Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
1- Introdução
Logo, como o processo de “desinfecção da água de uma piscina” não consegue reduzir a
zero todos os microrganismos patogênicos, em função de não ser um processo de esterilização, o
correto é que esses produtos sejam chamados de “sanitizantes”, fato que não ocorre e no jargão
do dia a dia todos usam a palavra “desinfetante”.
Note que, até dentro de órgãos específicos da área existem divergências quanto ao
significado ou diferença de desinfetante e sanitizante, a ICMSF (International Commission on
Microbiological Specifications for Foods) usa o termo desinfecção, nos EUA as palavras são
sinônimas (QUARENTEI, 2011). O correto seria utilizar a palavra sanitização no lugar de
desinfecção.
Na Austrália desinfecção também é chamada de sanitização, considera um processo
destinado a inativar, matar ou remover as células vegetativas de patógenos, por exposição direta
a agentes químicos ou físicos, ressalta ainda que a desinfecção necessariamente não vai inativar
esporos e outras estruturas resistentes, como oocistos (NSW, 2013).
1
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
Depois de selecionado o assunto do peticionamento, a empresa deve optar por uma das 4 (quatro) categorias
relacionadas a seguir, de acordo com a finalidade principal do produto:
- Algicida;
- Desinfetante para Piscinas; (grifo nosso)
- Limpador de Piscinas;
- Produto para Tratamento de Piscinas.
No CAPÍTULO III DAS CLASSIFICAÇÕES, em seu Art. 14. os produtos saneantes são
classificados quanto ao risco, finalidade, venda e emprego.
Na Seção I Quanto ao Risco, em seu Art. 15 considera para efeito de notificação e registro,
que os produtos saneantes são classificados como de risco 1 e de risco 2, respectivamente.
Na Subseção I são apresentados os Produtos de Risco 1.
No Art. 16 os produtos saneantes são classificados como de risco 1 quando:
I - apresentem DL50 oral para ratos superior a 2000mg/kg de peso corpóreo para produtos líquidos e
superior a 500mg/kg de peso corpóreo para produtos sólidos;
II - o valor de pH na forma pura, à temperatura de 25º C (vinte e cinco graus Celsius), seja maior que 2
ou menor que 11,5; (grifo nosso)
III - não apresentem características de corrosividade, atividade antimicrobiana, ação desinfestante e não
sejam à base de microrganismos viáveis; e
IV - não contenham em sua formulação um dos seguintesácidos inorgânicos: a) fluorídrico (HF); b) nítrico
(HNO3); c) sulfúrico (H2SO4); ou d) seus sais que os liberem nas condições de uso do produto.
§1º Os valores estabelecidos no inciso I devem ser avaliados para o produto puro.
§2º No inciso I será admitido o método de cálculo teórico de DL50 oral recomendado pela OMS.
§3º No caso dos produtos tratados no inciso II cujo pH não possa ser medido na forma pura, esses devem
ser avaliados na diluição a 1% p/p.
I - apresentem DL50 oral para ratos superior a 2000mg/kg de peso corpóreo para produtos líquidos e
superior a 500mg/kg de peso corpóreo para produtos sólidos;
II - o valor de pH na forma pura, à temperatura de 25º C (vinte e cinco graus Celsius), seja igual ou
menor que 2 ou igual ou maior que 11,5; (grifo nosso)
III - apresentem características de corrosividade, atividade antimicrobiana, ação desinfestante ou sejam à
base de microrganismos viáveis; ou
IV - contenham em sua formulação um dos seguintes ácidos inorgânicos: a) fluorídrico (HF); b) nítrico
(HNO3); c) sulfúrico (H2SO4); ou d) seus sais que os liberem nas condições de uso do produto.
§1º Os valores estabelecidos no inciso I devem ser avaliados para o produto na diluição final de uso.
§2º No inciso I será admitido o método de cálculo teórico de DL50 oral recomendado pela OMS.
§3º No caso dos produtos tratados no inciso II cujo pH não possa ser medido na forma pura, esses devem
ser avaliados na diluição a 1% p/p.
Indica ainda, no Art. 20 que os produtos de venda livre podem ser comercializados em
embalagens de no máximo, 5 litros ou quilogramas, exceto quando houver restrição em norma
específica. No Parágrafo único preconiza que o produto destinado à desinfecção de piscinas
tem limite quantitativo máximo de 50 litros ou quilogramas.
Também outra legislação que envolve produtos para desinfecção de água é a Resolução
da Diretoria Colegiada - RDC n° 110/2016 (BRASIL, 2016), que dispõe sobre regulamento técnico
para produtos saneantes categorizados como “água sanitária” e dá outras providências.
3
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
Na Seção II Abrangência, em seu Art. 3º especifica que este regulamento se aplica aos
produtos saneantes categorizados como água sanitária que são destinados à desinfecção de
ambientes, superfícies inanimadas, tecidos, hortifrutícolas e água para consumo humano e
alvejamento de objetos, tecidos, superfícies inanimadas e ambientes.
Em Seção III Definições, no seu Art. 4º destaca que para efeito deste regulamento técnico,
são adotadas as seguintes definições:
I - água sanitária: solução aquosa com a finalidade de desinfecção e alvejamento, cujo ativo é o hipoclorito
de sódio ou de cálcio, com teor de cloro ativo entre 2,0% (dois por cento) e 2,5% (dois vírgula cinco por
cento) p/p (peso por peso), podendo conter apenas os seguintes componentes complementares:
a) hidróxido de sódio ou de cálcio;
b) cloreto de sódio ou de cálcio; e
c) carbonato de sódio ou de cálcio.
É importante ressaltar que, s.m.j., não existe nenhuma diferença do produto “água
sanitária” e do chamado “alvejante”, em função da concentração de principio ativo ser a mesma e
a própria legislação também indicar a “finalidade de desinfecção e alvejamento”, pode ser utilizada
como alvejante.
A partir Resolução RDC n° 109/2016 (BRASIL, 2016) temos disponível no mercado o
produto alvejante concentrado, com maior concentração de princípio ativo (3,9 e 5,6% p/p), o qual
com certeza será utilizado como água sanitária.
Em função da Resolução RDC 59/2010 (BRASIL, 2010) na Seção III Definições, no Art. 4º,
em item XXII ressalta a existência de produto saneante de venda livre, ou seja, esses
produtos que podem ser comercializado diretamente ao público, s.m.j., o mais importante seria a
legislação exigir que no rótulo exista a informação/indicação ao consumidor final que o uso desses
produtos para desinfecção/sanitização devem sofrer um processo de diluição, para redução do pH
e permitir que a substância responsável pela morte bacteriana esteja presente na solução diluída.
Veja o item a seguir a explicação para essa afirmação.
4
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
1.2- Por que se deve diluir, em água, os derivados clorados classificados como de risco 2
(BRASIL, 2010) para serem utilizados com a finalidade de desinfecção/sanitização?
pH
Como definido anteriormente, a ação sanificante dos derivados clorados está vinculada ao
ácido hipocloroso (HClO), e segundo a OMS, para que ocorra a desinfecção é necessário que o
pH esteja abaixo de 8, pois neste pH temos aproximadamente 35% de ácido hipocloroso
disponível; em pH 8,5, 9,0 e 9,5 temos aproximadamente 12%; 5% e 2% de ácido hipocloroso
disponível o que é insuficiente para o processo de desinfecção com redução da carga
bacteriana em ciclos logs (MACEDO, 2016).
A seguir, apresentamos as informações de diversos autores nacionais e internacionais
sobre a ação sanificante do HClO (ácido hipocloroso) quando comparado com a ação do íon
hipoclorito (ClO-) e com o cloro residual combinado, as cloraminas inorgânicas.
“...Ambos, el ácido hipocloroso y el íon hipoclorito actúan como desinfectantes, aunque el ácido hipocloroso
es alrededor de 80 veces más efectivo que el íon hipoclorito. En la práctica, alrededor de pH 9 el 100% del cloro está
na forma hipoclorito, alrededor del 50% a pH 7,5 y a pH 5 o menor todo está presente como ácido hipocloroso. La
desinfección es por tanto mucho más efectiva a um pH ácido.” (GRAY, 1994)
“..... O ácido hipocloroso HClO é o agente mais ativo na desinfecção, e o íon hipoclorito é praticamente
inativo”. (RICHTER, AZEVEDO NETO, 1991)
“…Tanto o ácido hipocloroso como o íon hipoclorito, denominados de cloro residual livre, são fundamentais
para a inibição do crescimento bacteriano. Porém, o ácido hipocloroso possui uma ação bacteriana mais eficiente do
que o OCl-, pela sua permeabilidade à membrana celular. Em determinadas condições, o OCl- é apenas cerca de 2%
tão bactericida como o HOCl.” (BATALHA, COSTA, 1994)
5
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
“.... A comparison of the germicidal efficiency of hypochlorous acid (HOCl), hypochlorite (OCl) and
monochloramine (NH2Cl) is presented in Fig. 7-16. For a given contact time or residual, the germicidal efficiency of
hypochlorous acid, in terms of either time or residual, is significantly greater than that of either the hypochlorite ion
or monochloramine.” (TCHOBANOGLOUS, BURTON, 1991).
“....O ácido hipocloroso (HClO) tem pelo menos 80 vezes mais poder de queimar a matéria orgânica
(oxidação) e de desinfecção que os hipocloritos (ClO -). Logo, à medida que pH da água de piscina aumenta, o poder
do cloro de oxidar e desinfetar diminui.“ (MERIGHE, 1990)
“....HOCl is completely dissociated above pH 10 when the chlorine concentration is less than 5,000 mg/L.
Speciation is important because the disinfection efficiency of HOCl is approximately 80 to 200 times as strong as that
of OCl-.” (WEAVERS, WICKRAMANAYAKE, 2001)
“ Fair et al. (1948) and Morris (1966) calculed a theoric curve for relative disinfecting efficiency of HOCl
and OCl- to produce 99% kill of Escherichia coli at 2º to 5ºC at various pH levels within 30 minutes, and found that the
OCl- íon possesses approximately 1/80 the germicidal potency HOCl under these conditions.” (DYCHDALA, 1977,
2001)
“.....Acima de 8,5 a concentração do íon hipoclorito (OCl -) é proporcionalmente maior, sendo este cerca de
100 vezes menos eficiente na inativação de microrganismos que o HOCl” (USEPA, 1999; DI BERNARDO, 1993
apud MARNO, 2005).
A Resolução RDC n° 110/2016 (BRASIL, 2016) que regulamenta “água sanitária” Informa
ainda no CAPÍTULO II CARACTERÍSTICAS GERAIS, no Art. 5º que, para efeito deste
regulamento técnico, é adotada a seguinte característica geral: “I - o produto abrangido por este
regulamento é considerado de risco 2 (dois)”.
Também a Resolução RDC n° 109/2016 (BRASIL, 2016) que regulamenta os produtos
saneantes categorizados como “alvejantes”, no CAPÍTULO II CARACTERÍSTICAS GERAIS, no
seu Art. 5º indica que para efeito deste regulamento técnico, é adotada a seguinte característica
geral: “I - os produtos abrangidos por este regulamento são considerados de risco 2”.
A Resolução-RDC da ANVISA/MS de nº 14/2007 (BRASIL, 2007), no seu No CAPÍTULO III
DAS CLASSIFICAÇÕES, em seu Art. 14 indica que os produtos saneantes são classificados
quanto ao risco, finalidade, venda e emprego. Na Seção I Quanto ao Risco, em seu Art. 15
considera para efeito de notificação e registro, que os produtos saneantes são classificados como
de risco 1 e de risco 2, respectivamente.
Na Seção II são apresentadas as características dos Produtos de Risco 2.
No Art. 17 os produtos saneantes são classificados como de risco 2 quando: “II - o valor
de pH na forma pura, à temperatura de 25º C (vinte e cinco graus Celsius), seja igual ou
menor que 2 ou igual ou maior que 11,5”.
Logo, os produtos citados nas duas resoluções reportadas anteriormente apresentam pH
da solução a 1% é igual ou maior que 11,5. Sem nenhuma dúvida não possuem ação
sanificante/sanitizante quando utilizados na solução pura, pois não possuem na sua solução a
substância química HClO, existe somente a presença de ClO- (íon hipoclorito).
A Redução Logarítmica de Microrganismos é o termo utilizado para descrever a
metodologia quantitativa de redução na contagem microbiana (Time Kill, Decimal Reduction). Para
determinar a redução log temos que preparar uma suspensão de microrganismos (inóculo),
sabemos quantos microrganismos nela existem. Nessa suspensão inoculamos uma solução
antibacteriana (sanificante/desinfetante), por um determinado tempo e numa temperatura,
retiramos alíquotas, nas quais prontamente neutralizamos o princípio ativo da solução
antibacteriana e novamente em meio de cultivo fazemos a contagem dos microrganismos
sobreviventes (Adaptado GRADIM, ANJOS, 2015).
