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Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra

Mestrado em Construção Metálica e Mista

Pontes II – Projecto

Trabalho Prático #2
Revisão 000

- Dimensionamento ELU -
- Verificação ELF -

Carlos Miguel Silva Serra


Setembro de 2010
1. Introdução..................................................................................................................................... 4

2. Método Construtivo ...................................................................................................................... 5

3. Materiais ....................................................................................................................................... 5

4. Acções ........................................................................................................................................... 5

5. Secção Transversal ........................................................................................................................ 6

6. Análise .......................................................................................................................................... 7

6.1 Fase Construtiva – Colocação da Laje ......................................................................................... 8

6.2 Fase Final – Viga Mista ............................................................................................................... 8

7. Acções ......................................................................................................................................... 13

7.1 Acções Permanentes ................................................................................................................. 13


7.1.1 Peso específico dos materiais ............................................................................................... 13
7.1.2 Retracção .............................................................................................................................. 13
7.1.3 Restantes cargas permanentes ............................................................................................ 13

7.2 Acções Variáveis........................................................................................................................ 14


7.2.1 Classificação da ponte .......................................................................................................... 14
7.2.2 Sobrecargas .......................................................................................................................... 14
7.2.3 Força centrífuga .................................................................................................................... 15
7.2.4 Acções em passeios .............................................................................................................. 15
7.2.5 Variação de temperatura...................................................................................................... 15
7.2.6 Acção do Vento..................................................................................................................... 16

8. Casos de Carga............................................................................................................................. 16

8.1 Linhas de Influência................................................................................................................... 16


8.1.1 Máximo momento positivo – Tramo 1 (ou 3) ....................................................................... 16
8.1.2 Máximo momento positivo – Tramo 2 ................................................................................. 17
8.1.3 Máximo momento negativo – apoio intermédio ................................................................. 17

8.2 Distribuição de Cargas .............................................................................................................. 17

8.3 Cargas actuantes ...................................................................................................................... 20


8.3.1 Cargas permanentes ............................................................................................................. 20
8.3.2 Veículo-tipo .......................................................................................................................... 21
8.3.3 Cargas distribuídas................................................................................................................ 22
8.3.4 Acção sobre os passeios ....................................................................................................... 23
8.3.5 Acção do Vento..................................................................................................................... 23
8.3.6 Variação da temperatura ...................................................................................................... 25
8.3.7 Retracção do betão............................................................................................................... 27

9. Combinações de Acções ULS ........................................................................................................ 30

10. Secções Transversais ............................................................................................................... 31

11. Envolventes de esforços .......................................................................................................... 31

11.1 Fase Construtiva – Colocação da Laje ....................................................................................... 31

2
11.2 Fase Final – Viga Mista ............................................................................................................. 32

12. Verificação da Segurança ULS .................................................................................................. 33

12.1 Fase Construtiva – Colocação da Laje ....................................................................................... 34


12.1.1 PRS 1460x550x13x65 ....................................................................................................... 34

12.2 Fase Final – Viga Mista ............................................................................................................. 37


12.2.1 PRS 1500x400x10x40 – 1/2 vão de L=36m ....................................................................... 37
12.2.2 Restantes secções ............................................................................................................ 39

12.3 Fase Final – Viga Metálica ........................................................................................................ 39


12.3.1 PRS 1450x550x13x65 ....................................................................................................... 39
12.3.2 PRS 1500x550x13x40 ....................................................................................................... 41
12.3.3 PRS 1500x400x10x40 ....................................................................................................... 42
12.3.4 Verificação à encurvadura da alma .................................................................................. 43

12.4 Conectores ................................................................................................................................ 45

12.5 Travamentos à encurvadura lateral .......................................................................................... 46

12.6 Travamentos no Apoio .............................................................................................................. 49

13. Verificação à Fadiga ................................................................................................................ 51

13.1 Método...................................................................................................................................... 52
13.1.1 Factor de dano equivalente ............................................................................................. 53
13.1.2 Amplitude de tensão equivalente .................................................................................... 54

13.2 Verificação ................................................................................................................................ 54

14. Medições e Quantidades ......................................................................................................... 55

3
1. Introdução

O presente trabalho é a segunda fase do

dimensionamento de uma ponte rodoviária mista aço-

betão cuja configuração corresponde ao número 25.

A ponte vencerá 3 vãos (25m+36m+25m) e terá um

tabuleiro com 15,0m de largura. Comportará uma

faixa de rodagem com duas vias de tráfego com 3,0m

de largura cada e um passeio de cada lado, com

1,5m cada, sendo o resto da largura destinada a

bermas.

Considera-se que a finalidade da ponte rodoviária

será de substituir um antigo troço de uma estrada

municipal, cruzando um pequeno vale à entrada de

Leiria. Esta infra-estrutura irá ser utilizada por

milhares de pessoas no acesso à cidade, todos os

dias.

4
2. Método Construtivo

Dadas as condicionantes, optou-se por conceber uma


ponte mista com vigas principais em perfis
reconstituídos por soldadura (PRS), em aço, de
alma cheia e a laje do tabuleiro em betão,
executado através de lajes pré-fabricadas. Dada a
dimensão dos vãos, estes serão aplicados com
recurso a gruas móveis.

3. Materiais

Os elementos metálicos serão fabricados em aço


S355 K2 (TEd = -14ºC, esp(K2)σ=0.75fy<68mm) e a laje
de tabuleiro em betão da qualidade C35/45.

4. Acções

As acções de dimensionamento serão obtidas a


partir do Regulamento de Segurança e Acções para
Estruturas de Edifícios e Pontes – RSA e da
EN1993-2 para as verificações de fadiga.

