças mediante baixa da
intermediários;
peça anterior, o valor das peças será agregado
f) materiais destinados ao reparo de defeitos
ao imobilizado e não apropriado como
ocorridos durante a produção;
despesas.
g) produtos a serem utilizados em serviço
especial de manutenção.
Importação em Andamento
Estoques de Terceiros
Serão registrados nessa conta os custos
incorridos relativos às importações em
Quando há recebimento de estoques de
andamento de matérias-primas ou itens
terceiros, como, por exemplo, materiais que
destinados ao estoque.
serão beneficiados (industrialização por
encomenda), contabiliza-se os materiais no resultado e creditando-se a conta estoque
recebidos em uma conta especial de estoques, de amostra grátis.
em contrapartida a uma conta de obrigação.
BONIFICAÇÕES
Exemplo:
Quando a empresa vende mercadorias e dá
Recebimento de materiais, no valor de R$ uma quantidade extra a título de bonificação,
1.000,00 – referente nota fiscal de remessa de deve o registro contábil dessa quantidade
cliente, para industrialização. extra ser feito como acréscimo ao custo das
mercadorias vendidas e não como despesas
Na entrada dos materiais de terceiros a serem de vendas. No comprador as mercadorias
processados se lançará: recebidas em bonificação devem provocar a
redução do custo unitário comprado.
D - Estoques de Terceiros (Ativo Circulante)
C - Estoques a Industrializar (Passivo ADIANTAMENTO A FORNECEDORES
Circulante)
R$ 1.000,00 Os adiantamentos efetuados a fornecedores
de matéria-prima ou produto para revenda são
Posteriormente, na devolução dos materiais, registrados nessa conta; a baixa será efetuada
são cobrados R$ 500,00 relativamente ao por ocasião do efetivo recebimento,
serviço de industrialização. Lançamentos por registrando-se o custo total na correspondente
ocasião da saída da mercadoria: conta do estoque, e caso haja saldo a pagar,
na conta fornecedores, no passivo circulante.
a) Pelo registro da devolução da mercadoria
industrializada: PROVISÃO PARA AJUSTE DO ESTOQUE
AO VALOR DE MERCADO
D - Estoques a Industrializar (Passivo
Circulante) O custo de aquisição ou produção dos bens
C - Estoques de Terceiros (Ativo Circulante) existentes na data do balanço deverá ser
R$ 1.000,00 ajustado ao valor de mercado, mediante a
constituição de uma provisão, quando este for
b) Valor dos serviços de industrialização menor, que será classificada como conta
cobrados: redutora do subgrupo estoques.

D - Clientes (Ativo Circulante) Para constituição da provisão é necessário


C - Receita de Serviços de Industrialização que se especifique, item por item, os bens
(Conta de Resultado) que, comprovadamente, estejam com preço
R$ 500,00 de mercado inferior ao seu custo.

AMOSTRAS Segundo o artigo 183 da Lei das Sociedades


por Ações (Lei nº 6.404/76), considera-se
Quando a empresa efetuar a distribuição de valor de mercado:
amostras ou outros itens similares, os valores
dispendidos na aquisição ou produção de tais a) das matérias-primas e dos bens em
itens devem ser registrados em conta de almoxarifado, o preço pelo qual possam ser
estoque de amostras grátis. A apropriação dos repostos, mediante compra no mercado; e
custos ao resultado deve ser feita, com b) dos bens ou direitos destinados à venda, o
observância do regime de competência, no preço líquido de realização mediante venda
período da distribuição das amostras grátis, no mercado, deduzidos os impostos e demais
debitando-se a conta de despesas com vendas
despesas necessárias para a venda, e a não puder recuperá-los nas operações
margem de lucro. subseqüentes, nos casos previstos na
legislação específica.
Para fins fiscais, esta provisão passou a ser
indedutível para efeito de apuração do lucro Para maiores detalhes, acesse o tópico “ICMS
real a partir de 01.01.1996 (Lei nº 9.249/95, e IPI Recuperáveis”
art. 13, I).
ICMS E IPI RECUPERÁVEIS
PROVISÃO PARA PERDAS EM
ESTOQUES O IPI e o ICMS pagos na aquisição de
mercadorias para revenda e de insumos da
As quebras e perdas conhecidas em estoques produção industrial (matérias-primas,
ou calculadas por estimativa, relativas a materiais intermediários e embalagens) não
estoques obsoletos ou que se perdem ou devem integrar o respectivo custo, quando
evaporam no processo produtivo, são forem recuperáveis mediante crédito nos
ajustadas mediante a constituição da provisão livros fiscais pertinentes. Também nas
para perdas em estoques, classificada como aquisições para realização de serviços de
redutora do subgrupo estoques, tendo como transportes, comunicações e fornecimento de
contrapartida uma conta de despesa no energia, o ICMS pago, quando recuperável,
resultado, não dedutível para efeitos fiscais. não integra o respectivo custo.

Exemplo: IPI E ICMS NA IMPORTAÇÃO

Empresa inventariou estoques em 31 de A segregação do custo de aquisição aplica-se


dezembro e encontrou R$ 4.000,00 em inclusive aos impostos recuperáveis
almoxarifado, correspondente a itens (IPI/ICMS) pagos na importação de
obsoletos e que não terão mais uso dentro das mercadorias destinadas à revenda ou
atividades normais. matérias-primas e outros materiais destinados
à industrialização.
D - Perdas com Estoques Obsoletos (Conta
de Resultado) CONTABILIZAÇÃO
C - Provisão para Perdas em Estoques (Conta
Redutora – Estoques – Ativo Circulante) Uma forma de contabilizar os impostos
R$ 4.000,00 recuperáveis pagos na aquisição de
mercadorias e insumos da produção é o
IMPOSTOS PAGOS NA AQUISIÇÃO registro, por ocasião da aquisição desses
bens, em contas próprias, classificáveis no
Os impostos não cumulativos que devam ser ativo circulante, intituladas “IPI a Recuperar”
recuperados não se computam no custo de e "ICMS a Recuperar”.
aquisição das mercadorias ou matérias-
primas, devendo ser registrados em conta Exemplo:
específica de impostos a recuperar. Impostos
não cumulativos são aqueles que em cada Aquisição de R$ 110.000,00 de materiais
operação sucessiva é abatido o montante para a produção, sendo recuperáveis R$
cobrado na operação anterior, como é o caso 10.000,00 de IPI e R$ 12.000,00 de ICMS:
do ICMS e do IPI.
D - Estoque de Matérias-primas (Ativo
O ICMS e o IPI integrarão o custo das Circulante) R$ 88.000,00
mercadorias, matérias-primas ou outros itens D - IPI a Recuperar (Ativo Circulante) R$
integrantes do estoque quando o contribuinte 10.000,00
D - ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) R$ um melhor entendimento e facilitando o
12.000,00 rastreamento dos lançamentos realizados.
C - Fornecedores (Passivo Circulante) R$
110.000,00 Estorno: é utilizado quando ocorre a
duplicidade de um mesmo lançamento
Lançamento por ocasião do término do contábil ou por erro de lançamento da conta
período de apuração do IPI e do ICMS, debitada ou da conta creditada.
transferindo-se o saldo das contas respectivas
para a conta do passivo: Complementação: é efetuada para corrigir o
valor anteriormente registrado, aumentando-o
D - ICMS a Recolher (Passivo Circulante) ou reduzindo-o.
C - ICMS a Recuperar (Ativo Circulante)
R$ 12.000,00 Transferência: regulariza o lançamento da
conta debitada ou creditada indevidamente,
D - IPI a Recolher (Passivo Circulante) através da transposição do valor para a conta
C - IPI a Recuperar (Ativo Circulante) adequada.
R$ 10.000,00
Os lançamentos realizados fora da época
ICMS SOBRE FRETES RECUPERÁVEIS devida deverão registrar nos seus históricos,
as datas de sua efetiva ocorrência e o(s)
O ICMS sobre fretes de insumos adquiridos, motivo(s) do atraso.
quando recuperável, é deduzido do respectivo
custo de aquisição. Exemplos:

Exemplo: Erro de Valor: Pagamento de salários no


valor de R$ 1.000,00, em dinheiro.
Custo de frete de matéria prima adquirida,
cujo valor de transporte foi de R$ 10.000,00, Lançamento realizado:
sendo recuperáveis R$ 1.200,00 de ICMS:
D - Salários a Pagar
D - Estoques de Matérias Primas (Ativo C - Caixa
Circulante) R$ 8.800,00 R$ 100,00
D - ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) R$
1.200,00 Regularização, mediante lançamento
C - Fornecedores (Passivo Circulante) R$ complementar devidamente identificado no
10.000,00 histórico:

D - Salários a Pagar
C - Caixa
ESTORNOS E RETIFICAÇÕES DE R$ 900,00
LANÇAMENTOS
Troca de Contas: Compra a vista de matéria-
Os erros de escrituração devem ser corrigidos prima, por R$ 10.000,00
mediante retificação de lançamento através
de estorno, complementação e transferência. Lançamento realizado:
É de especial importância o detalhamento, no
campo destinado ao histórico, do tipo de D - Matéria-prima
operação que está sendo realizada e a que C - Fornecedores
lançamento se refere o ajuste, assegurando R$ 10.000,00
A conta correta a crédito é “Caixa”. A A quota de depreciação é utilizada quando a
regularização será feita mediante floresta é destinada à exploração dos
transferência entre contas, com detalhamento respectivos frutos. Neste caso, o custo de
no histórico: aquisição ou formação da floresta é
depreciado em tantos anos quantos forem os
D - Fornecedores de produção de frutos.
C - Caixa
R$ 10.000,00 A amortização, por sua vez, é utilizada para
os casos de aquisição de floresta de
Inversão de Contas: Compra de matéria propriedade de terceiros, apropriando-se o
prima, à vista, por R$ 1.000,00 custo ou encargo ao longo do período
determinado, contratado para a exploração.
Lançamento efetuado:
Por fim, na hipótese de floresta própria, o
D - Caixa custo de sua aquisição ou formação será
C - Matéria Prima objeto de quotas de exaustão, à medida e na
R$ 1.000,00 proporção em que seus recursos forem sendo
exauridos. Da mesma forma, serão lançadas
Para regularização, primeiro estorna-se o quotas de exaustão quando a floresta
lançamento anterior, mediante lançamento pertencer a terceiro e for explorada em
inverso com histórico descritivo: função de contrato por prazo indeterminado.

D - Matéria Prima LIMITE


C - Caixa
R$ 1.000,00 A depreciação, amortização e exaustão devem
ser reconhecidas até que o valor residual do
A seguir, faz-se o lançamento correto: ativo seja igual ao seu valor contábil (NBC
19.5.4.4).
D - Matéria Prima
C - Caixa DETERMINAÇÃO DA QUOTA DE
R$ 1.000,00 EXAUSTÃO

EXAUSTÃO DE RECURSOS Para o cálculo da quota de exaustão de


FLORESTAIS recursos florestais, deverão ser observados os
seguintes critérios:
Exaustão é a redução do valor de
investimentos necessários à exploração de a) apurar-se-á, inicialmente, o percentual que
recursos minerais ou florestais. o volume dos recursos florestais utilizados ou
a quantidade de árvores extraídas durante o
De acordo com o art. 328 do RIR/99 poderá período representa em relação ao volume ou à
ser computada, como custo ou encargo, em quantidade de árvores que no início do
cada período, a importância correspondente à período compunham a floresta;
diminuição do valor de recursos florestais, b) o percentual encontrado será aplicado
resultante de sua exploração. sobre o valor da floresta, registrado no ativo,
e o resultado será considerado como custo
dos recursos florestais extraídos.
Em se tratando de florestas ou mesmo de
vegetais de menor porte, a empresa pode
utilizar quotas de depreciação, amortização Floresta Natural
ou quota de exaustão.
Tratando-se de floresta natural, a quota de árvores extraídas durante o período de
exaustão será determinada mediante relação apuração e a quantidade existente no início
percentual entre os recursos florestais desse mesmo período.
extraídos no período e o volume dos recursos
florestais existentes no início do mesmo Floresta Plantada = A x 100 / B = %
período. A = número de árvores extraídas no período
de apuração
Floresta Natural = x.100 / y = % B = número de árvores existentes no início do
onde: período de apuração
x = área explorada no período
y = área total dos recursos no início do Exemplo:
período
Considerando-se que o número de árvores
Exemplo: cortadas no mês de janeiro tenha atingido
10.000 unidades e que a quantidade existente
Considerando-se que no início do ano a no início desse mesmo período era de 80.000
empresa possuía 80 hectares de florestas árvores. O percentual de exaustão será
naturais e a quantidade extraída no mês de calculado do seguinte modo:
janeiro correspondeu a uma área de 5
hectares. O percentual de exaustão será 10.000 x 100 / 80.000 = 12,5%
calculado do seguinte modo:
Considerando-se, ainda que o valor contábil
5 ha x 100 / 80 ha = 6,25% da floresta em 31 de dezembro era de R$
250.000,00, o valor do encargo de exaustão
Dando seqüência ao exemplo, admitindo-se corresponderá a:
que a empresa apresente os seguintes dados:
250.000,00 x 12,5% = 31.250,00
Valor contábil da floresta em 31 de
dezembro: R$ 400.000,00 O lançamento contábil no mês de janeiro
Exaustão acumulada até 31 de dezembro: R$ poderá ser feito do seguinte modo:
100.000,00
D - Exaustão de Recursos Florestais
Cálculo da quota de exaustão: (Resultado)
C - Exaustão Acumulada - Florestas (Ativo
400.000,00 x 6,25% = 25.000,00. Permanente)
R$ 31.250,00
O registro contábil da quota de exaustão no
mês de janeiro será feito do seguinte modo: NÃO EXTINÇÃO NO PRIMEIRO CORTE

D - Exaustão de Recursos Florestais O Parecer Normativo nº 18/79 definiu que o


(Resultado) custo de formação de florestas ou de
C - Exaustão Acumulada - Florestas plantações de certas espécies vegetais que
(Permanente) não se extinguem no primeiro corte, voltando
R$ 25.000,00 depois deste a produzir novos troncos ou
ramos, permitindo um segundo, ou até
Floresta Plantada terceiro corte, deve ser objeto de quotas de
exaustão, ao longo do período de vida útil do
No caso de floresta plantada, a quota de empreendimento, efetuando-se os cálculos
exaustão será determinada mediante a relação em função do volume extraído em cada
percentual existente entre a quantidade de
período, em confronto com a produção total O critério a ser observado será aquele que
esperada, englobando os diversos cortes. proporcionar maior percentual de exaustão
no período.
EXAUSTÃO DE RECURSOS MINERAIS
Exemplo:
Exaustão é a redução do valor de
investimentos necessários à exploração de Possança conhecida da mina - 10.000
recursos minerais ou florestais. toneladas
Extração efetuada no ano - 2.000 toneladas
A diminuição de recursos minerais resultante Prazo para término da concessão - 6 anos
da sua exploração deverá ser computada
como custo ou encargo. No exemplo acima, a produção corresponde a
20% (vinte por cento) da possança conhecida
A sistemática para a determinação da quota e isso significa que a jazida estará exaurida
anual de exaustão é semelhante àquela no prazo de 5 (cinco) anos, inferior, portanto,
aplicada no cálculo do encargo anual de ao prazo para término da concessão, que
depreciação. corresponde a 6 (seis) anos.

A base de cálculo da quota anual de exaustão Neste caso, a quota de exaustão será
é o custo de aquisição dos recursos minerais calculada em função da possança conhecida
explorados. da jazida.

LIMITE CÁLCULO DA EXAUSTÃO REAL

A depreciação, amortização e exaustão devem O critério adotado na determinação da quota


ser reconhecidas até que o valor residual do anual de exaustão é o mesmo aplicado no
ativo seja igual ao seu valor contábil (NBC cálculo da quota de depreciação.
19.5.4.4).
Desta forma, a medida que os recursos
DETERMINAÇÃO DA QUOTA ANUAL minerais vão se exaurindo, registra-se na
contabilidade, simetricamente à possança
O montante anual da quota de exaustão será conhecida da jazida, a quota de exaustão.
determinado com base no volume da
produção do ano e sua relação com a Exemplo:
possança conhecida da mina, ou em função
do prazo de concessão para sua exploração. Cálculo da quota anual de exaustão
considerando-se os seguintes dados:
Existem, portanto, dois critérios para o
cálculo da quota de exaustão de recursos Valor contábil da jazida - R$ 30.000,00
minerais, a saber: Exaustão acumulada - R$ 6.000,00
Possança conhecida da jazida - 5.000
1) com base na relação existente entre a toneladas
extração efetuada no respectivo período de Produção do período - 750 toneladas
apuração com a possança conhecida da mina Prazo para término da concessão - 8 anos
(quantidade estimada de minérios da jazida);
Encargo de exaustão a ser apropriado como
2) com base no prazo de concessão para custo do período:
exploração da jazida.
1) Relação entre a produção no período e a
possança conhecida da mina:
750 toneladas x 100 / 5.000 = 15% Ocorrendo extravio, deterioração ou
R$ 30.000,00 x 15% = R$ 4.500,00 destruição de livros, fichas, documentos ou
papéis de interesse da escrituração, o
2) Prazo para término da concessão: comerciante fará publicar em jornal de grande
circulação do local de seu estabelecimento
100 / 8 = 12,5% aviso concernente ao fato e deste dará
R$ 30.000,00 x 12,5% = R$ 3.750,00 minuciosa informação, dentro de 48 (quarenta
e oito) horas ao órgão competente do
No exemplo, o prazo para término da Registro do Comércio – art. 10 do Decreto
concessão é de 8 (oito) anos e, assim sendo, o Lei 486/1969.
encargo a ser contabilizado será no valor de
R$ 4.500,00, uma vez que a jazida estará Deverá ser remetida cópia dessa comunicação
exaurida antes do término do prazo de ao órgão da Secretaria da Receita Federal de
concessão. sua jurisdição (art. 264, § 1º do RIR/99).

Se, por outro lado, o volume de produção do REINÍCIO DA ESCRITURAÇÃO


período fosse de 500 toneladas, o cálculo da
quota de exaustão seria efetuado em função Para reiniciar a escrituração dos livros
do prazo de concessão para exploração da contábeis (diário e razão), a empresa deverá
jazida. levantar balanço de abertura, constando todos
os itens patrimoniais na data do reinício da
Contabilização: escrituração.

D – Exaustões de Recursos Minerais (Conta Para maiores detalhamentos sobre


de Resultado) procedimentos de balanço de abertura, leia o
C – Exaustão Acumulada – Mina XYZ tópico "Balanço de Abertura", neste guia.
(Imobilizado – Permanente)
R$ 4.500,00 ARBITRAMENTO DO LUCRO

RECURSOS MINERAIS INESGOTÁVEIS Ressalte-se que a perda dos livros ou


documentos implica arbitramento, pois se o
De acordo com o § 3º do artigo 330 do contribuinte não mantiver escrituração na
RIR/99, fica inviabilizado o cálculo e forma das leis comerciais e fiscais, ou deixar
apropriação de quotas de exaustão real em de elaborar as demonstrações financeiras
relação aos recursos minerais inesgotáveis ou exigidas pela legislação fiscal, nos casos em
de exaurimento interminável, como as de que o mesmo se encontre obrigado ao lucro
água mineral, não se admitindo, assim, que as real, estará sujeito ao lucro arbitrado (RIR/99
empresas mineradoras que exploram tais art. 530).
recursos minerais possam contabilizar, em
relação a essa atividade, parcelas de exaustão Idêntica situação aos contribuintes optantes
a qualquer título. pelo lucro presumido que não apresentarem o
Livro caixa e dos demais livros obrigatórios
Entretanto, obviamente, se houver período (livro de inventário, entradas e saídas, etc.).
determinado de exploração, contratualmente
fixado, a exaustão poderá ser calculada pelo Entretanto, caso o contribuinte consiga
período transcorrido do contrato. recompor a escrituração nos prazos exigidos
pela legislação, é admissível dispensar o
EXTRAVIO DE DOCUMENTOS OU arbitramento do lucro, porque estarão
LIVROS afastadas as hipóteses compulsórias previstas
no Regulamento do Imposto de Renda.
FACTORING FOLHA DE PAGAMENTO

Empresas de Factoring são aquelas que Na folha de pagamento, além dos salários dos
exploram as atividades de prestação funcionários, constam também outros valores,
cumulativa e contínua de serviços de tais como: férias, 13º salário, INSS e IRRF
assessoria creditícia, mercadológica, gestão descontados dos salários, aviso prévio, valor
de crédito, seleção de riscos, administração do desconto relativo ao vale transporte e às
de contas a pagar e a receber, compras de refeições e ainda o valor do FGTS incidente
direitos creditórios resultantes de vendas sobre os salários.
mercantis a prazo ou de prestação de
serviços. Podem, ainda, constar da folha de pagamento
de salários, as verbas pagas aos funcionários
Base: Lei 8981/95, art. 36, com a redação por ocasião da rescisão de contrato de
dada pelo art. 58 da Lei 9.430/96. trabalho.

A receita obtida pelas empresas de factoring, OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO


representada pela diferença entre a quantia CONTÁBIL DA COMPETÊNCIA
expressa no titulo de crédito adquirido e o
valor pago, deverá ser reconhecida, para Normalmente os salários são pagos até o 5º
efeito de apuração do lucro líquido do dia útil do mês seguinte ao de referência,
período - base, na data da operação. exceto os casos em que os acordos ou
convenções coletivas estabelecem prazos
EXEMPLOS DE REGISTROS CONTÁBEIS menores.

