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Direito Administrativo
Obra organizada pelo Instituto IOB – São Paulo: Editora IOB, 2014. ISBN 978-85-8079-041-2
Capítulo 2
Atos Administrativos, 21
1. Introdução – Atos Administrativos, 21
2. Elementos e Requisitos – Finalidade – Forma –
Competência, 21
3. Elementos e Requisitos – Competência, 22
4. Elementos e Requisitos – Objeto – Motivo, 23
5. Motivo – Atributos/Características – Presunção de
Legitimidade, 24
6. Atributos/Características – Tipicidade – Coercibilidade
– Exigibilidade – Executoriedade, 24
7. Princípio da Autotutela – Anulação – Revogação, 25
8. Ato Vinculado – Ato Discricionário, 26
9. Ato Discricionário – Ato de Império – Ato de Gestão –
Ato de Mero Expediente, 28
10. Ato Geral – Ato Individual – Ato Simples – Ato
Composto – Ato Complexo, 28
11. Ato Simples – Ato Composto – Ato Complexo
e Espécies de Atos Administrativos – Atestado –
Certidão – Licença, 29
12. Espécies de Atos Administrativos – Autorização –
Autorização de Uso de Bem Público – Permissão de
Uso de Bem Público – Portaria – Circular, 30
13. Convalidação do Ato Administrativo, 31
14. Extinção do Ato Administrativo, 32
Capítulo 3
Poderes Administrativos, 33
1. Conceito – Características e Espécies, 33
2. Poder Disciplinar – Poder Hierárquico, 34
3. Poder Normativo – Regulamentar, 34
4. Poder de Polícia – Conceito – Atributos e
Características, 35
5. Poder de Polícia – Atributos e Características, 36
6. Poder Discricionário – Poder Vinculado e Abuso de
Poder, 36
7. Abuso de Poder, 37
Capítulo 4
Serviço Público, 38
1. Introdução, 38
2. Espécies, 39
3. Espécies e Princípios, 39
4. Princípio da Mocidade das Tarifas – Princípio da
Cortesia – Princípio da Eficiência –
Princípio da Adequação – Princípio da Atualidade/
Adaptabilidade – Princípio da Continuidade, 40
5. Exceções ao Princípio da Continuidade, 40
6. Contrato de Concessão – Espécies, 41
7. Contrato de Concessão – Rescisão Unilateral do
Contrato, 41
8. Rescisão Unilateral do Contrato e Contrato de
Permissão, 42
9. Contrato de Concessão x Contrato de Permissão, 44
10. Descentralização do Serviço Público, 45
11. Serviços Públicos – Responsabilidade da
Concessionária/Permissionária no Dano Causado a
Terceiro – Judicialização das Políticas Públicas, 46
Capítulo 5
Responsabilidade Civil do Estado, 48
1. Introdução – Responsabilidade Civil do Estado, 48
2. Responsabilidade Objetiva
x Responsabilidade Subjetiva, 49
3. Pessoa Jurídica de Direito Público e Pessoa Jurídica de
Direito Privado – Art. 37, § 6º,
da CF, 51
4. Risco Administrativo – Risco Integral, 52
5. Risco Integral, 53
6. Ato Lícito – Concessionária e Permissionária de Serviço
Público – Atuação do Poder Judiciário, 54
7. Atuação do Poder Legislativo – Preso, 55
8. Responsabilidade do Agente Público, 56
9. Agressão ao Professor na Escola Pública – Omissão do
Estado – Chuva, 56
10. Configuração Processual/Dupla Garantia, 57
Capítulo 6
Improbidade Administrativa, 59
1. Improbidade Administrativa – Introdução, 59
2. Quem Pode Praticar um Ato de Improbidade
Administrativa?, 59
3. Quem Pode Ingressar com Ação de Improbidade
Administrativa? Sanções Cabíveis, 60
4. Grupos da Improbidade Administrativa, 61
5. Grupos da Improbidade Administrativa e
Procedimentos do Art. 17 da Lei nº 8.429/1992, 62
6. Improbidade Administrativa – Prescrição, 63
Capítulo 7
Agentes Políticos, 64
1. Agentes Políticos – Celetistas, 64
2. Estatutários – Temporários, 64
3. Particulares em Colaboração com o Estado –
Estabilidade x Vitaliciedade, 65
4. Estabilidade x Vitaliciedade – Acumulação Lícita de
Cargos, 66
5. Acumulação Lícita de Cargos – Direito de Greve do
Agente Público, 67
6. Direito de Greve do Agente Público – Cargo em
Comissão x Função de Confiança, 68
Capítulo 8
Regime Jurídico dos Servidores Públicos, 70
1. Lei nº 8.112/1990 – Introdução, 70
2. Discriminação em Concurso Público – Linha
Cronológica do Concurseiro, 70
3. Linha Cronológica do Concurseiro – Nomeação –
Posse – Exercício – Aposentadoria Compulsória, 71
4. Provimento, 72
5. Nomeação – Promoção – Readaptação, 73
6. Readaptação – Reversão – Reintegração –
Recondução, 73
7. Aproveitamento – Exercício de Fixação, 74
8. Vacância e Acumulação Ilícita de Cargos, 75
9. Hipóteses de Remoção, 75
10. Redistribuição x Remoção – Remoção a Pedido, 76
11. Remuneração e Vencimento, 77
12. Remuneração e Subsídio, 78
13. Situações de Dívidas com o Erário – Formas de
Pagamento – Indenização, 78
14. Verbas que Compõem a Indenização – Diária – Ajuda
de Custo – Transporte – Auxílio-
-moradia, 79
15. Tipos de Indenização – Auxílio-moradia –
Gratificações, 79
16. Gratificação de Curso ou Concurso – Adicional
de Insalubridade – Adicional de Periculosidade –
Adicional de Penosidade – Hora Extra, 80
17. Adicional Noturno, Horas Extras e Férias, 81
18. Licença, 81
19. Tipos de Licença – Atividade Política – Serviço Militar –
Capacitação, 82
20. Concessões, 83
21. Afastamento – Mandato Eletivo – Servir em outro
Órgão – Estudo ou Missão no Exterior – Pós-
graduação, 84
22. Regime Disciplinar, 86
23. Aplicação de Sindicância e Processo Administrativo
Disciplinar, 87
24. Processo Judicial e Processo Administrativo, 87
25. Regras e Exceções de Esferas Sancionatórias, 88
26. Deveres e Proibições do Servidor Público, 89
27. Demissão, 90
28. Penalidades – Cassação de Aposentadoria –
Destituição de Cargo em Comissão e Função de
Confiança – Suspensão, 91
29. Advertência e Afastamento Preventivo, 92
Capítulo 9
Contratos Administrativos, 94
1. Disposições Gerais dos Contratos Administrativos, 94
2. Natureza Jurídica dos Contratos Administrativos, 95
3. Duração do Contrato Administrativo, 96
4. Cláusulas Exorbitantes do Contrato Administrativo, 97
5. Alteração Unilateral do Contrato Administrativo, 99
6. Rescisão Unilateral do Contrato Administrativo, 100
7. Processo de Fiscalização do Contrato – Cláusula
Exorbitante, 101
8. Aplicação de Penalidades – Cláusula Exorbitante, 102
9. Ocupação Provisória – Cláusula Exorbitante, 103
10. Formalização dos Contratos, 104
11. Alteração dos Contratos, 105
12. Execução dos Contratos Administrativos, 106
13. Rescisão dos Contratos, 107
14. Contratos de Serviço e Fornecimento, 108
15. Contratos de Obra Pública, 109
16. Contratos de Concessão, Permissão e Autorização,
110
17. Contratos de Gestão, 111
18. Contratos de Consórcio, 112
Capítulo 10
Licitação, 114
1. Contratos Administrativos: características, 114
2. Contratos Administrativos -– características: cláusulas
exorbitantes., 115
3. Contratos Administrativos – cláusulas exorbitantes.,
115
4. Contratos Administrativos – exigência de garantia e
sanções. , 116
5. Contratos Administrativos – sanções, ocupação
temporária de bens e teoria da imprevisão., 117
6. Contratos Administrativos – Fato da Administração
e Fato do Príncipe; Duração dos contratos
administrativos., 117
7. Contratos Administrativos - extinção dos contratos
administrativos., 118
Capítulo 11
Processo Administrativo, 120
1. Processo Administrativo – Disposições Gerais, 120
2. Princípios do Processo Administrativo: Interesse
Público, Legalidade, Finalidade, Motivação,
Razoabilidade e Proporcionalidade, 121
3. Princípios do Processo Administrativo: Moralidade,
Ampla Defesa, Contraditório, Segurança Jurídica e
Eficiência, 122
4. Aplicação dos Princípios e a Função Administrativa,
123
5. Direitos e Deveres dos Administrados, 124
6. O Requerimento e os Legitimados, 125
7. Requisito de Competência, 126
8. Impedimentos e Suspeição, 127
9. Forma, Tempo e Lugar dos Atos, 128
10. Comunicação dos Atos, 129
11. Processo – Instrução e Julgamento, 130
12. Atos Administrativos – Necessidade de Motivação,
131
13. Extinção do Processo Administrativo – Desistência,
Arquivamento e Decisão, 132
14. Anulação dos Atos Administrativos, 133
15. Revogação dos Atos Administrativos, 134
16. Recurso Administrativo, 135
17. Revisão Administrativa, 135
18. Prazos, 136
19. Das Sanções, 137
20. Das Disposições Finais, 138
Capítulo 12
Bens Públicos, 140
1. Introdução, 140
2. Bens Públicos e sua Classificação, 141
3. Regime Jurídico dos Bens Públicos, 142
4. Autorização, Permissão e Concessão de Uso, 143
5. Terras Devolutas e Terrenos Reservados, 144
6. Faixa de Fronteira – Terrenos de Marinha – Plataforma
Continental, 145
7. Terras Ocupadas pelos Índios, 146
8. Ilhas – Águas Públicas – Jazidas – Minas, 147
Capítulo 13
Intervenção do Estado na Propriedade, 149
1. Intervenção do Estado na Propriedade Privada, 149
2. Limitação Administrativa e Servidão Administrativa ,
149
3. Servidão Administrativa e Requisição Administrativa.,
150
4. Ocupação Temporária e Tombamento., 151
5. Procedimento do Tombamento, 151
6. Desapropriação, 152
7. Desapropriação – Competência , 152
8. Modalidades de Desapropriação, 153
9. Desapropriação Extraordinária, 153
Capítulo 14
Desapropriação, 155
1. Introdução à Desapropriação – Competência
para Declarar e Promover – Base Constitucional –
Desapropriação Sancionatória – Impossibilidade de
Desapropriação, 155
2. Desapropriação e Indenização – Limites
da Desapropriação, 156
3. Formas de Desapropriação, 156
4. Desapropriação – Plano Diretor – Estatuto da Cidade –
Pagamento de Dívida Ativa, 157
5. Plano Diretor – Desapropriação Indireta – Esbulho
Possessório – Desapropriação de Fato, 158
6. Confisco de Bens – Imissão Provisória – Caducidade,
159
7. Prazos de Caducidade – Tredestinação, 160
Capítulo 15
Intervenção do Estado na Ordem Econômica, 162
1. Introdução ao Tema: Constituição Federal e Direito
Econômico, 162
2. Análise do Art. 170 da CF, 162
3. Análise do Art. 173 da CF, 163
4. Intervenção Indireta na Ordem Econômica, 164
5. Intervenção Direta na Ordem Econômica, 165
6. Monopólio, 165
7. Direito de Concorrência – Parte I, 166
8. Direito de Concorrência – Parte II, 166
9. Direito de Concorrência – Parte III, 167
Capítulo 16
Administração Pública, 170
1. Administração Pública, 170
2. Descentralização e Desconcentração, 170
3. Administração Pública Indireta - Autarquia, 171
4. Administração Pública Indireta – Fundações, Empre
sas Públicas e Sociedades de Economia Mista., 172
5. Administração Pública Indireta – Regime Jurídico.
Órgãos Públicos., 172
6. Órgãos Públicos – teoria e classificações. , 173
7. Agências Reguladoras, 174
Capítulo 17
Controle Interno, 175
1. Controle da Administração – Conceito – Objetivos
