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CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

Projeto Interdisciplinar – PI

GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA UTILIZANDO


ENERGIA EÓLICA

ESTEVÃO LUIZ DE AQUINO


GILVANAM GOULART
GLAUBER SILVA GOMES
INGRID LOPES DA PAIXÃO

Coronel Fabriciano, 14 de novembro de 2017


ESTEVÃO LUIZ DE AQUINO
GILVANAM GOULART
GLAUBER SILVA GOMES
INGRID LOPES DA PAIXÃO

GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA UTILIZANDO


ENERGIA EÓLICA

Relatório apresentado ao Curso de Graduação em


Engenharia Mecânica do Centro Universitário do Leste
de Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção
da nota final no Programa Interdisciplinar do Curso de
Engenharia Mecânica.

Orientador: Prof. Jorge Yamana

Coronel Fabriciano, 14 de novembro de 2017


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 – Matriz energética brasileira ................................................................................ 14


FIGURA 2 – Evolução da capacidade instalada ...................................................................... 14
FIGURA 3 –Ocupação do Brasil no ranking mundial ............................................................. 17
FIGURA 4 – Usinas eólicas no Brasil ...................................................................................... 19
FIGURA 5 – Sistema isolado ................................................................................................... 20
FIGURA 6 – Sistema híbrido ................................................................................................... 21
FIGURA 7 – Sistema de injeção na rede .................................................................................. 21
FIGURA 8 – Componetes de uma turbina ............................................................................... 23
FIGURA 9 – Rotor Savonius ................................................................................................... 26
FIGURA 10 – Rotor Darrieus ..................................................................................................26
FIGURA 11 – Parque Eólico.....................................................................................................29
FIGURA 12 – Processo ............................................................................................................30
FIGURA 13 – Energia eólica no mundo ..................................................................................34
FIGURA 14 – Turbina...............................................................................................................35
FIGURA 15 – Exemplos de turbina Eólica ..............................................................................36
FIGURA 16 – Turbina pequena, média e grande......................................................................36
FIGURA 17 - Perfil Aerodinâmico...........................................................................................39
FIGURA 18 – Gerador Convencional.......................................................................................41
FIGURA 19 – Gerador Multipolo.............................................................................................41
FIGURA 20 – Sistema Off Shore.............................................................................................42
RESUMO

O presente trabalho trata da utilização da energia eólica e sua introdução na matriz energética
como fonte alternativa para geração de energia elétrica. Após uma introdução ao tema, e
apresentado a Revisão Bibliográfica, onde são abordados os temas Energia Eólica- Processo
de funcionamento das centrais eólicas para geração de energia elétrica, Instalações em
operação no Brasil e a nível mundial, construção e tendências de novos investimentos,
Contribuição da energia gerada no Brasil na matriz energética, Discursão e explicação das
soluções e tecnologias disponíveis de engenharia para utilização de energia eólica existente
em pesquisa para geração de energia elétrica. Ao final, são apresentadas suas considerações
finais, seguidas das suas Referências Bibliográficas.

Palavras-Chave: Energia Eólica, Processo de Funcionamento, Contribuição da energia


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 10
2. OBJETIVO ......................................................................................................................... 11
3. ENERGIA GERADA NO BRASIL NA MATRIZ ENERGÉTICA .............................. 12
4. INSTALAÇOES EM OPERACÕES NO BRASIL ........... 1Error! Bookmark not defined.
5. GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA ............................................................................... 19
6. SISTEMA EÓLICO ........................................................................................................... 20
7. TURBINAS EÓLICAS (AEROGERADORES) .............................................................. 22
8. COMPONETES DE UMA TURBINA EÓLICA ............................................................ 23
9. GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA NO BRASIL ........................................................ 28
9.1. Expansão............................................................................................................................28
9.2. Importância........................................................................................................................29
9.3. Potência instalada...............................................................................................................31
9.4. Investimento em energia eólica..........................................................................................31
9.5. Novos parques eólicos.......................................................................................................32
10. ENERGIA EÓLICA NO MUNDO..................................................................................32
11. SOLUÇÕES E TECNOLOGIAS DISPONÍVEIS PARA GERAÇÃO DE ENERGIA
ELÉTRICA UTILIZANDO ENERGIA EÓLICA..............................................................34
12. MECANISMOS DE CONTROLE..................................................................................36
12.1. Controle de Stool.............................................................................................................37
12.2. Controle de passo.............................................................................................................38
13. TECNOLOGIA NA TRASMISSÃO/MULTIPLICAÇÃO ..............................................39
13.1. Gerador convencional......................................................................................................40
13.2. Gerador multipolo............................................................................................................41
13.3. Sistema Off Shore............................................................................................................42
14. CONCLUSÃO...................................................................................................................43
15. REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 44
1. INTRODUÇÃO

O amplo e rápido avanço tecnológico e apontado como um dos principais responsáveis pelos
danos da natureza. O aumento do efeito estufa, retratado como efeito global, a necessidade
cada vez maior do homem na utilização de energia, vem estimulando a realização de
pesquisas que visam verificar a viabilidade da substituição da matriz energética por fontes
ecologicamente sustentáveis para atingir uma sustentabilidade ambiental.
A energia Eólica e uma fonte de energia renovável, limpa e disponível em todos os lugares,
aproveitada pelo movimento do ar. Obtida pela energia cinética contida nas massas de ar, a
utilização desse tipo de energia tem amplas aplicações e foi uma das primeiras formas
energéticas de tração não animal utilizada pelo homem para mover os barcos, impulsionados
por velas ou fazer funcionar a engrenagem de moinhos, ao mover suas pás. Nos moinhos de
vento a energia eólica era transformada em energia mecânica, utilizada na moagem de grãos e
bombeamento de água.
Com o auto custo da produção de energia, juntamente com as vantagens da energia eólica
como fonte renovável tem levado vários países a estabelecer metas e investimentos
financeiros para a estimulação da energia eólica. Apesar da capacidade grande em gerar
energia elétrica utilizando o vento, o Brasil ainda produz pouca energia a partir dessa fonte.
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2. OBJETIVO

Analisar a utilização da energia eólica como fonte renovável, e apresentar o seu respectivo
funcionamento e potencial gerador de energia elétrica no Brasil e no mundo, podendo ela ser
um investimento para um futuro sustentável com o aumento da produção de energia limpa e
barata.
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3. ENERGIA GERADA NO BRASIL NA MATRIZ ENERGETICA

