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04/06/2018 Pérsia antiga: Do Reino Medo ao Império dos Aquemênidas - Pesquisa Escolar - UOL Educação

Pérsia antiga: Do Reino Medo ao


Império dos Aquemênidas
Érica Turci
10/03/2009 21h28

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Estudar a Pérsia antiga significa estudar as origens históricas de um país que hoje
tem grande destaque na política internacional: o Irã.

O país que conhecemos por Irã foi chamado de Império Persa até 1935. Contudo,
inúmeros documentos, desde o século 7, se referem ao mesmo povo às vezes
como persas, às vezes como iranianos.

A civilização persa, na realidade, englobou diversos povos que habitaram o Planalto


Iraniano desde o 2º milênio a.C. A primeira grande civilização conhecida da região
se chamava Elamita, e se localizava ao sul do atual Irã, tendo como capitais Anshan
e depois Susa.

Durante o 1º milênio, ondas de invasores arianos (indo-europeus) chegaram ao


Planalto Iraniano, e alguns deles acabaram por se fixar na região: os medos (ao
norte), os persas (ao sul) e os partos (a leste). Os mais antigos registros históricos
conhecidos sobre esses povos arianos são encontrados em textos assírios
(Mesopotâmia) do século 9 a.C., segundo os quais os medos eram "ladrões e
turbulentos", pois medos e assírios lutavam pela região do mar Cáspio.

Infelizmente, os medos não deixaram registros escritos. Assim, só temos


conhecimento da visão assíria sobre seus inimigos.

Essa tensão entre medos e assírios foi o que, provavelmente, levou à grande
militarização do Reino dos Medos (ou Média). E por isso os medos acabaram
dominando elamitas, persas e partos por vários séculos. Além disso, foi a pressão
constante dos medos na região do Cáspio que ajudou a por fim ao Império Assírio
na Mesopotâmia (http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/mesopotamia-
evolucao-economica-politica-e-militar.htm), em 612 a.C., colaborando para o
surgimento do 2º Império Babilônico.

Ao mesmo tempo em que o Reino da Média se impunha à Mesopotâmia e aos


povos do Planalto Iraniano, também avançava na direção da Anatólia (atual
Turquia).

Os aquemênidas

Em 550 a.C., Ciro 2º, um governante persa, venceu a Média e unificou persas e
medos, iniciando o Império Persa sob a dinastia dos aquemênidas.

Ciro 2º, conhecido como "o Grande", deu aos medos a mesma condição política e
militar dos persas e, ao dominar os elamitas, transformou sua capital, Susa, na nova
capital do império. Assim, ao igualar os poderes entre o sul e o norte do Planalto
Iraniano, conseguiu criar uma situação de paz interna e, dessa forma, pôde concluir
a conquista sobre a Mesopotâmia e a Anatólia.

Cambises, filho de Ciro, conquistou o Egito; Dario 1º, o terceiro rei aquemênida,
conquistou o Turcomenistão, a região setentrional da Índia, cortada pelo rio Indo, e
regiões do Leste Europeu (ilhas do Egeu e a Trácia), fundando o maior império da
história até aquele momento.

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Foi sob o reinado de Dario 1º que se iniciaram as Guerras Médicas


(http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/guerras-medicas---contexto-historico-
dois-povos-e-dois-modos-de-lutar.htm), durante as quais ocorreu a Batalha de
Maratona (http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/primeira-guerra-medica-a-
batalha-de-maratona.htm) (490 a.C.), que marcou a primeira grande derrota militar
persa.

Dario 1º se destacou como o maior governante dentre os aquemênidas. Ao mesmo


tempo em que conseguiu conter diversas sublevações dentro do Império, manteve a
política de seus antecessores com os diferentes povos dominados: cada povo tinha
certa autonomia, desde que se mantivesse fiel ao imperador persa, enviando os
tributos e fornecendo trabalhadores e contingentes militares. Mesmo que cada
indivíduo fosse considerado um escravo (bandaka) do imperador, tinha liberdade
até ser recrutado pra prestar serviços ao império.