5
O vento
ento será de Zona B e a humidade relativa do
ar, para efeitos de retracção, será tomada como
80%. Não será considerada a acção sísmica na
estrutura.

5. Secção Transversal

Para se definir a posição das vigas metálicas,


aplicou-se
se o conceito de que a distância entre as
vigas deverá ser tal que minimize ou anule o
esforço de torção nas mesmas, provocadas pelas
cargas permanentes.

Em termos práticos, isto equivale a ter um modelo


de viga simplesmente apoiada a simular
simular a laje
apoiada nas vigas (com a laje em balançobalanç nos
extremos).
. Se encastrarmos agora a laje nos
apoios, passamos a ter um desequilíbrio de
momentos nos apoios. Joga-se
Joga se com as distancias até
o momento flector nas consolas coincidir com o
momento flector de extremidade no elemento
interno. Por simetria de estrutura e carregamento,
modela-se
se apenas metade.

(modelo de metade do tabuleiro)

6
Chegou-se então à distância entre vigas de 8,30m

6. Análise

A análise de estrutural para obtenção de esforços


na ponte e para um dimensionamento de Estados
Limites Últimos será do tipo global elástica.

Como a laje de tabuleiro será pré-fabricada, não


se contará com a resistência do betão à tracção na
determinação da envolvente de esforços
longitudinais. Em consequência, apenas se contará
com o comportamento de viga mista onde ocorra
compressão no betão e no cálculo à encurvadura
lateral, em fase mista.

Por outro lado, para contabilizar os esforços de


dimensionamento, serão considerados os efeitos de
Shear Lag quantificando-os segundo os Eurocódigos
(nomeadamente o EN1994-2).

Para a fase construtiva e para quantificação da


retracção, por simplificação, considerar-se-á que
a laje de tabuleiro é aplicada num único passo, em
t = 100 dias.

A análise foi feita recorrendo ao programa de


cálculo estrutural através do Método dos Elementos
Finitos (MEF). Foi usada, sempre que possível a

7
capacidade de pós-processamento do programa para a
verificação à segurança de secções metálicas.

Descreve-se de seguida, com maior detalhe e no


sentido inverso à análise real, o procedimento em
cada fase.

6.1 Fase Construtiva – Colocação da Laje

Após a viga se encontrar continua sobre os 3 vãos,


aplicar-se-á a laje num único passo. Isto resulta
num único modelo de estrutura apenas metálica sob
acção do peso do betão (t = 100 dias).

6.2 Fase Final – Viga Mista

Para analisar a estrutura e assim obterem-se


esforços/geométrica, optou-se por criar 2 modelos.
Primeiramente, de dois eixos onde um representa a
laje de betão e outro representa a viga metálica.
A interacção entre os dois elementos foi obtida
pelo uso de troços rígidos a 1m, refinando para
metade junto dos apoios.

Para a definição da laje de betão, calculou-se


primeiramente a largura efectiva de acordo com o
5.4.1.2 da EN 1994-2:2005.

8
Onde, ainda, para vão de extremidade:

Obtendo-se:

Tramo 1 – L=25m Tramo 2 – L=36m Tramo 3 – L=25m


beff,0 beff,1 beff,2 beff,1 beff,2 beff,1 beff,0
4095mm 5313mm 3813mm 6300mm 3813mm 5313mm 4095mm

9
Nas figuras acima podemos ver o modelo de cálculo
com a largura efectiva modelada (primeira).

Também será necessário estimar a fluência do betão


ao longo da vida da ponte. A fluência ocorre por
relaxamento do betão sob acções de longa duração
como o peso próprio e a retracção. Para as
restantes acções de menor duração, o betão
comporta-se como se não sofresse efeitos de
fluência.

1,21
t0 100 φRH
36800 2,56
t β(fcm)
0,38
Ac 4337500,0 β(t0)
0,90
u 29708,6 α3
873,6
h0 292,0 βH
0,993
fcm 43 βc(t,t0)

RH 80,0 φ(t,t0) 1,18


Para avaliar as zonas em que o betão está
fendilhado, foi modelada, nos elementos barra que
compõem o banzo de betão, uma libertação não-
linear que permite libertar o esforço axial de
tracção e contabilizar o esforço axial de
compressão.

Para verificar quais as zonas em que a viga não


actua como mista (secções com momentos negativos),
observou-se quais os elementos de betão, para a

10
envolvente de esforços axiais, que apresentavam
esforço axial nulo (nulo porque não há tracção).

As figuras acima mostram o início do Tramo 1 onde


se podem observar os Rigid Links e o jogo de
Offsets. A caixa de diálogo da libertação não-
linear dos elementos de betão vê-se na figura
abaixo. Note-se o vazio entre o banzo de betão e o
perfil metálico. Isto deve a ter-se considerado a
laje de betão com espessura uniforme de 25cm.

Note-se que foi tida em conta a fluência para a


quantificação da zona comprimida (mediante a
componente de acções de longo prazo). O cálculo
dos seus efeitos será apresentado mais à frente.

11
Este modelo terá ainda o propósito de estimar as
secções metálicas e mistas uma vez ser muito mais
rápido modelar e analisar
analisar as secções de aço (com
recurso ao pós processador)
pós-processador) e verificar se a
tensão no betão é inferior a 0.85fcd.

A envolvente de esforços axiais nos elementos de


betão foi o seguinte:

Uma vez concluído este passo passa-se


passa se a modelar a
secção mista num novo modelo, modelando-
-se também
as secções que permanecerão como metálicas, e
donde se retirarão os esforços de dimensionamento.