Em 2016, mais 2 GW da energia gerada a partir dos ventos foram instalados, totalizando
10,75 GW; investimento no período foi de US$ 5,4 bilhões.
As fontes renováveis de energia estão cada vez mais presentes na matriz elétrica mundial. O
Brasil, apesar de contar com uma matriz majoritariamente proveniente de energia limpa,
enfrenta grandes dificuldades de abastecimento por conta da sazonalidade dos reservatórios
das hidrelétricas, nossa principal fonte. As energias solar e eólica aparecem como grandes
aliadas para garantir o suprimento do sistema. A redução dos custos dos equipamentos para
estes tipos de geração, as políticas de incentivo e de financiamento e a existência dos leilões,
ao longo dos anos, vêm facilitando a entrada das fontes renováveis, que, em pouco tempo, já
conquistaram uma importante participação nessa matriz.
A energia eólica vem alcançando números que impressionam. Em 2016, foram adicionados
mais 2 GW de energia eólica de capacidade instalada à matriz elétrica brasileira distribuídos
em 81 novos parques. Os estados contemplados com os novos empreendimentos foram: Rio
Grande do Norte, Ceará, Bahia, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Sul. Por mais um ano
consecutivo, o Rio Grande do Norte é o líder de nova capacidade instalada, com 640 MW e
25 usinas. O segundo colocado, Ceará, contou com 21 novas usinas e 485,03 MW de fonte
eólica instalada. No período, foram US$ 5,4 bilhões de investimentos na fonte. No total, são
10,75 GW de capacidade instalada em 430 parques eólicos.
As informações são do Boletim Anual de Geração Eólica 2016, lançado pela Associação
Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), neste mês de maio, e que fornece as principais
informações da indústria eólica no país.
De acordo com o boletim, a fonte foi responsável por gerar mais de 30 mil postos de trabalho
em 2016. Segundo o mais recente relatório da Agência Internacional de Energia Renovável
(Irena), publicado também em maio deste ano, as novas instalações eólicas contribuíram para
um aumento de 7% no emprego eólico global, que alcançou a marca de 1,2 milhão de postos
de trabalho.
“Nos últimos quatro anos, por exemplo, o número de empregos nos setores solar e eólico mais
do que dobrou. As energias renováveis estão apoiando diretamente objetivos socioeconômicos
mais amplos, com a geração de empregos cada vez mais reconhecida como um componente
central da transição energética global. À medida que a balança continua a pender em favor das
energias renováveis, esperamos que o número de pessoas trabalhando no setor de energias
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renováveis possa chegar a 24 milhões até 2030, mais do que compensando as perdas de postos
de trabalho com combustíveis fósseis e se tornando um grande motor de desenvolvimento
econômico em todo o mundo”, analisou o diretor geral da Irena, Adnan Z. Amin.
Considerando todas as fontes de geração de energia elétrica, em 2016, foram instalados 9,43
GW de potência, cujo crescimento foi liderado principalmente pelas fontes hidrelétrica e
eólica, que representaram 60,15% e 21,35%, respectivamente. Em 2016, 52 milhões de
pessoas receberam energia elétrica produzida pelos ventos. Com isso, a fonte passa a ser
responsável por 7,1% da matriz elétrica do país.
De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a geração de
energia eólica cresceu, no ano passado, 55% em relação a 2015, quando a capacidade
instalada era de 8,73 GW.
Segundo o boletim da Abeeólica, a capacidade instalada de 10,75 GW é composta por 10,22
GW de parques em operação comercial (95,11%), 0,17 GW de operação em teste (1,59%) e
0,35 GW de parques aptos a operar (3,30%). Estes últimos estariam impedidos a
disponibilizar sua energia para o sistema em razão de atraso ou restrição no sistema de
distribuição ou transmissão.
“Os números apresentados no boletim refletem um setor vigoroso e com grande capacidade de
captação de recursos e de investimentos. Em 2017, vamos instalar uma considerável nova
capacidade e devemos terminar o ano com cerca de 13 GW. Será um bom resultado, mas
sempre é bom lembrar que ele é consequência de leilões realizados em anos anteriores. Como
sabemos, o cancelamento do Leilão de Reserva no final do ano foi uma notícia muito negativa
para a indústria e tirou o setor de sua trajetória positiva: 2016 foi o primeiro ano, desde que as
eólicas começaram a participar de leilões, em que não houve contratação de energia dessa
fonte. Por isso, todos os nossos esforços neste momento estão num diálogo transparente e
técnico com governo sobre a necessidade de novos leilões. A contratação de energia eólica em
2017 é indispensável para o futuro da fonte no Brasil”, declarou a presidente executiva da
Abeeólica, Elbia Gannoum.
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Figura 1: Matriz Energética Brasileira

Figura 2: Evolução da capacidade Instalada

O vento brasileiro é um dos melhores do mundo. O aproveitamento do vento para gerar


energia (relação entre o GWh gerado e a potência instalada ao longo de um ano) em 2016 no
Brasil foi de 40,7%. Resultado que, conforme diz o boletim, consolida a fonte que, mesmo
contemplando todos os parques eólicos instalados no Brasil, inclusive os adquiridos no
Proinfa (cm fator de capacidade médio igual a 29%), mantém um valor de desempenho ímpar,
superior a diversos países no mundo.
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Elbia Gannoum explica que o vento brasileiro é um dos melhores do mundo por conta de três
fatores: alta velocidade (entre 10 m/s e 12 m/s), constância e por ser unidirecional.
Em picos instantâneos, o fator de capacidade dos parques eólicos atingiu valores superiores a
70%, como foi o caso no recorde de geração do subsistema Nordeste, quando, em 05/11/2016,
a geração eólica média diária atingiu 5.077 MWmed. Neste dia, 52% da energia consumida no
Nordeste foi proveniente de eólicas.
Sobre a força das eólicas no Nordeste, a presidente da Abeeólica chegou a afirmar que se o
Brasil não fosse interligado, o Nordeste, certamente, teria problemas de racionamento, não
fossem as eólicas. A executiva se referiu aos baixos níveis dos reservatórios das hidrelétricas
da região.
O boletim da Associação informa que, mesmo com a queda na demanda por energia elétrica
no sistema em 2016, a queda no nível de água dos reservatórios mostrou-se preocupante. “O
reservatório de Sobradinho, por exemplo, iniciou o ano de 2017 com cerca de 12% de sua
capacidade, mesmo com redução de vazão”, diz o documento. Nesse sentido, a diversificação
da matriz é fundamental para garantir o suprimento do sistema, ganhando destaque a
ampliação da oferta de energia eólica.
O Brasil tem alguns dos melhores recursos eólicos do mundo, excedendo as necessidades
atuais de eletricidade do país três vezes, de acordo com o Global Wind Energy Council
(GWEC).
Embora o mercado de eólica continue crescendo, o setor tem diversos desafios pela frente,
além da crise econômica e da redução da demanda por energia. O ano de 2016 foi o primeiro
ano, desde 2009, a não realizar um leilão para a fonte eólica, o que, certamente, terá um
impacto sobre a indústria do setor, que foi surpreendida com o cancelamento do segundo
leilão de reserva, em dezembro do ano passado. “Os fabricantes de aerogeradores estão com
50% a 60% de ociosidade em 2017. Eles precisam de uma previsão, de planejamento do
governo para continuarem no país”, afirmou Elbia Gannoum.
Segundo o GWEC, em relatório divulgado em abril deste ano, o cancelamento do leilão
significa dizer que não haverá energia de reserva disponível quando a economia voltar a
crescer. Quando isso acontecer, mais térmicas terão de ser ativadas e, com isso, o custo da
energia aumentará.
Em concordância com a Abeeólica, o GWEC afirma que os leilões de reserva fazem parte de
um planejamento estratégico e o seu cancelamento vai de encontro ao objetivo do Governo de
colocar a economia de volta na trilha do crescimento. “Além disso, o planejamento baseado
em segurança é ainda mais importante agora, enquanto o governo tem uma intensa agenda
16

para promover um crescimento renovado, que envolve novos investimentos em


infraestrutura”, diz o documento.
Para 2017, há grandes desafios: demanda, transmissão e financiamento. Segundo o GWEC, a
situação chamada de “sobra de energia” está superestimada e pode desaparecer em um ano
ruim para a hidroeletricidade ou em uma rápida recuperação econômica. “É fundamental
manter o volume de acréscimo de 2GW de energia eólica por ano para manter a cadeia de
suprimento”, diz o relatório. No que diz respeito à transmissão, o GWEC entende que é um
problema grave no país. Três estados – Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Bahia,
grandes produtores de energia eólica – não puderam participar do Leilão de Reserva
(cancelado) por problemas de transmissão.
No tocante ao financiamento, a boa notícia é que o BNDES anunciou novas regras para o
setor de energia e pretende apoiar as energias renováveis de baixo impacto e manter as
condições para a energia eólica. Para o GWEC, o Brasil, no entanto, precisa também
desenvolver suas linhas de financiamento e promover mais discussões sobre a possibilidade
de bancos privados estarem mais envolvidos em financiamentos de infraestrutura.
De qualquer maneira, apesar dos desafios, as expectativas para o futuro da fonte eólica no país
são otimistas. Segundo a Abeeólica, em 2017, a previsão é de que uma grande capacidade seja
instalada e o ano termine com cerca de 13 GW, o que ainda será consequência de leilões
realizados em anos anteriores. Dessa maneira, o ano de 2017 deverá ser de muita dedicação
para garantir que existam novas contratações para um crescimento seguro e sustentável para a
indústria eólica.
O ano de 2016 foi encerrado com US# 5,4 bilhões investidos no setor eólico. Considerando o
período de 2009 a 2016, esse número chega a US$ 32 bilhões.
17