Registros na Empresa Faturizada - No entanto, a contabilização da folha de


Empresa Alienante do Título pagamento de salários deve ser efetuada
observando-se o regime de competência, ou
Considerando que a empresa "Alfa" vendeu a seja, os salários devem ser contabilizados no
uma empresa de factoring uma carteira de mês a que se referem ainda que o seu
duplicatas no valor de R$ 50.000,00, e pagamento seja efetuado no mês seguinte.
recebeu por essa venda a quantia de R$
40.000,00, teremos os seguintes lançamentos No caso do valor relativo às férias e ao 13º
contábeis: salário, a empresa deve apropriar estes
valores mensalmente em obediência ao
D - Banco Conta Movimento (Ativo regime de competência, efetuando a provisão
Circulante) R$ 40.000,00 para o pagamento dessas verbas. Se a
D - Despesas Financeiras (Conta de empresa não faz a provisão, esses valores
Resultado) R$ 10.000,00 serão apropriados como custo ou despesa por
C - Duplicatas A Receber (Ativo Circulante) ocasião do respectivo pagamento.
R$ 50.000,00
Sobre a constituição da Provisão para Férias e
Registros na Empresa Faturizadora - Provisão para o 13º Salário, leia os tópicos
Empresa Adquirente do Título específicos neste guia

D - Duplicatas a Receber (Ativo Circulante) CLASSIFICAÇÃO CONTÁBIL


R$ 50.000,00
C - Banco Conta Movimento (Ativo Os salários e encargos incidentes sobre os
Circulante) R$ 40.000,00 mesmos, classificam-se como despesas
C - Receita de Faturização (Conta de operacionais, quando referentes a
Resultado) R$ 10.000,00 funcionários das áreas comercial e
administrativa, e como custo de produção ou EXEMPLO DE LANÇAMENTOS
de serviços, quando referentes a funcionários CONTÁBEIS
dos setores de produção e os alocados na
execução de serviços objeto da empresa. Empresa comercial apresentou o seguinte
resumo da folha de pagamento:

I - Folha de Pagamento de Salários do Mês de Outubro/2003:

DESCRIÇÃO VALOR - R$
Salários 15.000,00
Aviso Prévio indenizado 800,00
Férias indenizadas 700,00
Salário maternidade 1.800,00
Salário família 30,00
13º salário – quitação 500,00
Total das verbas 18.830,00

DESCONTOS VALOR - R$
Adiantamento de salário 6.000,00
INSS sobre salários 1.425,00
INSS sobre 13º salário 40,00
Vale-transporte 740,00
Plano de Alimentação do Trabalhador 980,00
Assistência Médica 630,00
Faltas e atrasos 90,00
IRRF sobre salários 710,00
Contribuição Sindical 30,00
Total dos descontos 10.645,00
Valor líquido da folha de pagamento R$ 8.185,00

II - Contribuição Previdenciária a Recolher

INSS sobre salários R$ 4.200,00


INSS sobre 13º salário R$ 130,00
(=) INSS devido pela empresa R$ 4.330,00
(+) INSS descontado dos empregados R$ 1.465,00
(-) Salário família R$ 30,00
(-) Salário maternidade R$ 1.800,00
(=) Valor líquido a recolher na GPS R$ 3.965,00

III - Contribuição ao FGTS a Recolher

Parcela incidente sobre a folha de pagamento R$ 1.324,00


(+) Contribuição ao FGTS sobre 13º salário - rescisão: R$ 42,50
(=) Valor da contribuição ao FGTS devida R$ 1.366,50

Outros dados: 31.10.2003 e o pagamento será feito até o 2º


dia útil subseqüente.
A rescisão de contrato de trabalho é por
dispensa sem justa causa, ocorrida no dia
A contribuição ao FGTS sobre os salários e 5) Pela baixa da provisão para 13º salário e
sobre os valores devidos na rescisão foi encargos incidentes sobre essa verba, pelo
depositada nas respectivas contas vinculadas. valor a ser pago na rescisão tendo em vista
que esses valores já foram provisionados
O adiantamento de salário foi pago no dia anteriormente:
20.10.2003, e sobre esse valor foi retido o
IRRF no valor de R$ 150,00. D - Provisão 13º Salário (Passivo Circulante)
C - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo
A empresa provisiona mensalmente o valor Circulante)
das férias, o 13º salário e os encargos sociais. R$ 500,00

Lançamentos contábeis: 6) Pelo valor da contribuição FGTS incidente


sobre a parcela do 13º salário pago na
1) Pelo valor do adiantamento de salário pago rescisão:
no dia 20.10.2003:
D - Provisão 13º Salário (Passivo Circulante)
D - Adiantamento de Salários (Ativo C - FGTS a Recolher (Passivo Circulante)
Circulante) R$ 6.000,00 R$ 42,50
C - IRRF a Recolher (Passivo Circulante) R$
150,00 7) Pelo valor da contribuição ao FGTS sobre
C - Banco Conta Movimento (Ativo a folha de salários:
Circulante) R$ 5.750,00
D - FGTS sobre Folha de Pagamento
2) Pelo pagamento do IRRF sobre o (Resultado)
adiantamento: C - FGTS a Recolher (Passivo Circulante)
R$ 1.324,00
D - IRRF a Recolher (Passivo Circulante)
C - Banco Conta Movimento (Ativo 8) Pelo valor do salário-família e salário
Circulante) maternidade que serão deduzidas do valor do
R$ 150,00 "INSS a recolher":

3) Pela provisão dos valores relativos aos D - INSS a Recolher (Passivo Circulante)
salários e ao aviso prévio indenizado: C - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo
Circulante)
D - Folha de Pagamento (Resultado) R$ 1.830,00
C - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo
Circulante) Nota:
R$ 15.800,00 Salário-Família R$ 30,00
Salário Maternidade R$ 1.800,00
4) Pela baixa da provisão para férias e
encargos incidentes sobre essa verba, pelo 9) Pelo valor da contribuição sindical, INSS
valor a ser pago na rescisão, tendo em vista sobre salários e 13º salário e IRRF
que esses valores já foram provisionados descontados em folha de pagamento:
anteriormente:
D - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo
D - Provisão de Férias (Passivo Circulante) Circulante) R$ 2.205,00
C - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo C - Contribuição Sindical a Recolher (Passivo
Circulante) Circulante) R$ 30,00
R$ 700,00 C - IRRF a Recolher (Passivo Circulante) R$
710,00
C - INSS a Recolher (Passivo Circulante) R$ D - INSS - Folha de Pagamento (Resultado)
1.465,00 R$ 4.200,00
D - Provisão 13º Salário (Passivo Circulante)
10) Pelo valor descontado dos salários R$ 130,00
relativos à faltas e atrasos: C - INSS a Recolher (Passivo Circulante) R$
4.330,00
D - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo
Circulante) 14) Pelo pagamento dos salários (total líquido
C - Folha de Pagamento (Resultado) da folha de R$ 8.185,00 menos os valores a
R$ 90,00 pagar em rescisão de contrato de R$
2.000,00):
11) Pelos valores relativos à Assistência
Médica, Vale-Transporte e Plano de D - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo
Alimentação do Trabalhador, descontados dos Circulante)
funcionários:a) Assistência Médica C - Banco Conta Movimento (Ativo
Circulante)
D - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo R$ 6.185,00
Circulante)
C - Adiantamentos – Folha de Pagamento – 15) Pelo pagamento das verbas rescisórias
Assistência Médica (Ativo Circulante) (aviso prévio, 13º salário e férias):
R$ 630,00
D - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo
b) Vale Transporte: Circulante)
C - Banco Conta Movimento (Ativo
D - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante)
Circulante) R$ 2.000,00
C - Vale Transporte (Conta de Resultado)
R$ 740,00 16) Pelo pagamento do FGTS:

c) Plano de Alimentação do Trabalhador: D - FGTS a Recolher (Passivo Circulante)


C - Banco Conta Movimento (Ativo
D - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante)
Circulante) R$ 1.366,50
C - Programa de Alimentação dos
Empregados (Conta de Resultado) 17) Pelo Pagamento do INSS:
R$ 980,00
D - INSS a Pagar (Passivo Circulante)
12) Pela transferência do valor dos C - Banco Conta Movimento (Ativo
adiantamentos concedidos: Circulante)
R$ 3.965,00
D - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo
Circulante) 18) Pelo pagamento da contribuição sindical:
C - Adiantamento de Salários (Ativo
Circulante) D - Contribuição Sindical a Pagar (Passivo
R$ 6.000,00 Circulante)
C - Banco Conta Movimento (Ativo
13) INSS da empresa sobre os salários e o 13º Circulante)
pago na rescisão: R$ 30,00

9) Pelo pagamento do IRRF:


D - IRRF a Recolher (Passivo Circulante) D - Bancos Cta. Movimento (Ativo
C - Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)
Circulante) C - Indenizações de Seguros a Receber
R$ 710,00 (Ativo Circulante)
R$ 32.000,00
INDENIZAÇÃO RECEBIDA DA
SEGURADORA – SINISTROS DE BENS INVENTÁRIO DE ESTOQUES
DO IMOBILIZADO
No final de cada exercício, as empresas
Os eventos em decorrência de sinistro devem inventariar seus estoques de materiais
(incêndio, roubo ou acidente), cobertos por (matérias primas, materiais de embalagem,
seguro, devem ser registrados contabilmente, etc.), produtos acabados e em elaboração,
por ocasião de sua ocorrência. serviços em andamento e mercadorias para
revenda.
Exemplo:
Tal inventário deve ser escriturado no “Livro
Registro de acidente, onde houve perda total de Registro de Inventário”, sendo que devem
de veículo registrado no ativo imobilizado da ser observadas as prescrições fiscais exigidas
empresa, no valor de R$ 40.000,00, sendo R$ (ICMS, IPI e Imposto de Renda).
10.000,00 de depreciação. O valor de
mercado do bem, na data do evento, coberto CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
pela seguradora, é de R$ 32.000,00.
O custo das mercadorias revendidas e das
1. Pela baixa do bem em decorrência do matérias-primas utilizadas será determinado
acidente: com base em registro permanente de estoque
ou no valor dos estoques existentes, de
D - Ganhos ou Perdas de Capital (Resultado acordo com o livro de inventário, no fim do
Não Operacional) período de apuração.
C - Veículos (Imobilizado)
R$ 40.000,00 O valor dos bens existentes no encerramento
do período-base poderá ser o custo médio ou
2. Pela baixa da depreciação registrada: dos bens adquiridos ou produzidos mais
recentemente.
D - Depreciação – Veículos (Imobilizado)
C - Ganhos ou Perdas de Capital (Resultado A empresa que mantiver sistema de custo
Não Operacional) integrado e coordenado com o restante da
R$ 10.000,00 escrituração poderá utilizar os custos
apurados para avaliação dos estoques de
3. Pelo registro da cobertura do sinistro, a ser produtos em fabricação e acabados.
recebido da seguradora:
CONCEITO DE CUSTO INTEGRADO E
D - Indenizações de Seguros a Receber COORDENADO COM A ESCRITURAÇÃO
(Ativo Circulante)
C - Ganhos ou Perdas de Capital (Resultado Considera-se sistema de contabilidade de
Não Operacional) custo integrado e coordenado com o restante
R$ 32.000,00 da escrituração aquele:

4. Por ocasião do recebimento da I – apoiado em valores originados da


indenização, faz-se a baixa do valor a receber, escrituração contábil (matéria-prima, mão-de-
da seguinte forma: obra direta, custos gerais de fabricação);
II – que permite determinação contábil, ao integrado e coordenado com o restante da
fim de cada mês, do valor dos estoques de escrituração:
matérias-primas e outros materiais, produtos
em elaboração e produtos acabados; D – Produtos em Elaboração (Estoques –
III – apoiado em livros auxiliares, fichas, Ativo Circulante) R$ 55.500,00
folhas contínuas, ou mapas de apropriação ou C – Transferência de Custos – Matéria Prima
rateio, tidos em boa guarda e de registros (Conta de Resultado) R$ 20.000,00
coincidentes com aqueles constantes da C – Transferência de Custos – Mão de Obra
escrituração principal; Direta (Conta de Resultado) R$ 15.000,00
IV – que permite avaliar os estoques C – Transferência de Custos – Gastos Gerais
existentes na data de encerramento do de Fabricação (Conta de Resultado) R$
período de apropriação de resultados segundo 20.500,00
os custos efetivamente incorridos. Histórico: P/ transferência de custos do mês
de novembro/2003.
Base: art. 294 do RIR/99.
Na seqüência, transfere-se o valor dos
EMPRESA QUE MANTÉM SISTEMA produtos em elaboração que foram acabados
INTEGRADO DE CUSTOS COM A no mês, conforme controle permanente de
CONTABILIDADE estoques:

Quando a empresa possui sistema de custos D – Produtos Acabados (Estoques – Ativo


regular, elaborado de acordo com as leis Circulante)
comerciais e conforme procedimentos C – Produtos em Elaboração (Estoques –
contábeis normalmente utilizados, os Ativo Circulante)
produtos em fabricação e acabados serão R$ 50.000,00
avaliados pelo custo de produção. Para isto, a Histórico: P/ transferência de produtos
contabilidade deve atender os requisitos acabados p/ estoque.
anteriormente explanados, além de manter tal
sistema de custos integrado e coordenado E, na seqüência, apura-se o Custo dos
com o restante da escrituração contábil. Produtos Vendidos, transferindo-se respectivo
valor dos estoques de produtos acabados:
A base da integração é o controle permanente
de estoques, que normalmente é D – Custo dos Produtos Vendidos (Conta de
informatizado e permite o acompanhamento Resultado)
diário dos estoques (saldo inicial, compras, C – Produtos Acabados (Estoques – Ativo
saídas e saldo final), tanto físico quanto Circulante)
financeiro. R$ 45.000,00
Histórico: P/ baixa de estoques de produtos
O plano de contas contábil deverá registrar vendidos no mês.
todos os custos de produção (materiais, mão
de obra direta e gastos gerais de fabricação), EMPRESA QUE NÃO MANTÉM
transferindo-os aos custos dos produtos, CONTROLE DE ESTOQUES
mediante rateio ou planilha, cujos métodos
devem ser aplicados uniformemente. Para as empresas que não mantém registro
permanente de estoque, e, por conseguinte,
Exemplo: não têm condições de apurar o inventário
físico-financeiro dos mesmos, deve-se atentar
Apuração dos custos de produção, para os critérios de avaliação dos estoques
transferidos para produtos em elaboração, de seguinte:
empresa que mantém sistema de custos
1. INSUMOS E MERCADORIAS: maior preço de venda no período de
apuração.
Devem ser avaliadas pelo custo de aquisição
mais recente. Os estoques de produtos agrícolas, animais e
extrativos poderão ser avaliados pelos preços
2. PRODUTOS ACABADOS E EM correntes de mercado, conforme as práticas
ELABORAÇÃO: usuais em cada tipo de atividade (RIR/1999,
art. 297). Essa faculdade é aplicável aos
Os estoques deverão ser avaliados de acordo produtores, comerciantes e industriais que
com o seguinte critério (RIR/1999, art. 296): lidam com esses produtos (PN CST Nº
5/1986, subitem 3.3.1.2).
a) os de materiais em processamento, por
uma vez e meia o maior custo das matérias- Exemplo:
primas adquiridas no período, ou em 80% do
valor dos produtos acabados, determinado de Empresa que não mantém controle de
acordo com a alínea "b" a seguir; estoques, levanta o seguinte inventário
b) os dos produtos acabados, em 70% do em 31 de dezembro:

Item Estoque (unidades)


Produto Acabado YZ 50
Produto em Elaboração YZ 20
Matéria Prima AB 100
Material de Embalagem C 20

Dados: exigidos pela legislação do Imposto de


Maior preço de venda do Produto YZ: R$ Renda:
50,00
Último Custo de Aquisição da Matéria Prima Produto Acabado YZ = R$ 50,00 x 70% = R$
AB: R$ 20,00 35,00
Último Custo de Aquisição do Material de Produto em Elaboração YZ = R$ 35,00 (valor
Embalagem C: R$ 10,00 do produto acabado YZ) x 80% = R$ 28,00

Temos então a seguinte valoração unitária dos Agora, pode-se completar o inventário,
estoques de produtos, conforme os critérios com a respectiva valorização dos
estoques, que ficarão como segue:

Estoque Valor
Item (unidades) Unitário R$ Total
Produto Acabado X 50 35,00 1.750,00
Produto em Elaboração Y 20 28,00 560,00
Matéria Prima AB 100 20,00 2.000,00
Material de Embalagem C 20 10,00 200,00
Total R$ 4.510,00

Admitindo-se que a empresa tinha um saldo Produtos Acabados - R$ 1.000,00


contábil do exercício anterior de estoques Produtos em Elaboração - R$ 500,00
seguinte: Matérias Primas - R$ 1.500,00
Materiais de Embalagem - R$ 250,00
Deve-se proceder, inicialmente, á “baixa” Caso a empresa seja de serviços, e na data do
destes saldos, antes da contabilização dos balanço esteja com serviços em execução,
estoques finais: deverá apurar os respectivos custos de
serviços e contabilizá-los como “serviços em
D – Estoques Iniciais (Conta de Resultado) andamento” (conta de estoque).
C – Estoques de Produtos Acabados (Ativo
Circulante) Para obtenção dos custos de serviços, para
R$ 1.000,00 empresa que não mantém controle de
apuração contábil dos respectivos custos,
D – Estoques Iniciais (Conta de Resultado) efetua-se a avaliação dos mesmos, com base
C – Estoques de Produtos em Elaboração em planilha específica, englobando o
(Ativo Circulante) levantamento de todos os custos relacionados
R$ 500,00 ao serviço que está em execução, como: mão
de obra (incluindo os respectivos encargos
D – Estoques Iniciais (Conta de Resultado) sociais e trabalhistas), materiais e outros
C – Estoques de Matérias Primas (Ativo custos aplicados diretamente (como locação
Circulante) de máquinas e equipamentos aplicados) e
R$ 1.500,00 gastos indiretos dos serviços.

D – Estoques Iniciais (Conta de Resultado) Exemplo:


C – Estoques de Materiais de Embalagem
(Ativo Circulante) Empresa que não mantém contabilidade de
R$ 250,00 custos integrada e coordenada com a
escrituração contábil, apresenta os seguintes
Após os lançamentos acima, as contas de serviços em andamento:
estoques estão zeradas, então se contabiliza o
inventário apurado: Serviço A = 100 horas de atividades aplicadas
Serviço B = 20 horas de atividades aplicadas
D – Estoques de Produtos Acabados (Ativo
Circulante) Os custos apurados em planilha
C – Estoques Finais (Conta de Resultado) correspondem ao seguinte:
R$ 1.750,00
Serviço A:
D – Estoques de Produtos em Elaboração Mão de obra (incluindo encargos sociais e
(Ativo Circulante) trabalhistas) R$ 29,00 por hora de atividade
C – Estoques Finais (Conta de Resultado) Materiais aplicados: R$ 1.090,00
R$ 560,00 Locação de equipamentos aplicados: R$
2.000,00
D – Estoques de Matérias Primas (Ativo Gastos Indiretos (luz, água, telefone e outros)
Circulante) R$ 700,00
C – Estoques Finais (Conta de Resultado)
R$ 2.000,00 Serviço B:
Mão de obra (incluindo encargos sociais e
D – Estoques de Materiais de Embalagem trabalhistas) R$ 40,00 por hora de atividade
(Ativo Circulante) Materiais aplicados: R$ 800,00
C – Estoques Finais (Conta de Resultado) Locação de equipamentos aplicados: R$
R$ 200,00 750,00
Gastos Indiretos (luz, água, telefone e outros)
SERVIÇOS EM ANDAMENTO R$ 300,00
Nota: a alocação de gastos indiretos pode Com os dados acima, o inventário de
ser efetuada por critério de rateio (total de serviços em andamento ficaria:
gastos indiretos dividido pelo número de
horas de atividades no período, por
funcionário, etc.).

Horas Valor Valor


Serviço A Aplicadas Hora Total
Mão de Obra 100 29,00 2.900,00
Materiais Aplicados 1.090,00
Locação de Equipamentos 2.000,00
Gastos Indiretos 700,00
Soma 6.690,00

Horas Valor Valor


Serviço B Aplicadas Hora Total
Mão de Obra 20 40,00 800,00
Materiais Aplicados 800,00
Locação de Equipamentos 750,00
Gastos Indiretos 300,00
Soma 2.650,00

Total do Inventário de Serviços (A+B) R$ Essa intenção será manifestada no momento


9.340,00 em que se adquire a participação, mediante
sua inclusão no subgrupo de investimentos
A contabilização ficaria (partindo do (caso haja interesse de permanência) ou
pressuposto que no início do exercício não registro no ativo circulante (não havendo esse
havia estoques de serviços em andamento): interesse).