Para facilitar a administração de tão vasto domínio, Dario 1º dividiu o império em


satrapias, unidades administrativas que respeitavam os antigos limites políticos dos
povos conquistados, e entregou cada uma delas a um sátapra, nobre de origem
persa ou meda, escolhido pelo próprio imperador. O sátrapa, contudo, não podia
transferir aos seus descendentes tal privilégio.

Além disso, Dario criou uma rede eficiente de estradas e um sistema de correios
para viabilizar a comunicação entre as várias regiões. E para manter seus sátrapas
constantemente vinculados aos interesses imperiais, aumentou o número de
funcionários reais que fiscalizavam cada satrapia (os "olhos e ouvidos do rei").

Os imperadores persas - e Dario 1º, especificamente - viviam em várias cidades,


alternadamente, criando vários centros políticos para poder se aproximar das
regiões dominadas. Susa, Persépolis, Pasárgada, Babilônia, Ecbátana foram as
cidades mais importantes entre os persas.

Duas grandes inovações foram ainda realizadas por Dario 1º: a língua falada até
então não era escrita; Dario introduziu a escrita cuneiforme (copiada da
Mesopotâmia). Mas como esse tipo de escrita necessitava de um volume enorme
de plaquetas de argila (http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/mesopotamia-
evolucao-economica-politica-e-militar.htm) para ser produzida, o imperador instituiu
o aramaico como escrita da administração imperial. A outra inovação foi a
monetarização da economia, com a criação da primeira moeda persa: o dárico.

Religião

Dario 1º, como grande imperador, ligou o seu nome ao deus Ahuramazda,
transformando o zoroastrismo na religião oficial do império. Tal religião se
fundamentava nos ensinamentos de Zaratustra (ou Zoroastro), um personagem
semilendário que escreveu o livro Zend-Avesta, que fala sobre a existência de um
grande deus chamado Ahuramazda, criador de todo o mundo, que no final dos
tempos julgaria os humanos a partir de suas atitudes.

Como contrapartida ao Bem que Ahuramazda representava, existia um deus


secundário, Arimã, que quase se igualava em poder a Ahuramazda, mas que
representava as forças obscuras do mundo. A luta eterna entre essas duas
divindades era o centro da religiosidade persa, e a cada ser humano restava
contribuir com suas atitudes cotidianas para que o Bem ou o Mal tivesse mais
poder.

Zaratustra já tinha definido que Ahuramazda venceria Arimã, mas a vitória seria
mais fácil com a colaboração humana, e todos aqueles que tivessem contribuído
para a vitória do Bem, receberiam em troca a vida eterna.

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Por existirem dois deuses principais no zoroastrismo, muitos falam em uma religião
dualista, mas os historiadores defendem que o zoroastrismo seria o inicio ético do
monoteísmo de judeus, cristãos e muçulmanos, já que propõe concepções como
"luta entre Bem e Mal", "paraíso" e "juízo final", tendo Ahuramazda como sua
divindade suprema.

Quando Xerxes, filho de Dario 1º, assumiu o poder, tinha nas mãos quase um poder
divino para governar todo o império.

Xerxes teve como prerrogativa continuar a guerra de seu pai contra os gregos (2ª
Guerra Médica (http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/segunda-guerra-
medica-as-batalhas-de-termopilas-salamina-e-plateia.htm)), mas, ao ser vencido
(479 a.C.), voltou seus interesses para a manutenção do império que herdara.

Os sucessores de Xerxes se mantiveram ocupados com seus problemas internos


até que um rei macedônio, Alexandre Magno (
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u650.jhtm), depois de submeter
definitivamente a Grécia, em 334 a.C., atravessou o Helesponto e iniciou sua
expansão político-militar sobre o Oriente, pondo fim ao governo aquemênida e
iniciando o Império Helenístico
(http://educacao.uol.com.br/historia/ult1690u49.jhtm).

Érica Turci é historiadora e professora de história formada pela USP.

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