Figura 3: Ocupação do Brasil no ranking mundial

4. INSTALAÇOES EM OPERAÇÃO NO BRASIL

Apesar de ter um território vasto com ótimo potencial de geração de energia elétrica
utilizando o vento, o Brasil ainda produz pouca energia a partir desta fonte (em compração
com outras fontes), embora a exploração desta fonte energética renovável tenha crescido nos
últimos anos. Atualmente, o Brasil produz cerca de 8,72 GW (em 2015), correspondendo a
2,5% de participação na matriz elétrica nacional. São 349 parques eólicos e 4.460 turbinas
eólicas em todo território nacional (dados de 2015). Porém, um dado positivo é que estes
números crescem a cada ano.
No ano de 2015 houve um crescimento de 30% na geração de energia eólica (aumento de 2,5
GW) em nosso país. Atualmente, a energia eólica gerada no Brasil é o suficiente para
abastecer cerca de 14,5 milhões de residências.
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Somente no ano de 2015, entraram em operação mais de 100 usinas eólicas no Brasil, com
cerca de R$ 20 bilhões em investimentos. Neste mesmo ano, a indústria de geração de energia
eólica empregou cerca de 41 mil trabalhadores.
Esta expansão está atraindo grandes empresas internacionais que apostam no crescimento
deste tipo de energia no Brasil. O Brasil já é o quarto país do mundo em que a energia eólica
mais cresce. A capacidade instalada de geração eólica cresceu cerca de 57% no ano de 2015.
Foi a que mais cresceu neste ano em comparação a outras fontes geradoras de energia elétrica.
Em relação a capacidade instalada, o Brasil está em 10º no ranking mundial. (ano de 2015).

Complexo Eólico Alto Sertão I - localizado no semiárido baiano, é o maior parque gerador de
energia eólica do Brasil e também da América Latina. As 184 torres geram 294 megawatts de
energia (cerca de 30% de toda energia eólica gerada no Brasil). Inaugurado em junho de 2012,
o complexo pertence a empresa Renova Energia e teve investimento de 1,2 bilhão de reais.
- Parque Eólico de Osório: instalado no munício gaúcho de Osório, é o segundo maior centro
de geração de energia eólica no Brasil (em 2011). Possui a capacidade instalada de 150
megawatts.
- Usina de Energia Eólica de Praia Formosa: instalada na cidade de Camocim (Ceará). Possui
a capacidade instalada de 104 megawatts.
- Parque Eólico Alegria: instalado na cidade de Guamaré (Rio Grande do Norte). Possui a
capacidade instalada de 51 megawatts.
- Parque Eólico Delta do Parnaíba - CGE Delta 1 (Piauí) - Possui capacidade instalada de 70
megawatts.
- Parque Eólico do Rio de Fogo: instalado na cidade de Rio do Fogo (Rio Grande do Norte).
Possui capacidade instalada de 41 megawatts.
- Parque Eólico Eco Energy: instalado na cidade de Beberibe (Ceará). Possui capacidade
instalada de 25 megawatts.
- Complexo Eólico Ventos de Santa Joana: está instalado no estado do Piauí e possui
capacidade de geração de 439 MW.
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Figura 4: Usinas Eólicas no Brasil

5. GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA

O vento gira uma hélice gigante conectada a um gerador que produz eletricidade. Quando
vários mecanismos como esse conhecido como turbinas eólicas (aerogeradores) são ligados a
uma central de transmissão de energia, temos uma central eólica. Eles são necessários para
que a produção de energia elétrica torne-se rentável. Só são construídos após estudos
exaustivos de viabilidade econômica e de impacto ambiental. Normalmente estas instalações
encontram-se em terra, mas é cada vez mais frequente instalá-las no mar (offshores) onde a
presença do vento é mais regular. Estes parques eólicos “offshore” permitem a redução dos
inconvenientes provocados pelo ruído e pela poluição da paisagem. A quantidade de energia
produzida por uma turbina varia de acordo com o tamanho das suas hélices e, claro, do regime
de ventos na região em que está instalada. E não pense que o ideal é contar simplesmente com
ventos fortes. Além da velocidade dos ventos, é importante que eles sejam regulares, não
sofram turbulências e nem estejam sujeitos a fenômenos climáticos como tufões. Como o
comportamento do vento muda ao longo do tempo, pode ser necessário a utilização de um
sistema de armazenamento de energia que garanta o fornecimento adequado à demanda.
Nos casos em que a energia eólica é utilizada para complementar a produção de energia
convencional, a energia gerada é injetada diretamente na rede elétrica, não sendo necessário o
20

armazenamento de energia, bastando que o sistema elétrico convencional de base esteja


dimensionado para atender à demanda durante os períodos de calmaria. Quando a energia
eólica é utilizada como fonte primária de energia, uma forma de armazenamento se faz
necessária para adaptar o perfil aleatório de produção energética ao perfil de consumo,
guardando o excesso de energia durante os períodos de ventos de alta velocidade, para usá-la
quando o consumo não puder ser atendido por insuficiência de vento. As formas mais
conhecidas de armazenamento de energia eólica são através de baterias e sob a forma de
energia potencial gravitacional.

6. SISTEMAS EÓLICOS

Sistemas isolados – São todos os sistemas que se encontram privados de energia elétrica
proveniente da rede pública. Estes sistemas armazenam a energia do aerogerador em baterias
estacionárias, que permitem consumir energia quando não ventar, evitando que falte energia
elétrica quando o aerogerador parar. Porém, para poder consumir a energia que o aerogerador
produz é necessário alterar a corrente elétrica. As tensões produzidas não são compatíveis
com os aparelhos domésticos ou industriais, visto que a corrente produzida é contínua e a
corrente pretendida é alternada. Para isso é usado um inversor senoidal de corrente que
transforma a corrente contínua em corrente alterna.

Figura 5: Sistema Isolado


21

Sistemas híbridos – São todos os sistemas que produzem energia elétrica em simultâneo com
outra fonte eletroprodutora. Esta outra fonte poderá ser de origem fotovoltaica, de geradores
elétricos de diesel/biodiesel, etc. Nestes sistemas temos o mesmo funcionamento que nos
sistemas isolados, a única alteração é que o carregamento das baterias estacionárias é feito por
mais de um gerador.

Figura 6: Sistema Híbrido

Sistemas de injeção na rede – São todos os sistemas que inserem a energia produzida por
eles mesmos na rede elétrica pública. Neste caso, a maioria dos aerogeradores são os de alta
tensão.