12
7. Acções

7.1 Acções Permanentes

7.1.1 Peso específico dos materiais

Material Peso específico


Aço 77,01 kN/m3
Betão Armado 25,00 kN/m3
Betão Asfáltico 19,00 kN/m3

7.1.2 Retracção

Os efeitos da retracção foram tidos em conta


segundo a EN1992-1-1 e quantificados para longo
prazo. Tal deve-se ao facto de ser apenas
condicionante nessa situação. Contudo, os seus
valores, para CP e LP, serão apresentados à
frente.

7.1.3 Restantes cargas permanentes

Não foram consideradas outras cargas permanentes.

13
7.2 Acções Variáveis

Ao longo dos 100anos de vida e durante a sua


construção, é previsível a ocorrência, para além
dos efeitos óbvios do tráfego, de acções de
variação térmica sazonal e diária, acções de
rajada de vento e ainda acções provenientes do
processo construtivo. Ignorou-se a acção sísmica.

As restantes acções específicas sobre pontes


rodoviárias consideradas, são as descritas no
Capítulo IX do RSA.

7.2.1 Classificação da ponte

Como dito atrás, a ponte está sujeita a tráfego


intenso sendo, segundo o art.º 41.4 do RSA,
classificada como de Classe I.

7.2.2 Sobrecargas

Em fase construtiva, deverá ser considerada uma


sobrecarga de 1kN/m2.

Em serviço, deverá ser considerada a acção não


simultânea de dois tipos de sobrecargas a actuar
no tabuleiro: a) veiculo tipo; b) sobrecargas
distribuídas.

14
Os valores destas sobrecargas poderão ser
consultados no RSA, art.º 41.1, e deverão actuar
no ponto mais desfavorável do tabuleiro.

7.2.3 Força centrífuga

Como a ponte tem eixo rectilíneo, a força


centrífuga é inexistente.

7.2.4 Acções em passeios

Deverá ser considerada uma carga distribuída de


valor característico de 3kN/m2 nas áreas de
tabuleiro mais desfavoráveis. O valor reduzido
desta acção, em ULS, é obtido multiplicando o
valor característico por 0,6.

7.2.5 Variação de temperatura

A variação uniforme de temperatura, dado o


tabuleiro ter liberdade axial, não induz esforços
na estrutura.

Já a variação diferencial de temperatura foi tida


em conta como uma variação de ±10ºC na laje de
betão. Os seus efeitos foram considerados de modo
análogo à retracção.

15
7.2.6 Acção do Vento

A acção do vento divide-se


divide em duas fases:
1º - acção sobre perfis metálicos (Quadro I-XV
I
do R.S.A);
2º - acção sobre o conjunto do tabuleiro
tabuleiro e do
tráfego circulante.

8. Casos de Carga

8.1 Linhas de Influência

8.1.1 Máximo momento positivo – Tramo 1 (ou 3)

16
8.1.2 Máximo momento positivo – Tramo 2

8.1.3 Máximo momento negativo – apoio intermédio

8.2 Distribuição de Cargas

Para se determinar a acção vertical,


vertical, para caso de
carga, a actuar sobre as vigas principais
utilizou-se
se o Método da Carlingas Flutuantes.

17
18
Se for considerada a origem do referencial no
centro do tabuleiro, para este caso tem-se:

[ n = 2 ] Viga 1 Viga 2

xj -4,15m 4,15m

xi2 17,22 17,22

∑xi2 34,445

e a função Rj(x) toma a forma

1 xj
Rj (x) = + x
2 34,445

sendo j a viga onde se pretende obter a carga.

Como a estrutura tem dupla simetria, basta


analisar uma viga. Optou-se por calcular a Viga 1
(x = -4,15m).

Agora a função Rj(x) torna-se R1(x) obtendo-se:

1
Rଵ (x) = - 0,12 x
2

ou, graficamente,

19
8.3 Cargas actuantes

8.3.1 Cargas permanentes

Como a distribuição de massa é simétrica em


relação ao eixo da secção transversal, o método
das carlingas flutuantes não é aqui necessário.
Determinou-se que o volume da laje por metro
linear é de 4,30m3 resultando num peso de

Gk,laje = 4,30 x 25 = 107,50kN/m

o que resulta numa carga por viga de

Flaje = 107,5/2 = 53,75kN/m

Quanto à restante carga permanente, resultante do


peso próprio do betão betuminoso, tendo a camada
uma espessura constante de 0,06m, a o peso desta
será

Gk,betuminoso = 0,6 x 19 x 15 = 17,10kN/m

o que resulta numa carga por viga de

Fbetuminoso = 17,1/2 = 8,55kN/m

e ainda o peso próprio da estrutura metálica que é


contabilizada directamente no modelo, à excepção
dos rigidificadores e elementos de travamento. O
erro cometido considera-se, nesta fase,
desprezável.
20
8.3.2 Veículo-tipo

A acção do veículo tipo torna-se mais


condicionante para a viga 1 quando situada na
extremidade esquerda do tabuleiro. Como o passeio
tem 1,5m e o veículo dista 2,0m entre rodados, o
eixo deste deverá situar-se em

x = (-7,5 + 1,5 + 2/2) = -5,0m

logo, com 200kN por eixo,

Fp/eixo_veículo-tipo = R1(-5,0) x 200 = 220,5kN

Longitudinalmente, aplicar-se-á a carga onde gera


maiores momentos e onde poderá gerar
corte/esmagamento máximo.

Posição VT 1 VT 2 VT 3 VT 4
x (m) 17,5 25,0 27,0 43,0

NOTA: “x” refere-se ao centro geométrico do veículo.