D – Serviços em Andamento (Estoques – Será, no entanto, presumida a intenção de


Ativo Circulante) permanência sempre que o valor registrado
C – Estoques Finais de Serviços (Conta de no ativo circulante não for alienado até a data
Resultado) do balanço do período-base seguinte àquele
R$ 9.340,00 em que tiver sido adquirido o respectivo
direito.
INVESTIMENTOS
Exemplo:
No subgrupo Investimentos do Ativo
Permanente devem ser classificadas as Empresa "A" adquiriu ações da empresa "B"
participações societárias permanentes, assim em 31/10/2006. O valor da aplicação poderá
entendidas as importâncias aplicadas na permanecer no ativo circulante até
aquisição de ações e outros títulos de 31/12/2007. Não ocorrendo a alienação até
participação societária, com a intenção de 31/12/2007, o valor correspondente será
mantê-las em caráter permanente, seja para se transferido para o subgrupo de investimentos
obter o controle societário, seja por interesses em 31/12/2007.
econômicos, entre eles, como fonte
permanente de renda. A intenção de permanência, em certos casos,
conforme esclarece o Parecer Normativo CST
108/78, é presumida em função de critérios
estabelecidos em lei. Assim a participação da o pagamento de R$ 400.000,00 à vista (pago
companhia em sociedades coligadas e em cheque) e o saldo em 45 dias.
controladas, dados os reflexos da aquisição
do investimento (expressiva participação no D – Cia. Industrial Modelo (Investimentos –
capital ou, então, assunção do controle Ativo Permanente) R$ 1.000.000,00
societário) reveste-se da intenção de C – Bancos Cta. Movimento (Ativo
permanência. Circulante) R$ 400.000,00
C – Contas a Pagar – Aquisição de
Será ainda presumida a intenção de Investimentos (Passivo Circulante) R$
permanência em relação às participações em 600.000,00
sociedades por quotas de responsabilidade
limitada, em razão da ausência de título
representativo da respectiva quota e pela
formalidade exigida para a sua transferência,
notadamente a necessidade de contrato
escrito, registrado no órgão competente. LANÇAMENTOS CONTÁBEIS

EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL O lançamento contábil é o registro do fato


contábil. Todo fato que origina um
A equivalência patrimonial é o método que lançamento contábil deve estar suportado em
consiste em atualizar o valor contábil do documentação hábil e idônea.
investimento ao valor equivalente à
participação societária da sociedade Os lançamentos contábeis podem ser:
investidora no patrimônio líquido da
sociedade investida, e no reconhecimento dos a) lançamento de primeira fórmula;
seus efeitos na demonstração do resultado do b) lançamento de segunda fórmula;
exercício. c) lançamento de terceira fórmula;
d) lançamento de quarta fórmula.
O valor do investimento, portanto, será
determinado mediante a aplicação da O lançamento contábil não se resume a
porcentagem de participação no capital “débito e crédito”, mas deve possuir também:
social, sobre o patrimônio líquido de cada
sociedade coligada ou controlada.
1. O valor (ou valores); expresso em moeda
nacional.
Para maiores detalhes, acesse o tópico 2. Data do lançamento.
“Equivalência Patrimonial”. 3. Histórico.
CONTABILIZAÇÃO LANÇAMENTO DE PRIMEIRA
FÓRMULA
O valor de custo de aquisição será debitado á
conta que registrar o investimento e creditado É o registro do fato contábil que envolve uma
á conta de origem dos recursos (caixa, bancos conta devedora e outra conta credora.
cta. Movimento, contas a pagar, etc.).
Exemplo:
Exemplo:
Depósito bancário com recursos do caixa:
Aquisição de participação societária na Cia.
Industrial Modelo, no valor de R$
Data do lançamento - 21/10/2006
1.000.000,00, mediante contrato que preveja
D - Banco Bradesco S/A (Ativo Circulante)
Histórico: N/depósito em dinheiro em Data do lançamento - 26/10/2006
21/10/2006 - R$ 10.000,00 D - Caixa (Ativo Circulante)
C - Caixa (Ativo Circulante) Histórico: Vlr. Recebido parte da NF 00676,
Histórico: N/depósito em dinheiro no de J.Silva S/A. - R$ 10.000,00
Bradesco S/A - R$ 10.000,00 D - Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)
Histórico: Vlr. parte da NF 00676, de J.Silva
LANÇAMENTO DE SEGUNDA S/A. - R$ 50.000,00
FÓRMULA C - Vendas de Mercadorias (Resultado)
Histórico: Vlr. NF 00676, de J.Silva S/A. -
É o registro do fato contábil que envolve uma R$ 60.000,00
conta devedora e mais de uma conta credora.
LANÇAMENTO DE QUARTA FÓRMULA
Exemplo:
É o registro do fato contábil que envolve mais
Depósito bancário, em parte com recursos do de uma conta devedora e mais de uma conta
caixa (dinheiro) e parte de cheques pré- credora.
datados de clientes (conta cheques a cobrar):
Exemplo:
Data do lançamento - 22/10/2006
D - Banco Bradesco S/A (Ativo Circulante) Compra, na mesma nota fiscal, de
Histórico: N/depósito em 22/10/2006 - R$ mercadorias e material de consumo, sendo
10.000,00 parte pago no ato e o saldo a ser pago em 30
C - Caixa (Ativo Circulante) dias:
Histórico: Parte de n/depósito em 22/10/2006,
em dinheiro, Bradesco S/A - R$ 1.000,00 Data do lançamento - 20/10/2006
C - Cheques a Cobrar (Ativo Circulante) D - Estoque de Mercadorias (Ativo
Histórico: Parte de n/depósito em 22/10/2006, Circulante)
em cheque, Bradesco S/A - R$ 9.000,00 Histórico: Vlr. Parte NF 9701 de
Distribuidora Mercantil Ltda. - R$ 10.000,00
LANÇAMENTO DE TERCEIRA D - Estoque de Materiais de Consumo (Ativo
FÓRMULA Circulante)
Histórico: Vlr. Parte NF 9701 de
É o registro do fato contábil envolvendo mais Distribuidora Mercantil Ltda. - R$ 2.000,00
de uma conta devedora e apenas uma conta C - Bancos Cta. Movimento (Ativo
credora. Circulante)
Histórico: Cheque 009766 – Distribuidora
Exemplo: Mercantil Ltda. - R$ 4.000,00
C - Fornecedores (Passivo Circulante)
Venda de mercadoria, sendo uma parte à vista Histórico: Vlr. Saldo NF 9701 de
e outra a prazo. Distribuidora Mercantil Ltda. - R$ 8.000,00

HISTÓRICO DO LANÇAMENTO
CONTÁBIL

Histórico é a descrição do fato contábil. A


boa técnica exige que o histórico seja feito
com a máxima clareza, evidenciando de
forma analítica o registro da operação. Assim,
o histórico do fato contábil deve ser
inteligível e objetivo.
Exemplo: na Resolução CFC n° 560/83, de 28.10.1983,
em consonância com os Princípios
Histórico contábil incompleto: Fundamentais de Contabilidade.

Nossa compra de um veículo nesta data As Normas classificam-se em Profissionais e


Técnicas, sendo enumeradas
O histórico deveria ser como segue: seqüencialmente.

Valor relativo n/aquisição de um veículo, As Normas – Profissionais estabelecem


marca XXX, mod. XXX, chassis regras de exercício Profissional,
xxxxxxxxxxx, conforme nota fiscal nº caracterizando-se pelo prefixo NBC P.
xxxxxx, de xx/xx/xx, de José Silva Veículos
Ltda. As Normas Técnicas estabelecem conceitos
doutrinários, regras e procedimentos
ABREVIATURAS DO HISTÓRICO aplicados de Contabilidade, caracterizando-se
CONTÁBIL pelo prefixo NBC T.

Admite-se a utilização de abreviaturas no As Normas Brasileiras de Contabilidade


histórico contábil. Algumas mais comuns são: (NBC) podem ser detalhadas através de
Interpretações Técnicas que, se, necessário,
Cfe. = Conforme incluirão exemplos.
Ch. = Cheque
Dep. = Depósito As Interpretações Técnicas são identificadas
Dp. = Duplicata pelo Código da NBC a que se referem
Fat. = Fatura seguido de hífen, sigla IT e numeração
NF = Nota Fiscal seqüencial.
N/ = Nosso, nossa, nesse
Pg. = Pago O Conselho Federal de Contabilidade poderá
Ref. = Referente emitir Comunicados Técnicos quando
Transf. = Transferência ocorrerem situações decorrentes de atos
Vlr. = Valor governamentais que afetam, transitoriamente,
as Normas Brasileiras de Contabilidade
NORMAS BRASILEIRAS DE (NBC).
CONTABILIDADE
Os Comunicados Técnicos são identificados
A Contabilidade, na sua condição de ciência pela sigla CT, seguida de hífen e numeração
social, cujo objeto é o Patrimônio, busca, por seqüencial.
meio da apreensão, da quantificação, da
classificação, do registro, da eventual A inobservância de Normas Brasileiras de
sumarização, da demonstração, da análise e Contabilidade constitui infração disciplinar,
relato das mutações sofridas pelo patrimônio sujeita às penalidades previstas nas alíneas c,
da Entidade particularizada, a geração de "d" e "e" do art. 27 do
informações quantitativas e qualitativas sobre
ela, expressas tanto em termos físicos, quanto Decreto-lei n° 9295 de 27 de maio de 1946, e,
monetários. quando aplicável, ao Código de Ética
Profissional do Contabilista.
As Normas Brasileiras de Contabilidade
estabelecem regras de conduta profissional e ESTRUTURA DAS NORMAS
procedimentos técnicos a serem observados PROFISSIONAIS
quando da realização dos trabalhos previstos
NBC P 1 – Normas Profissionais de Auditor 3.8 - Demonstração do Fluxo de Caixa
Independente 3.9 - Demonstração por Segmentos

NBC P 1 - IT - 01 - Interpretação Técnica- NBC T 4 – Da Avaliação Patrimonial


Informações do Auditor NBC T 5 – Da Correção Monetária
NBC P 1 - IT - 02 - Interpretação Técnica - NBC T 6.1 – Da Divulgação das
Regulamentação Independência e Sigilo Demonstrações Contábeis, Da Forma de
NBC P 1.8 - Utilização de Trabalhos de Apresentação
Especialistas
6.2. Do Conteúdo das Notas Explicativas
NBC P 2 – Normas Profissionais de Perito 6.3. Das Republicações
Contábil
NBC P 3 – Normas Profissionais de Auditor NBC T 7 – Da Conversão da Moeda
Interno Estrangeira nas Demonstrações Contábeis
NBC P 4 - Normas para Educação NBC T 8 – Das Demonstrações Contábeis
Profissional Continuada Consolidadas
NBC P 5 - Norma Sobre Exame de NBC T 9 – Da Fusão, Incorporação, Cisão,
Qualificação Técnica para Registro no Transformação e Liquidação de Entidades
Cadastro Nacional de Auditores NBC T 10 – Dos Aspectos Contábeis
Independentes Específicos em Entidades Diversas

ESTRUTURA DAS NORMAS TÉCNICAS 10.1. Empreendimentos de Execução a Longo


Prazo
NBC T 1 – Das características da Informação 10.2. Arrendamento Mercantil
Contábil 10.3. Consórcios de Vendas
NBC T 2 – Da Escrituração Contábil 10.4. Fundações
10.5. Entidades Imobiliárias
NBC T 2.1 - Formalidades da Escrituração 10.6. Entidades Hoteleiras
Contábil 10.7. Entidades Hospitalares
NBC T 2.2 - Documentação Contábil 10.8. Entidades Cooperativas
NBC T 2.4 - Retificação de Lançamentos 10.9. Entidades Financeiras
NBC T 2.5 - Contas de Compensação 10.10. Entidades de Seguro Comercial e
NBC T 2.6 - Escrituração Contábil das Filiais Previdência Privada
NBC T 2.7 - Balancete 10.11. Entidades Concessionárias do Serviço
NBC T 2.8 - Das Formalidades da Público
Escrituração Contábil em Forma Eletrônica 10.12. Entidades Públicas da Administração
Direta
NBC T 3 – Conceito, Conteúdo, Estrutura e 10.13. Entidades Desportivas Profissionais
Nomenclatura das Demonstrações Contábeis 10.14. Entidades Agropecuárias
10.15. Entidades em Conta de Participação
3.1. Das Disposições Gerais 10.16. Entidades que Recebem Subsídios,
3.2. Do Balanço Patrimonial Subvenções e Doações
3.3. Da Demonstração do Resultado 10.17. Entidades que Recebem Incentivos
3.4. Da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Fiscais
Acumulados 10.18. Entidades Sindicais e Associações de
3.5. Da Demonstração das Mutações do Classe
Patrimônio Líquido 10.19. Entidades Sem Finalidade de Lucros
3.6. Da Demonstração das Origens e 10.20. Consórcios de Empresas
Aplicações de Recursos 10.21. Entidades Cooperativas Operadoras de
3.7 - Demonstração do Valor Adicionado Planos de Assistência a Saúde
NBC T 11 – Normas de Auditoria 16.3 - Planejamento e seus Instrumentos
Independente das Demonstrações Contábeis 16.4 - Transações Governamentais
16.5 - Registro Contábil
NBC T 11.3 - Papéis de Trabalho e 16.6 - Demonstrações Contábeis
Documentação da Auditoria 16.7 - Consolidação das Demonstrações
NBC T 11.4 - Planejamento da Auditoria Contábeis
NBC T 11.8 - Supervisão e Controle de 16.8 - Controle Interno
Qualidade 16.9 - Reavaliação e Depreciação dos Bens
NBC T 11.10 - Continuidade Normal das Públicos
Atividades da Entidade NBC T 19 - Aspectos Contábeis Específicos
NBC T 11.11 - Amostragem 19.1 - Imobilizado
NBC T 11.12 - Processamento Eletrônico de 19.2 - Tributos sobre Lucros
Dados 19.3 - Planos de Benefícios e Encargos de
NBC T 11.13 - Estimativas Contábeis Aposentadoria a Empregados
NBC T 11.14 - Transações com Partes 19.4 - Incentivos Fiscais, Subvenções,
Relacionadas Contribuições, Auxílios e Doações
NBC T 11.16 - Transações e Eventos Governamentais
Subseqüentes 19.5 - Depreciação, Amortização e Exaustão
NBC T 11.17 - Carta de Responsabilidade da 19.6 - Reavaliação de Ativos
Administração 19.7 - Provisões, Passivos, Contingências
NBC T 11 - IT - 01 - Carta de Passivas e Contingências Ativas
Responsabilidade da Administração 19.8 - Intangíveis
NBC T 11 - IT - 02 - Papéis de Trabalho e 19.9 - Exploração de Recursos Minerais
Documentação de Auditoria 19.10 - Redução no Valor Recuperável de
NBC T 11 - IT - 03 - Fraude e Erro Ativos
NBC T 11 - IT - 04 - Transação e Eventos 19.11 - Mudanças nas Práticas Contábeis, nas
Subseqüentes Estimativas e Correção de Erros
NBC T 11 - IT - 05 - Parecer dos Auditores 19.12 - Eventos Subseqüentes à Data das
Independentes Sobre as Demonstrações Demonstrações Contábeis
Contábeis INTEGRA DAS NORMAS BRASILEIRAS
NBC T 11 - IT - 06 - Supervisão e Controle DE CONTABILIDADE - NBC
de Qualidade
NBC T 11 - IT - 07 - Planejamento da Para obter a íntegra das NBC, acesse a
Auditoria seguinte página na internet:
NBC T 12 – Da Auditoria Interna http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc
NBC T 13 – Da Perícia Contábil /index.htm
NBC T 13.2 - Planejamento da Perícia
NBC T 13.6 - Laudo Pericial Contábil PATRIMÔNIO LÍQUIDO
NBC T 13.7 - Parecer Pericial Contábil
NBC T 13 - IT - 01 - Termo de Diligência O Patrimônio Líquido é formado pelo grupo
NBC T 13 - IT - 02 - Laudo e Parecer de de contas que registra o valor contábil
Leigos pertencente aos acionistas ou quotistas.
NBC T 13 - IT - 03 - Assinatura em Conjunto
NBC T 14 - Revisão Externa de Qualidade Até 31.12.2007, as contas que formavam o
Pelos Pares Patrimônio Líquido, segundo a Lei das S/A,
NBC T 15 - Informações de Natureza Social eram:
e Ambiental
NBC T 16 - Aspectos Contábeis Específicos a) Capital Social
da Gestão Governamental b) Reservas de Capital
16.1 - Conceituação e Objetivos c) Reservas de Reavaliação
16.2 - Patrimônio e Sistemas Contábeis
d) Reservas de Lucros Integralização de capital social, mediante
e) Lucros ou Prejuízos Acumulados dinheiro (depósito bancário) no valor de R$
100.000,00:
Também se classificam no Patrimônio
Líquido as Ações ou Quotas em Tesouraria, D – Bancos Cta. Movimento (Ativo
bem como os adiantamentos para futuro circulante)
aumento de capital. Para maiores detalhes C – Capital Social (Patrimônio Líquido)
sobre tais contas, acesse os tópicos R$ 100.000,00
respectivos nesta obra.
RESERVAS DE CAPITAL
Os artigos 182 e 186 da Lei nº 6.404, de 1976
- Lei das S/A – especificam a descrição das A reserva de capital abrange as seguintes
contas do patrimônio líquido. subcontas:

A PARTIR DE 01.01.2008 a) Reserva de Correção Monetária do Capital


Realizado;
A partir de 01.01.2008, por força da Lei b) Reserva de Ágio na Emissão de Ações;
11.638/2007, a divisão do patrimônio líquido c) Reserva de Alienação de Partes
será realizada da seguinte maneira: Beneficiárias;
d) Reserva de Alienação de Bônus de
a) Capital Social Subscrição;
b) Reservas de Capital e) Reserva de Prêmio na Emissão de
c) Ajustes de Avaliação Patrimonial Debêntures; (excluída desde 01.01.2008, por
d) Reservas de Lucros força da Lei 11.638/2007)
e) Ações em Tesouraria f) Reserva de Doações e Subvenções para
f) Prejuízos Acumulados. Investimento; (excluída desde 01.01.2008,
por força da Lei 11.638/2007)
CAPITAL SOCIAL g) Reserva de Incentivo Fiscal.

O capital social representa os valores Para maiores detalhes, acesse o tópico


recebidos pela empresa, em forma de “Reservas de Capital”.
subscrição ou por ela gerados. A
integralização do capital poderá ser feita por RESERVAS DE REAVALIAÇÃO
meio de moeda corrente ou bens e direitos.
As reservas de reavaliação representam
Quando a integralização do capital social é acréscimos de valor atribuído a elementos do
feita em moeda corrente, debita-se uma conta ativo, baseado nos seus valores de mercado,
específica do ativo circulante (Bancos conforme definido no artigo 8º da Lei nº
c/Movimento, por exemplo) e credita-se a 6.404, de 1976.
conta "Capital Social".
Na conta "Reservas de Reavaliação"
No caso de integralização de capital mediante poderemos agrupar as seguintes subcontas:
conferência de bens, debita-se uma conta
específica do ativo permanente e credita-se a a) Reserva de Reavaliação de Terrenos;
conta "capital social". b) Reserva de Reavaliação de Edifícios;
c) Reserva de Reavaliação de Máquinas e
Exemplo: Equipamentos;
d) Reserva de Reavaliação de Bens em
Empresas Coligadas;
e) Reserva de Reavaliação de Bens em A partir de 01.01.2008, por força da Lei
Empresas Controladas. 11.638/2007 (que incluiu o artigo 195-A à Lei
6.404/76), a assembléia geral poderá, por
Exemplo: proposta dos órgãos de administração,
destinar para a reserva de incentivos fiscais a
Contabilização de Reserva de Reavaliação de parcela do lucro líquido decorrente de
Edifícios no valor de R$ 1.050.000,00: doações ou subvenções governamentais para
investimentos, que poderá ser excluída da
D – Edifícios – Reavaliação (Imobilizado – base de cálculo do dividendo obrigatório.
Permanente)
C – Reserva de Reavaliação de Edifícios LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
(Patrimônio Líquido)
R$ 1.050.000,00 Os lucros ou prejuízos representam também
resultados obtidos, porém foram retidos sem
EXTINÇÃO DA RESERVA DE finalidade específica (quando lucros) ou à
REAVALIAÇÃO A PARTIR DE 01.01.2008 espera de absorção futura (quando prejuízos).

A partir de 01.01.2008, a Reserva de Para maiores detalhes sobre Reservas de


Reavaliação foi extinta, por força da Lei Lucros e Lucros ou Prejuízos Acumulados,
11.638/2007. Em seu lugar foi criado o grupo acesse o tópico respectivo.
Ajustes de Avaliação Patrimonial que possui
características diferentes do grupamento Com o advento da Lei 11.638/2007, a partir
anterior. de 01.01.2008 foi extinta a nomenclatura
"Lucros Acumulados", assim esta conta
Os saldos existentes nas reservas de deverá ser composta apenas pelo saldo dos
reavaliação deverão ser mantidos até a sua prejuízos acumulados apurados.
efetiva realização ou estornados até o final do
exercício social de 2008. PATRIMÔNIO LÍQUIDO NEGATIVO

RESERVAS DE LUCROS No caso em que o valor do Patrimônio


Líquido é negativo é também denominado de
As reservas de lucros são constituídas pelos "Passivo a Descoberto". Isto ocorre quando o
lucros obtidos pela empresa, retidos com valor das obrigações para com terceiros é
finalidade específica. superior ao dos ativos.