Figura 7: Sistema de injeção na rede


22

7. TURBINAS EÓLICAS (AEROGERADORES)

A turbina eólica, ou aerogerador, é uma máquina eólica que absorve parte da potência cinética
do vento através de um rotor aerodinâmico, convertendo em potência mecânica de eixo
(torque x rotação), a qual é convertida em potência elétrica (tensão x corrente) através de um
gerador elétrico. A turbina eólica é composta pelo rotor e pela torre que o sustenta, pela
transmissão/multiplicação e pelo conversor. Ela pode extrair energia cinética somente do ar
que passa através da área interceptada pelas pás rotativas. Embora combinada com a
eficiência do modelo, a área varrida pelo rotor circular (𝜋𝑟 2 ) é um fator crucial na
determinação da energia entregue pela turbina eólica. A energia cinética bruta por unidade de
tempo, potência, do vento passando por uma área A perpendicular ao seu vetor velocidade
instantânea V, é dada por:
𝑃 = Cp × 0,5 × ρ × A × V 3
onde :
ρ = densidade do ar, que varia com a latitude e as condições atmosféricas;
ρ ≅ 1.2Kg/m3 ;
Cp = é o coeficiente da performance que se relaciona com a energia cinética de saída e
depende do modelo e na relação entre a velocidade do rotor e a velocidade do vento.
A energia potencial da turbina eólica depende do cubo da velocidade do vento; isto significa,
por exemplo, que se a velocidade do vento em um local dobrar, a energia potencial de saída
de uma turbina eólica é multiplicada por 8( 23 ). Esta sensibilidade da energia com a
velocidade do vento mostra a importância na obtenção dos dados do vento para a estimativa
da energia disponível.
A velocidade do vento decresce à medida que se aproxima da superfície da terra devido à
fricção entre o ar e a solo. A quantidade de decréscimo depende da rugosidade do solo; por
exemplo, áreas florestais têm menor escoamento de ar que áreas descampadas.
23

8. COMPONENTES DE UMA TURBINA EÓLICA

Figura 8: Componentes de uma turbina eólica

Pás: Construtivamente, as pás podem ter as mais variadas formas e empregar os mais
variados materiais. Em particular, pás rígidas de madeira, alumínio, aço, fibra de vidro, fibra
de carbono e/ou Kevlar são os mais promissores.
Fibras de vidro: Materiais compostos reforçados com fibra de vidro oferecem boa resistência
específica e resistência à fadiga, bem como os custos competitivos para as pás. É o material
utilizado em quase todas as pás dos aerogeradores dos parques eólicos da Califórnia ( EUA ),
e já foi utilizado em rotores de até 78m de diâmetro. As pás em materiais compostos
possibilitam uma geometria aerodinâmica lisa, contínua e precisa. As fibras são colocadas
estruturalmente nas principais direções de propagação das tensões quando em operação.
Aço: Os aços estruturais são disponíveis a custo relativamente baixo no mercado interno de
alguns países, e há bastante experiência na sua utilização em estruturas aeronáuticas de todos
os tamanhos. No entanto, uma desvantagem do aço é que as pás nesse material tendem a ser
pesadas, o que acarreta aumento de peso e custo de toda a estrutura de suporte. Pás de aço
necessitam de proteção contra a corrosão, para a qual existem diversas alternativas possíveis.
Madeira: Essa fibra natural, que também constitui um material composto, evoluiu ao longo de
milhões de anos para suportar cargas de fadiga induzidas pelo vento, que tem muito em
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comum com aquelas a que são submetidos os rotores de aerogeradores. A madeira é


amplamente utilizada no mundo para pás de rotores pequenos (até 10 m de diâmetro). O baixo
peso da madeira é uma vantagem, mas deve-se cuidar para evitar variações do teor de
umidade interna, o que pode causar degradação das propriedades mecânicas e variações
dimensionais, que enfraquecem a estrutura das pás e podem causar rompimentos na estrutura.
Alumínio: a maior parte dos aerogeradores do tipo Darrieus usam pás feitas de ligas de
alumínio, extrudadas na forma de perfil aerodinâmico. Entretanto, ligas de alumínio não têm
limite inferior de tensão de fadiga, à medida que os ciclos de carregamento são aumentados, e
este comportamento sempre tem levantado dúvidas quanto à possibilidade de se atingir a
longa vida de 20 anos ou mais para um rotor de alumínio.
Fibra de carbono e/ou Kevlar: são materiais compostos mais avançados, que podem ser
utilizados em áreas críticas ( longarina da pá, por exemplo ), para melhorar a rigidez da
estrutura. Tem sido utilizado experimentalmente, mas tais materiais têm preços altos demais
para serem utilizados nos aerogeradores economicamente mais competitivos.

Rotor: Componente destinado a captar energia cinética dos ventos e convertê-la em energia
mecânica no eixo. Se o eixo do rotor for posicionado horizontal ou verticalmente, teremos um
rotor de eixo horizontal (rotor hélice, rotor multipás, rotor holandês, etc.) ou um rotor de eixo
vertical (rotor Savonius, rotor Darrieus, etc). Um rotor de três pás fornece oscilações menores
de torque no eixo, o que simplifica a transmissão mecânica. Se um rotor de duas pás é
escolhido - pelo menos para aerogeradores grandes – é usual se ter o rotor articulado, isto é,
permitindo uns poucos graus de movimento perpendicular ao eixo de rotação. Com um cubo
articulado, cada pá, ao passar pelo topo do círculo de rotação - onde a velocidade do vento é
maior devido ao gradiente vertical - move-se um pouco para trás; ao mesmo tempo a outra pá,
no curso inferior do círculo de rotação - onde o vento é menor - move-se para frente. Este
movimento de articulação alivia significativamente as tensões na raiz das pás, e o consequente
custo/benefício mais do que compensa pelo custo extra da articulação no cubo. Como o peso
próprio das pás introduz cargas cíclicas na raiz (no plano de rotação ), e também penaliza a
estrutura da torre, as pás devem obedecer ao critério de peso mínimo, resistência à fadiga e
rigidez estrutural.
Rotores modernos com mais de três pás são apenas usados quando se necessita de um grande
torque de partida, o que é basicamente o caso de bombeamento mecânico de água.
Aerodinamicamente, no entanto, grande número de pás e alto torque de partida implicam em
menor eficiência. O rotor deve ser fabricado com grande esbeltez, precisão nos perfis
25

aerodinâmicos, bom acabamento superficial, que são requisitos para maximizar a eficiência
aerodinâmica.
Rotor de eixo horizontal: Os rotores de eixo horizontal são os mais comuns e grande parte
da experiência mundial está voltada para a sua utilização. São movidos por forças
aerodinâmicas chamadas de forças de sustentação (lift) e forças de arrasto (drag). Um corpo
que obstrui o movimento do vento sofre a ação de forças que atuam perpendicularmente ao
escoamento (forças de sustentação) e de forças que atuam na direção do escoamento (forças
de arrasto). Ambas são proporcionais ao quadrado da velocidade relativa do vento.
Adicionalmente as forças de sustentação dependem da geometria do corpo e do ângulo de
ataque (formado entre a velocidade relativa do vento e o eixo do corpo).
Os rotores que giram predominantemente sob o efeito de forças de sustentação permitem
liberar muito mais potência do que aqueles que giram sob efeito de forças de arrasto, para
uma mesma velocidade de vento.
Os rotores de eixo horizontal ao longo do vento (aerogeradores convencionais) são
predominantemente movidos por forças de sustentação e devem possuir mecanismos capazes
de permitir que o disco varrido pelas pás esteja sempre em posição perpendicular ao vento.
Tais rotores podem ser constituídos de uma pá e contrapeso, duas pás, três pás ou múltiplas
pás (multivane fans). Construtivamente, as pás podem ter as mais variadas formas e empregar
os mais variados materiais. Em geral, utilizam-se pás rígidas de madeira, alumínio ou fibra de
vidro reforçada. Quanto à posição do rotor em relação à torre, o disco varrido pelas pás pode
estar a jusante do vento (down wind) ou a montante do vento (up wind). No primeiro caso, a
“sombra” da torre provoca vibrações nas pás. No segundo caso, a “sombra” das pás provoca
esforços vibratórios na torre. Sistemas a montante do vento necessitam de mecanismos de
orientação do rotor com o fluxo de vento, enquanto nos sistemas a jusante do vento, a
orientação realiza-se automaticamente.
Os rotores mais utilizados para geração de energia elétrica são os de eixo horizontal do tipo
hélice, normalmente compostos de 3 pás ou em alguns casos (velocidades médias muito altas
e possibilidade de geração de maior ruído acústico) 1 ou 2 pás.