Por exemplo, existiam 106 microrganismos no inóculo após o contato com a solução
antibacteriana sobraram 102 microrganismos, alcançamos uma redução de 4 ciclos logs. Se
sobrassem 101 microrganismos alcançamos uma redução de 5 ciclos.
Verificar a eficácia de um produto químico utilizado para sanitização e/ou desinfecção
baseia-se na sua capacidade para reduzir o nível de contaminação.
O padrão indicado para uma sanitização ser considerada eficiente é a redução da
contaminação de superfícies de contato com alimentos, sendo aceito como resultado 99,999%
de inativação dos microrganismos (uma redução de 5 logs) alcançado em 30 segundos (AOAC,
2012; AOAC, 2005). O padrão de sanitização para superfícies que não encontram em contato
6
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
Para a escolha do produto a ser monitorado na urina dos usuários da piscina, como
referência da quantidade de água ingerida, foram desenvolvidas várias pesquisas pela USEPA
(U.S. Environmental Protection Agency) do chamado Office of Research and Development
Publications (Escritório de Publicações de Pesquisa e Desenvolvimento) (USEPA, 2016).
O Plano de Ação da USEPA para “Praias e Águas Recreativas” descreve as necessidades
de pesquisa para avaliação de exposição relacionada a atividades de natação, como a
caracterização de populações que praticam natação em relação a rotas e magnitudes de
exposição. Isso inclui características como a duração do tempo na água, a quantidade de água
engolida e a frequência de atividades relacionadas à natação. Os resultados de três estudos
epidemiológicos que examinaram a relação entre doenças associadas à natação e qualidade da
água mostraram que a doença em crianças ocorre em uma taxa maior do que em adultos. Essas
diferenças podem ser o resultado de sistemas imunes imaturos em crianças ou diferenças de
comportamento durante atividades de natação. Um estudo examinou a ingestão de água por
nadadores em uma piscina. Para avaliação da água ingerida utilizaram um produto utilizado nas
piscinas exteriores o ácido cianúrico, que tem a função de estabilizar o cloro residual livre (CRL).
Também se comprovou que o ácido cianúrico não é absorvido pela pele e, se engolido, passa
pelo corpo sem metabolizar (EVANS, WYMER, BEHYMER, DUFOUR, 2006).
As referências de BRIGGLE, ALLEN, DUNCAN, PFAFFENBERGER (1981) e ALLEN,
BRIGGLE, PFAFFENBERGER (1982) iniciaram as pesquisas para avaliar absorção e excreção de
ácido cianurico através da urina após atividades de natação em piscinas cuja água é tratada por
dicloroisocianurado de sódio.
Os pesquisadores ALLEN, BRIGGLE, PFAFFENBERGER (1982) conduziram um estudo
toxicocinético de cinco jovens nadadores profissionais que foram expostos a águas de uma
piscina tratada com dicloroisocianurato de sódio (DCIS) um composto que por sua estabilidade
mantém o teor de cloro residual livre (CRL) nas piscinas por mais tempo, principalmente as
expostas a raios solares. Os cloroisocianuratos são usados porque se decompõem muito devagar
para liberar ácido hipocloroso e ácido cianúrico.
Nesse estudo de ALLEN, BRIGGLE, PFAFFENBERGER (1982) foram realizados uma
série de experimentos para mostrar que o ácido cianúrico poderia ser usado para medir a ingestão
de água pelos nadadores.
Na pesquisa dois nadadores voluntários, beberam água contendo uma quantidade
conhecida de ácido cianúrico, conseguiu-se determinar que mais de 98% de ácido cianúrico
7
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
ingerido poderia ser recuperado em amostras de urina em 24 horas. Além disso, em outros cinco
voluntários que nadaram em uma piscina cuja água foi tratada com DCIS, o acumulado de ácido
cianúrico foi completamente excretado em cerca de 20 horas. Além disso, a absorção dérmica do
ácido cianúrico mostrou ser insignificante em cinco nadadores que se molharam na água da
piscina por 2 horas (ALLEN, BRIGGLE, PFAFFENBERGER, 1982; SUPPES, 2013).
Nesses voluntários a excreção subsequente de urina com ácido cianúrico, após as duas
horas de imersão, foi equivalente a engolir 3 a 3,6 mL de água da piscina. No mesmo estudo, os
nadadores de longa distância foram orientados para nadar durante 2 horas em uma piscina
contendo uma concentração conhecida de ácido cianúrico. Após a atividade a urina foi coletada
de cada nadador ao longo do período de 24 horas. O cálculo da quantidade de ácido cianúrico
ingerido por cada nadador e sua extrapolação ao volume de água ingerido, indicou que os
nadadores engoliram em média 161 mL de água da piscina por hora, consequentemente, essas
descobertas sugeriram uma abordagem para determinar o volume de água engolido por
frequentadores de piscinas quando participam de atividades vinculadas a natação (ALLEN,
BRIGGLE, PFAFFENBERGER, 1982).
A metodologia desenvolvida por CANTU, EVANS, KAWAHARA, et al. (2001) e CANTU,
EVANS, KAWAHARA, MAGNUSON, WYMER, et al. (2001) foi considerada mais simples para
testar a concentração de ácido cianúrico na água da piscina e em amostras de urina. A
metodologia, usada para medir o ácido cianúrico nas amostras de água da piscina e urina,
envolveu o uso de cromatografia líquida alto desempenho em fase reversa (RP-HPLC) com
detector de espectrometria UV, no comprimento de onda de 213 ηm.
As amostras de água da piscina foram coletadas de quatro locais ao redor da piscina antes
do início das atividades de natação. Os locais de amostragem estavam em cada lado da piscina a
meio caminho entre os cantos da piscina. As amostras (250 mL) foram coletadas a uma
profundidade de 25 cm em frasco âmbar. Os frascos de armazenamento foram mantidos a 4°C e
analisados dentro de uma semana (CANTU, EVANS, KAWAHARA, MAGNUSON, WYMER, et al.,
2001).
As amostras de urina foram coletadas após a prática da natação. Cada participante recebeu
um frasco estéril de um galão (3,79 L), de boca larga. Os participantes foram orientados para
coletar sua urina nas próximas 24 horas e entregaram os recipientes para o gerente da piscina
após esse período de tempo. Os frascos de armazenamento de plástico colorido foram
refrigerados a 4°C e analisados dentro de uma semana (CANTU, EVANS, KAWAHARA,
MAGNUSON, WYMER, et al., 2001).
Os estudos realizados para determinar se os clorisocianuratos podem ser tóxicos para os
nadadores demonstraram de forma inequívoca que não existia nenhum risco de toxicidade e que
o ácido cianúrico ingerido passou pelo organismo sem metabolização, com base nesse fato
determinou-se a quantidade de água engolida durante a atividade de natação.
Pesquisa envolvendo cinquenta e três nadadores recreativos, que utilizaram uma piscina
comunitária cuja água é tratada com DCIS. Os participantes não nadaram no dia anterior ou após
o teste de natação. Os nadadores foram convidados a nadar ativamente por pelo menos 45
minutos e a coletar a urina nas próximas 24 horas. O ácido cianúrico foi medido na água da
piscina usando cromatografia líquida de alta performance com detector de UV (DUFOUR, EVANS,
BEHYMER, CANTÚ, 2006).
O ensaio de amostra de urina exigiu um procedimento de limpeza para remover proteínas
urinárias e substâncias interferentes (CANTU, EVANS BEHYMER, SHOEMAKER, 2001).
Os resultados do estudo indicam que as crianças ingerem cerca de duas vezes mais água
do que os adultos durante a atividade de natação. A quantidade média de água ingerida por
crianças e adultos foram de 37 mL e 16 mL, respectivamente (DUFOUR, EVANS, BEHYMER,
CANTÚ, 2006).
Outra pesquisa com cerca de 570 indivíduos participou do estudo e nadaram pelo menos
uma hora e posteriormente coletaram a urina durante um período de 24 horas. Os resultados do
estudo mostraram que as crianças ingeriram quase duas vezes mais água do que os adultos. As
crianças engoliram, em média, cerca de 47 mL de água por período de natação, enquanto os
adultos ingeriram cerca de 24 mL de água. Os homens adultos ingeriram significativamente mais
água que as mulheres, 30 mL e 19 mL, respectivamente. Os resultados deste estudo fornecem a
primeira evidência da quantidade de água que indivíduos engolem durante atividades de natação
recreativa (EVANS, WYMER, BEHYMER, DUFOUR, 2006).
8
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
Segundo a referência bibliográfica WHO (2006) a pesquisa com maior coerência foi o estudo
piloto de DUFOUR, EVANS, BEHYMER, CANTÚ (2006). Como já citado, a pesquisa usou análise
de amostra de urina, com amostras de urina de 24 horas fornecida por nadadores, também
coletou amostra em uma piscina com processo de desinfecção que utiliza dicloroisocianurato de
sódio e analisou concentrações de ácido cianúrico. Este estudo descobriu que a ingestão média
de água por crianças (37 mL) foi maior do que a ingestão por adultos (16 mL). Além disso, a
ingestão de homens adultos (22 mL) foi maior que a das mulheres (12 mL); a ingestão por
meninos (45 mL) foi maior do que a ingestão de meninas (30 mL). Informa ainda que 95% da
ingestão, para 2 horas foi das crianças e de aproximadamente 90 mL. Considera WHO (2006) que
este foi um pequeno estudo, mas os dados são de alta qualidade em comparação com a maioria
das outras referências e cujas estimativas foram baseadas em dados empíricos e não em
premissas. Nessa pesquisa o "pior caso" foi a ingestão de 100 mL de água por uma criança, valor
assumido no cálculo da ingestão de exposição a produtos químicos na água da piscina.
A pesquisa de DUFOUR, BEHYMER, CANTÚ, MAGNUSON, WYMER (2017) confirma que
o volume de água ingerida pelos nadadores durante a natação é de grande interesse para os
indivíduos que desenvolvem avaliações de risco usando avaliação quantitativa do risco microbiano
ou abordagens epidemiológicas.
Ressalta ainda que a utilização de água de piscina desinfetada com dicloroisocianurato de
sódio para determinar a quantidade de água engolida pelos nadadores durante a atividade de
natação implica em resultados significativos para a pesquisa.
Os pesquisadores DUFOUR, BEHYMER, CANTÚ, MAGNUSON, WYMER (2017) confirmam
que dicloroisocianurato de sódio, está em equilíbrio com o CRL (Cloro Residual Livre) e o ácido
cianúrico na água da piscina. Outro aspecto inovador dessa pesquisa é que em função do
tratamento, o ácido cianúrico é considerado um biomarcador, que por sua vez, sendo ingerido
junto com a água da piscina, passa pelo corpo para dentro da urina de forma inalterada,
confirmando que não é metabolizado. A concentração de ácido cianúrico numa amostra de urina
de 24 horas tem correlação com a concentração desse biomarcador na água da piscina e pode
ser utilizado para calcular de forma segura a quantidade de água ingerida durante atividades de
natação.
Na pesquisa de DUFOUR, BEHYMER, CANTÚ, MAGNUSON, WYMER (2017) população
de estudo foi 549 participantes, que era dividida uniformemente por gênero e em nadadores
jovens e adultos. A conclusões indicaram que os nadadores ingerem cerca de 32 mL por hora
(média aritmética) e que as crianças ingeriram cerca de quatro vezes mais água do que os adultos
durante as atividades de natação, correspondendo também, em média, 128 mL de água da
piscina. Observou-se também que os homens tendem a ingerir mais água do que as mulheres
durante a atividade de natação e que as crianças passaram cerca de duas vezes mais tempo na
água do que os adultos.
Finalmente cabe ressaltar que a USEPA (U.S. Environmental Protection Agency) do
chamado Office of Research and Development Publications (Escritório de Publicações de
Pesquisa e Desenvolvimento) e WHO (World Health Organization) reconhecem os resultados e
validam as pesquisas apresentadas anteriormente.
A liberação de urina em piscinas foi estimada de diversas formas para média entre 25 e 30
mL por banhista segundo GUNKEL, JESSEN (1988) e até 77,5 mL por banhista de acordo com
ERDINGER, KIRSCH, SONNTAG (1997). Utilizando a espectrometria de massas por introdução
via membrana (MIMS), pesquisa mostrou que quatro compostos da amina são encontrados nas
águas de piscinas a creatinina, a uréia, L-arginina e L-histidina, pois fazem parte da transpiração e
que são precursores de NCl3 (tricloramina) (LIGHTCAP, TUFANO, 2009).