Os lucros retidos com finalidade específica e Exemplo:


classificados nesta conta são transferidos da
conta de "Lucros ou Prejuízos Acumulados". Total do Ativo - R$ 1.500.000,00
Total das Obrigações - R$ 2.000.000,00
Na conta "Reservas de Lucros" poderemos Passivo a Descoberto - R$ 1.500.000,00
agrupar as seguintes subcontas: menos R$ 2.000.000,00 = R$ 500.000,00

Reserva Legal; O Conselho Federal de Contabilidade - CFC,


Reserva Estatutária; por meio de sua Câmara Técnica, editou em
Reserva para Contingências; 16/06/1999 a Resolução CFC nº 847/99,
Reserva de Lucros a Realizar; alterando dispositivos da NBCT-3 que trata
Reserva de Lucros para Expansão; acerca do conceito, conteúdo, estrutura e
Reserva de Incentivos Fiscais. nomenclatura das Demonstrações Contábeis.
Por meio da aludida Resolução, de Patrimônio Líquido é negativo, sendo
observância obrigatória por todos os demonstrado, conforme Resolução CFC
contabilistas no país, foram procedidas 1.049/2005, substituindo-se a expressão
alterações quanto ao Balanço Patrimonial, Patrimônio Líquido por Passivo a Descoberto
precisamente a caracterização e evidenciação
do "PASSIVO A DESCOBERTO". Desta forma, a demonstração do
PASSIVO A DESCOBERTO será
Esta nomenclatura deve ser utilizada, quando apresentada como segue:
da constatação ao final do exercício que o

Ativo Passivo
Circulante Circulante
Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo
Permanente Passivo a Descoberto
Capital Social
Reservas
Prejuízos Acumulados
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS relevante para a avaliação da situação


DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS patrimonial presente e futura; deve
evidenciar, especialmente, os compromissos e
INSTRUÇÕES DA CVM obrigações futuras que possam vir a ter
impacto da situação patrimonial e financeira
As informações produzidas e divulgadas da companhia, mesmo que ainda não se
pelas companhias abertas, especialmente caracterizem como exigibilidades e, portanto,
aquelas constantes das Demonstrações ainda não estejam reconhecidos nas
Financeiras, do Relatório da Administração e demonstrações financeiras.
dos Relatórios e Pareceres de Auditoria
Independente, devem estar redigidas de forma Da mesma forma, ativos contingentes, que,
simples e direta, permitindo a um público por atendimentos aos princípios contábeis,
leitor médio a compreensão dos dados neles não devam ser reconhecidos contabilmente,
contidos e a sua utilização para a tomada de devem ser divulgados em nota com a
decisão. descrição da sua natureza, o valor potencial e
a expectativa da companhia sobre a sua
Não se trata aqui de tornar simplória a eventual realização.
redação dos documentos divulgados pelas
companhias e sim de utilizar o português Dessa forma, dando continuidade a essa
corrente, privilegiando a clareza da política, qual seja, concorrer para a melhoria
exposição, de modo a comunicar de forma das informações divulgadas pelas companhias
simples a informação que muitas vezes é de abertas, apresenta-se uma consolidação de
natureza complexa. notas explicativas, que resultou do trabalho
de pesquisa em Instruções, Deliberações e
Outro aspecto que merece ser destacado é Pareceres de Orientação da CVM, além de
que, para atingir os objetivos aos quais se Ofícios-Circulares da Superintendência de
destina, o conjunto de demonstrações Normas Contábeis e de Auditoria da
financeiras disponibilizadas ao mercado deve autarquia. Sempre que necessário, as devidas
evidenciar toda a informação que for atualizações serão procedidas.
O rol de notas explicativas vigentes, que, 41) Provisão para Crédito de Liquidação
diga-se de passagem, não deve esgotar a Duvidosa
necessidade de divulgação de outras 42) Reavaliação de Ativos
informações relevantes aqui não 43) Refis
contempladas (divulgação espontânea), 44) Remuneração dos Administradores
compreende: 45) Reservas – Detalhamento
46) Reserva de Lucros A Realizar
01) Ações em Tesouraria 47) Retenção de Lucros
02) Acordo Geral do Setor Elétrico 48) Informação por Segmento de Negócio
03) Ágio/Deságio 49) Seguros
04) Ajustes de Exercícios Anteriores 50) Transações com Partes Relacionadas
05) Alteração de Método ou Critério Contábil 51) Variação Cambial
06) Arrendamento Mercantil (Leasing) 52) Vendas ou Serviços a Realizar
07) Ativo Contingente 53) Voto Múltiplo
08) Ativo Diferido
09) Benefícios a Empregados O detalhamento maior pode ser obtido através
10) Bug do Milênio do site da Comissão de Valores Mobiliários
11) Capacidade Ociosa em consulta a legislação específica.
12) Capital Social
13) Capital Social Autorizado NOTAS EXPLICATIVAS ÀS
14) Contingências Passivas DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
15) Continuidade Normal dos Negócios
16) Créditos Eletrobrás A publicação de Notas Explicativas às
17) Critérios de Avaliação Demonstrações Financeiras está prevista no §
18) Debêntures 4º do artigo 176 da Lei 6.404/1976 (Lei das
19) Demonstrações em Moeda de Capacidade S/A), adiante transcrito:
Aquisitiva Constante
20) Demonstrações Condensadas "as demonstrações serão complementadas
21) Demonstrações Contábeis Consolidadas por Notas Explicativas e outros quadros
22) Destinação de Lucros Constantes em analíticos ou demonstrações contábeis
Acordo de Acionistas necessários para esclarecimento da situação
23) Dividendo por Ação patrimonial e dos resultados do exercício".
24) Dividendos Propostos
25) Empreendimentos em Fase de As Notas Explicativas visam fornecer as
Implantação informações necessárias para esclarecimento
26) Equivalência Patrimonial da situação patrimonial, ou seja, de
27) Estoques determinada conta, saldo ou transação, ou de
28) Eventos Subseqüentes valores relativos aos resultados do exercício,
29) Fundo Imobiliário ou para menção de fatos que podem alterar
30) Imposto de Renda e Contribuição Social futuramente tal situação patrimonial, ou
31) Incentivos Fiscais ainda, poderá estar relacionada a qualquer
32) Incorporação, Fusão e Cisão outra das Demonstrações Financeiras, seja a
33) Instrumentos Financeiros Demonstração das Origens e Aplicações de
34) Investimentos Societários no Exterior Recursos, seja a Demonstração dos Lucros ou
35) Juros Sobre o Capital Próprio Prejuízos Acumulados.
36) Lucro ou Prejuízo por Ação
37) Obrigações de Longo Prazo NOTAS PREVISTAS PELA LEI
38) Ônus, Garantias e Responsabilidades
Eventuais e Contingentes
O § 5º do mesmo artigo da Lei das S/A
39) Opções de Compra de Ações
menciona, sem esgotar o assunto, as bases
40) Programa de Desestatização
gerais e as normas a serem inclusas nas Como complemento às Notas Explicativas
demonstrações financeiras, as quais deverão previstas na Lei das S/A, a Comissão de
indicar: Valores Mobiliários vem apresentando
recomendações sobre a divulgação de
a) os principais critérios de avaliação dos diversos assuntos relevantes para efeito de
elementos patrimoniais, especialmente melhor entendimento das demonstrações
estoques, dos cálculos de depreciação, financeiras. Os itens, que de acordo com as
amortização e exaustão, de constituição de sugestões da CVM devem constar das Notas
provisões para encargos ou riscos, e dos Explicativas, são os seguintes:
ajustes para atender a perdas prováveis na
realização dos elementos do ativo; - ações em tesouraria;
b) os investimentos, em outra sociedade, - arrendamento mercantil;
quando relevantes; - capital realizado atualizado;
c) o aumento de valor de elementos do ativo - demonstrações em moeda de capacidade
resultante de novas avaliações; constante;
d) os ônus reais constituídos sobre elementos - demonstrações financeiras consolidadas;
do ativo, as garantias prestadas a terceiros e - lucro/prejuízo por ação;
outras responsabilidades eventuais ou - ativo diferido;
contingentes; - investimentos societários no Exterior;
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as - mudança de critério contábil;
garantias das obrigações a longo prazo; - remuneração dos administradores;
f) o número, espécies e classes das ações do - reservas - detalhamento;
capital social; - retenção de lucros;
g) as opções de compra de ações outorgadas e - transações entre partes relacionadas;
exercidas no exercício; - dividendos - cálculo;
h) os ajustes de exercícios anteriores; - ágio/deságio;
i) os eventos subseqüentes à data de - equivalência patrimonial;
encerramento do exercício que tenham, ou - destinação do resultado do exercício;
possam vir a ter, efeitos relevantes sobre a - empreendimentos em fase de implantação;
situação financeira e os resultados futuros da - debêntures;
companhia. - ajustes de exercícios anteriores;
- reavaliação de bens;
A Lei das S/A estabeleceu os casos que - planos de aposentadoria e pensões;
deverão ser mencionados em Notas - provisões para créditos de liquidação
Explicativas; no entanto, essa menção duvidosa;
representa o conceito básico a ser seguido - ônus, garantias e contingentes;
pelas empresas, podendo haver situações em - obrigações de longo prazo;
que sejam necessárias Notas Explicativas - programa de desestatização;
adicionais, além das já previstas pela Lei das - opção de compra de ações.
S/A.
NOTAS EXPLICATIVAS – NORMAS DA
NOTAS RECOMENDADAS PELA CVM CVM

Para detalhamentos sobre notas explicativas


exigidas pela CMV para

companhias abertas, abra o arquivo “Notas


Explicativas – Orientações CVM”.

EXEMPLO DE NOTAS EXPLICATIVAS


Nota 1 - Práticas contábeis adotadas método de equivalência patrimonial. As
demais participações em outras sociedades
a) Títulos e valores mobiliários - são são registradas ao custo diminuído da
demonstrados ao custo acrescido dos provisão para perdas permanentes.
rendimentos proporcionais até a data do
balanço, não ultrapassando o valor de Nota 2 - Reavaliação de bens do imobilizado
mercado.
b) Estoques - são avaliados ao custo médio de A sociedade procedeu durante o exercício
aquisição ou produção, estando reduzidos, à reavaliação dos bens do Ativo
mediante a provisão evidenciada, ao valor de Imobilizado, a qual se encontra baseada
mercado ou de realização, quando inferiores
por laudo de peritos, aprovado em
ao custo.
c) Investimentos - as participações relevantes
assembléia de 20.10.2003. O resultado
em coligadas e controladas são avaliadas pelo dessa reavaliação está a seguir
demonstrado (em R$):

Conta Valor Valor Líquido Diferença


Reavaliado Contábil
Terrenos 20.000,00 5.000,00 15.000,00
Edifícios 50.000,00 15.000,00 35.000,00
Máquinas 40.000,00 25.000,00 15.000,00
TOTAIS 110.000,00 45.000,00 65.000,00

A diferença foi acrescida aos saldos do b) os aspectos relacionados à depreciação na


imobilizado, a crédito da Reserva para forma da NBC T 19.5;
Reavaliação integrante do Patrimônio c) o valor de custo, a depreciação acumulada
Líquido da sociedade. O valor reavaliado dos e a provisão para perdas, no início e no fim
edifícios e máquinas passou agora a ser do período; e
depreciado pela sua vida útil econômica d) a reconciliação do valor contábil no início
remanescente estimada, utilizando-se as taxas e no fim do período mostrando:
de depreciação usuais.
I) adições;
Nota 3 - Ajuste de exercícios anteriores à II) baixas;
sociedade, no decorrer do exercício apurou III) aquisições por combinação de entidades;
que no exercício anterior não foi apropriada a IV) prejuízos por perda de valor reconhecidos
parcela relativa à despesa com manutenção como despesa;
do imobilizado, competentes àquele V) reversões de prejuízos por perda de valor
exercício, no valor de R$ 25.000,00. O ajuste nos resultados;
desse valor foi debitado à conta de Lucros VI) variações cambiais líquidas resultantes da
Acumulados. conversão das Demonstrações Contábeis da
moeda funcional para as diferentes moedas de
NOTAS SOBRE O ATIVO IMOBILIZADO apresentação, inclusive a conversão das
operações no estrangeiro para moedas de
De acordo com a NBC T 19.1 as apresentação das demonstrações da entidade;
Demonstrações Contábeis também devem e
divulgar, para cada classe de imobilizado: VII) outras movimentações.

a) os critérios de avaliação utilizados para Outras Informações


apurar o valor de custo;
A NBC T 19.1 exige também que se amortização e exaustão acumulada, inclusive
demonstrem: provisão para perdas, no início e no fim do
período.
a) a existência, a natureza e os montantes das
restrições à titularidade e itens do imobilizado A entidade deve divulgar as mudanças nas
dados em garantia de passivos; estimativas em relação a:
b) o montante das despesas reconhecidas no
valor contábil de um item do imobilizado no a) valores residuais;
decurso de sua construção; b) vida útil, período de utilização e volume de
c) o montante dos compromissos contratuais produção; e
para aquisição de imobilizado; c) método de depreciação, amortização e
d) o valor contábil de ativos temporariamente exaustão.
paralisados;
e) o valor contábil bruto de quaisquer ativos ATIVOS E PASSIVOS DIFERIDOS
totalmente depreciados, que ainda estejam em
uso; Segundo a NBC T 19.2.4.5, as demonstrações
f) o valor contábil dos ativos imobilizados contábeis e/ou as notas explicativas devem
retirados das operações e separados para conter, quando relevantes, informações
baixa; e evidenciando:
g) quando o modelo de custo é usado, o valor
justo do imobilizado se for, a) montante dos tributos sobre lucros corrente
significativamente, diferente do valor e diferido, registrados no resultado,
contábil. patrimônio líquido, ativo e passivo;
b) natureza, fundamento e estimativa de
Nota: valor justo é o valor pelo qual um realização das parcelas do ativo fiscal
ativo poderia ser negociado entre partes diferido, discriminadas ano a ano para os
independentes e interessadas, conhecedoras primeiros cinco anos e, a partir daí, agrupadas
do assunto e dispostas a negociar, numa em períodos máximos de três anos, inclusive
transação normal, sem favorecimentos e com para a parcela do ativo fiscal diferido não
isenção de outros interesses. registrada que ultrapassar o prazo de
realização de dez anos;
A entidade deve divulgar as mudanças nas c) efeitos decorrentes de eventual alteração na
estimativas em relação a: expectativa de realização do ativo fiscal
diferido e respectivos fundamentos;
a) valores residuais; d) efeitos no ativo, passivo, resultado e
b) custos estimados de demolição, remoção e patrimônio líquido, decorrentes de ajustes por
restauração de itens do imobilizado. alteração de alíquotas ou por mudança na
expectativa de realização ou liquidação dos
DEPRECIAÇÕES, AMORTIZAÇÕES E ativos ou passivos diferidos;
EXAUSTÕES e) montante das diferenças temporárias e dos
prejuízos fiscais não utilizados para os quais
As Demonstrações Contábeis devem não se reconheceu contabilmente um ativo
divulgar, para cada classe de imobilizado: fiscal diferido, com a indicação do valor dos
tributos que não se qualificaram para esse
a) o método de depreciação, amortização e reconhecimento;
exaustão utilizado; f) conciliação entre o valor debitado ou
b) a vida útil, período de utilização e volume creditado ao resultado antes dos tributos
de produção ou a taxa de depreciação, sobre os lucros, considerando as alíquotas
amortização e exaustão utilizada; e aplicáveis, as quais devem ser divulgadas
c) o valor contábil bruto e a depreciação, com as respectivas bases de cálculo;
g) natureza e montante de ativos cuja base demonstrações financeiras possam melhor
fiscal seja inferior ao seu valor contábil; avaliar a situação da empresa e os seus
h) no caso de reorganização societária, resultados, bem como julgar da razoabilidade
descrição das ações administrativas que de índices de rentabilidade e liquidez.
contribuirão para a realização futura do ativo
fiscal diferido. PERDAS NO RECEBIMENTO DE
CRÉDITOS
INCENTIVOS FISCAIS, SUBVENÇÕES,
CONTRIBUIÇÕES, AUXÍLIOS E As perdas no recebimento de créditos
DOAÇÕES GOVERNAMENTAIS decorrentes das atividades da pessoa jurídica
poderão ser deduzidas como despesas, para
As notas explicativas relativas aos incentivos determinação do lucro real.
fiscais, subvenções para investimento,
doações e demais verbas recebidas do Poderão ser registrados como perda os
governo devem conter, no mínimo, as créditos (Lei 9.430/96, art. 9°, § 1°):
seguintes informações:
a) em relação aos quais tenha havido a
a) os valores recebidos por tipo de benefício: declaração de insolvência do devedor, em
incentivos fiscais, subvenções, contribuições, sentença emanada do Poder Judiciário;
auxílios, perdão de empréstimos subsidiados b) sem garantia, de valor:
e doações;
b) critérios contábeis adotados, quando do 1. Até R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por
registro dos benefícios recebidos; operação, vencidos há mais de 6 (seis) meses,
c) principais compromissos assumidos pela independentemente de iniciados os
entidade por conta dos benefícios recebidos; procedimentos judiciais para o seu
d) potenciais ganhos ou perdas em recebimento;
decorrência do cumprimento ou 2. Acima de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), até
descumprimento de compromissos pactuados; R$ 30.000,00 (trinta mil reais), por operação,
vencidos há mais de 1 (um) ano,
e) contingências relativas aos benefícios independentemente de iniciados os
assumidos. procedimentos judiciais para o seu
recebimento, porém, mantida a cobrança
Base: NBC T 19.4. administrativa;
3. Superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais),
NOTA SOBRE OPERAÇÕES OU vencidos há mais de 1 (um) ano, desde que
CONTEXTO OPERACIONAL iniciados e mantidos os procedimentos
judiciais para o seu recebimento;
Apesar de não prevista pela Lei Societária,
pela CVM ou qualquer outro órgão c) com garantia, vencidos há mais de 2 (dois)
profissional, as empresas têm divulgado de anos, desde que iniciados e mantidos os
forma usual, como a primeira das Notas procedimentos judiciais para o seu
Explicativas com o título "Operações" ou recebimento ou o arresto das garantias;
"Contexto Operacional" cujo conteúdo faz d) contra devedor declarado falido ou pessoa
menção ao ramo de atividade explorado, base jurídica declarada concordatária,
de operação e mercado que atua e qual o relativamente à parcela que exceder o valor
estágio do empreendimento se estiver em que esta tenha se comprometido a pagar.
implantação ou se estiver em expansão.
Nota: a concordata foi substituída pela
Tais informações são importantes para que os recuperação judicial na nova lei de falências
analistas e demais usuários das (Lei 11.101/2005). Entretanto, não há
alterações de procedimentos para dedução Exemplos:
dos créditos não garantidos.
1. Contabilização de duplicata incobrável no
No caso de contrato de crédito em que o não valor de R$ 4.000,00, sem garantia, estando
pagamento de uma ou mais parcelas implique vencida há mais de 6 meses:
o vencimento automático de todas as demais
parcelas vincendas, os limites a que se D – Perda no Recebimento de Créditos
referem os números "1" e "2" da alínea b (Resultado)
acima serão considerados em relação ao total C – Clientes (Ativo Circulante)
dos créditos, por operação, com o mesmo R$ 4.000,00
devedor (Lei 9.430/96, art. 9°, § 2°).
2. Crédito de R$ 20.000,00, vencido há mais
Considera-se crédito garantido o proveniente de um ano, sob cobrança administrativa,
de vendas com reserva de domínio, de originalmente lançado na conta "Outros
alienação fiduciária em garantia ou de Valores a Receber":
operações com outras garantias reais (Lei
9.430/96, art. 9°, § 3°). a) no momento do registro da perda:

No caso de crédito com empresa em processo D – Perdas no Recebimento de Créditos


falimentar ou de concordata, a dedução da (Resultado)
perda será admitida a partir da data da C – Devedores Incobráveis (conta
decretação da falência ou da concessão da retificadora da conta "Outros Valores a
concordata, desde que a credora tenha Receber”)
adotado os procedimentos judiciais R$ 20.000,00
necessários para o recebimento do crédito
(Lei 9.430/96, art. 9°, § 4°). b) após 5 anos, sem que haja cobrança do
crédito:
CONTABILIZAÇÃO
D – Devedores Incobráveis (conta
De acordo com a Lei 9.430/96, art. 10, o retificadora do Ativo Circulante)
registro contábil das perdas será efetuado a C – Outros Valores a Receber (Ativo
débito de conta de resultado e a crédito: Circulante)
R$ 20.000,00
a) da conta que registra o crédito, quando este
não tiver garantia e seu valor for de até R$ PRÊMIO DE SEGUROS A APROPRIAR
5.000,00, por operação, e estiver vencido há
mais de seis meses, independentemente de O artigo 179 da Lei 6.404/76 dispõe, em seu
iniciados os procedimentos judiciais para o item I, que as aplicações de recursos em
seu recebimento; despesas do exercício seguinte devem ser
b) de conta redutora do crédito, nas demais classificadas no Ativo Circulante, devendo
hipóteses. ser apropriadas no resultado quando
incorridas.
Os valores registrados na conta redutora do
crédito poderão ser baixados definitivamente DESPESAS INCORRIDAS
em contrapartida à conta que registre o
crédito, a partir do período de apuração em Consideram-se despesas incorridas aquelas de
que se completar cinco anos do vencimento competência do período-base que tenham
do crédito sem que o mesmo tenha sido sido pagas ou não.
liquidado pelo devedor (Lei 9.430/96, art. 10,
§ 4º).
Desta forma, as despesas de exercício(s) As parcelas correspondentes aos períodos
seguinte(s) são aquelas que, embora seguintes deverão ser mantidas no Ativo
registradas no exercício em curso, são de Circulante, uma vez que se trata de uma
competência de exercício(s) subseqüente(s) e, despesa ainda não incorrida.
por isso, são classificadas no Ativo Circulante
ou Ativo Realizável a Longo Prazo. Exemplo:

A apropriação dessas despesas ao resultado é Vigência da apólice - 20.05.2008 a


feita proporcionalmente no período. 20.05.2009
Valor do prêmio de seguro - R$ 10.000,00
APROPRIAÇÃO CONTÁBIL
Condições de pagamento:
A apropriação contábil das despesas com
seguros deve ser feita em função do prazo da 20.05.2008 - R$ 3.000,00
cobertura prevista na apólice correspondente. 20.06.2008 - R$ 3.500,00
20.07.2008 - R$ 3.500,00
A contabilização em conta representativa de
custo ou despesa se verifica através de quotas Lançamentos contábeis:
mensais.
1) Apropriação do valor total da apólice:
PRÊMIO DE SEGUROS
D - Seguros a Apropriar (Ativo Circulante)
A apólice de seguro, regra geral, apresenta C - Seguros a Pagar (Passivo Circulante)
um prazo de vigência de 365 (trezentos e R$ 10.000,00
sessenta e cinco) dias, salvo casos de seguros
específicos com prazos maiores ou menores e 2) Pagamento da primeira parcela do seguro:
as apólices com vigência em anos bissextos
(com 366 dias). D - Seguros a Pagar (Passivo Circulante)
C - Bancos c/Movimento (Ativo Circulante)
Mensalmente, se calcula a proporção do R$ 3.000,00
número de dias segurados no mês/número de
dias da vigência da apólice x valor do prêmio 3) Apropriação mensal das parcelas de
de seguro.
seguro, conforme planilha de rateio:

PLANILHA DE RATEIO MENSAL DE SEGUROS


Seguradora Cia. Paulista
Apólice nº 1289800-0
Ramo: Incêndio
Cobertura Predial
Prêmio R$ 10.000,00
Vigência 20.05.2008 a 20.05.2009

Mês/Ano Dias Rateio - R$ Saldo a


Apropriar - R$
mai-08 11 301,37 9.698,63
jun-08 30 821,92 8.876,71
jul-08 31 849,32 8.027,39
ago-08 31 849,32 7.178,07
set-08 30 821,92 6.356,15
out-08 31 849,32 5.506,83
nov-08 30 821,92 4.684,91
dez-08 31 849,32 3.835,59
jan-09 31 849,32 2.986,27
fev-09 28 767,12 2.219,15
mar-09 31 849,32 1.369,83
abr-09 30 821,92 547,91
mai-09 20 547,91 -

TOTAL 365 10.000,00

Durante a vigência da apólice de seguro, a Nas operações de cobrança de duplicatas em


despesa será apropriada mensalmente para o cobrança simples:
resultado, mediante transferência de valores
da conta seguros a vencer, nos valores acima D – Bancos Cta. Movimento (Ativo
(coluna “rateio R$”): Circulante)
C – Clientes (Ativo Circulante)
D – Seguros Patrimoniais (Resultado)
C - Seguros a Apropriar (Ativo Circulante) No débito relativo à tarifas de cobrança, pelo
banco:
PRINCIPAIS LANÇAMENTOS DE
MOVIMENTAÇÕES BANCÁRIAS D – Tarifas Bancárias (Resultado)
C – Bancos Cta. Movimento (Ativo
DEPÓSITO EM DINHEIRO REFERENTE Circulante)
SAÍDA DE CAIXA
Para visualizar a sistemática de lançamento
No caso de depósito bancário em dinheiro de cobranças de títulos descontados, acesse o
proveniente de saída de caixa: tópico “Desconto Duplicatas”.