Rotor de eixo vertical: Em geral, os rotores de eixo vertical tem a vantagem de não
necessitarem de mecanismos de acompanhamento para variações da direção do vento, o que
reduz a complexidade do projeto e os esforços. Os rotores de eixo vertical também podem ser
movidos por forças de sustentação (lift) e por forças de arrasto (drag). Os principais tipos de
rotores de eixo vertical são Darrieus, Savonius e turbinas com torre de vórtices.
26

Os rotores do tipo Savonius são movidos predominantemente por forças de "drag" embora
desenvolvam algum "lift". Têm relativamente alto torque de partida, embora em baixa
velocidade. Sua eficiência é baixa. Seu rendimento mecânico máximo pode atingir 31%.

Figura 9: Rotor Savonius

As turbinas do tipo Darrieus são movidas por forças de sustentação e constituídas por lâminas
curvas (duas ou três) de perfil aerodinâmico, ligadas pelas extremidades ao eixo vertical.

Figura 10: Rotor Darrieus

Torre: As torres são necessárias para sustentar e posicionar o rotor a uma altura conveniente
para o seu funcionamento. É um item estrutural de grande porte e de elevada contribuição no
custo inicial do sistema. Inicialmente, as turbinas utilizavam torres de metal treliçado. Com o
uso de geradores com potências cada vez maiores, as naceles passaram a sustentar um peso
muito elevado tanto do gerador quanto das pás. Desta forma, para dar maior mobilidade e
segurança para sustentar todo a nacele em alturas cada vez maiores, tem-se utilizado torres de
metal tubular ou de concreto que podem ser sustentadas ou não por cabos tensores.
27

Nacele: compartimento instalado no alto da torre composto por caixa multiplicadora, freios,
embreagem, mancais, controle eletrônico e sistema hidráulico. É o componente de maior peso
do sistema. Dependendo do fornecedor da turbina, ela pode pesar até 72 tonelada;

Caixa de transmissão: possui a finalidade de transmitir a energia mecânica entregue pelo


eixo do rotor até a carga. É composta por eixos, mancais, engrenagens de transmissão e
acoplamentos. O projeto tradicional de uma turbina eólica consiste em colocar a caixa de
transmissão mecânica entre o rotor e o gerador de forma a adaptar a baixa velocidade do rotor
à velocidade de rotação mais elevada dos geradores convencionais.
A velocidade angular dos rotores geralmente varia na faixa de 20 a 150 RPM, devido às
restrições de velocidade na ponta da pá (tip speed). Entretanto, geradores (sobretudo
geradores síncronos) trabalham a rotações muito mais elevadas (em geral, entre 1200 a 1800
RPM), tornando necessário a instalação de um sistema de multiplicação entre os eixos.
Mais recentemente, alguns fabricantes desenvolveram com sucesso aerogeradores sem a caixa
multiplicadora e abandonaram a forma tradicional de construir turbinas eólicas. Assim, ao
invés de utilizar a caixa de engrenagens com alta relação de transmissão, necessária para
alcançar a elevada rotação dos geradores, utilizam-se geradores multipolos de baixa
velocidade e grandes dimensões.
Os dois tipos de projetos possuem suas vantagens e desvantagens e a decisão em usar o
multiplicador ou fabricar um aerogerador sem caixa de transmissão é antes de tudo uma
questão de filosofia do fabricante.

Gerador: A transformação da energia mecânica de rotação em energia elétrica através de


equipamentos de conversão eletromecânica é um problema tecnologicamente dominado e,
portanto, encontram-se vários fabricantes de geradores disponíveis no mercado. Entretanto, a
integração de geradores nos sistemas de conversão eólica constitui-se em um grande
problema, que envolve principalmente:
 Variações na velocidade do vento (extensa faixa de rotações por minuto para a
geração);
 Variações do torque de entrada (uma vez que variações na velocidade do vento
induzem variações de potência disponível no eixo);
 Exigência de freqüência e tensão constante na energia final produzida;
28

 Facilidade de instalação, operação e manutenção devido ao isolamento geográfico de


tais sistemas, sobretudo em caso de pequena escala de produção (isto é, necessitam ter
alta confiabilidade).
Atualmente, existem várias alternativas de conjuntos moto-geradores, entre eles: geradores de
corrente contínua, geradores síncronos, geradores assíncronos, geradores de comutador de
corrente alternada.

Anemômetro: mede a intensidade, a velocidade e a direção do vento. Esses dados são


lidos pelo sistema de controle, que garante o posicionamento mais adequado para a
turbina.

9. GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA NO BRASIL

Apesar de ter um território vasto com ótimo potencial de geração de energia elétrica
utilizando o vento, o Brasil ainda produz pouca energia a partir desta fonte (em comparação
com outras fontes), embora a exploração desta fonte energética renovável tenha crescido nos
últimos anos. Atualmente, o Brasil produz cerca de 8,72 GW (em 2015), correspondendo a
2,5% de participação na matriz elétrica nacional. São 349 parques eólicos e 4.460 turbinas
eólicas em todo território nacional (dados de 2015). Porém, um dado positivo é que estes
números crescem a cada ano.

9.1. A EXPANSÃO

No ano de 2015 houve um crescimento de 30% na geração de energia eólica (aumento de 2,5
GW) em nosso país. Atualmente, a energia eólica gerada no Brasil é o suficiente para
abastecer cerca de 14,5 milhões de residências.
Somente no ano de 2015, entraram em operação mais de 100 usinas eólicas no Brasil, com
cerca de R$ 20 bilhões em investimentos. Neste mesmo ano, a indústria de geração de energia
eólica empregou cerca de 41 mil trabalhadores.
Esta expansão está atraindo grandes empresas internacionais que apostam no crescimento
deste tipo de energia no Brasil. O Brasil já é o quarto país do mundo em que a energia eólica
29

mais cresce. A capacidade instalada de geração eólica cresceu cerca de 57% no ano de 2015.
Foi a que mais cresceu neste ano em comparação a outras fontes geradoras de energia elétrica.
Em relação a capacidade instalada, o Brasil está em 10º no ranking mundial. (ano de 2015)

9.2. IMPORTÂNCIA

A geração de energia elétrica através desta fonte é de extrema importância para o Brasil, pois
se trata de uma fonte renovável e limpa. De acordo com levantamento da Rede de Obras, no
momento há 84 em fase de projeto e 21 em construção. Brasil terá mais de 100 novos parques
eólicos