Para determinar a quantidade de urina em uma piscina se utiliza como referência o
Acesulfame-K é um sal de potássio sintético obtido a partir de um composto ácido da família do
ácido acético, é um adoçante dietético, descoberto em 1967, obteve a aprovação da FDA Food
and Drug Administration - USFDA) em 1988 para uso em alimentos como: doces; bebidas; gomas
de mascar (chicletes). Não é metabolizado pelo organismo humano. Uma vez ingerido, ele é
eliminado sem nenhuma degradação.
O marcador urinário acesulfame-K (ACE) para o controle da quantidade de urina, tem
consumo generalizado sendo excretado exclusivamente pela urina (BLACKSTOCK, WANG,
VEMULA, JAEGER, LI, 2017).
9
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
Acesulfame-K (ACE)
10
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
Obs.: Os valores indicados pelo símbolo (§) foram analisados em 1/10 diluição, em vez de 1/20, devido à sua baixa concentração de
ACE.
Fonte: BLACKSTOCK, WANG, VEMULA, JAEGER, LI, 2017.
FIGURA 2- Concentração média de ACE (N = 3) detectada nas amostras da piscina (SP) e da banheira de
hidromassagem (HT) coletadas de instalações recreação pública (RF), hotéis (H) e uma
residência privada (P) em cidade 1(a) e cidade 2(b).
QUADRO 1- Quantidade de organismos excretados por g de fezes, tempo de sobrevivência no meio aquoso
e a dose infectantes relacionadas às doenças de veiculação hídrica.
Quantidade excretada
Organismos Principais doenças por indivíduo infectado Máxima sobrevivência na Dose infectantea
/g /fezes água (dias)
Escherichia coli Gastroenterite 108 90 102-109
Salmonella typhi Febre tifóide 106 - -
Vibrio cholerae Cólera 106 30 108
Salmonella Salmonelose 106 60-90 106-107
Cryptosporidium Criptosporidiose 102 - 1-30C
Entamoeba histolytica Disentería amebiana 107 25 10-100
Giárdia lamblia Giardíase 105 25 1-10
Adenovírus (31 tipos) Doenças respiratórias 106 - -
Endorovírus (71 tipos) (pólio, Gastroenterite, anomalias no 107 90 1-72
echo, coxsackie) coração, meningite, etc.
Hepatite A Hepatite infecciosa 106 5-27 1-10
Rotavírus Gastroenterite 106 5-27 1-10
Ascaris lumbricóidesb Ascaridíase 10-104 365 2-5
Taenia solium (solitária) Cisticercose 103 270 1
Shistosoma mansoni Esquistossomose - - -
a– Dose infectante que provoca sintomas clínicos em 50% dos indivíduos testados.
b- Modo de infecção: ingestão de ovos infectados, em água ou solo contaminado por fezes humanas ou ingestão de produtos crus
contaminados.
c- Variável com o estado de saúde do indivíduo.
OBS: Organizado por Dias (2001), adaptado de Geldreich (1978), Kowal (1982) e Pros (1987) apud Craun (1996) e USEPA (1999).
Fonte: DANIEL, BRANDÃO, GUIMARÃES, et al., 2001.
11
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
1.4.1- O fator Ct
1 ppm CRL x 15.300 min (255 horas) = 15.300 Ct 40 ppm CRL x 382,5 min ( 6,4 horas) = 15.300 Ct
10 ppm CRL x 1.530 min (25,5 horas) = 15.300 Ct 100 ppm CRL x 153min (2 h 33 min) = 15.300 Ct
13
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
valores também devem ser fornecidos para permitir a comparação entre produtos de desinfecção
e condições de uso (Adaptado CDC, 2016a).
QUADRO 6- Comparação da eficácia de diversos sanificantes, para principais agentes patógenos com
relação ao Ct.
Valores de Cta
Cloraminas inorgânicas Dióxido de cloro Ozônio
Organismo CRL pH 6-7 pH 3-9 pH 6-7 pH 6-7
Escherichia coli 0,03-0,05 95-180 0,4-0,75 0,02
Poliovírus tipo 1 1,1-2,5 768-3.740 0,2-6,7 0,1-0,2
Rotavírus 0,01-0,05 3.806-6.476 0,2-2,1 0,006-0,06
Cistos de Giárdia lamblia 47-150 2.200b 26b 0,5-0,6
Cryptosporidium parvum 15.300 15.300 78c 5-10b
a Ct = concentração de cloro em mg/L multiplicada por tempo em minutos. Os valores de Ct correspondem a 99% de inativação a 5 oC,
exceto quando se indica outra informação. A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) requer mais de 99% para os
vírus e Giardia.
b 25oC, 99,9% de inativação em pH 6-9.
c 25oC e 90% de inativação.
Fonte: Adaptado CRAUN, CASTRO, 1996; Adaptado CDC, 2012.
14
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
QUADRO 8- Tempo de inativação de protozoário Giardia lamblia (Giardia intestinalis) processo de cloração
de água.
Cloro Residual Livre (mg/L) Tempo Ct Tempo (segurança)
1 45 minutos 45 45 minutos
2 22,5 minutos 45 25 minutos
3 15 minutos 45 19 minutos
* 99.9% inactivation (3 ciclos log); pH 7,5/77°F (25°C);
Fonte: Adapatdo CDC, 2016a.
Alguns íons metálicos, em particular o ouro, prata, mercúrio e cobre têm propriedades
microbiocidas (biocidas ou antissépticos). A atividade bactericida desses íons metálicos foi
observada há muito tempo e designada como “ação oligodinâmica”. Dos quatro metais, somente a
prata deve ser levada em consideração, pois o custo do ouro, a toxicidade do mercúrio e a pouca
eficácia bactericida do cobre, como será apresentado nos itens a seguir, inviabiliza o uso no
tratamento de água para abastecimento público (MACEDO, 2016). Mesmo em quantidades
extremamente pequenas dos metais de prata e cobre foram capazes de inibir o crescimento
bacteriano até uma distância ao redor do metal. Entre os metais, a prata tem sido o que melhor
apresenta propriedades antimicrobianas e menor toxidade para os mamíferos (RODRIGUES,
2011).
As pontes dissulfeto, que desempenham um papel importante na estrutura das proteínas
ao unir os aminoácidos com os grupos tióis expostos, podem ser afetadas pelos íons de prata que
reagem com esses grupos presentes nas proteínas da superfície da parede celular das bactérias,
que são responsáveis pelo transporte de nutrientes. Esses grupos tióis são compostos orgânicos
que contêm o grupo –SH (designado por grupo tiol, grupo mercaptano ou grupo sulfidrila). Os íons
monovalentes de Ag+ substituem o cátion H+ e formam grupos –S-Ag, inativando a proteína e,
assim, diminuindo a permeabilidade da membrana, que pode causar eventualmente a morte
celular, veja Figura 3, [CLEMENT, JARRETT (1994), FENG, WU, CHEN (2000) apud
RODRIGUES, 2011].
15
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
Fonte: CLEMENT, JARRETT (1994), FENG, WU, CHEN (2000) apud RODRIGUES, 2011.
FIGURA 3- Representação da ligação dissulfeto na molécula da proteína, e a quebra dessa ligação pelos
íons de prata.
+ 2+
FIGURA 4- Ação de íons carregados positivamente, como prata (Ag ) e cobre (Cu ) atraídos para o
carregamento negativo das paredes celulares de organismos.
Os íons de prata, em baixas dosagens, atuam nas atividades celulares pela ação
oligodinâmica representada pela equação (NOBRE, YOKOYA, 2017):
+ +
R-S-H + Ag R-S-Ag + H
Desta maneira o radical S-Ag influi na multiplicação bacteriana, devido sua ação constante
e permanente. Dependendo da quantidade dos íons prata, da condição da água e dos tipos de
colônias de microrganismos, pode-se fazer o produto bactericida atuar não só na eliminação
microbiana, mas na manutenção de uma atividade de "hibernação" destas colônias, vedando suas
atividades proliferativas (NOBRE, YOKOYA, 2017).
16
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
Numa microvisão da ação bactericida temos dois tipos de ações (NOBRE, YOKOYA,
2017):
Devido à liberação do íon de prata na água ou no ar ambiente úmido, ocorre a ação catalítica do íon de
prata destruindo a membrana plasmática das células das bactérias, pela diferença de potencial
(eletropotência) entre a parte interna e externa das células.
Outra ação deve-se ao íon de prata no ambiente úmido (água ou ar) penetrar na membrana plasmática
da célula bacteriana, destruindo o citoplasma da célula.
17
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
reprimidos por doenças como câncer, insuficiência renal que requerem diálise ou diabetes (CDC,
2013).
Em 5 de outubro de 2012, o Bureau of Laboratories da Pennsylvania entrou em contato
com o laboratório CDC Legionella para solicitar subtipagem de alguns isolados de Legionella no
VA Pittsburgh Healthcare System (VAPHS). Em 12 de outubro de 2012, o CDC recebeu dois
isolados clínicos e um isolamento ambiental para a tipagem baseada em sequência (SBT). Em 29
de outubro de 2012, o CDC relatou resultados preliminares indicando uma ligação entre esses
dois casos de LD com crises de doença em 25 de agosto e 27 de agosto de 2012 e um isolamento
ambiental de Legionella coletado no campus da VAPHS University Drive em 3 de outubro de
2012. O CDC notificou o Departamento de Saúde da Pensilvânia (PA DOH), que notificou o
Departamento de Saúde do Condado de Allegheny (ACHD) para uma investigação mais
aprofundada (CDC, 2013).
Os níveis de cobre e prata foram medidos em 11 amostras de água em conjunto com o
teste de Legionella em locais de amostragem de rotina; sete amostras eram de locais mais
distantes e quatro foram coletadas de locais imediatamente antes ou depois das células de fluxo
cobre-prata. Para o cobre, a concentração média foi de 0,33 partes por milhão (ppm) em locais
centrais e 0,24 ppm em locais mais distantes (CDC, 2013).
Para a prata, estas concentrações médias foram 0,04 e 0,02 ppm, respectivamente. Foram
avaliadas 11 amostras, sendo que 7, estavam dentro da faixa recomendada pelo fabricante para o
controle de Legionella tanto para cobre quanto para prata. No entanto, todas as 11 amostras
apresentaram crescimento de Legionella e 9 (nove) foram positivas para a estirpe do surto (CDC,
2013).
Houve persistência de uma cepa altamente patogênica de Legionella no sistema de água
potável apesar da ionização cobre-prata e do superaquecimento intermitente nos últimos dois
anos. No momento da investigação, os níveis de cobre e prata na água eram apropriados para
controlar Legionella de acordo com as recomendações do fabricante e do protocolo do hospital.
No entanto, essas mesmas amostras ainda foram positivas para Legionella, indicando que o
sistema de ionização cobre-prata não estava controlando o crescimento de Legionella. A
diversidade de espécies, serogrupos e serotipos entre os isolados de Legionella torna a
resistência à ionização cobre-prata uma explicação improvável para a amplificação dentro do
sistema e aponta para um ambiente adequado para o crescimento da Legionella, indicando um
problema sistêmico que não estava sendo controlado pelo cobre sistema de ionização de
espaço no momento da coleta de amostras. O hospital coletou pequenos volumes (100 mL) de
água para o monitoramento rotineiro do sistema de água potável para Legionella. Em comparação
com os volumes de 1L recomendados pelo CDC, este menor volume provavelmente resultou em
sensibilidade diminuída para detectar colonização generalizada do sistema de água potável (CDC,
2013).
Considera-se que os níveis iônicos devem permanecer na faixa de 0,2-0,4 mg/L (200-400
µg/L) de cobre e 0,02-0,04 mg/L (20-40 µg/L) de prata para maximizar a eficácia (CACHAFEIRO,
NAVEIRA, GARCIA, 2007; FEWTRELL, 2014). As concentrações de íons cobre-prata gerados por
um sistema de ionização comercial, oferecem as concentrações de Cu/Ag variando de 0,8/0,08
mg/L, 0,4/0,04 mg/L ou 0,2/ 0,02 mg /litro, respectivamente (SHIH, LIN, 2010).
Os limites preconizados pela USEPA (U.S. Environmental Protection Agency) pelo National
Secondary Drinking Water Regulations são de 1,0 mg/litro para Cu, e 0,1 mg/litro para a Ag,
ressaltando que são níveis para água potável (USEPA, 2017).
