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CAPÍTULO XII – DAS PROVAS

TEORIA GERAL DAS PROVAS d) Fatos presumidos: há dois tipos de presunção


que podem ser estabelecidas por lei: a absoluta e a
1. Fase Instrutória das Provas relativa. Se houver a primeira, nenhuma prova se
admitirá que seja contrária ao fato alegado; se for
É o aparelhamento do processo dos elementos
a segunda, aquele que alegou o fato não precisará
suscetíveis de convencer o juiz sobre as
comprová-lo, mas o seu adversário poderá fazer
controvérsias de fato e de direito que giram em
prova contrária. Ex. Na revelia há presunção
torno do tema, de modo a proferir uma decisão.
relativa dos fatos alegados na petição inicial.
2. Provas
e) Fatos irrelevantes (impertinentes): novidade
São meios formais admitidos pela norma
do CPC/15, não serão incluídos na instrução os
processual e utilizados para demonstrar ao órgão
fatos alegados, que não guardem qualquer relação
julgador a existência de um fato, alegado pelas
com o conflito a ser resolvido. Ex. A testemunha
partes e relevante para a resolução do conflito. O
afirma que o crime se deu em momento próximo
objeto da prova são os fatos controvertidos
ao jantar, e o juiz quer saber quais os pratos que
relevantes para o julgamento do processo.
foram servidos durante tal refeição.
3. Direito Fundamental
O direito de produzir prova engloba o direito à 7. Meios de Prova
a) Meios de prova em direito admitidos
adequada oportunidade de requerer a sua
(típicos): são previstos na norma processual,
produção, o direito de participar da sua realização
bastando à parte, apenas requerer o seu uso. Ex.
e o direito de falar sobre os resultados.
Pericia.
4. Principio Iuria Novit Curia
b) Meios de prova moralmente lícitos (atípicos):
O juiz sabe o direito, se a pretensão da parte
não são expressos, a parte pode usa-los desde que
estiver baseada em legislação federal, bastará
demonstre que seu uso não viola direito
fazer referencia a norma, pois será ônus do juiz
fundamental. Ex. Uso de fotografia digital.
checar se está existe e tem vigência.
8. Principio da Persuasão Racional
5. Prova de Direito
É o livre conhecimento motivado. Segundo a
Quando a pretensão da parte tiver fundamento em
norma processual, o órgão julgado é livre para
norma estadual, municipal, estrangeira ou
conduzir e interpretar as provas produzidas no
consuetudinária (costume), ficará a parte
processo com a finalidade de formas e seu
vinculada a provar a existência e a vigência da
conhecimento a cerca dos fatos alegados, desde
norma.
que indique expressamente nos fundamentos da
sentença, quais fatos lhe convencional e por que.
6. Fatos que Independem de Prova
a) Fatos notórios: são aqueles do conhecimento
geral da comunidade em que o processo tramita, 9. Negócio Jurídico Processual Sobre Provas
Criação do NCPC determina que, em se tratando
são vivenciados por todos. Ex. No Rio de Janeiro
de direito disponíveis, poderão as partes fixar, de
há grande afluxo de turistas estrangeiros.
comum acordo, a maneira como será conduzida a
instrução, retirando temporariamente o juiz da
b) Fatos confessados: são aqueles fatos afirmados
tarefa de organizar a produção de provas. Ex.
por uma das partes e expressa ou tacitamente
Definir o número de testemunhas. Só poderá ser
confirmados pela outra. A confissão tácita ocorre
usado quando ocorrido, na inicial ou na
com a omissão de impugnação dos fatos.
contestação, protesto de provas.
c) Fatos incontroversos: são aqueles utilizados
simultaneamente por ambas as partes como 10. Iniciativa de Provas