21
8.3.3 Cargas distribuídas

As cargas distribuídas são a carga uniformemente


distribuída por todo o tabuleiro e a carga de
faca, transversal ao eixo da ponte, de valores
4kN/m2 e 50kN/m, respectivamente.

As cargas actuantes na Viga 1, provenientes desta


acção, são:

4,15
Fdistribuida = ‫׬‬-6,0 R1 (x) x 4 = 24,83kN/m

e
4,15
Ffaca = ‫׬‬-6,0 R1 (x) x 50 = 310,31kN

Tal como para a carga do veículo tipo, as cargas


distribuídas serão aplicadas onde são mais
desfavoráveis segundo as linhas de influência.

22
8.3.4 Acção sobre os passeios

A sobrecarga actuante nos passeios de 3kN/m2 é


mais desfavorável para a Viga 1 quando actua
extremidade da consola da esquerda.

-6,0
Fpasseios = ‫׬‬-7,5 R1 (x) x 3 = 5,90kN

8.3.5 Acção do Vento

Na zona indicada, e tomando uma altura do


tabuleiro em relação ao solo (rugosidade tipo I)
de 15m, temos:

Wk = 1,20 x 0,70 = 0,84 kN/m2

Durante a fase construtiva, a acção do vento sobre


os perfis toma os valores:

Ângulo
δjx δjy
Incidência
0º 2,05 0,00
45º 1,95 0,60
90º 0,50 0,90

Sendo Fx = δjx x b x W e Fy = δjy x b x W

e onde b é a altura do perfil.

23
Na fase de serviço, seguindo as indicações do
R.S.A., considerou-se a acção do vento sobre o
tabuleiro como se de um paralelepípedo se
tratasse. Quanto à acção do vento sobre o tráfego
circulante, deverá ser considerado um paramento
vertical de 2,5m a todo o comprimento da ponte.
Tomaram-se então duas forças distintas aplicadas
em pontos distintos.

Estas forças serão usadas apenas para verificação


dos contraventamentos verticais nos apoios de vão.
Para o resto da estrutura, considera-se que a
inércia do tabuleiro às acções horizontais é
suficientemente elevada para conduzir as cargas
até aos apoios sem que surjam esforços
significativos nas componentes metálicas de vão.
Tomando a área de influencia de cada apoio,
obtemos:

Fw,tabuleiro = (δf x h1 x d x W) x (25/2 + 36/2) =

= (1,2 x 1,992 x 0,84) x 30,5 = 124,75 kN

Fw,trafego = (δf x h1 x d x W) x (25/2 + 36/2) =

= (1,2 x 2,52 x 0,84) x 30,5 = 192,15 kN

24
8.3.6 Variação da temperatura

Como já dito anteriormente, a variação uniforme de


temperatura, dadas as condições fronteira do
tabuleiro, não foi contabilizada. No que respeita
à variação diferencial da temperatura, o método
simplificado da EN 1991-5 indica, para tabuleiros
mistos, uma variação de temperatura no betão de
±10ºC.

Ora, tal induz um momento interno na viga


principal que terá de ser compatibilizado com a
hiperstaticidade da estrutura.

Note-se que, partindo do princípio de que a


variação de temperatura uniforme se deve a
variações sazonais da temperatura do ar (ΔTEd),
estan toma-se como lenta, i.e., de longo prazo.
Já a diferencial dá-se por aquecimento (ou
arrefecimento) diferencial dos elementos do
tabuleiro misto, ou seja, ocorre a curto prazo. A
importância desta assumpção é a rigidez assumida
para os materiais que, no caso de betão, toma
valores Ec,eff = Ecm.

O momento interno gerado na secção homogeneizada


pode ser estimado por:

M1 = [ Ea/n x εc x Ac ] x de.n.

25
Onde:

Ea/n = Ea/(Ea/Ec,eff) = Ec,eff = Ecm = 34 GPa;

εc = ΔT x α = ±10 x 10-5

Ac = 4,34 / 2 = 2,17m2

de.n é a distância do C.G.Mista ao C.G.Betão

Este valor não era inicialmente conhecido e foi


obtido (de modo iterativo) consoante a secção
mista necessária à resistência. Adoptou-se, por
fim, o valor mais gravoso encontrado nas secções
em flexão positiva devido à acção da temperatura
temperatura  de.n = 9,50cm.

Finalmente,

M1 = ±700,5 kNm

Se a estrutura fosse isostática, este seria o


valor de momento a adicionar às secções onde o
betão é efectivo. Como o grau de indeterminação da
estrutura é 2, devemos agora aplicar
(indirectamente) o método dos deslocamentos para
determinar o Momento Hiperstático, Mhip:

1) Aplica-se o momento M1 às secções de


funcionamento misto na estrutura sem apoios
internos e determinam-se os deslocamentos
obtidos nos pontos onde estariam os apoios
internos;

26
2) Aplicam-se
se assentamentos de apoio de
magnitude, igual aos obtidos em 1), à viga,
sem a presença do momento M1;

Obtém-se
se assim o diagrama de Mhip

8.3.7 Retracção do betão

A retracção do betão,
betão, de carácter permanente, foi
tida em conta considerando uma humidade relativa
do ar de 80% e que todo o perímetro de betão,
salvo na zona dos banzos metálicos, se encontra em
contacto com o ar. Considera-se
Considera que
e a ponte entra
ao serviço 300dias após a pré fabricação
pré-fabricação das
lajes.