A pesquisa de YAYHA, STRAUB, GERBA (1992) avaliou a inativação da Colifago MS2 e
poliovírus por íons de cobre e prata inseridos em amostras de poço de água. As concentrações do
cobre e prata foram 0,4 e 0,04 mg/L, respectivamente. Comprova-se que íons de cobre e prata
foram muito menos eficazes na inativação de ambos os vírus quando comparados com a ação de
0,3 mg/L de cloro residual livre, a inativação pelo cobre/prata é pelo menos 100 mais lenta do
que o residual livre cloro. No entanto, uma combinação de cobre/prata e cloro livre é mais
eficaz, quando comparado em sistemas de água contendo metais ou cloro residual livre de forma
individual. O Colifago MS2 avaliado na pesquisa é aproximadamente dez vezes mais sensível aos
desinfetantes do que o poliovírus.
O uso do CSI (sistema de cobre prata ionização) pode resultar em corrosão. As
investigações mostram que os sistemas de teste que expuseram aços galvanizados e de aço
macio (ou seja, aço carbono) no uso do CSI resultaram em corrosão (LORET, ROBERT,
THOMAS, et al., 2005). Os autores observaram que a deposição de cobre resultou em pitting
19
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
20
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
(LIU, STOUT, TEDESCO, 1994; LIN, VIDIC, STOUT, YU, 1996; LIN, STOUT, YU, 2011;
WALRAVEN, POOL, CHAPMAN, 2015).
Para o Cu:
Valores tabelados de potencial de oxirredução:
Para a Ag:
Valores tabelados de potencial de oxirredução:
21
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
Resumo da eletrólise:
Figura 6- Imagens de diversos tipos de eletrodos disponíveis no mercado, diversos formatos e modelos em
função do fabricante e imagem de eletrodo não utilizado e eletrodo após o uso.
22
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
Não encontrei nenhum documento da EPA que informe a certificação do sistema pela
agência.
O documento emitido pela agência em 2015 o “Draft - Technologies for Legionella Control:
Scientific Literature Review EPA 815-D-15-001” (USEPA, 2015) não cita em qualquer de suas
partes a certificação do sistema pela EPA e se refere somente ao controle da Legionella.
Ressalta ainda, que este documento preliminar não é um regulamento; não é legalmente
exigível; e não confere legal direito ou impõe obrigações legais a qualquer parte, incluindo a EPA,
estados ou comunidade. Embora a EPA tenha feito todos os esforços para garantir a precisão de
qualquer referência a requisitos legais ou regulamentares, as obrigações das partes interessadas
são determinadas por estatutos, regulamentos ou outros requisitos juridicamente vinculativos, e
não este documento (USEPA, 2015).
A referência ANSI/APSP (2009) ressalta também que nem todos os sistemas de
desinfetante são aprovados para todos os usos das piscinas e/ou spa pela USEPA. Indica que se
consulte o rótulo, veja o símbolo da USEPA e também os códigos e regulamentos aplicáveis.
Informa que existem indicações de derivados clorados e bromados, de polihexametileno
biguaimida e sistemas baseados em metal.
A NSF foi fundada em 1944, tem como missão é proteger e melhorar a saúde humana
global. Os fabricantes, reguladores e consumidores procuram a NSF para desenvolver normas e
certificações de saúde pública que ajudem a proteger alimentos, água, produtos de consumo e o
meio ambiente. Como uma organização independente e credenciada, testa, audita e certifica
produtos e sistemas, além de fornecer educação e gerenciamento de riscos.
Os sistemas de geração de íons eletrolíticos de cobre/prata e cobre são destinados a
tratamento de água em piscinas públicas e residenciais e spas / banheiras de hidromassagem.
Estes produtos são destinados ao uso com níveis residuais adequados de produtos químicos
desinfetantes registrados pela USEPA. Estes sistemas são tipicamente projetado para operar
com no mínimo 0,4 ppm de cloro livre ou 0,8 ppm de bromo livre (NSF, 2015).
A NSF/ANSI 50-2015 (NSF, 2015) afirma que deve conter no sistema a indicação de que o
equipamento de processo projetado para desinfecção suplementar deve demonstrar uma redução
de 3 ciclos log de bactérias quando testadas de acordo com o anexo H.
O equipamento de processo deve conter as seguintes informações nas instruções de
instalação e uso e anotado nas listagens oficiais de certificação:
Esta unidade demonstrou a capacidade de fornecer três inativações log de <”nome de organismos”>
quando o cobre os níveis são mantidos em <”na concentração”> e os níveis de prata são mantidos em <”na
concentração”>.
Esta unidade não demonstrou capacidade de fornecer três inativações log de <”nome de organismos se
aplicável”>.
24
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
Este produto é projetado para ser operado com não menos que 0,4 ppm de cloro livre ou 0,8 ppm bromo
livre. Níveis residuais adicionais de produtos químicos desinfetantes registrados pela USEPA podem ser
exigidos pela agência reguladora com autoridade.
a) A água para teste da eficiência do sistema de ionização Cu/Ag deve ser balanceada antes da adição de
componentes responsáveis pelo processo de desinfecção e dos microorganismos. A água deve ter as seguintes
características.
pH Piscinas/spa 7,2-7,6
Alcalinidade Piscinas/spa 60-100 ppm (CaCO3)
Dureza Piscinas/spa 200-400 ppm (CaCO3)
Temperatura Piscinas/spa 65-85ºF (18-29ºC)
Turbidez Piscinas/spa <2,0 NTU
Residual de cloro total/livre Piscinas/spa 0 ppm
TDS Piscinas/spa Pelas instruções do fabricante
b) Os seguintes elementos devem ser adicionados às águas de ensaio, enquanto a eficácia da desinfecção
equipamento de processo é determinado:
- graxa e óleo como 18–22 mg/L (óleo de bebê);
- Nitrogênio de Kjeldahl como 8,5-9,0 mg/L de uréia; e
- dois organismos microbiológicos, Enterococcus faecium (estirpe PRD American Type Coleção de Cultura [ATCC] #
6569, antigamente Streptococcus faecalis) e Pseudomonas
aeruginosa (ATCC # 27313) 26. Outros organismos de desafio podem ser usados para indique as reivindicações do
fabricante.
Certificação da Empresa 1:
[1] Logotipo "Livre de cloro" aplicável apenas quando a unidade é usada com compostos de bromo, que não
contêm cloro. (Grifo nosso)
[2] Esta unidade demonstrou uma capacidade de fornecer três inativações de ciclos log de Pseudomonas
aeruginosa quando os níveis de cobre são mantidos a um mínimo de 0,15 ppm e os níveis de prata mantidos a um
mínimo de 0,015 ppm. Esta unidade não demonstrou capacidade de fornecer três log inactivação de Enterococcus
faecium. Este produto foi projetado para ser operado com pelo menos 0,4 ppm de cloro livre ou 0,8 ppm de bromo
livre. Adicional níveis residuais de produtos químicos desinfetantes registrados pela USEPA que é a agência com
autoridade reguladora. (Grifo nosso)
Certificação da Empresa 2:
[1] Esta unidade não demonstrou capacidade de fornecer três log redução de Pseudomonas aeruginosa. Esta
unidade não demonstrou capacidade de fornecer três reduções log de Enterococcus faecium. Este produto foi
projetado para ser operado com pelo menos 0,4 ppm de cloro livre ou 0,8 ppm de bromo livre. Adicional níveis
residuais de produtos químicos desinfetantes registrados pela USEPA que é a agência com autoridade reguladora.
(Grifo nosso)
[2] Unidade somente de cobre. (Grifo nosso)
25
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
This chapter considers disinfectant properties in general, and specifically the halogen
disinfectants of chlorine and bromine. Disinfection systems which are not primarily based on
chlorine or bromine are not accepted in NSW. (grifo nosso)
Para confirmar a posição do NSW Government, informa em item específico que nenhum
outro sistema desinfetante, além de cloro ou bromo, pode ser utilizado individualmente como
processo de desinfecção (veja a Tabela 4.4, transcrita ipsis litteris, página 26), ressalta ainda, que
dentre os sistemas não aceitos por NSW, está o processo de ionização de cobre/prata sem o uso
concomitante do derivados clorados e/ou bromados, transcrevo parte também “ipsis litteris” da
página 30 item 5.2.4:
QUADRO 9- Ação bactericida do processo de ionização, com eletrodo de prata (Ag) e/ou prata/cobre
(Ag/Cu), com indicação da redução de ciclos log da concentração inicial do inóculo bacteriano, de acordo
com diversas pesquisas em ordem cronológica.
Pesquisa Concentração pH Tempo de Redução Microrganismo
contato ciclo log
NASA (1968) Ag – 50 a 100 ppb. (μg/L) - 8h 5 Staphylococcus aureus
Escherichia coli
LIN, VIDIC, STOUT, YU (2002); Cu (0,4 mg/L)
LIN, VIDIC, STOUT, YU (1996); + 7,0-7,3 24 3a4 Legionella pneumophila
LANDEEN, YAHYA, GERBA Ag (0,04 mg/L)
(1989)
Cu (0,46 mg/L)
YAYHA, LANDEEN, KUTZ, + 7,5-7,7 30 s 3,5 a 4 Escherichia coli
GERBA (1989) Ag (0,075 mg/L) Streptococcus faecalis
+
CRL (0,2 mg/L)
Cu (0,4 mg/L)
+
Ag (0,04 mg/L) 7,5-7,7 2 minutes 2,4 log Staphylococcus sp
YAYHA, LANDEEN, MESINA, et +
al. (1990) CRL (0,3 mg/L)
Cu (0,4 mg/L)
+ 7,5-7,7 2 minutos 0,03 Staphylococcus sp
Ag (0,04 mg/L)
YSE, VIDIC, STOUT, YU (1996) Cu - 100 ug/L 7 2,5 h 6 Legionella pneumophila
HWANG, KATAYAMA 2,4 Legionella pneumophila
, OHGAKI (2007) Ag - 100 ug/L 7 3h 4 Pseudomonas aeruginosa
7 Escherichia coli.
SILVESTRY-RODRIGUEZ, Ag - 100 ug/L 7 8-9 h 6 Aeromonas hydrophila
BRIGHT, UHLMANN, et al. (2007) Pseudomonas aeruginosa
HUANG, SHIH, LEE, et al. - 12h 5 Pseudomonas aeruginosa
(2008) Ag - 80 ug/L - 6h 5 Stenotrophomonas maltophilia
- 72 h 5 Acinetobacter baumannii
CUNNINGHAM, CUNNINGHAM,
VAN AKEN, LIN (2008) Ag -100 ug/L - 24 h 4 Escherichia coli
Cu (0,2 a 0,8 mg/L)
+ - 48 h 3 Stenotrophomonas maltophilia
SHIH, LIN (2010) Ag (0,02 a 0,08 mg/L)
Cu (0,2 a 0,8 mg/L)
+ - 24 3 Pseudomonas aeruginosa
Ag (0,02 a 0,08 mg/L)
NAWAZ, HAN, KIM, et al. (2012) Ag - 80-100 μg/L 6-7 10 h Pseudomonas aeruginosa
PATIL, KAUSLEY, BALKUNDE, Ag -10 mg/L (10.000 μg/L) - 3h 6 Escherichia coli
MALHOTRA, (2013)
KLEIER, HOELLE, RODGERS, Cu (0,4 mg/L) 3h 1
RYU (2016)* + 6-7,5 Legionella pneumophila
Ag (0,04 mg/L) 24 h 3
1 ppm (mg/L) = 1000 ug/L 1 ppb = 1 ug/L * Pesquisa financiada pela USEPA - (U. S. Environmental Protection Agency)
Fonte: FEWTRELL, 2014; USEPA, 2015; KLEIER, HOELLE, RODGERS, RYU, 2016; NASA, 1968; YSE, VIDIC,
STOUT, YU, 1996.
Para comparação vamos utilizar microrganismo que já possui o Ct calculado para outros
sanificantes, teremos como referência a Escherichia coli.
Como as pesquisas mostram que a prata é muito mais eficiente que o cobre no processo
de desinfecção. A pesquisa WALRAVEN, POOL, CHAPMAN (2015) afirma que o equipamento
que utiliza somente eletrodos de cobre tem uma ação bactericida muito restrita, veja que a
concentração de cobre deve ser, em torno, 10 vezes maior que a concentração de prata.