Partes; Assistente; MP, como fiscal da lei e Juiz.
fundamento de suas pretensões. Ex. As duas
partes alegam que tem direito em razão de
cláusula no contrato. 11. Momento Para Provar
As provas devem ser produzidas em audiência.
Quando a parte, ou a testemunha, por motivo
relevante, estiver impossibilitada de comparecer, realização previa de atos de instrução, antes
o juiz designará, conforme as circunstâncias, dia, mesmo da propositura da ação.
hora e lugar para inquiri-la.
ÔNUS DA PROVA 2. Natureza Jurídica
É um incidente processual prévio, requerido pelo
1. Definição autor. Estando vinculada a jurisdição voluntária,
Aquele que alegar fato como fundamento de sua pois não existe lide a ser resolvida. No CPC
pretensão, assume o ônus de produzir a respectiva anterior, a produção antecipada submetia-se as
prova sobre pena de tal fato ser desconsiderado regras dos procedimentos cautelares, embora fosse
quando da elaboração da sentença. Faz-se a consenso que se tratava de uma jurisdição
máxima do decere et non probare est non dicere voluntaria.
(dizer e não provar é não dizer).
Se após o resultado do incidente a parte escolher a
2. Inversão do Ônus da Prova propositura da ação, o incidente será parte
Em situações excepcionais, baseadas na integrante no futuro processo e dispensará a
hipossuficiência da parte ou na autonomia da produção daquela prova na instrução.
vontade, será permitido ao autor alegar fatos em
seu favor sem precisar prova-los, recaindo 3. Competência
exclusivamente sobre o réu o ônus de produzir O requerimento será distribuído por sorteio, para
prova em contrario. Isso irá ocorrer em duas uma das varas que seriam competentes para
situações: conhecer o futuro processo de conhecimento. A
apresentação do requerimento torna prevento o
a) Legal (Lei 8.078): em situações especificas no juízo em relação ao futuro processo.
direito do consumidor. Em tal situação há três
requisitos: requerimento expresso, configuração 4. Hipóteses
de relação de consumo e a verificação de a) Risco de impossibilidade de produção futura
hipossuficiência no caso concreto. É atividade da prova: teme-se, por exemplo, que uma
vincular, o juiz apenas analisa a presença dos testemunha não possa ser ouvida no momento
requisitos. oportuno, seja porque vai se mudar para local
distante, seja porque está muito doente ou muito
b) Contratual: admite a existência de cláusula idosa.
contratual, fixando a inversão do ônus da prova
por autonomia de vontade para os futuros litígios b) Viabilização da autocomposição: pode
decorrente daquele contrato, desde que o objeto ocorrer que, somente com a colheita de
seja direito disponível e tal clausula não torne determinada prova, as partes possam tentar
impossível ou muito difícil à defesa. conciliar-se, uma vez que só por meio dela
poderão ter mais conhecimento do que de fato
3. Distribuição Dinâmica do Ônus da Prova ocorreu, ou das consequências de determinado
Novidade do CPC/2015, define que a norma fato.
processual permite ao juiz, em situações
excepcionais, nas quais verifiquem desequilíbrio c) Decidir sobre o ajuizamento da ação: há
caracterizado pela hipossuficiência, distribuir casos em que a antecipação servirá para colheita
livremente o ônus da prova entre as partes, de de elementos necessários ao ajuizamento da ação.
oficio ou a requerimento, em relação a um ou Ex. José pretende postular indenização porque
mais fatos alegados. Sendo cabível em qualquer houve um vazamento. Porém, não sabe ainda qual
tipo de litigio. foi à causa, nem onde se originou.

PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS 5. Intimação


Aceito o requerimento, serão intimados os
prováveis interessados para participar da instrução
1. Definição
previa, validando o seu uso durante o processo.
A norma processual prevê a possibilidade, em
cituações especificas, que a parte requeira a
PROVA EMPRESTADA
1. Definição CONFISSÃO
Admite-se que o juiz aproveite provas já
produzidas em outro processo acerca do mesmo 1. Definição
fato, fundamentando o seu uso na economia Há confissão, quando a parte admite a verdade de
processual ou na impossibilidade de repetição da um fato, contrário ao seu interesse e favorável ao
prova. adversário. É a admissão, por parte do próprio
depoente, da verdade de fato controverso existente
2. Procedimento no processo, e contrário ao seu interesse pessoal.
Autorizada à prova emprestada, de oficio ou a
requerimento da parte, o juiz solicitará que sejam
colhidas copias do outro processo onde tenham 2. Elementos Essenciais
sido produzidas, bem como certidão do órgão de Na confissão se compreendem três elementos
origem, atestando a validade dessas copias. inseparáveis, que dizem respeito ao seu objeto
(elemento objetivo), ao seu sujeito (elemento
Ainda que aceita a prova emprestada, o juiz do subjetivo) e à intenção que o anima a produzí-la.
processo destino não está vinculado a valorar a
prova da mesma forma que o juízo de origem. a) Elemento objetivo: somente os fatos são
suscetíveis de prova e esses devem ser próprios e
Qualquer vicio que seja descoberto na produção pessoais do confidente; favoráveis à parte que o
da prova inicial, contamina a prova emprestada. invoca e desfavoráveis ao confidente; suscetíveis
de renúncia do próprio direito pelo confidente, ou
Nos processos reunidos por conexão, o cabimento seja, devem ser relativos a direitos disponíveis;
da prova emprestada é presumido entre eles e não
há necessidade de serem produzidas as copias. b) Elemento subjetivo: a confissão deve ser
prestada pela própria parte, capaz de obrigar-se,
DEPOIMENTO PESSOAL resultando na renúncia a um direito por
consequência do reconhecimento da verdade de
1. Definição um fato, e pode ser feita por procurador com
É o meio de prova destinado a realizar o poderes especiais.
interrogatório da parte, no curso do processo.
Aplica-se tanto ao autor como ao réu, pois ambos É inadmissível a confissão do juridicamente
se submetem ao ônus de comparecer em juízo e incapaz, mesmo por seu representante legal.
responder ao que lhe for interrogado pelo juiz.
c) Elemento intencional: a confissão pressupõe a
2. Características vontade de dizer a verdade quanto aos fatos,
a) Ausência de prestação de compromisso: as voluntariamente, não podendo ser viciada por
partes não prestam compromisso, sendo erro, dolo ou coação.
responsabilizadas pelo teor de suas declarações no
âmbito estritamente processual, isto é, em relação PROVA DOCUMENTAL
às sanções por litigâncias de má-fé.
1. Introdução
b) Prerrogativa de permanecer em silêncio: A prova documental tem se tornado cada vez mais
somente as partes, quando de seu depoimento, comum, diante da tendência moderna de
podem invocar a garantia de permanecer em documentar todas as relações jurídicas, ainda que
silêncio e nada a declarar acerca do fato, evitando- a lei não exija forma escrita.
se assim prejudicar seus próprios interesses.
Quando ela o exige, o documento deixa de ser
3. Finalidade apenas um mecanismo de prova e se torna da
Provocar a confissão da parte e esclarecer fatos essência do próprio negócio jurídico, que não
discutidos na causa. Pode-se dizer que o objetivo pode ser provado por outras maneiras.
primordial, por se tratar de meio de prova, é o
esclarecimento dos fatos alegados. 2. Definição de Documento
A ideia de documento sugere, em um primeiro a) Prestação de compromisso formal: antes
momento, a de prova escrita, de um conjunto de mesmo de prestar seu depoimento, firmará
palavras e expressões que usam o papel como compromisso formal de dizer a verdade quanto ao
suporte. Mas não se restringe a isso, e abrange conteúdo de suas declarações respondendo civil,
outras formas de representação material, como a penal e administrativamente.
mecânica, a fotográfica, a cinematográfica, a
fonográfica e outras (CPC, art. 422). b) Comparecimento compulsório: a testemunha,
desde que devidamente intimada, possui o dever
Além dessas, pode-se acrescentar o documento de comparecer em juízo e de responder as
eletrônico, disciplinado pela Lei n. 11.419/2006. questões que lhe foram formuladas, não podendo
permanecer em silêncio. Se necessário o juiz
poderá determinar a condução coercitiva da
3. Classificação testemunha até a audiência.
c) Compatibilidade subjetiva: a testemunha não
poderá estar enquadrada em situações nas quais se
presuma a sua incapacidade de compreensão do
fato (incapacidade de testemunhar) ou seu
interesse em beneficiar uma das partes
(impedimento e suspeição).

A incapacidade para testemunhar é processual,


podendo ou não coincidir com a incapacidade
civil. O juiz, excepcionalmente, poderá ouvir de
forma válida testemunhas, incapazes, impedidas
ou suspeitas, quando o objeto do litigio tratar de
4. Exibição de Documento ou Coisa direito de família.
Nem sempre o documento que se pretende usar
como prova está em poder do interessado. Há 3. Informante Civil
casos em que está com o adversário, ou com O juiz poderá ainda ouvir terceiro impedido ou
terceiro. Em determinados casos, a lei concede à suspeito, sem qualquer valor probatório, bem
parte interessada o poder de exigir daquele que como sem prestação de compromisso, com a
tem consigo o documento que o apresente em finalidade de obter informações que levem a
juízo, seja ele a parte contrária, seja alguém de outras provas válidas.
fora do processo. Vide CPC.
Inimigo íntimo: é aquele que de forma tentada ou
PROVA TESTEMUNHAL consumada, tiver agido contra integridade moral
ou física de uma das partes. Amigo íntimo: é
1. Definição aquela pessoa enquadrada em situações nas quais
O julgador poderá ouvir terceiro não interveniente se presuma um tratamento social diferenciado.
e que não tenha praticado ato em favor de
qualquer das partes, mediante compromisso e em PROVA PERICIAL
caráter compulsório, sobre os fatos alegados no
processo, desde que a pessoa não incida em 1. Definição
circunstancias nas quais se presuma dificuldades Este meio de prova será utilizado quando a
de compreensão do fato (incapacidade processual) compreensão do fato alegado depender de
ou situações em que se presuma o interesse em conhecimento tecnico e especializado alheio à
favor de uma das partes (impedimento e formação do baicharel em direito. Caso seja
suspeição). realizada deverá ser justificada.