D – Bancos Cta. Movimento (Ativo COBRANÇA VINCULADA


Circulante)
C – Caixa (Ativo Circulante) Dependendo do tipo de operação contratada
entre a empresa e o Banco, determinadas
DEPÓSITO EM CHEQUE REFERENTE carteiras de cobrança ficam vinculadas á
RECEBIMENTO DE DUPLICATA liquidação de empréstimos.

Quando um cliente quita uma duplicata Desta forma, convém contabilizar


através de depósito bancário, o lançamento separadamente tais operações, da seguinte
será: forma:

D – Bancos Cta. Movimento (Ativo 1) Pela liberação do empréstimo, vinculado à


Circulante) carteira de duplicatas, pelo Banco:
C – Clientes (Ativo Circulante)
D – Bancos Cta. Movimento (Ativo
COBRANÇA DE DUPLICATAS Circulante)
C – Empréstimos Bancários (Passivo
Circulante)
2) Pelo crédito das cobranças de duplicatas: D – IRF a Compensar (Ativo Circulante)
C – Aplicações Financeiras (Ativo
D – Empréstimos Bancários (Passivo Circulante)
Circulante)
C – Clientes (Ativo Circulante) Nota: Nas empresas optantes pelo Simples
Nacional, o IRF constitui-se despesa
RECEBIMENTO DE JUROS NA tributária, pois não é recuperável.
COBRANÇA DE CLIENTES
Para maiores detalhamentos, leia o tópico
D – Bancos Cta. Movimento (Ativo “Aplicações Financeiras”.
Circulante)
C – Juros Recebidos (Resultado) EMPRÉSTIMO BANCÁRIO

PAGAMENTO DE FORNECEDORES COM Pela liberação:


CHEQUE
D – Bancos Cta. Movimento (Ativo
D – Fornecedores (Passivo Circulante) Circulante)
C – Bancos Cta. Movimento (Ativo C – Empréstimo Bancário (Passivo
Circulante) Circulante)

APLICAÇÃO FINANCEIRA (CDB, FIF, Pelo pagamento:


etc.)
D – Empréstimo Bancário (Passivo
Na aplicação: Circulante)
C – Bancos Cta. Movimento (Ativo
D – Aplicações Financeiras (Ativo Circulante)
Circulante)
C – Bancos Cta. Movimento (Ativo Juros sobre empréstimo bancário:
Circulante)
D – Juros Passivos (Resultado)
Nota: se o prazo da aplicação for superior a C – Empréstimo Bancário (Passivo
12 meses, então classificar em realizável a Circulante)
longo prazo.
PROVISÃO DO 13º SALÁRIO
No resgate:
A provisão é calculada na base de 1/12 da
D – Bancos Cta. Movimento (Ativo remuneração dos empregados que tiverem
Circulante) trabalhado no mínimo quinze dias no mês,
C – Aplicações Financeiras (Ativo cabendo ajuste do valor provisionado nos
Circulante) meses anteriores em virtude de reajustes
salariais, acrescidos dos encargos sociais cujo
Crédito dos juros sobre a aplicação: ônus cabe à empresa.

D – Aplicações Financeiras (Ativo NÃO CONSTITUIÇÃO DA PROVISÃO


Circulante)
C – Juros sobre Aplicações Financeiras A empresa que não provisionar o valor do 13º
(Resultado) salário, em obediência ao princípio contábil
da competência, irá contabilizar essa
IRF sobre os rendimentos: gratificação diretamente em conta de despesa
ou custo, conforme o caso, no mês em que se
der a quitação da gratificação em folha de D – 13º Salário e Encargos da Produção
pagamento. (Conta de Custos - Resultado)
C – Provisão de 13º Salário (Passivo
Os adiantamentos serão considerados como Circulante)
tal e registrados em conta própria do ativo R$ 13.680,00
circulante, sendo baixados por ocasião da
quitação da gratificação. PAGAMENTO DO 13º SALÁRIO

ENCARGOS SOCIAIS Adiantamento

Contabilizar os encargos sociais (20% do As empresas adiantam metade do 13º salário


INSS, FGTS, percentuais devidos ao SAT e a por ocasião da concessão das férias a partir
Terceiros) sobre o valor da provisão do mês de fevereiro, quando solicitada pelo
determinada, cujo ônus cabe à empresa e que funcionário, ou até 30 de novembro.
incidirão por ocasião do pagamento do 13º
salário. O valor do adiantamento será registrado em
conta de adiantamento no Ativo Circulante,
AJUSTES NO VALOR PROVISIONADO até a data da quitação da gratificação, ou seja,
até o pagamento do saldo do 13º salário.
Caso ocorram alterações salariais, cabe
ajustar o valor da provisão para pagamento Exemplo:
do 13º salário e dos encargos sociais,
constituída em meses anteriores, de modo que Pagamento de R$ 4.790,00 relativos ao
o valor registrado reflita o montante da adiantamento da 1a parcela do 13º salário:
gratificação já incorrida e dos encargos
sociais que sobre ela incidirão, quando do seu D – Adiantamento de 13º Salário (Ativo
pagamento. Circulante)

Os ajustes serão registrados na conta de


provisão, tendo como contrapartida uma C – Caixa/Bancos (Ativo Circulante)
conta de resultado (custo ou despesa R$ 4.790,00
operacional).
Quitação
Se a provisão se referir a empregados
vinculados à produção de mercadorias ou A empresa deve efetuar o pagamento do saldo
serviços, a provisão será debitada a conta de do 13º salário até o dia 20 de dezembro ou
custos. por ocasião da dispensa sem justa causa ou
pedido de dispensa do funcionário.
Caso se referir a empregados da área
administrativa, será debitado a conta de O valor do saldo do 13º salário pago poderá
despesa operacional. ser registrado contabilmente a débito da
respectiva conta de provisão no Passivo
Exemplo: Circulante, até o limite do valor provisionado.

Constituição da provisão do 13o salário de Nesta ocasião, o valor do adiantamento


R$ 10.000,00, acrescidos de R$ 3.680,00 de registrado no Ativo Circulante será
encargos sociais (FGTS e INSS), transferido para a conta que registra a
relativamente à folha de pagamento do provisão para pagamento da gratificação no
pessoal de produção de uma indústria: Passivo Circulante.
Exemplo: Resumo da Folha de 13º Salário – em
20/12:

Total 13º Salário 11.000,00


Desconto INSS 990,00
Adiantamento 13º Salário 4.790,00
Líquido a pagar – 2ª parcela 5.220,00

Pagamento da 2a parcela do 13º Salário, no Circulante)


total de R$ 5.220,00, relativo à quitação dos R$ 80,00
valores em 20 de dezembro.
4) Lançamento da transferência dos valores
O valor da primeira parcela paga foi de R$ adiantados do 13º Salário para a conta
4.790,00. Provisão de 13º Salário:

1) Lançamento de ajuste/complemento da D – Provisão de 13º Salário (Passivo


provisão do 13º Salário: Circulante)
C – Adiantamento de 13º Salário (Ativo
R$ 11.000,00 – R$ 10.000,00 (provisão Circulante)
anterior) = R$ 1.000,00 R$ 4.790,00

D – 13º Salário (Custos ou Despesas 5) Lançamento do pagamento relativo à


Operacionais) quitação em 20/dezembro:
C – Provisão de 13º Salário (Passivo
Circulante) D – Provisão de 13º Salário (Passivo
R$ 1.000,00 Circulante)
C – Caixa/Bancos (Ativo Circulante)
2) Lançamento de ajuste/complemento do R$ 5.220,00
INSS sobre a provisão de 13º Salário:
6) Lançamento do desconto do INSS
R$ 11.000,00 x 28,8% = 3.168,00 – 2.880,00 referente ao 13º Salário:
(provisão anterior) = 288,00
D – Provisão de 13º Salário (Passivo
D – INSS – 13º Salário (Custos ou Despesas Circulante)
Operacionais) C – INSS a Recolher (Passivo Circulante)
C – Provisão de 13º Salário (Passivo R$ 990,00
Circulante)
R$ 288,00 7) Transferência do INSS provisionado na
conta de Provisão de 13º Salário para a conta
3) Lançamento de ajuste/complemento do de INSS a Recolher:
FGTS sobre a provisão de 13º Salário:
D – Provisão de 13º Salário (Passivo
R$ 11.000,00 x 8% = 880,00 – 800,00 Circulante)
(provisão anterior) = 80,00 C – INSS a Recolher (Passivo Circulante)
R$ 3.168,00
D – FGTS – 13º Salário (Custos ou Despesas
Operacionais) 8) Transferência do FGTS provisionado na
C – Provisão de 13º Salário (Passivo conta de Provisão de 13º Salário para a conta
de FGTS a Recolher:
D – Provisão de 13º Salário (Passivo 9) Situação da conta Provisão de 13º
Circulante) Salário, após os lançamentos acima:
C – FGTS a Recolher (Passivo Circulante)
R$ 880,00

Contabilização Provisão 13º Salário e Encargos 13.680,00


Adiantamento 13º Salário (4.790,00)
Complemento Provisão 13º Salário 1.000,00
Complemento Provisão 13º Salário - INSS 288,00
Complemento Provisão 13º Salário - FGTS 80,00
Pagamento 2ª parcela (5.220,00)
Desconto INSS s/ 13º Salário (990,00)
Transferência para INSS a recolher (3.168,00)
Transferência para FGTS a recolher (880,00)
Saldo da Provisão 13º Salário em 31/Dezembro 0,00

Nota: Nos lançamentos referentes ao FGTS, Se a provisão se referir a empregados


não foi considerado a contribuição de 0,5% vinculados á produção de mercadorias ou
sobre o valor do 13º Salário, que pode ser serviços, a provisão será debitada a conta de
acrescido à alíquota de 8%. A referida custos. Caso se referir a empregados da área
contribuição (0,5%) não é mais exigida administrativa, será debitado a conta de
desde 01.01.2007. despesa operacional.

10) Quitação do INSS sobre o 13º Salário: No período seguinte, a conta de provisão,
classificada no passivo circulante, será
D – INSS a Recolher (Passivo Circulante) debitada, até o limite provisionado, pelos
C – Caixa/Bancos (Ativo Circulante) valores pagos a qualquer beneficiário cujas
R$ 4.158,00 férias ali tenham sido incluídas.

Memória de Cálculo: R$ 3.168,00 (parte da Caso não haja saldo suficiente na conta de
empresa) + R$ 990,00 (descontado do provisão, o excedente será debitado
empregado) = 4.158,00. diretamente a custos ou despesas
operacionais.
11) Quitação do FGTS sobre o 13º Salário
No final do exercício, deverá ser efetuada a
D – FGTS a Recolher (Passivo Circulante) reversão do saldo remanescente, se houver, e
C – Caixa/Bancos (Ativo Circulante) constituída nova provisão. Ou,
R$ 880,00 alternativamente, apenas complementando o
valor (ou revertido parcialmente).
PROVISÃO PARA FÉRIAS
ENCARGOS SOCIAIS
A provisão de férias dos empregados deve ser
contabilizada em obediência ao princípio de Contabilizar os encargos sociais (20% do
competência. INSS, FGTS, percentuais devidos ao SAT e a
Terceiros) sobre o valor da provisão
O montante da provisão para pagamento de determinada, cujo ônus cabe à empresa e que
remuneração de férias e dos encargos sociais incidirão por ocasião do pagamento das
incidentes sobre referida remuneração será férias.
debitado em conta de custos ou despesas
operacionais. Exemplo:
Constituição da provisão para pagamento de valores relativos à provisão de férias e
férias em empresa comercial no período encargos sociais devidos:
encerrado em 30.06.2006:
Férias vencidas e proporcionais - R$
Férias vencidas e proporcionais - R$ 9.000,00 12.000,00
1/3 Adicional sobre Férias - R$ 4.000,00
1/3 Adicional sobre Férias - R$ 3.000,00 INSS sobre férias - R$ 4.512,00
INSS sobre férias - R$ 3.384,00 FGTS sobre férias - R$ 1.360,00
FGTS sobre férias - R$ 1.020,00 Total da Provisão - R$ 21.872,00
Total da Provisão - R$ 16.404,00
O saldo anterior, contabilizado em
O lançamento contábil referente à 30.06.2006, foi reduzido a R$ 2.000,00, pois
constituição da provisão para pagamento de houve contabilização entre 01.07.2006 a
remuneração de férias e respectivos encargos 31.12.2006 de R$ 14.404,00 de vários
sociais poderá ser efetuado do seguinte modo: pagamentos de férias (R$ 10.537,00) e
encargos sociais sobre férias (R$ 3.867,00)
1) Pelo valor da provisão para pagamento das no período (lançados conforme modelos
férias (férias vencidas, proporcionais e 1/3): números 3 e 4 anteriormente transcritos).

D – Férias e Encargos Sociais (Conta de Contabilmente deverá ser efetuado o ajuste da


Resultado) conta que registra a provisão, da seguinte
C – Provisão de Férias (Passivo Circulante) forma:
R$ 12.000,00
5) Pela reversão do saldo do valor
2) Pela provisão dos encargos sociais (INSS e provisionado em 30.06.2006:
FGTS) incidentes sobre as férias:
D – Provisão para Férias (Passivo Circulante)
D – Férias e Encargos Sociais (Conta de C – Férias e Encargos Sociais (Conta de
Resultado) Resultado)
C – Provisão de Férias (Passivo Circulante) R$ 2.000,00
R$ 4.404,00
6) Pela provisão de férias em 31.12.2006:
3) Pelo pagamento de férias a funcionários:
D – Férias e Encargos Sociais (Conta de
D – Provisão de Férias (Passivo Circulante) Resultado)
C – Caixa (Ativo Circulante) C – Provisão de Férias (Passivo Circulante)
R$ 21.872,00
4) Pelo pagamento de encargos sociais (INSS
e FGTS) sobre parcela de férias: Nota: pode-se também simplesmente
complementar o valor da provisão de férias,
D – Provisão de Férias (Passivo Circulante) sem reverter o saldo. Neste caso, o
C – Bancos Cta. Movimento (Ativo lançamento seria:
Circulante)
D – Férias e Encargos Sociais (Conta de
Nota: neste exemplo não consideramos os Resultado)
dados relativos ao Imposto de Renda na C – Provisão de Férias (Passivo Circulante)
Fonte e o INSS retido do empregado. R$ 19.872,00

Por ocasião do balanço levantado em PROVISÃO PARA PERDA DE


31.12.2006, a empresa apurou os seguintes ESTOQUES DE LIVROS
A Lei 10.753/2003, em seu artigo 8 (alterado conta redutora do estoque;
pela Lei 10.833/2003), permite às pessoas II – a reversão da provisão será efetuada a
jurídicas e as que lhes são equiparadas pela débito da conta redutora do estoque, a que se
legislação do imposto sobre a renda que refere o item I, e a crédito da conta de
exerçam as atividades de editor, distribuidor e resultado;
de livreiro, a constituição de provisão para III – a perda efetiva será efetuada a débito da
perda de estoques. conta redutora do estoque, até o seu valor, e o
excesso, a débito da conta de resultado –
Esta provisão será calculada no último dia de custos ou despesas - e a crédito da conta de
cada período de apuração do imposto sobre a estoque;
renda e da contribuição social sobre o lucro IV – a recuperação das perdas que tenham
líquido (CSLL), correspondente a 1/3 (um impactado o resultado tributável, a débito da
terço) do valor do estoque existente naquela conta patrimonial e a crédito da conta de
data. resultado.

Referida provisão foi normatizada pela IN LANÇAMENTOS CONTÁBEIS


SRF 412/2004.
1) Pela constituição da provisão:
DEDUTIBILIDADE
D - Provisão para Perdas - Estoques (Conta
A partir de 31.10.2003 (data da publicação da de Resultado)
Lei 10.753/2003 no Diário Oficial da União), C - Provisão para Perdas - Livros (Conta
a provisão referida será dedutível para fins de Redutora de Estoques - Ativo Circulante)
determinação do lucro real e da base de
cálculo da contribuição social sobre o lucro 2) Pela reversão da provisão constituída:
líquido.
D - Provisão para Perdas - Livros (Conta
CONCEITOS Redutora de Estoques - Ativo Circulante)
C - Provisão para Perdas - Estoques (Conta
Para efeito da regulamentação, é considerado: de Resultado)

I - editor: a pessoa jurídica que adquire o 3) Pela perda efetivada (até o limite da
direito de reprodução de livros, dando a eles provisão constituída):
tratamento adequado à leitura;
II - distribuidor: a pessoa jurídica que opera D - Provisão para Perdas - Livros (Conta
no ramo de compra e venda de livros por Redutora de Estoques - Ativo Circulante)
atacado; C - Estoques de Livros (Ativo Circulante)
III - livreiro: a pessoa jurídica que se dedica à
venda de livros. 4) Pela perda efetivada (acima do valor da
provisão constituída):
REGISTROS CONTÁBEIS
D - Perdas de Livros (Conta de Resultado)
Os registros contábeis relativos à constituição C - Estoques de Livros (Ativo Circulante)
da provisão para perda de estoques, à
reversão dessa provisão, à perda efetiva do 5) Pela recuperação das perdas já lançadas
estoque e a sua recuperação serão efetuados anteriormente no resultado:
conforme a seguir:
D - Estoques de Livros (Ativo Circulante)
I – a constituição da provisão será efetuada a C - Recuperação de Perdas de Livros (Conta
débito da conta de resultado e a crédito da de Resultado)
PROVISÃO PARA PERDA DE I – a constituição da provisão será efetuada a
ESTOQUES DE LIVROS débito da conta de resultado e a crédito da
conta redutora do estoque;
A Lei 10.753/2003, em seu artigo 8 (alterado II – a reversão da provisão será efetuada a
pela Lei 10.833/2003), permite às pessoas débito da conta redutora do estoque, a que se
jurídicas e as que lhes são equiparadas pela refere o item I, e a crédito da conta de
legislação do imposto sobre a renda que resultado;
exerçam as atividades de editor, distribuidor e III – a perda efetiva será efetuada a débito da
de livreiro, a constituição de provisão para conta redutora do estoque, até o seu valor, e o
perda de estoques. excesso, a débito da conta de resultado –
custos ou despesas - e a crédito da conta de
Esta provisão será calculada no último dia de estoque;
cada período de apuração do imposto sobre a IV – a recuperação das perdas que tenham
renda e da contribuição social sobre o lucro impactado o resultado tributável, a débito da
líquido (CSLL), correspondente a 1/3 (um conta patrimonial e a crédito da conta de
terço) do valor do estoque existente naquela resultado.
data.
LANÇAMENTOS CONTÁBEIS
Referida provisão foi normatizada pela IN
SRF 412/2004. 1) Pela constituição da provisão:

DEDUTIBILIDADE D - Provisão para Perdas - Estoques (Conta


de Resultado)
A partir de 31.10.2003 (data da publicação da C - Provisão para Perdas - Livros (Conta
Lei 10.753/2003 no Diário Oficial da União), Redutora de Estoques - Ativo Circulante)
a provisão referida será dedutível para fins de
determinação do lucro real e da base de 2) Pela reversão da provisão constituída:
cálculo da contribuição social sobre o lucro
líquido. D - Provisão para Perdas - Livros (Conta
Redutora de Estoques - Ativo Circulante)
CONCEITOS C - Provisão para Perdas - Estoques (Conta
de Resultado)
Para efeito da regulamentação, é considerado:
3) Pela perda efetivada (até o limite da
I - editor: a pessoa jurídica que adquire o provisão constituída):
direito de reprodução de livros, dando a eles
tratamento adequado à leitura; D - Provisão para Perdas - Livros (Conta
II - distribuidor: a pessoa jurídica que opera Redutora de Estoques - Ativo Circulante)
no ramo de compra e venda de livros por C - Estoques de Livros (Ativo Circulante)
atacado;
III - livreiro: a pessoa jurídica que se dedica à 4) Pela perda efetivada (acima do valor da
venda de livros. provisão constituída):

REGISTROS CONTÁBEIS D - Perdas de Livros (Conta de Resultado)


C - Estoques de Livros (Ativo Circulante)
Os registros contábeis relativos à constituição
da provisão para perda de estoques, à 5) Pela recuperação das perdas já lançadas
reversão dessa provisão, à perda efetiva do anteriormente no resultado:
estoque e a sua recuperação serão efetuados
conforme a seguir:
D - Estoques de Livros (Ativo Circulante) Reavaliação”, neste texto, devem ser
C - Recuperação de Perdas de Livros (Conta entendidas como da conta “Ajustes de
de Resultado) Avaliação Patrimonial”.