27
Seguindo a marcha proposta pela EN 1992-1-1,
extensão por retracção obtida no betão é

Curto Prazo

ts 100 αds1 4

t 300 αds2 0,12

Ac 4337500,0 εcd,0 0,253

u 29708,6 βds(t,ts) 0,501

h0 292,0 εcd(t) 0,096

kh 0,758 εca(∞) 0,063

fck 35 βas(t) 0,969

fcm 43 εca(t) 0,061

RH 80

Cimento
εcs -0,16

Longo Prazo

ts 100 αds1 4

t 36800 αds2 0,12

Ac 4337500,0 εcd,0 0,253

u 29708,6 βds(t,ts) 0,995


0,191
h0 292,0 εcd(t)
0,063
kh 0,758 εca(∞)
1,000
fck 35 βas(t)
0,063
fcm 43 εca(t)

RH 80
εcs -0,25
Cimento

28
Esta acção aplica-se
aplica se de um modo em tudo semelhante
à variação diferencial de temperatura referida no
ponto anterior. A diferença reside em que esta
acção apenas
s gera apenas momentos internos
positivos e nunca negativos, como no caso da
temperatura. Como observado anteriormente,
momentos M1 positivos geram momentos Mhip negativos.

Assumindo que o modelo de longo prazo condicionará


os momentos negativos,
negativo considerar-se-á
á retracção
apenas a longo prazo.
prazo

M1 = [ Ea/n x εc x Ac ] x de.n.

Onde:

Ea/n = Ea/[n0(1+0,55 x 1,18) = 20,63


63 GPa;

25 x 10-3;
εc = -0,25

Ac = 4,34 / 2 = 2,17m2;

de.n = 22,50
50 cm.

Temos,

M1 = 2551,2 kNm

29
Momentos Mhip

9. Combinações de Acções ULS

Os casos de carga são combinados entre si de


acordo com
om o estipulado no RSA

Sd = ∑ γgi SGik + γqi [SQ1k + ψ0j ∑ SQjk]

Tipo γdesfavorável γfavorável ψ0


Permanente 1,35 1,00 ----
Variável 1,50 0,00 0,6

A relação entre os casos de carga é resumida no


seguinte quadro:
:

Gk(CP) Gk(LP) Ret Temp Vento Qk,VT Qk,Dist Qk,Pass

Gk(CP) --- 0 0 1 1 1 1 1

Gk(LP) 0 --- 1 1 1 1 1 1

Ret 0 1 --- 1 1 1 1 1

Temp 1 1 1 --- 1 1 1 1

30
Gk(CP) Gk(LP) Ret Temp Vento Qk,VT Qk,Dist Qk,Pass

Vento 1 1 1 1 --- 1 1 1

Qk,VT 1 1 1 1 1 --- 1 1

Qk,Dist 1 1 1 1 1 1 --- 1

Qk,Pass 1 1 1 1 1 1 1 ---

10. Secções Transversais

As secções transversais
transversais poderão ser consultadas
nas peças desenhadas.

11. Envolventes de esforços

NOTA: As carlingas apenas transmitem momentos segundo os seus


eixos de menor inércia, isto é, não contribuem para a
rigidez à flexão no plano horizontal do tabuleiro.

11.1 Fase Construtiva


rutiva – Colocação da Laje

31
Momentos Flectores Viga [kNm]

Esforços Transversos Viga[kN]

11.2 Fase Final – Viga Mista

Envolvente Momentos Flectores [kNm]

-15.000

-10.000

-5.000

5.000

10.000

15.000

Curto Prazo Longo Prazo

32
Esforços Transversos [kN]

3.000

2.000

1.000

0
0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00
-1.000

-2.000

-3.000

Curto Prazo Longo Prazo

12. Verificação da Segurança ULS

A verificação da segurança aos Estados Limites


Últimos é aqui feita recorrendo aos EC3 e EC4.
Atende-se ao facto de a estrutura apenas ter
comportamento misto em fase de serviço e sob
momentos flectores positivos, funcionando,
consequentemente, como metálica durante o processo
construtivo. Alerta-se ainda que as verificações
de encurvadura de alma serão feitas apenas para a
fase de mista, uma vez que as acções de corte são
muito superiores nessa altura.

33
12.1 Fase Construtiva – Colocação da Laje

12.1.1 PRS 1460x550x13x65

A secção está sujeita a flexão sendo classificada,


segundo o Quadro 5.2 da EN 1995-1-1 como:

Alma: c/t = 111,5 > 124ε = 100,40  Classe 4


Banzo: c/t = 3,90 < 9ε = 7,30  Classe 1

A resistência elástica dos perfis, tendo em conta


a espessura elevada do banzo (65mm  fy = 335MPa)

Avz = 188,50 cm2

Wel,eff,y = 55823,67 cm3

My,Ed = - 9561,68 kNm Vz,Ed = - 1475,44 kN

Mz,Ed = - 420,08 kNm Vz,Ed = - 60,09 kN

Resistência Secção:

My,Rd = 18808,76 kNm Vz,Rd = 3645,18 kN

Mz,Rd = 2195,97 kNm Vy,Rd = 13816,83 kN

34
Encurvadura Lateral:

Mcr = 147356,54 kNm Lcr = 5,00 m

Curva,LT – d XLT = 0,88

Mb,Rd = 16495,29 kNm

Verificação:

My,Ed/My,Rd + Mz,Ed/Mz,Rd = 0,70 < 1,00

Enc. Lat.  0,77 < 1.00 [6.3.2.1.(1)]

Vz,Ed/Vz,Rd = 0,40 < 1,00 [6.2.6.(1)]

12.1.2 PRS 1500x400x10x40

A secção está sujeita a flexão sendo classificada,


segundo o Quadro 5.2 da EN 1995-1-1 como:

Alma: c/t = 150,00 > 124ε = 100,40  Classe 4


Banzo: c/t = 4,63 < 9ε = 7,30  Classe 1

Avz = 150,00 cm2

Wy,el,eff = 26345,82 cm3

Wz,el,eff = 2133,52 cm3

35
My,Ed = 4459,81 kNm Vz,Ed = 0 kN

Mz,Ed = 139,54 kNm Vz,Ed = 0 kN

Resistência Plástica:

My,Rd = 9791,51 kNm Vz,Rd = 3074,39 kN

Mz,Rd = 757,56 kNm Vy,Rd = 6558,70 kN

Encurvadura Lateral:

Mcr = 147356,54 kNm Lcr = 5,00 m

Curva,LT – d XLT = 0,88

Mb,Rd = 16495,29 kNm

Fórmula De Verificação:

My,Ed/My,Rd + Mz,Ed/Mz,Rd = 0,64 < 1,00

Enc. Lat.  0,84 < 1.00 [6.3.2.1.(1)]

Vz,Ed/Vz,Rd = 0,00 < 1,00 [6.2.6.(1)]

36
12.2 Fase Final – Viga Mista

12.2.1 PRS 1500x400x10x40 – 1/2 vão de L=36m

Maior momento positivo – Curto Prazo

MSd (kNm) 11807,8


Combo 1,35PP + 1,5Dist2 + 0,9 Pass2 + 0,9Temp(+)
VSd (kN) 206,9

Para que se possa avaliar a classe da secção


mista, tendo em conta ser monosimétrica, haverá em
primeiro de determinar a posição do eixo neutro da
secção.

Fc,max = Ac x 0,85 fck/1,5 = 6,30 x 0,85 x 35000/1,5 = 31237,5 kN

Fa,max = Aa x fyd/1,0 = 0,047 x 355000/1,0 = 16685,0 kN

37
Como o valor da força máxima no betão é superior
ao valor da força máxima no perfil metálico, o
eixo neutro encontra-se no betão. Daí se conclui
que o aço está todo à tracção sendo a secção mista
de Classe 1.

A posição do eixo neutro será dado por

Fc(z) = Fa 

 (z x 6,30) x 0,85 x 35000/1,5 = 16685,0 kN 

 z = 0,134 m

e logo,

Mpl,Rd = Fa x d = 16685,0 x (1,93 - 1,50/2 – z) 

 Mpl,Rd = 17906,9 kNm

A resistência da secção ao corte deverá ser


garantida pela alma do perfil metálico.

Vz,pl,Rd = Avz x fy / (30,5 x 1,0) = 3074,4 kN

Verificação:

My,Ed / My,pl,Rd = 0,66 < 1,00

Vz,Ed / Vz,Rd = 0,07 < 1,00

38
12.2.2 Restantes secções

Como se pode observar pelo diagrama de momentos,


não existem outras secções condicionadas pela fase
mista.

12.3 Fase Final – Viga Metálica

12.3.1 PRS 1450x550x13x65

Maior momento negativo

MSd (kNm) -14471,1


Combo 1,35PP + 1,5Dist2 + 0,9 Pass2 + 0,9Temp(-)
VSd (kN) 1377,9

A secção foi classificada anteriormente como


Classe 4 à flexão. Uma vez que o diagrama de
tensões é proporcional, a secção mantém-se assim
classificada.

A resistência elástica dos perfis, tendo em conta


a espessura elevada do banzo (65mm  fy = 335MPa)

Avz = 188,50 cm2

Wel,eff,y = 55823,67 cm3

Resistência Secção:

My,Rd = 18808,76 kNm Vz,Rd = 3645,18 kN


39
Encurvadura Lateral:

Embora haja conexão entre a viga e a laje,


assumiu-se que a rigidez desta à flexão é
desprezável. Por coerência, e ao contrário do
disposto no trabalho anterior, considera-se que o
banzo superior se encontra travado pela laje mas o
banzo inferior é travado pelo diafragma
transversal. Despreza-se assim o efeito de U
invertido.

Mcr = 147356,54 kNm Lcr = 5,00 m

Curva,LT – d XLT = 0,88

Mb,Rd = 16495,29 kNm

Verificação:

My,Ed / My,Rd = 0,77 < 1,00 [6.2.5.(1)]

My,Ed / Mb,Rd = 0,88 < 1.00 [6.3.2.1.(1)]

Vz,Ed / Vz,Rd = 0,38 < 1,00 [6.2.6.(1)]

40
12.3.2 PRS 1500x550x13x40

Momento negativo

MSd (kNm) -9525,9


1,35PP + 1,5VT1 + 0,9 Pass3 + 0,9Temp(-)
VSd (kN) -1448,4

A secção está sujeita a flexão sendo classificada,


segundo o Quadro 5.2 da EN 1995-1-1 como:

Alma: c/t = 115,38 > 124ε = 100,40  Classe 4


Banzo: c/t = 4,63 < 9ε = 7,30  Classe 1

Avz = 195,00 cm2

Wel,eff,y = 37044,03 cm3

Resistência Secção:

My,Rd = 13368,54 kNm Vz,Rd = 3994,04 kN

Encurvadura Lateral:

Tal como explicado anteriormente, despreza-se o


efeito de U invertido calculando-se como viga
metálica.

41
Mcr = 93823,61 kNm Lcr = 5,00 m

Curva,LT – d XLT = 0,87

Mb,Rd = 11426,29 kNm

Verificação:

My,Ed / My,Rd = 0,71 < 1,00 [6.2.5.(1)]

My,Ed / Mb,Rd = 0,82 < 1.00 [6.3.2.1.(1)]

Vz,Ed / Vz,Rd = 0,36 < 1,00 [6.2.6.(1)]

12.3.3 PRS 1500x400x10x40

Momento negativo

MSd (kNm) -5189,634


Combo 1,35PP + 1,5Dist2 + 0,9 Pass2 + 0,9Temp(-)
VSd (kN) -1122,096

A secção foi classificada anteriormente como


Classe 4 à flexão simples. Uma vez que o diagrama
de tensões é proporcional, a secção mantém-se
assim classificada.