– Natureza Jurídica – Princípios Fundamentais –
Sistemas Administrativos, 175
2. Habeas Data e Mandado de Segurança, 176
3. Habeas Data e Ação Popular, 176
4. Ação Civil Pública – Classificação do Controle, 177
5. Tribunal de Contas, 178
6. Controle pelo Poder Legislativo, 179
Capítulo 18
Lei de Responsabilidade Fiscal, 182
1. Lei de Responsabilidade Fiscal – Normas de Finanças
Públicas – Receita Corrente – Planejamento e Sistema
Orçamentário – Renúncia de Receita – Geração de
Despesa Pública – Despesa com Pessoal – Percentuais,
182
2. Considerações Finais da Lei de Responsabilidade
Fiscal, 183
Capítulo 19
Regime Diferenciado de Contratação (RDC), 185
1. Lei nº 12.462/2011 – RDC (Regime Diferenciado de
Contratações Públicas), 185
2. Lei do Regime Diferenciado de Contratações Públicas
– Lei de Responsabilidade Fiscal, 186
Gabarito, 189
Capítulo 1
Princípios
2. Princípio da Impessoalidade
O segundo reflexo relacionado ao Princípio da Impessoalidade é a proibição da
autopromoção do agente público, previsto no art. 37, § 1º, da Constituição
Federal.
16 Direito Administrativo
Exercício
1. (MP/SC – 2013) Assinale certo ou errado:
A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos poderá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social.
3. Princípio da Moralidade
A moralidade pública é a moralidade que se reveste de honestidade, probidade,
ética, decoro e boa-fé.
É preciso observar que se um servidor público for flagrado praticando ato
sexual dentro da repartição pública, não ferirá o Princípio da Moralidade Pública.
Outro ponto a ser estudado é a Súmula Vinculante nº 13, que trata do ne-
potismo. Acerca deste assunto, observa-se que a relação entre tio e sobrinho é
atingida, porém, a relação entre primos não é impedida por esta Súmula.
É necessário ressaltar que há outra importante posição do Supremo Tribunal
Federal, a de que referida Súmula não se aplica aos agentes políticos.
Os agentes políticos são todos os eleitos, os membros do Ministério Público,
os membros da Magistratura, os Secretários de Estado e os Ministros de Estado.
4. Princípio da Publicidade
A publicidade é uma regra do Estado e de tudo aquilo que está em contexto de
Estado. No entanto, observa-se que há três exceções constitucionais: segurança
do Estado; segurança da sociedade; e intimidade e privacidade das partes.
Direito Administrativo 17
Quanto aos efeitos, existem três que devem ser estudados. O primeiro é o
início de contagem de prazo após publicação de uma decisão; o segundo é o con-
trole do ato; já o terceiro é a exigibilidade da conduta.
Cumpre observar que a publicidade é condição de eficácia do ato adminis-
trativo.
Exercícios
2. (MP/GO 2010 – 074) Considerando que a prática de nepotismo caracteriza
violação aos princípios da administração pública, de acordo com o entendi-
mento do STF configura situação de nepotismo:
a) O Governador do Estado nomear seu irmão como Secretário de Estado
da Saúde, pois se trata de cargo de natureza política.
b) O Prefeito Municipal nomear seu primo para cargo em comissão de
assessor de imprensa.
c) O Presidente da Câmara Municipal nomear seu concunhado para cargo
em comissão de chefe de departamento.
d) O Prefeito Municipal nomear sua mulher para cargo em comissão de
direção.
3. (Cespe – AGU) Julgue certo ou errado:
Considere que Platão, governador de estado da Federação, tenha nomeado
seu irmão, Aristóteles, que possui formação superior na área de engenharia,
para o cargo de secretário de estado de obras. Pressupondo-se que Aristó-
teles atenda a todos os requisitos legais para a referida nomeação, conclui-
-se que esta não vai de encontro ao posicionamento adotado em recente
julgado do STF.
Exercício
4. (FCC – MPE/SE 2010 – Analista) Sobre o princípio da publicidade, é correto
afirmar:
a) A veiculação de notícias de atos da Administração pela imprensa falada,
escrita e televisada atende ao princípio da publicidade.
b) Se a lei não exigir a publicação em órgão oficial, a publicidade terá sido
alcançada com a simples afixação do ato em quadro de editais, coloca-
do em local de fácil acesso do órgão expedidor.
c) As edições eletrônicas do Diário Oficial da União são meramente infor-
mativas, não produzindo, em nenhuma hipótese, os mesmos efeitos
que as edições impressas.
d) A publicação de atos, contratos e outros instrumentos jurídicos, inclusi-
ve os normativos, pode ser resumida.
e) A publicidade é elemento formativo do administrativo.
Exercícios
5. (FGV – Senado Federal) Julgue a seguinte alternativa:
O princípio da supremacia do interesse público prevalece, como regra, so-
bre direitos individuais, e isso porque leva em consideração os interesses da
coletividade.
6. (UFPR – TJ/PR – Magistratura – 2012) Em relação ao regime jurídico adminis-
trativo, assinale a alternativa correta:
a) O princípio constitucional da supremacia do interesse público é um dos
princípios gerais da Administração Pública expressos no caput do art.
37 da Constituição Federal.
b) O princípio da supremacia do interesse público não admite ponderação
com outros princípios constitucionais dado o seu caráter absoluto.
c) A supremacia do interesse público é princípio oposto ao da indisponibi-
lidade dos interesses públicos pela Administração.
d) O princípio constitucional da supremacia do interesse público é prin-
cípio estruturante do regime jurídico administrativo brasileiro, tendo
correspondência à ideia de existirem prerrogativas especiais aos atos
administrativos (o que é típico do sistema da Civil Law).
Exercícios
7. (Cespe – TRT 9ª Região) Julgue a questão abaixo:
Com base no princípio da segurança jurídica, uma nova interpretação dada
pela administração acerca de determinado tema não pode ter eficácia re-
troativa.
8. (Cespe – TRT 9ª Região) Julgue a questão abaixo:
A interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o
atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de
nova interpretação é manifestação, clássica da segurança jurídica.
Capítulo 2
Atos Administrativos
a) incompetência;
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos;
e) desvio de finalidade.”
Antes das características ou atributos, é imprescindível que os atos administra-
tivos estejam formados e, para tal, existe uma dica: FiFoCOM (finalidade, forma,
competência, objeto e motivo).
O primeiro elemento do ato administrativo é a finalidade, que deve ser sempre
pública. Cumpre esclarecer que o ato administrativo praticado com finalidade
privada é ato nulo. Ainda, a finalidade mediata do ato administrativo é sempre o
interesse da coletividade e o fim imediato deve ser observado a cada ato.
Quanto à forma, este é o meio pelo qual o ato administrativo se exterioriza. Se
um ato administrativo não foi produzido por uma forma mais adequada, porém,
o resultado almejado foi atingido, o ato é mantido.
A competência é um poder e está exteriorizada na lei. A primeira caracterís-
tica da competência é a de que esta é pública, já que decorre da lei. A segunda
característica é a imprescritibilidade. A terceira é a de que a competência é im-
prorrogável.
5. Motivo – Atributos/Características –
Presunção de Legitimidade
6. Atributos/Características – Tipicidade
– Coercibilidade – Exigibilidade –
Executoriedade
Os atos administrativos vinculados não podem ser revogados, porque não há,
neles, análise de conveniência e oportunidade.
Ainda, sobre a revogação, importante saber que não há prazo para revogar ato
administrativo, tendo em vista que o ato pode se tornar inconveniente a qualquer
tempo. Mas, em se tratando de anulação, se o ato trouxer benefício ao particular,
o prazo será de cinco anos, sob pena de decadência, salvo comprovada má-fé.
Classificação dos atos administrativos:
a) ato vinculado: todos os elementos do ato estão fixos na lei;
b) ato discricionário: apresenta certa margem de liberdade, no que tange à
oportunidade e conveniência. O Administrador deve analisar a melhor decisão
Direito Administrativo 27
Exercícios
1. (Cespe – TC/DF – Procurador – 2013) Constitui exteriorização do princípio
da autotutela a súmula do STF que enuncia que: “A administração pode
anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de con-
veniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial.”
2. (FCC – TRT/PE – Juiz do Trabalho – 2013) A União pretende implementar um
grande programa de recuperação de rodovias e firmou convênio com diversos
Estados, para repasse de recursos destinados a execução das obras necessá-
rias. A opção da Administração federal foi contestada por diversos setores da
opinião pública, que consideram que tal investimento não seria prioritário e
sustentam que os recursos orçamentários correspondentes deveriam ser redi-
recionados para programas de melhoria da mobilidade nos grandes centros
e regiões metropolitanas. Com base em tais argumentos, entidade represen-
tante da sociedade civil submeteu a matéria a controle do Poder Judiciário
buscando a anulação dos atos administrativos de celebração dos convênios.
3. O Poder Judiciário:
a) Poderá anular os atos administrativos se identificar vício de legalidade,
inclusive em relação aos motivos e à finalidade.
b) Poderá anular os atos administrativos, se discordar dos critérios de con-
veniência e oportunidade da Administração.
c) Poderá revogar os atos administrativos se identificar desvio de finalida-
de, consistente na afronta ao interesse público.
d) Poderá alterar os atos administrativos, redirecionando os recursos orça-
mentários, com base na teoria dos motivos determinantes.
e) Não poderá anular os atos administrativos e, na hipótese de identificar
desvio de finalidade, deverá assinalar prazo para a Administração editar
novo ato.
28 Direito Administrativo
– circular: é também ato voltado a normas e atos internos, mas atingirão to-
dos os que estiverem na mesma situação. As circulares são ordens escritas
e uniformes expedidas para determinados funcionários ou agentes;
– ordem de serviço: é um ato que ordena o serviço;
– ofício: é uma comunicação entre autoridades ou entre a autoridade e o
particular.
Falaremos agora sobre a convalidação do ato administrativo. Importante, ini-
cialmente, lembrar que nem todos os atos são passíveis de convalidação. Vere-
mos, na próxima unidade, quais são os vícios sanáveis e os insanáveis.