Para uma comparação de Ct vamos tomar como referência o processo de ionização da
prata, que foi utilizada no equipamento da NASA, ressaltando que, a comparação será realizada
apenas para o uso da tecnologia de ionização de cobre/prata (Copper-silver Ionization
Technology) sem utilizar qualquer outro desinfetante/sanificante concomitantemente.
27
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
Como já apresentado qualquer pessoa que faz o uso de atividades em piscinas ingere a
água, vamos considerar os níveis máximos de prata e cobre permitido na água potável para o
cobre 2 mg/L (2000 μg/L) (BRASIL, 2011) e para a prata 0,1 mg/L (100 μg/L) (BRASIL, 2008).
Teremos como referência a inativação da Escherichia coli (Quadro 6) cujo tempo de
eliminação com 0,5 mg CRL/L é menor que 30 s, possui um Ct <0,25. No caso de uso da
tecnologia de ionização apenas com a prata, existem pesquisas com a concentração variando de
0,1 a 10 mg prata/L (Quadro 9) para redução da carga bacteriana a níveis considerados seguros,
maior que 4 ciclos log. A Escherichia coli é considerada uma bactéria de fácil eliminação bastando
utilizar o procedimento de desinfecção de modo correto, ou seja, a sua inativação é muito fácil
com concentrações relativamente baixas dos produtos de desinfecção disponíveis.
Como não podemos utilizar um valor de 10 mg de Ag/L em uma água que será ingerida
pelo usuário da piscina durante suas atividades em função do valor máximo permitido é 0,1 mg
Ag/L (BRASIL, 2008), vamos utilizar para cálculo do Ct a pesquisa que utilizou o valor dentro do
preconizado pela legislação.
Em resumo teríamos um valor de Ct = 0,1 mg Ag/L x 24 h (1440 min), resultando o valor de
144.
Logo o Ct do sistema de ionização utilizando o eletrodo de prata é 576 (144 : 0,25 = 576)
vezes maior que o Ct do CRL (cloro residual livre), a resistência do microrganismo ao sistema
de ionização, no que tange a sua inativação em ciclos log, é muito maior se comparada com a
ação do CRL.
Essa comparação pode ser realizada também com a capacidade de desinfecção de outros
produtos (Quadro 6) como o ozônio com Ct de 0,02 para inativação da Escherichia coli. O dióxido
de cloro com Ct de 0,4-0,75 (média de 0,57).
Sem nenhuma dúvida o processo de desinfecção com o uso da tecnologia de ionização de
cobre/prata tem uma ação bactericida muito inferior às outras substâncias químicas utilizadas no
processo de desinfecção, em função disso é necessário um tempo de contato com o
microrganismo muito maior.
A pesquisa realizada por YAYHA, LANDEEN, MESINA, et al. (1990) mostra de modo muito
claro a baixa atividade do processo de desinfecção do sistema de ionização, com uma
concentração de Cu (0.4 mg/L) + Ag (0,04 mg/L) + CRL (0,3 mg/L), com 2 minutos de contato,
consegue-se uma redução de 2,4 ciclos log da contagem inicial bacteriana, mas, somente com a
presença de Cu (0,4 mg/L) + Ag (0,04 mg/L), com o mesmo tempo de contato de 2 minutos,
consegue-se uma redução de 0,03 ciclos log, a diferença da redução do número de
microrganismo é muito grande. A pesquisa de YAYHA, STRAUB, GERBA (1992) afirma que a
inativação utilizando o sistema cobre/prata é pelo menos 100 mais lenta do que o residual
livre cloro.
A SAC/HPSC (2014) afirma que o uso isolado do processo ionização de Cu-Ag em
concentrações apropriadas não é eficaz contra protozoários ou vírus e pode não ser eficaz contra
micobactérias
A Pesquisa de PIANETTI, SABATINI, CITTERIO, et al. (2008) envolve a inativação de
Legionella pneumophila em água potável e água destilada após um tempo de contato de 24 horas
A combinação de cobre e prata com 2 mg/L de cloro residual livre foi mais eficaz do que uso de 2
mg/L de CRL individualmente, Logo, um efeito sinérgico pode ser considerado. A conclusão da
pesquisa confirma ainda a eficácia da hipercloração (20-50 ppm) de choque na inativação de
Legionella pneumophila. No entanto, a combinação de cloro residual livre com íons de metal
(cobre e prata) pode representar uma opção válida para reduzir a concentração de desinfetantes
para níveis mais seguros para a saúde humana e evitar danos aos sistemas de distribuição de
água, especialmente em instalações como hotéis e hospitais.
Sem nenhuma dúvida é importante afirmar o processo tecnologia de ionização de
cobre/prata atua no processo de desinfecção, mas exige um tempo de contato com o
microrganismo a ser inativado muito grande. A referência POOLPAK (2011) afirma que se deve
notar que esse sistema é muito mais lento que o do cloro na inativação de microrganismos.
28
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
YAHYA, M. T.; LANDEEN, L. K.; KUTZ, S. M.; GERBA, C. P. Swimming pool disinfection: an evaluation of the efficacy of
copper/silver ions. Environmental Health. v.51. n.5. pp.282-285. 1989.
LANDEEN, L. K.; YAHYA, M. T.; GERBA, C. P. Efficacy of copper and silver ions and reduced levels of free chlorine in inactivation
of Legionella pneumophila. Applied and Environmental Microbiology. v.55. n.12. pp.3045-3050. 1989.
YAHYA, M. T.; LANDEEN, L. K.; MESSINA, M. C.; KUTZ, S. M.; SCHULZA, R.; GERBA, C. P. Disinfection of bacteria in water
systems by using electrolytically generated copper:silver and reduced levels of free chlorine. Canadian Journal of Microbiology.
n.36. pp.109- 116. 1990.
YAYHA, M.T.; STRAUB, T. M.; GERBA, C. P. Inactivation of coliphage MS-2 and poliovirus by copper, silver and chlorine.
Canadian Journal of Microbiology. v.38. n.5. pp.430-435. 1992.
ABAD F. X.; PINTO, R. M.; DIEZ, J. M, BOSCH, A. Disinfection of human enteric viruses in water by copper and silver in
combination with low levels of chlorine. Applied and Environmental Microbiology. n.60. pp.2377-2383. 1994.
BEER C. W.; GUILMARTIN, L. E.; MCLOUGHLIN, T. F.; WHITE, T. J. Swimming pool disinfection: efficacy of copper/silver ions with
reduced chlorine levels. Journal of Environmental Health. v. 61. n.9. pp.9-12. 1999.
Afirma-se nas propagandas comerciais, até em um livro, que o pH tem pouca influência
na ação desinfetante do sistema de ionização de cobre/prata, afirmação essa que é contrária
aos resultados da pesquisa da NASA (1967).
Para a NASA (1967) no “Development of an electrolytic silver-ion gen erator for water
sterilization in apollo spacecraft water systems - Final Report. 67-2158” dois fatores são os
principais no processo de desinfecção com o sistema de ionização, um dos fatores é o pH e outro
fator é a aeração (oxigenação) da água, veja Quadro 10.
O Quadro 10 apresenta a percentagem de morte, com íons prata (Ag +), de microrganismos
gram positivos e negativos em água destilada e para água destilada e aerada.
A água da piscina em função da recirculação pode ser considerada aerada.
Os resultados apresentados mostram que uma mudança de pH de 7 para 6,5 em conjunto
com o processo de aeração da água a percentagem de morte bacteriana aumenta sensivelmente.
Como o pH da água de uma piscina deve-se se manter entre 7,2-7,6 os resultados apresentados
serão alterados. Outra conclusão inequívoca se refere que o aumento do pH diminui a capacidade
de desinfecção do sistema.
Como a NASA apresentou os resultados em porcentagem de morte bacteriana, vamos
novamente explicar a correlação dessa forma de expressão com redução de ciclos log.
Por exemplo, existiam 106 microrganismos no inóculo, após o contato com o processo de
desinfecção sobraram 102 microrganismos, alcançamos uma redução de 4 ciclos logs
(correspondente a 99,99%), nesse caso foram eliminados 10.000 microrganismos. Se sobrassem
101 microrganismos alcançamos uma redução de 5 ciclos (correspondente a 99,999%), seriam
eliminados 100.000 microrganismos.
Verificar a eficácia de um processo e/ou produto químico utilizado para sanitização e/ou
desinfecção baseia-se na sua capacidade para reduzir o nível de contaminação em ciclos log.
O padrão indicado para uma sanitização/desinfecção ser considerada eficiente é a redução
da contaminação microbiológica sendo aceito como resultado 99,999% (5 ciclos log de redução)
de inativação dos microrganismos alcançado em 30 segundos (AOAC, 2012; AOAC, 2005). A
desinfecção deve destruir ou irreversivelmente inativar todos os organismos especificados dentro
de um determinado tempo, normalmente em 10 minutos (600 segundos).
30
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
+
QUADRO 10 – Percentagem de morte com íons prata (Ag ) de microrganismos gram positivo e negativo em
água destilada e para água destilada e aerada.
Percentagem de morte (água destilada)
Microrganismo Tempo total do teste Ag (50 ppb) - pH
Gram Positivo (h) 5 7 9
Staphylococcus aIbus 4 97,0% >96% 99,99%
Staphylococcus aureus 3 13,82 - -
BaciIlus stearothermophiIus 3 99,96 99,92 99,91
Gram Negativo
Alcalilgenes faecalis 3,5 99,995 99,997 >99,9999
Escherichia coli 3 >99,9991 - -
Percentagem de morte (água aerada)
Microrganismo Tempo total do teste Ag (50 ppb) - pH
Gram Positivo (h) 5 6,5 9
Staphylococcus aIbus 3 64,3% >99,9999 99,82
Staphylococcus aureus 3 90,45% >99,9999 99,99
BaciIlus stearothermophiIus 3 - >99,9999 -
Gram Negativo
Alcalilgenes faecalis 3 - 99,99 -
Escherichia coli 3 99,86% 99,99 -
1 - pH 5,6. Fonte: NASA, 1967.
Uma informação muito divulgada como forma de marketing como sendo a grande
vantagem indicada para o sistema de ionização cobre/prata são afirmações como: i) “a ausência
total de cloro”; ii) ou “praticamente elimina o uso de cloro”; iii) ou “elimina quase totalmente o
residual de cloro na água”; iv) ou “diga adeus ao cloro com uma piscina livre de produtos
químicos”.
A pesquisa de YAHYA, LANDEEN, MESSINA, et al. (1990) concluiu que o processo de
eletrolítico com a geração de íons de cobre e prata não deve ser usado como único sistema
desinfetante em piscinas. Melhores resultados foram geralmente obtidos, em teste de
laboratório, quando baixos níveis de cloro livre foram simultaneamente adicionados com
processo eletrolítico cobre/prata (YAHYA, LANDEEN, MESSINA, et al., 1990).
Logo, não se consegue um processo de desinfecção da água de piscinas, no que tange a
segurança microbiológica, utilizando somente (unicamente) o sistema ionização cobre/prata,
sempre deverá existir um residual de cloro. Algumas empresas indicam um residual de 0,5 mg
CRL/L.
As pesquisas de YAYHA, LANDEEN, KUTZ, GERBA (1989) e YAYHA, LANDEEN,
MESINA, et al. (1990) mostram que residuais de 0,2 – 0,3 mg CRL/L tem excelentes resultados
31
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
“....É importante notar que neste sistema não existe processo de oxidação da carga orgânica
(excreções, peles mortas, suor, urina, etc), ou seja, é preciso manter o cloro para garantir a
eficácia do tratamento.”
Como apresentado em item anterior, o documento “Public Swimming Pool and Spa Pool
Advisory Document” publicado por NSW Government, da Austrália, (NSW, 2013) não considera
dentre os sistemas o de desinfecção a ionização de Cu/Ag como um sistema de desinfecção
individual, não é reconhecido como sistema desinfetante, são considerados adjuntos aos
métodos de tratamento da cloração ou bromação.
A NSF/ANSI 50-2015 (NSF, 2015) afirma que os sistemas de geração de íons eletrolíticos
de cobre/prata e cobre são destinados a tratamento de água em piscinas públicas e residenciais e
spas / banheiras de hidromassagem. Estes produtos são destinados ao uso com níveis residuais
adequados de produtos químicos desinfetantes registrados pela USEPA. Estes sistemas são
tipicamente projetado para operar com no mínimo 0,4 ppm de cloro livre ou 0,8 ppm de
bromo livre (NSF, 2015).
32
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
4- Conclusão
4.1- Sem nenhuma dúvida a água utilizada pela NASA para viagens espaciais era uma
água com características potáveis, ou seja, já havia sido tratada e que o processo de ionização
com íons prata era uma complementação (tratamento secundário/suplementar) ao tratamento
inicial, situação completamente diferente da água de uma piscina que no dia a dia recebe muita
matéria orgânica dos corpos dos seus usuários, como restos de fezes, urina, suor, menstruação,
etc.....