Avz = 150,00 cm2

Wel,eff,y = 26345,82 cm3

Resistência Secção:

My,Rd = 9791,51 kNm Vz,Rd = 3074,39 kN


42
Encurvadura Lateral:

Novamente, despreza-se o efeito de U invertido


calculando-se como viga metálica.

Mcr = 45130,16 kNm Lcr = 5,00 m

Curva,LT – d XLT = 0,81

Mb,Rd = 7584,37 kNm

Verificação:

My,Ed / My,Rd = 0,55 < 1,00 [6.2.5.(1)]

My,Ed / Mb,Rd = 0,68 < 1.00 [6.3.2.1.(1)]

Vz,Ed / Vz,Rd = 0,36 < 1,00 [6.2.6.(1)]

12.3.4 Verificação à encurvadura da alma

Segundo a EN 1993-1-5, a verificação à encurvadura


da alma pode ser dispensada se:

hw/t < 72ε/η = 72 x 0,81 / 1,20 = 48,60

Como , hw1/t1 = 1500/10 = 150

hw2/t2 = 1450/13 = 111

43
Será necessário verificar a resistência à
encurvadura por esforço transverso das secções
metálicas utilizadas.

O valor da resistência ao esforço transverso de


uma secção, com alma reforçada ou não, é dada por

Sendo o primeiro termo do segundo membro o valor


respectivo à resistência da alma.

Ignorando o segundo termo, relativo à contribuição


dos banzos, a resistência ao esforço transverso é
dado por

O segundo membro da inequação nada mais que o VRd,pl


da secção multiplicada por η, estando sempre acima
do valor resistente da alma.

O valor do coeficiente de redução à encurvadura


por esforço transverso é obtido no Quadro 5.1 da
EN 1993-1-5, onde

λw = hw / (37,4 t ε √kσ)

e kσ = 5,34 + 4,00 (hw/a)2

44
O espaçamento definido para os rigidificadores
transversais foi de a = 1,65m, obtendo-se

kσ1 = 8,65  λw1 (t=10mm) = 1,68 > 1,08

kσ2 = 8,42  λw2 (t=13mm) = 1,26 > 1,08

Logo,

χw1 = 0,83/ λw1 = 0,50

χw2 = 0,83/ λw2 = 0,66

A resistência das secções ao esforço transverso


terá como valor:

Vbw,Rd,1 = 1537,2 kN

Vbw,Rd,2 = 2541,0 kN

Como VEd,1,max = 1523,6 kN e VEd,2,max = 2543,1 kN, está


garantida a resistência ao esforço transverso
(note-se que não se considerou a contribuição dos
banzos).

12.4 Conectores

A EN 1994-2 especifica, no ponto 6.6.5.5, que o


espaçamento de conectores deverá situar-se entre

45
9 tf ε = 220mm < [valor a adoptar] < 22 tf ε = 537mm

O valor do escorregamento actuante no interface


aço-betão é obtido por, para a secção mista mais
solicitada ao esforço transverso:

E = V x S / I = 1737 x 0,174 / 0,063

E = 4796,80 kN/m

O tipo de conectores escolhidos para solidarizar a


secção será o Nelson com diâmetro ᴓ25mm.

A resistência do conector é dada pelo menor dos


dois seguintes valores:

PRd = [0,80 x 500x103 x π x (0,0252/4)]/1,25 = 157,1 kN

PRd = [0,29 x 1 x 0,0212 x (35x103x 34x106)0,5]/1,25 = 158,2 kN

Logo, na secção mais esforçada aplicar-se-ão:

E / PRd = 32 conectores

12.5 Travamentos à encurvadura lateral

De modo a definir a secção do elemento de


travamento à encurvadura lateral, estimou-se a
rigidez necessária para cumprir a λLT = 0,4 (valor

46
para o qual ΧLT > 1). Com o auxílio da publicação
da Sétra “Calculation of steel-concrete composite
road bridges under Eurocodes” e fazendo o processo
inverso ao exposto no método simplificado de
cálculo à encurvadura lateral a partir do λLT.

Para a secção mais esbelta  PRS 1500x400x10x40

λLT = (Af.fy / Ncr)0,5  Ncr = 35500 kN

Ncr = m NE e NE = π2 EIf / L2 (L = 36m)

If = 0,403 x 0,04 / 12  NE = 341,2 kN

Ncr/NE  m = 104,1

m = 2/π2 γ1/2  γ = 263664

γ = cL4/EI  c = 7033 kN/m2

c = Cd / a (a = 5m)  Cd > 35163 kN/m

Como Cd é o inverso do maior valor de δ1 e δ2,


representados na imagem abaixo

δmax < (35163)-1 = 0,028mm

47
Construindo os modelos representados,
representados, com e sem
apoio no topo, na imagem acima, no programa de
cálculo automático por ,
MEF, considerando a
deformabilidade ao esforço transverso dos
elementos, modelando a excentricidade nas ligações
e considerando ainda, como secção transversal das
colunas, o proposto na publicação da Sétra (pag.
76) (a hipotese da contribuição de 2 x 15.ε.t
15. w da

alma mais a chapa de topo para a ligação).


ligação).