Poderá se manifestar enquanto decreto executivo (art. 84, IV, da CF) ou de-
creto autônomo (art. 84, VI, da CF). O decreto executivo é utilizado para aclarar
o texto de lei e não inovar esta. Sua função é para permitir que a lei seja exata
e fielmente cumprida. Já o decreto autônomo é tido pela doutrina como par-
cialmente inconstitucional, pois dispõe que o Chefe do Poder Executivo poderá
organizar o funcionamento da administração federal quando não implicar em
aumento de despesa nem criação de órgãos públicos – quanto a outros assuntos,
possuirá autonomia.
Exercício
1. (FCC – TCE-RO – Procurador) O poder normativo compreende:
a) Edição de decretos autônomos para criação e extinção de órgãos públi-
cos, na medida em que são tradução de seu poder de auto-organização.
b) Edição de atos normativos de competência exclusiva do Chefe do Execu-
tivo, tais como, decretos, resoluções, portarias, deliberações e instruções.
c) Promulgação de atos normativos originários e derivados, sendo os pri-
meiros os regulamentos executivos e os segundos, os regulamentos au-
tônomos.
d) Promulgação de atos legislativos de efeitos concretos, desde que refiram
o objeto passível de ser disposto por meio de decreto regulamentar.
e) Edição de decretos autônomos, restringindo estes às hipóteses decor-
rentes do exercício de competência própria, outorgado diretamente
pela Constituição.
O poder de polícia nem sempre será discricionário; para tanto, possui uma exce-
ção: a vinculação.
O poder de polícia passa a ser vinculado nas hipóteses de licença administra-
tiva, deixando de ser discricionário.
Não poderá ser delegado ao particular, exercido por este. Esta é a posição
categórica predominante tanto da doutrina quanto da jurisprudência. Trata-se de
uma restrição voltada ao interesse da coletividade. Porém, existem os chamados
atos materiais (que antecedem o exercício do Poder de Polícia e não se confun-
dem com este), podendo ser realizados pelo particular. Os referidos atos materiais
são considerados atos preparatórios ao poder de polícia.
Os exercícios de fiscalização e os exercícios sancionatórios jamais poderão ser
executados pelo particular e tão logo não poderão também pela sociedade de
economia mista.
Exercício
2. (Cespe – AGU – 2010) Julgue a questão:
Atos administrativos decorrentes do poder de polícia gozam, em regra, do
atributo da autoexecutoriedade, haja vista a administração não depender
da intervenção do Poder Judiciário para torná-los efetivos. Entretanto, al-
guns desses atos importam exceção à regra, como, por exemplo, no caso de
se impor ao administrado que este construa uma calçada. A exceção ocorre
porque tal atributo se desdobra em dois, exigibilidade e executoriedade, e,
nesse caso, falta a executoriedade.
7. Abuso de Poder
Exercícios
3. (Vunesp – Magistratura – SP – 2013) Assinale CERTO ou ERRADO:
No exercício do poder de polícia administrativa, o Município, seguindo
orientação Sumulada do STF:
a) Ao proibir a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo
em determinada área, edita lei válida.
b) Ao proibir a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo
em determinada área, edita lei inválida.
4. (Cespe – Procuradoria – DF – 2013) Acerca dos poderes administrativos,
julgue o item que se segue:
O DF não pode delegar o poder de polícia administrativa a pessoas jurídicas
de direito privado, a exemplo das sociedades de economia mista, mesmo
que embasado no princípio da eficiência e limitado à competência para a
aplicação de multas.
Capítulo 4
Serviço Público
1. Introdução
O serviço público pode ser conceituado em três etapas, a iniciar pelo substrato
material: o serviço público é algo que vem para melhorar a vida do indivíduo e
da coletividade.
Em seguida, pelo elemento formal, o serviço público será prestado diante de
um regime jurídico de Direito Público, com poderes, prerrogativas ao Estado –
aquilo que o particular não possui.
O elemento subjetivo compete ao sujeito: os serviços públicos, como regra,
devem ser prestados pelo Estado, de forma direta ou indireta. Quando o Esta-
do faz a prestação dos serviços de forma indireta, quem atua diretamente é o
particular.
De acordo com o art. 175 da Constituição Federal, da ocorrência da conces-
são ou permissão de serviço público, é dever licitar.
Serviço público é diferente de obra pública porque a obra pública possui co-
meço, meio e fim, bem como uma sucessão de atos cronologicamente adequa-
dos para em um dado momento ter sua conclusão. Já o serviço público não pode
ser paralisado, é contínuo. Obra pública é estática, serviço público não, possui
dinamismo.
Também há que se diferenciar serviço público e poder de polícia. O poder de
polícia se manifesta plenamente de maneira extremamente restritiva. Já o serviço
público é considerado ampliativo.
Quanto à diferenciação entre serviço público e exploração de atividade eco-
nômica, o art. 173 da CF preceitua que a exploração de atividade econômica
pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
Direito Administrativo 39
2. Espécies
O serviço público é diferente de atividade intelectual, pois o primeiro é concreto,
material.
As espécies de serviços públicos podem ser elencadas como: serviço público
individual (uti singuli, Súmula nº 545 do STF), serviço público geral (uti univer-
si, Súmula nº 670 do STF), serviço público exclusivo indelegável, serviço público
exclusivo delegável, serviço público exclusivo de delegação obrigatória e serviço
público não exclusivo.
O serviço público individual é prestado à coletividade, com a peculiaridade de
ser possível visualizar e determinar quanto cada usuário consumiu. São cobrados/
remunerados mediante taxa ou tarifa.
Já o serviço público geral não permite delimitar ou prever o quanto cada usuá-
rio consumiu. Não é possível dimensionar nem aferir o consumo. Por essa razão,
a cobrança/remuneração será diferente: será mediante impostos.
O serviço público exclusivo é aquele em que a titularidade é do Estado, entre-
tanto, em alguns casos, só o Estado fará a prestação e, em outros casos, o Estado,
se quiser, realizará a delegação e, em outros casos, ele terá que delegar de forma
obrigatória. Quando o serviço público passa a ser não exclusivo, o Estado não será
mais considerado o titular.
3. Espécies e Princípios
O serviço público exclusivo indelegável é o serviço público em que a titularidade
é do Estado – não há a menor possibilidade do particular realizar a prestação de
serviço. Se for delegável, caberá ao Estado, na análise do caso em concreto, se
delega ou não ao particular.
Já o serviço público exclusivo de delegação obrigatória, possui natureza co-
gente e impositiva, com a titularidade do Estado. Rádio e televisão são exemplos
clássicos desta prestação de serviços.
O serviço público não exclusivo não terá a titularidade do Estado, e é consi-
derado como utilidade pública. Não há possibilidade de delegação: o Estado irá
fiscalizar a prestação de serviços.
Os princípios específicos que regem o serviço público podem ser identificados
na seguinte relação de acordo com o art. 6º da Lei nº 8.987/1995: Princípio da
Universalidade/Generalidade, Princípio da Isonomia/Igualdade, Princípio da Mo-
dicidade das Tarifas, Princípio da Cortesia, Princípio da Eficiência, Princípio da
Adequação e Princípio da Atualidade/Adaptabilidade.
40 Direito Administrativo
Exercício
1. (Cespe – Bacen – Procurador – 2013) Assinale CERTO ou ERRADO à luz da
jurisprudência do STJ (questão adaptada):
Os serviços públicos impróprios ou uti sinlguli prestados por órgãos da ad-
ministração indireta ou por concessionárias são custeados pelas receitas
provenientes de impostos.
O Princípio da Modicidade das Tarifas está relacionado ao preço módico, que não
indica gratuidade, mas, sim, o valor mais barato possível.
Já o Princípio da Cortesia implica na ideia de que o serviço público deve ser
prestado sempre de forma educada, cortês e polida.
O Princípio da Eficiência condiz com o máximo de resultado, com o menor
custo possível.
O Princípio da Adequação indica que o serviço público seja um serviço ade-
quado, cumprindo e respeitando o que está na lei e no contrato.
O Princípio da Atualidade/Adaptabilidade implica em um serviço público mu-
tável, com progresso em sua prestação.
O Princípio da Continuidade é a regra da prestação dos serviços públicos. A
exceção refere-se à paralisação do serviço público.
Concessão:
– caráter mais estável;
– licitação somente por concorrência;
– pessoa jurídica ou consórcios de pessoa jurídica;
– exige autorização em lei.
Permissão:
– caráter mais precário;
– licitação por qualquer modalidade;
– pessoa jurídica ou pessoa física;
– não exige autorização em lei.
Concorrência independe do valor.
Na permissão, é necessário fazer a licitação.
Para se realizar concessão, tem que ser com pessoa jurídica.
A permissão pode ser feita com pessoa jurídica determinada, mas não com
concessionária de pessoa jurídica. Ainda, pode ser feita com pessoa física.
A concessão não pode ser feita com pessoa física. Conforme art. 40, a permis-
são é contrato de adesão e é precária.
Apesar de não existir o dever de indenizar, o STJ em um julgamento de per-
missão da Caixa Econômica para instalar uma lotérica, ao analisar determinado
ponto, esse estava ruim e a pessoa fez a reforma, gastou bastante, a Caixa Eco-
nômica instalou sua lotérica. Em menos de um ano, a Caixa Econômica cortou o
funcionamento. A Caixa Econômica defendeu a tese da precariedade, mas o STJ
disse que nesse caso não caberia, pois houve investimento maciço do particular
que não deu causa para o rompimento.
Autorização de serviço público: muitos dizem que esse instituto não existe,
pois não está na lei.
Parte da doutrina diz que existe sim, com as seguintes características:
– está ligada a serviço não essencial;
– pode, a qualquer momento, ser revogada;
– além de precária, é instável, não há segurança jurídica;
– a remuneração é indireta.
Direito Administrativo 45
Exercício
2. (FCC – TRT 6ª Região (PE) – Juiz do Trabalho – 2013) A caracterização de
determinada atividade como serviço público:
a) Não importa a vedação de prestação da referida atividade por particu-
lar, mediante autorização e controle do poder público, quando se tratar
de serviço não exclusivo.
b) Determina a sua prestação direta pelo Estado, salvo no caso de serviços
não essenciais.
c) Afasta a possibilidade de greve pelos servidores ou empregados da en-
tidade prestadora.
d) Independe de definição em lei e admite a prestação direta pelo poder
público e indireta por particulares, exclusivamente sob o regime de
permissão.
e) Faculta a transferência de titularidade do serviço a particular, mediante
concessão, quando passível de exploração por cobrança de tarifa do
usuário.
Exercício
3. (UFPR – TJPR – Juiz – 2013) Considerando o disposto na Lei nº 8.987/95,
assinale a alternativa incorreta:
a) Segundo a referida lei, “a transferência de concessão ou do controle
societário da concessionária sem prévia anuência do poder concedente
implicará a caducidade da concessão”.
b) Segundo a referida lei, “o poder concedente publicará, previamente ao
edital de licitação, ato justificando a conveniência da outorga de con-
cessão ou permissão, caracterizado seu objeto, área e prazo”.
c) Afasta a possibilidade de greve pelos servidores ou empregados da en-
tidade prestadora.
d) Independe de definição em lei e admite a prestação direta pelo poder pú-
blico e indireta por particulares, exclusivamente sob o regime de permissão.
e) Faculta a transferência de titularidade do serviço a particular, mediante
concessão, quando passível de exploração por cobrança de tarifa do
usuário.
2º Momento:
Teoria da Responsabilidade Subjetiva (1874 até 1946):
Nessa teoria, o Estado tem o dever de indenizar o particular, mas exige que a
vítima demonstre o dolo ou a culpa do agente.