Figura 11: Parques eólicos

Os primeiros investimentos vieram em 2012, quando foi inaugurado o primeiro parque eólico.
Em 2018, estaremos com 15 GW instalados Elbia Gannoum .Nos últimos cinco anos a matriz
energética brasileira vem incorporando rapidamente a energia eólica, fonte limpa e renovável.
Responsável por 4% do total de energia gerada no país, a eólica cresce 2% a cada dois anos, e
em curto prazo alcançará 12%. A informação é de Elbia Silva Gannoum, presidente da
ABEEólica – Associação Brasileira de Energia Eólica. “Os primeiros investimentos vieram
em 2012, quando foi inaugurado o primeiro parque eólico. Em 2018, estaremos com 15 GW
instalados”, prevê. O crescimento se confirma nos levantamentos da Rede de Obras –
ferramenta de pesquisa da e-Construmarket –, que constatou a existência de 105 novos
empreendimentos, sendo 21 usinas eólicas em execução e 84 em fase de projeto.
Segundo a presidente, não existe uma topografia ideal para a instalação de parques eólicos.
Como o setor no Brasil é relativamente recente, os potenciais eólicos localizados em áreas de
30

planície são explorados prioritariamente, devido às facilidades de transporte das peças e da


construção civil do parque. “No entanto, especialmente nos países da Europa, os parques
eólicos estão instalados nos topos dos morros. E este cenário, no futuro, poderá ser visto no
Brasil”, prevê Elbia.
Os melhores ventos para a geração de energia eólica devem ser fortes, unidirecionais e sem
rajadas. Os ventos brasileiros têm exatamente essas qualidades e estão entre os melhores do
mundo para a geração de energia.
Os terrenos onde são construídos os parques eólicos são, na maioria das vezes, arrendados dos
proprietários rurais, que recebem uma renda fixa para ter as torres instaladas nestas áreas. Em
poucos casos as empresas desenvolvedoras compram estas terras. “O arrendamento de terras
para a construção de parques eólicos é uma medida que contribui para a fixação do homem no
campo e contribui para o desenvolvimento social dos municípios, especialmente dos que
dispõem de menor receita”, informa.
O desenvolvimento dos projetos para a construção de usinas eólicas, desde a etapa de medição
de vento até a construção e posterior operação dos parques é realizado por empresas
especializadas no setor. “Algumas empresas comercializam os projetos e outras ficam com
eles, participando dos leilões e, depois, durante a operação”, explica Elbia Gannoum. A
construção do parque eólico exige, além das torres – metálicas, ancoradas diretamente no
concreto das fundações e das subestações –, as necessárias vias de acesso e linhas de
transmissão, estruturas de conexão entre o parque e a rede elétrica, para que a energia gerada
possa ser escoada.

Figura 12: Processo

“A construção do parque eólico exige, além das torres – metálicas, ancoradas diretamente no
concreto das fundações e das subestações –, as necessárias vias de acesso e linhas de
31

transmissão, estruturas de conexão entre o parque e a rede elétrica, para que a energia gerada
possa ser escoada”, diz a presidente. O fluxo ao lado ilustra as etapas macro de montagem de
um parque eólico e de seus aerogeradores.
A ABEEólica informa, através dos gráficos abaixo, o atual status dos parques eólicos no
Brasil, em cada estado.
9.3. POTÊNCIA INSTALADA (MW)

Figura 13:Potência

9.4. INVESTIMENTO EM ENERGIA EÓLICA

Investimentos em energia eólica devem chegar a R$ 40 bilhões até 2020.A energia eólica vive
agora nova etapa de competitividade no país, com previsão de investir, até 2020, mais R$ 40
bilhões. Essa nova fase, iniciada em 2009, totaliza a contratação de 6,7 gigawatts (GW) de
potência, ao preço de R$ 100 por megawatt/hora (MWh).
Os primeiros investimentos em energia eólica no país foram feitos em 2004, com subsídios do
Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). O objetivo era
trazer novas tecnologias e formas renováveis de produção de energia, entre elas pequenas
centrais hidrelétricas (PCHs), biomassa e eólica.
A eólica é a segunda fonte mais competitiva no país. “Hoje, ela só não é mais barata que as
grandes hidrelétricas”, disse à Agência Brasil a presidenta executiva da Associação Brasileira
de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo. Questões de tecnologia, mercado e financiamento
serão debatidos pelo setor, a partir desta quarta-feira (29), no Rio de Janeiro, durante o 3º
32

Brazil WindPower. É o maior evento da indústria eólica da América Latina e se estenderá até
o próximo dia 31.
O investimento feito pela indústria eólica em todos os leilões realizados no Brasil, entre 2004
e 2011, alcançou R$ 25 bilhões. O potencial eólico no país soma 300 GW e está concentrado,
basicamente, no Nordeste e no Sul, com destaque para os estados da Bahia, do Rio Grande do
Norte, Ceará e Rio Grande do Sul, disse Elbia. O número foi revisto este ano, com base na
nova tecnologia implantada. O primeiro levantamento, realizado em 2001, identificou
potencial para geração eólica da ordem de 143 GW.

9.5. NOVOS PARQUES EÓLICOS

Em junho deste ano, o indústria eólica completou 2 GW de capacidade instalada para gerar
energia, distribuídos por 71 parques. Até o fim de 2016, a meta é inserir no sistema elétrico
nacional 8,4 GW de potência eólica, o que significará 5,4% de participação na matriz elétrica
brasileira, contra os atuais 1,5%. “Vai crescendo ao longo dos anos e deve chegar, em 2020, a
um patamar de 15% de participação da fonte eólica, se nós mantivermos esse ritmo de
contratação”. A previsão é vender em leilões cerca de 2 GW por ano.
“O cenário da eólica é bastante favorável em termos de perspectivas futuras porque, além de
inserir essa fonte na matriz, nós trouxemos a cadeia produtiva, de suprimentos, como um
todo”, frisou. Como se trata de uma fonte intensiva em capital e tecnologia, o número de
fabricantes de equipamentos no país passou de dois, em 2008, para 11, no ano passado.
Questões tecnológicas explicam a grande competitividade apresentada pela fonte eólica, disse
Elbia. As torres para produção de energia a partir dos ventos, que tinham 50 metros de altura
até 2009, hoje têm 100 metros. Ela destacou que essa mudança melhorou a captação do vento
e a produtividade, tornando os custos de produção mais baratos.

10. ENERGIA EÓLICA NO MUNDO

O alto custo da produção de energia, juntamente com as vantagens da energia eólica como
uma fonte de energia renovável e amplamente disponível, tem levado vários países a
estabelecer incentivos regulamentando e dirigindo investimentos financeiros para estimular a
geração de energia eólica.
33

Os dois últimos estudos da Associação Mundial de Energia Eólica(WWEA, na sigla em


inglês) mostram um crescimento do uso de energia eólica no mundo. Os trabalhos, que
avaliaram os anos de 2010 e o primeiro semestre de 2011, revelam que, ao todo, 86 países já
utilizam essa fonte renovável para a produção de energia elétrica. Entre eles, destaca-se a
China, que se tornou o país com maior capacidade instalada, acrescentando 18.928 Megawatt
(MW) em sua matriz em um ano, bem como o centro da indústria eólica internacional.
Até 2005 a Alemanha liderava o ranking dos países em produção de energia através de fonte
eólica, mas em 2008 foi ultrapassada pelos EUA. Desde 2010, a China é o maior produtor de
energia eólica. Em 2011 o total instalado nesse país ultrapassava os 62.000 MW (62 GW).
Comparado com os 44.000 GW instalados até 2010, foi um aumento de 41%.
Somando todas as turbinas eólicas que foram instaladas até o final de 2010, tem-se a
capacidade mundial de gerar 430 Terawatt-hora(TWh) anuais, mais que o total da demanda de
eletricidade do Reino Unido, 6º economia do mundo. Para se ter uma idéia da magnitude da
expansão desse tipo de energia no mundo, em 2007 a capacidade mundial foi de cerca de 59
GW, em 2008 cerca de 120 GW e, em 2009, 158 GW. Esse aumento da participação da
energia eólica no mundo está relacionado a diversos fatores. Entre eles está a necessidade de
os países poderem contar com uma fonte de energia segura. Além disso, o seu custo de
instalação está diminuindo e ela é livre de emissão de CO2 e outros gases poluentes, além dos
menores impactos sobre o meio ambiente.
Em alguns países, a energia elétrica gerada a partir do vento representa significativa parcela
da demanda. Na Dinamarca, ela representa 23% da produção, 6% na Alemanha e cerca de 8%
em Portugal e na Espanha (dados de setembro de 2007). Globalmente, a energia eólica não
ultrapassa o 1% do total gerado por todas as fontes.
Cenário atual: o crescimento do setor de energia eólica na China está sufocado por um acesso
insuficiente aos grids de conexão, enquanto um cenário de desaceleração parece ter retornado
aos EUA como resultado de incertezas sobre a expiração de programas de incentivo. Na
Alemanha e na Itália, cortes de tarifa e desafios relacionados aos grids de conexão de energia
têm reduzido a atratividade no curto prazo, enquanto o fim de um importante benefício fiscal
na Índia deve prejudicar o crescimento do setor eólico neste ano. Por outro lado, diversos
países, incluindo México e Chile, anunciaram novos objetivos em geração de energia limpa
ou reafirmaram o apoio do governo por meio de incentivo. Apesar disso, a energia eólica
instalada no mundo crescerá de modo significativo nas próximas décadas e será parte
importante do portfólio de energia renovável de muitos países.
34