34
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
1 Antes da exposição ao teste, as suspensões de vírus precisam ser tratadas para desacoplar agrupamentos agregados de partículas
de vírus.
2 Os sinônimos mais antigos na literatura para esta espécie são G. lamblia e G. intestinalis.
3 O patógeno animal G. muris pode ser usado como substituto do patógeno humano.
Fonte: OECD, 2012; AUSTRALIAN GOVERNMENT, 2014.
Como o Ct do sistema de ionização utilizando o eletrodo de prata é 576 vezes maior que o
Ct do CRL (cloro residual livre), apenas como comparação, se a inativação Escherichia coli para
reduzir 4 ciclos log deveria gastar 30 segundos com 1 ppm CRL, se utilizarmos o sistema de
ionização para obtermos a mesma inativação o tempo gasto será 30 s x 576 = 17.280 s, ou seja, o
sistema de ionização gasta 4,8h para inativar o mesmo organismo que o CRL gasta 30s.
4.3- Sem nenhuma dúvida qualquer partícula com carga superficial negativa que esteja
no meio aquoso (na água da piscina) vai interagir/consumir ions Ag + e Cu++.
4.4- Sem nenhuma dúvida o pH mais alto que 7 do meio aquoso pode comprometer a
eficácia dos ions de cobre, a eficácia biocida da prata pode ser comprometida por altas
concentrações de cloreto. As formas predominantes de íons de cobre (Cu2+) no pH 5, 7 e 9 são
Cu(HCO3)+, Cu(CO3)(aq) e Cu(CO3)22-, respectivamente. Em contraste, o cloreto de prata é o
complexo predominante que determinou o destino dos ions de prata em solução. A concentração
de 15 a 50 mg de Cl-/L pode reduzir a disponibilidade de íons de prata (Ag+) de 26% a 56% do
total da concentração de prata. É possível que concentrações mais elevadas de cloreto em água
diminuem a disponibilidade de cations de prata e reduz o seu potencial biocida. O pH
desempenhou um papel secundário nos complexos de hidróxido de prata que se tornou relevante
somente após o pH exceder 10 (LIN, VIDIC, STOUT, YU, 2002). A liberação de urina em piscinas
foi estimada de diversas formas para média entre 25 e 30 mL por banhista segundo GUNKEL,
JESSEN (1988) e até 77,5 mL por banhista de acordo com ERDINGER, KIRSCH, SONNTAG
(1997). A quantidade cloretos na urina variando de 1.870 mg Cl-/L (crianças) a 8.400 mg Cl-/L
(adultos) segundo HELMENSTINE (2017) ou 5250 mg Cl-/L de urina, em média, para adultos
segundo MOSHER (1933). Levando como consideração uma criança que libera 30 mL de urina na
piscina, com 1.870 mg Cl-/L de urina, teremos uma contribuição de 56,1 mg de Cl- por criança que
frequentar a piscina, logicamente, a concentração de cloretos na água vai depender do volume
total de água da referida piscina.
4.6- Sem nenhuma dúvida o sistema de ionização Cu/Ag não foi criado para ser
utilizado de forma isoladamente, pois não garante com a sua ação bactericida a segurança
microbiológica da água da piscina. Várias pesquisas indicam um efeito sinérgico quando os
microrganismos estão no meio aquoso e são submetidos ao tratamento com íons de cobre / prata
com baixos níveis de cloro. Veja resultados de mais uma referência bibliográfica no Quadro 12.
4.7- Sem nenhuma dúvida a água das piscinas do ponto de vista microbiológico tem
que possuir características semelhantes à água considerada potável, em função da ingestão
durante a prática de atividades, conforme se comprova pela pesquisa de DUFOUR, BEHYMER,
CANTÚ, MAGNUSON, WYMER (2017), que chegou às conclusões de que os nadadores adultos
35
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
ingerem cerca de 32 mL por hora (média aritmética) e que as crianças ingerem, em média, 128
mL de água da piscina por cada hora de atividade e também pela comprovada presença de
urina, conforme a pesquisa de LINDSAY, BLACKSTOCK, WANG (2017) que monitorou por 3
semanas duas piscinas (volume de 417.000 e 834.000 L de água) encontrando valores 30 e 75 L
de urina, respectivamente.
Ressalta-se ainda, na água da piscina existem diversos microrganismos que na água
potável não estarão presentes, daí a necessidade da desinfecção da água de uma piscina ser até
mais rígida que a desinfecção de uma água considerada potável, pois de um reservatório do qual
você utiliza da água para escovar os dentes ou preparar alimentos, espera-se que não será
utilizada a água desse reservatório para recreação ou como se fosse uma piscina, o que levaria
para a água resíduos de fezes, urina, suor, muco nasal, fluido menstrual, etc.....
A comprovação da emissão de matéria orgânica para água da piscina pelo usuário ou
banhista é comprovada através do conceito da “Carga Orgânica Antropogênica de banho (CBA)”.
Foram os pesquisadores KEUTEN, VERBERK, VAN DIJK (2011) apud BELEZA, LOPES, (2013),
que introduziram o interessante e novo conceito – o de Carga Antropogénica de Banho (CBA),
definida como a quantidade de contaminantes orgânicos (carbonados e nitrogenados) transferidos
para a água por um banhista.
A pesquisa de KEUTEN, VERBERK, VAN DIJK (2011) considera a seguinte subdivisão para a
carga orgânica introduzida na água pelos banhistas:
CAB inicial, que representa a porção transferida nos primeiros 60 s;
CAB contínua, ou seja, a quantidade transferida durante o banho completo imediatamente a
seguir aos primeiros 60 s;
CAB acidental, correspondente à carga introduzida na água em caso de acidente (fezes,
vómitos, etc.).
Dos resultados experimentais obtidos por KEUTEN, VERBERK, VAN DIJK (2011) podem-se
destacar como principais os que se apresentam no Quadro 13, reforçando que a CAB inicial pode
ser reduzida através de um banho prévio antes de entrar na água da piscina.
QUADRO 13 – Cargas antropogénicas de banho para o Carbono Orgânico Total (COT) e Nitrogênio Total,
(NT).
COT NT
CAB mg / banhista % mg / banhista %
Inicial 305 33 80 17
Continua 439 47 120 29
Acidental 192 20 270 57
TOTAL 936 100 470 100
COT = Carbono Orgânico Total // NT = Nitrogênio Total
Fonte: KEUTEN, VERBERK, VAN DIJK (2011) apud BELEZA, LOPES, 2013.
QUADRO 15- Concentração dos compostos nitrogenados e valores da percentagem de nitrogênio no suor e
na urina.
SUOR URINA
Compostos de Valor Médio Percentagem do Total de Valor Médio Percentagem do Total de
nitrogênio (mg/L) Nitrogênio (%) (mg/L) Nitrogênio (%)
Uréia 680 68 10.240 84
Amônia 180 18 560 5
Aminoácidos 45 5 280 2
Creatinina 7 1 640 5
Outros compostos 80 8 500 4
Total Nitrogênio 992 100 12.220 100
Fonte: JANDIK (1977) apud WHO, 2000, 2006.
Contagem de bactérias heterotróficas - sistema de distribuição (reservatório e rede) < 500 UFC/mL.
38
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
5- Referências bibliográficas
ABAD F. X.; PINTO, R. M.; DIEZ, J. M, BOSCH, A. Disinfection of human enteric viruses in water by copper
and silver in combination with low levels of chlorine. Applied and Environmental Microbiology. n.60.
pp.2377-2383. 1994.
ALLEN, L. M.; BRIGGLE, T. V.; PFAFFENBERGER, C. D. Absorption and excretion of cyanuric acid in long-
distance swimmers. Drug Metabolism. v.13. n.3. pp.499–516. 1982.
ANDRADE, N. J.; MACÊDO, J. A. B. Higienização na Indústria de Alimentos. São Paulo: Livraria Varela
Ltda. 182p. 1996.
AOAC - Association of Official Analytical Chemists. Disinfectants (Water) for Swimming Pools - Official
Method 965.13. 19th Edition. Rockville/Maryland: AOAC, 2012.
AOAC - Association Of Official Analytical Chemistry. Official methods of analysis of the Association of
Official Analytical Chemistry. 18.ed. Gaithersburg, 2005.
ANSI/APSP. ANSI/APSP-11 2009 - American National Standard for Water Quality in Public Pools and
Spas. Alexandria: Association of Pool and Spa Professionals / American National Standard. 62p. June, 15.
2009.
AUSTRALIAN GOVERNMENT. Demonstrating efficacy of pool and spa sanitisers. Disponível em:
<https://apvma.gov.au/node/1039>. Acesso em 30 de agosto de 2014.
BARRIE, D. Ammonia & Nitrification Issues in Drinking Water. IN: Water Works Operators Meeting. AWWA
Region 1/ IRWA - Iowa Rural Water Association. March 2, 2016.
BATALHA, B. L.; COSTA, T. C. R. Água, Saúde e Desinfecção. Manual 13. São Paulo: Secretaria do Meio
Ambiente/CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. 59p., 1994.
BEER C. W.; GUILMARTIN, L. E.; MCLOUGHLIN, T. F.; WHITE, T. J. Swimming pool disinfection: efficacy
of copper/silver ions with reduced chlorine levels. Journal of Environmental Health. v. 61. n.9. pp.9-12.
1999.
BERGER, T. J.; SPADARO, J. A.; CHAPIN; S. E.; BECKER, R. O. Electrically generated silver ions:
quantitative effects on bacterial and mammalian cells. Antimicrobial Agents and Chemotherapy. n.9. v.2.
pp.357-358. 1976.
39
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
BLANC, D. S.; CARRARA, P. H.; ZANETTI, G.; FRANCIOLI, P. Water disinfection with ozone, copper and
silver ions, and temperature increase to control Legionella: seven years of experience in a university
teaching hospital. Journal of Hospital Infection. n.60. pp.69-72. 2005.
BLACKSTOCK, L. K. J.; WANG, W.; VEMULA, S.; JAEGER, B. T.; LI, X. Sweetened Swimming Pools and
Hot Tubs. Environmental Science Technology. n.4. pp.149−153. 2017.
BOFFARDI, B. P.; HANNIGAN, J. A limited evaluation of pitting corrosion of copper piping in a hospital
domestic hot water system using copper-silver ionization for Legionella control. The Analyst Technology
Supplement. n.4. pp.38-42. 2013.
BOWMAN, G. The Fundamentals of Chlorine Chemistry and Disinfection. December 2007. Disponível
em: <http://dnr.wi.gov/regulations/labcert/documents/training/cl2chemistry.pdf>. Acesso em 04 defevereiro
de 2018.
BRASIL. Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976. Dispõe sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos
os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros
produtos, e dá outras providências. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, 24 de
setembro de 1976. Seção 1.
BRASIL. Resolução RDC da ANVISA/MS de n° 110, de 6 de setembro de 2016. Dispõe sobre regulamento
técnico para produtos saneantes categorizados como água sanitária e dá outras providências. Diário Oficial
[da República Federativa do Brasil], Brasília, n.173, 8 de setembro de 2016. Seção 1.
BRASIL. Resolução RDC n° 109, de 6 de setembro de 2016. Dispõe sobre regulamento técnico para
produtos saneantes categorizados como alvejantes à base de hipoclorito de sódio ou hipoclorito de cálcio e
dá outras providências. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, n. 173, de 8 de setembro
de 2016a. Seçao 1.
BRASIL. Resolução CONAMA n. 396, de 03 de abril de 2008, que dispõe sobre a classificação e diretrizes
ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas e dá outras providências. Diário Oficial [da
República Federativa do Brasil], Brasilia, 07 de abril de 2008.
BRIGGLE, T. V.; ALLEN, L. M.; DUNCAN, R. C.; PFAFFENBERGER, C. D. High performance liquid
chromatography determination of cyanuric acid in human urine and pool water. Journal Association of
Official Analytical Chemists, v.64. n.5. pp.1222-1226. 1981.
CACHAFEIRO, S. P.; NAVEIRA, I. M.; GARCIA, I. G. Is copper-silver ionization safe and effective in
controlling Legionella? Journal of Hospital Infection. v.67. pp.209-216. 2007.
40
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
CANTU, R; EVANS O M., BEHYMER,T. D.; SHOEMAKER, J. A.; DUFOUR, A. P.; KAWAHARA, F. K.