O elemento é subjetivo, a intenção, a vontade, ou no caso da culpa, a inob-
servância do dever de cautela.
3º Momento:
Teoria da Responsabilidade Objetiva (1947 até os dias atuais):
Nessa teoria, que vige até hoje, a responsabilidade objetiva não se preocupa
com elementos de vontade, basta que o Estado, por intermédio do seu agente
público, cause um dano ao particular.
Esse dano pode ser originado por uma conduta praticada pelo agente, sendo
que entre a conduta e o dano há o nexo causal.
Na teoria subjetiva, a vítima sempre tinha que demonstrar o dolo ou a culpa
do agente.
Na teoria objetiva, pouco importa se o Estado quis ou não quis causar o dano,
ele tem obrigação de indenizar.
Na teoria subjetiva, era muito difícil provar a culpa ou dolo do agente.
Na teoria objetiva, facilitou muito para o particular, já que esse não precisa
provar o dolo ou a culpa do agente, bastando apenas demonstrar o nexo causal
e o dano.
Evolução Histórica no Brasil
1º) Até 1891: nenhuma menção sobre o fato de responsabilizar o Estado
existia.
No império, não se falava em responsabilidade, não havia nenhum dispositivo
que apontasse sobre isso.
2. Responsabilidade Objetiva
x Responsabilidade Subjetiva
Exercício
1. (Cespe – DPE/TO – Defensor Público – 2013) Em relação à responsabilidade
civil do Estado pelo exercício da função administrativa e a improbidade ad-
ministrativa, assinale a opção correta:
a) O Estado, no exercício da função administrativa, responde objetivamen-
te por danos morais causados a terceiros por seus agentes.
b) A responsabilidade do Estado pelo exercício da função administrativa é
subjetiva, de acordo com a teoria do risco administrativo.
c) As sociedades de economia mista que se dedicam à exploração de ativi-
dade econômica são responsáveis objetivamente pelos danos que seus
agentes causem a terceiro.
d) O servidor público que utiliza, em proveito próprio, carro de proprieda-
de da União pratica infração disciplinar, mas não ato de improbidade
administrativa.
e) Não há previsão da penalidade de suspensão dos direitos políticos para o
responsável por ato de improbidade administrativa que atente contra
os princípios da administração pública.
Responsabilidade Objetiva:
Modalidades:
– risco administrativo: têm excludentes:
1ª) culpa exclusiva da vítima;
2ª) força maior;
3ª) culpa de terceiro.
O risco administrativo é aquele que tem excludente, ou seja, todo comporta-
mento humano ou situação de fato que, quando presente, afasta o dever de o
Estado indenizar.
Culpa exclusiva da vítima: acontece sempre que o dano é de inteira respon-
sabilidade da vítima.
Força maior: é diferente de caso fortuito que não é excludente.
Os eventos originados da natureza: são imprevisíveis e que sejam inevitáveis.
Culpa de terceiro: o terceiro é pessoa estranha para a vítima e para o Estado.
Direito Administrativo 53
Exercício
2. Um menino de 5 anos, tira a trava do portão de casa, atravessa a rua e
percebe que vem um caminhão grande de coleta de lixo. O menino olha
o caminhão e, de repente, o caminhão deixa descer um pouco e acelera o
caminhão. Atrás do menino havia um carro e, no momento que o caminhão
passa, prensa o menino entre ele e o carro. O Estado tem responsabilidade?
5. Risco Integral
Responsabilidade Objetiva:
– Risco Administrativo: há excludentes:
1ª) culpa exclusiva da vítima;
2ª) força maior;
3ª) culpa de terceiro.
– Risco Integral
Não há excludentes.
a) dano nuclear (art. 21, XXIII, “d”, da CF);
b) dano ambiental (NCF).
O dano ambiental, conforme Novo Código Florestal, também gera responsa-
bilidade objetiva do Estado, e mais que isso, risco integral.
A existência de dano ambiental impõe ao atual possuidor ou proprietário a
responsabilidade pelo dano.
54 Direito Administrativo
Exercício
3. (Cespe – TC – DF – Procurador – 2013) O Estado só responderá pela indeni-
zação ao indivíduo prejudicado por ato legislativo quando este for declara-
do inconstitucional pelo STF.
Exercício
4. (Vunesp – MPE-ES – 2013 – Promotor de Justiça) Considerando a respon-
sabilidade objetiva do Estado prevista no art. 37, § 6º, da CF. Considere a
alternativa correta:
a) É aplicável aos casos de danos causados pela ação ou omissão do Esta-
do em responsabilidade extracontratual.
b) Atinge aos atos praticados pelo agente público dentro e fora dos exer-
cícios das funções.
c) É atenuada pela ocorrência de caso fortuito, forca maior ou se caracte-
rizada culpa exclusiva da vítima.
d) As pessoas jurídicas de direito público responderão pelos danos que
seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurando o di-
reito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
e) Não se aplica às pessoas jurídicas de direito privado prestadores de ser-
viços públicos, como fundações governamentais de direito privado.
Exercício
1. (Vunesp – MP-ES – 2013 – Promotor de Justiça) A ação de Improbidade
Administrativa: tem natureza penal, haja vista que a Lei nº 8.429/92 traz
condutas típicas em seu artigo. Verdadeiro ou falso?
Deve ingressar com a ação a pessoa jurídica lesada ou o Ministério Público, o qual
tem participação obrigatória, pois ou atua como autor da ação ou como fiscal da lei.
Um único ato de improbidade poderá refletir diversas sanções: sanção civil,
sanção penal e sanção administrativa. Quanto mais grave for a conduta, mais
rígida deverá ser a sanção. Há uma quarta possibilidade sancionatória: a sanção
política disposta no art. 37, § 4º, da CF, chamada suspensão dos direitos políticos
ou perda da função pública.
Ambas não possuem aplicação imediata, pois enquanto não existir o trânsito
em julgado, não haverá possibilidade da incidência dessas sanções.
Exercício
2. (Vunesp – 2013 – MPE-ES – Promotor de Justiça) Assinale a alternativa correta:
a) A Lei nº 8.429/92 cuida de reparar atos de improbidade praticados con-
tra a Administração Pública por via específica que não se confunde com
Direito Administrativo 61
a ação penal comum, nem com a ação que apura os crimes de respon-
sabilidade das autoridades mencionadas na CF.
b) Em relação ao Presidente, está sujeito à perda da função pública e dos
direitos políticos em decorrência de improbidade, pela via da ação civil
pública da Lei nº 8.429/92, pois a improbidade administrativa, em toda
sua extensão típica, é crime de responsabilidade do Chefe da Nação.
c) Senadores, Deputados Federais e Estaduais estão sujeitos a normas
constitucionais que disciplinam expressamente a forma de perda das
funções, assim, não podem ter cassados seus direitos políticos pela via
da Lei nº 8.429/92. Da mesma forma, Juízes e Promotores de Justiça
estão imunes às sanções da referida Lei.
d) A Lei nº 8.429/92 veda, em caráter absoluto, a presença de algumas
autoridades púbicas no polo passivo de ação civil de improbidade ou
prevê foro de prerrogativa de função, não restringindo, no entanto, as
sanções cabíveis.
e) A Lei nº 8.429/92 pode ensejar prerrogativa de foro, pois ostenta cará-
ter criminal. A perda da função pública para Prefeitos Municipais sub-
mete-se ao tipo penal que tem como objetividade jurídica a tutela da
Administração e do patrimônio público, no especial aspecto da garantia
da probidade administrativa.
Exercício
3. (Cespe – 2013 – AGU) Se um agente público conceder benefício administra-
tivo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares
aplicáveis à espécie, ficará caracterizado ato de improbidade administrativa,
mesmo que o agente não tenha atuado de forma dolosa, ou seja, sem a
intenção deliberada de praticar ato lesivo à administração pública. Correto
ou errado?
O procedimento é bifásico:
1º momento: Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e
ordenará a notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que
poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de quinze
dias. Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão funda-
mentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade,
da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita.
2º momento: Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar con-
testação. Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de instrumento.
Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de improbi-
dade, o juiz extinguirá o processo sem julgamento do mérito.
Ainda que o magistrado tenha suprimido a primeira fase, cabe ao réu provar
o prejuízo para que o processo seja anulado. Assim, não há nulidade automática.
O art. 23 da Lei nº 8.429/1992 dispõe sobre a prescrição, onde quem for detentor
de mandato eletivo, cargos em comissão e função de confiança, quando romper
o vínculo com a administração pública, iniciar-se-á a contagem dos cinco anos e
por todo esse período poderá ingressar com ação de improbidade administrativa.
Se houve reeleição do agente político, o STJ defende o entendimento de que
não gerou rompimento do vínculo, então, não começa a contar o prazo prescri-
cional de cinco anos para ajuizamento da ação.
No caso de cargo efetivo ou emprego público ao praticar o ato de improbida-
de tem que verificar qual o prazo prescricional da demissão: se for o prazo da Lei
nº 8.112/1990, será de 5 anos, mas, caso outras leis tragam prazos prescricionais
de demissão distintos, deverá aplicar tais prazos.
Se junto com a ação de improbidade responder a uma ação penal também,
não será mais o prazo prescricional da demissão, mas o prazo do direito penal
referente ao crime, seja prescrição maior ou menor.
Capítulo 7
Agentes Políticos
2. Estatutários – Temporários
Exercícios
1. (Cespe – DPE-ES – Defensor Público) Após três anos de efetivo exercício, é
assegurada a estabilidade dos defensores públicos do estado, que somente
perderão o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado,
mediante processo administrativo disciplinar em que lhe seja assegurada
ampla defesa, por ato do defensor público geral do estado, ou em virtude
de reprovação no procedimento de avaliação periódica de desempenho,
na forma de lei complementar, facultados, igualmente a ampla defesa e o
contraditório.
2. (Funcab – 2012 – PC-RJ – Delegado de Polícia) No que diz respeito à aquisi-
ção da estabilidade do servidor público, assinale a alternativa correta:
a) É exigido o requisito temporal de dois anos de efetivo exercício.
b) Pode ser estendida aos titulares de cargos em comissão de livre nomea-
ção e exoneração.
c) Guarda correlação com o cargo e não com o serviço público.
Direito Administrativo 67
Exercícios
3. (FCC – 2012 – PGE-SP – Procurador) A greve no setor público é direito:
a) Exercitável em todos os serviços públicos, civis ou militares, observados
os limites da Lei de greve aplicável aos trabalhadores do setor provado,
até que seja suprida a omissão legislativa.
b) Assegurado ao militar dos Estados, embora seja vedado aos membros
do Exército.
c) Também exercitável pelos servidores públicos em estágio probatório.
d) Assegurado pelo STF, que garantiu o exercício do direito de greve do
servidor público, observada a legislação aplicável aos trabalhadores do
setor privado, restringindo o exercício do direito, no entanto, aos con-
Direito Administrativo 69
4. Provimento
Conforme já estudado, se o sujeito, uma vez nomeado, dentro do prazo legal, não
tomar posse, a consequência será o fato de que a nomeação ficará sem efeito.
Outro aspecto a ser estudado é que o sujeito tem a investidura quando toma
posse.
Ainda, se, uma vez que tomou posse e, dentro do prazo legal, não entrou em
exercício, a consequência será a exoneração.