Figura 13: Energia Eólica no mundo

11. SOLUÇOES E TECNOLOGIAS DISPONÍVEIS PARA GERAÇÃO DE ENERGIA


ELÉTRICA UTILIZANDO ENERGIA EÓLICA

Com os recentes desenvolvimentos tecnológicos (sistemas avançados de transmissão, melhor


aerodinâmica, estratégias de controle e operação das turbinas etc.) têm se reduzido os custos e
melhorado o desempenho e a confiabilidade dos equipamentos para geração de energia eólica.
No início da utilização da energia eólica, surgiram turbinas de vários tipos – eixo horizontal,
eixo vertical, com apenas uma pá, com duas e três pás, gerador de indução, gerador síncrono
etc. Com o passar do tempo e diversos estudos na área, consolidou- se o projeto de turbinas
eólicas com as seguintes características: eixo de rotação horizontal, três pás, alinhamento
ativo, gerador de indução e estrutura não-flexível.
35

Figura 14: Turbina

Quanto ao porte, as turbinas eólicas podem ser classificadas da seguinte forma: pequenas –
potência nominal menor que 500 kW; médias – potência nominal entre 500 kW e 1000 kW; e
grandes – potência nominal maior que 1 MW.
Nos últimos anos, as maiores inovações tecnológicas foram a utilização de acionamento direto
(sem multiplicador de velocidades), com geradores síncronos e novos sistemas de controle
que permitem o funcionamento das turbinas em velocidade variável, com qualquer tipo de
gerador. A tecnologia atual oferece uma variedade de máquinas, segundo a aplicação ou local
de instalação.
Quanto à aplicação, as turbinas podem ser conectadas à rede elétrica ou destinadas ao
suprimento de eletricidade a comunidades ou sistemas isolados. Em relação ao local, a
instalação pode ser feita em terra firme ou off-shore.
36

Figura 15: Exemplos de turbinas eólica

Figura 16: Turbina pequena, média e grande

12. MECANISMOS DE CONTROLE

Um dos principais avanços tecnológicos realizados foi com relação ao mecanismo de


controle. Estudos foram realizados para saber a correta utilização ou não do controle do
ângulo de passo (pitch) das pás para limitar a potência máxima gerada. A tendência atual é a
combinação das duas técnicas de controle de potência (stall e pitch) em pás que podem variar
o ângulo de passo para ajustar a potência gerada, sem, contudo, utilizar esse mecanismo
continuamente.
37

Os mecanismos de controle destinam-se à orientação do rotor, ao controle de velocidade, ao


controle de carga, etc. Pela variedade de controles, existe uma enorme variedade de
mecanismos que podem ser mecânicos (velocidade, passo, freio), aerodinâmicos
(posicionamento do rotor) ou eletrônicos (controle da carga).
Os modernos aerogeradores utilizam dois diferentes princípios de controle aerodinâmico para
limitar a extração de potência à potência nominal do aerogerador. São chamados de controle
estol (Stall) e controle de passo (Pitch). No passado, a maioria dos aerogeradores usavam o
controle estol simples; atualmente, entretanto, com o aumento do tamanho das máquinas, os
fabricantes estão optando pelo sistema de controle de passo que oferece maior flexibilidade na
operação das turbinas eólicas.

12.1. Controle de Estol (Stall):

O controle estol é um sistema passivo que reage à velocidade do vento. As pás do rotor são
fixas em seu ângulo de passo e não podem girar em torno de seu eixo longitudinal. O ângulo
de passo é escolhido de forma que, para velocidades de vento superiores a velocidade
nominal, o escoamento em torno do perfil da pá do rotor descola da superfície da pá,
reduzindo as forças de sustentação e aumentando as forças de arrasto. Sob todas as condições
de ventos, superiores à velocidade nominal, o escoamento em torno dos perfis das pás do rotor
é, pelo menos parcialmente, descolado da superfície produzindo menores forças de
sustentação e elevadas forças de arrasto. Menores sustentações e maiores arrastos atuam
contra um aumento da potência do rotor. Para evitar que o efeito estol ocorra em todas as
posições radiais das pás ao mesmo tempo, o que reduziria significativamente a potência do
rotor, as pás possuem uma pequena torção longitudinal que as levam a um suave
desenvolvimento deste efeito.
Sob todas as condições de ventos superiores à velocidade nominal o fluxo em torno dos perfis
das pás do rotor é, pelo menos, parcialmente descolado da superfície produzindo, portanto
sustentações menores e forças de arrasto muito mais elevadas. Turbinas com controle estol
são mais simples do que as de controle de passo porque elas não necessitam de um sistema de
mudança de passo. Em comparação com os aerogeradores com controle de passo, eles
possuem, em princípio, as seguintes vantagens:

 Inexistência de sistema de controle de passo


 Estrutura de cubo do rotor simples
38

 Menor manutenção devido a um número menor de peças móveis


 Auto-confiabilidade do controle de potência

Em termos mundiais, o conceito de controle através de estol domina. A maioria dos


fabricantes utiliza esta possibilidade simples de controle de potência, que sempre necessita
uma velocidade constante do rotor, geralmente dada pelo gerador de indução diretamente
acoplado à rede.
Apenas nos dois últimos anos uma mistura de controle por estol e de passo apareceu, o
conhecido “estol ativo”. Neste caso, o passo da pá do rotor é girado na direção do estol e não
na direção da posição de embandeiramento (menor sustentação) como é feito em sistema de
passo normais. As vantagens deste sistema são:
 São necessárias pequeníssimas mudanças no ângulo do passo
 Possibilidade de controle da potência sob condições de potência parcial (ventos
baixos)
 A posição de embandeiramento das pás do rotor para cargas pequenas em
 Situação de ventos extremos.

12.2. Controle de passo (Pitch):

O controle de passo, por sua vez, é um sistema ativo que normalmente necessita de uma
informação vinda do controlador do sistema. Sempre que a potência nominal do gerador é
ultrapassada, devido à um aumento da velocidade do vento, as pás do rotor giram em torno do
seu eixo longitudinal; em outras palavras, as pás mudam o seu ângulo de passo para reduzir o
ângulo de ataque. Esta redução do ângulo de ataque diminui as forças aerodinâmicas atuantes
e, consequentemente, a extração de potência. Para todas as velocidades do vento superiores à
velocidade nominal, o ângulo é escolhido de forma que a turbina produza apenas a potência
nominal. Sob todas as condições de vento, o escoamento em torno dos perfis das pás do rotor
é bastante aderente à superfície produzindo sustentação aerodinâmica e pequenas forças de
arrasto.
Turbinas com controle de passo são mais sofisticadas do que as de passo fixo, controladas por
estol porque estas necessitam de um sistema de variação de passo. Por outro lado, elas
possuem certas vantagens:
39

- Permitem controle de potência ativo sob todas as condições de vento, também sob potências
parciais
- Alcançam a potência nominal mesmo sob condições de baixa massa específica do ar
(grandes altitudes dos sítios, altas temperaturas)
- Maior produção de energia sob as mesmas condições (sem diminuição da eficiência na
adaptação ao estol da pá)
- Partida simples do rotor pela mudança do passo
- Fortes freios desnecessários para paradas de emergência do rotor
- Cargas das pás do rotor decrescentes com ventos aumentando acima da potência nominal
- Posição de embandeiramento das pás do rotor para cargas pequenas em ventos extremos
- Massas das pás do rotor menores levam a massas menores dos aerogeradores.