7 11

48
Como se pode observar na deformada, a secção do
tabuleiro deforma δ = δmax = 0,028mm.

De modo a verificar os perfis, substituíram-se


substituíram as
cargas
as unitárias por forças de desvio devido à
encurvadura lateral. A força de desvio, Fdesv, será
igual a:

Fdesv = (MSd/h x a)/100


a = (14474/1,58 x 5)/100
)/100 

 Fdesv = 458 kN

Esforços Axiais

SHS 180 x 10

Nb,Rd (Le=8,30m) = 773 kN > NEd = 687 kN

SHS 160 x 8

Nb,Rd (Le=4,27m) = 1647 kN > NEd = 707 kN

12.6 Travamentos no Apoio

49
O travamento do apoio, para além ter de garantir
rigidez à encurvadura lateral das vigas
principais, terá a importante função de transferir
as acções horizontais, transversais ao tabuleiro,
para
ra os apoios. O diafragma será dimensionado para
resistir às acções de vento actuantes na estrutura
em fase de serviço.

Esforços Axiais

SHS 180 x 10

Nb,Rd (Le=8,30m) = 773 kN > NEd = 737,90 kN

SHS 150 x 8

Nb,Rd (Le=4,27m) = 1043 kN > NEd = 609,1 kN

Nb,Rd (Le=8,30m) = 375 kN > NEd = 59,3 kN

50
13. Verificação à Fadiga

A verificação da fadiga será feita para o modelo


de carregamento FLM3 preconizado na EN1993-1-9. O
caso de carga criado é análogo à do veiculo-tipo.
Criaram-se os mesmos 4 pontos de aplicação em cujo
valor por eixo (4 eixos), após aplicação do Método
das Carlingas Flutuantes, foi de

Fp/eixo_FLM3 = R1(-5,0) x 120 = 132,3kN

Obteve-se, então, os seguintes envolventes de


esforços

Momentos Flectores

-2.000

-1.000
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85
0

1.000

2.000

3.000

Envolvente Min Envolvente Max

51
Esforço Transverso

500

0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85

-500

Envolvente Min Envolvente Max

13.1 Método

A fadiga considera-se verificada se, para um


determinado detalhe numa determinada categoria, se
a seguinte inequação for cumprida.

Δߪ௖
ߛி௙ Δߪா,ଶ ≤
ߛெ௙

Onde: γFf = 1,00 e γMf = 1,35;

ΔσE,2 é a amplitude de tensão equivalente;

Δσc é a categoria do detalhe.

A amplitude de tensão equivalente é obtida por:

ΔσE,2 = λ Φ Δσp

52
Onde: λ = λ1 x λ2 x λ3 x λ4 < λmax

Φ = 1 para zonas sem juntas;

Δσp é a amplitude de tensão.

Note-se que para o caso de secções exclusivamente


metálicas, a amplitude equivale à diferença entre
a maior e menor tensões em valor absoluto, no
detalhe considerado, provocada pelo FLM3.

13.1.1 Factor de dano equivalente

Tensões Normais  λ1 (L = 25/2+35/2) = 1,70

Tensões Tangen.  λ1 (L=35) = 1,75

λ2 = Qm1 / Q0 x (Nobs / N0)0,20

= 400/480 x (0,75x106/0,50x106)0,20 = 0,90

λ3 = 1,00

Com N2=N1 e Qm2=Qm1;

η1 = 1/2 + 5/8 e η2 = 1/2 - 5/8

λ4 = [1 + N2/N1 (η2/η1 x Qm2/Qm1)5]0,20 = 0,89

λmax = 1,80 (apenas para tensões normais)

53
Logo,

T.N.  λ1 = 1,70x0,90x1,00x0,89 = 1,36

T.T.  λ1 = 1,75x0,90x1,00x0,89 = 1,40

13.1.2 Amplitude de tensão equivalente

T.N.  ΔσE,2 = 1,36 Δσp

T.T.  ΔτE,2 = 1,40 Δτp

13.2 Verificação

Na região do apoio tem-se emenda de banzos, emenda


de alma e reforços transversais, para além da
soldadura entre alma e banzo e conectores.

• Para a soldadura entre a alma e o banzo, e


dado estarem presentes emendas de banzo,
toma-se o detalhe (9) do Quadro 8.2 de
categoria 71;

• Na emenda de banzo (65mm -> 40mm) considera-se


o detalhe (7) do Quadro 8.3 que é de
categoria 90;

• A ligação dos reforços transversais à viga


principal coincide com o detalhe (7) do Quadro
8.4 (com l<50mm) sendo de categoria 80;

• A soldadura de conectores aos banzos dá lugar


a um detalhe tipo (9) do Quadro 8.4 que é de
categoria 80.

54
A máxima amplitude na secção metálica, Δσp, é de
38,35 MPa na emenda da viga.

PRS 1500x550x13x40  Wy,el,eff = 37044 cm3

Tal resulta em:

ΔσE,2 = 1,36 x 38,35 = 52,2MPa < 71/1,35 = 52,6MPa

Conclui-se, portanto, que a secção do apoio não


sofrerá de fadiga.

14. Medições e Quantidades

Peso un. Quantidade Peso Total


Secção
(kG/m) (m) (kg)
PRS 1500x400x10x40 369,08 124,00 45766
PRS 1500x550x13x40 498,65 24,00 11968
PRS 1500x550x13x65 709,50 24,00 17028
SHS 150x8 33,92 63,00 2137
SHS 160x8 36,44 120,00 4373
SHS 180x10 50,73 147,25 7470
TOTAL 88742

O peso total da estrutura metálica deverá contar


ainda com o peso das chapas de reforço transversal
e soldaduras. Por aproximação, pode contar-se com
mais 10% do peso limpo dos perfis.

PESO TOTAL (corrigido) = 1,10 x 88,742 ≈ 97,6 ton

55

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