O provimento é a ocupação, ou seja, o cargo estava vago e foi provido.
Por fim, cumpre esclarecer que a transferência e a ascensão foram declaradas
inconstitucionais pelo STF.
Exercícios
1. (TRF – 4ª Região – Juiz Federal – 2010) Dadas as assertivas abaixo, assinale
a alternativa correta:
Segundo o entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça:
I. O candidato aprovado dentro do número de vagas previsto no edital de
concurso público possui direito subjetivo à nomeação para o cargo a que
concorreu e foi classificado.
II. A aprovação em concurso público não assegura a nomeação, mas sim
mera expectativa de direito, pois o provimento de cargo fica adstrito ao
juízo de conveniência e oportunidade da Administração Pública.
III. A contratação temporária de terceiros no prazo de validade de concurso
público só é admissível se já ocorreu o preenchimento de todas as vagas
existentes de cargos de provimento efetivo.
IV. Não é possível o controle judicial de questões formuladas em concurso
público quanto à sua adequação ou não ao programa do certame.
a) Está correta apenas a assertiva II.
b) Está correta apenas a assertiva III.
c) Estão corretas apenas as assertivas I e III.
d) Estão corretas apenas as assertivas II e IV.
e) Nenhuma assertiva está correta.
Direito Administrativo 73
Exercícios
3. (Cespe – 2013 – DPE-DF – Defensor Público) No que se refere aos agentes
públicos, julgue o item subsequente:
Recondução é a forma de provimento de cargo público em que um servidor
público estável retorna ao cargo anteriormente ocupado, por reprovação
em estágio probatório, desistência de estágio probatório ou por reintegra-
ção do anterior ocupante do cargo, de acordo com a Lei Complementar
Distrital nº 840/2011.
4. (FCC – 2012 – TRT – 4ª Região (RS) – Juiz do Trabalho) Constitui forma de
provimento de cargo público, de acordo com a legislação que rege a matéria:
a) Reversão, consistente no provimento de cargo decorrente de transfor-
mação do originalmente ocupado pelo servidor, condicionada a aprova-
ção em processo seletivo específico.
Direito Administrativo 75
9. Hipóteses de Remoção
Conforme estudado anteriormente, havendo a acumulação ilícita de cargos, ha-
verá três fases a ser observadas. A primeira permite a escolha por parte do servi-
dor. Caso este não proceda a escolha, haverá o PAD sumário.
76 Direito Administrativo
Exercício
5. (FCC – 2014 – TRT – 18ª Região (GO) – Juiz do Trabalho) No tocante à
disciplina da remoção dos servidores públicos, nos termos da Lei Federal nº
8.112/1990, é INCORRETO afirmar:
a) Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âm-
bito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.
Direito Administrativo 77
prazo ele não consiga quitar a dívida, terá seu nome inscrito em dívida ativa,
ou seja, correrá contra ele, execução fiscal.
Aquilo que incorpora ou integra tem diferença no tempo, portanto, a indeni-
zação pode ser recebida hoje e depois nunca mais será recebida. Por conseguinte,
a indenização integra a remuneração enquanto que a gratificação e o adicional
incorporam a remuneração.
A indenização é a única verba possível para romper o teto remuneratório do
Ministro do STF, se vier a título de indenização (art. 37, § 11, XI, da CF). A inde-
nização não traz acréscimo de patrimônio, pois somente recompõe o patrimônio
do servidor.
18. Licença
O servidor terá direito à licença, sem remuneração, durante o período que mediar
entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a
véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.
A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição,
o servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, so-
mente pelo período de três meses.
Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na forma
e condições previstas na legislação específica. Concluído o serviço militar, o servi-
Direito Administrativo 83
dor terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.
A licença por foro íntimo e interesse particular não poderá mais ser concedida
durante o estágio probatório. O prazo máximo desta licença é de três anos e sem
remuneração.
A licença para capacitação não pode ser concedida no estágio probatório,
pois só dá direito a partir do quinto ano de efetivo exercício no serviço público fe-
deral. Esta é uma licença remunerada e que permite que o servidor tenha licença
para realizar um curso de capacitação de até três meses.
É assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para o desem-
penho de mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito
nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da pro-
fissão ou, ainda, para participar de gerência ou administração em sociedade coo-
perativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros.
A licença para o exercício de mandato classista terá duração igual à do man-
dato, podendo ser renovada, no caso de reeleição.
Exercício
6. (TRT – 18ª Região – 2014) A Lei Federal nº 8.112/1990 prevê, dentre as hi-
póteses de licenciamento do servidor, a concessão de licença para atividade
política (art. 86); e licença para tratar de interesses particulares (art. 91).
Sobre tais atos administrativos, é correto afirmar que:
a) O primeiro é ato discricionário e revogável; o segundo é ato vinculado e
irrevogável.
b) O primeiro é ato vinculado e irrevogável; o segundo é ato discricionário
e revogável.
c) Ambos são atos discricionários e revogáveis.
d) Ambos são atos vinculados e irrevogáveis.
e) O primeiro é ato vinculado e revogável; o segundo é ato discricionário e
irrevogável.
20. Concessões
No afastamento para cargo efetivo, o servidor não irá se afastar para concorrer
a um cargo, ele vai se afastar, pois já está na posse de um cargo eletivo (art. 38
da CF/1988). O tempo de afastamento do servidor conta para todos os efeitos,
menos para a finalidade de promoção por merecimento.
Se o servidor estiver em estágio probatório e exercer cargo em comissão em
outro órgão, poderá servir em outro órgão, desde que seja DAS 4 em diante.
O órgão cedente é o órgão que cedeu, e o órgão cessionário é o órgão que
recebeu o servidor.
O afastamento para servir em outro órgão está disciplinado no art. 93 da Lei
nº 8.112/1990.
Em regra, o ônus (pagamento) será de responsabilidade do órgão cedente, ex-
cepcionalmente sendo responsabilidade do cessionário quando o servidor federal
for servir Estados, Distrito Federal e Municípios.
O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem
autorização do Presidente da República, Presidente dos órgãos do Poder Legisla-
tivo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.
A ausência não excederá 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somen-
te decorrido igual período, será permitida nova ausência.
Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exo-
neração ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido período
igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa ha-
vida com seu afastamento.
Direito Administrativo 85
Exercícios
7. (FCC – TRT – 2013) O exercício de mandato eletivo de vereador por servidor
público, nos termos da Lei nº 8.112/90:
a) É incompatível com o vínculo funcional de servidor público, devendo
haver prévia exoneração do cargo para assunção ao cargo.
b) Exige afastamento do cargo público ocupado, podendo optar pela re-
muneração do mesmo.
c) Pode exigir afastamento do cargo, caso não haja compatibilidade de
honorários, podendo receber as vantagens de seu cargo, cumuladas
com os vencimentos do cargo eletivo.
d) Exigirá afastamento do cargo, caso não haja compatibilidade de horá-
rios, podendo optar, nesse caso, pela sua remuneração.
e) Não exige afastamento do cargo em havendo compatibilidade de hono-
rários, podendo ser cumulados os vencimentos e vantagens percebidos.
8. (FCC – TRT – 2011) A Lei nº 8.112/1990, em seu capítulo V, seção I, trata
do afastamento do servidor público federal para servir a outro órgão ou en-
tidade. O servidor do poder executivo poderá ter exercício em outro órgão
da Administração Federal direta que não tenha quadro próprio de pessoal,
desde que preenchidos os seguintes requisitos:
a) Autorização expressa do Presidente da República, fim determinado e
prazo certo.
b) Autorização expressa do Ministro do Planejamento, fim determinado e
prazo incerto.
c) Fim determinado e prazo incerto, não sendo necessária qualquer auto-
rização.
d) Autorização expressa do Ministro do Planejamento e prazo incerto,
apenas.
e) Autorização expressa do Ministro Chefe da Casa Civil e prazo certo, não
se fazendo necessário que seja para um propósito determinado.
86 Direito Administrativo
Exercício
9. (Cespe – TCU – 2013) Acerca dos agentes públicos e do processo adminis-
trativo disciplinar, julgue o item seguinte:
A instauração de processo administrativo disciplinar é obrigatória para a apli-
cação das penas de suspensão por mais de trinta dias, demissão, cassação de
aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão.
Exercício
10. (Cespe – 2013) Com referência aos agentes administrativos, julgue o item
subsequente:
Um dos fundamentos aptos a ensejar a revisão do processo disciplinar é a
alegação e a demonstração da injustiça na aplicação da pena.
O servidor público que praticar um ato irregular ou ilícito poderá ser punido nas
esferas civil, penal e administrativa, sendo que essas sanções podem ser aplicadas
de forma cumulativa.
Via de regra, as esferas sancionatórias são autônomas e independentes. As-
sim, o processo civil não precisará aguardar o trâmite do processo criminal ou
administrativo, sendo que o resultado de uma esfera não influenciará o da outra.
Comumente, surgem questões afirmando que as esferas sancionatórias são
autônomas e interdependentes, como já visto, as esferas são independentes.
Excepcionalmente, pode acontecer de o resultado do processo na esfera penal
vincular a esfera administrativa, não influenciando na esfera civil.
Para tanto, é necessária a absolvição do servidor na esfera penal por inexistên-
cia de materialidade ou por negativa de autoria, ainda que o crime tenha existido.
Sendo o servidor absolvido nas referidas hipóteses, haverá sua reintegração
nos quadros da Administração Pública.
Exercício
11. (Funcab – 2013 – Delegado – ES) Laurineia, com vinte e cinco anos de
serviço público no cargo efetivo de Auxiliar Administrativo, está sendo pro-
Direito Administrativo 89
27. Demissão
Exercício
12. (TRT – 15ª Região) Ronaldo é servidor público federal incumbido de aten-
dimento ao público numa repartição federal, juntamente com outro servi-
Direito Administrativo 91
Exercício
1. (Cespe – AGU – 2004) Julgue a assertiva:
A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos
é condição indispensável para sua eficácia, dispensada a publicação apenas
dos instrumentos dos contratos sem ônus para a administração.
Exercício
2. (Cespe – Ibama – 2012) Todo contrato celebrado pela administração pública
será considerado um contrato administrativo.
Exercício
3. (Esaf – AFC – CGU – 2006) A regra básica relativa à vigência dos contratos
administrativos é:
a) Duração de um ano.
b) Duração de até seis meses.
c) Duração definida em cada edital de licitação.
d) Duração adstrita aos respectivos créditos orçamentários.
e) Duração de até 24 meses.
Exercício
4. (Esaf – PFN – 2004) O regime jurídico dos contratos administrativos confere
à Administração, em relação a eles, diversas prerrogativas, entre as quais
não se inclui:
a) Fiscalizar-lhes a execução.
b) Aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste.
c) Rescindi-los unilateralmente, nos casos especificados em lei.
d) Alterar unilateralmente as cláusulas econômico-financeiras e monetá-
rias dos contratos administrativos.
e) Modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de
interesse público, respeitados os direitos do contratado.
Direito Administrativo 99
– autorização de compra;
– ordem de execução de serviço.
São de presença obrigatória:
– o nome das partes e seus representantes;
– a finalidade;
– o ato que autorizou a sua lavratura;
– o número do processo de licitação, da dispensa ou da inexigibilidade;
– a sujeição dos contratantes às normas da Lei de Licitações e Contratos e às
cláusulas contratuais estabelecidas.