Simple sample clean up procedure and high performance liquid chromatographic method for the analysis of
cyanuric acid in human urine. IN: ACS Meeting., San Diego, CA. April 1-5, 2001.
CANTU, R.; EVANS, O. M.; KAWAHARA, F. K.; WYMER, L. J.; DUFOUR, A. P. HPLC determination of
cyanuric acid in swimming pool waters using phenyl and confirmatory porous graphitic carbono columns.
Analytical Chemistry. n.73. pp.3358–3364. 2001.
CANTU, R.; EVANS, O. M; KAWAHARA, F. K.; MAGNUSON, M. L.; SHOEMAKER, J. A.; WYMER, L. J.;
BEHYMER, T. D.; DUFOUR, A. P. Simple sample cleanup procedure and high-performance liquid
chromatographic method for the analysis of cyanuric acid in human urine. Abstract No. 216: Book of
Abstracts, Environmental Chemistry Section, ACS, 221st National Meeting, San Diego American Chemical
Society, Washington, D.C. 2001.
CDC. Model Aquatic Health Code (MAHC) Disinfection and Water Quality Module CODE Draft
Sections for the First 60‐day Review. Washington, D.C.: Department of Health and Human Services / CDC
- Centers for Disease Control and Prevention. 27p. February 27, 2012.
CDC. The Model Aquatic Health Code (MAHC) Annex. Washington, D.C.: DHHS - U.S. Department of
Health and Human Services / CDC - Centers for Disease Control and Prevention. 366p. March 2014.
CDC. 2016 Annex to the Model Aquatic Health Code - Scientific Rationale. 2nd Edition. Atlanta: DHHS -
U.S. Department of Health and Human Services / CDC - Centers for Disease Control and Prevention. July
2016a.
CDC. Effect of Chlorination on Inactivating Selected Pathogen. Washington, D.C.: CDC - Centers for
Disease Control and Prevention. 21 March 2012. Disponível em:
<https://www.cdc.gov/safewater/effectiveness-on-pathogens.html#fourteen>. Acesso 20 de novembro 2017.
CDC. The CDC investigation of Legionnaires’ disease among patients at the VA Pittsburgh
Healthcare System. Washington, D.C.: CDC - Centers for Disease Control and Prevention. February 5,
2013. Disponível em: <https://www.cdc.gov/washington/testimony/2013/t20130205.htm>. Acesso em 20 de
março de 2017.
CHEN, Y. S.; LIN, Y. E.; LIU, Y. C.; HUANG W. K.; SHIH, H. Y.; WANN, S. R.; LEE, S. S.; TSAI, H. C.; LI, C.
H.; CHAO, H. L.; KE, C. M.; LU, H. H.; CHANG, C. L. Efficacy of point-of-entry copper-silver ionization
system in eradicating Legionella pneumophila in a tropical tertiary care hospital: implications for hospitals
contaminated with Legionella in both hot and cold water. Journal Hospital Infection. n.68. pp.152-158.
2008.
CLEAN BRASIL. Kit Refil De Eletrodos Para Ionizador Clean Brasil 50mts³. Disponível em:
<https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-739624015-kit-refil-de-eletrodos-para-ionizador-clean-brasil-
50mts-_JM>. Acesso em 18 de outubro de 2017.
CLEARWATER - Clearwater Enviro Technologies. Town of Brookline Massachsetts – Pilot Study. 31p.
February, 1997. Disponível em: <http://www.clearwaterpoolsystems.com/wp-content/uploads/2017/03/Town-
of-Brookline.pdf>. Acesso em 27 de junho de 2017.
CLEMENT, J. C.; JARRETT P. S. Antibacterial Silver. Metal-Based Drugs. v.1. p.5- 6. 1994.
41
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
CSA. CSA Z317.13-12 - Infection control during construction, renovation, and maintenance of health
care facilities. Ontario: Canadian Standards Association (CSA) / CSA Group. 113p. December 2012.
CSWATERS. Other water treatment facility / Copper & Silver Ionization Unit. Disponível em:
<http://www.cswaters.co.kr/eng/pages/307.html>. Acesso em 23 de setembro de 2017.
CUNNINGHAM, J. H,; CUNNINGHAM, C.; VAN AKEN, B.; LIN, L. S. Feasibility of disinfection kinetics and
minimum inhibitory concentration determination on bacterial cultures using flow cytometry. Water Science
and Technology. v.55. n.4. pp.937-944. 2008.
DANIEL, L. A.; BRANDÃO, C. C. S.; GUIMARÃES, J. R.; et al. Processos de desinfecção e desinfetantes
alternativos na produção de água potável. São Carlos: ABES-RJ/PROSAB2 – Programa de Pesquisa em
Saneamento Básico 2. 139p. 2001.
DRAKE, P. L.; HAZELWOOD, K. J. Exposure-related health effects of silver and silver compounds: a review.
Annals of Occupational Hygiene. v.49. n.7. pp.575-85. October 2005.
DUFOUR, A. P.; EVANS, O.; BEHYMER, T. D.; CANTÚ, R. Water ingestion during swimming activities in a
pool: a pilot study. Journal Water Health. v.4, n.4, pp.425-430, December 2006.
DUFOUR, A. P.; BEHYMER, T. D.; CANTÚ, R.; MAGNUSON, M.; WYMER, L. J. Ingestion of swimming pool
water by recreational swimmers. Journal Water Health. v.15. n.3. pp.429-437. June 2017.
DYCHDALA, G. R. Chlorine and chlorine compounds. In: BLOCH, S. S. (Ed.) Disinfection, sterilization
and preservation, 2.ed. Philadelfia: Lea & Febiger. pp.167-195. 1977.
DYCHDALA, G. R. Chlorine and chlorine compounds. In: BLOCH, S. S. (Ed.) Disinfection, sterilization
and preservation, 5.ed. Philadelfia: Lea & Febigerp. pp-135-157. 2001.
EPA. Water Treatment Manual: Disinfection. Wexford, Ireland: EPA - Environmental Protection Agency.
200p. 2011.
EDWARDS, M.; FERGUSON, J. F.; REIBER, S. H. The pitting corrosion of copper. Journal American
Water Works Association (AWWA). n.86. pp.74-90. 1994.
ESPANHA. Real Decreto 742/2013, de 27 de septiembre, por el que se establecen los criterios técnico-
sanitarios de las piscinas. BOLETÍN OFICIAL DEL ESTADO. Núm. 244. Sec. I. Pág. 83123-83135. Viernes
11 de octubre de 2013.
EVANS, O. M.; CANTU, R; BEHYMER, T D., KRYAK, D. D.; DUFOUR, A P. A pilot study to determine the
water volume injested by recreational swimmers. IN: Annual Meeting - Society for Risk Analysis, 2001.
Seattle WA, December 2-5, 2001.
FENG, Q. L.; WU, J.; CHEN, G. Q.; CUI, F. Z.; KIM, T. N.; KIM, J. O. A mechanistic study of the antibacterial
effect of silver ions on Escherichia coli and Staphylococcus aureus. Journal of Biomedical Materials
Research Part A. v.52. n.4. pp.662-668. 2000.
42
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
FEWTRELL, L. Silver: water disinfection and toxicity. Centre for Research into Environment and Health. 53p.
2014. Disponível em: <http://www.who.int/water_sanitation_health/dwq/chemicals/
Silver_water_disinfection_toxicity_2014V2.pdf>. Acesso em 27 de janeiro de 2016.
GLOBALMAR. Refil Ionizador Elétrico Barra Eletrodo Cobre Ionização. Disponível em:
<https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-850174622-refil-ionizador-eletrico-barra-eletrodo-cobre-ionizaco-
_JM>. Acesso em 18 de outubro de 2017.
GRADIM, A. J.; ANJOS, M. Guia de Microbiologia – 1ª. Ed. São Paulo: ABDI/ABIHPEC/SEBRAE. 109p.
2015.
GUNKEL, K.; JESSEN H. J. The problem of urea in bathing water. Zeitschrift für die Gesamte Hygiene.
n.34. pp.248–250. 1988.
HAMBIDGE, A. Reviewing efficacy of alternative water treatment techniques. Health Estate Journal. v.55.
n.6. pp.23-25. Jun 2001.
HELMENSTINE, A. M. What Is the Chemical Composition of Urine? / Compounds and Ions in Human
Urine. Disponível em: <https://www.thoughtco.com/the-chemical-composition-of-urine-603883>. Acesso em
16 de dezembro de 2017.
HUANG, H. I.; SHIH, H. Y.; LEE, C. M.; YANG, T. C.; LAY, J. J.; LIN, Y.E. In vitro efficacy of copper and
silver ions in eradicating Pseudomonas aeruginosa, Stenotrophomonas maltophila and Acinetobacter
baumannii: Implications for on-site disinfection for hospital infection control. Water Research. n.42. pp.73-
80. 2008.
HWANG, M. G.; KATAYAMA, H.; OHGAKI, S. Inactivation of Legionella pneumophila and Pseudomonas
aeruginosa: Evaluation of the bactericidal ability of silver cations. Water Research. n.41. pp.4097- 4104.
2007.
IBARLUZEA, J.; MORENO, B.; ZIGORRAGA, C.; CASTILLA, T.; MARTINEZ, M.; SANTAMARIA, J.
Determinants of the microbiological water quality of indoor swimming-pools in relation to disinfection. Water
Research. v.32. n.3. pp.865–871. 1998.
3
IGARAPEBRASIL. Kit refil de eletrodos 10 mts . Disponível em:
<https://www.igarapebrasil.com.br/product-page/kit-refil-de-eletrodos-10mts-igarap%C3%A9-brasil>. Acesso
12 de dezembro de 2017.
IPQ. Recomendações para manter a qualidade da água de piscinas domésticas. Caparica / Portugal:
Instituto Português da Qualidade / Ministério da Economia. 18p. 2015.
KEUTEN, M. C. A.; VERBERK, J. Q. J. C.; VAN DIJK, J. C. Definition and quantification of anthropogenic
initial and continual biochemical bathing load in swimming pools. IN: Fourth International Conference
Swimming Pool & SPA. Porto/Portugal. pp. 84–113. Março de 2011.
43
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
KLEIER, K.; HOELLE, J.; RODGERS, M.; RYU, H. A comparison of assays measuring the viability of
Legionella pneumophila after treatment with copper and silver ions. IN: Water Quality Technology
Conference. Indianapolis / Indiana. November 14-17, 2016.
LANDEEN, L. K.; YAHYA, M. T.; GERBA, C. P. Efficacy of copper and silver ions and reduced levels of free
chlorine in inactivation of Legionella pneumophila. Applied and Environmental Microbiology. v.55. n.12.
pp.3045-3050. 1989.
LANDEEN, L. K.; YAHYA, M. T.; KUTZ, S. M. Microbiological evaluation of copper: silver disinfection of units
for use in swimming pools. Water Science and Technology. v.21. n.3. pp.267–270. 1989.
LIGHTCAP, E.; TUFANO, T. O uso da supercloração para reduzir as cloraminas pode aumentar o problema.
Nova pesquisa mostra porquê. Revista Pool & Spa News. n.74. 15 de maio de 2009.
LIN, Y. E.; VIDIC, R. D.; STOUT, J. E.; YU, V. L. Individual and combined effects of copper and silver ions on
inactivation of Legionella pneumophila. Water Research. v.30. n.8. pp.1905-1913. 1996.
LIN, Y. E.; VIDIC, R. D.; STOUT, J. E.; YU, V. L. Negative effect of high pH on biocidal efficacy of copper
and silver ions in controlling Legionella pneumophila. Applied and Environmental Microbiology. v.68. n.6.
pp.2711-2715. 2002.
LIN, Y. E.; STOUT, J. E.; YU, V. L. Controlling Legionella in hospital drinking water: An evidence-based
review of disinfection methods. Infection Control and Hospital Epidemiology. v.32. n.2. pp.166-173. 2011.
LINDSAY, K.; BLACKSTOCK, J.; WANG, W.; VEMULA, S.; JAEGER, B. T.; LI, X. Sweetened Swimming
Pools and Hot Tubs. Environmental Science Technology Letters. n.4. pp.149−153. 2017.
LIU, Z., STOUT J. E.; TEDESCO, L.; BOLDIN, M.; HWANG, C.; DIVEN, W. F.; YU, V. L. Controlled
evaluation of copper-silver ionization in eradicating Legionella pneumophila from a hospital water distribution
system. Infectious Diseases. n.169. pp.919-922. 1994.
LORET, J. F.; ROBERT; S.; THOMAS, V.; COOPER, A. J.; MCCOY, W. F.; Lévi, Y. Comparison of
disinfectants for biofilm, protozoa and Legionella control. IWA - Journal of Water and Health. v.3. n.4.
pp.423-433. 2005.