O terceiro não interveniente é aquele que o Exs. Numa demanda de indenização de erro
primeiro ato é a prestação da declaração. médico, somente outro médico pode dizer se o
procedimento realizado era correto. Numa disputa
2. Características sobre uso e ocupação do solo, somente um
engenheiro ou arquiteto pode dizer se o projeto Nomeado o perito este será intimado a tomar
atende as especificações legais. Noutro processo conhecimento do processo e a apresentar proposta
de direito de família em que se alega a ocorrência de honorários, cujo teor o vincula (o juiz poderá
de alienação parental, somente um psicologo pode baixar o valor, mesmo assim o perito irá ter que
dizer se esta está ou não presente. prestar a pericia). Em seguida, serão ambas as
partes intimadas para, caso queiram, indicar
2. Perito assistentes técnicos e formular quesitos.
É diferente do perito no processo penal. No
processo civil é o profissional de especialidade Quesitos: perguntas sobre o fato alegado, cujas
necessaria a compreensão do fato, livrimente respostas serão parte integrante obrigatória do
escolhido pelo juiz, segundo critérios futuro laudo pericial. O perito só poderá se negar
predefinidos, desde que subjetivamente a responder quando a pergunta não tiver relação
compativel com aquele processo. Assim, tem com o fato alegado.
como critério:
a) Escolha entre profissionais previamente Assistentes técnicos: profissionais, da mesma
cadastrados no juízo (tendo como critério de especialidade do perito, livremente escolhidos e
escolha o currículo); remunerados pelas partes, cuja função é
acompanhar a realização da pericia e auxilia na
b) Escolha entre profissionais indicados pelo compreensão do laudo. Ele não pode ser suspeito
conselho de classes (utilizado de forma nem impedido, pois não produz prova.
subsidiaria ao primeiro critério);
Após esse ponto, a parte requerente será intimada,
O profissional escolhido será remunerado pela para depositar na integra o valor, como a condição
parte que requereu a perícia. do inicio da pericia. A parte deposita antes, o
perito só recebe depois.
c) Escolha entre servidores do quadro do poder
judiciário; A ausência de deposito dos honorários não é causa
de extinção do processo, mas sim, de não
d) Escolha entre servidores de outro órgão realização da pericia, nada mais acontece no
administrativo; processo a não ser a preclusão.

Os dois últimos serão utilizados quando o Depositados os honorários o perito irá acolher
requerente for beneficiario da justiça gratuita, todas as informações que entender necessária,
quando a pericia for requerida pelo Ministerio inclusive através de diligencias, e ao final
Público ou quando for determinada de oficio pelo apresentará o laudo pericial.
juiz.
Somente é concluída a pericia após a aprovação
3. Regras do laudo pelo juiz e sua homologação por decisão
a) Durante a realização da pericia o perito ocupará fundamentada.
função pública, temporária e precária,
respondendo pelos seus atos como servidor Concluída a pericia serão liberados os respectivos
público fosse; honorários. Se entender necessário o juiz poderá
designar uma segunda audiência de instrução para
b) Aplicam-se ao perito as mesmas causas de que o perito possa explicar o conteúdo do laudo.
suspeição e impedimento aplicáveis ao juiz;
INSPEÇÃO JUDICIAL
c) O perito responde pelo conteúdo de seu ato
civil, penal e administrativamente em virtude de 1. Definição
sua nomeação, sendo desnecessário compromisso Excepcionalmente o juiz poderá, junto com o
formal. perito, deslocar-se da cede do juízo para o local
onde ocorreu o fato ou onde se encontre a pessoa
4. Procedimento da Perícia ou coisa a ser periciada, sempre que houver
dificuldade de comparecimento em juízo. Isso é
denominado de inspeção judicial. Serão as partes
e seus advogados intimados a, caso queiram,
participar do ato da inspeção. Difere de outros
tipos de prova, pois o juiz a fará diretamente, pelo
exame imediato da coisa.

A inspeção judicial pode ser feita em qualquer


fase do processo, de ofício ou a requerimento das
partes, e terá por objeto o exame de pessoas ou de
coisas, com o intuito de esclarecer o juiz a
respeito de um fato que tenha relevância para o
julgamento.

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