São cláusulas necessárias que devem constar do contrato, conforme dispõe
o art. 55:
– objeto e seus elementos característicos;
– regime de execução e forma de fornecimento;
– preço e condições de pagamento (reajuste/atualização monetária);
– prazos de início de execução, conclusão e entrega;
– o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação de classificação
funcional programática e da categoria econômica;
– as garantias, quando exigidas;
– direitos e responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores
das multas;
– casos de rescisão;
– direitos da Administração em caso de rescisão contratual;
– condições de importação, data e taxa de câmbio, se for o caso;
– vinculação ao instrumento convocatório ou ao termo que autorizou a con-
tratação direta e também a proposta vencedora;
– legislação aplicável à execução e aos casos de omissão;
– obrigação de o contratado manter, durante a execução, em compatibilida-
de com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação
e qualificação exigidas no edital.
O termo álea deriva do latim e quer dizer sorte ou risco, a celebração de todo
contrato administrativo sempre envolve riscos com consequências distintas. As
áleas dividem-se em ordinária e extraordinária.
As áleas ordinárias são aquelas comuns a todo negócio e, como regra, este
tipo de risco correrá por conta do empresário. Áleas extraordinárias são as cir-
cunstâncias que não podem ser previstas, acarretando excessiva onerosidade ao
contrato, gerando maior repercussão jurídica.
As áleas administrativas surgem mediante a atuação direta ou indireta da Ad-
ministração Pública, acarretando alteração unilateral do contrato (fato da Admi-
nistração ou fato do príncipe).
As áleas econômicas decorrem de fatores externos e alheios à vontade das
partes, ensejando aplicação da teoria da imprevisão.
O fato de a Administração Pública ter amparo na Lei de Licitações (8.666/1993),
permitindo atrasos por parte da Administração, sendo o particular obrigado a to-
lerar o evento, não enseja oposição da exceção do contrato não cumprido por
parte deste.
O fato do príncipe é provocado por uma medida genérica da Administração,
que repercute reflexamente no contrato, embora a determinação estatal seja im-
previsível, onera substancialmente sua execução.
A teoria da imprevisão decorre da cláusula rebus sic stantibus, tendo sua ori-
gem no direito canônico, utilizada em contrato de trato sucessivo.
Exercício
5. (Magistratura – AL – 2008) Medidas de ordem geral não relacionadas dire-
tamente com o contrato, mas que nele repercutem, provocando equilíbrio
econômico-financeiro em detrimento do contratado, são institutos aplica-
dos aos contratos administrativos definidos como:
a) Fato da administração.
b) Força maior.
c) Caso fortuito.
d) Exceptio non adimpleti contractus.
e) Fato do príncipe.
Exercício
6. (Cespe – Depen – 2013) A contratação de profissional do setor artístico,
consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública, poderá ser
feita com dispensa de prévio procedimento licitatório.
A Lei de Licitações define obra como toda construção, reforma, fabricação, recu-
peração ou ampliação, que será realizada por execução direta ou indireta, pela
Administração ou seus delegados (art. 6º, I).
Construção é a conjugação de materiais e atividades empregados na execu-
ção de um projeto de engenharia. Reforma é toda obra visando à melhoria nas
construções, sem o aumento de área ou capacidade. Ampliação é a obra de au-
mento na área ou na capacidade da construção.
Outra classificação relevante, trazida por Hely Lopes Meirelles, refere-se ao
equipamento urbano (ruas, praças, calçadas, redes de energia elétrica) e ao equi-
pamento administrativo (aparelhamentos para o serviço administrativo em geral).
Nesse mesmo sentido, temos, ainda, os empreendimentos de utilidade pú-
blica (ferrovias, aeroportos, rodovias) e os edifícios públicos (sedes de governo,
repartições públicas, presídios).
Existem aspectos que diferenciam obra do serviço, enquanto o serviço des-
tina-se a uma atividade em si, a obra tem como peculiaridade, o emprego dos
materiais com uma técnica adequada.
A empreitada é o tipo de contrato em que a Administração comete ao particu-
lar a execução da obra por sua conta e risco, mediante remuneração previamente
ajustada.
110 Direito Administrativo
Exercício
7. (TRT – Analista – 2013) Não dispondo de recursos financeiros, o Poder Pú-
blico pretende delegar a execução material de serviço público de sua titu-
laridade a particular para que ele possa explorá-lo e dele se remunerar. De
acordo com o ordenamento jurídico vigente, o Poder Público pode:
a) Firmar contrato de concessão de serviço público precedido de licitação.
b) Outorgar a titularidade do serviço público por meio de ato normativo,
precedido de licitação.
c) Editar decreto transferindo a concessão do serviço público aos particu-
lares, independentemente de licitação.
d) Celebrar convênio de trespasse da exploração do serviço público, prece-
dido de licitação.
e) Celebrar contrato de permissão de serviço público, declarando-se pré-
via inexigibilidade de licitação.
Inicialmente, vale lembrar que o vencedor da licitação não tem direito líquido e
certo de contratar com o Poder Público, mas sim uma expectativa de direito de
contratar.
É necessário diferenciar o contrato administrativo do contrato da Administra-
ção.
Nos contratos administrativos, as partes são a Administração Pública e o con-
tratado (em regra, o particular), em uma relação vertical. No contrato da Admi-
nistração as partes também são a Administração Pública e o contratado, porém
a relação é horizontal.
Assim, no contrato administrativo, o regime jurídico é de Direito Público, ou
seja, regime jurídico desigual, enquanto no contrato da Administração o regime
jurídico é de Direito Privado, uma relação jurídica igualitária.
Os três exemplos de contrato da Administração mais cobrados em provas são:
contrato de locação; contrato com banco público; e contrato de compra de ações
das empresas estatais.
Ressalte-se que no contrato administrativo existe a desigualdade, posto que
há cláusulas exorbitantes.
Passa-se, agora, ao estudo das características dos contratos administrativos.
A primeira característica é o fato de que o contrato administrativo é um con-
trato de adesão, pois a Administração Pública apresenta o contrato e o particular
não possui liberdade para negociar as cláusulas.
A segunda característica é a formalidade. O contrato administrativo é um
contrato formal, pois, em regra, é escrito e, excepcionalmente, será verbal, nos
termos do artigo 60, parágrafo único, da Lei nº 8.666/93.
Direito Administrativo 115
contraditório.
A Administração Pública pode aplicar as seguintes sanções: advertência; mul-
ta; suspensão de contratar; e declaração de inidoneidade.
Ainda estudando as sanções, a multa pode ser cumulada com a advertência, com
a suspensão ou com a declaração de inidoneidade.
A advertência é a sanção mais leve e deve ser feita por escrito.
Por sua vez, a multa é diferente de ressarcimento. Trata-se de uma sanção
pecuniária.
Já a suspensão de contratar está direcionada a um ente específico e tem du-
ração de até dois anos.
Por outro lado, na declaração de inidoneidade há proibição de contratar com
toda a Administração Pública, ou seja, diz respeito ao Estado “lato sensu” e tam-
bém tem duração de até dois anos. Aqui é necessária a reabilitação, ou seja, o
pagamento de todos os prejuízos causados à Administração Pública.
Outro ponto a ser estudado é a ocupação temporária de bens, em respeito
ao princípio da continuidade. Está relacionada à garantia da prestação do serviço
público e ocorre, por exemplo, em caso de greve.
Passa-se ao estudo da Teoria da Imprevisão, que traz a ideia de consertar um
desequilíbrio extraordinário ocorrido em quatro possibilidades: força maior ou
caso fortuito; fato da administração; fato do príncipe; ou interferências impre-
vistas.
Vale destacar que o fato da Administração é interno ao contrato, enquanto o
fato do príncipe é externo ao contrato.
Exercício
1. (Cespe – DPU – 2010) Com a publicação da Lei nº 9.784/1999, que regula
o processo administrativo no âmbito da administração pública federal, hou-
ve significativa melhoria na proteção dos direitos dos administrados e na
execução dos fins da administração pública. A lei mencionada estabelece
normas básicas acerca do processo administrativo somente na administra-
ção federal e estadual direta.
Exercício
2. (Magistratura Federal – 1ª Região – 2005) O princípio da segurança jurídica,
na Administração:
a) Não impede aplicação retroativa de lei de ordem pública, porque não
há direito adquirido em face de norma dessa natureza.
b) Não veda aplicação retroativa de nova interpretação da lei.
c) Protege, além do direito adquirido, expectativas legítimas e situações
em vias de constituição sob o pálio de promessas firmes do Estado.
Direito Administrativo 123
Exercício
3. (Juiz – 2013 – Vunesp) No Processo Administrativo:
a) Não se aplica o princípio do juiz natural.
b) A instauração será exclusivamente por meio de Portaria.
c) Admite-se, excepcionalmente, a interceptação de comunicação tele-
fônica.
d) Aplica-se o princípio do formalismo moderado.
Exercício
4. (Esaf – Analista Administrativo – 2009) Segundo a Lei nº 9.784/1999, o ad-
ministrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo
de outros que lhe sejam assegurados, exceto:
a) Fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obriga-
tória a representação, por força de lei.
b) Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais
serão objeto de consideração pelo órgão competente.
c) Ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão
facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações.
d) Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a
condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documen-
tos neles contidos e conhecer as decisões proferidas.
e) Ver proferida a decisão em processo administrativo de seu interesse em
um prazo improrrogável de trinta dias.
6. O Requerimento e os Legitimados
Como regra geral, o requerimento deve ser por escrito e a lei prevê alguns requisitos.
O conteúdo do requerimento é: órgão ou autoridade a que se dirige; identifi-
cação do interessado ou de quem o represente; domicílio do requerente ou local
para recebimento de comunicações; formulação do pedido, com exposição dos
fatos e de seus fundamentos; data e assinatura do requerente ou de seu repre-
sentante.
É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documen-
tos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de even-
tuais falhas.
Ainda, a lei traz os legitimados como interessados e não partes, até porque o
processo administrativo é bipartite.
126 Direito Administrativo
Exercício
5. (Analista – TCU – 2008) Analise a assertiva:
Conforme a lei geral do processo administrativo no âmbito federal, a le-
gitimidade ativa para atuar como interessado foi estendida às pessoas ou
associações legalmente constituídas quanto aos direitos difusos.
7. Requisito de Competência
Caio Tácito traz uma conhecida expressão, dizendo que “não é competente quem
quer, mas quem pode, segundo a norma de Direito”.
Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser
iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir.
O art. 11 da Lei nº 9.784/1999 determina que a competência é irrenunciável e
se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os
casos de delegação e avocação legalmente admitidos.
Nota-se que a competência é irrenunciável em razão da indisponibilidade dos
interesses públicos.
Ainda, tanto a delegação quanto a avocação decorrem do poder hierárquico.
Ademais, a delegação é possível a órgãos não subordinados hierarquicamente
e desde que conveniente em razão de circunstâncias de índole técnica, social,
econômica, jurídica ou territorial, nos termos do art. 12.
Thiago Marrara trouxe algumas características da delegação, quais sejam, a par-
cialidade, a motivação, a publicidade, a limitação, a precariedade e a revogabilidade.
“Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
I – a edição de atos de caráter normativo;
Direito Administrativo 127
Exercício
6. (TRT 7ª Região, FCC – Analista Judiciário – 2009) Nos termos da Lei nº
9.784/99, quanto à competência para o processo administrativo, é INCOR-
RETO afirmar que:
a) Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devi-
damente justificados, a avocação temporária de competência atribuída
a órgão hierarquicamente inferior.
b) As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente
esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.
c) Não pode ser objeto de delegação a edição de atos de caráter normati-
vo, dentre outros.
d) Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá
ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir.
e) O ato de delegação é irrevogável, salvo quando se tratar de decisão de
recursos administrativos.
8. Impedimentos e Suspeição
Exercício
7. (Analista Judiciário – TRT 21ª Região – 2003) NÃO está impedido de atuar
em processo administrativo o servidor ou autoridade que:
a) Tenha participado como perito ou representante.
b) Venha a participar como testemunha.
c) Seja considerado sem interesse na matéria objeto do processo.
d) Esteja litigando judicialmente com o cônjuge do interessado.
e) Esteja litigando administrativamente com a companheira do interessado.
Exercício
8. (FCC – 2007 – TRT 23ª Região (MT) – Técnico Judiciário) No que tange
às normas relativas ao processo administrativo disciplinadas pela Lei nº
9.784/99, considere:
Em regra, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos
administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de dois
dias, salvo motivo de força maior.
Exercício
9. (Ceitec, Funrio, Advogado – 2012) Nos termos da Lei do Processo Adminis-
trativo (Lei nº 9.784/99), as intimações que envolvam o comparecimento do
destinatário devem ser encaminhadas com determinado prazo de antece-
dência. Esse prazo é de:
a) 4 dias úteis.
b) 3 dias úteis.
c) 3 dias corridos.
d) 2 dias corridos.
e) 2 dias úteis.
Exercício
10. (TRT 4ª Região – FCC, Analista Judiciário – 2006) No que tange à atividade
de instrução no processo administrativo no âmbito da Administração Públi-
ca Federal, é incorreto afirmar que:
Direito Administrativo 131
Exercício
11. (Juiz – 2011) Conforme o Direito federal vigente, como regra, não há neces-
sidade de motivação de atos administrativos que:
a) Imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções.
b) Promovam a exoneração de servidores ocupantes de cargos em comissão.
c) Decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública.
d) Dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório.
e) Decorram de reexame de ofício.
Exercício
12. (FCC – 2011 – TRF – Analista Judiciário) No que concerne à desistência e
outras formas de extinção do processo administrativo no âmbito da Admi-
nistração Pública Federal, é correto afirmar:
a) O interessado poderá, mediante manifestação escrita, renunciar a direi-
tos disponíveis e indisponíveis.
b) O interessado poderá, mediante manifestação escrita ou oral, desistir
total ou parcialmente do pedido formulado.
c) A desistência do interessado, conforme o caso, prejudica o prossegui-
mento do processo, ainda que a Administração considere que o interes-
se público exija sua continuidade.
d) O órgão competente não poderá declarar extinto o processo quando
o objeto da decisão se tornar inútil por fato superveniente, devendo,
nessa hipótese, levar o feito até seu término, com decisão de mérito.
e) Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia atinge somente
quem a tenha formulado.
Exercício
13. (FCC – 2011 – TJU/AP – Cartório) No que se refere à revogação e à invalida-
ção dos atos administrativos:
a) A Administração Pública poderá invalidar seus atos administrativos, por
razões de ilegalidade, produzindo, de regra, efeitos ex nunc.
b) O Poder Judiciário poderá revogar atos administrativos, por razões de
ilegalidade, produzindo efeitos ex nunc.
c) A Administração Pública, de regra, poderá revogar atos administrativos
discricionários, por razões de conveniência e oportunidade, produzindo
efeitos ex nunc.
d) A Administração Pública poderá invalidar seus atos administrativos de
ofício, por razões de mérito, produzindo efeitos ex nunc.
e) O Poder Judiciário não poderá invalidar atos administrativos discricioná-
rios, eis que estes estão sujeitos exclusivamente à autotutela.
Direito Administrativo 135
18. Prazos
Exercício
14. (Cespe) Julgue o item a seguir:
A Lei nº 9.784/99 é aplicada de forma subsidiária a Lei nº 8.112/90.
Capítulo 12
Bens Públicos
1. Introdução
O domínio sobre o Estado sobre os bens podem ser de domínio eminente, recain-
do sobre todas as coisas que estão em seu território e de domínio público, sobre
os bens do Estado.
Dalmo de Abreu Dallari contempla quatro elementos do Estado: povo, sobe-
rania, território e finalidade.
O quarto elemento que Dallari acrescentou, segundo a definição tradicional
da Teoria Geral do Estado, demonstra que a criação do Estado ocorre para a con-
secução de atividades voltadas ao bem comum.
Nesse sentido, a finalidade do Estado é o elemento que legitima seus atos,
prerrogativas e sujeições.
Sobre todas as coisas que se encontram sobre o domínio eminente do Estado
recairá o poder de polícia, envolvendo possíveis limitações ao exercício de direitos
individuais.
Vale destacar que existem limitações do Estado à propriedade privada.
Os bens considerados de domínio público envolvem os bens do Estado. Os
primeiros teóricos a tratarem desse assunto foram os franceses como Hauriou,
que reconhece a propriedade pública, com algumas diferenças em relação à pro-
priedade privada.
Segundo Marçal Justen Filho, a propriedade pública deve vincular-se à sua
natureza funcional.
São bens públicos os bens de domínio nacional pertencentes à União, aos
Estados, ao Distrito Federal ou aos Municípios.
As autarquias e as fundações de direito público, assim como os que embora
não pertencentes a tais pessoas estejam afetados à prestação de um serviço pú-
blico também representam bens públicos.
Direito Administrativo 141
Exercício
1. (Notários – SP – 2008) Os bens públicos podem ser classificados, nos termos
do art. 99 do Código Civil, em bens de uso comum do povo, bens de uso
especial e bens dominicais. São bens públicos dominicais:
142 Direito Administrativo
O regime jurídico dos bens públicos dependerá de sua classificação ao que com-
pete aos bens afetados (aqueles que se submetem ao regime jurídico público) e
aos bens desafetados (aqueles considerados dominicais, de domínio privado do
Estado – com derrogações: avaliação prévia e licitação).
O regime jurídico público implica nos seguintes efeitos: inalienabilidade, se
afetados; impenhorabilidade; imprescritibilidade; e impossibilidade de serem gra-
váveis com direitos reais de garantia.
A inalienabilidade está relacionada aos bens de uso comum do povo e aos
bens de uso especial. Estes bens serão inalienáveis enquanto conservarem esta
qualificação (art. 100 do Código Civil).
Para a alienação, requisitos deverão ser observados, tais como: interesse pú-
blico, prévia avaliação e quando for bem imóvel, haverá necessidade de autori-
zação legislativa. Referidas disposições encontram-se na Lei de Licitações – Lei
nº 8.666/1993.
Quanto à impenhorabilidade, está relacionada aos bens públicos, tanto mó-
veis quanto imóveis. A satisfação dos créditos contra o Poder Público é, em regra,
efetivada por processo especial de execução denominado precatório.
Já a imprescritibilidade relaciona-se à prescrição, ou seja, perde-se uma pre-
tensão pelo decurso do prazo, já a prescrição aquisitiva se ganha algo pelo de-
curso do prazo. Os bens públicos não são passíveis de aquisição por usucapião
(prescrição aquisitiva).
Os bens públicos não poderão ser graváveis com direitos reais de garantia, por
serem destinados à realização de interesses públicos. Seria uma forma de gravar
em garantia de adimplemento, sem que o devedor deixe de usufruir o bem.
Direito Administrativo 143
Exercício
2. (Procurador do Estado – PR – 2007) Não se pode afirmar que os bens públicos:
a) São impenhoráveis, fazendo a Constituição Federal expressa previsão
de processo especial de execução contra a Fazenda Pública.
b) São inalienáveis, enquanto conservarem a qualificação de bens dominicais.
c) Não estão sujeitos a oneração, não sendo possível gravá-los com pe-
nhor, hipoteca ou anticrese.
d) São imprescritíveis, não podendo ser adquiridos através da usucapião.
e) Somente podem ser alienados quando desafetados.
Pela definição construída por Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o uso privativo de
bem público por particular implica em conjugar o uso comum do povo com os
usos privativos exercidos por particulares para distintas finalidades.
A autorização de uso do bem público remete-se a ser um ato negocial (o par-
ticular provoca a Administração buscando os seus efeitos jurídicos), unilateral e
discricionário (dependerá da conveniência e da oportunidade da Administração).
A Administração faculta, a título precário, que o particular se utilize de bem pú-
blico com exclusividade.
Os bens dos entes federativos encontram-se elencados em rol exemplificativo
no art. 20 da Constituição Federal.
A permissão de uso de bem público também implicará em ato negocial, unila-
teral e discricionário, porém, a Administração Pública consentirá que o particular
utilize-se de bem público no interesse próprio, como também coletivo.
Já a permissão qualificada condiz quando a Administração fixar o prazo de
duração. Sua precariedade é restringida e sua natureza jurídica de ato será trans-
formada em um contrato, demandando licitação.
A concessão de uso é considerada como um contrato precedido de licitação,
mediante o qual a Administração confere ao particular a utilização privativa de
bem público, para que exerça de acordo com a sua destinação específica, sendo
celebrado por tempo certo ou indeterminado.
Exercício
3. (Procurador TCE – AL – 2008) Em relação à concessão, permissão e autori-
zação de uso de bem público, é correto afirmar:
144 Direito Administrativo
Pertencem aos Estados, salvo se, por título legítimo, forem de domínio fede-
ral, municipal ou particular (art. 31 do Código de Águas).
Exercício
4. (Procurador Municipal – Vunesp – 2008) Terrenos reservados:
a) São áreas que, banhadas pelas águas do mar ou dos rios navegáveis,
em sua foz, se estendem à distância de 33 metros para área terrestre,
contados da linha da preamar médio de 1831.
b) São as áreas que, integrando o patrimônio das pessoas federativas, não
são utilizadas para quaisquer finalidades públicas específicas.
c) São áreas de 150 km de largura, que correm paralelamente à linha ter-
restre demarcatória da divisa entre o território nacional e países estran-
geiros, consideradas fundamentais para a defesa do território nacional.
d) São aqueles que, banhados pelas correntes navegáveis, fora do alcance
das marés, se estendem até a distância de 15 metros para a parte da
terra, contados desde a linha média das enchentes ordinárias.
Exercício
5. (Esaf – MP/SPU – 2006) São considerados bens públicos de uso especial,
exceto:
a) Edifícios das repartições públicas.
b) Os terrenos de marinha.
c) As escolas públicas.
d) Os matadouros públicos.
e) Os mercados municipais.
O art. 231 da Carta Magna reconhece aos índios a sua organização social, seus
costumes, línguas, crenças e tradições.
Atualmente, faz-se necessária a tratativa de questões indígenas, tais como a
reformulação da política integracionista que influenciou a elaboração do Estatuto
do Índio – Lei nº 6.001/1973 –, bem como quanto às terras indígenas, onde o
ponto central da problemática consiste na avaliação dos recursos naturais con-
centrados por essas terras, amplamente disputados.