REAVALIAÇÃO DE BENS O LAUDO DE AVALIAÇÃO

BASE LEGAL PARA O PROCEDIMENTO O laudo, para se proceder à reavaliação, é


DE AVALIAÇÃO DE BENS elaborado por três peritos, ou então por uma
empresa especializada, nomeados em
A Lei 6.404/76 (também chamada Lei das Assembléia, devendo conter, no mínimo as
S/A), em seu artigo 8º, admite a possibilidade seguintes informações:
de se avaliarem os ativos de uma companhia
pelo seu valor de mercado, chamando isto de a) a descrição detalhada de cada bem
reavaliação. avaliado e da documentação respectiva;
b) a identificação contábil dos bens;
Na reavaliação abandona-se o custo do bem c) os critérios utilizados para a avaliação,
original, corrigido monetariamente até especialmente quanto à fundamentação
31.12.1995, e utiliza-se o novo valor técnica;
econômico do ativo, obtido a partir de um d) o valor atribuído a cada bem;
laudo de avaliação. e) a vida útil remanescente do bem;
f) a data da avaliação.
O valor da reavaliação do ativo imobilizado é
a diferença entre o valor líquido contábil do CONTABILIZAÇÃO DO LAUDO DE
bem e o valor de mercado, com base em AVALIAÇÃO
laudo técnico elaborado por três peritos ou
entidade especializada. Quanto à contabilização, diz o artigo 182, §
3º da Lei 6.404/76:
EXTINÇÃO DA RESERVA DE
REAVALIAÇÃO A PARTIR DE 01.01.2008 "Serão classificadas como reservas de
reavaliação as contrapartidas de aumentos
A partir de 01.01.2008, a Reserva de de valor atribuídos a elementos do ativo em
Reavaliação foi extinta, por força da Lei virtude de novas avaliações com base em
11.638/2007. laudo nos termos do art. 8º, aprovado pela
assembléia geral."
Os saldos existentes nas reservas de
reavaliação deverão ser mantidos até a sua A partida da reavaliação será debitada no
efetiva realização ou estornados até o final do próprio ativo reavaliado. Assim, a diferença
exercício social de 2008. entre o valor do laudo e o constante na
contabilidade será acrescida a este último. O
Serão classificadas como Ajustes de ativo, com novo valor contábil, não precisa
Avaliação Patrimonial, enquanto não estar subdividido, mostrando o valor anterior
computadas no resultado do exercício em e o acréscimo pela reavaliação. Deverá ter um
obediência ao regime de competência, as único total, já que o controle do valor
contrapartidas de aumentos ou diminuições reavaliado será efetuado na conta de reserva,
de valor atribuído a elementos do ativo e do do patrimônio líquido.
passivo, em decorrência da sua avaliação a
preço de mercado. Nada impede, porém, para fins de controle
contábil, que haja desdobramento do valor na
Portanto, as referências, a partir de contabilidade, constando de valor original +
01.01.2008, à conta “Reserva de valor reavaliado. É, aliás, recomendável tal
procedimento, especialmente com relação aos Exemplo:
bens imóveis, já que o artigo 437 do
Regulamento do Imposto de Renda exige esta Reavaliação de imóveis, no valor de R$
segregação contábil em subconta distinta de 1.000.000,00. A alíquota do IRPJ é de 25% e
que registra o valor do bem, no caso de da CSLL é de 9%. Então teremos a seguinte
incorporação da reserva de reavaliação ao contabilização dos tributos diferidos:
capital social.
D – Reavaliação de Imóveis (Reservas de
Exemplo: Reavaliação – Patrimônio Líquido) R$
340.000,00
Imóvel constante na contabilidade pelo valor C – IRPJ Diferido – Reavaliação de Bens
de R$ 150.000,00, com depreciação (Exigível a Longo Prazo) R$ 250.000,00
acumulada de R$ 20.000,00. O laudo de C – CSLL Diferida - Reavaliação de Bens
avaliação, elaborado segundo os critérios (Exigível a Longo Prazo) R$ 90.000,00
determinados pelo art. 8º da Lei 6.404/76,
informa que o valor do bem é de R$ Nota: posteriormente, transfere-se a parcela
160.000,00. de tributação de curto prazo (com base na
realização a ocorrer) para as contas do
Lançamento contábil para registrar a passivo circulante.
reavaliação:
RESERVA DE REAVALIAÇÃO –
D – Imóveis – Parcela de Reavaliação (Ativo VALORES DEVEDORES
Imobilizado)
C – Reserva de Reavaliação (Patrimônio Pode ocorrer a hipótese de o Laudo de
Líquido) avaliação determinar valor menor que o
R$ 30.000,00 contábil para determinado bem ou até para
todos os bens. Neste caso, haverá reavaliação
O valor de R$ 30.000,00 é obtido deduzindo- devedora (redução do valor do bem). O
se do valor da avaliação, de R$ 160.000,00, o lançamento será o inverso do exemplificado
valor contábil, de R$ 130.000,00 (150.000,00 anteriormente.
valor do bem – 20.000,00 depreciação).
Exemplo:
CONTABILIZAÇÃO OBRIGATÓRIA DOS
TRIBUTOS DIFERIDOS - Valor contábil do bem - R$ 50.000,00 valor
original menos R$ 20.000,00 valor da
Segundo dispõe a Norma Brasileira de depreciação = R$ 30.000,00
Contabilidade Técnica (NBC T) 19.2 – que - Valor atribuído pelo Laudo de avaliação -
trata dos Tributos sobre Lucros, item R$ 25.000,00
19.2.3.6, o montante dos tributos sobre a - Valor da Reavaliação - R$ 25.000,00 menos
diferença entre o valor contábil e sua R$ 30.000,00 (valor contábil do bem) =
correspondente base fiscal deve ser menos R$ 5.000,00.
integralmente provisionado, no momento do
registro da reavaliação, mediante a utilização Lançamento contábil:
de conta retificadora da reserva de
reavaliação. D – Reserva de Reavaliação – Bem Imóvel 1
(Patrimônio Líquido)
Desta forma, para atendimento da norma C – Parcela de Reavaliação - Imóveis (Ativo
respectiva, teríamos que debitar a conta de Permanente)
reserva de reavaliação e creditar contas de R$ 5.000,00
exigibilidades.
REALIZAÇÃO DA RESERVA DE PROCEDIMENTOS DE
REAVALIAÇÃO CONTABILIZAÇÃO – A PARTIR DE
01.01.2005
A reserva de reavaliação é considerada
realizada na proporção em que se realizarem Por força da NBC T 19.6 – de observância
os bens reavaliados, devendo ser transferida obrigatória a partir de 01.01.2005 (Resolução
para lucros ou prejuízos acumulados. CFC 1.004/2004), além dos procedimentos já
explanados anteriormente, deve-se atentar
Devem ser considerados como realizados os para os seguintes:
valores de reavaliação na medida da
ocorrência dos seguintes fatos: REGISTRO DAS DEPRECIAÇÕES,
AMORTIZAÇÕES OU EXAUSTÕES
a) depreciação, amortização ou exaustão do
valor da reavaliação dos bens computada Para os bens reavaliados, devem ser
como custo ou despesa operacional no registradas as depreciações, amortizações ou
período; exaustões correspondentes até a data-base do
b) baixa dos bens reavaliados em virtude de laudo de avaliação.
alienação ou perecimento.
BENS COM REAVALIAÇÃO CREDORA E
Exemplo: DEVEDORA

Registrou-se no período depreciação sobre A contrapartida credora da reavaliação pode


parcela de reavaliação de bens, no valor de ser creditada como receita não operacional
R$ 10.000,00. A realização será contabilizada quando a entidade tiver registrado como
como segue: despesa, até o limite desta, uma perda
decorrente de reavaliação negativa,
D – Reserva de Reavaliação (Patrimônio relacionada com o mesmo bem.
Líquido)
C – Lucros ou Prejuízos Acumulados Exemplo:
(Patrimônio Líquido)
R$ 10.000,00 Um conjunto de subitens de determinado
bem teve a seguinte avaliação efetuada
em laudo:

Avaliação Valor Contábil Reavaliação


Item
R$ R$ R$
750-001 50.000,00 30.000,00 20.000,00
750-002 15.000,00 25.000,00 (10.000,00)
TOTAL 65.000,00 55.000,00 10.000,00
Contabilização: PRIMEIRA REAVALIAÇÃO

1. Pelo registro da reavaliação devedora do subitem Quando o saldo da reserva de reavaliação for
750-002: devedora (reavaliação negativa), na primeira
reavaliação dos bens, este valor deve ser
D – Ajustes Devedores na Reavaliação de Bens registrado como despesa não operacional, no
(Conta de Resultado) resultado do exercício em que a reavaliação
C – Parcela de Reavaliação (Ativo Imobilizado) ocorrer, mediante constituição de provisão
R$ 10.000,00 para perdas. Esta provisão somente deve ser
Histórico: P/ajuste decorrente de Laudo de reconhecida se a perda for considerada
Avaliação, subitem 750-002. irrecuperável.

2. Pelo registro da reavaliação credora do subitem Exemplo:


750-001:
Empresa realizou a primeira reavaliação de
a) Registro como receita não operacional, até o bens, sendo que o laudo de avaliação apontou
limite do ajuste devedor do bem: um valor de R$ 1.000.000,00. Na
contabilidade, o valor dos respectivos bens é
D – Parcela de Reavaliação (Ativo Imobilizado) de R$ 1.200.000,00. Teremos então uma
C – Ajustes Credores na Reavaliação de Bens (Conta reavaliação negativa de R$ 200.000,00, que a
de Resultado) administração da entidade considera
R$ 10.000,00 irreversível.
Histórico: P/ajuste parcial decorrente de Laudo de
Avaliação, subitem 750-001 Contabilização:

b) Registro do restante da reavaliação credora (R$ D – Provisão para Perdas do Imobilizado


20.000,00 menos R$ 10.000,00 já contabilizados em (Conta de Resultado)
“a”): C – Parcela de Reavaliação (Ativo
Imobilizado)
D – Parcela de Reavaliação (Ativo Imobilizado) R$ 200.000,00
C – Reserva de Reavaliação (Patrimônio Líquido)
R$ 10.000,00 Nota: se a reavaliação negativa não for
Histórico: P/reavaliação cfe. Laudo, item 750 do considerada irreversível pela administração,
imobilizado. a contabilização será:

CONTROLE INDIVIDUALIZADO D – Reserva de Reavaliação (Patrimônio


Líquido)
A entidade deve manter controle individualizado que C – Parcela de Reavaliação (Ativo
identifique o valor da reavaliação de cada bem e dos Imobilizado)
tributos incidentes sobre a reavaliação, para R$ 200.000,00
determinação de sua realização por depreciação,
amortização, exaustão ou baixa. REAVALIAÇÕES SUBSEQÜENTES

REAVALIAÇÃO NEGATIVA O imobilizado deve ser reduzido em


contrapartida à reserva de reavaliação,
Na hipótese de reavaliação negativa, apurada em correspondente aos mesmos bens e originada
função de o valor dos laudos de avaliação ser de reavaliações anteriores.
inferior ao valor líquido contábil, o registro contábil
deve ser efetuado da seguinte forma:
Os tributos registrados no passivo sobre a O passivo dos tributos incidentes sobre a
reavaliação devem ser reduzidos proporcionalmente reserva de reavaliação não deve ser
à redução da reserva de reavaliação. constituído para ativos que não se realizam
por depreciação, amortização ou exaustão,
Exemplo: como é o caso de terrenos, e para os quais
não haja qualquer perspectiva de realização
Empresa realizou uma segunda reavaliação de bens, por alienação.
sendo que o laudo de avaliação apontou um valor de
R$ 1.000.000,00. Na contabilidade, o valor dos A parcela correspondente aos tributos
respectivos bens é de R$ 1.100.000,00, e o saldo da incidentes sobre a reavaliação deve ser
Reserva de Reavaliação (no Patrimônio Líquido) é registrada no passivo exigível a longo prazo,
de R$ 132.000,00 e do IRPJ e CSLL Diferidos é de sendo transferida para o passivo circulante, à
R$ 68.000,00. Teremos então uma reavaliação medida que os ativos forem sendo realizados.
negativa de R$ 100.000,00 – relativamente ao novo As eventuais oscilações nas alíquotas dos
Laudo, contabilizados como segue: tributos devem ser reconhecidas em
contrapartida da reserva de reavaliação.
1. Registro da redução da Reserva de Reavaliação
pelo novo Laudo: DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO OU
EXAUSTÃO
D – Reserva de Reavaliação (Patrimônio Líquido)
C – Parcela de Reavaliação (Ativo Imobilizado) Após a reavaliação, a depreciação, a
R$ 100.000,00 amortização ou a exaustão dos bens
reavaliados devem ser calculadas e
2. Registro da redução proporcional dos tributos: registradas sobre o novo valor, considerando
a vida útil econômica remanescente, indicada
Cálculo da redução: no laudo de avaliação.

Saldo da Reserva de Reavaliação antes da VEDAÇÃO DE AUMENTO DE CAPITAL


contabilização da redução: R$ 132.000,00
Redução da Reserva de Reavaliação conforme novo A reserva de reavaliação não pode ser
Laudo: R$ 100.000,00 utilizada para aumento de capital ou
% de redução da Reserva de Reavaliação: R$ amortização de prejuízo, enquanto não
100.000,00 dividido por R$ 132.000,00 = realizada.
75,757576%.
Redução do IRPJ e CSLL Diferidos: R$ 68.000,00 x DIVULGAÇÃO
75,757576% = R$ 51.515,15.
As informações sobre a reavaliação efetuada
D – IRPJ e CSLL Diferidos (Exigível a Longo pela entidade devem ser divulgadas em notas
Prazo) explicativas, destacando, no mínimo:
C – Reavaliação de Imóveis (Reservas de
Reavaliação – Patrimônio Líquido) a) as bases da reavaliação e os avaliadores, no
R$ 51.515,15 ano da reavaliação;
b) o histórico e a data da reavaliação;
Nota: se o saldo da Reserva de Reavaliação for c) o sumário das contas objeto da reavaliação
insuficiente para registro de redução do ativo, esta e respectivos valores;
insuficiência deve ser registrada conforme os d) o efeito no resultado do exercício, oriundo
procedimentos tratados no tópico “Primeira das depreciações, amortizações ou exaustões
Reavaliação”. sobre a reavaliação, e baixas posteriores;
e) o tratamento quanto a dividendos e
TRIBUTOS SOBRE A REAVALIAÇÃO participações;
f) o tratamento e os valores envolvidos quanto aos Por ocasião do recebimento do reembolso:
tributos diferidos.
D – Caixa (Ativo Circulante)
REEMBOLSOS DE DESPESAS C – Valores a Receber - Empresa X (Ativo
Circulante)
Os reembolsos de despesas caracterizam-se por
valores pagos ou devidos cujo ônus deva ser O documento contábil para suporte de tal
reembolsado por terceiro. contabilização (além do próprio contrato) é o
relatório de despesas de viagem.
Normalmente, tais despesas ocorrem entre empresas
contratantes, onde, por conveniência prática, um dos 2. Na empresa contratante, que suportará tais
contratantes paga as despesas e, pelo contrato, tem despesas, a contabilização será a seguinte:
direito ao ressarcimento das mesmas do outro
contratante. Por ocasião do recebimento do relatório de
despesas, á vista dos documentos pertinentes:
É o caso, por exemplo, de um contrato de
consultoria, onde a empresa contratante assume as D. Despesa de Viagens (Conta de Resultado)
despesas de viagem, alimentação, etc. das pessoas C. Contas a Pagar – Reembolsos de Despesas
que irão prestar os serviços e que são empregados ou (Passivo Circulante)
sócios da empresa contratada.
Por ocasião do pagamento do reembolso
A contabilização deve ser simultânea, nas empresas respectivo:
contratantes, à vista dos documentos ou relatórios
gerados. D. Contas a Pagar – Reembolsos de Despesas
(Passivo Circulante)
Mas também tais reembolsos podem ocorrer entre C. Caixa/Bancos Cta. Movimento (Ativo
empregados e empregadores, em decorrência, por Circulante)
exemplo, do uso de veículos dos empregados nas
atividades do empregador. UTILIZAÇÃO DE CONTAS DE RECEITAS

REEMBOLSO DE DESPESAS ENTRE Por não serem receitas, a contabilização de


EMPRESAS tais valores não deve ser procedida em contas
de resultados. Somente devem ser
Exemplo: contabilizadas como receitas, aquelas que
representarem ingressos de novos recursos na
Despesas de viagens decorrente de contrato de empresa (por exemplo, a obtenção de receita
consultoria, onde a empresa de consultoria paga tais financeira, a venda de serviços e mercadorias,
despesas e, contratualmente, deve ser ressarcida pela etc.).
contratante.
Existe muita confusão entre receitas,
Na empresa de consultoria que pagou as despesas e reembolsos de despesas e recuperação de
que tem o direito a reembolsá-las, tais valores custos ou despesas. Os três fatos são
deverão ser contabilizados da forma que segue: distintos, sendo receita, em síntese, um fato
que gere criação de nova riqueza (ou novo
1. Por ocasião do pagamento da despesa a ser patrimônio) para a empresa.
reembolsada pela contratante (Empresa X):
Para fins de Imposto de Renda, o art. 279 do
D – Valores a Receber - Empresa X (Ativo RIR/99 assim define: “a receita bruta das
Circulante) vendas e serviços compreende o produto da
C – Caixa (Ativo Circulante) venda de bens nas operações de conta
própria, o preço dos serviços prestados e o resultado conhecidos para poder avaliar adequadamente
auferido nas operações de conta alheia”. as informações financeiras.

O reembolso de despesa caracteriza-se por uma O regime de competência é um princípio


antecipação de valores por terceiros que devem ser contábil, que deve ser, na prática, estendido a
reembolsados pela empresa. qualquer alteração patrimonial,
independentemente de sua natureza e origem.
E recuperação de custo ou despesa é o evento onde
ocorre uma recuperação de uma despesa ou custo da Sob o método de competência, os efeitos
própria empresa (assumida por esta). Como financeiros das transações e eventos são
exemplo, a devolução de tarifas bancárias debitadas reconhecidos nos períodos nos quais ocorrem,
anteriormente pelo banco, a participação do independentemente de terem sido recebidos
trabalhador no custo do Programa de Alimentação ou pagos.
do Trabalhador (PAT) e no Vale Transporte (VT),
etc. Isto permite que as transações sejam
registradas nos livros contábeis e sejam
REEMBOLSO DE DESPESAS DE VEÍCULOS DE apresentadas nas demonstrações financeiras
EMPREGADOS do período no qual os bens (ou serviços)
foram entregues ou executados (ou
Exemplo: recebidos). É apresentada assim uma
associação entre as receitas e os gastos
Determinada empresa utiliza o veículo de um necessários para gerá-las.
funcionário, para vendas externas, reembolsando as
despesas ocorridas com o uso do mesmo à vista dos As demonstrações financeiras preparadas sob
documentos (notas fiscais de combustíveis, o método de competência informam aos
manutenção, pedágio, etc.). A empresa contabilizará usuários não somente a respeito das
como segue: transações passadas, que envolvem
pagamentos e recebimentos de dinheiro, mas
Por ocasião da entrega dos documentos ou relatório também das obrigações a serem pagas no
de despesas pelo funcionário: futuro e dos recursos que representam
dinheiro a ser recebido no futuro. Portanto,
D. Despesas de Veículos (Conta de Resultado) proporcionam o tipo de informações sobre
C. Contas a Pagar – Reembolsos de Despesas transações passadas e outros eventos, que são
(Passivo Circulante) de grande relevância aos usuários na tomada
de decisões econômicas.
Por ocasião do pagamento do reembolso respectivo:
As receitas e as despesas devem ser incluídas
D. Contas a Pagar – Reembolsos de Despesas na apuração do resultado do período em que
(Passivo Circulante) ocorrerem, sempre simultaneamente quando
C. Caixa/Bancos Cta. Movimento (Ativo Circulante) se correlacionarem, independentemente de
recebimento ou pagamento.
Nota: recomenda-se que haja contrato por escrito,
entre empregador e empresa, estipulando as O reconhecimento simultâneo das receitas e
condições de uso, para fins de assegurar a despesas, quando correlatas, é conseqüência
dedutibilidade de tais despesas. natural do respeito ao período em que ocorrer
sua geração.
REGIME DE COMPETÊNCIA
Para todos os efeitos, as Normas Brasileiras
de Contabilidade elegem o regime de
O reconhecimento das receitas e gastos é um dos
competência como único parâmetro válido,
aspectos básicos da contabilidade que devem ser
portanto, de utilização compulsória no meio Operações de venda com cartões de crédito
empresarial. “X” no mês de julho: R$ 100.000,00
Taxa da administradora de cartões: 5%
RECONHECIMENTO DAS RECEITAS Valor da taxa: R$ 5.000,00
Data do crédito das faturas dos cartões: 15 de
As receitas consideram-se realizadas: agosto.

