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Estudar a Pérsia antiga significa estudar as origens históricas de um país que hoje
tem grande destaque na política internacional: o Irã.
O país que conhecemos por Irã foi chamado de Império Persa até 1935. Contudo,
inúmeros documentos, desde o século 7, se referem ao mesmo povo às vezes
como persas, às vezes como iranianos.
Essa tensão entre medos e assírios foi o que, provavelmente, levou à grande
militarização do Reino dos Medos (ou Média). E por isso os medos acabaram
dominando elamitas, persas e partos por vários séculos. Além disso, foi a pressão
constante dos medos na região do Cáspio que ajudou a por fim ao Império Assírio
na Mesopotâmia (http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/mesopotamia-
evolucao-economica-politica-e-militar.htm), em 612 a.C., colaborando para o
surgimento do 2º Império Babilônico.
Os aquemênidas
Em 550 a.C., Ciro 2º, um governante persa, venceu a Média e unificou persas e
medos, iniciando o Império Persa sob a dinastia dos aquemênidas.
Ciro 2º, conhecido como "o Grande", deu aos medos a mesma condição política e
militar dos persas e, ao dominar os elamitas, transformou sua capital, Susa, na nova
capital do império. Assim, ao igualar os poderes entre o sul e o norte do Planalto
Iraniano, conseguiu criar uma situação de paz interna e, dessa forma, pôde concluir
a conquista sobre a Mesopotâmia e a Anatólia.
Cambises, filho de Ciro, conquistou o Egito; Dario 1º, o terceiro rei aquemênida,
conquistou o Turcomenistão, a região setentrional da Índia, cortada pelo rio Indo, e
regiões do Leste Europeu (ilhas do Egeu e a Trácia), fundando o maior império da
história até aquele momento.
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04/06/2018 Pérsia antiga: Do Reino Medo ao Império dos Aquemênidas - Pesquisa Escolar - UOL Educação
Além disso, Dario criou uma rede eficiente de estradas e um sistema de correios
para viabilizar a comunicação entre as várias regiões. E para manter seus sátrapas
constantemente vinculados aos interesses imperiais, aumentou o número de
funcionários reais que fiscalizavam cada satrapia (os "olhos e ouvidos do rei").
Duas grandes inovações foram ainda realizadas por Dario 1º: a língua falada até
então não era escrita; Dario introduziu a escrita cuneiforme (copiada da
Mesopotâmia). Mas como esse tipo de escrita necessitava de um volume enorme
de plaquetas de argila (http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/mesopotamia-
evolucao-economica-politica-e-militar.htm) para ser produzida, o imperador instituiu
o aramaico como escrita da administração imperial. A outra inovação foi a
monetarização da economia, com a criação da primeira moeda persa: o dárico.
Religião
Dario 1º, como grande imperador, ligou o seu nome ao deus Ahuramazda,
transformando o zoroastrismo na religião oficial do império. Tal religião se
fundamentava nos ensinamentos de Zaratustra (ou Zoroastro), um personagem
semilendário que escreveu o livro Zend-Avesta, que fala sobre a existência de um
grande deus chamado Ahuramazda, criador de todo o mundo, que no final dos
tempos julgaria os humanos a partir de suas atitudes.
Zaratustra já tinha definido que Ahuramazda venceria Arimã, mas a vitória seria
mais fácil com a colaboração humana, e todos aqueles que tivessem contribuído
para a vitória do Bem, receberiam em troca a vida eterna.
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Por existirem dois deuses principais no zoroastrismo, muitos falam em uma religião
dualista, mas os historiadores defendem que o zoroastrismo seria o inicio ético do
monoteísmo de judeus, cristãos e muçulmanos, já que propõe concepções como
"luta entre Bem e Mal", "paraíso" e "juízo final", tendo Ahuramazda como sua
divindade suprema.
Quando Xerxes, filho de Dario 1º, assumiu o poder, tinha nas mãos quase um poder
divino para governar todo o império.
Xerxes teve como prerrogativa continuar a guerra de seu pai contra os gregos (2ª
Guerra Médica (http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/segunda-guerra-
medica-as-batalhas-de-termopilas-salamina-e-plateia.htm)), mas, ao ser vencido
(479 a.C.), voltou seus interesses para a manutenção do império que herdara.
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