Figura 17: Perfil aerodinâmico

13. TECNOLOGIA NA TRANSMISSÃO / MULTIPLICAÇÃO E GERADORES

A velocidade angular de rotores varia habitualmente na faixa de 15 a 220 rpm devido a


restrições de velocidade na ponta da pá (tangenciais), que operam na ordem de 50 a 110m/s,
quase independentemente do tamanho do diâmetro. Como geradores trabalham, sobretudo
geradores síncronos, a rotações bastante mais altas ( comum entre 1200 e 1800 rpm), torna-se
40

necessária a instalação de sistemas de multiplicação entre o eixo do rotor e o eixo do gerador.


Isto significa geralmente um multiplicador convencial, com dois ou três estágios de
engrenagens, apesar de transmissões metálicas também terem sidos experimentadas. Nos
aerogeradores conectados às redes de distribuição elétrica, a rotação no gerador é de,
tipicamente, 1500 rpm ( para 50 Hz) e de 1800 rpm ( para 60Hz ). Para aplicações onde a rede
é de alta potência, o simples e confiável gerador de indução ( assíncrono ) pode ser usado; a
rotação é então mantida dentro de uma certa percentagem da rotação síncrona ( um pequeno
ângulo de "escorregamento" é essencial para a operação deste tipo de gerador). Devido a esta
pequena ( mas finita) margem de velocidades é permitida alguma absorção de energia das
flutuações rápidas de vento na forma de energia cinética do rotor pela sua inércia. Desta
forma, as flutuações de cargas nas engrenagens da caixa de multiplicação são levemente
suavizadas.
Para alguns rotores de tamanhos pequenos, é possível a conexão direta, pois por exemplo,
rotores de 1m de diâmetro podem atingir rotações de até 2000 rpm. Também, para potências
na ordem de poucos quilowatts, geradores especiais podem ser construídos, com baixa
rotação, para conexão direta aos rotores. Para potências acima de 1 a 2 kW, e rotores com
mais de 3m de diâmetro, a regra geral é a utilização de alguma forma de multiplicador de
velocidades entre o rotor e o gerador. Correias, correntes e transmissões hidráulicas têm sido
utilizadas, mas a forma mais amplamente utilizada e provavelmente com maior sucesso é a
transmissão por engrenagens, nas suas várias formas, desde engrenagens de dentes paralelos a
dentes helicoidais, sistemas planetários ou não. A multiplicação por engrenagens é a de maior
eficiência. Multiplicação por correias ou correntes tem a possibilidade de baixos custos,
porém são viáveis apenas para pequenas potências.

13.1. Gerador convencional:

O gerador convencional apresenta velocidade de operação bem superior à da turbina exigindo


um ampliador de velocidade acoplado entre a turbina e o gerador.
41

Figura 18: Gerador convencional


13.2. Gerador Multipolos:

Estes geradores são caracterizados por entreferros de maior espessura o que permite uma
redução na concentração do fluxo magnético concatenado em seu interior, mesmo nos
geradores de muitos pólos. A consequência prática deste aspecto é a possibilidade de se
construir geradores de baixa velocidade de rotação, ou seja, grande número de pólos, com
dimensões relativamente pequenas em relação à potência nominal de saída. Neste caso, o
gerador trabalha a baixas velocidades de rotação (gerador multipolos), diretamente acoplado
ao rotor da turbina eólica, sem necessidade da caixa de engrenagens. Nesta configuração toda
a potência elétrica gerada pela máquina é processada pelo conversor de potência que funciona
como a interface com a rede elétrica.

Figura 18: Gerador Multipolo


42

13.3. Sistemas Off-Shore

As instalações off-shore representa a nova fronteira da utilização da energia eólica. Embora


representam instalações de maior custo de transporte, instalação e manutenção, as instalações
off-shore tem crescido a cada ano principalmente com o esgotamento de áreas de grande
potencial eólico em terra. Este esgotamento é apresentado principalmente pela grande
concentração de parques eólicos nestas áreas e pelas restrições ambientais rigorosas sobre a
utilização do solo.
A indústria eólica tem investido no desenvolvimento tecnológico da adaptação das turbinas
eólicas convencionais para uso no mar. Além do desenvolvimento tecnológico, os projetos
off-shore necessitam de estratégias especiais quanto ao tipo de transporte das máquinas, sua
instalação e operação. Todo o projeto deve ser coordenado de forma a utilizarem os períodos
onde as condições marítimas propiciem um deslocamento e uma instalação com segurança.

Figura 20: Sistema Off Shore


43

14. CONCLUSÃO

Concluímos que a principal vantagem da energia eólica é que se trata de uma fonte de energia
renovável e "limpa", pois não emite os gases do efeito estufa que contribuem para a
o aquecimento global, e não produz resíduos ao gerar eletricidade.É uma fonte considerada
inesgotável e não há custos associados à obtenção de uma matéria-prima, diferentemente do
que ocorre também com combustíveis fósseis.Os custos de implantação e de manutenção são
baixos,são criadas novas oportunidades de emprego em áreas que normalmente recebem
pouco investimento.Porem a energia eólica depende da ocorrência de vento em densidade e
velocidade ideais, e esses parâmetros sofrem variações anuais e sazonais. Um dos impactos
ambientais negativos recai sobre as populações de aves. Ao voarem muito perto das turbinas,
muitos pássaros são atingidos pelas pás e sofrem ferimentos graves e até morrem. A
implantação de parques eólicos pode influenciar a mudança nas rotas de fluxos migratórios de
populações de aves. Parques eólicos também podem impactar negativamente o ecossistema
local e as populações humanas do entorno devido ao alto ruído que as turbinas produzem ao
operarem e a poluição visual. A poluição sonora é considerada um problema de saúde
pública, pois está associada ao aumento do estresse, agressividade e transtornos psíquicos,
dentre outros impactos à saúde. O ruído também pode provocar o afastamento de populações
de animais, afetando o ecossistema local. Uma alternativa aos impactos da poluição sonora e
visual é a instalação de parques eólicos off-shore, ou seja, no mar. Outro impacto relacionado
às turbinas é a interferência que causam em radares meteorológicos. Esses radares são usados
para prever o volume de chuva, risco de queda de granizo e outras ações no tempo. Para
serem capazes de executar tais atividades, devem ser equipamentos muito sensíveis. Essa
sensibilidade os torna suscetíveis a interferências externas. Uma única turbina eólica que
esteja em funcionamento em uma área próxima a um radar meteorológico pode afetar as suas
previsões.
44

15. REFERÊNCIAS

SIGH, V.; FEHRS, J. The work that goes into renewable energy. Renewable Energy Policy
Project, 2001. Disponível em:
<http://www.repp.org/articles/static/1/binaries/LABOR_FINAL_REV.pdf> [ Links ].

TOURKOLIAS, C.; MIRASGEDIS, S. Quantification and monetization of employment


benefits associated with renewable energy technologies in Greece. Renewable and Sustainable
Energy Reviews, v.15, n.6, p.2876-86, ago. 2011. [ Links ]

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