1. nas transações com terceiros, quando estes Contabilização:


efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso
firme de efetivá-lo, quer pela investidura na a) Em julho:
propriedade de bens anteriormente pertencentes à
ENTIDADE, quer pela fruição de serviços por esta Por ocasião do registro das vendas ocorridas
prestados; no mês:
2 – quando da extinção, parcial ou total, de um
passivo, qualquer que seja o motivo, sem o D. Cartões de Crédito a Receber –
desaparecimento concomitante de um ativo de valor Administradora “X” (ativo circulante)
igual ou maior; C. Vendas por Cartões de crédito (conta de
3 - pela geração natural de novos ativos resultado)
independentemente da intervenção de terceiros; R$ 100.000,00
4 – no recebimento efetivo de doações e subvenções.
Contabilização, pelo regime de competência,
RECONHECIMENTO DOS GASTOS das taxas devidas à Administradora:

Consideram-se incorridas os gastos: D. Taxas com Vendas por Cartões de Crédito


(conta de resultado)
1 – quando deixar de existir o correspondente valor C. Cartões de Crédito a Receber –
ativo, por transferência de sua propriedade para Administradora “X” (ativo circulante)
terceiro; R$ 5.000,00
2 – pela diminuição ou extinção do valor econômico
de um ativo; b) Em agosto:
3 – pelo surgimento de um passivo, sem o
correspondente ativo. Por ocasião do crédito do valor líquido das
vendas (valor das faturas menos valor da
EXEMPLO DE CONTABILIZAÇÃO DE taxa):
DESPESA INCORRIDA
D. Bancos c/movimento (ativo circulante)
A maioria dos lojistas aceita o pagamento das C. Cartões de Crédito a Receber –
compras de clientes através de cartões de crédito. Administradora “X” (ativo circulante)
R$ 95.000,00
As empresas de cartões cobram uma taxa (comissão)
sobre as vendas, a título de operacionalização e Tais procedimentos não são válidos somente
garantia do crédito. para o caso citado (cartões de crédito), mas
para qualquer outro item relacionado com
Tais taxas devem ser apropriadas, contabilmente, por fatos que gerem variações patrimoniais
ocasião da venda, e não somente por ocasião da imediatas. Exemplos: débitos da CPMF de
liberação (crédito) do valor na conta corrente do um período final do mês que se efetiva no
lojista. início do mês subsequente, juros e
atualização monetária sobre financiamentos
Exemplo: (que devem ser apropriados “pro rata dia”),
fretes e carretos que são faturados
quinzenalmente, participação dos funcionários nos NBC T 2.7 - Balancete
resultados, etc. NBC T 2.8 - Das Formalidades da
Escrituração Contábil em Forma Eletrônica
REGIME DE CAIXA
DOCUMENTAÇÃO
Sob o regime de caixa, os recebimentos e os
pagamentos são reconhecidos unicamente quando se A base dos registros contábeis é a
recebe ou se paga mediante dinheiro ou equivalente. documentação (notas fiscais, recibos, cópias
de cheques, etc.).
Este método é freqüentemente usado para a
preparação de demonstrações financeiras de Os documentos não devem apresentar
entidades públicas. Isto é devido ao fato de que o nenhuma rasura e caso sofram algum dano
objetivo principal da contabilidade governamental é que dificulte a identificação de seu conteúdo
identificar os propósitos e fins para os quais se eles deverão ser reconstituídos ou
tenham recebido e utilizados os recursos, e para substituídos, na impossibilidade de
manter o controle orçamentário da citada atividade. reconstituição.

Alguns aspectos da legislação fiscal permitem a A data de emissão do documento, geralmente,


utilização do regime de caixa, para fins tributários. determina a data do registro contábil, por isso
Porém, de modo algum o regime de competência a importância que o fluxo de papéis dentro da
pode ser substituído pelo regime de caixa numa empresa seja adequado.
entidade empresarial, pois se estaria violando um
princípio contábil. Mas existem documentos, como as notas
fiscais de entrada de mercadorias, que são
Se a legislação fiscal permite que determinadas contabilizados na data da entrada no
operações sejam tributadas pelo regime de caixa, estabelecimento, e não na data de emissão do
isto não significa que a contabilidade deva, documento.
obrigatoriamente, seguir seus ditames. Existem
livros fiscais (como o Livro de Apuração do Lucro REGISTROS CONTÁBEIS QUE EXIGEM
Real – LALUR), que permitem os ajustes ATENÇÃO ESPECÍFICA
necessários e controles de tal tributação, á margem
da contabilidade. Algumas contabilizações exigem uma
atenção especial pelo fato de envolverem
O que não se pode nem se deve é submeter a outros procedimentos que não o simples
contabilidade a uma distorção, apenas para cumprir lançamento contábil, geralmente envolvem
a necessidade de informação de um único cálculos, rateios, retenções de tributos, entre
outras situações.
REGISTROS CONTÁBEIS
Exemplos:
A Entidade deve manter um sistema de escrituração
uniforme dos seus atos e fatos administrativos que 1) Gastos com materiais ou serviços cuja
atendam às seguintes normas contábeis: utilização se estende por períodos maiores do
que um mês.
NBC T 1 - Das Características da Informação
Contábil Existem gastos que a empresa realiza para
NBC T 2.1 - Formalidades da Escrituração Contábil serem consumidos ou utilizados ao longo de
NBC T 2.2 - Documentação Contábil um determinado período. Esses gastos,
NBC T 2.4 - Retificação de Lançamentos mesmo sendo pagos, não podem ser
NBC T 2.5 - Contas de Compensação debitados diretamente em contas de custo ou
NBC T 2.6 - Escrituração Contábil das Filiais despesa.
Os mais comuns desses gastos são: a compra de Os gastos com importação não poderão ser
grandes quantidades de materiais de consumo, os debitados diretamente em contas de despesa
prêmios de seguro, as assinaturas de jornais e ou custo, pois as importações são registradas
revistas, as despesas financeiras sobre contratos de no Ativo Circulante (mercadorias) e no
financiamento, as comissões pagas antecipadamente Permanente (bens) até a formação total de seu
e outras despesas antecipadas. custo, o que ocorre geralmente na data do
desembaraço alfandegário.
Na contabilização devem ser debitadas as contas de
Estoques ou Despesas do Exercício Seguinte. 6) Despesas realizadas em imóveis de
propriedade de terceiros
2) Compra de bens de pequeno valor.
No registro destes gastos deve ser observado
Na compra de bens com custo unitário não superior se eles são passíveis de ser considerados
a R$ 326,62 a empresa poderá, por ocasião da como benfeitorias, que deverão ser
aquisição, optar por registrá-los diretamente como registradas no Ativo Permanente.
despesa em vez de registrá-los no Ativo Permanente.
7) Gastos com implantação de novos projetos
Para esse registro o valor unitário deve ser e despesas pré-operacionais
considerado em função da utilidade do bem, ou seja,
só poderá ser considerado despesa o bem que por si Esses gastos são realizados na organização,
só preste ou tenha condições de prestar utilidade à construção e implantação de novas
empresa. instalações ou novos locais para o exercício
das atividades da empresa e também quando
Por exemplo: se a empresa comprar diversos tijolos a empresa estiver desenvolvendo ou
para construção de edifício, no preço unitário implantando novos sistemas para o controle
inferior a R$ 326,62, a referida compra deverá ser de suas atividades.
registrada no Ativo Permanente, pois um único tijolo
não presta a sua utilidade para a empresa. Para o registro desses fatos a contabilidade
possui um grupo de contas no Ativo Diferido.
Mas se a empresa adquirir uma cadeira por um preço
inferior a R$ 326,62, poderá registrá-la diretamente 8) Custos e despesas apropriadas
em uma conta de despesa.
Nos finais de mês e especialmente no final do
3) Estoques exercício (dezembro), geralmente ocorre o
registro de gastos cuja fatura inclui valores
No registro das compras de matérias-primas e/ou pertencentes a outro mês ou exercício, que
mercadorias deve-se observar as contas distintas são nesse caso separados pelo departamento
para cada item e a apropriação dos impostos de contabilidade para registro nos períodos
recuperáveis (ICMS/IPI) em contas específicas. apropriados, permitindo a correta apuração do
resultado de cada período.
4) Compra de bens para o Ativo Permanente
CONCILIAÇÃO
Na compra de bens devem ser observadas as normas
específicas para a contabilização dos impostos que A contabilidade não deve se ater somente a
vierem destacados na Nota Fiscal, assim como das efetuar os registros, mas também de adequar
despesas acessórias (fretes, armazenagem, etc.), que os saldos do razão á efetiva situação
eventualmente deverão fazer parte do custo do bem. patrimonial.

5) Despesas com a importação de bens ou Exemplo mais comum de conciliação é a


mercadorias bancária. Periodicamente, pelo menos uma
vez por mês, os saldos do razão devem ser a) um registro a débito e um registro a
confrontados com os saldos indicados nos extratos crédito, ou;
bancários. As divergências devem ser apontadas em b) um registro a débito e vários registros a
papel próprio e ajustadas, conforme o caso. crédito, ou;
c) vários registros a débito e um registro a
Outro caso comum de conciliação são as contas de crédito, ou;
adiantamentos a empregados, cheques pré-datados d) vários registros a débito e vários registros a
em cobrança, clientes, fornecedores e contas a pagar. crédito.

ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL EM FORMATO Documentos


ELETRÔNICO
Os documentos em papel podem ser
A NBC T 2.8 estabelece critérios e procedimentos digitalizados e armazenados em meio
para a escrituração contábil em forma eletrônica e a eletrônico ou magnético, desde que assinados
sua certificação digital, sua validação perante e autenticados, obedecendo ao seguinte:
terceiros, manutenção dos arquivos e
responsabilidade de contabilista. a) Os documentos digitalizados devem ser
assinados pela pessoa física ou jurídica
Certificação Digital responsável pelo processo de digitalização,
pelo contabilista responsável e pelo
O processo de certificação digital deve estar em empresário ou sociedade empresária que
consonância com a legislação vigente e as normas utilizarão certificado digital expedido por
estabelecidas pela Infra-Estrutura de Chaves entidade devidamente credenciada pela ICP -
Públicas Brasileiras - ICP-Brasil. Brasil;
b) Os documentos digitalizados, contendo
Além dos demais livros exigidos por lei, o "Livro assinatura digital de contabilista, do
Diário" e o "Livro Razão" constituem registros empresário ou da sociedade empresária e da
permanentes da entidade e quando escriturados em pessoa física ou jurídica responsável pelo
forma eletrônica devem ser assinados digitalmente processo de digitalização, devem ser
de acordo com os requisitos estabelecidos por apresentados aos serviços notariais para
entidade devidamente credenciada pela ICP - Brasil. autenticação nos termos da lei.

Detalhes do Registro Balanço Patrimonial

A escrituração em forma contábil deve conter, no O Balanço Patrimonial e demais


mínimo: Demonstrações Contábeis de encerramento
de exercício devem ser inseridos no Livro
a) data do registro contábil; Diário Eletrônico, completando-se com as
b) conta(s) devedora(s); assinaturas digitais de contabilista legalmente
c) conta(s) credora(s); habilitado com registro ativo em Conselho
d) histórico que represente o verdadeiro significado Regional de Contabilidade e do empresário
da transação, ou código de histórico padronizado, ou da sociedade empresária.
neste caso, baseado em tabela auxiliar inclusa no
Livro Diário Eletrônico; Livro Diário Eletrônico
e) valor do registro contábil.
No Livro Diário Eletrônico, devem ser
Na escrituração contábil em forma eletrônica, o registradas todas as operações relativas às
lançamento contábil deve ser efetuado com: atividades da entidade, em ordem
cronológica, com individualização, clareza e
caracterização do documento respectivo, dia a dia, a) Reserva Legal;
por digitação direta ou reprodução digitalizada. b) Reserva Estatutária;
c) Reserva para Contingências;
O Livro Diário Eletrônico, contendo certificado e d) Reserva de Lucros a Realizar;
assinatura digital de contabilista legalmente e) Reserva de Lucros para Expansão;
habilitado e com registro ativo em Conselho f) Reserva de Incentivos Fiscais.
Regional de Contabilidade e do empresário ou da
sociedade empresária, deve ser submetido ao O saldo das reservas de lucros, exceto as para
Registro Público competente. contingências e de lucros a realizar, não
poderá ultrapassar o capital social; atingido
Requisitos de Segurança esse limite, a assembléia deliberará sobre a
aplicação do excesso na integralização ou no
A entidade deve adotar requisitos de segurança aumento do capital social, ou na distribuição
compatíveis com o processo de certificação digital de dividendos.
regulamentado pela ICP - Brasil ou submetê-los aos
serviços notariais quando imprimir livros, DIFERENÇA ENTRE RESERVAS E
demonstrações, relatórios e outros documentos a PROVISÕES
partir da escrituração contábil em forma eletrônica,
que contenham assinaturas e certificados digitais, As provisões representam expectativas de
para fazer fé perante terceiros. perdas de ativos ou estimativas de valores a
desembolsar que, apesar de financeiramente
Armazenamento ainda não efetivadas, derivam de fatos
geradores contábeis já ocorridos.
O contabilista deve tomar as medidas necessárias
para armazenar em meio eletrônico ou magnético, A partir do momento que essas perdas de
devidamente assinados digitalmente, os documentos, ativos ou obrigações se tornam totalmente
os livros e as demonstrações referidos nesta norma, definidas, deixam de ser consideradas como
visando a sua apresentação de forma integral, nos provisões, como por exemplo: a provisão
termos estritos das respectivas leis especiais ou em para férias se transforma em salários a pagar,
juízo quando previsto em lei. a provisão para Imposto de Renda passa a ser
Impostos de Renda a pagar.

Por outro lado, as reservas representam a


diferença entre o patrimônio líquido e o
capital, sendo resultantes de valores entregues
RESERVAS DE LUCROS pelos titulares do capital que não representam
aumento de capital, ou representam
As reservas de lucros são as contas de reservas acréscimos de valor de elementos do ativo, ou
constituídas pela apropriação de lucros da ainda se originam de lucros não distribuídos
companhia, conforme previsto no § 4º do art. 182 da aos sócios ou acionistas.
Lei nº 6.404/76, para atender a várias finalidades,
sendo sua constituição efetivada por disposição da RESERVA LEGAL
lei ou por proposta dos órgãos da administração.
A reserva legal deverá ser constituída
CLASSIFICAÇÃO mediante destinação de 5% (cinco por cento)
do lucro líquido do exercício, antes de
Pela Lei das S/A, classificam-se como reservas de qualquer outra destinação. Esta reserva será
lucros: constituída, obrigatoriamente, pela
companhia, até que seu valor atinja 20% do
capital social realizado, quando então deixará de ser No exercício em que ocorrer a perda
acrescida. efetivamente, ou deixarem de existir as
razões que justificaram a sua constituição,
A critério da companhia, a reserva legal poderá efetua-se a reversão da Reserva para
deixar de receber créditos, quando o saldo desta Contingências anteriormente constituída para
reserva, somado ao montante das reservas de capital a conta de Lucros Acumulados.
(exceto a reserva de correção monetária do capital
realizado), atingir 30% do capital social. RESERVA DE LUCROS A REALIZAR

A finalidade da reserva legal é assegurar a No exercício em que o montante do


integralidade do capital social, sendo permitida a sua dividendo obrigatório, calculado nos termos
utilização exclusivamente para absorção de do estatuto ou do art. 202 da Lei das S/A,
prejuízos, cuja compensação ocorrerá ultrapassar a parcela realizada do lucro
obrigatoriamente quando houver saldo de prejuízos, líquido do exercício, a assembléia-geral
após terem sido absorvidos os saldos de lucros poderá, por proposta dos órgãos da
acumulados e das demais reservas de lucros. administração, destinar o excesso à
constituição de reserva de lucros a realizar.
RESERVAS ESTATUTÁRIAS
Desta forma, à opção da companhia, poderá
As reservas estatutárias são constituídas por ser constituída a reserva de lucros a realizar,
determinação do estatuto da companhia, como mediante destinação dos lucros do exercício,
destinação de uma parcela dos lucros do exercício, e cujo objetivo é evidenciar a parcela de lucros
não podem restringir o pagamento do dividendo ainda não realizada financeiramente, apesar
obrigatório. de reconhecida contabilmente, pela empresa.

O estatuto poderá criar as reservas desde que, para Esta situação pode ocorrer em decorrência,
cada uma: por exemplo, de lucro em vendas a prazo cuja
realização financeira ocorrerá após o término
1 - indique, de modo preciso e completo, a sua do exercício seguinte.
finalidade;
2 - fixe os critérios para determinar a parcela anual Desta forma, evita-se distribuir dividendo
dos lucros líquidos que serão destinados à sua obrigatório sobre essa parcela de lucros que,
constituição; e apesar de existente, não está realizada
3 - estabeleça o limite máximo da reserva. financeiramente no caixa da empresa.

RESERVA PARA CONTINGÊNCIAS Tais valores, à medida da sua realização


financeira, devem ser transferidos para lucros
De acordo com o artigo 195 da Lei nº 6.404/76, a ou prejuízos acumulados, entrarão no
assembléia geral poderá, por proposta dos órgãos de cômputo para cálculo dos dividendos.
administração, destinar parte do lucro líquido à
formação de reserva com a finalidade de compensar, Realização do Lucro
em exercício futuro, a diminuição do lucro
decorrente de perda julgada provável, cujo valor Para fins da constituição da Reserva de
possa ser estimado. Lucros a Realizar, considera-se realizada a
parcela do lucro líquido do exercício que
Nesse caso, a proposta dos órgãos da administração exceder da soma dos seguintes valores:
deverá indicar a causa da perda prevista e justificar,
com as razões de prudência que a recomendem, a I – o resultado líquido positivo da
constituição da reserva. equivalência patrimonial (art. 248 da Lei das
S/A), e
II – o lucro, ganho ou rendimento em operações cujo constituição da reserva de lucros a realizar, o
prazo de realização financeira ocorra após o término dividendo a ser distribuído será o fixado no
do exercício social seguinte. estatuto (no exemplo, R$ 500).
3 – Não há obrigação da constituição da
A partir de 01.01.2008, por força da Lei reserva de lucros a realizar.
11.638/2007, pode constituir a Reserva de Lucros a
Realizar o lucro, rendimento ou ganho líquidos em RESERVA DE LUCROS PARA EXPANSÃO
operações ou contabilização de ativo e passivo pelo
valor de mercado, cujo prazo de realização Para atender a projetos de investimento e
financeira ocorra após o término do exercício social expansão, a companhia poderá reter parte dos
seguinte. lucros do exercício. Essa retenção deverá
estar justificada com o respectivo orçamento
Exemplo: de capital aprovado pela assembléia geral.

Resultado Positivo da Equivalência Patrimonial O orçamento, submetido pelos órgãos da


(Empresa A) - R$ 1.000 administração com justificação da retenção
Resultado Negativo na Equivalência Patrimonial de lucros proposta, deverá compreender todas
(Empresa B) - R$ 800 as fontes de recursos e aplicações de capital,
Lucro Realizável a Longo Prazo - R$ 100 fixo ou circulante, e poderá ter a duração de
Lucro Líquido do Exercício - R$ 700 até 5 (cinco) exercícios, salvo no caso de
Dividendo Determinado no Estatuto - R$ 500 execução, por prazo maior, de projeto de
investimento.
Vejamos o cálculo da parcela destinada na formação
da reserva de lucros a realizar e o dividendo LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
obrigatório, assim composto:
Até 31.12.2007, o plano de contas
Resultado Positivo Líquido na Equivalência
Patrimonial - (1.000 – 800) = R$ 200 apresentava as duas contas: Lucros
(+) Lucro Realizável a Longo Prazo - R$ 100
(=) Soma do Lucro a Realizar - R$ 300 Acumulados (credora) e Prejuízos

Parcela do Lucro Líquido que excede ao Lucro a Acumulados (devedora), mas na realidade o
Realizar:
saldo era mantido em uma só conta, ou seja,
R$ 700 – R$ 300 = R$ 400 (Parcela realizada do
lucro líquido) na conta de Lucros Acumulados ou na conta

Assim temos: de Prejuízos Acumulados.

Dividendo (determinado no estatuto) - R$ 500


O saldo credor representa a parcela do
(-) Parcela Realizada do Lucro Líquido - R$ 400
resultado da empresa não destinada
(=) Parcela destinada a Reserva de Lucros a Realizar
especificamente.
- R$ 100.
O saldo devedor - prejuízos acumulados,
Notas: representa o saldo dos resultados negativos da
empresa e não absorvidos por reservas
1 – O valor a ser distribuído como dividendo é de anteriormente existentes e que deverá ser
R$ 400 (que é o valor da parcela realizada do lucro compensado com lucros a serem auferidos
líquido). futuramente.
2 – Caso a assembléia geral não aprovar a
COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZO
Se ocorrer de o resultado do exercício ser negativo CONTÁBIL

(prejuízo), este será obrigatoriamente absorvido Para maiores detalhamentos da compensação


de prejuízos, verifique o texto do tópico
pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e "Compensação de Prejuízos", neste guia.

pela reserva legal, nessa ordem. NORMAS A PARTIR DE 01.01.2008

A partir de 01.01.2008, por força por força da


Lei 11.638/2007, o saldo das reservas de
Com o advento da Lei 11.638/2007, a partir de lucros, exceto as para contingências, de
01.01.2008 foi extinta a nomenclatura "Lucros incentivos fiscais e de lucros a realizar, não
Acumulados", assim esta conta deverá ser composta poderá ultrapassar o capital social. Atingindo
apenas pelo saldo dos prejuízos acumulados esse limite, a assembléia deliberará sobre
apurados, após as compensações com as reservas aplicação do excesso na integralização ou no
citadas. aumento do capital social ou na distribuição
de dividendos.
Isto não significa, entretanto, que a conta “Lucros
Acumulados” deixou de existir. Porém, essa conta RESERVAS DE CAPITAL
possui natureza absolutamente transitória, e será
utilizada para servir de contrapartida às reversões
As reservas de capital são constituídas com
das reservas de lucros e às destinações do lucro.
valores recebidos pela empresa e que não
transitam pelo resultado, por não se referirem
Exemplo:
à entrega de bens ou serviços pela empresa.
Destinação do saldo da conta transitória “Lucros
Respectivas reservas devem refletir,
Acumulados”:
essencialmente, as contribuições feitas pelos
acionistas que estejam diretamente
D – Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) R$
relacionadas à formação ou ao incremento do
500.000,00
capital social.
C – Dividendos a Distribuir (Passivo Circulante) R$
300.000,00
As reservas de capital constituem-se grupo de
C – Reserva Legal (Patrimônio Líquido) R$
contas integrantes do Patrimônio Líquido.
25.000,00
C – Reserva de Lucros para Expansão (Patrimônio
Líquido) R$ 175.000,00 COMPOSIÇÃO

RESERVAS DE INCENTIVOS FISCAIS De acordo com o parágrafo 1º do artigo 182


da Lei nº 6.404/76, serão classificadas como
A assembléia geral poderá, por proposta dos órgãos reservas de capital as contas que registrarem:
de administração, destinar para a reserva de
incentivos fiscais a parcela do lucro líquido a) a correção monetária do capital realizado;
decorrente de doações ou subvenções b) a contribuição do subscritor de ações que
governamentais para investimentos, que poderá ser ultrapassar o valor nominal e a parte do preço
excluída da base de cálculo do dividendo de emissão das ações sem valor nominal que
obrigatório. ultrapassar a importância destinada à
formação do capital social, inclusive nos
Base: artigo 195-A da Lei 6.404, incluído pela Lei casos de conversão em ações de debêntures
11.638/2007. ou partes beneficiárias;
c) o produto da alienação de partes
beneficiárias e bônus de subscrição; "prêmio na emissão de debêntures".
d) até 31.12.2007 - por força da Lei 11.638/2007, o
prêmio recebido na emissão de debêntures; O prêmio na emissão de debêntures faz parte
e) até 31.12.2007 - por força da Lei 11.638/2007, as das condições de negociação desses títulos,
doações e as subvenções para investimentos. que constituem exigibilidades da companhia
e, portanto, não poderá mais ser considerado
CORREÇÃO MONETÁRIA DO CAPITAL como uma reserva de capital, a partir de
REALIZADO 01.01.2008.