As terras tradicionalmente ocupadas são assim definidas no inciso XI do art.
20 da Constituição Federal: quanto à posse permanente e quanto ao usufruto
exclusivo das riquezas do solo.
Atualmente, são consideradas bens inalienáveis, indisponíveis e não admissí-
veis à aquisição por usucapião (art. 231, § 1º, da CF).
No que se refere à posse atual ou recente, a Súmula nº 650 do STF definiu que
os incisos I e XI do art. 20 da Constituição não alcançam terras de aldeamentos
extintos, ainda que ocupados por indígenas em passados remotos.
Quanto à irremovibilidade dos índios de suas terras, a exceção compete ad
referendum do Congresso Nacional, nos casos de catástrofe ou epidemia que
ponha em risco a população ou no interesse da soberania do País. A remoção se
dará após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese,
o retono imediato logo que cesse o risco.
Direito Administrativo 147
Exercício
6. (PGE-PB – Cespe – Procurador do Estado – 2008) As terras tradicionalmente
ocupadas pelos índios em caráter permanente, utilizadas para suas ativi-
dades produtivas e imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais
necessários a seu bem-estar e às necessidades de sua reprodução física e
cultural são consideradas bens:
a) Públicos de uso especial, pertencentes à União.
b) Públicos de uso especial, pertencentes ao estado em que se localizem.
c) Públicos de uso especial, pertencentes ao município em que se localizem.
d) Públicos dominicais, pertencentes à União.
e) Particulares, pertencentes à comunidade indígena respectiva.
Exercício
7. (Procurador da República) A propósito do regime jurídico dos recursos mine-
rais, assinale o item incorreto:
148 Direito Administrativo
5. Procedimento do Tombamento
Cumpre esclarecer que é possível tombar um bem dominical, porém com o tom-
bamento este bem deixará de ser inalienável.
O procedimento do tombamento é bifásico. Na primeira fase, ocorre o tomba-
mento provisório, por meio do processo administrativo. Na segunda fase ocorre o
tombamento definitivo, que gera a inscrição do bem no livro de tombo.
O Supremo Tribunal Federal decidiu em qual momento se inicia a proteção ao
bem tombado e a esse respeito proferiu decisão no sentido de que o tombamen-
to provisório impõe os mesmos ônus do tombamento definitivo.
Quanto às possibilidades, o tombamento pode ser de um bem, de um bairro,
de uma região da cidade, da cidade. O tombamento poderá ser voluntário ou
compulsório, também conhecido como tombamento de ofício.
Vejamos as consequências do tombamento.
152 Direito Administrativo
6. Desapropriação
7. Desapropriação – Competência
Direito Administrativo 153
8. Modalidades de Desapropriação
9. Desapropriação Extraordinária
154 Direito Administrativo
1. Introdução à Desapropriação –
Competência para Declarar e Promover
– Base Constitucional – Desapropriação
Sancionatória – Impossibilidade de
Desapropriação
3. Formas de Desapropriação
Exercício
1. (TJRS – 2013) Assinale a alternativa correta:
a) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorren-
temente sobre desapropriação.
b) A desapropriação por interesse social, para fins de reforma agrária, é de
competência exclusiva da União.
c) A desapropriação por utilidade pública é de competência exclusiva da
União.
d) O prazo de caducidade de decreto de utilidade pública é de 2 anos para
que seja promovida a desapropriação.
No art. 182 da CF, vemos que o plano diretor só é obrigatório quando o município
tiver mais de 20 mil habitantes, e delimita e determina quando o imóvel urbano
cumpre ou não a função social.
Já no Estatuto da Cidade, temos o seguinte:
“Art. 5º Lei municipal específica para área incluída no plano diretor poderá
determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as condições
e os prazos para implementação da referida obrigação.
(...)
158 Direito Administrativo
Exercício
2. (FCC – 2014 – Procuradoria – MT) No tocante à desapropriação, o Município:
a) Tem competência exclusiva para executar a desapropriação-sanção, em
caso de descumprimento da função social da propriedade urbana.
b) Possui competência para legislar acerca do procedimento desapropria-
tório, no tocante às desapropriações necessárias ao desenvolvimento
urbano.
c) Não possui competência para desapropriar por interesse social imóveis
situados em zona rural.
d) Tem competência declaratória e executória, sendo que ambas são inde-
legáveis.
e) Pode desapropriar bens pertencentes à União e aos Estados, mediante
autorização legislativa desses entes.
Exercício
3. (FGV - TJ/MS - Juiz) Segundo comando constitucional, nos casos de de-
sapropriação confisco, as terras desapropriadas devem integrar de forma
permanente, o patrimônio do ente federativo expropriante, que deverá uti-
lizá-los para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos.
Exercício
4. (Cespe – TRF 1ª Região – 2013) Acerca da desapropriação, assinale a opção
correta:
a) Bens públicos não podem ser desapropriados, razão pela qual a União,
os estados e os municípios não podem desapropriar bens pertencentes
a qualquer ente federativo.
b) O procedimento da desapropriação compreende a fase declaratória e a
executória, esta última obrigatoriamente a ser desenvolvida na instân-
cia judicial.
c) Considera-se desapropriação indireta aquela pela qual o Estado se apro-
pria de bem particular sem observância dos requisitos que compõem o
procedimento expropriatório, como o ato declaratório e a indenização
prévia.
d) A desapropriação por interesse social para fins de reforma agrária de
imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social compete à
União, com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos,
em parcelas anuais e sucessivas, assegurados o valor real da indeniza-
Direito Administrativo 161
Concessão Permissão
Licitar (concorrência) Licitar
Pessoa jurídica ou consórcio Pessoa jurídica ou pessoa física
Lei autorizadora Não requer lei autorizadora
Direito Administrativo 165
6. Monopólio
No monopólio estatal, o Estado determina que ele mesmo detenha o monopólio
de determinadas atividades. No Brasil, há monopólio quanto ao petróleo, quanto
ao gás e quanto à energia nuclear.
O art. 177 da Constituição Federal dispõe:
“Art. 177. Constituem monopólio da União:
I – a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidro-
carbonetos fluidos;
II – a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
III – a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes
das atividades previstas nos incisos anteriores;
IV – o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de deri-
vados básicos de petróleo produzidos no País, bem assim o transporte, por meio
de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer origem;
V – a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrializa-
ção e o comércio de minérios e minerais nucleares e seus derivados, com exceção
dos radioisótopos cuja produção, comercialização e utilização poderão ser autori-
zadas sob regime de permissão, conforme as alíneas “b” e “c” do inciso XXIII do
caput do art. 21 desta Constituição Federal.”
A Lei nº 12.529/2011 trata do sistema brasileiro da defesa da concorrência.
O titular dos bens jurídicos protegidos por esta lei é a coletividade, pois se deseja
um mercado justo e honesto.
É preciso observar que o Cade hoje possui uma atuação mais dinâmica, pas-
sou de órgão para autarquia.
166 Direito Administrativo
O mercado relevante possui duas dimensões, que devem ser analisadas em con-
junto. A primeira é a dimensão geográfica, que é o espaço em que os agentes
econômicos disputam o consumidor. Já, na dimensão material, é possível substi-
tuir os produtos por outros de mesma qualidade e mesma utilidade.
O art. 36 da Lei nº 12.529/2011 trata das infrações a ordem econômica, con-
tendo a seguinte redação:
“Art. 36. Constituem infração da ordem econômica, independentemente de
culpa, os atos sob qualquer forma manifestados, que tenham por objeto ou pos-
sam produzir os seguintes efeitos, ainda que não sejam alcançados:
I – limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a
livre iniciativa;
II – dominar mercado relevante de bens ou serviços;
III – aumentar arbitrariamente os lucros; e
IV – exercer de forma abusiva posição dominante.”
Faz-se necessário observar que as infrações amplas estão no art. 36, do inciso
I ao inciso IV.
Tanto as infrações restritivas quanto às infrações amplas estão em um rol
exemplificativo, uma vez que não é possível prever todas as condutas abusivas
dentro do mercado.
O § 3º do art. 36 traz as infrações restritivas, infrações específicas que, como
dito, estão dispostas em um rol exemplificativo.
Existe, ainda, o truste, que traz a ideia básica de monopólio. Aqui, as empre-
sas deixam de ter personalidade jurídica própria, juntam-se em um só bloco e,
então, nasce o monopólio.
1. Administração Pública
2. Descentralização e Desconcentração
A autarquia será sempre uma pessoa jurídica de direito público, criada por lei
específica (lei ordinária). Seu regime é o de bens públicos. O pagamento de suas
dívidas é feito por precatórios. Ainda, tem o dever de licitar e fazer concurso pú-
blico para contratação e, em regra, seu regime é estatutário. É criada para prestar
serviço autônomo, serviço de Estado.
Espécies de Autarquia:
1. Autarquia comum ou administrativa, como o Instituto Nacional do Segu-
ro Social – INSS;
2. Autarquia em regime especial, como as agências reguladoras (ANVISA,
ANATEL, dentre outras) e o Banco Central do Brasil (BACEN);
3. Autarquia territorial ou autarquia geográfica, como os territórios, por
exemplo. Vale lembrar que atualmente não há autarquia geográfica no Brasil.
4. Fundações autárquicas ou autarquias fundacionais: trata-se de fundação
pública que se constituiu como pessoa jurídica de direito público.
5. Consórcio público, enquanto associação;
6. Conselhos de classe, entidades profissionais, com exceção da Ordem dos
172 Direito Administrativo
7. Agências Reguladoras
5. Tribunal de Contas
Exercício
1. (Fundep – 2011 – MP – MG) Analise as assertivas abaixo:
I – A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece normas de finanças públicas
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal. Suas disposições obrigam
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
184 Direito Administrativo
Anotações
Direito Administrativo 187
188 Direito Administrativo
Direito Administrativo 189
Gabarito
Capítulo 1 Capítulo 5
1. Errado. 1. Letra A.
2. Letra D. 2. Tem responsabilidade, mas, nes-
3. Certo. se caso, há uma culpa concorren-
4. Letra B. te. Os pais do menino também
5. Correta. serão responsabilizados.
6. Letra D. 3. Incorreta.
7. Correta. 4. Letra D.
8. Correta.
Capítulo 6
1. Falso.
Capítulo 2 2. Letra A.
1. Certa. 3. Correta.
2. Certa.
3. Letra A. Capítulo 7
1. Errado.
Capítulo 3 2. Letra E.
1. Letra E. 3. Letra C.
2. Correta. 4. Letra D.
3. Ambas alternativas encontram-
-se erradas. Capítulo 8
4. Correta. 1. Letra C.
2. Letra A.
Capítulo 4 3. Correto.
1. Errado. 4. Letra C.
2. Letra A. 5. Letra C.
3. Letra D. 6. Letra B.
7. Letra D.
190 Direito Administrativo
Capítulo 11
1. Errado.
2. Letra C.
3. Letra D.
4. Letra E.
5. Correta.
6. Letra E.
7. Letra C.
8. Incorreta.
9. Letra B.
10. Letra A.
11. Letra B.
12. Letra E.
13. Letra C.
14. Correta.
Capítulo 12
1. Letra D.
2. Letra B.
3. Letra C.
4. Letra D.
5. Letra B.