LYTLE, D. A.; SCHOCK, M. R. Pitting Corrosion of Copper in Waters with High pH and Low Alkalinity.
Journal American Water Works Association (AWWA). v.100. n.3. pp.115-129. 2007.
MACEDO, J. A. B. Piscina – Água & Tratamento & Química. Belo Horizonte: CRQ-MG. 180p. 2003.
MACEDO, J. A. B. Águas & Águas. ´3ª. Edição. Belo Horizonte: CRQ-MG. 1052p. 2007.
MACEDO, J. A. B. Águas & Águas. 4ª. Edição. Belo Horizonte: CRQ-MG. 944p. 2016.
MAIERÁ, N. Piscinas – litro a litro. São Paulo: Esedra Ltda. 420p. 2009.
McPHERSON, L. L. Understanding ORP”S role in the disinfection process. WATER/ Engineering &
Management. n.11, pp.29-31, Nov. 1993.
MIETZNER, M.; HANGARD, A.; STOUT, J. E. Reduced susceptibility of Legionella pneumophila to the
antimicrobial effects of copper and silver ions. 45th Interscience Conference on Antimicrobial Agents
and Chemotherapy. Washington DC. December 16-19, 2005.
44
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
NAWAZ, M.; HAN, M. Y.; KIM, T.; MANZOOR, U.; AMIN, M. T. Silver disinfection of Pseudomonas
aeruginosa and E. coli in rooftop harvested rainwater for potable purposes. Science of the Total
Environment. n.431. pp.20-25. 2012.
NASA. Electrolytic Silver Ion Cell Sterilizes Water Supply. NASA TECH BRIEF. 1p. December 1968.
Disponível em: <https://ntrs.nasa.gov/archive/ nasa/casi.ntrs.nasa.gov/19680000511.pdf>. Acesso em 11 de
novembro de 2017.
NASA. Development of an electrolytic silver-ion gen erator for water sterilization in apollo spacecraft
water systems - Final Report. 67-2158. Houston/Texas: NASA - National Aeronautics and Space
Administration. 133p. June, 1967.
NEWFOUNDLAND LABRADOR. Public Pool Water Quality and Record Keeping Standards.
Newfoundland /Canada: Environmental Public Health Division / Department of Health and Community
Services. 71p. 2011.
NHS. Chemicals in Drinking Water: Chloramines. Edimburgo/Scotland: NHS Scotland. 6p. July 2001.
NOBRE, G. H.; YOKOYA, N. Bactericida inorgânico para uso têxtil. Disponível em:
<http://realtrade.com.br/portugues/prodbac/textil.html>. Acesso em 17 de janeiro de 2017.
NSF/ANSI. NSF/ANSI 50 Equipment for Swimming Pools, Spas, Hot Tubs and other Recreational
Water Facilities / Evaluation criteria for materials, components, products, equipment and systems for
use at recreational water facilities. Issue 49, Draft 2. Michigan: National Sanitation Foundation (NSF) /
American National Standard (ANSI). 9p. September 2009.
NSF/ANSI. NSF/ANSI 50 - 2015 Equipment for Swimming Pools, Spas, Hot Tubs and other
Recreational Water Facilities. Michigan: National Sanitation Foundation (NSF) / American National
Standard Institute (ANSI). 253p. January 26, 2015.
NSF International. Recreational Water Program Component Certification Specification for Public Use
Spa, Swim Spa, Hot Tub or Related Equipment (CCS-11804). Michigan: National Sanitation Foundation
(NSF). 15p. October 2012.
NSW. Public swimming pool and spa pool advisory document. Sydney: Health Protection NSW (New
South Wales) / NSW Government. 92p. 2013.
OECD. Guidance document for demonstrating efficacy of pool and spa. disinfectants in laboratory
and field testing. Paris: OECD (Organisation for Economic Co-operation and Development) Publications
Environment, Health and Safety. 30p. 08 Oct 2012.
OSHA. Technical Manual - Legionnaires' Disease - Section III: Chapter 7. Washington, DC:
Occupational Safety and Health Administration (OSHA) / United States Department of Labor. Disponível em:
<https://www.osha.gov/dts/osta/otm/otm_iii/otm_iii_7.html>. Acesso em 20 de novembro de 2017.
PARR, J. M. P. Utilizing silver and copper ions for bacterial disinfection and subsequent removal of
ions to supply safe drinking water. Ontário. 69p. Thesis (Master Of Applied Science Civil Engineering).
McMaster University. 2016.
PATIL, R. A.; KAUSLEY, S. B.; BALKUNDE, P. L.; MALHOTRA, C. P. Comparative study of disinfectants for
use in low-cost gravity driven household water purifiers. Journal of Water and Health. v.11. n.3. pp.443-
456. 2013.
PIANETTI, A.; SABATINI, L.; CITTERIO, B.; SISTI, E.; PIERFELICI, L.; BRUSCOLINI, F. Inactivation of
Legionella pneumophila by combined systems of copper and silver ions and free chlorine. Journal Igiene e
sanità pubblica. v.64. n.1. pp.27-40. Jan 2008.
45
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
POOLPAK. Alternative Pool Treatment: Copper Silver Ionization. POOLPAK Technical Library. York /
Pennsylvania: Poolpak Dehumidification. 2p. 03 May 2011.
PUETZ, J. D. Química del agua de piscinas - Cuidado y tratamiento del agua de la piscina.
Alpharetta/Georgia: Arch Chemicals Inc./Lonza. 135p. 2013
PWTAG. Pool Water Guide - The Treatment and Quality of Swimming Pool Water. Tamworth/Australia:
Pool Water Treatment Advisory Group/PWTAG (Pool Water Treatment Advisory Group). 1995.
QUEENSLAND. Queensland Health Swimming and Spa Pool Water Quality and Operational
Guidelines. Queensland Australia: Public Health Services. 61p. October 2004.
RICHTER, C. A.; NETTO, J. M. A. Tratamento de água. São Paulo: Edgard Blucher. 332p. 1991.
RITTMANN, D. “Can you have cake and eat it too” with chlorine dioxide? WATER/Engineering &
Management. n.4. p.30-35. Apr. 1997.
ROGERS, H. R. Factors causing off-taste in waters, and methods and practices for the removal of off-
taste and its causes. Report No: DETR/DWI 5008/1. Buckinghamshire/England: Department of the
Environment, Transport and the Regions. 69p. November 2001.
ROHR, U.; SENGER, M.; SELENKA, F.; TURLEY, R.; WILHELM, M. Four Years of Experience with Silver-
Copper Ionization for Control of Legionella in a German University Hospital Hot Water Plumbing System.
Clinical Infectious Diseases. v.29. n.6. pp.1507–15111. 1 December 1999.
SAC/ HPSC. Guidelines for the Prevention and Control of Infection from Water Systems in Healthcare
Facilities. Dublin/Ireland: Scientific Advisory Committee (SAC) of the Health Protection Surveillance
Centre (HPSC). 100p. October 2014.
SANTOS FILHO. Tecnologia de tratamento de água. São Paulo: Livraria Nobel S.A. 251p. 1985.
SARJOMAA; M.; URDAHL, P.; RAMSLI, E.; BORCHGREVINK-LUND, C.; EIRIK, A. Prevention of
Legionnaires’ disease in hospitals. Tidsskr Nor Legeforen. n.16. v.131. pp.131. pp.1554–1557. 2011.
SHIELDS, J. M.; HILL, V. R.; ARROWOOD, M. J.; BEACH, M. J. Inactivation of Cryptosporidium parvum
under chlorinated recreational water conditions. Journal Water Health. v.6. n.4. pp.513-20. Dec 2008.
SHIH, H-Y.; LIN, Y. E. Efficacy of Copper-Silver Ionization in Controlling Biofilm- and Plankton-Associated
Waterborne Pathogens. Applied and Environmental Microbiology. v.76. n.6. pp.2032–2035. Mar. 2010.
SPADARO, J. A.; BERGER, T. J.; BARRANCO, S. D.; CHAPIN, S. E.; BECKER, R.O. Antibacterial effects of
silver electrodes with weak direct current. Antimicrobial Agents and Chemotherapy. v.6. n.5. pp.637-642.
1974.
STOUT J. Control of Legionella in hospital water systems: experience with copper-silver ionisation and
monochloramine. Royal Society of Public Health, Managing Water Safety in Healthcare. London. May
16-17, 2012.
SUPPES, L. M. Exposures and Risks Associated with Activities and Behaviors in Swimming Pool
Environments. Arizona. 148p. Dissertation (Doctor of Philosophy - Environmental Health Sciences)
University of Arizona. 2013.
TCHOBANOGLOUS, G.; BURTON, F. L. Wastewater engineering - treatment, disposal and reuse. 3.ed.
New York: McGraw Hill. 1335p. 1991.
USEPA. Alternative disinfectants and oxidants guidance manual. [S.I.]: United States Environmental
Protection Agency. Abr. 1999.
USEPA. Draft - Technologies for Legionella Control: Scientific Literature Review EPA 815-D-15-001.
Washington, D.C.: Office of Water / U.S. Environmental Protection Agency (EPA). 97p. October 2015.
WALRAVEN, N.; POOL, W.; CHAPMAN, C. The dosing accuracy of copper and silver ionisation systems:
separate high purity copper and silver electrodes versus copper/silver alloys. Journal of Water Process
Engineering. n.8. pp.119–125. 2015.
WHO. Guidelines for Safe Recreational-water Environments Final Draft for Consultation - Vol. 2:
Swimming Pools, Spas and Similar Recreational-water Environments Chapter 4 - Chemical Hazards.
Geneva/Switzerland: World Health Organization (WHO). sp. August 2000.
WHO. Technical aspects (disinfection). In: WHO SEMINAR PACK FOR DRINKING-WATER QUALITY.
Disponível em: <http://www.who.int/ water_sanitation_health/dwq/en/S13.pdf>. Acesso em 24 de junho de
2004.
WHO. Guidelines for Safe Recreational Water Environments - Volume 2: Swimming Pools And Similar
Environments. Geneva/Switzerland: WHO - World Health Organization. 118p. 2006.
WHO: Guidelines for Drinking-water Quality - Third Edition. Volume 1 Recommendations. Geneva:
World Health Organization (WHO). 515p. 2004.
WHO. Legionella and the prevention of legionellosis. Geneva: World Health Organization (WHO). 276p.
2007.
47
PISCINA ÁGUA & TRATAMENTO & QUÍMICA JORGE MACÊDO, Dsc.
Disponível em: www.aguaseaguas.com/downloads/reviews Junho/2018 contato@aguaseaguas.com
WHO. Guidelines for Drinking-water Quality. Third Edition Incorporating the First and Second
Addenda - Volume 1 Recommendations. Geneva: World Health Organization (WHO). 515p. 2008.
WHO: Guidelines for Drinking-water Quality - Fourth Edition. Geneva: World Health Organization
(WHO). 541p. 2011.
WOJTOWICZ, J. A. Survey of Swimming Pool/Spa Sanitizers and Sanitation Systems. Journal of the
Swimming Pool and Spa Industry. v.4. n.1. p.9–29. 2001.
YAHYA, M. T.; LANDEEN, L. K.; KUTZ, S. M.; GERBA, C. P. Swimming pool disinfection: an evaluation of
the efficacy of copper/silver ions. Environmental Health. v.51. n.5. pp.282-285. 1989.
YAHYA, M. T.; LANDEEN, L. K.; MESSINA, M. C.; KUTZ, S. M.; SCHULZA, R.; GERBA, C. P. Disinfection
of bacteria in water systems by using electrolytically generated copper:silver and reduced levels of free
chlorine. Canadian Journal of Microbiology. n.36. pp.109- 116. 1990.
YAHYA, M. T.; STRAUB, T. M.; GERBA, C. P.; MARGOLIN, A. B. Inactivation of bacteriophage MS-2 and
poliovirus in copper, galvanized and plastic domestic water pipes. Journal of Environmental Health. n.1.
pp.76-86. 1991.
YAYHA, M.T.; STRAUB, T. M.; GERBA, C. P. Inactivation of coliphage MS-2 and poliovirus by copper, silver
and chlorine. Canadian Journal of Microbiology. v.38. n.5. pp.430-435. 1992.
YSE, L.; VIDIC, R.D.; STOUT, J.E.; YU, V. L. Individual and combined effects of copper and silver ions on
inactivation of Legionella pneumophila. Journal Water Research. n.30. pp.1905–1913. 1996.
48