Na sistemática de correção monetária de balanço, DOAÇÕES E SUBVENÇÕES PARA


que vigorou até 31.12.1995, todas as contas do INVESTIMENTO – ATÉ 31.12.2007
Patrimônio Líquido são corrigidas monetariamente,
e essa correção é acrescida aos saldos das próprias Doações
contas, com exceção da correção monetária do
capital realizado que deve ser registrada em conta à O valor das doações recebidas em bens
parte daquela que registra o capital social. imóveis, móveis ou direitos pela empresa, era
registrado pelo valor de mercado, em conta
ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES de reserva de capital, tendo como
contrapartida à conta do respectivo bem ou
No caso de ações com valor nominal, na conta direito recebido.
Capital Social, essas ações devem figurar somente
pelo seu valor nominal, ou seja, a diferença entre o Ressalte-se que, para efeitos fiscais, somente
preço que os acionistas pagam pelas ações e o seu as doações recebidas do Poder Público
valor nominal deve ser registrada em conta de poderão ser excluídas da tributação, desde
Reserva de Capital. que registradas como Reserva de Capital (art.
443 do RIR/99).
Tratando-se de ações sem valor nominal, cujo preço
de emissão é fixado, na constituição, pelos Subvenções
fundadores, e, nos aumentos de capital, pela
assembléia geral ou pelo conselho de administração, Subvenção é a contribuição pecuniária,
conforme dispuser o estatuto, à parte do preço de prevista em lei orçamentária, concedida por
emissão das ações sem valor nominal, que órgãos do setor público a entidades públicas
ultrapassar a importância destinada à formação do ou privadas, com o objetivo de cobrir
capital social, será classificada como reserva de despesas com a manutenção e o custeio
capital, - na conta "Ágio na emissão de ações". destas, com ou sem contraprestação de bens
ou serviços da beneficiária dos recursos.
ALIENAÇÃO DE PARTES BENEFICIÁRIAS E
BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO As subvenções para investimentos não são
computadas na determinação da base de
As partes beneficiárias e os bônus de subscrição são cálculo do Imposto de Renda, desde que
valores mobiliários que podem ser alienados e, nesse registradas como reserva de capital (art. 443
caso, o produto da alienação é contabilizado em do RIR/99).
conta de reservas de capital específica.
RESERVAS DE INCENTIVOS FISCAIS
PRÊMIO NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES
Até 31.12.2007, eram classificadas como
Até 31.12.2007, a diferença entre o valor nominal reservas de incentivos fiscais, dentro do
das debêntures lançadas pela empresa e o valor pelo subgrupo Reservas de Capitais, os valores
qual foram colocadas no mercado, era registrada em decorrentes de aplicações de recursos
conta específica de reserva de capital, intitulada advindos de receita fiscal do governo em
favor de entidades públicas ou privadas com responsabilidade exclusivas de Contabilista
objetivo de geração de benefícios sociais e legalmente habilitado.
econômicos.
A partir de 01.01.2008, as reservas de incentivos O contabilista deverá assinar junto com os
fiscais passarão a compor as Reservas de Lucros, representantes legais da entidade ou titular da
conforme determinado pela Lei 11.638/2007. empresa individual, as demonstrações
financeiras obrigatórias, com a indicação do
DESTINAÇÃO DAS RESERVAS DE CAPITAL seu número de registro no Conselho Regional
de Contabilidade (art. 268 do RIR/99 e § 4º
De acordo com o artigo 200 da Lei das S/A, as do art. 177 da Lei nº 6.404/76).
reservas de capital somente podem ser utilizadas
para: Nas localidades em que não houver
profissional habilitado, a escrituração
a) Absorver prejuízos, quando estes ultrapassarem os contábil poderá ficar a cargo do próprio
lucros acumulados e as reservas de lucros, exceto no contribuinte ou de pessoa por ele designada.
caso da existência de lucros acumulados e de Ressalte-se, no entanto, que a designação de
reservas de lucros, quando os prejuízos serão pessoa não habilitada profissionalmente, não
absorvidos primeiramente por essas contas; eximirá o contribuinte da responsabilidade
b) Resgate, reembolso ou compra de ações; pela escrituração (§ 1º do art. 268 do
c) Resgate de partes beneficiárias; RIR/99).
d) Incorporação ao capital social;
e) Pagamento de dividendo a ações preferenciais, Desde que legalmente habilitado para o
quando essa vantagem lhes for assegurada. exercício da profissão como técnico em
Contabilidade ou Contador, o titular da
Os saldos das reservas de capital referentes a empresa individual, o sócio, acionista ou
prêmios recebidos na emissão de debêntures e diretor da sociedade pode assinar as
doações e subvenções para investimento, existentes demonstrações financeiras da empresa e
no início do exercício social de 2008, poderão ser assumir a responsabilidade pela escrituração
mantidos nessas respectivas contas até a sua total (§ 2º do art. 268 do RIR/99).
utilização, na forma prevista em lei.
RESPONSABILIDADE DOS
REGISTROS TRANSITÓRIOS PROFISSIONAIS

Os prêmios recebidos na emissão de debêntures e as Os contabilistas, dentro do âmbito de sua


doações e subvenções, decorrentes de operações e atuação e no que se referir à parte técnica,
eventos ocorridos a partir da vigência da Lei nº serão responsabilizados, juntamente com os
11.638, de 2007, serão transitoriamente registrados seus constituintes, por qualquer falsidade dos
em contas específicas de resultado de exercícios documentos que assinar e pelas
futuros, com divulgação do fato e dos valores irregularidades de escrituração praticadas no
envolvidos, em nota explicativa, até que a CVM sentido de fraudar o Imposto de Renda (§ 1º
edite norma específica sobre a matéria. do art. 819 do RIR/99).

Base: art. 3º da Instrução CVM 469/2008 Verificada a falsidade do balanço ou de


qualquer outro documento de contabilidade,
RESPONSÁVEIS PELA ESCRITURAÇÃO assim como da escrita dos contribuintes, o
profissional que houver assinado tais
A escrituração contábil e a emissão de relatórios, documentos será declarado sem idoneidade
peças, análises e mapas demonstrativos e para assinar quaisquer peças ou documentos
demonstrações contábeis são de atribuição e contábeis sujeitos à apreciação dos órgãos da
Secretaria da Receita Federal, por ato de
Delegado ou Inspetor da Receita Federal, - CUSTO DAS MERCADORIAS
independentemente de ação criminal que no caso VENDIDAS (CMV)
couber (art. 820 do RIR/99).
Nota: sobre apuração do CPV e do CMV, leia
DECLARAÇÃO DE HABILITAÇÃO o tópico específico “Custo das Vendas”.
PROFISSIONAL - DHP
No caso das empresas de serviços:
Deverá ser anexado nas demonstrações contábeis a
Declaração de Habilitação Profissional, RECEITA DA VENDA DE SERVIÇOS
comprovando a regularidade do contabilista, - IMPOSTOS SOBRE VENDAS
conforme exigência contida no artigo 1º da - SERVIÇOS CANCELADOS
Resolução CFC 871/2000. - CUSTO DOS SERVIÇOS VENDIDOS
(CSV)
RESULTADO OPERACIONAL BRUTO
Nota: sobre apuração do CSV, leia o tópico
Numa empresa comercial ou industrial, o resultado específico “Custo das Vendas”.
operacional bruto corresponde á:
Se o valor das vendas for maior do que o
RECEITA DE VENDAS DE PRODUTOS CMV + CPV (ou CSV), pode-se dizer que
+ RECEITA DE VENDAS DE MERCADORIAS houve um lucro bruto.
- IMPOSTOS SOBRE VENDAS
- DEVOLUÇÕES DE VENDAS Se o valor das vendas for menor do que o
- CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (CPV) CMV + CPV (ou CSV), pode-se dizer que
houve um prejuízo bruto.
Exemplo:

Estoque Inicial (01.01.2003) 110.000,00


Compras para revenda 1.750.000,00
ICMS sobre Compras 210.000,00
Fretes sobre Compras 70.000,00
Vendas de mercadorias 2.700.000,00
Devolução de Vendas 27.000,00
ICMS sobre Vendas 481.140,00
PIS e COFINS sobre Vendas 97.564,50
Estoque inventariado (31.12.2003) 185.000,00

Então, o Resultado Operacional Bruto poderá ser demonstrado como segue:

RECEITA OPERACIONAL BRUTA 2.700.000,00


Vendas de mercadorias 2.700.000,00
DEDUÇÕES DA RECEITA (605.704,50)
PIS e COFINS sobre Vendas 97.564,50
ICMS sobre Vendas 481.140,00
Devolução de Vendas 27.000,00
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 2.094.295,50
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (1.535.000,00)
Estoque Inicial (01.01.2003) 110.000,00
Compras para revenda 1.750.000,00
ICMS sobre Compras (210.000,00)
Fretes sobre Compras 70.000,00
Estoque inventariado (31.12.2003) (185.000,00)
RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 559.295,50
RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS EXEMPLOS DE OPERAÇÕES CLASSIFICÁVEIS
EM RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS
O grupo Resultado de Exercícios Futuros é
apresentado no Balanço Patrimonial entre o Passivo Aluguel Recebido Antecipadamente
Exigível e o Patrimônio Líquido, sendo composto
das receitas já recebidas pela empresa, deduzidas No caso de aluguel recebido antecipadamente, mas
dos custos e despesas correspondentes incorridos ou cujo contrato estabelece que não haverá reembolso,
a incorrer, que efetivamente serão reconhecidas em mesmo que o locatário devolva antes o imóvel ou bem,
períodos futuros por estarem associadas a algum esse valor será lançado na conta do grupo de Receitas
evento futuro ou à fluência do tempo e sobre as de Exercícios Futuros, a ser apropriado aos resultados
quais não haja qualquer tipo de obrigação de efetivos à medida do transcurso do prazo de locação.
devolução por parte da empresa (art. 181 da Lei nº Também serão registrados na conta devedora os custos
6.404/76). e despesas correspondentes às receitas, que aparece
como redutora desse grupo, todos os gastos incorridos
Sua apresentação é a seguinte: ou a incorrer relativos à geração da receita.

RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS Venda de Imóveis a Prazo ou em Prestações


Receitas de Exercícios Futuros
(-) Custos e Despesas Correspondentes às As empresas que desenvolvem atividades de compra e
Receitas de Exercícios Futuros venda, loteamento e incorporação de imóveis e/ou
executam contratos de construção ou fornecimentos de
LIMITAÇÕES bens ou serviços a longo prazo utilizam-se das contas
de Resultados de Exercícios Futuros, por imposição da
Nesse grupo somente deverão constar os valores legislação fiscal.
recebidos que se referem a transações que afetarão o
patrimônio no exercício seguinte, que não serão em Esta determina que o lucro bruto da venda de imóvel,
hipótese alguma devolvidos pela empresa e nem cuja tributação for diferida para o período base do
representem obrigação qualquer de sua parte de recebimento da receita, deverá ser registrado em conta
entregar bens ou serviços. específica de Resultados de Exercícios Futuros.

RECEITAS DE EXERCÍCIOS FUTUROS Para tanto, deverão ser observadas, entre outras, as
seguintes normas por expressa disposição fiscal:
A definição de "Resultados de Exercícios Futuros"
dada pela Lei nº 6.404/76 é pouco esclarecedora. a) o lucro bruto será registrado com conta específica
de "Resultados de Exercícios Futuros", para a qual
No entanto, de acordo com a doutrina predominante, serão transferidos a receita de venda e o custo do
uma receita é considerada como de exercício futuro imóvel, inclusive o orçado, se for o caso;
quando: b) por ocasião da venda, será determinada a relação
entre o lucro bruto e a receita bruta de venda, e em
a) corresponder a recebimento antecipado que, cada período-base será transferida para as contas de
efetivamente, contribuirá para a formação de resultado parte do lucro bruto proporcional à receita
resultado de exercício futuro; recebida no mesmo período.
b) o valor assim recebido não for passível de
devolução pela empresa, nem estiver vinculado a A forma de apuração do resultado contábil e do lucro
futuro fornecimento de bens ou prestação de real dessa atividade está disciplinada nos arts. 410 a
serviços (pois, nesse caso, representaria um 414 do RIR/99.
adiantamento de clientes, classificado no Passivo
Circulante ou Exigível a Longo Prazo, conforme o Instituições Financeiras - Encargos Sobre
caso). Contratos de Abertura de Crédito

CUSTOS E DESPESAS CORRESPONDENTES A instituição financeira que cobra comissão, por


ÀS RECEITAS DE EXERCÍCIOS FUTUROS ocasião da concessão de um empréstimo, pode
apropriá-la também proporcionalmente aos resultados
Na obtenção de receitas de exercícios futuros, a de acordo com o prazo do empréstimo (art. 373 do
empresa deverá dispensar tratamento similar aos RIR/99).
custos correspondentes a tais receitas, ou seja,
registrá-los também no grupo "Resultados de Pelo recebimento do valor na abertura do crédito,
Exercícios Futuros" como conta redutora da efetuará a contabilização a crédito como Receitas de
respectiva receita. Exercícios Futuros, bem como os eventuais custos
correspondentes, em conta redutora da respectiva VALE-TRANSPORTE
receita.
O vale-transporte, instituído pela Lei 7.418/1985,
Ressalte-se que esse procedimento somente será constitui benefício que o empregador antecipará ao
válido quando não existir cláusula no contrato que trabalhador para utilização efetiva em despesas de
obrigue a instituição financeira a devolver a deslocamento residência-trabalho e vice-versa.
comissão, parcial ou totalmente, no caso de
pagamento antecipado do empréstimo. Normalmente, se adquire o vale-transporte com
antecedência, já que o benefício deve ser adiantado ao
EXEMPLO DE CONTABILIZAÇÃO empregado. Portanto, incorreto registrar a aquisição do
vale-transporte diretamente em conta de resultado,
Empresa “A” alugou uma máquina para a empresa porque se estaria antecipando o registro de uma
"B", nas seguintes condições: despesa, ferindo o regime de competência.

- Duração do contrato - 12 meses Desta forma, os vale-transportes adquiridos em março,


- Valor total do aluguel pelo referido prazo - R$ para distribuição aos empregados em abril, terão que
12.000,00 ser registrados como despesa somente em abril, e não
- O valor recebido pela locadora não será devolvido, em março.
total ou parcialmente, mesmo no caso de devolução
antecipada do equipamento Na aquisição do vale transporte, debita-se uma conta
- Valor do frete pago pela locadora - R$ 600,00 do ativo e credita-se a conta da origem de recursos
respectiva.
1) Registro do aluguel recebido antecipadamente:
Na entrega do vale-transporte aos funcionários, debita-
D - Banco Conta Movimento (Ativo Circulante) se a conta do adiantamento de vale transporte e
C - Receita de Aluguel de Máquinas (Resultados de credita-se a conta do ativo utilizada por ocasião da
Exercícios Futuros) aquisição.
R$ 12.000,00
E, por ocasião do fechamento mensal da folha de
2) Registro da despesa correspondente à receita pagamento, transferem-se as parcelas adiantadas para
recebida antecipadamente: contas de resultado, creditando-se o adiantamento.
Contabiliza-se também a parcela reembolsada pelos
D - Despesas com Aluguel de Máquinas (Resultados empregados, em conta de recuperação de custos ou
de Exercícios Futuros) despesas.
C - Caixa/Banco Conta Movimento (Ativo
Circulante) REEMBOLSO
R$ 600,00
A parcela de custo, equivalente a 6% (seis por cento)
3) Apropriação da receita correspondente ao do salário básico do empregado, que venha a ser
primeiro mês de locação (R$ 12.000,00 : 12 meses = recuperada pelo empregador, deverá ser deduzida do
R$ 1.000,00): montante das despesas efetuadas no período-base,
mediante lançamento a crédito das contas que
D - Receita de Aluguel de Máquinas (Resultados de registrem o montante dos custos relativos ao benefício
Exercícios Futuros) concedido (parágrafo único do artigo 34 do Decreto
C - Receita de Aluguéis (Resultado) 95.247/1987).
R$ 1.000,00
Para maior controle, sugere-se que o crédito seja feito
4) Pela apropriação da despesa correspondente à em subconta redutora, dentro do grupo de contas que
receita do mês (R$ 600,00: 12 meses = R$ 50,00): registra o gasto. Isto não prejudica o disposto na
regulamentação do Vale Transporte, já que o efeito
D - Despesas com Fretes (Resultado) monetário final (despesa menos reembolso), é o
C - Despesas com Aluguel de Máquinas (Resultados mesmo.
de Exercícios Futuros)
R$ 50,00 Exemplo:

Os lançamentos contábeis se repetirão todos os 1) Pela aquisição do vale-transporte:


meses, até o término da vigência do contrato.
D - Vale-Transporte em Estoque (Ativo Circulante)
C - Bancos Cta. Movimento (Ativo Circulante)
2) Pelo adiantamento dos vales aos empregados: Exemplos:

D - Adiantamento a Empregados – Vale-Transporte 1. Venda de Mercadorias:


(Ativo Circulante)
C - Vale-Transporte em Estoque (Ativo Circulante) D – Clientes (Ativo Circulante ou Realizável em
Longo Prazo)
3) Pelo registro do uso do vale transporte, conforme C – Vendas de Mercadorias (Conta de Resultado)
folha de pagamento:
2. Vendas de Serviços:
D - Gastos com Vale-Transporte (Conta de
Resultado) D – Clientes (Ativo Circulante ou Realizável em
C - Adiantamento a Empregados – Vale-Transporte Longo Prazo)
(Ativo Circulante) C – Vendas de Serviços (Conta de Resultado)

4) Pelo reembolso do uso do vale transporte, por 3. Venda de Produtos:


parte dos empregados, conforme folha de
pagamento: D – Clientes (Ativo Circulante ou Realizável em
Longo Prazo)
D - Salários a Pagar (Passivo Circulante) C – Vendas de Produtos (Conta de Resultado)
C - (-) Reembolso de Vale-Transporte (Conta de
Resultado) BAIXA DOS ESTOQUES VENDIDOS

VENDAS DE MERCADORIAS, PRODUTOS E Se contabiliza o Custo da Mercadoria Vendida através


SERVIÇOS da baixa dos estoques (ficha de controle de estoques).

Pelo regime de competência contábil, as vendas Esta contabilização pode ser por operação ou por
realizadas devem ser contabilizadas por ocasião da período (dia, semana, quinzena, mês).
entrega ou execução do produto ou serviço, e não
somente por ocasião de seu recebimento (“regime de Exemplos:
caixa”).
1. Baixa de estoques pela venda de Mercadorias:
Para fins de facilitar a compreensão dos termos
empregados neste tópico, define-se: D – Custo de Mercadorias Vendidas (Conta de
Resultado)
Mercadorias - Valores de venda de produtos C – Estoques de Mercadorias (Ativo Circulante)
adquiridos de terceiros. Exemplo: uma farmácia
adquire medicamentos de um distribuidor, e 2. Baixa de estoques pela venda de Serviços:
revende-os. Trata-se de mercadorias, e não de
produtos.
D – Custo dos Serviços Vendidos (Conta de
Resultado)
Produtos - Valores de venda de produtos de C – Serviços em Andamento (Ativo Circulante)
produção própria (indústria). Exemplo: uma
indústria farmacêutica adquire insumos,
Nota: a conta “serviços em andamento” é debitada
industrializa-os e venda aos distribuidores. Trata-se
pelos custos inerentes à execução dos serviços, como
de produtos de produção própria vendidos.
folha de pagamento do pessoal alocado nos serviços e
respectivos encargos, materiais aplicados, aluguel de
Serviços - Valores de venda de serviços executados equipamentos, etc.
por contrato ou tarefa. Exemplo: serviços de
auditoria independente, executados para um cliente.
3. Baixa de estoques pela venda de Produtos:
Regime de competência - As receitas e as despesas
D – Custo dos Produtos Vendidos (Conta de
devem ser incluídas na apuração do resultado do
Resultado)
período em que ocorrerem, sempre simultaneamente
C – Estoques de Produtos Acabados (Ativo Circulante)
quando se correlacionarem, independentemente de
recebimento ou pagamento.

Regime de caixa - As receitas e as despesas são


incluídas na apuração do resultado no período em
que forem recebidas ou pagas.

Vous aimerez peut-être aussi